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Gestão em recursos naturais

Aula 10: Avaliação e monitoramento

Apresentação
Entre as principais medidas para uma boa gestão de recursos naturais, são estabelecidas políticas ambientais de
preservação e recuperação de áreas desmatadas ou degradadas, além de processos eficazes de reflorestamento e
exploração sustentável.

Também são recomendados estudos que prevejam os impactos causados por novos empreendimentos ou projetos de
ampliação. A importância da gestão de recursos naturais está exatamente na capacidade de aliar o desenvolvimento e o
progresso, sem deixar de preservar a natureza.
Objetivos
Identificar as ferramentas de monitoramento da gestão socioambiental responsável;

Reconhecer a importância da avaliação de impactos, do monitoramento ambiental e do manejo de áreas;

Analisar aspectos relacionados à recuperação de áreas degradadas.

Introdução
Dentro das ações de gestão ambiental, vale destacar a obrigatoriedade de licenças ambientais para exploração de áreas
preservadas ou não. Além disso, é de vital importância a realização de estudos sobre impactos ambientais nas áreas
solicitadas pela empresa e a consequente auditoria ambiental.Com tais processos, é possível manter um cenário antes,
durante e depois da atuação da empresa em determinadas áreas.Vamos conhecer as vantagens da gestão dos recursos
naturais.

Vantagens da gestão dos recursos


naturais:Preservação da fauna e da flora;Uso
moderado de recursos naturais;Conscientização da
empresa, dos funcionários, dos prestadores de
serviço e da própria sociedade;Desenvolvimento
sustentável: uma boa gestão de recursos naturais
permite o desenvolvimento e o crescimento das
empresas e das cidades em plena harmonia com o
ambiente. É um cenário onde todas as partes ganham
direta e indiretamente;Fornecimento de recursos
naturais: quando o uso é consciente e controlado, os
recursos naturais ficam disponíveis por um período
maior;Economia: as empresas que conseguem
controlar o uso de recursos naturais garantem uma
boa economia pela redução no uso de matérias-
primas em suas atividades produtivas e também no
consumo de água e energia.

 SUBTITULO Fonte: Shutterstock

Leitura
Clique aqui para conhecer a Resolução CONAMA 01/1986.
MATERIAL NAO ESTA NO ROTEIRO

Licenciamento ambiental
O Licenciamento Ambiental é um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, estabelecida pela Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981, que tem como objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana.

O processo de regulamentação do licenciamento ambiental iniciou, por meio da Resolução CONAMA nº 001/86, que
estabeleceu diretrizes gerais para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental —
EIA/RIMA nos processos de licenciamento ambiental, definindo, ainda, critérios para sua aplicação.

O EIA/RIMA constitui-se em um importante meio de aplicação de uma política preventiva, sendo, portanto, um documento de
subsídio ao processo de licenciamento ambiental. Ressalta-se que o EIA/RIMA não é o único estudo ambiental considerado no
processo de licenciamento.

Outros estudos, que abordam os aspectos ambientais relacionados à localização, instalação e operação de uma atividade ou
empreendimento, podem se configurar como subsídio à análise de licença requerida, como o Plano de Controle Ambiental
(PCA) e o Relatório de Controle Ambiental (RCA).O Licenciamento Ambiental é realizado por meio de procedimento
administrativo, pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais.Trata-se de atividades consideradas efetivas ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.Para a condução do Licenciamento Ambiental, foi
concebido um processo de avaliação preventiva que consiste no exame dos aspectos ambientais dos projetos em suas
diferentes fases: concepção/planejamento, instalação (construção) e operação.

Trata-se, portanto, de um processo sistemático de avaliação ambiental, realizado em três etapas:Licença Prévia;Licença de
Instalação;Licença de Operação.Porém, nos casos atípicos, essas fases poderão ser desenvolvidas conforme as peculiaridades
do empreendimento. Buscando aperfeiçoar o Sistema de Licenciamento Ambiental, o CONAMA aprovou, em dezembro de
1997, a Resolução nº 237.Essa Resolução reafirmou os princípios de descentralização presentes na Política Nacional de Meio
Ambiente e na Constituição Federal de 1988. E regulamentou a atuação dos membros do SISNAMA na execução do
licenciamento ambiental, com o estabelecimento de procedimentos e critérios, efetivando a utilização do licenciamento como
instrumento de gestão ambiental.

Avaliação dos Impactos Ambientais - AIA


De acordo com Oliveira, “A avaliação de impactos ambientais nada mais é do que o conjunto de técnicas e métodos que se
propõem a identificar e descrever a influência que uma determinada atividade poderá exercer sobre o ambiente biogeofísico,
econômico e social”.

