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GERENCIAMENTO
DE ÁREAS
CONTAMINADAS
Maio de 2021
‘
CONSULTORIA AMBIENTAL
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de Áreas Técnica
Contaminadas Ambiental Ambiental
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Ambiental
Temos experiência nos A gestão dos aspectos
Gerenciamento de Áreas trâmites com órgãos am- ambientais para uma
Contaminadas se esten- bientais, conformidades empresa é fundamental
dem desde a etapa inicial legais e licenciamento na busca de eficiência no
até o encerramento do ambiental para auxiliar processo produtivo e
processo, trazendo nos diversos temas da competitividade no
confiança para o área ambiental. mercado.
empreendedor. Realizamos auditorias Nós temos especialistas
É fundamental para esse para avaliação ambiental em diversas áreas de
tema contar com uma interna e em casos de gestão ambiental, tais
equipe experiente e com compra e venda de como resíduos sólidos,
especialistas no assunto. ativos (Due Diligence). efluentes líquidos e
atmosféricos.
Como forma de contribuir com a pauta ambiental,
a RAÍZCON também elabora e disponibiliza conteúdos
relacionados ao meio ambiente nas redes sociais,
através da marca VALOR AMBIENTAL. Esse Guia é
fruto deste trabalho.
DISCLAIMERS
Este GUIA foi elaborado com intuito de auxiliar os profissionais no Gerenciamento de
Áreas Contaminadas, não tendo a RAÍZCON qualquer responsabilidade sobre os que se
baseiam nele.
Para a realização dos estudos deve ser seguida a legislação nacional vigente, não tendo
este guia qualquer intenção ou finalidade de substituição de leis e normas ambientais.
Os materiais divulgados são de propriedade da RAÍZCON e possuem os direitos
reservados. As fotos e imagens são meramente ilustrativas e foram descaracterizadas
devido a questões de confidencialidade. Este guia não pode ser comercializado e a sua
reprodução não pode ser realizada sem a prévia autorização da RAÍZCON por escrito.
Com o passar do tempo, mudanças na tecnologia, condições econômicas e disposições
regulamentares podem surgir tornando este GUIA obsoleto. A utilização das informações
aqui presentes, uma vez obsoletas, será de risco exclusivo do usuário. A RAÍZCON se dá
o direito de realizar qualquer atualização ou cancelamento da divulgação deste GUIA sem
qualquer comunicação prévia.
A condução dos estudos ambientais deve ser realizada por um profissional capacitado,
sendo observado a necessidade de emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica –
ART pelo conselho de classe, quando aplicável.
SOBRE OS AUTORES
Felipe Prenholato
Jean L. T. Correia
Veja o caso de
contaminação retratado
no filme Dark Waters em
nosso canal no YouTube.
Clique na imagem para
acessar.
1
Na Imagem 1 foram identificadas as áreas fontes, sendo que em cada uma dessas áreas pode haver
mais de uma fonte potencial de contaminação. Este fato deve ser avaliado para a elaboração do Plano
de Investigação Confirmatória.
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Todos os direitos reservados
A Avaliação de Risco à Saúde Humana tem como objetivo avaliar se os
receptores locais e do seu entorno imediato estão expostos ou
potencialmente expostos às substâncias químicas de interesse presentes
na área contaminada.
Entende-se como receptores toda pessoa ou grupo de pessoas, ou ainda
algum bem a proteger, que possam estar expostos a uma determinada
substância presente em uma área contaminada.
Estes receptores podem ser classificados pelo seu tipo de exposição. Em
São Paulo, a CETESB disponibiliza em seu site, 4 planilhas para o cálculo
do risco, específicas para cada cenário de exposição, que contemplam:
➔ Residentes em Áreas Urbanas (adultos ou crianças);
➔ Residentes em Áreas Rurais (adultos ou crianças);
➔ Trabalhadores Comerciais/Industriais; e
➔ Trabalhadores em Obras Civis.
Cálculo de Risco
Para cada substância química de interesse presente no meio em
concentrações superiores aos valores máximos permitidos, devem ser
calculados os riscos carcinogênicos e não carcinogênicos.
Para isso, devem ser levantados os parâmetros físico-químicos e
toxicológicos de cada substância que será calculado o risco.
Os cálculos têm como base o procedimento descrito no RAGS – Risk
Assessment Guidance for Superfund – Volume I – Human Health
Evaluation Manual (Part A) (USEPA, 1989) para a quantificação da
exposição e do risco, bem como as equações de Domênico (1987) para
transporte de contaminantes em meio saturado, o modelo de Jury e
Johnson (1991) para transporte de contaminantes em meio não saturado
e Johnson e Etinger (1992) para intrusão de vapores.
De acordo com o Art. 36 do Decreto nº 59.263/2013, às seguintes
situações podem caracterizar a existência de risco acima dos níveis
aceitáveis em uma área, determinando sua classificação como Área
Contaminada com Risco Confirmado (ACRi):
I – Realizada Avaliação de Risco foi constatado que os valores
definidos para risco aceitável à saúde humana foram ultrapassados,
considerando-se os níveis de risco definidos por meio de Resolução
conjunta da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e da Secretaria
Estadual de Saúde, após ouvido o CONSEMA;
II – Quando for observado risco inaceitável para organismos
presentes nos ecossistemas, por meio da utilização de resultados de
Avaliação de Risco Ecológico;
III – Nas situações em que os contaminantes gerados em uma área
tenham atingido compartimentos do meio físico e determinado a
Técnicas de Remediação
Ambiental
Para escolher a melhor técnica a ser empregada na remediação, deve-se
levar em consideração as características intrínsecas de cada área, como
os dados de cada compartimento do meio físico e da hidrogeologia local,
características químicas do contaminante, entre outros.
