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06
Citologia III
ENEM 2020

Professor Daniel Reis


Prof. Daniel Reis
Aula 06 – ENEM 2020

SUMÁRIO
1. Ciclo Celular ......................................................................................................... 3
Fase G1 ................................................................................................................................... 4
Fase S ..................................................................................................................................... 4
Duplicação do DNA ................................................................................................................ 4
Fase G2 ................................................................................................................................... 6
2. Divisão Celular: Mitose ........................................................................................ 7
Prófase ................................................................................................................................... 7
Metáfase ................................................................................................................................ 8
Anáfase .................................................................................................................................. 9
Telófase .................................................................................................................................. 9
Citocinese ............................................................................................................................. 10
3. Divisão Celular: Meiose ...................................................................................... 11
Ploidia das Células................................................................................................................ 11
Primeira Divisão Meiótica (Divisão Reducional) .................................................................. 12
Segunda Divisão Meiótica (Divisão Equacional) .................................................................. 15
4. Principais Tecidos Animais ................................................................................. 17
Tecido Epitelial ..................................................................................................................... 18
Tecidos Conjuntivos.............................................................................................................. 20
Tecido Muscular ................................................................................................................... 21
Tecido Nervoso ..................................................................................................................... 22
5. Biotecnologia ..................................................................................................... 24
Células-Tronco ...................................................................................................................... 24
Clonagem ............................................................................................................................. 25
DNA Recombinante e Transgênicos ..................................................................................... 25
Identificação por DNA .......................................................................................................... 26
Questões ............................................................................................................... 28
Lista de Questões ................................................................................................................. 28
Gabarito ............................................................................................................................... 47
Lista de questões resolvidas e comentadas ......................................................................... 47
Considerações Finais .............................................................................................. 72
Referências ............................................................................................................ 73

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1. CICLO CELULAR
As células apresentam, basicamente, duas situações durante suas vidas: ou elas estão se dividindo,
ou estão se preparando para a divisão. O período em que a célula não está se dividindo é chamado
intérfase e corresponde a cerca de 90% do tempo de vida celular. É durante a intérfase que a célula
cresce, duplica seu material genético, multiplica suas organelas e realiza todas as atividades
necessárias para que ela se mantenha viva. Os 10% restantes do tempo, as células usam para se
dividir. Na maioria dos tipos celulares eucariontes, essa divisão é feita pelo processo chamado
mitose. Nas células procariontes, como não há citoesqueleto, não é possível formar as fibras do fuso
mitótico e, por isso, sua divisão é chamada de bipartição, sendo um processo mais rápido e simples.
No entanto, podemos considerar o esquema abaixo representativo do ciclo celular normal.

Fig. 01: O ciclo celular.

Podemos ver, na figura abaixo, que a intérfase é dividida em 3 fases: G1, S e G2. Já a divisão celular
inclui a divisão nuclear (mitose propriamente dita) e a divisão do citoplasma (citocinese). Veremos
a seguir, os principais eventos das etapas da intérfase e, posteriormente, trataremos da divisão
celular.

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Fig. 02: Etapas do ciclo celular.

FASE G1
A letra G dessa fase (e também da G2) vem da palavra inglesa gap, que significa intervalo. Assim, é
como se as fases G1 e G2 fossem intervalos entre a fase S e a fase mitótica. Isso pode levar à
impressão de que nada acontece durante esses períodos, mas é preciso lembrar que é justamente
durante a intérfase que a célula vai realizar todas as suas atividades metabólicas, crescer e expressar
seu material genético através da produção de RNA e proteínas. São exatamente essas as atividades
desenvolvidas pelas células durante a fase G1 da intérfase.

FASE S
A letra S significa síntese, pois é nessa fase que ocorrerá a duplicação dos cromossomos, a síntese
de histonas (proteínas que atuam no enrolamento do DNA) e a duplicação dos centríolos nas células
animais, organelas que vão orientar a formação do fuso mitótico. Antes de passarmos à fase G2,
precisamos ver como ocorre a duplicação dos cromossomos.

Duplicação do DNA
Para que uma célula possa se dividir sem que haja perda de informação genética, é preciso que antes
ela duplique os seus cromossomos. Isso ocorre na fase S da intérfase. Cada cromossomo é composto
por uma longa molécula de DNA associada a proteínas. Durante a intérfase, os cromossomos
encontram-se pouco condensados (cromatina) e não é possível visualizá-los individualmente. As
células eucariontes possuem variados números cromossomiais, característico de cada espécie. O ser
humano, por exemplo, apresenta 46 cromossomos dispostos em pares. Já as células procariontes,
como a das bactérias, apresentam apenas um único cromossomo circular que também é duplicado
antes que ocorra a divisão celular.

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Para compreender o processo de duplicação do DNA, é preciso lembrar da estrutura dessa molécula.
Você deve se lembrar, portanto, que o DNA é formado por uma dupla hélice composta por 2 fitas
que são complementares e antiparalelas. Assim, enquanto uma se orienta no sentido 5’ – 3’, a outra
está orientada no sentido 3’ – 5’. O processo de duplicação do DNA depende de várias enzimas,
sendo que a principal é a DNA-polimerase. É ela que vai efetivamente adicionar os nucleotídeos às
novas fitas de DNA que serão sintetizadas. Um detalhe importante é que a DNA-polimerase só
consegue adicionar nucleotídeos à ponta 3’ livre de uma fita de DNA, o que faz com que apenas uma
delas seja sintetizada de modo contínuo. A outra fita, que está orientada no sentido inverso, será
sintetizada de modo descontínuo, ou seja, um fragmento de cada vez. Isso garante que o sentido da
duplicação dos cromossomos seja sempre o 5’ – 3’ e que ambas as fitas sejam duplicadas ao mesmo
tempo.

Fig. 03. A duplicação do DNA ocorre nas duas fitas simultaneamente, porém uma delas é sintetizada continuamente
e a outra, descontinuamente.

Cada fita do DNA servirá de molde para uma nova fita a ser sintetizada. Assim, após uma rodada de
duplicação (ou replicação), a partir de uma molécula original, são formadas duas novas moléculas,
contendo uma fita da molécula antiga e outra recém-sintetizada. Por isso a duplicação do DNA é
chamada de semiconservativa, uma vez que conserva, em cada molécula filha, metade da molécula
original.

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Fig. 04: A replicação do DNA é semiconservativa. Em azul claro, as fitas correspondentes à molécula original e em
azul escuro as fitas recém-sintetizadas.
Após a duplicação do DNA, as duas novas moléculas ficam unidas e cada uma delas forma uma das
cromátides-irmãs de um cromossomo. A separação dessas cromátides, durante a mitose, garante
que as células filhas tenham o mesmo conjunto de cromossomos e, consequentemente, de genes,
que a célula original possuía.

FASE G2
Durante o segundo gap, a célula continua crescendo e expressando seu material genético, mas
agora, pela proximidade da divisão celular, ela passa a adotar medidas preparatórias para a mitose,
como a síntese dos microtúbulos que formarão o fuso mitótico. É esse fuso que vai orientar a
separação dos cromossomos durante a mitose. Nessa etapa ainda não é possível visualizar os
cromossomos individualmente, pois eles ainda estão pouco condensados na forma de cromatina.
Com a duplicação dos cromossomos na fase S da intérfase e a posterior divisão celular, há uma
variação na quantidade de DNA presente nas células, dependendo da fase do ciclo celular em que
ela se encontra. Se consideramos x como o valor para a quantidade de DNA antes da duplicação dos
cromossomos, ao fim da fase S, essa quantia terá sido duplicada se tornando 2x. Ela permanecerá
assim até o fim da mitose, quando as células filhas se separam e cada uma volta a apresentar a
quantidade x de DNA. Observe a figura abaixo que representa essa variação ao longo do tempo.

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Fig. 05: Variação da quantidade de DNA em uma célula ao longo das fases do ciclo celular.

2. DIVISÃO CELULAR: MITOSE


A mitose é o processo pelo qual as células eucariotas se multiplicam. Nas células procariotas, devido
à ausência de núcleo e de citoesqueleto, seu processo de divisão celular não é considerado mitose.
É através da mitose que seres unicelulares (e também alguns pluricelulares) eucariontes se
reproduzem assexuadamente (sem troca de material genético com outro indivíduo). Além disso, o
crescimento de organismos pluricelulares, a regeneração de tecidos danificados e a reposição de
células mortas também são realizados através de divisões mitóticas. As células geradas por mitose
são geneticamente idênticas à célula original. É por isso que a reprodução assexuada forma clones,
ou seja, seres idênticos. Para cada célula que sofre mitose, são formadas duas novas células.
A mitose é dividida em 4 fases (prófase, metáfase, anáfase e telófase), e é normalmente sucedida
pela divisão do citoplasma, chamada citocinese. Vamos ver o que acontece em cada uma dessas
fases.

PRÓFASE
Ao iniciar a divisão mitótica, os cromossomos já se encontram duplicados pois esse processo ocorre
na fase S da intérfase. As cromátides-irmãs estão unidas por uma região do cromossomo chamada
centrômero.
É na prófase que eles começam a se condensar e isso leva à interrupção dos processos de
transcrição, já que as RNA-polimerases não são capazes de atuar no DNA condensado. Isso leva
também ao desaparecimento dos nucléolos. Com essa compactação do material genético, os
cromossomos passam a ser visíveis ao microscópio óptico. As fibras do fuso mitótico começam a
surgir a partir dos centríolos e isso faz com que cada par dessas estruturas migre em direção a polos
celulares opostos.

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Fig. 06: Esquema representativo da célula em prófase.

No fim da prófase, a carioteca se fragmenta e isso possibilita que as fibras do fuso mitótico se liguem
aos centrômeros dos cromossomos.

METÁFASE
É na metáfase que os cromossomos atingem o grau máximo de compactação, sendo mais visíveis.
Essa é também a etapa mais demorada de mitose. Os centríolos já estão posicionados nos polos
opostos da célula e a organização do fuso mitótico posiciona os cromossomos na região mediana do
citoplasma que é chamada placa metafásica ou placa equatorial.

Fig. 07: Esquema representativo da célula em metáfase.

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ANÁFASE
Nessa fase, que é a mais rápida da mitose, o encurtamento das fibras do fuso mitótico leva à
separação das cromátides-irmãs. Esse processo garante que as duas novas células geradas na mitose
terão exatamente o mesmo número e o mesmo tipo de cromossomos da célula original.

Fig. 08: Esquema representativo da célula em anáfase.

TELÓFASE
Nessa que é a última fase da mitose, os cromossomos voltam a ficar pouco condensados e a
carioteca reaparece. Os nucléolos também voltam a aparecer devido ao retorno das atividades de
transcrição do DNA para formar RNA ribossomal. Com a conclusão da divisão do núcleo, na maioria
dos casos, as células realizam a divisão do citoplasma chamada citocinese.

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Fig. 09: Esquema representativo da célula em telófase.

CITOCINESE
Normalmente a citocinese começa a ocorrer junto com a telófase. É esse o processo que vai separar
os citoplasmas das novas células, fazendo com que elas se tornem individualizadas. Isso ocorre de
maneira diferente em células animais e em células vegetais.
Nos animais o citoplasma é estrangulado de fora para dentro até que as duas novas células se
separem. Por isso, dizemos que a citocinese nos animais é centrípeta.

Fig. 10: Citocinese nas células animais.

Já nos vegetais, devido à presença da parede celular rígida, que impede o estrangulamento do
citoplasma, a citocinese vai ocorrer de dentro para fora (centrífuga). A chamada placa celular em
formação consiste no acúmulo de vesículas que vão formar a nova parede de celulose e as novas
membranas plasmáticas, dividindo assim o citoplasma das novas células.

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Fig. 11: Citocinese nas células vegetais.

