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Aula 05 - Moléculas, células e tecidos

Biologia p/ ENEM 2016


Professor: Daniel dos Reis Lopes
Biologia para o ENEM
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Fig. 01: O ciclo celular.

Podemos ver, na figura 01, que a intérfase é dividida em 3 fases: G1,


S e G2 e que a fase mitótica inclui a mitose propriamente dita (a divisão do
material genético) e a citocinese (divisão do citoplasma). Veremos a seguir,
os principais eventos das etapas da intérfase e, posteriormente, trataremos
da divisão celular.

Fase G1
A letra G dessa fase (e também da G2) vem da palavra inglesa gap,
que significa intervalo. Assim, é como se as fases G1 e G2 fossem intervalos
entre a fase S e a fase mitótica. Isso pode levar à impressão de que nada
acontece durante esses períodos, mas é preciso lembrar que é justamente
durante a intérfase que a célula vai realizar todas as suas atividades
metabólicas, crescer e expressar seu material genético através da produção
de RNA e proteínas. São exatamente essas as atividades desenvolvidas
pelas células durante a fase G1 da intérfase.

Fase S
A letra S significa síntese, pois é nessa fase que ocorrerá a duplicação
dos cromossomos, a síntese de histonas (proteínas que atuam no
enrolamento do DNA) e a duplicação dos centríolos nas células animais,

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organelas que vão orientar a formação do fuso mitótico. Antes de


passarmos à fase G2, precisamos ver como ocorre a duplicação dos
cromossomos.

Duplicação do DNA
Para que uma célula possa se dividir sem que haja perda de informação
genética, é preciso que antes ela duplique os seus cromossomos. Isso
ocorre na fase S da intérfase. Cada cromossomo é composto por uma longa
molécula de DNA associada a proteínas. Como vimos na aula 04, durante a
intérfase, os cromossomos encontram-se pouco condensados (cromatina)
e não é possível visualizá-los individualmente. As células eucariontes
possuem variados números cromossomiais, característico de cada espécie.
O ser humano, por exemplo, apresenta 46 cromossomos dispostos em
pares. Já as células procariontes, como a das bactérias, apresentam apenas
um único cromossomo circular que também é duplicado antes que ocorra a
divisão celular.
Para compreender o processo de duplicação do DNA, é preciso lembrar
da estrutura dessa molécula. Assim, é interessante que você já tenha
estudado a aula 03 e esteja familiarizado com esse assunto. Você deve se
lembrar, portanto, que o DNA é formado por uma dupla hélice composta
por 2 fitas que são complementares e antiparalelas. Assim, enquanto uma
se orienta no sentido 5’ – 3’, a outra está orientada no sentido 3’ – 5’. O
processo de duplicação do DNA depende de várias enzimas, sendo que a
principal é a DNA-polimerase. É ela que vai efetivamente adicionar os
nucleotídeos às novas fitas de DNA que serão sintetizadas. Um detalhe
importante é que a DNA-polimerase só consegue adicionar nucleotídeos à
ponta 3’ livre de uma fita de DNA, o que faz com que apenas uma delas
seja sintetizada de modo contínuo. A outra fita, que está orientada no
sentido inverso, será sintetizada de modo descontínuo, ou seja, um
fragmento de cada vez, conforme mostra a figura 03. Isso garante que o
sentido da duplicação dos cromossomos seja sempre o 5’ – 3’ e que ambas
as fitas sejam duplicadas ao mesmo tempo.

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Fig. 02: Na duplicação do DNA, a enzima DNA-polimerase só adiciona novos nucleotídeos à


extremidade 3’ da fita em crescimento.

Fig. 03: A duplicação do DNA envolve várias enzimas. A fita descontínua é duplicada de maneira
fragmentada, devido à limitação da DNA-polimerase em adicionar nucleotídeos apenas à extremidade
3’ livre.

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Cada fita do DNA servirá de molde para uma nova fita a ser sintetizada.
Assim, após uma rodada de duplicação (ou replicação), a partir de uma
molécula original, são formadas duas novas moléculas, contendo uma fita
da molécula antiga e outra recém-sintetizada. Por isso a duplicação do DNA
é chamada de semiconservativa, uma vez que conserva, em cada
molécula filha, metade da molécula original.

Fig. 04: A replicação do DNA é semiconservativa. Em azul, as fitas correspondentes à molécula


original e em rosa as fitas recém-sintetizadas.

Após a duplicação do DNA, as duas novas moléculas ficam unidas e


cada uma delas forma uma das cromátides-irmãs de um cromossomo. A
separação dessas cromátides, durante a mitose, garante que as células
filhas tenham o mesmo conjunto de cromossomos e, consequentemente,
de genes, que a célula originam possuía.

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Fig. 05: Após a duplicação dos cromossomos, as cromátides-irmãs ficam unidas.

Fase G2
Durante o segundo gap, a célula continua crescendo e expressando seu
material genético, mas agora, pela proximidade da divisão celular, ela passa
a adotar medidas preparatórias para a mitose, como a síntese dos
microtúbulos que formarão o fuso mitótico. É esse fuso que vai orientar a
separação dos cromossomos durante a mitose. Nessa etapa ainda não é
possível visualizar os cromossomos individualmente, pois eles ainda estão
pouco condensados na forma de cromatina.

Com a duplicação dos cromossomos na fase S da intérfase e a posterior


divisão celular, há uma variação na quantidade de DNA presente nas
células, dependendo da fase do ciclo celular em que ela se encontra. Se
consideramos x como o valor para a quantidade de DNA antes da duplicação
dos cromossomos, ao fim da fase S, essa quantia terá sido duplicada se
tornando 2x. Ela permanecerá assim até o fim da mitose, quando as células

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PRÓFASE
Ao iniciar a divisão mitótica, os cromossomos já se encontram
duplicados pois esse processo ocorre na fase S da intérfase. As cromátides-
irmãs estão unidas por uma região do cromossomo chamada centrômero.
É na prófase que eles começam a se condensar e isso leva à
interrupção dos processos de transcrição, já que as RNA-polimerases não
são capazes de atuar no DNA condensado. Isso leva também ao
desaparecimento dos nucléolos. Com essa compactação do material
genético, os cromossomos passam a ser visíveis ao microscópio óptico. As
fibras do fuso mitótico começam a surgir a partir dos centríolos e isso faz
com que cada par dessas estruturas migre em direção a polos celulares
opostos.

