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Material Teórico
Divisão e diferenciação celular
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Divisão e diferenciação celular
• Introdução
• Interfase
• Tecidos
Como método de estudo, você deverá ler o conteúdo de cada um dos itens acima, na
sequência as atividades de fixação dos conteúdos (atividade de sistematização) e as atividades
de interação (fórum de discussão).
Explore todos os recursos do Blackboard. Não acumule dúvidas, participe, pergunte!
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
Contextualização
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Introdução
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
Interfase
Como já visto, a interfase pode ser dividida em três fases: “G1”, “S” e “G2”.
Durante a interfase, especificamente na
Figura 1 – Representação da célula e núcleo
fase “S” o DNA é condensado e duplicado, de celular na interfase com a duplicação de DNA
modo que os cromossomos adquirem uma nova e condensação formando o cromossomo.
configuração (Figura 1). Esse é um dos principais
eventos para que ocorra a distribuição do
material genético entre as células-filhas ao longo
da divisão celular, seja a mitose ou a meiose.
Ao longo do período “S” da interfase a
molécula de DNA que possui duas fitas passa pelo
processo da duplicação semiconservativa, onde
uma fita do DNA é conservada e serve como
molde à síntese da outra, sempre respeitando o
pareamento das bases nitrogenadas (adenina-
timina, citosina-guanina) para a produção de
novas moléculas de DNA (Figura2).
Figura 2 – Duplicação
semiconservativa do
DNA, onde cada uma
das moléculas recém-
formadas conserva uma
das cadeias da molécula-
mãe e produz uma nova
cadeia complementar AA
que lhe serviu de molde.
A nova célula herdará todas as sequências do DNA da célula-mãe, ou seja, todos os genes
que controlam a síntese de proteínas e as atividades celulares.
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Quanto ao número de cromossomos, pode-se Figura 3 – Cariótipo humano. Representação
classificar as células em diploides e haploides. do número total de cromossomos de
uma célula somática. Os cromossomos
Nas células diploides os cromossomos se apresentam-se aos pares.
apresentam aos pares. Essas formarão os tecidos
que constituem o corpo do indivíduo e são
conhecidas como células somáticas.
Cada célula diploide tem um grupo de
cromossomos de origem paterna e outro grupo de
cromossomos de origem materna.
As células haploides apresentam somente um dos cromossomos que formam os pares na
célula diploide. Pode-se dizer que essas células são especiais e constituem os gametas ou células
sexuais que caracterizam a reprodução sexuada. Por exemplo: no núcleo de uma célula somática
diploide como a do fígado humano são encontrados 23 pares de cromossomos, ou seja, 46
cromossomos. Nas células haploides como o espermatozoide e óvulo humano (células sexuais
masculina e feminina, respectivamente) são encontrados 23 cromossomos.
Figura 4 – Espermatozoides As células haploides(Figura 4) são originadas pela divisão celular meiose.
aderidos ao óvulo na
espécie humana. A meiose consiste em duas divisões celulares sucessivas com uma
célula diploide e uma única duplicação do DNA na interfase. Esse
tipo de divisão celular visa à formação de gametas, células haploides,
visto que ocorre uma redução no número de cromossomos das
células-filhas. É na meiose que ocorrem fenômenos relacionados ao
aumento ou variabilidade genética dos gametas.
Somente para fins didáticos, fracionaremos a divisão celular
em fases, mas lembre-se que a divisão celular é um processo do
organismo dos seres vivos que ocorre nas células das gônadas
(ovários e testículos), manifestando-se de forma contínua em
determinadas fases da vida de indivíduos adultos.
Assim, a meiose será dividida em duas fases: a primeira denominada meiose I ou fase
reducional, pois durante esse processo os cromossomos homólogos serão separados na fase de
anáfase I e esse fenômeno determinará a redução no número de cromossomos nas células-filhas.
A seguir você será apresentado(a) às fases da meiose de forma resumida em uma representação
celular com um número diploide de quatro cromossomos.