3. DIVISÃO CELULAR: MEIOSE


Enquanto a mitose está ligada ao processo de reprodução assexuada de muitos organismos, a
meiose é o mecanismo pelo qual são formados gametas e esporos, células que atuam na reprodução
sexuada. A grande vantagem da reprodução sexuada em relação à assexuada é que ela produz
indivíduos geneticamente diferentes daqueles que os originaram. Isso gera a tão importante
variabilidade necessária para os processos evolutivos.
Além disso, a meiose se diferencia da mitose pois ela produz quatro células a partir de uma única
célula, ao invés das duas produzidas na mitose. Essas quatro células são todas diferentes entre si,
devido à permuta genética e à segregação independente dos cromossomos homólogos. Outra
característica da meiose é que ela gera células com a metade do número de cromossomos da célula
original. Para entender isso, é preciso saber o que é a ploidia das células.

PLOIDIA DAS CÉLULAS


A ploidia de uma célula refere-se ao número de cromossomos de um mesmo tipo que formam o seu
material genético nuclear. Quando uma célula possui apenas um exemplar de cada cromossomo,
ela é chamada de haploide (n). Já uma célula diploide (2n) possui dois cromossomos de cada tipo,
que formam pares homólogos. Dizemos que esses pares são homólogos porque eles carregam os
mesmos tipos de genes. No entanto, pode haver variações desses genes em cada um dos
cromossomos que formam o par. Usando como exemplo o ser humano, para cada par de
homólogos, recebemos um cromossomo do nosso pai e outro da nossa mãe.
Assim, durante a meiose, uma célula diploide tem sua quantidade de cromossomos dividida à
metade e origina quatro células haploides. Para isso, a célula sofre duas divisões celulares seguidas.
Na primeira divisão meiótica, ocorre a separação dos cromossomos homólogos e na segunda
divisão meiótica, que é muito parecida com a mitose, ocorre a separação das cromátides-irmãs.
Veremos a seguir os principais eventos das fases das duas divisões meióticas.

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Fig. 12: À esquerda, uma célula haploide hipotética composta por 4 cromossomos sem formar pares. À direita, uma
célula diploide hipotética composta por 4 pares de cromossomos homólogos.

PRIMEIRA DIVISÃO MEIÓTICA (DIVISÃO REDUCIONAL)


É constituída pela Prófase I, Metáfase I, Anáfase I e Telófase I. A redução do número de
cromossomos acontece durante essa divisão e por isso ela é chamada de reducional.

Prófase I
Nessa fase, assim como na prófase da mitose, os cromossomos começam a se condensar, os
nucléolos desaparecem, os centríolos migram em direção aos polos celulares e a carioteca se
quebra. No entanto, o evento mais significativo dessa fase é o pareamento dos cromossomos
homólogos, que podem trocar fragmentos entre si no processo de permutação ou Crossing-over.
Isso é responsável por um grande aumento na variabilidade genética apresentada pelos gametas e
esporos produzidos, uma vez que mistura os cromossomos paternos com os maternos gerando
novas combinações genéticas.

Fig. 13: Na prófase I da meiose ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos e a troca de fragmentos entre
eles.

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Fig. 14: Uma visão mais detalhada do processo de permutação ou crossing-over.

Metáfase I
Os cromossomos atingem o grau máximo de espiralização e a organização do fuso mitótico posiciona
os pares de homólogos ainda unidos na placa metafásica.

Fig. 15: Na metáfase I os pares de cromossomos homólogos se posicionam na região mediana da célula.

Anáfase I
O encurtamento das fibras do fuso causa a segregação (separação) dos cromossomos homólogos.
Essa segregação é feita de forma independente, ou seja, cada uma das células terá uma combinação
diferente de cromossomos paternos e maternos. Isso ocorre de maneira aleatória e contribui para

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a variabilidade genética das células produzidas. Isso, somado à permutação, tem a capacidade de
gerar um número quase infinito de diferentes gametas ou esporos.

Fig. 16: Na anáfase I ocorre a segregação dos cromossomos homólogos.

Fig. 17: A segregação independente dos cromossomos homólogos e a permuta genética produzem grande
variabilidade nas células formadas por meiose.

Telófase I

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Nessa fase, ocorre o reaparecimento da carioteca e a os cromossomos se desespiralizam, mas não


completamente. Ao mesmo tempo, as duas células formadas se separam na citocinese.

Fig. 18: Na telófase I, as novas cariotecas reaparecem e segue-se a citocinese.

Entre a primeira e a segunda divisão meióticas, há um intervalo chamado intercinese que é


semelhante à intérfase. No entanto, não há nova duplicação dos cromossomos, uma vez que eles
ainda se encontram duplicados e com suas cromátides unidas. É importante lembrar que, devido ao
processo de permutação, as cromátides-irmãs podem não ser mais idênticas nesse momento.

SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA (DIVISÃO EQUACIONAL)


Essa divisão é muito semelhante à mitose, pois nela vai ocorrer a separação das cromátides-irmãs,
durante a Anáfase II. Suas fases também são as mesmas, apenas acompanhadas pelo número II após
seu nome: Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.

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Prófase II Metáfase II

Fig. 19: Prófase II – cromossomos se condensam e carioteca se quebra; Metáfase II – cromossomos dispostos na
placa metafásica ou equatorial.

Anáfase II Telófase II

Fig. 20: Anáfase II – separação das cromátides-irmãs; Telófase II – reaparecimento das cariotecas e
desempacotamento do DNA.

Assim, ao final das duas divisões meióticas, uma célula diploide terá dado origem a quatro células
haploides, cada uma com metade do número de cromossomos da célula original.
O esquema abaixo resume e dá uma visão geral de todo o processo.

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Fig. 21: Resumo da meiose.

É interessante comentar também que a duração da meiose é muito maior do que a da mitose.
Enquanto a mitose dura cerca de uma a duas horas para ser concluída, a meiose leva cerca de um
mês na formação dos espermatozoides humanos e muitas décadas na formação dos óvulos, de
acordo com a liberação deles durante a ovulação mensal nas mulheres.

4. PRINCIPAIS TECIDOS ANIMAIS


Na história evolutiva dos seres vivos, a multicelularidade surgiu como uma estratégia para permitir
o aumento no tamanho dos organismos, pois houve um momento em que as células eucariontes
não podiam crescer mais, já que a sua superfície de trocas com o ambiente não suportaria todo o
volume metabólico da célula. Com isso, uma das soluções encontradas foi a formação de colônias.
No entanto, a colônia, apesar de representar benefícios para todos os envolvidos, ainda não reflete
o total grau de interdependência visto em um organismo pluricelular. De qualquer maneira, a
organização colonial, provavelmente foi um estágio intermediário entre a unicelularidade e a
multicelularidade.
Nos organismos multicelulares, as células podem se especializar em diferentes atividades, o que
aumenta a eficiência do organismo em seus processos metabólicos. Células diferenciadas e de
mesma função formam os tecidos em vários organismos eucariontes, como praticamente todos os
animais e todos os vegetais. A área da Biologia que estuda os tecidos é a Histologia. Veremos, a
seguir, as características mais marcantes dos principais tecidos presentes nos animais.
Os principais tecidos animais são: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Apesar de haver
diferenças entre os tecidos dos diversos grupos de animais, normalmente os tecidos humanos são
utilizados para fins didáticos. Os tecidos se diferenciam pelos tipos de células que os formam e

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também pelas substâncias que ficam entre as células compondo a matriz extracelular e também o
líquido intersticial.

Fig. 22: Visão geral dos tecidos animais.

TECIDO EPITELIAL
Os epitélios revestem todo o corpo de um animal externamente e também as suas cavidades
internas. Além disso também formam as diversas glândulas presentes no nosso corpo. Temos, assim,
dois tipos de epitélios:
• De revestimento
• Glandular ou de secreção
De maneira geral, os epitélios se caracterizam por terem pouca substância intercelular. Assim, suas
células estão muito próximas e unidas, o que é importante para manter a coesão desses tecidos. Os
epitélios também não apresentam vasos sanguíneos e, devido a isso, sempre aparecem associados
a tecidos conjuntivos, que vão suprir suas necessidades de nutrientes e gases e também captar os
seus produtos de excreção. É por isso, que se você cortar apenas as camadas mais superficiais da
sua pele, esse corte não sangrará. No entanto, se a lesão atingir o tecido conjuntivo abaixo do
epitelial, aí sim haverá sangramento. Isso também explica por que a pele não é considerada um
tecido e sim um órgão. Na verdade, ela é composta por mais de um tecido, entre os quais se inclui
o epitelial.

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Os epitélios de revestimento estão presentes não só na pele, mas também formando as chamadas
mucosas, como a que reveste o tubo digestivo, o sistema respiratório, o sistema excretor e também
os vasos sanguíneos. Suas células podem apresentam especializações nas membranas como
microvilosidades que aumentam a superfície de trocas de substâncias com o meio extracelular, e
também como os cílios, que possuem papel importante na remoção de partículas nocivas às células.
As microvilosidades aparecem, por exemplo, nas células do intestino delgado e os cílios aparecem
nas células da traqueia. De acordo com a organização em camadas e também o formato das células,
os epitélios de revestimento são classificados em diversos tipos, conforme a imagem abaixo.

Fig. 23: Tipos de epitélios de revestimento.

Os epitélios glandulares formam as glândulas, que são estruturas de função secretora. Elas
produzem substâncias que serão liberadas e utilizadas fora das células que as produziram. Existem
3 tipos de glândulas:
• Exócrinas: liberam suas secreções para fora do corpo ou no interior de cavidades como
a digestiva. Exemplos: glândulas sudoríparas, sebáceas, salivares, lacrimais e mamárias.
• Endócrinas: liberam suas secreções (hormônios) na corrente sanguínea. Exemplos:
testículos, ovários, tireoide, adrenais e hipófise.
• Mistas: liberam secreções no sangue e também nas cavidades abertas. Exemplo:
pâncreas, pois libera o suco pancreático no duodeno e libera os hormônios insulina e
glucagon na corrente sanguínea.

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Glândula Glândula
Endócrina Exócrina
Fig. 24: Tipos de glândulas.

TECIDOS CONJUNTIVOS
De forma geral, os tecidos conjuntivos se diferenciam dos epitélios por possuírem muita substância
intercelular, rica em fibras. Eles se dividem em vários tipos e cada um deles tem suas funções
específicas principalmente ligadas ao preenchimento, sustentação e nutrição de outros tecidos.
Entre eles incluem-se:
• Tecido conjuntivo propriamente dito: sustenta e nutre tecidos sem vascularização,
como os epitélios. Apresenta ampla variedade de fibras que ajudam a dar resistência e
forma à sua estrutura. Forma também os ligamentos e os tendões.
• Tecido adiposo: As células adiposas acumulam gotículas de gorduras que servem como
reserva energética nos animais. Além disso, atuam como isolante térmico e protegem
diversos órgãos contra choques mecânicos.
• Tecido cartilaginoso: a natureza das fibras e outras substâncias que compõem a matriz
extracelular fornece firmeza e, ao mesmo tempo, flexibilidade a esse tecido. Está
presente no nariz, nas orelhas, nas articulações e entre as vértebras, diminuindo o atrito
entre elas. Também é o componente principal dos esqueletos de animais como os
tubarões e raias.
• Tecido ósseo: forma a estrutura dos ossos, que têm como funções sustentar o corpo,
apoiar os músculos possibilitando os movimentos e proteger órgãos importantes como
o cérebro, os pulmões e o coração. Sua matriz extracelular é caracterizada pela presença
de sais, principalmente o fosfato de cálcio, que fornece a rigidez marcante desse tecido.
Alguns ossos possuem, no seu interior, a chamada medula óssea (tutano), onde ocorre
a produção das células do sangue.
• Tecido hematopoiético: inclui a medula óssea, responsável pela produção das células
do sangue e o tecido linfático, que compõe diversos órgãos com funções no sistema

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imunológico, como o baço, o timo e os linfonodos. Falaremos melhor sobre o sangue


quando estudarmos o sistema circulatório humano.

Fig. 25: Diversos tipos de tecidos conjuntivos. O tecido frouxo e o fibroso são variações do tecido conjuntivo
propriamente dito.