Fig. 06: Prófase. À esquerda, uma micrografia de célula vegetal durante essa fase da mitose.

No fim da prófase, a carioteca se fragmenta e isso possibilita que as


fibras do fuso mitótico se liguem aos centrômeros dos cromossomos.

METÁFASE
É na metáfase que os cromossomos atingem o grau máximo de
compactação, sendo mais visíveis. Essa é também a etapa mais demorada
de mitose. Os centríolos já estão posicionados nos polos opostos da célula
e a organização do fuso mitótico posiciona os cromossomos na região
mediana do citoplasma que é chamada placa metafásica ou placa
equatorial.
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Fig. 07: Metáfase. À esquerda, uma micrografia de célula vegetal durante essa fase da mitose.

ANÁFASE
Nessa fase, que é a mais rápida da mitose, o encurtamento das fibras
do fuso mitótico leva à separação das cromátides-irmãs. Esse processo
garante que as duas novas células geradas na mitose terão exatamente o
mesmo número e o mesmo tipo de cromossomos da célula original.

Fig. 08: Anáfase. À esquerda, uma micrografia de célula vegetal durante essa fase da mitose.

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TELÓFASE
Nessa que é a última fase da mitose, os cromossomos voltam a ficar
pouco condensados e a carioteca reaparece. Os nucléolos também voltam
a aparecer devido ao retorno das atividades de transcrição do DNA para
formar RNA ribossomal. Com a conclusão da divisão do núcleo, na maioria
dos casos, as células realizam a divisão do citoplasma chamada citocinese.

Fig. 09: Telófase. À esquerda, uma micrografia de célula vegetal durante essa fase da mitose já
evidenciando o início da citocinese com a formação da placa celular.

CITOCINESE
Normalmente a citocinese começa a ocorrer junto com a telófase. É
esse o processo que vai separar os citoplasmas das novas células, fazendo
com que elas se tornem individualizadas. Isso ocorre de maneira diferente
em células animais e em células vegetais.
Nos animais o citoplasma é estrangulado de fora para dentro até que
as duas novas células se separem. Por isso, dizemos que a citocinese nos
animais é centrípeta.

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indivíduos geneticamente diferentes daqueles que os originaram. Isso gera


a tão importante variabilidade necessária para os processos evolutivos.
Além disso, a meiose se diferencia da mitose pois ela produz quatro
células a partir de uma única célula, ao invés das duas produzidas na
mitose. Essas quatro células são todas diferentes entre si, devido à
permuta genética e à segregação independente dos cromossomos
homólogos. Outra característica da meiose é que ela gera células com a
metade do número de cromossomos da célula original. Para entender isso,
é preciso saber o que é a ploidia das células.

Ploidia das Células


A ploidia de uma célula refere-se ao número de cromossomos de um
mesmo tipo que formam o seu material genético nuclear. Quando uma
célula possui apenas um exemplar de cada cromossomo, ela é chamada de
haploide (n). Já uma célula diploide (2n) possui dois cromossomos de
cada tipo, que formam pares homólogos. Dizemos que esses pares são
homólogos porque eles carregam os mesmos tipos de genes. No entanto,
podem haver variações desses genes em cada um dos cromossomos que
formam o par. Usando como exemplo o ser humano, para cada par de
homólogos, recebemos um cromossomo do nosso pai e outro da nossa mãe.

Assim, durante a meiose, uma célula diploide tem sua quantidade de


cromossomos dividida à metade e origina quatro células haploides. Para
isso, a célula sofre duas divisões celulares seguidas. Na primeira divisão
meiótica, ocorre a separação dos cromossomos homólogos e na
segunda divisão meiótica, que é muito parecida com a mitose, ocorre a
separação das cromátides-irmãs. Veremos a seguir os principais
eventos das fases das duas divisões meióticas.

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Fig. 12: Uma célula diploide hipotética composta por 3 pares de cromossomos homólogos.

PRIMEIRA DIVISÃO MEIÓTICA (DIVISÃO REDUCIONAL)


É constituída pela Prófase I, Metáfase I, Anáfase I e Telófase I. A
redução do número de cromossomos acontece durante essa divisão e por
isso ela é chamada de reducional.

Prófase I
Nessa fase, assim como na prófase da mitose, os cromossomos
começam a se condensar, os nucléolos desaparecem, os centríolos migram
em direção aos polos celulares e a carioteca se quebra. No entanto, o evento
mais significativo dessa fase é o pareamento dos cromossomos
homólogos, que podem trocar fragmentos entre si no processo de
permutação ou Crossing-over. Isso é responsável por um grande
aumento na variabilidade genética apresentada pelos gametas e esporos
produzidos, uma vez que mistura os cromossomos paternos com os
maternos gerando novas combinações genéticas.

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Fig. 13: Na prófase I da meiose ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos e a troca de
fragmentos entre eles.

Fig. 14: Uma visão mais detalhada do processo de permutação ou crossing-over.

Metáfase I
Os cromossomos atingem o grau máximo de espiralização e a
organização do fuso mitótico posiciona os pares de homólogos ainda unidos
na placa metafásica.

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Fig. 15: Na metáfase I os pares de cromossomos homólogos se posicionam na região mediana da


célula.

Anáfase I
O encurtamento das fibras do fuso causa a segregação (separação) dos
cromossomos homólogos. Essa segregação é feita de forma
independente, ou seja, cada uma das células terá uma combinação
diferente de cromossomos paternos e maternos. Isso ocorre de maneira
aleatória e contribui para a variabilidade genética das células produzidas.
Isso, somado à permutação, tem a capacidade de gerar um número quase
infinito de diferentes gametas ou esporos.

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Fig. 16: Na anáfase I ocorre a segregação dos cromossomos homólogos.

Telófase I
Nessa fase, ocorre o reaparecimento da carioteca e a os cromossomos
se desespiralizam mas não completamente. Ao mesmo tempo, as duas
células formadas se separam na citocinese.

Fig. 17: Na telófase I, as novas cariotecas reaparecem e segue-se a citocinese.

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Entre a primeira e a segunda divisão meióticas, há um intervalo


chamado intercinese que é semelhante à intérfase. No entanto, não há
nova duplicação dos cromossomos, uma vez que eles ainda se encontram
duplicados e com suas cromátides unidas. É importante lembrar que, devido
ao processo de permutação, as cromátides-irmãs podem não ser mais
idênticas nesse momento.

SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA (DIVISÃO EQUACIONAL)


Essa divisão é muito semelhante à mitose, pois nela vai ocorrer a
separação das cromátides-irmãs, durante a Anáfase II. Suas fases também
são as mesmas, apenas acompanhadas pelo número II após seu nome:
Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.

Fig. 18: Prófase II – cromossomos se condensam e carioteca se quebra; Metáfase II –


cromossomos dispostos na placa metafásica ou equatorial.

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Fig. 19: Anáfase II – separação das cromátides-irmãs; Telófase II – reaparecimento das cariotecas
e desempacotamento do DNA.

Assim, ao final das duas divisões meióticas, uma célula diploide terá
dado origem a quatro células haploides, cada uma com metade do número
de cromossomos da célula original.
O esquema abaixo resume e dá uma visão geral de todo o processo.

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Fig. 20: Resumo da meiose.

É interessante comentar também que a duração da meiose é muito


maior do que a da mitose. Enquanto a mitose dura cerca de uma a duas
horas para ser concluída, a meiose levar cerca de um mês na formação dos
espermatozoides humanos e muitas décadas na formação dos óvulos, de
acordo com a liberação deles durante a ovulação mensal nas mulheres.

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diversas glândulas presentes no nosso corpo. Temos, assim, dois tipos de


epitélios:
 De revestimento
 Glandular ou de secreção
De maneira geral, os epitélios se caracterizam por terem pouca
substância intercelular. Assim, suas células estão muito próximas e unidas,
o que é importante para manter a coesão desses tecidos. Os epitélios
também não apresentam vasos sanguíneos e, devido a isso, sempre
aparecem associados a tecidos conjuntivos, que vão suprir suas
necessidades de nutrientes e gases e também captar os seus produtos de
excreção. É por isso, que se você cortar apenas as camadas mais
superficiais da sua pele, esse corte não sangrará. No entanto, se a lesão
atingir o tecido conjuntivo abaixo do epitelial, aí sim haverá sangramento.
Isso também explica porque a pele não é considerada um tecido e sim um
órgão. Na verdade, ela é composta por mais de um tecido, entre os quais
se inclui o epitelial.
Os epitélios de revestimento estão presentes não só na pele, mas
também formando as chamadas mucosas, como a que reveste o tubo
digestivo, o sistema respiratório, o sistema excretor e também os vasos
sanguíneos. Suas células podem apresentam especializações nas
membranas como microvilosidades que aumentam a superfície de trocas
de substâncias com o meio extracelular, e também como os cílios, que
possuem papel importante na remoção de partículas nocivas às células. As
microvilosidades aparecem, por exemplo, nas células do intestino delgado
e os cílios aparecem nas células da traqueia. De acordo com a organização
em camadas e também o formato das células, os epitélios de revestimento
são classificados em diversos tipos, conforme a imagem abaixo.

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Fig. 21: Tipos de epitélios de revestimento

Os epitélios glandulares formam as glândulas, que são estruturas de


função secretora. Elas produzem substâncias que serão liberadas e
utilizadas fora das células que as produziram. Existem 3 tipos de glândulas:
 Exócrinas: liberam suas secreções para fora do corpo ou no
interior de cavidades como a digestiva. Exemplos: glândulas
sudoríparas, sebáceas, salivares, lacrimais e mamárias.
 Endócrinas: liberam suas secreções (hormônios) na corrente
sanguínea. Exemplos: testículos, ovários, tireoide, adrenais e
hipófise.
 Mistas: liberam secreções no sangue e também nas cavidades
abertas. Exemplo: pâncreas, pois libera o suco pancreático no
duodeno e libera os hormônios insulina e glucagon na corrente
sanguínea.

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Fig. 22: Tipos de glândulas.

Tecidos Conjuntivos
De forma geral, os tecidos conjuntivos se diferenciam dos epitélios por
possuírem muita substância intercelular, rica em fibras. Eles se dividem em
vários tipos e cada um deles tem suas funções específicas principalmente
ligadas ao preenchimento, sustentação e nutrição de outros tecidos. Entre
eles incluem-se:
 Tecido conjuntivo propriamente dito: sustenta e nutre
tecidos sem vascularização, como os epitélios. Apresenta ampla
variedade de fibras que ajudam a dar resistência e forma à sua
estrutura. Forma também os ligamentos e os tendões.
 Tecido adiposo: As células adiposas acumulam gotículas de
gorduras que servem como reserva energética nos animais. Além
disso, atuam como isolante térmico e protegem diversos órgãos
contra choques mecânicos.
 Tecido cartilaginoso: a natureza das fibras e outras
substâncias que compõem a matriz extracelular fornece firmeza
e, ao mesmo tempo, flexibilidade a esse tecido. Está presente no
nariz, nas orelhas, nas articulações e entre as vértebras,
diminuindo o atrito entre elas. Também é o componente principal
dos esqueletos de animais como os tubarões e raias.

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 Tecido ósseo: forma a estrutura dos ossos, que têm como


funções sustentar o corpo, apoiar os músculos possibilitando os
movimentos e proteger órgãos importantes como o cérebro, os
pulmões e o coração. Sua matriz extracelular é caracterizada
pela presença de sais, principalmente o fosfato de cálcio, que
fornece a rigidez marcante desse tecido. Alguns ossos possuem,
no seu interior, a chamada medula óssea (tutano), onde ocorre
a produção das células do sangue.
 Tecido hematopoiético: inclui a medula óssea, responsável
pela produção das células do sangue e o tecido linfático, que
compõe diversos órgãos com funções no sistema imunológico,
como o baço, o timo e os linfonodos. Falaremos melhor sobre o
sangue quando estudarmos o sistema circulatório humano.

Fig. 23: Diversos tipos de tecidos conjuntivos. O tecido frouxo e o fibroso são variações do tecido
conjuntivo propriamente dito.