Quanto às fases da Meiose I:
• Prófase I – é uma fase complexa e de longa duração. Para efeito de estudo, é divida em
cinco estágios: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese;
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
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No processo da segunda divisão da meiose ocorre a quebra
dos cromossomos que ainda estão com o DNA duplicado e a
mos
Representare
formação das células haploides. A quebra dos cromossomos
com o ajuste final na quantidade de DNA ocorre na fase lula
uma única cé
denominada anáfase II. car as
para identifi
ose II.
Também dividiremos a segunda fase da meiose para melhor fases da mei
entender o processo de divisão celular em:
Além de a meiose formar células haploides, essa é importante por promover variabilidade
genética nas novas células.
Figura 15 – Representação gráfica apresentando as fases da divisão celular meiose.
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
• Prófase – de modo geral, é o processo mais longo da mitose. Durante a prófase ocorrem
mudanças no núcleo e no citoplasma como a condensação cromossômica, os filamentos
de cromatina se enrolam, tornando-se cada vez mais grossos, curtos, espessos e coráveis.
Os dois pares de centríolos atingem os polos, a membrana nuclear fragmenta-se e os
nucléolos desaparecem;
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O processo da diferenciação celular
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
Tecidos
• Tecido epitelial – formado por células que revestem superfícies, cavidades corporais
ou formam glândulas. Nesse tipo de tecido as células epiteliais encontram-se organizadas
próximas umas das outras, células justapostas denominadas de epitélios de revestimento
de superfícies, como a epiderme da pele, ou do revestimento do intestino e ductos,
separando o meio interno do meio externo. Esse tipo de tecido também aparece como
unidades funcionais das glândulas;
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o Musculatura estriada cardíaca (contração involuntária) – constitui as células do
miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares que aumentam
a adesão entre as células. Fator importante para uma contração rítmica e vigorosa,
mantendo a circulação do sangue no corpo;
• Tecido nervoso – constituído por células que formam o cérebro, medula nervosa e nervos.
Como exemplo resumido de especialização há o sistema imunitário, que é constituído
por células isoladas ou organizadas em órgãos. Esse sistema possui células e substâncias
que trabalham na defesa do organismo contra microorganismos e moléculas estranhas
(toxinas, por exemplo), pois são capazes de reconhecer o que é próprio do corpo e o que
não é. Após identificar os agressores, o sistema imune coordena e inativa e/ou os destrói.
Essas células estão presentes no sangue, linfa e tecido conjuntivo.
Sobre as respostas imunitárias, podem ser resumidamente classificadas em dois tipos básicos:
o Imunidade celular ou inata – é a ação celular contra células que tenham moléculas
estranhas em sua superfície (bactérias, vírus, células transplantadas e ou células
malignas – cancerosas). Atuam nesse tipo de resposta às células linfócitos T; mastócitos;
neutrófilos; eosinófilos; monócitos; macrófago; linfócito NK;
o Imunidade humoral ou adquirida – depende de anticorpos (glicoproteínas circulantes
no sangue ou outros líquidos). Esses neutralizam moléculas estranhas e participam
da destruição das células que contêm moléculas desconhecidas. São sintetizados por
plasmócitos (linfócitos B ativados).
Os anticorpos são glicoproteínas plasmáticas circulantes, também denominados de
Imunoglobulinas (Ig). Cada anticorpo interage especificamente com um determinante
antígeno que estimulou a sua formação.
Essas glicoproteínas ligam-se ao antígeno (corpo estranho) para provocar o aparecimento
de sinais químicos, indicando a presença do invasor a outros componentes do sistema
imune. Os anticorpos também podem aglutinar microorganismos invasores, facilitando a
sua fagocitose.
Na espécie humana encontramos diversas classes de anticorpos no soro sanguíneo: o IgG,
IgA, IgM, IgD, IgE etc.
A estrutura e a fisiologia do sistema imune são mais complexos do que foi apresentado
nesta Unidade, dado que o objetivo aqui foi utilizar a diversidade celular desse sistema
para exemplificar e evidenciar a riqueza da diferenciação celular e as diferentes funções
específicas, como a síntese dos vários tipos de imunoglobulinas.
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
Material Complementar
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Referências
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia celular. 3. ed. Porto Alegre, RS: ArtMed, 2011.
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Unidade: Divisão e diferenciação celular
Anotações
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