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Unidade III
7 CICLO CELULAR
O ciclo celular deve ser compreendido pela forma pela qual todos os seres vivos trabalham (exercem
suas funções) e se reproduzem. Vamos lembrar que existem seres unicelulares; portanto, o seu ciclo de
vida não é diverso do ciclo celular: todos nascem, desenvolvem-se, trabalham, reproduzem-se e morrem,
com as células não são diferentes.
Podemos condensar esses eventos no ciclo celular em dois momentos: a interfase e a mitose. Na
mitose ocorre a divisão da célula, e no período entre duas divisões (entre fases reprodutivas) temos
a interfase. O núcleo celular na interfase, que é o período de desenvolvimento e trabalho, é bem
diferenciado em relação à atividade celular (profissão), e o núcleo mitótico (reprodução) nem sequer
pode ser chamado de núcleo, pois perde sua membrana e torna‑se difuso no citoplasma. Neste tópico
serão abordados os aspectos estruturais e funcionais do núcleo interfásico.
O RNA passou a ser modificado conforme a necessidade antes de entrar em contato com os ribossomos
fora do núcleo. Permitiu que as vias metabólicas nucleares se tornassem livres de interferências que
ocorrem no citoplasma, impedindo competições por sítios de afinidades moleculares.
O ciclo celular, desde a formação de uma célula até sua própria divisão em duas células‑filhas iguais
entre si, apresenta, basicamente, as seguintes passagens: a interfase, em que a célula cresce e se prepara
para uma nova divisão, e a divisão, em que se originam duas células‑filhas, a qual se inicia pela divisão
do núcleo (cariocinese ou mitose) e posteriormente do citoplasma (citocinese). Algumas células, como
os hepatócitos, não realizam a citocinese e passam a ser binucleadas.
O ciclo tem que se ajustar para que tenha o tempo suficiente para que a célula dobre de tamanho e
em seguida se divida, mantendo assim o tamanho das células dentro de um parâmetro.
O controle nos eucariontes é feito por diversos produtos gênicos, que, por sua vez, são também
regulados por fatores extracelulares, como nutrientes ou fatores de crescimento, fazendo que ocorra a
divisão celular coordenadamente com as necessidades do organismo como um todo.
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Unidade III
Em uma das fases do ciclo celular, a interfase (95% do ciclo), ocorre a duplicação dos componentes
da célula‑mãe, incluindo a duplicação do DNA. As células de mamíferos terminam sua duplicação de
DNA, e pelo menos duas horas antes entram em mitose. Assim, dentro da interfase ocorrem os seguintes
períodos:
• G0 (tempo variável): estado quiescente em que a célula não apresenta a programação para
entrar em mitose novamente. A maioria dos neurônios estão em G0. A quantidade de DNA é de 2C.
• G1 (gap = vazio) – 12h em média: é o intervalo de tempo desde a mitose até o início da síntese
de DNA. É o período pós‑mitótico.
• R (ponto de restrição): quando a célula atravessa esse ponto, entra em mitose novamente. Fica
no fim da G0.
• M – 1h em média: mitose.
O conjunto de proteínas que interagem, conhecidas como quinases, dependentes de ciclina (CDKs),
controla por via enzimática o ciclo celular. Os receptores e agentes mais citados são a CDC2 e CDK. A
célula passa por G1 e é induzida a progredir ao longo do ciclo por fatores de crescimento (mitógenos),
atuando por meio de receptores que transmitem os sinais para prosseguir em direção à fase S.
As ciclinas do tipo D (D1, D2 e D3) são as que se associam às CDKs e as ativam. Também existem
outas que podem induzir a interrupção de G1. Caso essas proteínas sejam inativadas por mutações, a
proliferação celular torna‑se contínua, comum em várias neuplasias. Quando ocorre detecção do dano
do DNA e consequente interrupção do ciclo celular, por causa da ativação da p53, o impedimento
para bloquear o ciclo se torna essencial em evitar que a célula entre na fase S. Assim que a célula
passar pelo ponto de restrição G1, a ciclina E é degradada, e a célula entra na fase S. Isso é iniciado,
entre muitas outras atividades, pela ligação da ciclina A à CDK2 e pela fosforilação da proteína RB
(proteína retinoblastoma). Esse sistema impede que a célula prossiga o seu ciclo com um DNA alterado
(danificado), sendo o ponto de controle o limite de ação dos sistemas de retroalimentação das ciclinas.
Quando o genoma está integro, o CDC2 (CDK1) associado com ciclinas mitóticas A e B é ativado para
formar o fator promotor de mitoses e imediatamente no início da divisão celular as ciclinas A e B são
destruídas, determinando‑se o complexo promotor da anáfase e permitindo‑se assim a continuidade
do ciclo.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Observação
Veja um esquema do ciclo celular. Neste esquema, trata‑se de uma célula somática, pois o maior
tempo é o da interfase. No estágio G1 ocorrem, por exemplo, processos de sínteses; já no S, há a
duplicação do DNA. O G2 precede a mitose ou a apoptose.