Tecido Muscular
Apresenta células capazes de se contrair, provocando movimentos,
chamadas fibras musculares ou miócitos. Essa contração acontece

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devido a movimentos de proteínas chamadas miofibrilas localizadas no


citoplasma dessas células. Existem três tipos de tecidos musculares:
 Tecido muscular estriado esquelético: compõem a
musculatura sobre a qual temos controle, ou seja, sua contração
é voluntária. A maioria aparece ligada aos ossos e está ligada à
movimentação corporal. Suas células são multinucleadas e a
organização das fibrilas faz com que apareçam faixas escuras e
claras intercaladas. Por isso o nome de músculo estriado. Esse
tecido é capaz de sofrer contrações rápidas e fortes.
 Tecido muscular estriado cardíaco: como o nome já diz, esse
tecido forma a musculatura do coração. Suas contrações são
involuntárias, rápidas e ritmadas. Suas células são
mononucleadas e também apresentam estrias devido à
disposição das miofibrilas.
 Tecido muscular liso (não estriado): suas contrações são
involuntárias e lentas. É responsável pela movimentação dos
alimentos no interior do tubo digestivo (peristaltismo),
movimentos respiratórios, regular o calibre dos vasos sanguíneos
e controlar a liberação de diversas substâncias. Também é
responsável pelas contrações uterinas e pelo controle do
diâmetro da pupila. Suas células são mononucleadas e sem
estrias.

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Fig. 24: Os três tipos de tecidos musculares.

A contração muscular depende principalmente de duas miofibrilas


chamadas actina e miosina. É o movimento relativo entre essas duas
proteínas que faz com que ocorra o encurtamento das fibras musculares
durante a contração. Quanto mais uma pessoa utiliza determinados grupos
musculares, maior é a quantidade dessas miofibrilas nas células, o que
aumenta o diâmetro muscular e a sua capacidade de realizar trabalho.

Tecido Nervoso
O tecido nervoso tem a capacidade de receber, armazenar, traduzir e
transmitir informações das mais diversas origens e para os mais diversos
destinos nos organismos dos animais. Suas células são os neurônios e as
células da glia. Neurônios são células extremamente especializadas
compostas por um corpo celular, onde está a maior parte do citoplasma e
o núcleo; os dendritos, que são ramificações ligadas ao corpo celular
através das quais os impulsos nervosos chegam vindos de outros

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neurônios; o axônio, que é um grande prolongamento da célula, onde se


localiza o telodendro, formado por ramificações através das quais os
impulsos nervosos são passados para outros neurônios, músculos ou
glândulas.

Fig. 25: Estrutura do neurônio e direção do impulso nervoso.

As células da glia não são capazes de transmitir impulsos nervosos,


mas são fundamentais para a nutrição e para a defesa dos neurônios. São
elas que sintetizam a chamada bainha de mielina, que envolve os axônios
de neurônios nos vertebrados, fazendo com que o impulso nervoso viaje
muito mais rapidamente.

Esses quatro tipos principais de tecidos animais se combinam para


formar os vários órgãos que compõem esses organismos, conforme
podemos ver na imagem abaixo.

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Fig. 26: Uma visão geral dos tecidos animais.

TECIDOS VEGETAIS
Os tecidos adultos vegetais dividem-se em três sistemas: o sistema
dérmico, o sistema vascular e o sistema fundamental. As células
desses sistemas são formadas, quando o vegetal cresce, através da
diferenciação dos tecidos meristemáticos.
Os meristemas estão localizados nas extremidades da raiz e dos caules
(meristemas apicais), e no interior do caule e da raiz (meristemas
secundários) de vegetais mais derivados como as gimnospermas e parte
das angiospermas. Os meristemas apicais estão relacionados ao
crescimento em comprimento dos ramos e raízes enquanto os meristemas
secundários estão relacionados ao crescimento em espessura.

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Fig. 27: Localização e tipos de meristemas.

Sistema Dérmico
O sistema dérmico é composto por tecidos de revestimento e proteção
dos vegetais. A epiderme reveste externamente praticamente toda a
planta e regula a entrada e a saída de gases e também controla a perda de
água pela presença de uma substância impermeabilizante chamada
cutícula, que é uma cera. O fluxo de gases é controlado por estruturas
chamadas estômatos, que são compostos por um par de células-guarda,
entre as quais existe uma abertura por onde o ar passa. A planta precisa
regular a abertura e o fechamento dos estômatos, pois quando estão
abertos, água é perdida pela transpiração.

Fig. 28: Um estômato aberto, formado por duas células-guardas.

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Enquanto a epiderme é formada por células vivas, outro tecido do


sistema dérmico, chamado súber é composto por células mortas
impregnadas por um lipídio chamado suberina. O súber aparece no caule
e raiz de plantas lenhosas, como uma proteção secundária e é a partir dele
que é feita a cortiça.

Sistema Vascular
O sistema vascular é constituído por dois tecidos: xilema (vasos
lenhosos) e floema (vasos liberianos). Eles são os chamados vasos
condutores de seiva e são responsáveis pelo transporte de substâncias
através da estrutura do vegetal. Esses vasos condutores estão presentes
em todos os grandes grupos de vegetais, com exceção das briófitas, que
são plantas avasculares.
O xilema é formado por dois tipos de células: as traqueídes e os
elementos de vaso (apenas nas angiospermas). Essas células, após sua
diferenciação completa, morrem e deixam somente sua parede celular
formada por celulose e impregnada por lignina. Tanto as traqueídes quanto
os elementos de vaso são interconectados com as células adjacentes,
formando assim tubos que permitem a passagem de água e sais minerais
vindos da raiz e que serão distribuídos por toda a planta. Essa solução que
flui pelo xilema é a chamada seiva bruta. O xilema atua também na
sustentação da planta.

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Fig. 29: Dois tipos de células que compõem o xilema.

O floema é responsável pelo transporte da seiva elaborada, que é


composta principalmente por água e carboidratos produzidos nos tecidos
fotossintetizantes e que serão distribuídos pela planta para consumo ou
armazenamento. Sua localização no caule do vegetal é mais externa do que
a do xilema e suas células, que permanecem vivas após sua diferenciação,
são chamadas de tubos crivados.

Fig. 30: Os tubos crivados são células pertencentes ao floema.

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Sistema Fundamental
O sistema fundamental inclui os tecidos de sustentação,
armazenamento e fotossintetizantes. Inclui o parênquima, o colênquima
e o esclerênquima.
Os parênquimas podem conter células responsáveis pela realização da
fotossíntese, principalmente nas folhas, e dotadas de numerosos
cloroplastos. Existem também parênquimas de armazenamento que podem
manter reservas de amido e lipídeos.

