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Divisão Celular

● A divisão celular é o processo pelo qual uma célula-mãe origina


células-filhas. Através deste processo as células unicelulares se
reproduzem e as multicelulares se multiplicam.

● A frequência de divisões celulares varia com o tipo e estado


fisiológico de cada célula. Entretanto, alguns tipos de células mais
especializadas como os neurônios, hemácias e células
musculares, nunca se dividem.

Ciclo Celular

● É o período que se inicia com a origem da célula, a partir de uma


divisão celular e termina quando esta se divide em duas
células-filhas.

● O ciclo celular é dividido em duas etapas: a interfase e a divisão


celular.

● Nos eucariontes existem dois tipos de divisão celular: a mitose e a


meiose.

Interfase

● É a fase em que a célula não está se dividindo.

● É o período mais longo do ciclo celular.

● Neste momento ocorrem diversos fatos que possibilitam a divisão


celular, como: a replicação do DNA, a divisão dos centríolos e a
produção de proteínas.

● A interfase é subdividida em três fases: G1, S e G2;

G1: Antecede a duplicação do DNA, as células aumentam de tamanho,


produzem RNA e sintetizam proteínas.
S: Ocorre a síntese de DNA. A quantidade de DNA no núcleo da célula é
replicada.

p.s: lembre-se que replicação significa o processo de duplicação da


molécula de DNA. Antes de qualquer divisão celular há duplicação do
DNA durante a interfase.

G2: Corresponde ao intervalo entre a síntese de DNA e a mitose. A célula


continua crescendo e produzindo proteínas.
Tipos de Divisão Celular
Mitose e Meiose

Mitose

● É o tipo de divisão celular que a célula-mãe, haplóide (n) ou diplóide


(2n), origina 2 células-filhas com o mesmo número de cromossomos da
célula-mãe.

● É uma divisão equacional.

● É realizada quando há reprodução assexuada.

Funções da Mitose:

1. Crescimento e regeneração de tecidos;


2. Cicatrização;
3. Formação de gametas em vegetais;
4. Divisões do zigoto durante o desenvolvimento embrionário.

Fases da Mitose:

→ Prófase
— Primeira etapa da mitose.

— Durante essa fase, os cromossomos ficam visíveis em virtude de sua


condensação.

— A membrana nuclear desorganiza-se.

— Os centríolos, que se duplicaram na interfase, migram para o polo da


célula. Inicialmente aparecem fibras em torno dessas organelas que
constituem o áster; depois, entre um centríolo e outro formam-se as fibras do
fuso.

— O nucléolo desaparece e o seu material é distribuído pela célula.

→ Metáfase

— Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau máximo. Em


virtude dessa característica, essa fase é a melhor para a análise dos
cromossomos.

— Cromossomos ligam-se às fibras do fuso e são alinhados na região mediana


da célula, formando a placa metafásica ou placa equatorial.
→ Anáfase

— Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram para os


polos da célula em virtude do encurtamento das fibras do fuso. Quando as
cromátides migram juntas para o mesmo polo, ocorre um processo chamado
de não disjunção cromossômica, fazendo com que uma célula fique com mais
cromossomos que outra.

— Essa fase finaliza-se quando os cromossomos filhos atingem os polos.

→ Telófase

— Fase final da mitose.

— Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso.

— Os cromossomos descondensam-se.

— Ocorre o reaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear (cariocinese).

— No final dessa fase, observa-se a divisão do citoplasma (citocinese) e a


distribuição das organelas entre as células-filhas. Nas células animais, a
citocinese acontece por estrangulamento em razão do aparecimento de um
anel de actina e miosina na região equatorial da célula. Por se iniciar na
periferia da célula, essa citocinese é chamada de centrípeta.
Mitose em vegetais

Citocinese

● Na citocinese, o citoplasma da célula é dividido em dois, formando duas


novas células. A citocinese normalmente começa assim que a mitose
termina, com alguma sobreposição. É importante notar que a
citocinese ocorre de formas diferentes em células animais e vegetais.

● Em animais, a divisão da célula ocorre quando um conjunto de fibras


citoesqueléticas chamado anel contrátil contrai-se em direção ao
interior da célula e parte a célula em duas, um processo chamado de
citocinese contrátil. A indentação produzida à medida que o anel se
contrai para o interior da célula é chamada de sulco de clivagem.
Células animais podem ser clivadas em duas, por compressão, porque
são relativamente macias e moles.