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Unidade III
Figura 57 – Gráfico referente à quantidade de DNA ao longo do tempo durante o ciclo celular
Lembrete
As membranas lipoproteicas são assimétricas, com as porções glicídicas voltadas para a cisterna
perinuclear, com 30% de lipídeos (90% fosfolipídeos, 30% triclicérides, colestrerol e ésteres de
colesterol) e 70% de proteínas (com algumas glicoproteínas), algumas comuns ao RER (como
glicose‑6‑fosfatase, citocromo P‑450, citocromo b5). Ocorrem poros (1,5 a 25% da área funcional)
que apresentam fusão das membranas interna e externa, e permitem o trânsito de macromoléculas,
sendo uniformemente distribuídos e variando em quantidade conforme a célula e o respectivo
estágio funcional (+ ativa, + poros).
As moléculas com diâmetro menor que 9 nm atravessam o poro rapidamente. Os RNA são grandes e
passam pelo poro com gasto energético, e o poro abre até 25 nm de diâmetro.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Proteínas de PM elevado (polimerases do DNA: 100.000 dáltons; do RNA: 200.000 dáltons) são
sintetizadas no citoplasma com sinal de localização nuclear, com 4 a 8 aminoácidos orientados pela
importina (proteína citoplasmática que se liga à proteína a ser transportada) e estão ligadas ao complexo
do poro, permitindo à proteína atravessar o poro com gasto energético. Após a passagem, a importina
retorna ao citoplasma. O sinal de localização nuclear permanece e permite que a proteína reentre no
núcleo após a mitose.
A exportação de RNA do núcleo para o citoplasma ocorre com gasto energético, com mRNA (RNA
mensageiro), tRNA (RNA transportador) e rRNA (RNA ribossômico) como complexos RNA‑proteína. O
sinal de exportação nuclear pode estar no RNA ou na proteína.
A lâmina nuclear é uma rede fibrosa interna com 10‑20 nm de espessura interrompida nos poros. Nos
mamíferos, a rede é formada pelas proteínas laminas A, B e C. A lamina dá a forma e suporte estrutural
à carioteca e é responsável pela ligação das fibras cromatínicas ao envoltório. Na mitose, ocorre uma
fosforilação temporária e desorganização, sendo posteriormente recompostas.
A proteína lamina é um dímero de subunidades proteicas que se associam através das porções
α-hélice de cada cadeia polipeptídica, com as duas porções globulares de cada cadeia ficando nas
extremidades. Com mudança do pH e concentração iônica, os dímeros se polimerizam, formando
filamentos. São proteínas intrínsecas à membrana interna. A lamina B possui uma poção lipídica que se
insere na bicamada, e a esta se associam as laminas A e C.
O nucléolo só é observado quando a célula se encontra na interfase do ciclo celular. Portanto, durante
o processo da divisão celular, o nucléolo se desestrutura. Podem existir até três nucléolos por núcleo,
dependendo da atividade metabólica e do tipo celular estudado. Em células pancreáticas exócrinas,
secretoras de proteínas, o nucléolo chega a ocupar 25% do volume do núcleo. O nucléolo apresenta
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Unidade III
pequena quantidade de DNA e é o responsável pela formação dos RNAs: RNAr (um dos constituintes
das subunidades maiores e menores dos ribossomos) e do RNAt (transportador de aminoácidos do
citoplasma para os ribossomos). No nucléolo, são distintas quatro áreas:
• Área fibrilar, pouco corada, apresenta o DNA inativo. Aqui, não há transcrição.
• Área da porção fibrosa, possui RNAs que estão sendo transcritos. Aqui, o DNA é ativo.
• Área granulosa, local que reúne as subunidades maiores e menores dos ribossomos em fase de
maturação (amadurecimento).
São outras funções do nucléolo: regular eventos do ciclo celular, como a citocinese; inativar enzimas
quinases; e alterar pequenas moléculas de RNAs que vão formar as subunidades do RNAr.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
As duas cadeias de polinucleotídeos são conhecidas como cadeias de DNA, cada uma composta
de quatro pares de subunidades nucleotídeas. Uma cadeia possui uma terminação com um orifício (3’
hidroxil) e a outra, uma saliência (5’ fosfato) no seu término. Assim, a polaridade da cadeia do DNA é
referida como terminações 5’ e 3’.
As duas cadeias de polinucleotídeos são unidas por ligações de hidrogênio entre os pares de bases.
São polarizadas e correm antiparalelas uma a outra, formando uma dupla hélice.
Nucleotídeos são formados do açúcar de cinco carbonos: desoxirribose com um grupo fosfato (por
isso ácido desoxirribonucleico) e uma base nitrogenada, com adenina (A), citosina (C), guanina (G) ou
timidina (T). Os nucleotídeos são ligados covalentemente juntos em cadeias através dos açúcares e
fosfatos, que formam a “espinha” alternada de açúcar‑fosfato‑açúcar‑fosfato, criando um colar com os
quatro tipos de bases. A composição e a estrutura química das bases permitem que somente ocorram
pontes de hidrogênio eficientemente entre A‑T (duas pontes de hidrogênio) e C‑G (três pontes de
hidrogênio), permitindo que as cadeias se aproximem, criando uma hélice (10 pares de base a cada giro),
sem perturbá‑la. As bases podem se agrupar dessa forma somente se a cadeia de polinucleotídios estiver
alinhada em orientações opostas (antiparalela e complementar).