TECIDO MUSCULAR
Apresenta células capazes de se contrairem, provocando movimentos, chamadas fibras musculares
ou miócitos. Essa contração acontece devido a movimentos de proteínas chamadas miofibrilas
localizadas no citoplasma dessas células. Existem três tipos de tecidos musculares:
• Tecido muscular estriado esquelético: compõem a musculatura sobre a qual temos
controle, ou seja, sua contração é voluntária. A maioria aparece ligada aos ossos e está
ligada à movimentação corporal. Suas células são multinucleadas e a organização das
fibrilas faz com que apareçam faixas escuras e claras intercaladas. Por isso o nome de
músculo estriado. Esse tecido é capaz de sofrer contrações rápidas e fortes.
• Tecido muscular estriado cardíaco: como o nome já diz, esse tecido forma a
musculatura do coração. Suas contrações são involuntárias, rápidas e ritmadas. Suas
células são mononucleadas e também apresentam estrias devido à disposição das
miofibrilas.
• Tecido muscular liso (não estriado): suas contrações são involuntárias e lentas. É
responsável pela movimentação dos alimentos no interior do tubo digestivo
(peristaltismo), movimentos respiratórios, regular o calibre dos vasos sanguíneos e
controlar a liberação de diversas substâncias. Também é responsável pelas contrações

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uterinas e pelo controle do diâmetro da pupila. Suas células são mononucleadas e sem
estrias.

Tecido muscular Tecido muscular


estriado cardíaco estriado esquelético Tecido muscular liso

Fig. 26: Os três tipos de tecidos musculares.

A contração muscular depende principalmente de duas miofibrilas chamadas actina e miosina. É o


movimento relativo entre essas duas proteínas que faz com que ocorra o encurtamento das fibras
musculares durante a contração. Quanto mais uma pessoa utiliza determinados grupos musculares,
maior é a quantidade dessas miofibrilas nas células, o que aumenta o diâmetro muscular e a sua
capacidade de realizar trabalho.

TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso tem a capacidade de receber, armazenar, traduzir e transmitir informações das
mais diversas origens e para os mais diversos destinos nos organismos dos animais. Suas células são
os neurônios e as células da glia. Neurônios são células extremamente especializadas compostas
por um corpo celular, onde está a maior parte do citoplasma e o núcleo; os dendritos, que são
ramificações ligadas ao corpo celular através das quais os impulsos nervosos chegam vindos de
outros neurônios; o axônio, que é um grande prolongamento da célula, onde se localiza o
telodendro, formado por ramificações através das quais os impulsos nervosos são passados para
outros neurônios, músculos ou glândulas.

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Fig. 27: Estrutura do neurônio.

As células da glia não são capazes de transmitir impulsos nervosos, mas são fundamentais para a
nutrição e para a defesa dos neurônios. São elas que sintetizam a chamada bainha de mielina, que
envolve os axônios de neurônios nos vertebrados, fazendo com que o impulso nervoso viaje muito
mais rapidamente.
Esses quatro tipos principais de tecidos animais se combinam para formar os vários órgãos que
compõem esses organismos, conforme podemos ver na imagem abaixo.

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Fig. 28: Tecidos formam órgãos, como o estômago.

5. BIOTECNOLOGIA
CÉLULAS-TRONCO
A maioria das células dos organismos pluricelulares adultos são diferenciadas e especializadas para
desempenhar seus respectivos papeis nos tecidos onde se encontram. No entanto, durante o
desenvolvimento embrionário, algumas poucas células deram origem a toda a variedade de células
que compõem um ser vivo adulto. Essas células pouco diferenciadas do embrião são as chamadas
células-tronco embrionárias. Até o terceiro ou quarto dia de gestação, essas células podem dar
origem a todos os tecidos do organismo, inclusive os anexos embrionários. São, por isso, chamadas
de células-tronco totipotentes. A partir daí, as células-tronco embrionárias tornam-se pluripotentes
pois podem dar origem a todos os tecidos do corpo menos os anexos embrionários.
Em indivíduos adultos, existem vários tecidos que possuem suas células-tronco mas, nesse caso elas
só podem originar as células do seu respectivo tecido e por isso são chamadas multipotentes. O
cordão umbilical também possui células-tronco e isso tem motivado muitas famílias a conservarem
os cordões umbilicais de seus filhos na expectativa de algum dia, em caso de necessidade, poderem
utilizar essas células para curar doenças.
Várias pesquisas no sentido de desdiferenciar células adultas para transformá-las em células-tronco
podem representar um grande potencial na produção dessas células, que podem ter diversas
aplicações na medicina.

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Essas células, por terem o potencial de gerar diversos outros tipos celulares, podem ser utilizadas
para substituir tecidos danificados, como por exemplo lesões na medula de pessoas que ficaram
paraplégicas.
A utilização de células-tronco embrionárias é, no entanto, cercada de discussões éticas, uma vez que
existem pessoas que consideram o embrião como um indivíduo portador de direitos e que merece
viver. Por outro lado, grande parte dos embriões utilizados na extração de células-tronco são
aqueles que já seriam descartados em clínicas de fertilização in vitro.
Para evitar a rejeição de um tecido produzido a partir de células-tronco, uma alternativa é substituir
seu material genético pelo da pessoa que receberá o implante dessas células. Isso caracteriza um
tipo de clonagem chamado clonagem terapêutica, que veremos a seguir.

CLONAGEM
A clonagem é um processo que ocorre naturalmente em organismos que realizam reprodução
assexuada, como bactérias e várias espécies de plantas. Ela se caracteriza pela produção de
organismos geneticamente idênticos ao original, ou seja, pela produção de clones. A clonagem
pode, por outro lado, ser realizada artificialmente pelo ser humano, de modo a multiplicar células
ou organismos inteiros que possuam características de algum interesse que pode ser terapêutico,
industrial ou relacionado à produção de alimentos. Clones de plantas são facilmente obtidos a partir
de mudas, por exemplo. Já clones de animais necessitam de um processo mais complexo.
O clone animal mais famoso foi a ovelha Dolly, produzida em 1996. Basicamente o processo consiste
em transplantar o núcleo de uma célula do animal a ser clonado para o lugar do núcleo de um óvulo
que é implantado no útero de uma mãe de aluguel. O clone, portanto, possui as características do
indivíduo que forneceu o núcleo, e não daquele que forneceu o óvulo e muito menos da mãe de
aluguel.
A clonagem realizada para fins de reprodução é a chamada clonagem reprodutiva e pode ser usada,
por exemplo, para multiplicar animais que são bons produtores de leite. Já a clonagem terapêutica
consiste na produção de tecidos e órgãos para transplante. Isso pode ser realizado pela utilização
de células-tronco e a sua multiplicação para formar os tecidos necessários.
Há ainda a possibilidade de unir a clonagem à produção de organismos geneticamente modificados
– os transgênicos, sobre os quais falaremos a seguir.

DNA RECOMBINANTE E TRANSGÊNICOS


A partir de processos laboratoriais, é possível misturar o DNA de organismos diferentes, produzindo
novas moléculas que passam a ser chamadas de DNA recombinante. Com isso, os cientistas podem
introduzir genes capazes de produzir substâncias para diversos fins em organismos de fácil
reprodução como as bactérias e obter essas substâncias em escala comercial. É o caso, por exemplo,
da insulina.
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e fundamental para que a glicose entre nas células
do corpo humano. A ausência desse hormônio provoca a doença chamada diabetes e as pessoas

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portadoras precisam injetar doses regulares desse hormônio. A introdução do gene que codifica a
insulina em bactérias, através da tecnologia do DNA recombinante, faz com que esses organismos
passem a produzir insulina que pode então ser utilizada no tratamento dos diabéticos. Outros
medicamentos também podem ser produzidos dessa forma, assim como determinadas vacinas
como a da hepatite B.
Esses organismos portadores de moléculas de DNA recombinante são chamados de organismos
geneticamente modificados, também conhecidos como transgênicos. As plantas transgênicas são
especialmente famosas devido às discussões geradas sobre o seu uso. A tecnologia do DNA
recombinante para produção de transgênicos possibilita a obtenção de organismos com
características que, caso fossem geradas por mutações aleatórias no material genético, demorariam
muito tempo para surgirem. As plantas transgênicas podem ter sido modificadas para que sejam
resistentes a determinados herbicidas ou ainda para que cresçam mais rápido, produzam frutos e
sementes maiores, floresçam mais vezes ao ano etc. Essa manipulação genética, por si só, não é
capaz de causar nenhum dano à saúde dos seres humanos, apesar de muitas pessoas evitarem o
consumo desses produtos.

IDENTIFICAÇÃO POR DNA


Cada ser humano é portador de um conjunto de genes únicos, a não ser que possua um (ou mais)
gêmeos monozigóticos (idênticos). Assim, é possível utilizar o DNA para a identificação de um
indivíduo em diversas situações como testes de paternidade, investigações criminais e na
identificação de restos mortais.
As regiões do DNA utilizadas para a identificação de indivíduos são, normalmente, extremamente
variáveis (regiões polimórficas). Isso tem lógica, afinal se as regiões tivessem a mesma sequência de
nucleotídeos na maioria da população, não seria possível diferenciar um indivíduo do outro. Essas
regiões podem ser extraídas de cromossomos nucleares ou também do DNA mitocondrial. É
importante lembrar que as mitocôndrias são herdadas através da linhagem materna, então o seu
DNA mitocondrial é o mesmo da sua mãe, da sua avó materna, da sua bisavó materna e assim
sucessivamente (descartando as mutações obviamente).
Na cena de um crime, é possível extrair o DNA dos glóbulos brancos de uma mancha de sangue por
exemplo (hemácias são anucleadas e por isso não possuem DNA). Esperma, saliva e células da pele
também podem ser usados para a identificação de uma pessoa.
A amostra de material biológico é então tratada para que as membranas celulares sejam quebradas
e o DNA possa ser isolado. Esse material genético é, normalmente, copiado diversas vezes por um
processo chamado PCR (reação em cadeia da polimerase) em que basicamente ocorre um processo
muito acelerado de replicação do DNA em laboratório. Isso facilita a detecção e a visualização desse
material genético em outros testes como na eletroforese em gel.
A eletroforese consiste em colocar as amostras de DNA em um gel ligado a uma corrente elétrica.
As amostras são colocadas próximas ao polo negativo e são atraídas pelo polo oposto, fazendo com
que elas “corram” no gel. Fragmentos menores correm mais do que os maiores e isso gera um
padrão de bandas de diferentes tamanhos que podem ser comparados com um padrão para
identificação.

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Fig. 29: Funcionamento da eletroforese em gel.

Na identificação de paternidade são colocadas amostras de DNA nuclear do filho e dos pais e, após
a eletroforese é possível comparar seus padrões de bandas. A presença de uma banda escura na
amostra do bebê tem que ser verificada também na mãe ou no pai, uma vez que a criança pode
herdá-la de um ou de outro. Por outro lado, a presença de uma banda escura na amostra do filho e
a ausência dessa banda na mãe e no pai podem indicar que não há relação de parentesco entre os
indivíduos em questão.
Os testes de identificação por DNA, apesar de muito eficazes, não são 100% garantidos. É possível
que, dependendo das regiões analisadas do DNA, o resultado não represente a realidade. Por isso,
em investigações criminais, esses testes não são usados sozinhos como material para incriminar
alguém.

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QUESTÕES
LISTA DE QUESTÕES

(ENEM 2019)
A poluição radioativa compreende mais de 200 nuclídeos, sendo que, do ponto de vista de
impacto ambiental, destacam-se o césio-137 e o estrôncio-90. A maior contribuição de
radionuclídeos antropogênicos no meio marinho ocorreu durante as décadas de 1950 e 1960,
como resultado dos testes nucleares realizados na atmosfera. O estrôncio-90 pode se acumular
nos organismos vivos e em cadeias alimentares e, em razão de sua semelhança química, pode
participar no equilíbrio com carbonato e substituir o cálcio em diversos processos biológicos.
FIGUEIRA, R. C. L.; CUNHA, I. I. L. A contaminação dos oceanos por radionuclídeos antropogênicos. Química Nova, n. 21,
1998 (adaptado).