Fig. 31: Corte transversal de uma folha mostrando tecidos do sistema dérmico (epiderme),
vascular (xilema e floema) e fundamental (parênquima). Os parênquimas da folha formam o
chamado mesofilo.

Os colênquimas são tecidos de sustentação flexíveis. Suas células


costumam ser alongadas e suas paredes celulares possuem espessamento
de celulose. Estão presentes nas partes jovens da planta e permitem que
essas estruturas se dobrem ao vento sem se partirem.

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Fig. 32: Células de colênquima mostrando seus espessamentos de celulose.

O esclerênquima é outro tecido de sustentação das plantas, mas suas


células, ao contrário das do colênquima, não estão vivas e são muito mais
rígidas. É composto por fibras e esclereídes, que podem estar reunidas
em feixes dando suporte aos vegetais. Estão presentes em caules lenhosos,
sementes e frutos rígidos como as nozes.

Fig. 33: Tipos celulares presentes no esclerênquima.

De maneira geral, os tecidos estudados se distribuem na estrutura de


um vegetal de acordo com a imagem abaixo.

Fig. 34: Distribuição dos sistemas de tecidos vegetais.

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Fig. 35: Células-tronco embrionárias são menos diferenciadas do que as células-tronco adultas.

A utilização de células-tronco embrionárias é, no entanto, cercada de


discussões éticas, uma vez que existem pessoas que consideram o embrião
como um indivíduo portador de direitos e que merece viver. Por outro lado,
grande parte dos embriões utilizados na extração de células-tronco são
aqueles que já seriam descartados em clínicas de fertilização in vitro.
Para evitar a rejeição de um tecido produzido a partir de células-tronco,
uma alternativa é substituir seu material genético pelo da pessoa que
receberá o implante dessas células. Isso caracteriza um tipo de clonagem
chamado clonagem terapêutica, que veremos a seguir.

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CLONAGEM
A clonagem é um processo que ocorre naturalmente em organismos
que realizam reprodução assexuada, como bactérias e várias espécies de
plantas. Ela se caracteriza pela produção de organismos geneticamente
idênticos ao original, ou seja, pela produção de clones. A clonagem pode,
por outro lado, ser realizada artificialmente pelo ser humano, de modo a
multiplicar células ou organismos inteiros que possuam características de
algum interesse que pode ser terapêutico, industrial ou relacionado à
produção de alimentos. Clones de plantas são facilmente obtidos a partir de
mudas, por exemplo. Já clones de animais necessitam de um processo mais
complexo.
O clone animal mais famoso foi a ovelha Dolly, produzida em 1996.
Basicamente o processo consiste em transplantar o núcleo de uma célula
do animal a ser clonado para o lugar do núcleo de um óvulo que é
implantado no útero de uma mãe de aluguel. O clone, portanto, possui as
características do indivíduo que forneceu o núcleo, e não daquele que
forneceu o óvulo e muito menos da mãe de aluguel.

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Fig. 36: Processo pelo qual a ovelha Dolly foi produzida.

A clonagem realizada para fins de reprodução é a chamada clonagem


reprodutiva e pode ser usada, por exemplo, para multiplicar animais que
são bons produtores de leite. Já a clonagem terapêutica consiste na
produção de tecidos e órgãos para transplante. Isso pode ser realizado pela
utilização de células-tronco e a sua multiplicação para formar os tecidos
necessários.
Há ainda a possibilidade de unir a clonagem à produção de organismos
geneticamente modificados – os transgênicos, sobre os quais falaremos a
seguir.

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DNA RECOMBINANTE E TRANSGÊNICOS


A partir de processos laboratoriais, é possível misturar o DNA de
organismos diferentes, produzindo novas moléculas que passam a ser
chamadas de DNA recombinante. Com isso, os cientistas podem
introduzir genes capazes de produzir substâncias para diversos fins em
organismos de fácil reprodução como as bactérias e obter essas substâncias
em escala comercial. É o caso, por exemplo, da insulina.
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e fundamental para
que a glicose entre nas células do corpo humano. A ausência desse
hormônio provoca a doença chamada diabetes e as pessoas portadoras
precisam injetar doses regulares desse hormônio. A introdução do gene que
codifica a insulina em bactérias, através da tecnologia do DNA
recombinante, faz com que esses organismos passem a produzir insulina
que pode então ser utilizada no tratamento dos diabéticos. Outros
medicamentos também podem ser produzidos dessa forma, assim como
determinadas vacinas como a da hepatite B.

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Fig. 37: Exemplos de utilização da tecnologia do DNA recombinante.

Esses organismos portadores de moléculas de DNA recombinante são


chamados de organismos geneticamente modificados, também
conhecidos como transgênicos. As plantas transgênicas são especialmente
famosas devido às discussões geradas sobre o seu uso. A tecnologia do DNA
recombinante para produção de transgênicos possibilita a obtenção de
organismos com características que, caso fossem geradas por mutações
aleatórias no material genético, demorariam muito tempo para surgirem.
As plantas transgênicas podem ter sido modificadas para que sejam
resistentes a determinados herbicidas ou ainda para que cresçam mais
rápido, produzam frutos e sementes maiores, floresçam mais vezes ao ano
etc. Essa manipulação genética, por si só, não é capaz de causar nenhum
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dano à saúde dos seres humanos, apesar de muitas pessoas evitarem o


consumo desses produtos.

Fig. 38: Exemplos de plantas transgênicas. A: arroz transgênico com pigmento -caroteno,
convertido em vitamina A pelos seres humanos; B: arroz sem o transgene; C: tomate transgênico
tolerante a sal colocado em solo salino; D: tomate sem o transgene em solo salino.

IDENTIFICAÇÃO POR DNA


Cada ser humano é portador de um conjunto de genes únicos, a não
ser que possua um (ou mais) gêmeos monozigóticos (idênticos). Assim, é
possível utilizar o DNA para a identificação de um indivíduo em diversas
situações como testes de paternidade, investigações criminais e na
identificação de restos mortais.
As regiões do DNA utilizadas para a identificação de indivíduos são,
normalmente, extremamente variáveis (regiões polimórficas). Isso tem
lógica, afinal se as regiões tivessem a mesma sequência de nucleotídeos na
maioria da população, não seria possível diferenciar um indivíduo do outro.
Essas regiões podem ser extraídas de cromossomos nucleares ou também
do DNA mitocondrial. É importante lembrar que as mitocôndrias são
herdadas através da linhagem materna, então o seu DNA mitocondrial é o
mesmo da sua mãe, da sua avó materna, da sua bisavó materna e assim
sucessivamente (descartando as mutações obviamente).
Na cena de um crime, é possível extrair o DNA dos glóbulos brancos
de uma mancha de sangue por exemplo (hemácias são anucleadas e por
isso não possuem DNA). Esperma, saliva e células da pele também podem
ser usados para a identificação de uma pessoa.