Os genes são formados por um segmento de DNA que contém as instruções para fazer uma proteína
particular (ou, em alguns casos, um grupo de proteínas intimamente relacionadas). Alguns genes
comandam a produção de moléculas de RNA como produto final. Eles carreiam a informação genética,
que deve ser copiada e transmitida precisamente durante a divisão celular. O DNA codifica a informação
de forma sequencial com as quatro letras (A, C, G e T), que variam nos diferentes organismos e irão
expressar os diferentes aminoácidos. Há uma correspondência entre a sequência de quatro nucleotídeos
e os 20 aminoácidos que irão formar as diferentes proteínas. A informação completa do organismo é
chamada de genoma.
Cada gene possui um segmento com sequência de DNA de regulação, um íntron e um exón. Os
íntrons são sequências sem significado genético, enquanto os exóns apresentam uma sequência que
defina uma característica, isto é, determinam uma proteína. Há uma quantidade de DNA espalhado que
parece não portar informação, chamado de DNA lixo.
Em geral, quanto mais complexo o organismo, maior o seu genoma, mas nem sempre é assim. O
genoma humano é 200 Xs maior que da Saccharomyces cerevisiae, 30 Xs menor que de algumas plantas
e 200 Xs menor que de algumas espécies de amebas. Em geral, aumenta conforme sobe na filogenia,
mas existem exceções (há alguns urodelos com 30 Xs mais DNA que Homo sapiens, e peixes pulmonados
com número também mais elevado) – paradoxo do valor C. A quantidade de DNA no citoplasma dos
vertebrados é superior à mínima necessária para armazenar informação genética.
O RNAr associa‑se com proteínas e enzimas do núcleo e forma as subunidades maior e menor
dos ribossomos, responsáveis pela produção das proteínas. O RNAr é produzido pela área fibrosa do
nucléolo, pela ação da enzima RNA polimerase I. Essa formação de início é denominada RNAr 45S e
se constitui num “pré‑ribossomo” (possui 13.000 nucleotídeos). O núcleo (o DNA do núcleo) produz
o RNAr 5S. Os ribossomos já existentes no citoplasma produzem proteínas e as enviam para a parte
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fibrosa do nucléolo. Agora, essas proteínas se unem ao RNAr 45S e formam uma grande partícula de
RNP (ribonucleoproteína). Essa RNP dará origem às subunidades maiores e menores na área granulosa
do nucléolo. São elas: RNArs 28S, RNArs 18S, RNArs 5,8S e RNArs 5S. A subunidade maior do ribossomo
é formada pelos RNArs 28S, 5,8S e 5S. Esse RNAr permite dois acoplamentos, um do RNAm e outro do
RNAt. Há ribossomos livres no citoplasma e outros acoplados no RER, constituindo os polirribossomos.
Portanto, ribossomos produzem proteínas. Ribossomos livres no citoplasma produzem proteínas que
serão utilizadas pelas células, enquanto os ribossomos associados ao retículo endoplasmático rugoso
(REE) criam proteínas que serão secretadas, isto é, que sairão da célula (RE + ribossomos constituem o
REG ou RER). Recentemente, foi descoberta uma nova organela citoplasmática chamada de proteossomo,
que degrada proteínas descartáveis.
O RNAm transporta o código genético do núcleo para o citoplasma, isto é, do núcleo para os
ribossomos. O RNAm ou mRNA possui códigos que são cópia da sequência de bases nitrogenadas do
DNA (códons), com a respectiva alteração A – U e G – C, atuando como “molde” ou “intermediário” para
a produção de proteínas por parte dos ribossomos (RNAr). Pode‑se afirmar que o RNAm será traduzido
em proteínas. Quem codifica é o DNA, e o RNAm transporta essa codificação. O RNAm transporta de
uma só vez uma série de códons, os quais correspondem a determinados tipos de aminoácidos. O RNAm
apresenta RNAt, transportador ou de transferência, que transporta ou transfere os aminoácidos ativados
do citoplasma para os ribossomos. Sua formação é dependente da enzima RNA polimerase III, quando
esta age sobre o DNA do nucléolo. É um tipo de ácido pequeno que possui apenas 80 nucleotídeos.
Sua forma é de trevo por apresentar‑se dobrado sobre si mesmo. Há, em alguns locais desse RNA, o
pareamento de bases nitrogenadas. Ele possui duas partes distintas: uma é a extremidade 5’, que possui
o anticódon, a qual reconhece o códon do RNAm. A outra extremidade é a 3’, que possui o aminoácido
(conjunto de três bases nitrogenadas).
Observação
• Nucléolo.
• Nucleoplasma.
• Espaço perinuclear.
O processo de síntese proteica inicia‑se com a transcrição, a qual ocorre quando o DNA origina
RNAm. Só ocorre na interfase, nunca na mitose ou na meiose. É produzido, no sentido, a partir de 5’ para
3’. O RNAm não apresenta tamanho fixo. A expressão gênica começa com a produção do RNAm, tem
sua continuidade com a tradução do RNAm e termina com a produção da proteína. Quando o RNAm
se dobra, recebe o nome de microRNA. Ao sair do núcleo, o microRNA no citoplasma sofre ação de uma
enzima que o picota em pequenos fragmentos.