Ao entrar numa cadeia alimentar da qual o homem faz parte, em qual tecido do organismo
humano o estrôncio-90 será acumulado predominantemente?
(A) Cartilaginoso.
(B) Sanguíneo.
(C) Muscular.
(D) Nervoso.
(E) Ósseo.

(ENEM 2019 PPL)


Um pesquisador observou, em uma árvore, um ninho de uma espécie de falcão. Apenas um
filhote apresentava uma coloração típica de penas de ambos os pais. Foram coletadas
amostras de DNA dos pais e filhotes para caracterização genética dos alelos responsáveis pela
coloração das penas. O perfil de bandas obtido para cada indivíduo do ninho para os lócus 1 e
2, onde se localizam os genes dessa característica, está representado na figura.

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Dos filhotes, qual apresenta a coloração típica de penas dos pais?


(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

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(ENEM 2019 PPL)

A sequência de etapas indicadas na figura representa o processo conhecido como


(A) mutação.
(B) clonagem.
(C) crossing-over.
(D) terapia gênica.
(E) transformação genética.

(ENEM 2019 PPL)


Um herbicida de largo espectro foi desenvolvido para utilização em lavouras. Esse herbicida
atua inibindo a atividade de uma enzima dos vegetais envolvida na biossíntese de aminoácidos
essenciais. Atualmente ele é bastante utilizado em plantações de soja, podendo inclusive inibir
a germinação ou o crescimento das plantas cultivadas.
De que forma é desenvolvida a resistência da soja ao herbicida?
(A) Expondo frequentemente uma espécie de soja a altas concentrações do herbicida,
levando ao desenvolvimento de resistência.
(B) Cultivando a soja com elevadas concentrações de aminoácidos, induzindo a formação de
moléculas relacionadas à resistência.
(C) Empregando raios X para estimular mutações em uma variedade de soja, produzindo a
enzima-alvo resistente ao herbicida.

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(D) Introduzindo na soja um gene específico de outra espécie, possibilitando a produção da


enzima de resistência ao herbicida.
(E) Administrando a enzima-alvo nos fertilizantes utilizados na lavoura, promovendo sua
absorção pela espécie cultivada.

(ENEM 2018)
Considere, em um fragmento ambiental, uma árvore matriz com frutos (M) e outras cinco que
produziram flores e são apenas doadoras de pólen (DP1, DP2, DP3, DP4 e DP5). Foi excluída a
capacidade de autopolinização das árvores. Os genótipos da matriz, da semente (S1) e das
prováveis fontes de pólen foram obtidos pela análise de dois locos (loco A e loco B) de
marcadores de DNA, conforme a figura.

A progênie S1 recebeu o pólen de qual doadora?


(A) DP1
(B) DP2
(C) DP3
(D) DP4
(E) DP5

(ENEM 2018)
Companhias que fabricam jeans usam cloro para o clareamento, seguido de lavagem. Algumas
estão substituindo o cloro por substâncias ambientalmente mais seguras como peróxidos, que
podem ser degradados por enzimas chamadas peroxidases. Pensando nisso, pesquisadores
inseriram genes codificadores de peroxidases em leveduras cultivadas nas condições de
clareamento e lavagem dos jeans e selecionaram as sobreviventes para produção dessas
enzimas.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia.
Rio de Janeiro: Artmed, 2016 (adaptado).

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Nesse caso, o uso dessas leveduras modificadas objetiva


(A) reduzir a quantidade de resíduos tóxicos nos efluentes da lavagem.
(B) eliminar a necessidade de tratamento da água consumida.
(C) elevar a capacidade de clareamento dos jeans.
(D) aumentar a resistência do jeans a peróxidos.
(E) associar ação bactericida ao clareamento.

(ENEM 2018)
No ciclo celular atuam moléculas reguladoras. Dentre elas, a proteína p53 é ativada em
resposta a mutações no DNA, evitando a progressão do ciclo até que os danos sejam reparados,
ou induzindo a célula à autodestruição.
ALBERTS, B et al. Fundamentos da biologia celular.
Porto Alegre: Artmed, 2011 (adaptado).

A ausência dessa proteína poderá favorecer a


(A) redução da síntese de DNA, acelerando o ciclo celular.
(B) saída imediata do ciclo celular, antecipando a proteção do DNA.
(C) ativação de outras proteínas reguladoras, induzindo a apoptose.
(D) manutenção da estabilidade genética, favorecendo a longevidade.
(E) proliferação celular exagerada, resultando na formação de um tumor.

(ENEM 2017, PPL)


Um geneticista observou que determinada plantação era sensível a um tipo de praga que
atacava as flores da lavoura. Ao mesmo tempo, ele percebeu que uma erva daninha que crescia
associada às plantas não era destruída. A partir de técnicas de manipulação genética, em
laboratório, o gene da resistência à praga foi inserido nas plantas cultivadas, resolvendo o
problema.
Do ponto de vista da biotecnologia, como essa planta resultante da intervenção é
classificada?
(A) Clone.
(B) Híbrida.
(C) Mutante.

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(D) Dominante.
(E) Transgênica.

(ENEM 2017, PPL)


Para estudar os cromossomos, é preciso observá-los no momento em que se encontram no
ponto máximo de sua condensação. A imagem corresponde ao tecido da raiz de cebola, visto
ao microscópio, e cada número marca uma das diferentes etapas do ciclo celular.

Qual número corresponde à melhor etapa para que esse estudo seja possível?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

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(ENEM 2017, PPL)


O resultado de um teste de DNA para identificar o filho de um casal, entre cinco jovens, está
representado na figura. As barras escuras correspondem aos genes compartilhados.

Qual dos jovens é filho do casal?


(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV
(E) V

(ENEM – 2016)
O Brasil possui um grande número de espécies distintas entre animais, vegetais e
microrganismos envoltos em uma imensa complexidade e distribuídas em uma grande
variedade de ecossistemas.
SANDES, A. R. R.; BLASI, G. Biodiversidade e diversidade química e genética. Disponível em: http://novastecnologias.com.br.
Acesso em: 22 set. 2015 (adaptado).

O incremento da variabilidade ocorre em razão da permuta genética, a qual propicia a troca


de segmentos entre cromátides não irmãs na meiose.
Essa troca de segmentos é determinante na
a) Produção de indivíduos mais férteis.
b) Transmissão de novas características adquiridas.
c) Recombinação genética na formação dos gametas.
d) Ocorrência de mutações somáticas nos descendentes.
e) Variação do número de cromossomos característico da espécie.

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(ENEM – 2016 2ª Aplicação)


O paclitaxel é um triterpeno poli-hidroxilado que foi originalmente isolado da casca de Taxus
brevifolia, árvore de crescimento lento e em risco de extinção, mas agora é obtido por rota
química semissintética. Esse fármaco é utilizado como agente quimioterápico no tratamento
de tumores de ovário, mama e pulmão. Seu mecanismo de ação antitumoral envolve sua
ligação à tubulina interferindo com a função dos microtúbulos.
KRETZER, I. F. Terapia antitumoral combinada de derivados do paclitaxel e etoposídeo associados à nanoemulsão lipídica
rica em colesterol - LDE. Disponível em: www.teses.usp.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).

De acordo com a ação antitumoral descrita, que função celular é diretamente afetada pelo
paclitaxel?
a) Divisão celular.
b) Transporte passivo.
c) Equilíbrio osmótico.
d) Geração de energia.
e) Síntese de proteínas.

(ENEM – 2015)
A palavra “biotecnologia” surgiu no século XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu a
informação responsável pela fabricação de insulina humana em uma bactéria, para que ela
passasse a produzir a substância.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).

As bactérias modificadas por Herbert Boyer passaram a produzir insulina humana porque
receberam:
(A) a sequência de DNA codificante de insulina humana.
(B) a proteína sintetizada por células humanas.
(C) um RNA recombinante de insulina humana.
(D) o RNA mensageiro de insulina humana.
(E) um cromossomo da espécie humana.

(ENEM – 2015 2ª Aplicação)


A toxina botulínica (produzida pelo bacilo Clostridium botulinum) pode ser encontrada em
alimentos malconservados, causando até a morte de consumidores. No entanto, essa toxina
modificada em laboratório está sendo usada cada vez mais para melhorar a qualidade de vida

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das pessoas com problemas físicos e/ou estéticos, atenuando problemas como o
blefaroespasmo, que provoca contrações involuntárias das pálpebras.
BACHUR, T. P. R. et al. Toxina botulínica: de veneno a tratamento. Revista Eletrônica Pesquisa Médica, n. 1, jan.-mar. 2009
(adaptado).

O alívio dos sintomas do blefaroespasmo é consequência da ação da toxina modificada sobre


o tecido
(A) glandular, uma vez que ela impede a produção de secreção de substâncias na pele.
(B) muscular, uma vez que ela provoca a paralisia das fibras que formam esse tecido.
(C) epitelial, uma vez que ela leva ao aumento da camada de queratina que protege a pele.
(D) conjuntivo, uma vez que ela aumenta a quantidade de substância intercelular no tecido.
(E) adiposo, uma vez que ela reduz a espessura da camada de células de gordura do tecido.

(ENEM – 2014)
Em um laboratório de genética experimental, observou-se que determinada bactéria continha
um gene que conferia resistência a pragas específicas de plantas. Em vista disso, os
pesquisadores procederam de acordo com a figura.

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Do ponto de vista biotecnológico, como a planta representada na figura é classificada?


(A) Clone.
(B) Híbrida.
(C) Mutante.
(D) Adaptada.
(E) Transgênica.

(ENEM – 2014)
Na década de 1990, células do cordão umbilical de recém-nascidos humanos começaram a ser
guardadas por criopreservação, uma vez que apresentam alto potencial terapêutico em
consequência de suas características peculiares.
O poder terapêutico dessas células baseia-se em sua capacidade de:

(A) multiplicação lenta.


(B) comunicação entre células.
(C) adesão a diferentes tecidos.
(D) diferenciação em células especializadas.
(E) reconhecimento de células semelhantes.

(ENEM – 2013)
Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo
exame de DNA. O resultado do teste está esquematizado na figura, em que cada casal
apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma para o suposto pai e outra para a
suposta mãe), comparadas à do bebê.

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Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê?


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.
(E) 5.

(ENEM – 2013)
A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela inserção de transgenes em cloroplastos,
em substituição à metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula
hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas recombinantes com
diversas finalidades biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser utilizada para
produzir proteínas recombinantes em células de organismos eucarióticos não
fotossintetizantes, como as leveduras, que são usadas para produção comercial de várias
proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em grandes fermentadores.
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada
para inserção de transgenes em leveduras?
(A) Lisossomo.
(B) Mitocôndria.
(C) Peroxissomo.
(D) Complexo golgiense.
(E) Retículo endoplasmático.

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(ENEM – 2013)
Para a identificação de um rapaz vítima de acidente, fragmentos de tecidos foram retirados e
submetidos à extração de DNA nuclear, para comparação com o DNA disponível dos possíveis
familiares (pai, avô materno, avó materna, filho e filha). Como o teste com o DNA nuclear não
foi conclusivo, os peritos optaram por usar também DNA mitocondrial, para dirimir dúvidas.
Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial
do rapaz e o DNA mitocondrial do(a):
(A) pai.
(B) filho.
(C) filha.
(D) avó materna.
(E) avô materno.

(ENEM – 2012)
O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a
transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie
diferente.
A característica de interesse será manifestada em decorrência:

(A) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.


(B) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
(C) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
(D) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
(E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.

(ENEM – 2011)
Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos já ouviram em
algum momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos.
Porém, foi apenas em 1952, um ano antes da descrição do modelo do DNA em dupla hélice por
Watson e Crick, que foi confirmado sem sombra de dúvidas que o DNA é material genético. No

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artigo em que Watson e Crick descreveram a molécula de DNA, eles sugeriram um modelo de
como essa molécula deveria se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram experimentos
utilizando isótopos pesados de nitrogênio que foram incorporados às bases nitrogenadas para
avaliar como se daria a replicação da molécula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo
sugerido por Watson e Crick, que tinha como premissa básica o rompimento das pontes de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de hidrogênio na


mesma, os experimentos realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicação dessa molécula
levaram à conclusão de que:
(A) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-sintetizada e o
filamento parental é conservado.
(B) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA recém-sintetizado e
parentais em cada uma das fitas.
(C) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita parental e
uma recém-sintetizada.
(D) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de moléculas de DNA
parental.
(E) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma
fita codificadora.

