ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI / UPE

Discente: Thaíza Araujo Silva de Freitas

CPF: 125.874.144-07
Turma: DT
Disciplina: Direito para Engenheiro
Docente: Prof. MsC. Eduardo César

Questionário sobre RIMA e Licenciamento ambiental

1) Sobre o RIMA, conceitue, cite os elementos essenciais, quais os

profissionais responsáveis por sua elaboração e qual a finalidade.

O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), é um relatório que, em última análise, é um

“espelho” do EIA (Estudo prévio de impacto ambiental), apresentando suas
conclusões à comunidade de forma objetiva, acessível e didática, de forma a
proporcionar ao cidadão a compreensão dos pontos positivos e negativos do projeto,
juntamente com as consequências ambientais da implementação.

Seus elementos essenciais podem variar de acordo com a legislação e

regulamentação de cada país ou região, mas em geral, eles incluem:

1. Introdução: apresentação do empreendimento ou atividade e do objetivo do

RIMA.
2. Caracterização do empreendimento ou atividade: descrição detalhada das
características do empreendimento ou atividade, incluindo localização, área,
capacidade produtiva, processos produtivos, fluxos de matéria-prima e de
resíduos, dentre outros aspectos relevantes.
3. Diagnóstico ambiental: análise dos componentes ambientais (ar, água, solo,
flora, fauna, paisagem, patrimônio cultural) que podem ser afetados pelo
empreendimento ou atividade, considerando as etapas de implantação,
operação e desativação.
4. Identificação e avaliação dos impactos ambientais: identificação dos impactos
ambientais diretos e indiretos, positivos e negativos, temporários e
permanentes, reversíveis e irreversíveis, causados pelo empreendimento ou
atividade. A avaliação deve considerar a magnitude, a intensidade, a frequência
e a duração dos impactos, bem como a sensibilidade dos componentes
ambientais afetados.
5. Propostas de medidas mitigadoras e compensatórias: apresentação de
medidas mitigadoras e compensatórias para minimizar ou neutralizar os
 impactos ambientais negativos identificados. Essas medidas devem ser
tecnicamente viáveis, socialmente justas e economicamente viáveis.
6. Programa de monitoramento ambiental: estabelecimento de um programa de
monitoramento ambiental para acompanhar a efetividade das medidas
mitigadoras e compensatórias propostas, bem como para avaliar a evolução
dos impactos ambientais ao longo do tempo.
7. Conclusão: síntese das principais informações apresentadas no RIMA e das
conclusões a que se chegou quanto aos impactos ambientais e às medidas
mitigadoras e compensatórias.

Em geral, o RIMA deve ser elaborado por uma equipe multidisciplinar, composta por
profissionais das áreas de meio ambiente, engenharia, arquitetura, geologia, biologia,
sociologia, entre outras. O documento deve ser claro, objetivo e acessível a todos os
interessados, de forma a garantir a transparência e a participação pública no processo
de licenciamento ambiental.

A finalidade principal de um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é avaliar os

impactos ambientais que determinado empreendimento ou atividade pode causar no
meio ambiente e propor medidas para minimizá-los ou eliminá-los. O objetivo é
garantir que o desenvolvimento de atividades humanas seja realizado de forma
sustentável, preservando a qualidade ambiental e promovendo o equilíbrio entre o
desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a qualidade de vida das
comunidades afetadas.

2) Em relação ao licenciamento ambiental, quais são suas características, quais

procedimentos a serem adotados e como se renova?

O licenciamento ambiental é um processo administrativo que tem como objetivo

avaliar, controlar e monitorar os impactos ambientais de atividades ou
empreendimentos que possam causar degradação ambiental. As características de
um licenciamento ambiental incluem:

Obrigatório: em geral, o licenciamento ambiental é obrigatório para atividades e

empreendimentos que possam causar impactos ambientais significativos, conforme
definido pela legislação ambiental de cada país ou região.

Processo técnico-científico: o licenciamento ambiental é baseado em critérios técnicos

e científicos, que levam em conta as características do empreendimento ou atividade
e os impactos que podem ser causados ao meio ambiente.

Participação pública: o licenciamento ambiental prevê a participação da sociedade

civil no processo de tomada de decisão, por meio da consulta pública e da realização
de audiências públicas.

Etapas: o processo de licenciamento ambiental é dividido em etapas, que podem

variar de acordo com a legislação de cada país ou região. Em geral, as etapas incluem
a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), análise e parecer técnico pelos órgãos ambientais competentes,
consulta pública e audiências públicas, emissão da licença ambiental e monitoramento
ambiental.