Há 31 tipos diferentes de RNAt. O RNAt se prende no ribossomo, em dois locais. Um deles prende
a molécula do RNAt à qual está ligado o peptídio em formação; o outro local prende a molécula de
RNAt à qual está ligado o aminoácido a ser acrescentado. A seleção do RNAt para o segundo local fica
assegurada pelo códon do RNAm, o qual se apresenta nesse segundo local.
O cruzamento entre as bases constitui 64 trincas. Destas 64 trincas, três não codificam aminoácidos,
pois correspondem a trincas de finalizações, sendo que os humanos utilizam apenas 20 aminoácidos, e
ocorrem diferentes combinações de bases que determinam o mesmo tipo de aminoácido.
Alguns RNAt são capazes de reconhecer mais de um códon. Isso acontece porque os anticódons
do RNAt podem ter a primeira base adaptável, isto é, que pode se unir a uma base não complementar
localizada na terceira posição do códon. Há uma base chamada de (I) = inosina, que é encontrada na
primeira posição do anticódon em vários RNAt e é capaz de parear com qualquer base, exceto com G,
localizada na terceira posição do códon. O RNAt possui forma de trevo com quatro folhas. A extremidade
3’ é a aceptora dos aminoácidos, enquanto a 5’ possui o anticódon. O braço da esquerda do “trevo” é
denominado D, e o da direita, braço T. Há também outro braço entre o T e o anticódon, é o braço variável.
estão ligados para fabricação da melanina e desligados para a fabricação da insulina; já nas células
basófilas do pâncreas, genes estão ligados para a fabricação da insulina e desligados para a fabricação
da melanina.
A seguir, um esquema do processo de transcrição, que pode ocorrer tanto no estágio G1 quanto no
G2, que precede a mitose. Isso permite inferir que em G2 a célula está duplicando suas proteínas para
posteriormente se dividir entre suas células‑filhas.
Cromatina (do grego croma, que significa cor) = complexo de DNA + proteínas – toda a porção do
núcleo que se cora e é visível à microscopia de luz (ML), menos o nucléolo.
Uma mostra com os 46 cromossomos humanos é o cariótipo. Pelo cariótipo podem‑se determinar
perdas, inversões ou trocas de pedaços entre os cromossomos. A cromatina dos eucariontes = DNA +
proteínas do núcleo interfásico – cromatina compactada e/ou descompactada. O núcleo em divisão
(mitose ou meiose) apresenta a cromatina altamente compactada em cromossomos.
A condensação varia conforme o tipo celular, o grau de atividade e o estado de diferenciação que
se encontra a célula. Células nervosas e os espermatócitos exibem cromatina pouco condensada em
certas fases, já os plasmócitos possuem cromatina com grumos densos em forma de raios, lembrando
uma roda de carroça. Nos eritroblastos (hemácias jovens) ocorre a condensação gradual da cromatina
durante a maturação, e em mamíferos isso culmina com a expulsão no núcleo.
Um cromossomo funcional, o DNA deve carrear os genes e se duplicar, e as cópias replicadas devem
ser separadas igualmente nas células‑filhas, completando o ciclo celular, o que é chamado de mitose.
Os telômeros são duas porções terminais dos cromossomos que possuem sequências de nucleotídeo
repetidas que permitem que o final dos cromossomos se replique e também protegem o final dos
cromossomos de ser entendido pela célula como uma molécula de DNA quebrada que precisa de reparo.
Com o andar do ciclo, o DNA se enrola mais numa estrutura mais compacta de cromossomos
mitóticos para serem facilmente separados durante a divisão celular.
O centrômero é uma sequência especial de DNA que permite que os cromossomos sejam divididos
em partes iguais e que se acoplem perfeitamente quando ocorre o fenômeno da recombinação gênica.
O DNA é empacotado em cromossomos através de proteínas histonas que enrolam e dobram o DNA
em grandes níveis de organização (podendo chegar a 10.000 Xs). Mesmo na interfase, o DNA está cerca
de 1.000 Xs compactado. Há duas classes de proteínas compactadoras de cromossomos: as histonas e
as não histonas.
Em geral, zonas da cromatina onde os genes estão sendo expressos são mais estendidas, e as zonas
mais compactas estão quiescentes. A mesma fita pode apresentar os dois estados (alterações cíclicas). A
heterocromatina (em grego, heteros significa diferente) exibe coloração mais intensa quando observada
na microscopia de luz, não sendo transcrita pelo RNA.
A maior parte do DNA contido na heterocromatina não contém genes, e os genes aí presentes em
geral ficam indisponíveis devido ao elevado grau de compactação da heterocromatina. Essa cromatina
densa é denominada heterocromatina constitutiva e apresenta sequências gênicas altamente repetitivas
que nunca são transcritas, principalmente no centrômero, no telômero e ao redor das constrições
secundárias.