(ENEM – 2011)
Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou recentemente ter criado uma “célula
sintética”, uma bactéria chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma
sequência de nucleotídeos, que formam o único cromossomo dessa bactéria, o qual foi
introduzido em outra espécie de bactéria, a Mycoplasma capricolum. Após a introdução, o
cromossomo da M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo artificial da M. mycoides
começou a gerenciar a célula, produzindo suas proteínas.
GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically synthesized Genome. Science, v.329, 2010
(adaptado).

A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade científica se deve à:


(A) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para serem usados como receptoras
de cromossomos artificiais.
(B) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida, utilizando substâncias como
carboidratos e lipídios.

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(C) possibilidade de produção em massa da bacteria Mycoplasma capricolum para sua


distribuição em ambientes naturais.
(D) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou seres mais complexos para
produzir medicamentos, vacinas e combustíveis.
(E) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar suas proteínas na bactéria
sintética e estas serem usadas na indústria.

(ENEM – 2010)
Três dos quatro tipos de testes atualmente empregados para a detecção de príons patogênicos
em tecidos cerebrais de gado morto são mostrados nas figuras a seguir. Uma vez identificado
um animal morto infectado, funcionários das agências de saúde pública e fazendeiros podem
removê-lo do suprimento alimentar ou rastrear os alimentos infectados que o animal possa ter
consumido.

Aula 06 – Citologia III 41


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Analisando os testes I, II e III, para a detecção de príons patogênicos, identifique as condições


em que os resultados foram positivos para a presença de príons nos três testes:
(A) Animal A, lâmina B e gel A.
(B) Animal A, lâmina A e gel B.
(C) Animal B, lâmina A e gel B.
(D) Animal B, lâmina B e gel A.
(E) Animal A, lâmina B e gel B.

(ENEM – 2010 2ª Aplicação)


A utilização de células-tronco do próprio indivíduo (autotransplante) tem apresentado sucesso
como terapia medicinal para a regeneração de tecidos e órgãos cujas células perdidas não têm
capacidade de reprodução, principalmente em substituição aos transplantes, que causam muitos
problemas devidos à rejeição pelos receptores. O autotransplante pode causar menos problemas
de rejeição quando comparado aos transplantes tradicionais, realizados entre diferentes indivíduos.

Isso porque as
(A) células-tronco se mantêm indiferenciadas após sua introdução no organismo do receptor.
(B) células provenientes de transplantes entre diferentes indivíduos envelhecem e morrem
rapidamente.
(C) células-tronco, por serem doadas pelo próprio indivíduo receptor, apresentam material
genético semelhante.
(D) células transplantadas entre diferentes indivíduos se diferenciam em tecidos tumorais no
receptor.

Aula 06 – Citologia III 42


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(E) células provenientes de transplantes convencionais não se reproduzem dentro do corpo


do receptor.

(ENEM – 2009)
Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante
foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de
Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram
geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O
processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um terço do
tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio
a partir do pâncreas de animais abatidos.
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado).

A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência:

(A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno.


(B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.
(C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios.
(D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos.
(E) a criação de animais transgênicos.

(ENEM – 2009)
Uma vítima de acidente de carro foi encontrada carbonizada devido a uma explosão. Indícios,
como certos adereços de metal usados pela vítima, sugerem que a mesma seja filha de um
determinado casal. Uma equipe policial de perícia teve acesso ao material biológico
carbonizado da vítima, reduzido, praticamente, a fragmentos de ossos. Sabe-se que é possível
obter DNA em condições para análise genética de parte do tecido interno de ossos. Os peritos
necessitam escolher, entre cromossomos autossômicos, cromossomos sexuais (X e Y) ou
DNAmt (DNA mitocondrial), a melhor opção para identificação do parentesco da vítima com o
referido casal. Sabe-se que, entre outros aspectos, o número de cópias de um mesmo
cromossomo por célula maximiza a chance de se obter moléculas não degradadas pelo calor
da explosão.

Com base nessas informações e tendo em vista os diferentes padrões de herança de cada
fonte de DNA citada, a melhor opção para a perícia seria a utilização:

Aula 06 – Citologia III 43


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(A) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada célula humana, há
várias cópias dessa molécula.
(B) do cromossomo X, pois a vítima herdou duas cópias desse cromossomo, estando assim
em número superior aos demais.
(C) do cromossomo autossômico, pois esse cromossomo apresenta maior quantidade de
material genético quando comparado aos nucleares, como, por exemplo, o DNAmt.
(D) do cromossomo Y, pois, em condições normais, este é transmitido integralmente do pai
para toda a prole e está presente em duas cópias em células de indivíduos do sexo feminino.
(E) de marcadores genéticos em cromossomos autossômicos, pois estes, além de serem
transmitidos pelo pai e pela mãe, estão presentes em 44 cópias por célula, e os demais, em apenas
uma.

(ENEM – 2005)
A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela abaixo mostra como a
quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água
corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal.

Tipo de célula Quantidade de


água
Tecido nervoso – substância cinzenta 85%
Tecido nervoso – substância branca 70%
Medula óssea 75%
Tecido conjuntivo 60%
Tecido adiposo 15%
Hemácias 65%
Ossos (sem medula) 20%
(Fonte: L.C. Junqueira e J. Carneiro. Histologia Básica. 8. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.)

Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório.
Enquanto intacta, essa amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a
água do tecido, a amostra passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma
amostra de:
(A) tecido nervoso – substância cinzenta.
(B) tecido nervoso – substância branca.
(C) hemácias.
(D) tecido conjuntivo.
(E) tecido adiposo.

Aula 06 – Citologia III 44


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(ENEM – 2005)
A Embrapa possui uma linhagem de soja transgênica resistente ao herbicida IMAZAPIR. A
planta está passando por testes de segurança nutricional e ambiental, processo que exige cerca
de três anos. Uma linhagem de soja transgênica requer a produção inicial de 200 plantas
resistentes ao herbicida e destas são selecionadas as dez mais “estáveis”, com maior
capacidade de gerar descendentes também resistentes. Esses descendentes são submetidos a
doses de herbicida três vezes superiores às aplicadas nas lavouras convencionais. Em seguida,
as cinco melhores são separadas e apenas uma delas é levada a testes de segurança. Os riscos
ambientais da soja transgênica são pequenos, já que ela não tem possibilidade de cruzamento
com outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de soja é de apenas 1%.
A soja transgênica, segundo o texto, apresenta baixo risco ambiental porque
(A) a resistência ao herbicida não é estável e assim não passa para as plantas-filhas.
(B) as doses de herbicida aplicadas nas plantas são 3 vezes superiores às usuais.
(C) a capacidade da linhagem de cruzar com espécies selvagens é inexistente.
(D) a linhagem passou por testes nutricionais e após três anos foi aprovada.
(E) a linhagem obtida foi testada rigorosamente em relação a sua segurança.

(ENEM – 2005)
Os transgênicos vêm ocupando parte da imprensa com opiniões ora favoráveis ora
desfavoráveis. Um organismo ao receber material genético de outra espécie, ou modificado da
mesma espécie, passa a apresentar novas características. Assim, por exemplo, já temos
bactérias fabricando hormônios humanos, algodão colorido e cabras que produzem fatores de
coagulação sanguínea humana.
O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores surrealistas mais importantes, deixou
obras enigmáticas.
Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo sobre os transgênicos, qual das obras
de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo com esse tema tão polêmico?

(A) (B) (C) (D) (E)

(ENEM – 2003)

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A biodiversidade é garantida por interações das várias formas de vida e pela estrutura
heterogênea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a
possibilidade de se preservarem espécies por meio da construção de “bancos genéticos” de
sementes, óvulos e espermatozoides.
Apesar de os “bancos” preservarem espécimes (indivíduos), sua construção é considerada
questionável do ponto de vista ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de
estratégia

I. não preservaria a variabilidade genética das populações;


II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda desconhecidas;
III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.

Está correto o que se afirma em:


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

(ENEM – 1999)
A sequência abaixo indica de maneira simplificada os passos seguidos por um grupo de
cientistas para a clonagem de uma vaca:
I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado, obtendo-se um óvulo anucleado.
II. Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W. O núcleo foi isolado e conservado,
desprezando-se o resto da célula.
III. O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido no óvulo anucleado. A célula
reconstituída foi estimulada para entrar em divisão.
IV. Após algumas divisões, o embrião foi implantado no útero de uma terceira vaca Y, mãe de
aluguel. O embrião se desenvolveu e deu origem ao clone.

Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm parentesco, pode-se afirmar que o animal
resultante da clonagem tem as características genéticas da vaca:
(A) Z, apenas.
(B) W, apenas.
(C) Y, apenas.

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(D) Z e da W, apenas.
(E) Z, W e Y.

GABARITO

01. E 06. A 11. C 16. D 21. C 26. A 31. B

02. A 07. E 12. A 17. C 22. D 27. D

03. D 08. E 13. A 18. B 23. C 28. C

04. D 09. C 14. B 19. D 24. C 29. B

05. E 10. C 15. E 20. E 25. D 30. C

LISTA DE QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS


(ENEM 2019)
A poluição radioativa compreende mais de 200 nuclídeos, sendo que, do ponto de vista de
impacto ambiental, destacam-se o césio-137 e o estrôncio-90. A maior contribuição de
radionuclídeos antropogênicos no meio marinho ocorreu durante as décadas de 1950 e 1960,
como resultado dos testes nucleares realizados na atmosfera. O estrôncio-90 pode se acumular
nos organismos vivos e em cadeias alimentares e, em razão de sua semelhança química, pode
participar no equilíbrio com carbonato e substituir o cálcio em diversos processos biológicos.
FIGUEIRA, R. C. L.; CUNHA, I. I. L. A contaminação dos oceanos por radionuclídeos antropogênicos. Química Nova, n. 21,
1998 (adaptado).

Ao entrar numa cadeia alimentar da qual o homem faz parte, em qual tecido do organismo
humano o estrôncio-90 será acumulado predominantemente?
(A) Cartilaginoso.
(B) Sanguíneo.
(C) Muscular.
(D) Nervoso.
(E) Ósseo.
Comentários:

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A informação mais importante do texto é a de que o estrôncio-90 pode substituir o cálcio em


diversos processos biológicos. Dessa forma, ele será acumulado predominantemente em tecidos
com grandes quantidades de cálcio. A letra A está errada pois o tecido cartilaginoso tem, em sua
matriz grandes quantidades de colágeno, que são fibras proteicas, sem cálcio em sua composição.
A letra B está errada pois o tecido sanguíneo, formado pelo plasma e pelos elementos figurados,
não tem quantidade expressiva de cálcio. A letra C está errada pois apesar de os íons cálcio terem
papel importante na contração muscula, não há uma deposição significativa desse elemento no
referido tecido. A letra D está errada pois não há deposição significativa de cálcio no tecido nervoso.
A letra E está correta pois a matriz inorgânica do tecido ósseo é constituída por cristais que contêm
cálcio e fosfato. Letra E.

(ENEM 2019 PPL)


Um pesquisador observou, em uma árvore, um ninho de uma espécie de falcão. Apenas um
filhote apresentava uma coloração típica de penas de ambos os pais. Foram coletadas
amostras de DNA dos pais e filhotes para caracterização genética dos alelos responsáveis pela
coloração das penas. O perfil de bandas obtido para cada indivíduo do ninho para os lócus 1 e
2, onde se localizam os genes dessa característica, está representado na figura.

Dos filhotes, qual apresenta a coloração típica de penas dos pais?


(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

Aula 06 – Citologia III 48


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Comentários:
No lócus 1, para que o filhote apresente o mesmo padrão genético dos pais, é preciso que ele
tenha o Alelo B (do pai) e o Alelo C (da mãe). Isso é verificado nos filhotes 1, 3 e 5. No lócus 2, para
que o filhote apresente o mesmo padrão genético dos pais, é preciso que ele tenha o Alelo E (do
pai) e o Alelo G (do pai e da mãe). Isso é verificado apenas no filhote 1. Letra A.