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A amostra de material biológico é então tratada para que as


membranas celulares sejam quebradas e o DNA possa ser isolado. Esse
material genético é, normalmente, copiado diversas vezes por um processo
chamado PCR (reação em cadeia da polimerase) em que basicamente
ocorre um processo muito acelerado de replicação do DNA em laboratório.
Isso facilita a detecção e a visualização desse material genético em outros
testes como na eletroforese em gel.
A eletroforese consiste em colocar as amostras de DNA em um gel
ligado a uma corrente elétrica. As amostras são colocadas próximas ao polo
negativo e são atraídas pelo polo oposto, fazendo com que elas “corram”
no gel. Fragmentos menores correm mais do que os maiores e isso gera um
padrão de bandas de diferentes tamanhos que podem ser comparados com
um padrão para identificação.

Fig. 39: Funcionamento da eletroforese em gel.

Na identificação de paternidade são colocadas amostras de DNA


nuclear do filho e dos pais e, após a eletroforese é possível comparar seus
padrões de bandas. A presença de uma banda escura na amostra do bebê
tem que ser verificada também na mãe ou no pai, uma vez que a criança

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pode herdá-la de um ou de outro. Por outro lado, a presença de uma banda


escura na amostra do filho e a ausência dessa banda na mãe e no pai podem
indicar que não há relação de parentesco entre os indivíduos em questão.

Fig. 40: No gel de cima estão as amostras da mãe, à esquerda e do pai, à direita. O gel de baixo
contém a amostra do descendente, que corresponde com o padrão visto nos pais.

Os testes de identificação por DNA, apesar de muito eficazes, não são


100% garantidos. É possível que, dependendo das regiões analisadas do
DNA, o resultado não represente a realidade. Por isso, em investigações
criminais, esses testes não são usados sozinhos como material para
incriminar alguém.

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(D) II e III, apenas.


(E) I, II e III.

3. (ENEM – 2005 Amarela Q22) A água é um dos componentes mais


importantes das células. A tabela abaixo mostra como a quantidade de água
varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água
corresponde a 70% da composição química de um indivíduo normal.

Tipo de célula Quantidade de


água
Tecido nervoso – substância cinzenta 85%
Tecido nervoso – substância branca 70%
Medula óssea 75%
Tecido conjuntivo 60%
Tecido adiposo 15%
Hemácias 65%
Ossos (sem medula) 20%
(Fonte: L.C. Junqueira e J. Carneiro. Histologia Básica. 8. ed., Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1985.)
Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em
um laboratório. Enquanto intacta, essa amostra pesava 200 mg. Após
secagem em estufa, quando se retirou toda a água do tecido, a amostra
passou a pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma
amostra de:
(A) tecido nervoso – substância cinzenta.
(B) tecido nervoso – substância branca.
(C) hemácias.
(D) tecido conjuntivo.
(E) tecido adiposo.

4. (ENEM – 2005 Amarela Q37) A Embrapa possui uma linhagem de soja


transgênica resistente ao herbicida IMAZAPIR. A planta está passando por
testes de segurança nutricional e ambiental, processo que exige cerca de
três anos. Uma linhagem de soja transgênica requer a produção inicial de
200 plantas resistentes ao herbicida e destas são selecionadas as dez mais
“estáveis”, com maior capacidade de gerar descendentes também
resistentes. Esses descendentes são submetidos a doses de herbicida três
vezes superiores às aplicadas nas lavouras convencionais. Em seguida, as
cinco melhores são separadas e apenas uma delas é levada a testes de
segurança. Os riscos ambientais da soja transgênica são pequenos, já que
ela não tem possibilidade de cruzamento com outras plantas e o perigo de
polinização cruzada com outro tipo de soja é de apenas 1%.
A soja transgênica, segundo o texto, apresenta baixo risco ambiental
porque

(A) a resistência ao herbicida não é estável e assim não passa para as


plantas-filhas.
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(B) as doses de herbicida aplicadas nas plantas são 3 vezes superiores às


usuais.
(C) a capacidade da linhagem de cruzar com espécies selvagens é
inexistente.
(D) a linhagem passou por testes nutricionais e após três anos foi aprovada.
(E) a linhagem obtida foi testada rigorosamente em relação a sua
segurança.

5. (ENEM – 2005 Amarela Q44) Os transgênicos vêm ocupando parte da


imprensa com opiniões ora favoráveis ora desfavoráveis. Um organismo ao
receber material genético de outra espécie, ou modificado da mesma
espécie, passa a apresentar novas características. Assim, por exemplo, já
temos bactérias fabricando hormônios humanos, algodão colorido e cabras
que produzem fatores de coagulação sanguínea humana.
O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores surrealistas mais
importantes, deixou obras enigmáticas.
Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo sobre os
transgênicos, qual das obras de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo
com esse tema tão polêmico?

(A) (B) (C) (D) (E)

6. (ENEM – 2009 Azul Q07) Um novo método para produzir insulina


artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por
pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de
Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores
modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz
de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior
quantidade e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-
la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio a partir
do pâncreas de animais abatidos.
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br
(adaptado)

A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como


consequência:

(A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do


pâncreas suíno.
(B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.
(C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios.

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(D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos.


(E) a criação de animais transgênicos.

7. (ENEM – 2009 Azul Q41) Uma vítima de acidente de carro foi


encontrada carbonizada devido a uma explosão. Indícios, como certos
adereços de metal usados pela vítima, sugerem que a mesma seja filha de
um determinado casal. Uma equipe policial de perícia teve acesso ao
material biológico carbonizado da vítima, reduzido, praticamente, a
fragmentos de ossos. Sabe-se que é possível obter DNA em condições para
análise genética de parte do tecido interno de ossos. Os peritos necessitam
escolher, entre cromossomos autossômicos, cromossomos sexuais (X e Y)
ou DNAmt (DNA mitocondrial), a melhor opção para identificação do
parentesco da vítima com o referido casal. Sabe-se que, entre outros
aspectos, o número de cópias de um mesmo cromossomo por célula
maximiza a chance de se obter moléculas não degradadas pelo calor da
explosão.