A eucromatina possui uma estrutura denominada nucleossomo, que é a unidade estrutural básica
da cromatina, formando um corpo cilíndrico e achatado com 10 nm de diâmetro e 6 nm de altura, com
200 pares de bases (pb) de DNA associados a um octâmero de histonas. O octâmero é formado por duas
moléculas de H1, H2, H3 e H4. O H1 se associa externamente ao DNA que envolve o hexâmero proteico
(converte o DNA a um terço do seu comprimento).
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Unidade III
No núcleo interfásico, os centros histônicos estão ligados por DNA. O centro histônico, de 11 nm
de diâmetro, é enrolado com 146 pares de nucleotídios (com 1,65 voltas enroladas pelo lado esquerdo)
e entre eles ≈ 200 pares de nucleotídios, formando um cordão que pode variar de poucos até 80
nucletotídeos.
O centro histônico é octamérico e constituído de duas proteínas de H2A, H2B, H3 e H4, todas com
muito aminoácido, maisomo lisina e arginina, que auxiliam as histonas a ligar fortemente a espinha
de açúcares. Cada corpo histônico possui uma cauda de um longo aa N‑terminal que se estende para
fora do DNA do corpo histônico. Essa cauda é sujeita a diversos tipos de modificações covalentes que
controlam em muitos aspectos a estrutura da cromatina.
Figura 60 – Desenho de um neutrófilo de uma mulher. Pode‑se afirmar o sexo em decorrência da heterocromatina facultativa
(cromossomo X) apontada pela seta
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Como já discutido anteriormente, verificou‑se que existem trechos do genoma que naturalmente
não se expressam, ou porque apresentam uma sequência de nucleotídeos arbitrária, repetitiva, sem
significado genético, tal como a heterocromatina constitutiva, ou porque alguns segmentos do DNA
possuem apenas a função estrutural de suporte aos trechos que realmente contêm o código genético,
tais como os éxons, separados por segmentos não codificadores, os íntrons. Mas ainda resta saber como
alguns genes são silenciados, ou ainda o que ativa e inativa a expressão dos genes. As células regulam
seu desenvolvimento através da expressão gênica diferencial. Como bactérias eram os modelos para tal
atividade, a expressão em geral significava transcrição de mRNA. Os três postulados da expressão gênica
diferencial eram os seguintes:
• Cada núcleo celular contém o genoma completo estabelecido no ovo fertilizado. Em termos
moleculares, os DNAs de todas as células diferenciadas são idênticos.
• Os genes não usados das células diferenciadas não são destruídos ou mutados, retendo o potencial
de serem expressos.
• Só uma pequena porcentagem do genoma está sendo expressa em cada célula, e uma porção do
RNA sintetizado é específica para aquele tipo de célula.
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Unidade III
Saiba mais
Na década de 1960, Jacob e Monod sintetizaram dados sobre a indução da enzima (proteína) β
galactosidase, elaborando a hipótese do modelo do operon. Esse modelo demonstra que uma pequena
molécula indutora gerava a transcrição de diferentes genes da bactéria E. coli, e em sistemas de
conjugação de moléculas, uma proteína de ação inibidora (repressora) codificada por genes liga‑se ao
sítio operador (inicializador) adjacente aos genes responsáveis pela síntese dessa proteína (estruturais),
impedindo a ação RNA polimerase ao sítio promotor que daria início à transcrição da β galactosidase.
Quando a molécula indutora (proveniente do meio externo) se conjuga com a proteína repressora, ela
bloqueia a sua repressão, pois promove uma alteração da sua conformação molecular de tal forma, que
a repressora não se encaixa mais no operador para inibi‑lo. Com isso, o gene se expressa e passa a ser
capaz de transcrever mRNA, que pode ser traduzido formando proteína enzimática (β galactosidase), e
quando o substrato é totalmente digerido, a ação da repressora volta. Assim, a presença do respectivo
indutor para cada gene determinará a sua expressão por impedir a atuação do gene repressor.
Saiba mais
A seguir, veja um modelo de expressão gênica operon em E. coli. Em A‑C, não há transcrição de RNA
de β‑galactosidase, a não ser que a lactose esteja presente. Em B, quando a lactose não está disponível,
uma proteína repressora produzida pelo gene i liga‑se ao sítio repressor (o), inibindo a transcrição pela
RNA polimerase do promotor (p). Em C, quando o indutor lactose está presente, combina com a proteína
repressora, alterando sua forma, o que faz com que a proteína não possa mais se ligar ao DNA operador,
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
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Unidade III
8 DIVISÃO CELULAR
Mitose e meiose são divisões celulares. A mitose é equacional (mantém o número de cromossomos
constante em todas as células do organismo), e a meiose é uma divisão reducional, na qual a célula‑mãe
dá origem às células‑filhas com a metade do número de cromossomos, os quais irão se restabelecer
apenas após a fecundação.
O cromossomo está com o seu DNA associado às proteínas em estado máximo de condensação
durante a metáfase da mitose ou meiose.