Os impactos Ambientais, geralmente, advêm da ação humana, e podem ser causados pelos seguintes
fatores:Desmatamento;Queimadas;Ruídos;Mortes de fauna e flora local;Poluição atmosférica, terrestre e aquática;Aquecimento
Global.
Já os seus efeitos podem ser negativos tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade.Quando os impactos são negativos
para a sociedade, podemos ter como consequência doenças respiratórias causadas por poluição atmosférica, acidentes causados
por deslizamentos de terra, frutos da erosão causada pelo desmatamento, acidentes radioativos etc.Quanto aos danos ambientais,
podemos utilizar como exemplo as queimadas, que, em muitos casos, provocam danos irreversíveis quando ocorrem em regiões
de mata nativa, onde habitam animais silvestres e espécies vegetais em extinção.Quando uma determinada região está em vias de
ser avaliada para averiguar os impactos ambientais, devemos considerar que esses impactos podem ser positivos ou negativos.

Portanto, vemos que existem diversas formas de caracterizá-los, de acordo com cada situação, e fazer o levantamento local
através de uma equipe multidisciplinar.Podemos dizer que os impactos ambientais são classificados da seguinte maneira:Se o
efeito é: positivo ou negativo;De acordo com sua magnitude: de pequena, média ou grande intensidade;Conforme a duração:
temporário, permanente ou cíclico;Alcance: local, regional, nacional ou global.Dependendo do alcance, da duração e da magnitude,
o impacto pode ser classificado como reversível ou irreversível.

Instrumentos de Avaliação Ambiental


1) Oferecer subsídios para apoiar o Ministério do Meio Ambiente na consolidação de sua política de inserção da temática ambiental
nas políticas setoriais, públicas ou privadas, relacionadas ao licenciamento ambiental e aos instrumentos de avaliação de impacto
ambiental.2) Desenvolver estudos e metodologias de avaliação de impacto ambiental visando ao aprimoramento constante dos
procedimentos de licenciamento ambiental.3) Instrumentos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA); Avaliação Ambiental
Estratégica (AAE); abordagem do componente social na avaliação ambiental; e desenvolvimento de propostas de trabalho e de
análises de propostas de novas regulamentações:Proposição de metodologia e diretrizes para a Avaliação Ambiental
Estratégica;Realizar trabalho técnico e de articulação setorial para o aprimoramento dos procedimentos para o licenciamento
ambiental federal e a regularização ambiental de portos, rodovias, linhas de transmissão e empreendimentos de petróleo e
gás;Articulação para a melhor definição da participação dos órgãos envolvidos no licenciamento ambiental federal.

Compensação ambiental
A compensação ambiental é um instrumento de política pública que, intervindo junto aos agentes econômicos, proporciona a
incorporação dos custos sociais e ambientais da degradação gerada por determinados empreendimentos, em seus custos
globais.A lei 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, através de seu artigo 36,
impõe ao empreendedor a obrigatoriedade de apoiar a implantação e a manutenção de unidade de conservação do grupo de
proteção integral.Isso ocorre quando, durante o processo de licenciamento, e com fundamento em EIA/RIMA, um empreendimento
for considerado como de significativo impacto ambiental.A compensação ambiental é, portanto, um importante mecanismo
fortalecedor do SNUC.No âmbito do Instituto Chico Mendes, órgão responsável pela gestão das Unidades de Conservação federais,
a competência quanto aos recursos de compensação ambiental está relacionada à sua execução, sejam eles advindos de
processos de licenciamento federais, estaduais ou municipais.

Após fixado o valor da compensação ambiental para um determinado empreendimento e definida a sua destinação pelo órgão
licenciador, o empreendedor é notificado a firmar termo de compromisso com o Instituto Chico Mendes, visando ao cumprimento
da condicionante.Esse procedimento foi regularizado através da Instrução Normativa 20/2011 do Instituto Chico Mendes. Devem
ser obedecidas as ações prioritárias para aplicação dos recursos de compensação ambiental, descritas no Decreto 4340/02, quais
sejam:I - regularização fundiária e demarcação das terras;II - elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;III - aquisição
de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área de
amortecimento;IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova unidade de conservação;V - desenvolvimento de
pesquisas necessárias para o manejo da unidade de conservação e área de amortecimento.A Coordenação de Compensação
Ambiental do Instituto Chico Mendes é o setor responsável pela operacionalização da compensação ambiental destinada às
unidades de conservação federais.
Monitoramento ambiental
A função do monitoramento ambiental é avaliar de forma quantitativa/qualitativa e periódica uma área, com o propósito de
fornecer informações a respeito das variáveis ambientais, e de verificar como essas variáveis se comportam ao longo do tempo.A
partir dos dados, o profissional responsável pelo monitoramento que pode ser de órgão público ou privado, consegue preservar,
avaliar e recuperar uma determinada área.Toda vez que um ambiente sofre um dano, ele é identificado pelo monitoramento
ambiental. De acordo com a gravidade e o tipo de injúria, será escolhido um tipo de estratégia a ser utilizada para recuperar a
área.Nos casos em que ocorra alteração de alguma variável, de maneira significativa, será feita uma análise para averiguar o que
está causando a alteração e quais alternativas poderão ser utilizadas para sanar o problema.