Responsabilidade do empreendedor: o empreendedor é o responsável pela

elaboração do EIA/RIMA e pela implementação das medidas mitigadoras e
compensatórias para minimizar os impactos ambientais negativos identificados.

Fiscalização e controle: os órgãos ambientais competentes são responsáveis pela

fiscalização e controle das atividades e empreendimentos licenciados, visando
garantir o cumprimento das condições e medidas estabelecidas na licença ambiental.

Renovação: em geral, a licença ambiental tem prazo de validade e precisa ser

renovada periodicamente, mediante avaliação do cumprimento das condições e
medidas estabelecidas na licença anterior.

Os procedimentos para um licenciamento ambiental podem variar de acordo com a

legislação de cada país ou região, mas geralmente incluem as seguintes etapas:

1. Identificação da necessidade de licenciamento: a primeira etapa é verificar se

a atividade ou empreendimento está sujeito ao licenciamento ambiental,
conforme a legislação aplicável.
2. Elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA): em geral, as atividades ou empreendimentos sujeitos ao
licenciamento ambiental precisam apresentar um EIA ou RIMA, que deve
conter informações detalhadas sobre os impactos ambientais da atividade ou
empreendimento e as medidas mitigadoras e compensatórias propostas.
3. Análise técnica pelo órgão ambiental competente: o órgão ambiental
competente irá analisar o EIA/RIMA apresentado pelo empreendedor,
verificando se as informações são completas e se as medidas propostas são
suficientes para mitigar os impactos ambientais.
4. Consulta pública: em geral, é realizado um processo de consulta pública para
que a sociedade possa se manifestar sobre a atividade ou empreendimento e
o EIA/RIMA apresentado.
5. Realização de audiências públicas: em alguns casos, é necessário realizar
audiências públicas para discutir com a população local e outras partes
interessadas os impactos ambientais da atividade ou empreendimento e as
medidas mitigadoras e compensatórias propostas.
6. Emissão da licença ambiental: após a análise do EIA/RIMA e a realização da
consulta pública e das audiências públicas, o órgão ambiental competente pode
emitir a licença ambiental, estabelecendo as condições e medidas mitigadoras
e compensatórias que o empreendedor deve cumprir.
7. Fiscalização e monitoramento: os órgãos ambientais competentes são
responsáveis pela fiscalização e monitoramento das atividades ou
empreendimentos licenciados, visando garantir o cumprimento das condições
e medidas estabelecidas na licença ambiental.
8. Renovação da licença ambiental: em geral, a licença ambiental tem prazo de
validade e precisa ser renovada periodicamente, mediante avaliação do
cumprimento das condições e medidas estabelecidas na licença anterior.
A renovação de uma licença ambiental geralmente segue procedimentos semelhantes
aos adotados na obtenção da licença original. O empreendedor deve apresentar uma
solicitação de renovação junto ao órgão ambiental competente, acompanhada de
documentação que comprove o cumprimento das condicionantes e medidas
mitigadoras estabelecidas na licença anterior, bem como informações atualizadas
sobre a atividade ou empreendimento e seus impactos ambientais.

Em geral, o órgão ambiental competente irá realizar uma análise técnica do pedido de
renovação, verificando se as informações apresentadas são suficientes para garantir a
continuidade da atividade ou empreendimento sem prejuízo ao meio ambiente e à
qualidade de vida das populações afetadas. Em alguns casos, pode ser necessário
realizar uma nova consulta pública ou audiência pública para discutir os impactos da
atividade ou empreendimento e as medidas mitigadoras propostas.

Caso o órgão ambiental competente avalie que a renovação da licença é viável e

atende às exigências legais e ambientais, será emitida uma nova licença com as
condições e medidas mitigadoras atualizadas, e o empreendedor deverá cumprir essas
exigências para garantir a continuidade da atividade ou empreendimento. É
importante ressaltar que o não cumprimento das condições e medidas estabelecidas
na licença ambiental pode resultar em sanções e penalidades administrativas, civis e
criminais, conforme a legislação aplicável.

O prazo de renovação da licença ambiental costuma ser definido pela legislação

aplicável e pode variar de acordo com a atividade ou empreendimento licenciado. Em
alguns casos, o prazo de renovação pode ser de até 10 anos, enquanto em outros
casos pode ser de 5 anos, por exemplo. Em alguns casos, é possível solicitar a
renovação da licença antes do término do prazo de validade, desde que sejam
cumpridas as exigências legais e ambientais para a renovação.