A divisão mitótica (mitose), quando dividida em cinco fases (prófase, prometáfase, metáfase,
anáfase e telófase), possui eventos que tradicionalmente são descritos no fim da prófase e que passam
a ser descritos na prometáfase (ocorre a fragmentação da membrana do núcleo, cromossomos mais
condensados, cromátides com cinetócoro no centrômero e presença de microtúbulos do cinetócoro, os
responsáveis pela movimentação cromossômica). É bom lembrar que na anáfase ocorre o encurtamento
desses microtúbulos, os quais são os responsáveis pela distribuição equitativa dos cromossomos nas
células‑filhas. Como numa célula somática humana há 46 cromossomos, após a replicação do DNA no
estágio S da interfase, essa célula passará a ter 92 moléculas de DNA. Na metáfase, cada cromossomo
possui dois braços (duas cromátides/dois DNAs) unidos pelo centrômero, os quais, nessa fase, ficam
posicionados numa linha imaginária central na célula, tendo seus cinetocoros distintos para cada
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Assim, as células‑filhas resultantes na divisão II serão haploides (divisão reducional). Uma meiose
completa consiste em duas divisões celulares: meiose I e meiose II (divisão I e II). A meiose começa
com a replicação dos cromossomos (do DNA) na interfase. No fim da interfase, os cromossomos já se
constituem como estruturas filamentosas. No início da prófase I, os cromossomos estão duplicados e
realizam uma série de processos importantíssimos, como o pareamento dos cromossomos homólogos,
o qual permite uma troca entre segmentos dos cromossomos (permutação ou crossing‑over), possível
pela justaposição das cromátides de cromossomos homólogos (recombinação genética). Essa troca
ocorre pouco antes da célula entrar em metáfase I.
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Unidade III
Figura 64 – Desenho comparativo entre a mitose e meiose. Note que na meiose, os cromossomos das quatro células sexuais são todos
diferentes enquanto na mitose, estão juntos com os seus homólogos, e as duas células apresentam os mesmos cromossomos
Aqui não se pretende detalhar cada uma das interações moleculares, mas sim discorrer sobre o
significado delas. Quando constatamos os fenômenos moleculares e suas consequências, torna‑se
mais fácil compreender como podemos usar essas informações. O profissional de Educação Física está
longe de exercer a engenharia genética, mas com uma boa noção da maquinaria molecular e do modo
operante desse mecanismo, ele passa a ter a base necessária para assimilar que as atividades motoras,
comportamentais e fisiológicas que ele aplicar sobre um organismo podem ter os resultados esperados
quando se conhece como quase todas as informações vitais desse organismo estão armazenadas em
uma molécula, e aprende também como poder alterá‑las e interpretá‑las para se obter o desempenho
adequado do organismo. Portanto, não se prenda à nomenclatura, mas sim ao mecanismo.
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Neste item, vamos descrever a morfologia dos cromossomos para se entender que não há a
necessidade de exames ultramoleculares e caros para um diagnóstico nem sempre preciso.
É na fase da metáfase da mitose ou meiose que o DNA se encontra em seu estado mais condensado, e
justamente por isso é nessa fase que se pode investigar melhor a presença de alterações cromossômicas
que possam ser deletérias.
Figura 65 – Desenho comparativo entre as diferentes morfologias de cromossomos. Os seres humanos não apresentam o cromossomo
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Unidade III
Figura 66 – Ideograma (cariótipo humano) com os 22 autossomos pareados aos seus homólogos e, no centro, o par sexual XY
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Cromátides-irmãs
Centômero Cromátides-irmãs
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BIOLOGIA (CITOLOGIA)
O processo de diferenciação celular iniciou‑se durante a evolução, com o aparecimento dos primeiros
seres multicelulares – a alga pluricelular Volvox é um exemplo. A dissemelhança aumenta a eficiência
das células, mas as torna dependentes umas das outras. O corpo de um animal pode ser comparado com
uma sociedade: nos mamíferos ocorrem em média 200 tipos celulares diferentes. A distinção inicia‑se na
fase embrionária de gástrula. Quando as células vão tornando‑se cada vez mais diferenciadas, também
vão perdendo a capacidade de se dividirem por mitose.
As células totipotentes são aquelas que apresentam 100% de potencialidade para se diferenciarem
em qualquer outro tipo celular. São as células embrionárias, conhecidas por blastômeros, e ocorrem no
ser humano nas primeiras etapas após a fecundação, nas fases embrionárias iniciais do blastocisto com
apenas cinco a dez dias de vida em média.
As células‑fonte ou células‑tronco (stem cell) são as pouco diferenciadas. Elas formam um pool de
reposição celular aos tecidos, podendo ser encontradas na medula óssea jovem, e são capazes de se destacar
em diversos tipos celulares – no caso da medula, diferenciam-se em todas as células do sangue e do tecido
conjuntivo. As células multipotentes se destacam em múltiplas células, mas dentro de uma especificidade
celular; é o caso das células linfoides e mieloides, também encontradas na medula óssea, que origina parte
das células do sistema imunológico. Já as células progenitoras, que se diferenciam em um ou dois tipos
celulares, estão presentes nos tecidos exercendo a função de reposição para a manutenção deles. Quando
uma célula tem em sua denominação o radical blasto, entenda que ela é uma célula precursora. Alguns
exemplos são o fibroblasto, que forma o fibrócito, e o osteoblasto, que origina o osteócito.
