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História 2ºperiodo 1ºteste

A romanização da península ibérica


Ideias centrais, e elementos de unificação

Uma das ideias centrais que os romanos procuravam era a unidade de todas as regiões
e povos do vasto império do território romano. A civilização romana tinha uma grande
diversidade populacional, suscitava curiosidades aos outros povos e era uma civilização
bastante avançada. Paralelamente ao modo de vida romano, os povos dominados
adotavam também valores e aspectos da cultura romana como: o urbanismo,
instituições, sociedades, língua (o latim), o culto (politeísmo) e o direito
estes eram os elementos de unificação do império romano

Roma servia de modelo, sendo considerada a “rainha das cidades”. Assim, o


urbanismo foi muito importante como elemento de unificação do Império, reflectindo
valores romanos como o pragmatismo e o realismo. Por outro lado, a existência de
instituições semelhantes em todas as sociedades, reflectindo a estrutura social e
política em que assentava o povo romano, e a liderança personificada em torno da
figura divinizada do imperador, reforçavam o sentimento de união e promoviam a
coesão imperial, mesmo nas províncias mais longínquas da capital.

Em todas as regiões dominadas pelo romano falava-se o Latim, que era a língua
universal, exceção feita á zona oriental do Império, em que o Grego também era
utilizado. O uso de uma língua comum, assim como o culto aos deuses (venerados em
todo o Império) e a utilização de regras organizadas com base no direito romano,
revelaram-se instrumentos poderosos para a unificação dos modos de vida e da cultura
dos povos que eram dominados.

Aculturação

Aculturação é o nome dado á integração de um povo ou de um grupo numa cultura


diferente, neste processo o povo ou grupo dominado absorve a cultura do povo
dominador, podendo conversar algumas das suas características. Este foi um processo
de longa duração.

Romanização

A romanização constitui no processo de transmissão e interiorização da cultura romana


aos diversos povos do império. Foi um processo lento que, de uma forma desigual,
atingiu todo o espaço político romano, forma desigual pois foi mais rápido nuns locais
e mais lentos noutros devido ao diferente nível de desenvolvimento e resistência dos
povos locais. O processo de romanização terminou em 212, com o Édito de Caracala
onde a cidadania plena foi concedida a todos os homens livres pertencentes ao
Império Romano.

A conquista da península Ibérica

Os territórios sempre foram cobiçados pelas suas riquezas minerais, (o cobre, estanho,
ouro, prata, ferro).

Fases da conquista

A vontade de dominar vários territórios fez com que os romanos também tentassem
contactar com esta região. A presença romana deu-se no séc.III a.C.. Os contactos
entre as populações locais do sul e os romanos desenvolveu-se com relativa facilidade
estabelecendo-se acordos. Na zona central e norte da Hispânia, tribos aguerridas como
os lusitanos, chefiados primeiro por Viriato e depois por Sertório, ofereceram grande
resistência contra o domínio romano.

A conquista da Península ibérica não foi fácil, como foi dito anteriormente, em grande
parte, isso deveu-se á resistência de alguns povos, comos os Lusitanos, que viviam
entre os rios Douro e Tejo e eram chefiados por Viriato.

No século I a.C., após dois séculos de conflito e sob o poder de Augusto, instaura-se
definitivamente a paz, na Península ibérica. A conquista da paz da península foi difícil e
atribulada.

O processo de romanização na Península ibérica, foi rápido e intenso, sobretudo nas


regiões do sul, o norte foi mais difícil e decorreu de uma forma mais lenta. A conquista
e pacificação da Península ibérica deu-se entre 218 a.C. e 19 a.C..

Agentes de romanização da Península Ibérica


Províncias da Hispânia

Um dos focos principais do processo de aculturação levado a cabo pelos Romanos nos
seus territórios foi a progressiva implementação de um novo modelo de sociedade,
dividindo assim a Hispânia em províncias Hispânia Citerior e Ulterior (em 197
a.C.),competindo a sua administração a governadores que detinham amplos poderes e
que foram tendo, ao longo do tempo, atitudes diversas para com os povos dominados,
assumiam posturas violentas, preocupando-se apenas em enriquecer, ao que tentavam
estabelecer acordos com a população, de forma a criara uma clientela que lhes fosse
fiel.

Rede de centros urbanos

Devido á sua diversidade cultural procedeu-se á criação de uma rede de centros


urbanos e a uma organização provincial. Este processo foi muito gradual e complexo.
Organização administrativa da P. Ibérica e as cidades romanas

Portuguesas

Urbanismo romano na P. Ibé rica

O modelo ideal de urbanismo romano foi implantado de forma mais fiel nas cidades
criadas de raiz; nos locais onde já existia teia urbana, tornava-se mais difícil a sua
implantação imediata. Lentamente, o urbanismo organizado, com vias perpendiculares
em torno das quais se organizavam os edifícios, foi-se sobrepondo ao formato caótico
de alguns dos povoados originais. Os novos materiais e técnicas de construção dos
edifícios também foram gradualmente assimilados pelos povos da Península, assim
como a edificação de construções públicas e colectivas, que demonstram claramente a
aculturação.

A romanização é também visível, no tecido urbano, através das construções dedicadas


a instituições administrativas, das termas e dos templos.

Agentes de romanização
O exército, os comerciantes e as imigrações

O processo de conquistas, domínio e romanização pautou-se por ser longo, lento mas
seguro. No caso da Hispânia, este processo progrediu num bom ritmo nas regiões
onde predominava um modo de vida urbano, de tradição mediterrânea. Aí, depois de
vencida a resistência das cidades locais, o estilo de vida romano foi facilmente
assimilado.

Nas áreas do norte e do interior da Hispânia, o domínio romano foi mais difícil e por
isso o processo foi mais lento. Nestas regiões podem afirma-se que os Romanos
viveram uma situação de guerra arrastada, com muitas dificuldades em aniquilar a
resistência dos povos locais.

Os soldados que pertenciam aos exércitos romanos tiveram um papel muito importante
como agente de romanização das populações da Hispânia, e duas formas distintas:

--- Através da constituição de família com membros das populações locais

--- Também pela sua instalação nestes territórios, através da atribuição de terras,
depois de desmobilizadas

Relevantes para o processo de romanização foram também os homens naturais da


Hispânia que serviam os exércitos romanos. Quando estes homens, soldados auxiliares
nos exércitos romanos, regressavam aos seus territórios de origem, influenciavam
determinantemente o modo de vida das populações.

Durante o período de conquista da P. Ibérica, foi também importante para o processo


de romanização a acção dos comerciantes que aqui afluíam. Este grupo era muito
heterogéneo, pois era constituído por pessoas muito distintas entre si. Pode-se
considerar que existiriam dois tipos de comerciantes.

Um, constituído por comerciantes oficiais que acorriam à península para


estabelecerem trocas comercias com os exércitos romanos, nomeadamente, abastecê-
los de alimentos, comprar os objectos que os soldados saqueavam às populações
conquistadas ou fazer comércio de escravos. Um outro grupo era formado por
pequenos comerciantes por conta própria. Estes acompanhavam os exércitos, na
esperança de conseguirem realizar algumas trocas com os soldados.
A hsipania era conhecida pelas riquezas do seu subsolo, atraindo inicialmente muitos
emigrantes, não so de roma,como de outras províncias. Com o passar dos anos e com
a criação de clientelas por parte dos governadores das províncias, a imigração que
chegava á Hispânia deixou de estar tão ligada à vontade de tentar a sorte num novo
território.

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