● Células de plantas são muito mais duras que células animais; elas são
cercadas por uma parede celular rígida e têm uma pressão interna alta.
Por isto, as células de plantas se dividem em duas através da
construção de uma nova estrutura no meio da célula. Esta estrutura,
conhecida como lamela média, é feita de membrana plasmática e
componentes da parede celular disponíveis em vesículas, e ela divide a
célula em duas.
Meiose

● A meiose é um processo de divisão celular caracterizado pela


formação de quatro células-filhas com a metade do número de
cromossomos da célula-mãe. Podemos concluir, então, que a
carga cromossomial reduz-se de 2n para n.

● Podemos dividir a meiose em duas etapas: divisão I e divisão II.


Cada uma das duas etapas é dividida em quatro fases. Na meiose
I, temos a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Já na meiose
II, temos a prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

Fases da meiose:

Meiose I

→ Prófase I

● Essa etapa pode ser dividida em cinco etapas. A primeira delas é o


leptóteno, que é caracterizado pela condensação dos cromossomos em
alguns pontos específicos. Esses pontos são denominados de
cromômeros.

● A próxima fase é o zigoteno, momento em que é possível observar os


cromossomos homólogos emparelhados. Denominamos de sinapse o
emparelhamento dos homólogos
● O emparelhamento atinge sua perfeição na fase de paquiteno, quando
é possível observar o chamado bivalente ou tétrade. O bivalente são os
pares de cromossomos totalmente emparelhados. Nesse momento
poderá ocorrer o crossing-over, também chamado de permutação,
processo caracterizado pela troca de partes entre os cromossomos
homólogos. Esse fenômeno é muito importante para que haja uma
maior variabilidade genética na espécie.

● Na etapa chamada de diploteno, os cromossomos iniciam a separação.


Nesse momento é possível observar os quiasmas, pontos onde as
cromátides se cruzam. Por fim, ocorre a diacinese, que é quando
acontece a separação dos cromossomos homólogos, com o
deslizamento dos quiasmas para as extremidades do bivalente. Ocorre
também nesse ponto um fenômeno chamado de terminalização dos
quiasmas.

● Ao final da diacinese, ocorre a desintegração da membrana nuclear, e


os cromossomos homólogos espalham-se pelo citoplasma.

→ Metáfase I

● Nesse momento, há cromossomos muito condensados e presos às


fibras do fuso que se formaram durante a prófase I. Os cromossomos
ficam dispostos na região mediana da célula.

→ Anáfase I

● Cada cromossomo homólogo é puxado para os polos da célula. Essa


anáfase diferencia-se da anáfase da mitose, pois não ocorre o
rompimento dos centrômeros, ocorrendo a migração de cromossomos
inteiros.

→ Telófase I

● Os cromossomos começam a se descondensar, a membrana nuclear é


refeita e os nucléolos organizam-se. Após essa etapa, ocorre a divisão
do citoplasma e a separação das duas células-filhas.

● No final da meiose I, há duas células com metade do número de


cromossomos da célula-mãe. Podemos considerar essa etapa como
reducional.

Meiose II
● Entre uma divisão e outra (intercinese), não ocorre uma nova
duplicação do material genético. A meiose II assemelha-se muito com a
mitose, sendo considerada uma divisão equacional, pois o número de
cromossomos permanece igual.

→ Prófase II

● Nesse momento, os cromossomos se condensam e é formado o fuso. Os


nucléolos e a membrana nuclear fragmentam-se novamente.

→ Metáfase II

● Os cromossomos atingem seu maior grau de condensação. Eles


prendem-se às fibras do fuso pelos centrômeros e alinham-se no plano
equatorial da célula.

→ Anáfase II

● As cromátides irmãs são levadas para os polos. Vale destacar que nessa
etapa ocorre a separação dos centrômeros.

→ Telófase II

● Os cromossomos desespiralizam-se, os nucléolos surgem novamente e a


carioteca reorganiza-se.

● Por fim, ocorre a citocinese II e a formação das células-filhas.

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