Essas informações são coletadas durante as etapas de diagnóstico,
realizadas pelas investigações confirmatória e detalhada. Assim, é
fundamental que todas as etapas do gerenciamento de áreas
contaminadas sejam bem conduzidas, de maneira a se obter um modelo
conceitual devidamente detalhado da área.
A remediação de uma área contaminada pode ser feita com técnicas
aplicadas in situ ou ex situ.
Remediação Ex Situ
Para a realização dessa remediação é necessário realizar a escavação,
remoção e tratamento com destinação final adequada do material
contaminado. Desta forma, essa técnica envolve um processo de
transporte do material escavado até o local de destino (Ex. Aterro
industrial).
Como forma de tratamento ex situ temos:
➔ Disposição em Aterro Sanitário;
➔ Coprocessamento;
➔ Dessorção térmica;
➔ Biopilhas.
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Os monitoramentos ambientais, de forma mais ampla, consistem na
realização de medições e avaliações para indicadores e parâmetros
específicos, a fim de verificar se o sistema está em acordo com as normas
e leis ambientais, bem como para verificar a evolução das concentrações
e disposição dos contaminantes em determinada matriz ambiental.
Há diversos tipos de monitoramentos ambientais, além dos
monitoramentos realizados em áreas contaminadas.
A obrigatoriedade de realização desses monitoramentos pode estar
condicionada ao licenciamento ambiental, onde o órgão competente irá
listar as ações necessárias para a instalação e operação do
empreendimento.
Para o GAC, podemos citar os Monitoramentos Preventivos de Água
Subterrânea e os Monitoramentos para Encerramento, realizados para
obtenção do Termo de Área Reabilitada para Uso Declarado – AR.
Conforme o Decreto nº 59.263/2013, os Responsáveis Legais pelas áreas
com Potencial de Contaminação (APs) deverão implementar Programa de
Monitoramento Preventivo da Qualidade do Solo e da Água Subterrânea,
a ser apresentado para a CETESB:
I – Nas Áreas com Potencial de Contaminação (AP) onde ocorre o
lançamento de efluentes ou resíduos no solo como parte de
sistemas de tratamento ou disposição final;
II – Nas Áreas com Potencial de contaminação (AP) onde ocorre o
uso de solventes halogenados;
III – Nas Áreas com Potencial de Contaminação (AP) onde ocorre a
fundição secundária ou a recuperação de chumbo ou mercúrio.
Já os Monitoramento para Encerramento, segundo a Decisão de Diretoria
nº 038/2017/C, da CETESB, são realizados quando:
I – Após a execução da etapa de Avaliação de Risco foram
observadas concentrações das substâncias químicas de interesse
abaixo das concentrações máximas aceitáveis (CMA) calculadas,
além de não terem sido verificadas quaisquer das demais situações
indicadas no artigo 36 do Decreto nº 59.263/2013;
II – Quando o Plano de Intervenção proposto para a área indicar
somente a necessidade de implementação de medidas de controle
institucional e/ou de medidas de engenharia;
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III – Quando as metas de remediação, definidas no Plano de
Intervenção, forem atingidas pela aplicação de medidas de
remediação.
O responsável legal, em conjunto com o responsável técnico, deve definir
quantas campanhas de monitoramento deverão ser realizadas e qual a
sua periodicidade.
Exemplo: Realização de campanhas de monitoramento por dois ciclos
hidrológicos, a fim de avaliar o comportamento das concentrações de
contaminantes no período de cheia e de seca. Isso equivale a quatro
campanhas semestrais de monitoramentos para o encerramento.
O número de campanhas e a sua periodicidade pode variar de acordo
com o Modelo Conceitual da área, que foi elaborado com todas as
informações disponíveis das etapas anteriores.
A realização das campanhas de monitoramento permitirá acompanhar a
evolução das concentrações dos contaminantes e avaliar se eles estão em
uma tendência de estabilidade ou redução, atestando a eficiência das
medidas que foram propostas para a área no Plano de Intervenção.
Caso haja um aumento das concentrações de contaminantes ao longo dos
trabalhos, deve ser avaliado novas ações para a área, para o entendimento
do porquê dessa elevação.
Caso essa elevação ultrapassem as CMAs estabelecidas para a área, as
ações propostas no Plano de Intervenção deverão ser revistas, a fim de
que esse risco seja gerenciado.
Para os trabalhos de campo no Estado de São Paulo, deve-se atentar à
Resolução SMA n° 100, de 22 de outubro de 2013, que estabelece que a
coleta das amostras de água subterrânea deve ser realizada por equipe
de amostragem acreditada na Norma ABNT NBR ISO/IEC n° 17025:2005,
Versão Corrigida 2:2006 – “Requisitos Gerais para a Competência de
Laboratórios de Ensaio e Calibração”.
Com relação ao procedimento de coleta de água a ser adotado, deve ser
avaliado qual será o procedimento de purga, para que a amostra de água
subterrânea a ser coletada seja representativa do meio amostrado.
Os métodos utilizados para a purga da água subterrânea são o bailer (tubo
transparente de polietileno) ou a bomba de baixa vazão (low flow). A
amostragem com bomba de baixa vazão provoca uma menor agitação no
Sempre à disposição.
Atenciosamente,
ENTRE EM CONTATO
- Charlie Munger
Obrigado pela
leitura!
Equipe RAÍZCON