Com base nessas informações e tendo em vista os diferentes padrões de


herança de cada fonte de DNA citada, a melhor opção para a perícia seria a
utilização:

(A) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada


célula humana, há várias cópias dessa molécula.
(B) do cromossomo X, pois a vítima herdou duas cópias desse cromossomo,
estando assim em número superior aos demais.
(C) do cromossomo autossômico, pois esse cromossomo apresenta maior
quantidade de material genético quando comparado aos nucleares, como,
por exemplo, o DNAmt.
(D) do cromossomo Y, pois, em condições normais, este é transmitido
integralmente do pai para toda a prole e está presente em duas cópias em
células de indivíduos do sexo feminino.
(E) de marcadores genéticos em cromossomos autossômicos, pois estes,
além de serem transmitidos pelo pai e pela mãe, estão presentes em 44
cópias por célula, e os demais, em apenas uma.

8. (ENEM – 2010 Azul Q86) Três dos quatro tipos de testes atualmente
empregados para a detecção de príons patogênicos em tecidos cerebrais de
gado morto são mostrados nas figuras a seguir. Uma vez identificado um
animal morto infectado, funcionários das agências de saúde pública e
fazendeiros podem removê-lo do suprimento alimentar ou rastrear os
alimentos infectados que o animal possa ter consumido.

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Analisando os testes I, II e III, para a detecção de príons patogênicos,


identifique as condições em que os resultados foram positivos para a
presença de príons nos três testes:

(A) Animal A, lamina B e gel A.


(B) Animal A, lâmina A e gel B.
(C) Animal B, lâmina A e gel B.
(D) Animal B, lâmina B e gel A.
(E) Animal A, lâmina B e gel B.

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9. (ENEM – 2011 Azul Q61) Nos dias de hoje, podemos dizer que
praticamente todos os seres humanos já ouviram em algum momento falar
sobre o DNA e seu papel na hereditariedade da maioria dos organismos.
Porém, foi apenas em 1952, um ano antes da descrição do modelo do DNA
em dupla hélice por Watson e Crick, que foi confirmado sem sombra de
dúvidas que o DNA é material genético. No artigo em que Watson e Crick
descreveram a molécula de DNA, eles sugeriram um modelo de como essa
molécula deveria se replicar. Em 1958, Meselson e Stahl realizaram
experimentos utilizando isótopos pesados de nitrogênio que foram
incorporados às bases nitrogenadas para avaliar como se daria a replicação
da molécula. A partir dos resultados, confirmaram o modelo sugerido por
Watson e Crick, que tinha como premissa básica o rompimento das pontes
de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à Genética. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2002.

Considerando a estrutura da molécula de DNA e a posição das pontes de


hidrogênio na mesma, os experimentos realizados por Meselson e Stahl a
respeito da replicação dessa molécula levaram à conclusão de que:

(A) a replicação do DNA é conservativa, isto é, a fita dupla filha é recém-


sintetizada e o filamento parental é conservado.
(B) a replicação de DNA é dispersiva, isto é, as fitas filhas contêm DNA
recém-sintetizado e parentais em cada uma das fitas.
(C) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma
fita parental e uma recém-sintetizada.
(D) a replicação do DNA é conservativa, isto é, as fitas filhas consistem de
moléculas de DNA parental.
(E) a replicação é semiconservativa, isto é, as fitas filhas consistem de uma
fita molde e uma fita codificadora.

10. (ENEM – 2011 Azul Q68) Um instituto de pesquisa norte-americano


divulgou recentemente ter criado uma “célula sintética”, uma bactéria
chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma
sequência de nucleotídeos, que formam o único cromossomo dessa
bactéria, o qual foi introduzido em outra espécie de bactéria, a Mycoplasma
capricolum. Após a introdução, o cromossomo da M. capricolum foi
neutralizado e o cromossomo artificial da M. mycoides começou a gerenciar
a célula, produzindo suas proteínas.
GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically
synthesized Genome. Science, v.329, 2010 (adaptado).

A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade científica se


deve à:
(A) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para serem usados
como receptoras de cromossomos artificiais.

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(B) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida, utilizando


substâncias como carboidratos e lipídios.
(C) possibilidade de produção em massa da bacteria Mycoplasma
capricolum para sua distribuição em ambientes naturais.
(D) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou seres
mais complexos para produzir medicamentos, vacinas e combustíveis.
(E) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar suas
proteínas na bactéria sintética e estas serem usadas na indústria.

11. (ENEM – 2012 Branca Q52) O milho transgênico é produzido a partir


da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um
gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente.
A característica de interesse será manifestada em decorrência:

(A) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.


(B) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
(C) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
(D) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
(E) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA
recombinante.

12. (ENEM – 2013 Branca Q64) Cinco casais alegavam ser os pais de um
bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo exame de DNA. O
resultado do teste está esquematizado na figura, em que cada casal
apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma para o suposto
pai e outra para a suposta mãe), comparadas à do bebê.

Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê?


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.

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(E) 5.

13. (ENEM – 2013 Branca Q69) A estratégia de obtenção de plantas


transgênicas pela inserção de transgenes em cloroplastos, em substituição
à metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula
hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas
recombinantes com diversas finalidades biotecnológicas. O mesmo tipo de
estratégia poderia ser utilizada para produzir proteínas recombinantes em
células de organismos eucarióticos não fotossintetizantes, como as
leveduras, que são usadas para produção comercial de várias proteínas
recombinantes e que podem ser cultivadas em grandes fermentadores.
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular
poderia ser utilizada para inserção de transgenes em leveduras?
(A) Lisossomo.
(B) Mitocôndria.
(C) Peroxissomo.
(D) Complexo golgiense.
(E) Retículo endoplasmático.