(ENEM 2019 PPL)

A sequência de etapas indicadas na figura representa o processo conhecido como


(A) mutação.
(B) clonagem.
(C) crossing-over.
(D) terapia gênica.
(E) transformação genética.

Comentários:
A letra A está errada pois mutação é um processo aleatório que pode gerar modificações nas
informações genéticas. A letra B está errada pois o objetivo da técnica descrita não era clonar o
indivíduo e nem partes dele. A letra C está errada pois o crossing-over é o processo de permuta
genética que ocorre durante a Prófase I da Meiose. A letra D está certa pois as células do paciente
foram modificadas geneticamente com genes não defeituosos a fim de serem reintroduzidas no

Aula 06 – Citologia III 49


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próprio indivíduo como uma terapia para tratamento de determinada condição de saúde. A letra E
está errada pois a transformação genética é uma técnica que envolve a introdução de um gene
exógeno, ou seja, de outra espécie, no genoma alvo, gerando organismos transgênicos. Letra D.

(ENEM 2019 PPL)


Um herbicida de largo espectro foi desenvolvido para utilização em lavouras. Esse herbicida
atua inibindo a atividade de uma enzima dos vegetais envolvida na biossíntese de aminoácidos
essenciais. Atualmente ele é bastante utilizado em plantações de soja, podendo inclusive inibir
a germinação ou o crescimento das plantas cultivadas.
De que forma é desenvolvida a resistência da soja ao herbicida?
(A) Expondo frequentemente uma espécie de soja a altas concentrações do herbicida,
levando ao desenvolvimento de resistência.
(B) Cultivando a soja com elevadas concentrações de aminoácidos, induzindo a formação de
moléculas relacionadas à resistência.
(C) Empregando raios X para estimular mutações em uma variedade de soja, produzindo a
enzima-alvo resistente ao herbicida.
(D) Introduzindo na soja um gene específico de outra espécie, possibilitando a produção da
enzima de resistência ao herbicida.
(E) Administrando a enzima-alvo nos fertilizantes utilizados na lavoura, promovendo sua
absorção pela espécie cultivada.
Comentários:
A letra A está errada pois implicaria em uma concepção de que o herbicida induziria o
surgimento da resistência. A letra B está errada pois a presença de elevadas concentrações de
aminoácidos não teria a menor influência no surgimento de algum gene de resistência contra o
herbicida. A letra C está errada pois as mutações provodadas pelos raios X seriam aleatórias e
dificilmente surtiriam os efeitos desejados. A letra D está correta pois o uso de transgenes confere
ao vegetal a característica desejada. A letra E está errada pois os efeitos da enzima-alvo seriam
apenas momentâneos, e não gerariam resistência definitiva ao herbicida. Letra D.

(ENEM 2018)
Considere, em um fragmento ambiental, uma árvore matriz com frutos (M) e outras cinco que
produziram flores e são apenas doadoras de pólen (DP1, DP2, DP3, DP4 e DP5). Foi excluída a
capacidade de autopolinização das árvores. Os genótipos da matriz, da semente (S1) e das
prováveis fontes de pólen foram obtidos pela análise de dois locos (loco A e loco B) de
marcadores de DNA, conforme a figura.

Aula 06 – Citologia III 50


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A progênie S1 recebeu o pólen de qual doadora?


(A) DP1
(B) DP2
(C) DP3
(D) DP4
(E) DP5

Comentários:
Em 2017 já havia caído uma questão semelhante a essa no ENEM PPL e eu já estava
apostando em uma repetição este ano. Pois não só isso aconteceu, como a questão veio também
com requintes de crueldade! O assunto é teste de DNA. Estamos acostumados, no entanto, a falar
sobre esses testes para situações envolvendo seres humanos. O ENEM 2018, ao invés disso, trouxe
uma situação envolvendo vegetais, fato que pode ter complicado a vida de muita gente.
Primeiramente, podemos identificar que a espécie mencionada é de uma angiosperma, por possuir
flores e frutos. Na nossa Aula 13 falaremos mais sobre os grupos de plantas e suas características.
As flores são suas estruturas reprodutivas e produzem grãos de pólen (contendo o gameta
masculino) e óvulos (gametas femininos). Lembre-se que gametas são células haploides e que,
quando ocorre seu encontro (fecundação) forma-se o embrião que é diploide. Nas plantas o embrião
dá origem à semente. Passando agora para a parte da genética, devemos lembrar que células
diploides possuem dois cromossomos de cada tipo (um oriundo do organismo paterno e outro
oriundo do organismo materno). Para cada gene presente nos cromossomos, podem existir 2 ou
mais versões, chamadas alelos. Na questão, o gene do loco A apresenta 4 alelos (ou versões). O gene
do loco B apresenta 5 alelos (ou versões). Cada indivíduo, no entanto, pode ter no máximo, 2 alelos
diferentes para cada gene, um em cada cromossomo do mesmo tipo (homólogo). É possível também
que a planta apresente o mesmo alelo nos dois cromossomos homólogos. Agora olhe para a figura
da questão, especificamente para a coluna S1 do loco A. Repare que ela possui o alelo 1 e o alelo 2.
O alelo 1 foi passado para ela pela planta Matriz (M) e o alelo 2 foi passado para ela por uma das 5
doadoras de pólen. Nesse caso, apenas a DP2 e a DP5 é que se encaixam nessa situação por
possuírem o alelo 2 no loco A. Assim, já eliminamos as demais. Agora, para finalizar, olhe para a
coluna S1 do loco B. A semente apresenta apenas o alelo 3. Isso indica que ela tem 2 cópias desse
alelo, uma passada pela planta Matriz e a outra passada por uma das 5 doadoras de pólen. Nesse

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caso, apenas a DP5 é que se encaixa nessa situação por possuir o alelo 3 no loco B. Dessa forma, a
alternativa correta é a Letra E: DP5.

(ENEM 2018)
Companhias que fabricam jeans usam cloro para o clareamento, seguido de lavagem. Algumas
estão substituindo o cloro por substâncias ambientalmente mais seguras como peróxidos, que
podem ser degradados por enzimas chamadas peroxidases. Pensando nisso, pesquisadores
inseriram genes codificadores de peroxidases em leveduras cultivadas nas condições de
clareamento e lavagem dos jeans e selecionaram as sobreviventes para produção dessas
enzimas.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia.
Rio de Janeiro: Artmed, 2016 (adaptado).

Nesse caso, o uso dessas leveduras modificadas objetiva


(A) reduzir a quantidade de resíduos tóxicos nos efluentes da lavagem.
(B) eliminar a necessidade de tratamento da água consumida.
(C) elevar a capacidade de clareamento dos jeans.
(D) aumentar a resistência do jeans a peróxidos.
(E) associar ação bactericida ao clareamento.

Comentários:
A questão aborda a produção de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) para
obtenção de benefícios em processos industriais. No exemplo da questão, as leveduras, que são
fungos unicelulares, tiveram seu material genético modificado pela inclusão de genes codificadores
de peroxidases. Isso significa que foram introduzidas sequências de DNA capazes de serem
transcritas em RNA mensageiros carregando informação para a tradução de proteínas com função
enzimática específica para a degradação de peróxidos. Com isso, as fábricas podem usar os
peróxidos para o branqueamento dos jeans e, posteriormente, tratar a água com as leveduras. A
ação das peroxidases produzidas pelos organismos vai degradar os peróxidos e reduzir a quantidade
de resíduos tóxicos nos efluentes da lavagem. Assim, a alternativa correta é a Letra A: reduzir a
quantidade de resíduos tóxicos nos efluentes da lavagem.

(ENEM 2018)
No ciclo celular atuam moléculas reguladoras. Dentre elas, a proteína p53 é ativada em
resposta a mutações no DNA, evitando a progressão do ciclo até que os danos sejam reparados,
ou induzindo a célula à autodestruição.

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ALBERTS, B et al. Fundamentos da biologia celular.


Porto Alegre: Artmed, 2011 (adaptado).

A ausência dessa proteína poderá favorecer a


(A) redução da síntese de DNA, acelerando o ciclo celular.
(B) saída imediata do ciclo celular, antecipando a proteção do DNA.
(C) ativação de outras proteínas reguladoras, induzindo a apoptose.
(D) manutenção da estabilidade genética, favorecendo a longevidade.
(E) proliferação celular exagerada, resultando na formação de um tumor.

Comentários:
A vida de uma célula pode ser resumida em duas situações: quando ela não está se dividindo
(intérfase) e quando ela está realizando divisão celular. Na maior parte do tempo, ela está em
intérfase, que apresenta 3 fases: G1, S e G2. Na fase G1 a célula cresce, produz proteínas e realiza
suas atividades normais. Na fase S, a célula duplica seus cromossomos. A fase G2 é parecida com a
G1, mas a célula já começa a se preparar para a divisão. Em cada mudança de etapa do ciclo celular,
porém, a célula faz checagens para saber se está tudo certo. Caso exista algum defeito no DNA, por
exemplo, a célula para tudo e repara esses erros. Em algumas situações, os erros são muito grandes
e não é possível repará-los. Aí a célula sofre apoptose, ou comete “suicídio celular”. Isso é uma
estratégia para que essa célula defeituosa não se multiplique e dê origem a doenças, como o câncer.
Uma das moléculas capazes de exercer esse controle sobre a integridade celular é a proteína p53.
Assim, o seu papel é vigiar o DNA procurando erros em sua replicação, e, caso os encontre, sinalizar
para outras proteínas realizarem o seu reparo. Quando o reparo não é possível, a p53 induz a
apoptose. Dessa forma, a ausência dessa proteína vai fazer com que o DNA fique desprotegido e
seus erros não serão corrigidos. Consequentemente, isso poderá levar a uma instabilidade genética,
causando proliferação celular exagerada, resultando na formação de um tumor. A alternativa
correta é, portanto, a letra E: proliferação celular exagerada, resultando na formação de um
tumor.

(ENEM 2017, PPL)


Um geneticista observou que determinada plantação era sensível a um tipo de praga que
atacava as flores da lavoura. Ao mesmo tempo, ele percebeu que uma erva daninha que crescia
associada às plantas não era destruída. A partir de técnicas de manipulação genética, em
laboratório, o gene da resistência à praga foi inserido nas plantas cultivadas, resolvendo o
problema.
Do ponto de vista da biotecnologia, como essa planta resultante da intervenção é
classificada?
(A) Clone.

Aula 06 – Citologia III 53


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(B) Híbrida.
(C) Mutante.
(D) Dominante.
(E) Transgênica.

Comentários:
A técnica inseriu um gene de uma espécie em outra espécie diferente, fazendo com que ela
passasse a exibir uma característica da primeira. Esse gene é, portanto, um transgene, por não
pertencer originalmente à espécie onde foi introduzido. Dessa forma, a planta passou a ser
classificada como transgênica. Alternativa E.

(ENEM 2017, PPL)


Para estudar os cromossomos, é preciso observá-los no momento em que se encontram no
ponto máximo de sua condensação. A imagem corresponde ao tecido da raiz de cebola, visto
ao microscópio, e cada número marca uma das diferentes etapas do ciclo celular.

Qual número corresponde à melhor etapa para que esse estudo seja possível?
(A) 1

Aula 06 – Citologia III 54


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(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

Comentários:
Primeiramente vamos identificar as fases representadas: 1) intérfase; 2) prófase; 3)
metáfase; 4) anáfase; 5) telófase. Sabemos que a fase com maior grau de condensação dos
cromossomos é a metáfase e, por isso, a opção correta é a alternativa C.

(ENEM 2017, PPL)


O resultado de um teste de DNA para identificar o filho de um casal, entre cinco jovens, está
representado na figura. As barras escuras correspondem aos genes compartilhados.

Qual dos jovens é filho do casal?