Desse modo, pode‑se afirmar que a diferenciação aumenta a eficiência das células, mas as torna
dependentes umas das outras. Formando no corpo de um organismo uma estrutura celular, pode ser
comparada com uma sociedade, e nos mamíferos ocorrem em média 200 tipos celulares diversos. A
diferenciação inicia‑se na fase embrionária de gástrula, momento em que as células estão na fase de
embrioblastos indiferenciados; e, em oposição às células que são muito diferenciadas e especializadas,
perde a capacidade de se dividirem.
A diferenciação celular continua após o nascimento. Quando nascemos, ainda existem vários setores
do organismo que se encontram em diversas fases do desenvolvimento e terminam suas diferenciações em
outra velocidade. Os rins e o fígado nos primeiros dias após o parto ainda não estão totalmente distintos.
A restrição da potencialidade pela diferenciação pode ser anulada. Em algumas situações, reverte‑se a célula
para gerar um núcleo totipotente. Essa tecnologia abre as portas para terapias de regeneração dos tecidos que
originalmente não possuem a capacidade regenerativa. A técnica é conhecida como desprogramação nuclear
e já foram obtidos resultados com ela, o que inclusive permitiu a clonagem da ovelha Dolly.
Lembrete
• Fatores extrínsecos:
120
BIOLOGIA (CITOLOGIA)
8.4 Apoptose
A apoptose, morte celular programada, é uma característica inerente a todas as células, uma vez
que o programa está no DNA celular. No experimento com a ovelha Dolly citado no item anterior, o
clone r foi um resultado positivo, demonstrando‑se a possibilidade da reversão da diferenciação celular.
Porém, o clone (Dolly) ainda em idade juvenil apresentou doenças típicas dessa espécie em idade idosa,
não resistiu e foi a óbito. Verificou‑se que, apesar da idade juvenil, a Dolly era formada por células e
tecidos em senescência, evidenciando‑se a apoptose em seus tecidos. Apesar da idade juvenil, a Dolly foi
formada por células com idade avançada, pois o material genético de suas células estava respondendo
ao seu programa original, para desativar as células após um número determinado de divisões celulares.
Como esse material já era de um doador adulto, o tempo de programação de vida celular já estava se
esgotando. Portanto, pode‑se não acreditar que o seu tempo de vida (natural) esteja determinado nas
linhas da sua mão, mas em seu DNA há essa informação.
121
Unidade III
Pode ser cruel saber o momento de sua morte, mas a destruição programada celular também é
de grande importância funcional, pois sem ela você não estaria vivo. Para que a diferenciação leve à
morfogênese de órgãos normais, é necessário que, ao lado da proliferação e da diferenciação celulares,
exista também a eliminação das células que não são mais necessárias. Por exemplo, o feto humano
tem os dedos inicialmente fundidos, como uma nadadeira, e posteriormente as células localizadas
entre os dedos morrem e são eliminadas, ficando a mão com os cinco dedos normais. Outro exemplo
é o timo, as células T (linfócitos T), com função defensiva, que atacam antígenos (células estranhas
ao organismo), tais como bactérias e protozoários invasores, havendo também a formação de grande
quantidade de células T que atacam os tecidos do próprio corpo, formando as doenças autoimunes.
Essas células são eliminadas antes de saírem do timo, porque causariam grande dano aos tecidos
do organismo se fossem lançadas na circulação sanguínea, assim o processo de apoptose é ativado
para evitar maiores danos. Mais um exemplo: a remoção da cauda dos girinos, quando realizam a
metamorfose (quando eles se transformam em rãs ou sapos adultos). A morte celular programada
passa a ser essencial para que ocorra essa etapa da vida, e é por isso que a morte celular acontece
pelo processo denominado apoptose.
Pesquisas mostram que a falta de alguns hormônios e fatores de crescimento podem levar as
células‑alvo à apoptose. Por exemplo, a diminuição do hormônio masculino testosterona promove
apoptose nas células da próstata, e mesmo a ausência de alguns nutrientes em meio de cultura celular
já foram relatados como indutores da apoptose.
E a apoptose também pode ser vista como um mecanismo de defesa, quando as células penetradas
por vírus, bactérias ou protozoários entram nesse processo, ou ainda quando o DNA da própria célula
passa por mutação. Sendo uma das causas do câncer as mutações em células somáticas, a apoptose
passa a ser vista como uma defesa natural contra células malignas. Portanto, o mesmo mecanismo que
um dia te levará à falência dos órgãos ou sistemas é o seu atual defensor, pois a apoptose resulta em
benefício para o organismo como um todo.
122
BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Observação
Resumo
123
Unidade III
• M – 1h em média: mitose.
127
Unidade III
Exercícios
Questão 1 (Enade, 2011). A figura a seguir representa variações na quantidade de DNA ao longo do
ciclo de vida de uma célula. (X = unidade arbitrária de DNA por célula).
Figura 69
A) As fases 1, 2 e 3 representam os períodos G1, S e G2, que resumem todo o ciclo vital de uma célula.
D) A célula expressa no gráfico é uma célula diploide, que teve a quantidade de seu DNA duplicada
no período S da interfase (fase 2) e, posteriormente, passou pelas fases da meiose, originando
células-filhas com metade da quantidade de DNA (fase 7, células haploides).