Ferramentas de monitoramento ambiental


Geralmente, o monitoramento ambiental é feito através de veículos aquáticos e terrestres, como barcos e automóveis. Mas, por
causa da grande extensão do território nacional, é muito difícil monitorar regiões remotas.Uma das alternativas encontradas foi o
uso de satélites para o monitoramento de queimadas. O uso das imagens é de extrema importância para detectar problemas
ambientais e fazer o monitoramento diário para evitar queimadas de longa duração ou para detectar desmatamentos clandestinos
de grande intensidade.Atualmente, o Brasil é o líder mundial no uso de imagens de satélite para monitorar florestas tropicais.

Apesar de serem uma boa ferramenta de monitoramento ambiental, muitas vezes, os satélites podem apresentar problemas no
monitoramento, principalmente em situações em que o fogo afeta o chão da floresta, mas não alcança as copas das árvores,
quando existem nuvens cobrindo a região, queimada de pequena duração etc.

Acessando o site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), é possível acompanhar os dados de satélites em tempo
quase real e os índices de probabilidade de queimadas e incêndios .

O monitoramento também pode ser feito através de testes laboratoriais, em que é possível verificar a quantidade de
contaminações de origem orgânica, inorgânica, bacteriana, ou poluições variadas (pH, temperatura, turbidez).Basta que o
profissional faça a coleta de um pouco de água do rio ou de uma amostra de solo que já será o suficiente para avaliar as
características biológicas e físico-quimicas da amostra, e apresentar dados importantes.

Recuperação de áreas degradadas


A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da restauração ecológica. Restauração ecológica é o
processo de auxílio ao restabelecimento de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído.Um ecossistema é
considerado recuperado — e restaurado — quando contém recursos bióticos e abióticos suficientes para continuar seu
desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais.

Saiba mais
Clique aqui para conhecer um pouco mais sobre a recuperação.

DOCUMENTO NÃO ESTA NO ROTEIRO

Atividade
Assinale a alternativa incorreta:

a) O Licenciamento Ambiental é opcional e visa assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, bem como uma imagem ambientalmente correta para as empresas.
b) Entre as principais medidas para uma boa gestão de recursos naturais, são estabelecidas políticas ambientais de preservação e
recuperação de áreas desmatadas ou degradadas, além de processos eficazes de reflorestamento e exploração sustentável. Também são
recomendados estudos que prevejam os impactos causados por novos empreendimentos ou projetos de ampliação.
c) A avaliação de impactos ambientais nada mais é do que o conjunto de técnicas e métodos que se propõem a identificar e descrever a
influência que uma determinada atividade poderá exercer sobre o ambiente biogeofísico, econômico e social.
d) A função do monitoramento ambiental é avaliar de forma quantitativa/qualitativa e periódica uma área, com o propósito de fornecer
informações a respeito das variáveis ambientais, e verificar como essas variáveis se comportam ao longo do tempo.
e) O monitoramento também pode ser feito através de testes laboratoriais, em que é possível verificar a quantidade de contaminações de
origem orgânica, inorgânica, bacteriana, ou poluições variadas (pH, temperatura, turbidez).

Notas

Título modal 1

Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográfica e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente
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Título modal 1

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Referências

BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Meio Ambiente — Guia Prático e Didático. São Paulo: Érica, 2012.

BRASIL. CONAMA. Resolução 01/1986.. Acesso em: 15 mai, 2019.

MMA. Cadernos de Licenciamento Ambiental. . Acesso em: 15 mai, 2019.

MMA. Instrumentos de Avaliação Ambiental.. Acesso em: 15 mai, 2019.


MMA. Recuperação de Áreas Degradadas. Acesso em: 15 mai, 2019.

ICMBio. Compensação Ambiental. . Acesso em: 15 mai, 2019.

INPE. Monitoramento de Queimadas e Incêndios. Acesso em: 15 mai, 2019.

PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: Planta, 2001.

Próxima aula

Conceitos de biodiversidade e sua valoração biológica e socioeconômica;

Convenção sobre a Diversidade Biológica e seus desdobramentos;

Métodos para a gestão de ecossistemas e biodiversidade.

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