(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV
(E) V

Comentários:
Para acharmos a criança correspondente ao casal, precisamos analisar as bandas escuras.
Sabemos que cada banda presente na criança tem que ter sido herdada ou do pai ou da mãe. Dessa
forma, olhando para as últimas bandas, podemos descartar rapidamente as crianças I, II, IV e V, uma
vez que elas não encontram correspondência nem no pai nem na mãe. Olhando então para a criança
III temos que a primeira banda veio da mãe, a segunda veio do pai, a terceira veio da mãe e a quarta
veio do pai. Alternativa C.

Aula 06 – Citologia III 55


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(ENEM – 2016)
O Brasil possui um grande número de espécies distintas entre animais, vegetais e
microrganismos envoltos em uma imensa complexidade e distribuídas em uma grande
variedade de ecossistemas.
SANDES, A. R. R.; BLASI, G. Biodiversidade e diversidade química e genética. Disponível em: http://novastecnologias.com.br.
Acesso em: 22 set. 2015 (adaptado).

O incremento da variabilidade ocorre em razão da permuta genética, a qual propicia a troca


de segmentos entre cromátides não irmãs na meiose.
Essa troca de segmentos é determinante na
a) Produção de indivíduos mais férteis.
b) Transmissão de novas características adquiridas.
c) Recombinação genética na formação dos gametas.
d) Ocorrência de mutações somáticas nos descendentes.
e) Variação do número de cromossomos característico da espécie.

Comentários:
A permuta genética ou crossing-over que ocorre na meiose é responsável por gerar grande
diversidade de gametas devido às infinitas possibilidades de trocas de fragmentos entre as
cromátides não-irmãs. Alternativa C.

(ENEM – 2016 2ª Aplicação)


O paclitaxel é um triterpeno poli-hidroxilado que foi originalmente isolado da casca de Taxus
brevifolia, árvore de crescimento lento e em risco de extinção, mas agora é obtido por rota
química semissintética. Esse fármaco é utilizado como agente quimioterápico no tratamento
de tumores de ovário, mama e pulmão. Seu mecanismo de ação antitumoral envolve sua
ligação à tubulina interferindo com a função dos microtúbulos.
KRETZER, I. F. Terapia antitumoral combinada de derivados do paclitaxel e etoposídeo associados à nanoemulsão lipídica
rica em colesterol - LDE. Disponível em: www.teses.usp.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).

De acordo com a ação antitumoral descrita, que função celular é diretamente afetada pelo
paclitaxel?
a) Divisão celular.
b) Transporte passivo.
c) Equilíbrio osmótico.
d) Geração de energia.

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e) Síntese de proteínas.

Comentários:
Os microtúbulos atuam durante a divisão celular formando as fibras do fuso mitótico.
Alternativa A.

(ENEM – 2015)
A palavra “biotecnologia” surgiu no século XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu a
informação responsável pela fabricação de insulina humana em uma bactéria, para que ela
passasse a produzir a substância.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).

As bactérias modificadas por Herbert Boyer passaram a produzir insulina humana porque
receberam:

(A) a sequência de DNA codificante de insulina humana.


(B) a proteína sintetizada por células humanas.
(C) um RNA recombinante de insulina humana.
(D) o RNA mensageiro de insulina humana.
(E) um cromossomo da espécie humana.

Comentários:
A informação para a produção da insulina está presente no seu respectivo gene no DNA
humano. Assim, ao receberem o DNA codificante dessa substância, as bactérias passaram a
sintetizá-la. Alternativa A.

(ENEM – 2015 2ª Aplicação)


A toxina botulínica (produzida pelo bacilo Clostridium botulinum) pode ser encontrada em
alimentos malconservados, causando até a morte de consumidores. No entanto, essa toxina
modificada em laboratório está sendo usada cada vez mais para melhorar a qualidade de vida
das pessoas com problemas físicos e/ou estéticos, atenuando problemas como o
blefaroespasmo, que provoca contrações involuntárias das pálpebras.
BACHUR, T. P. R. et al. Toxina botulínica: de veneno a tratamento. Revista Eletrônica Pesquisa Médica, n. 1, jan.-mar. 2009
(adaptado).

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O alívio dos sintomas do blefaroespasmo é consequência da ação da toxina modificada sobre


o tecido
(A) glandular, uma vez que ela impede a produção de secreção de substâncias na pele.
(B) muscular, uma vez que ela provoca a paralisia das fibras que formam esse tecido.
(C) epitelial, uma vez que ela leva ao aumento da camada de queratina que protege a pele.
(D) conjuntivo, uma vez que ela aumenta a quantidade de substância intercelular no tecido.
(E) adiposo, uma vez que ela reduz a espessura da camada de células de gordura do tecido.

Comentários:
Como o enunciado já diz, o blefaroespasmo provoca contrações involuntárias das pálpebras.
Para aliviar esse sintoma, um fármaco deve ser capaz de impedir que essas contrações ocorram, ou
seja, deve atuar no tecido capaz de se contrair. Nesse caso, temos apenas o tecido muscular como
possibilidade. Alternativa B.

(ENEM – 2014)
Em um laboratório de genética experimental, observou-se que determinada bactéria continha
um gene que conferia resistência a pragas específicas de plantas. Em vista disso, os
pesquisadores procederam de acordo com a figura.

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Do ponto de vista biotecnológico, como a planta representada na figura é classificada?


(A) Clone.
(B) Híbrida.
(C) Mutante.
(D) Adaptada.
(E) Transgênica.

Comentários:
Por possuir material genético proveniente de outra espécie, a planta passa a ser chamada de
transgênica. Alternativa E.

(ENEM – 2014)
Na década de 1990, células do cordão umbilical de recém-nascidos humanos começaram a ser
guardadas por criopreservação, uma vez que apresentam alto potencial terapêutico em
consequência de suas características peculiares.

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O poder terapêutico dessas células baseia-se em sua capacidade de:

(A) multiplicação lenta.


(B) comunicação entre células.
(C) adesão a diferentes tecidos.
(D) diferenciação em células especializadas.
(E) reconhecimento de células semelhantes.

Comentários:
As células de cordão umbilical são pouco diferenciadas, o que lhes confere o potencial de se
diferenciarem em diversos tipos celulares, podendo ser usadas em diversos tratamentos.
Alternativa D.

(ENEM – 2013)
Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo
exame de DNA. O resultado do teste está esquematizado na figura, em que cada casal
apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma para o suposto pai e outra para a
suposta mãe), comparadas à do bebê.

Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê?


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.

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(D) 4.
(E) 5.

Comentários:
O que vemos na figura é o resultado da eletroforese contendo amostras de DNA dos casais e
do bebê. A ideia é comparar o padrão de bandas pretas do bebê com os supostos pais. A banda
preta significa a presença daquele marcador de DNA específico e, no caso do bebê, ele pode ter sido
herdado do pai, da mãe ou de ambos. Logo, o casal que tiver a compatibilidade nesses padrões de
bandas com o bebê será o casal de progenitores. Ao observarmos a quarta banda de cima pra baixo,
verificamos que o bebê possui o marcador, mas entre os casais somente o 3 e o 4 poderiam ter
fornecido a ele esse material genético. Se observarmos a sétima banda então, vemos que somente
o casal 3 possui compatibilidade. Para tirar a dúvida é só comparar cada banda restante e ver que o
casal 3 sempre terá compatibilidade. Alternativa C.

(ENEM – 2013)
A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela inserção de transgenes em cloroplastos,
em substituição à metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula
hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas recombinantes com
diversas finalidades biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser utilizada para
produzir proteínas recombinantes em células de organismos eucarióticos não
fotossintetizantes, como as leveduras, que são usadas para produção comercial de várias
proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em grandes fermentadores.
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada
para inserção de transgenes em leveduras?
(A) Lisossomo.
(B) Mitocôndria.
(C) Peroxissomo.
(D) Complexo golgiense.
(E) Retículo endoplasmático.

Comentários:
Entre as organelas citadas, a única que possui material genético próprio e, por isso, poderia
receber transgenes, é a mitocôndria. Alternativa B.

(ENEM – 2013)

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Para a identificação de um rapaz vítima de acidente, fragmentos de tecidos foram retirados e


submetidos à extração de DNA nuclear, para comparação com o DNA disponível dos possíveis
familiares (pai, avô materno, avó materna, filho e filha). Como o teste com o DNA nuclear não
foi conclusivo, os peritos optaram por usar também DNA mitocondrial, para dirimir dúvidas.
Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial
do rapaz e o DNA mitocondrial do(a):
(A) pai.
(B) filho.
(C) filha.
(D) avó materna.
(E) avô materno.

Comentários:
As mitocôndrias são passadas de gerações para gerações pela linhagem materna. Assim, o
DNA mitocondrial da vítima só poderia ser comparado com alguém dessa linhagem: sua mãe, sua
avó materna, sua bisavó materna e assim sucessivamente. Alternativa D.

(ENEM – 2012)
O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a
transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie
diferente.
A característica de interesse será manifestada em decorrência:

(A) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.


(B) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
(C) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
(D) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
(E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.

Comentários:
O gene introduzido (DNA recombinante) no milho transgênico se liga ao material genético já
presente na célula e passa a ser transcrito e traduzido normalmente, o que faz com que sua
característica seja manifestada. Alternativa E.

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(ENEM – 2011)
Nos dias de hoje, podemos dizer que praticamente todos os seres humanos já ouviram em
algum momento falar sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos.
Porém, foi apenas em 1952, um ano antes da descrição do modelo do DNA em dupla hélice por
Watson e Crick, que foi confirmado sem sombra de dúvidas que o DNA é material genético. No
artigo em que Watson e Crick descreveram a molécula de DNA, eles sugeriram um modelo de
como essa molécula deveria se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram experimentos
utilizando isótopos pesados de nitrogênio que foram incorporados às bases nitrogenadas para
avaliar como se daria a replicação da molécula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo
sugerido por Watson e Crick, que tinha como premissa básica o rompimento das pontes de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de hidrogênio na


mesma, os experimentos realizados por Meselson e Stahl a respeito da replicação dessa molécula
levaram à conclusão de que:
(A) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-sintetizada e o
filamento parental é conservado.
(B) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA recém-sintetizado e
parentais em cada uma das fitas.
(C) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita parental e
uma recém-sintetizada.
(D) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de moléculas de DNA
parental.
(E) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma fita molde e uma
fita codificadora.

Comentários:
No processo de replicação do DNA, as DNA polimerases utilizam ambas as fitas como moldes.
Isso significa que as moléculas filhas serão compostas, cada uma, por uma fita parental e outra
recém sintetizada, o que confere a esse processo a característica de ser semiconservativa.
Alternativa C.

(ENEM – 2011)
Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou recentemente ter criado uma “célula
sintética”, uma bactéria chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma
sequência de nucleotídeos, que formam o único cromossomo dessa bactéria, o qual foi

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introduzido em outra espécie de bactéria, a Mycoplasma capricolum. Após a introdução, o


cromossomo da M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo artificial da M. mycoides
começou a gerenciar a célula, produzindo suas proteínas.
GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically synthesized Genome. Science, v.329, 2010
(adaptado).

A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade científica se deve à:


(A) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para serem usados como receptoras
de cromossomos artificiais.
(B) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida, utilizando substâncias como
carboidratos e lipídios.
(C) possibilidade de produção em massa da bacteria Mycoplasma capricolum para sua
distribuição em ambientes naturais.
(D) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou seres mais complexos para
produzir medicamentos, vacinas e combustíveis.
(E) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar suas proteínas na bactéria
sintética e estas serem usadas na indústria.

Comentários:
A engenharia genética consiste em manipular os genes e introduzi-los em outros organismos
de modo a fazer com que eles produzam certas substâncias como medicamentos, vacinas e
combustíveis. Na situação citada no enunciado da questão, todo o genoma de uma bactéria foi
substituído por outro. Alternativa D.

(ENEM – 2010)
Três dos quatro tipos de testes atualmente empregados para a detecção de príons patogênicos
em tecidos cerebrais de gado morto são mostrados nas figuras a seguir. Uma vez identificado
um animal morto infectado, funcionários das agências de saúde pública e fazendeiros podem
removê-lo do suprimento alimentar ou rastrear os alimentos infectados que o animal possa ter
consumido.