14. (ENEM – 2013 Branca Q73) Para a identificação de um rapaz vítima


de acidente, fragmentos de tecidos foram retirados e submetidos à extração
de DNA nuclear, para comparação com o DNA disponível dos possíveis
familiares (pai, avô materno, avó materna, filho e filha). Como o teste com
o DNA nuclear não foi conclusivo, os peritos optaram por usar também DNA
mitocondrial, para dirimir dúvidas. Para identificar o corpo, os peritos
devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e o DNA
mitocondrial do(a):

(A) pai.
(B) filho.
(C) filha.
(D) avó materna.
(E) avô materno.

15. (ENEM – 2014 Azul Q69) Em um laboratório de genética


experimental, observou-se que determinada bactéria continha um gene que
conferia resistência a pragas específicas de plantas. Em vista disso, os
pesquisadores procederam de acordo com a figura.

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Do ponto de vista biotecnológico, como a planta representada na figura é


classificada?

(A) Clone.
(B) Híbrida.
(C) Mutante.
(D) Adaptada.
(E) Transgênica.

16. (ENEM – 2014 Azul Q89) Na década de 1990, células do cordão


umbilical de recém-nascidos humanos começaram a ser guardadas por
criopreservação, uma vez que apresentam alto potencial terapêutico em
consequência de suas características peculiares.
O poder terapêutico dessas células baseia-se em sua capacidade de:

(A) multiplicação lenta.


(B) comunicação entre células.
(C) adesão a diferentes tecidos.
(D) diferenciação em células especializadas.
(E) reconhecimento de células semelhantes.

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17. (ENEM – 2015 Azul Q74) A palavra “biotecnologia” surgiu no século


XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu a informação responsável
pela fabricação de insulina humana em uma bactéria, para que ela passasse
a produzir a substância.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).

As bactérias modificadas por Herbert Boyer passaram a produzir insulina


humana porque receberam:

(A) a sequência de DNA codificante de insulina humana.


(B) a proteína sintetizada por células humanas.
(C) um RNA recombinante de insulina humana.
(D) o RNA mensageiro de insulina humana.
(E) um cromossomo da espécie humana.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

01. O animal resultante da clonagem terá as características daquele que


forneceu a ele o material genético contido no núcleo. Esse animal foi a vaca
W. Alternativa B.

02. Ao construir um banco genético, utiliza-se uma amostra de indivíduos


de uma espécie que nunca vão representar a variabilidade genética total
presente nesse grupo, o que do ponto de vista evolutivo é considerado um
ponto questionável. Já do ponto de vista ecológico, é preciso considerar que
esses bancos genéticos não seriam capazes de representar as interações
entre os indivíduos de diferentes espécies e a influência dos fatores
abióticos nos mesmos, ou seja, a heterogeneidade dos ecossistemas. Por
outro lado, não podemos dizer que as técnicas de preservação de embriões
ainda são desconhecidas. Com isso, as afirmativas I e III estão corretas.
Alternativa C.
03. Essa questão envolve conhecimentos sobre tecidos animais mas, na
verdade, exige apenas um raciocínio matemático do candidato. Assim, se o
tecido pesava 200mg e após a retirada da água passou a pesar 80mg, isso
significa que havia 120mg de água nele. 120/200 = 0,6. Isso quer dizer que
60% do tecido eram compostos por água, o que corresponde ao tecido
conjuntivo. Alternativa D.

04. Como o próprio enunciado já diz: “Os riscos ambientais da soja


transgênica são pequenos, já que ela não tem possibilidade de cruzamento
com outras plantas e o perigo de polinização cruzada com outro tipo de soja
é de apenas 1%.” Isso quer dizer que não há perigo dessa soja cruzar com
espécies selvagens, produzindo híbridos que poderiam se disseminar em
ambientes igualmente selvagens e provocar alterações nas características
das populações naturais de soja. Alternativa C.

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05. Os transgênicos são capazes de introduzir características de um ser vivo


em outro, o que, de maneira metafórica, poderia se comparar à figura do
peixe com pernas humanas. Alternativa B.

06. A insulina é um hormônio necessário para a absorção de glicose pelas


células humanas. Pessoas com baixa produção desse hormônio
desenvolvem uma doença chamada diabetes. A produção de insulina por
bactérias, que é uma síntese biológica e não química, representa um
impacto favorável na saúde desses indivíduos. Alternativa D.

07. O enunciado dá a dica ao dizer que o número de cópias de um mesmo


cromossomo por célula maximiza a chance de se obter moléculas não
degradadas pelo calor da explosão. Se pensarmos que, em uma célula,
existem várias mitocôndrias e que os cromossomos nucleares só possuem
um par de cada tipo, isso indica que seria mais fácil utilizar o DNAmt.
Alternativa A.

08. Príons são proteínas infectantes capazes de causar doenças como a


Encefalopatia Espongiforme Bovina (Doença da Vaca Louca). Os testes para
rastrear a presença desses príons consistem em: Teste I – retirar uma
amostra do cérebro de uma vaca que tenha morrido e injetá-la em
camundongos. Caso houvesse a morte do camundongo, isso indicaria a
presença de príons patogênicos. Isso ocorreu no animal B. Teste II – aplicar
anticorpos específicos para os príons sobre a amostra de cérebro. Caso
houvesse aglutinação do material, isso significaria a presença de príons.
Isso ocorreu na lâmina A. Teste III – tratar a amostra de cérebro com
proteases (enzimas que quebram proteínas) e submeter essa amostra a
uma corrida em gel de agarose. Caso surgissem bandas nos marcadores
relativos aos príons, isso indicaria a sua presença. Isso ocorreu no gel B.
Alternativa C.

09. No processo de replicação do DNA, as DNA polimerases utilizam ambas


as fitas como moldes. Isso significa que as moléculas filhas serão
compostas, cada uma, por uma fita parental e outra recém sintetizada, o
que confere a esse processo a característica de ser semiconservativa.
Alternativa C.

10. A engenharia genética consiste em manipular os genes e introduzi-los


em outros organismos de modo a fazer com que eles produzam certas
substâncias como medicamentos, vacinas e combustíveis. Na situação
citada no enunciado da questão, todo o genoma de uma bactéria foi
substituído por outro. Alternativa D.

11. O gene introduzido (DNA recombinante) no milho transgênico se liga ao


material genético já presente na célula e passa a ser transcrito e traduzido
normalmente, o que faz com que sua característica seja manifestada.
Alternativa E.

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 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.

 STARR; EVERS; STARR. Biology Concepts and Applications


Without Physiology. Stamford. Cengage Learning, 2013.

Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 55

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