E) A fase 3 é caracterizada por um período em que não há variação na quantidade de DNA na célula,
portanto, essa fase destaca uma célula durante os períodos da mitose: prófase, metáfase e anáfase.
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o ciclo vital de uma célula engloba o momento em que ela não está se dividindo
(interfase) e o momento da divisão celular. De fato, os números 1, 2 e 3 indicados no gráfico representam
os períodos G1, S e G2 da interfase, como descrito na alternativa. Porém, é um erro afirmar que todo
o ciclo vital de uma célula se resume a essas fases, porque elas, que ocorrem após G2 (fase 3), também
compõem o ciclo celular e expressam a divisão celular.
B) Alternativa incorreta.
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa correta.
130
BIOLOGIA (CITOLOGIA)
Separação das
cromátides-irmãs
Figura 70 – Esquema representativo de uma célula e seus cromossomos em interfase e meiose. Observe que, ao fim da meiose I, há
separação dos cromossomos homólogos e, ao fim da meiose II, há separação das cromátides‑irmãs
Figura 71 – Gráficos representativos da variação da quantidade de DNA celular na interfase (fases 1 a 3 do gráfico à esquerda) e na
meiose (fases 4 a 7 da figura à esquerda). No gráfico à direita, existe a identificação das fases numeradas no primeiro gráfico: G1, S e
G2 – etapas da interfase; M1 – meiose I; T1 – telófase I; M2 – meiose II; T2 – telófase
E) Alternativa incorreta.
131
Unidade III
ou seja, a quantidade de DNA presente em cada célula‑filha é igual à quantidade de DNA presente
na célula inicial antes da duplicação. Logo, no gráfico, a mitose deveria corresponder a uma fase
representada por uma reta descendente, como observado na fase 4 e na fase 6, e não por uma reta
que expressa estabilidade na quantidade de DNA com o passar do tempo, como é o caso da fase 3
mencionada na alternativa.
Questão 2 (Enade, 2011). Uma das funções essenciais da divisão celular em eucariotos complexos é a
de repor células que morrem. Nos seres humanos, bilhões de células morrem todos os dias e, basicamente,
a morte celular pode ocorrer por dois processos morfologicamente distintos: necrose e apoptose.
Considerando que a distinção entre eles é de especial importância no diagnóstico de doenças, avalie
as afirmações a seguir:
II – Como processos ativos, tanto a apoptose quanto a necrose requerem reservas de ATP.
III – Na necrose, ocorre extravasamento de substâncias contidas nas células, o que resulta em um
processo inflamatório.
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) II e IV.
E) III e IV.
132
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Figura 1
Figura 3
Figura 5
Figura 6
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
Figura 7
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
Figura 8
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 10.
Figura 9
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 11.
Figura 10
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 12.
Figura 11
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 20.
133
Figura 23
Figura 25
Figura 26
Figura 28
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 160.
Figura 29
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 163.
Figura 30
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 168.
Figura 31
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 160.
Figura 33
A) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. p. 66.
Figura 33
B) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. p. 69.
Figura 33
C) JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004. p. 71.
134
Figura 34
HAYASHI, Y.; UEDA, K. The shape of mitochondria and the number of mitochondrial nucleoids during
the cell cycle of Euglena gracilis. Journal of Cell Science, 1989, 93. p. 565.
Figura 37
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Artmed: Porto Alegre, 2006. p. 367.
Figura 38
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 24.
Figura 39
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 27.
Figura 40
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 29.
Figura 41
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004. p. 77.
Figura 42
LODISH, H. et al. Molecular Cell Biology. 4. ed. Nova York: W. H. Freeman, 2003. p. 15.
Figura 44
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 27.
Figura 46
Figura 47
135
Figura 48
Figura 49
Figura 51
Figura 52
Figura 56
Figura 57
Figura 59
Figura 62
Figura 63
Figura 64
Figura 65
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004. p. 160.
Figura 67
Figura 68
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004. p. 228.
REFERÊNCIAS
Textuais
ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
ARAÚJO‑JORGE, T. C. de. Evolução do conceito de célula: lições da história da ciência. In: ESTEVES, F.
(Org.). Grandes temas em Biologia. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2010.
CALSA JR., T.; BENEDITO; V. A.; FIGUEIRA; A. V. de O. Análise serial da expressão genérica. Revista
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DE ROBERTIS JUNIOR, E. M. F.; HIB, J.; PONZIO, R. Biologia celular e molecular. 14. ed. Rio de Janeiro:
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GENÉTICA e atividade física. Revista EF, ano X, n. 45, p. 104‑18, set. 2012. Disponível em: <http://www.
confef.org.br/extra/revistaef/arquivos/2012/N45_SETEMBRO/08_GENETICA_E_ATIVIDADE_FISICA.pdf>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
137
___. Histologia básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
MANTZOURANIS, L.; BAGATTINI, R. Biologia molecular. São Paulo: Editora Sol, 2016. p. 87.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP). Fisiologia do exercício II. [s.d.]. Disponível em: <http://www.
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UNIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE). O controle da expressão gênica. [s.d.]. Disponível em:
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Sites
<http://www.aulete.com.br/>
<http://michaelis.uol.com.br/>
<http://cbme.usp.br/>
138
Exercícios
139
140
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000