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Analisando os testes I, II e III, para a detecção de príons patogênicos, identifique as condições


em que os resultados foram positivos para a presença de príons nos três testes:
(A) Animal A, lâmina B e gel A.
(B) Animal A, lâmina A e gel B.
(C) Animal B, lâmina A e gel B.
(D) Animal B, lâmina B e gel A.
(E) Animal A, lâmina B e gel B.

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Comentários:
Príons são proteínas infectantes capazes de causar doenças como a Encefalopatia
Espongiforme Bovina (Doença da Vaca Louca). Os testes para rastrear a presença desses príons
consistem em: Teste I – retirar uma amostra do cérebro de uma vaca que tenha morrido e injetá-la
em camundongos. Caso houvesse a morte do camundongo, isso indicaria a presença de príons
patogênicos. Isso ocorreu no animal B. Teste II – aplicar anticorpos específicos para os príons sobre
a amostra de cérebro. Caso houvesse aglutinação do material, isso significaria a presença de príons.
Isso ocorreu na lâmina A. Teste III – tratar a amostra de cérebro com proteases (enzimas que
quebram proteínas) e submeter essa amostra a uma corrida em gel de agarose. Caso surgissem
bandas nos marcadores relativos aos príons, isso indicaria a sua presença. Isso ocorreu no gel B.
Alternativa C.

(ENEM – 2010 2ª Aplicação)


A utilização de células-tronco do próprio indivíduo (autotransplante) tem apresentado sucesso
como terapia medicinal para a regeneração de tecidos e órgãos cujas células perdidas não têm
capacidade de reprodução, principalmente em substituição aos transplantes, que causam muitos
problemas devidos à rejeição pelos receptores. O autotransplante pode causar menos problemas
de rejeição quando comparado aos transplantes tradicionais, realizados entre diferentes indivíduos.

Isso porque as
(A) células-tronco se mantêm indiferenciadas após sua introdução no organismo do receptor.
(B) células provenientes de transplantes entre diferentes indivíduos envelhecem e morrem
rapidamente.
(C) células-tronco, por serem doadas pelo próprio indivíduo receptor, apresentam material
genético semelhante.
(D) células transplantadas entre diferentes indivíduos se diferenciam em tecidos tumorais no
receptor.
(E) células provenientes de transplantes convencionais não se reproduzem dentro do corpo
do receptor.

Comentários:
Por serem células do próprio indivíduo e carregarem o mesmo material genético, as chances
de rejeição tornam-se muito menores do que se fossem utilizadas células de outra pessoa.
Alternativa C.

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(ENEM – 2009)
Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante
foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de
Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram
geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O
processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um terço do
tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio
a partir do pâncreas de animais abatidos.
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado).

A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência:

(A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno.


(B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.
(C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios.
(D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos.
(E) a criação de animais transgênicos.

Comentários:
A insulina é um hormônio necessário para a absorção de glicose pelas células humanas.
Pessoas com baixa produção desse hormônio desenvolvem uma doença chamada diabetes. A
produção de insulina por bactérias, que é uma síntese biológica e não química, representa um
impacto favorável na saúde desses indivíduos. Alternativa D.

(ENEM – 2009)
Uma vítima de acidente de carro foi encontrada carbonizada devido a uma explosão. Indícios,
como certos adereços de metal usados pela vítima, sugerem que a mesma seja filha de um
determinado casal. Uma equipe policial de perícia teve acesso ao material biológico
carbonizado da vítima, reduzido, praticamente, a fragmentos de ossos. Sabe-se que é possível
obter DNA em condições para análise genética de parte do tecido interno de ossos. Os peritos
necessitam escolher, entre cromossomos autossômicos, cromossomos sexuais (X e Y) ou
DNAmt (DNA mitocondrial), a melhor opção para identificação do parentesco da vítima com o
referido casal. Sabe-se que, entre outros aspectos, o número de cópias de um mesmo
cromossomo por célula maximiza a chance de se obter moléculas não degradadas pelo calor
da explosão.

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Com base nessas informações e tendo em vista os diferentes padrões de herança de cada
fonte de DNA citada, a melhor opção para a perícia seria a utilização:

(A) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada célula humana, há
várias cópias dessa molécula.
(B) do cromossomo X, pois a vítima herdou duas cópias desse cromossomo, estando assim
em número superior aos demais.
(C) do cromossomo autossômico, pois esse cromossomo apresenta maior quantidade de
material genético quando comparado aos nucleares, como, por exemplo, o DNAmt.
(D) do cromossomo Y, pois, em condições normais, este é transmitido integralmente do pai
para toda a prole e está presente em duas cópias em células de indivíduos do sexo feminino.
(E) de marcadores genéticos em cromossomos autossômicos, pois estes, além de serem
transmitidos pelo pai e pela mãe, estão presentes em 44 cópias por célula, e os demais, em apenas
uma.

Comentários:
O enunciado dá a dica ao dizer que o número de cópias de um mesmo cromossomo por célula
maximiza a chance de se obter moléculas não degradadas pelo calor da explosão. Se pensarmos
que, em uma célula, existem várias mitocôndrias e que os cromossomos nucleares só possuem um
par de cada tipo, isso indica que seria mais fácil utilizar o DNAmt. Alternativa A.

(ENEM – 2005)
A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela abaixo mostra como a
quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água
corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal.

Tipo de célula Quantidade de


água
Tecido nervoso – substância cinzenta 85%
Tecido nervoso – substância branca 70%
Medula óssea 75%
Tecido conjuntivo 60%
Tecido adiposo 15%
Hemácias 65%
Ossos (sem medula) 20%
(Fonte: L.C. Junqueira e J. Carneiro. Histologia Básica. 8. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.)

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Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório.
Enquanto intacta, essa amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a
água do tecido, a amostra passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma
amostra de:
(A) tecido nervoso – substância cinzenta.
(B) tecido nervoso – substância branca.
(C) hemácias.
(D) tecido conjuntivo.
(E) tecido adiposo.

Comentários:
Essa questão envolve conhecimentos sobre tecidos animais mas, na verdade, exige apenas
um raciocínio matemático do candidato. Assim, se o tecido pesava 200mg e após a retirada da água
passou a pesar 80mg, isso significa que havia 120mg de água nele. 120/200 = 0,6. Isso quer dizer
que 60% do tecido eram compostos por água, o que corresponde ao tecido conjuntivo. Alternativa
D.

(ENEM – 2005)
A Embrapa possui uma linhagem de soja transgênica resistente ao herbicida IMAZAPIR. A
planta está passando por testes de segurança nutricional e ambiental, processo que exige cerca
de três anos. Uma linhagem de soja transgênica requer a produção inicial de 200 plantas
resistentes ao herbicida e destas são selecionadas as dez mais “estáveis”, com maior
capacidade de gerar descendentes também resistentes. Esses descendentes são submetidos a
doses de herbicida três vezes superiores às aplicadas nas lavouras convencionais. Em seguida,
as cinco melhores são separadas e apenas uma delas é levada a testes de segurança. Os riscos
ambientais da soja transgênica são pequenos, já que ela não tem possibilidade de cruzamento
com outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de soja é de apenas 1%.
A soja transgênica, segundo o texto, apresenta baixo risco ambiental porque
(A) a resistência ao herbicida não é estável e assim não passa para as plantas-filhas.
(B) as doses de herbicida aplicadas nas plantas são 3 vezes superiores às usuais.
(C) a capacidade da linhagem de cruzar com espécies selvagens é inexistente.
(D) a linhagem passou por testes nutricionais e após três anos foi aprovada.
(E) a linhagem obtida foi testada rigorosamente em relação a sua segurança.

Comentários:

Aula 06 – Citologia III 69


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Como o próprio enunciado já diz: “Os riscos ambientais da soja transgênica são pequenos, já
que ela não tem possibilidade de cruzamento com outras plantas e o perigo de polinização cruzada
com outro tipo de soja é de apenas 1%.” Isso quer dizer que não há perigo dessa soja cruzar com
espécies selvagens, produzindo híbridos que poderiam se disseminar em ambientes igualmente
selvagens e provocar alterações nas características das populações naturais de soja. Alternativa C.

(ENEM – 2005)
Os transgênicos vêm ocupando parte da imprensa com opiniões ora favoráveis ora
desfavoráveis. Um organismo ao receber material genético de outra espécie, ou modificado da
mesma espécie, passa a apresentar novas características. Assim, por exemplo, já temos
bactérias fabricando hormônios humanos, algodão colorido e cabras que produzem fatores de
coagulação sanguínea humana.
O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores surrealistas mais importantes, deixou
obras enigmáticas.
Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo sobre os transgênicos, qual das obras
de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo com esse tema tão polêmico?

(A) (B) (C) (D) (E)

Comentários:
Os transgênicos são capazes de introduzir características de um ser vivo em outro, o que, de
maneira metafórica, poderia se comparar à figura do peixe com pernas humanas. Alternativa B.

(ENEM – 2003)
A biodiversidade é garantida por interações das várias formas de vida e pela estrutura
heterogênea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a
possibilidade de se preservarem espécies por meio da construção de “bancos genéticos” de
sementes, óvulos e espermatozoides.
Apesar de os “bancos” preservarem espécimes (indivíduos), sua construção é considerada
questionável do ponto de vista ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de
estratégia

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I. não preservaria a variabilidade genética das populações;


II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda desconhecidas;
III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.

Está correto o que se afirma em:


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Comentários:
Ao construir um banco genético, utiliza-se uma amostra de indivíduos de uma espécie que
nunca vão representar a variabilidade genética total presente nesse grupo, o que do ponto de vista
evolutivo é considerado um ponto questionável. Já do ponto de vista ecológico, é preciso considerar
que esses bancos genéticos não seriam capazes de representar as interações entre os indivíduos de
diferentes espécies e a influência dos fatores abióticos nos mesmos, ou seja, a heterogeneidade dos
ecossistemas. Por outro lado, não podemos dizer que as técnicas de preservação de embriões ainda
são desconhecidas. Com isso, as afirmativas I e III estão corretas. Alternativa C.

(ENEM – 1999)
A sequência abaixo indica de maneira simplificada os passos seguidos por um grupo de
cientistas para a clonagem de uma vaca:
I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo foi desprezado, obtendo-se um óvulo anucleado.
II. Retirou-se uma célula da glândula mamária da vaca W. O núcleo foi isolado e conservado,
desprezando-se o resto da célula.
III. O núcleo da célula da glândula mamária foi introduzido no óvulo anucleado. A célula
reconstituída foi estimulada para entrar em divisão.
IV. Após algumas divisões, o embrião foi implantado no útero de uma terceira vaca Y, mãe de
aluguel. O embrião se desenvolveu e deu origem ao clone.

Considerando-se que os animais Z, W e Y não têm parentesco, pode-se afirmar que o animal
resultante da clonagem tem as características genéticas da vaca:
(A) Z, apenas.
(B) W, apenas.

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(C) Y, apenas.
(D) Z e da W, apenas.
(E) Z, W e Y.

Comentários:
O animal resultante da clonagem terá as características daquele que forneceu a ele o material
genético contido no núcleo. Esse animal foi a vaca W. Alternativa B.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na próxima aula vamos iniciar o estudo da Fisiologia Humana, com os sistemas digestório,
respiratório, circulatório e urinário. Até a próxima e bom estudo!

www.facebook.com/danielreisbio

www.youtube.com/oreisdabiologia

@oreisdabiologia

Abraço,
Professor Daniel Reis.

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REFERÊNCIAS
Bibliografia:
AMABIS & MARTHO. Biologia. São Paulo: Editora Moderna, 2010, Vol. 1.
CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo: Editora Ática, 2014, Vol. 1.
PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A ciência da biologia. Porto Alegre:
Artmed Editora, 2002, Vol. 1.
STARR, C.; EVERS, C.; STARR, L. Biology: Concepts and Applications Without Physiology, Ninth
Edition. Cengage Learning, 2013.

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