Este documento descreve a vida e contribuições do capitão Salgueiro Maia para a Revolução dos Cravos de 1974 em Portugal. Detalha sua infância, educação, serviço militar em África, e papel crucial liderando as tropas que derrubaram o governo ditatorial em Lisboa no dia 25 de Abril. Salgueiro Maia foi uma figura nobre e desinteressada que ajudou a trazer a democracia para Portugal.
Este documento descreve a vida e contribuições do capitão Salgueiro Maia para a Revolução dos Cravos de 1974 em Portugal. Detalha sua infância, educação, serviço militar em África, e papel crucial liderando as tropas que derrubaram o governo ditatorial em Lisboa no dia 25 de Abril. Salgueiro Maia foi uma figura nobre e desinteressada que ajudou a trazer a democracia para Portugal.
Este documento descreve a vida e contribuições do capitão Salgueiro Maia para a Revolução dos Cravos de 1974 em Portugal. Detalha sua infância, educação, serviço militar em África, e papel crucial liderando as tropas que derrubaram o governo ditatorial em Lisboa no dia 25 de Abril. Salgueiro Maia foi uma figura nobre e desinteressada que ajudou a trazer a democracia para Portugal.
Afonso Pinto, nº 1 Leonor Guttierres, nº 12 Miguel Agostinho, nº 19 Tomás Lourenço, nº 28 Introdução Neste trabalho, para a disciplina de História e Geografia de Portugal, vamos falar sobre uma figura importante na Revolução do 25 de Abril de 1974: Capitão Salgueiro Maia
Figura I – O militar Salgueiro Maia
Quem foi? Fernando José Salgueiro Maia foi um militar que participou na Revolução do 25 de Abril. Foi “uma personagem” importante nesta revolução que afetou totalmente o governo e o país. Foi com a sua ajuda que o governo passou de Estado Novo ou Ditadura para a Democracia em que vivemos hoje.
Figura II – O Jovem Salgueiro Maia
O Nascimento, a Infância e os Estudos Fernando José Salgueiro Maia, mais conhecido por apenas Salgueiro Maia, nasceu a 1 de Julho de 1944, em Castelo de Vide (distrito de Portalegre). Era filho de Francisca Silvério Salgueiro e de Francisco da Luz Maia. Em Castelo de Vide, aos oito meses e dezoito dias, Salgueiro Maia, pesava 10.200kg. A mãe foi morta, atropelada por um autocarro, na Estrada das Laranjeiras, ao pé do Jardim Zoológico, num passeio da família à capital, Salgueiro Maia tinha apenas quatro anos. Dois anos e meio depois da morte da mãe, o seu pai casou novamente com uma costureira amiga da falecida mãe de Salgueiro Maia, Maria Augusta. Frequentou a escola primária de São Torcado, Coruche (no distrito de Santarém). Fez os estudos secundários em Tomar (distrito de Santarém) e em Leiria. Na infância, ele gostava de futebol, boxe, judo, atletismo e hipismo ou equitação, aplicando-se muito a esses desportos, nunca deixando de se empenhar e de se esforçar. Participou, também nestes desportos no programa escolar da Academia Militar. Em África Salgueiro Maia partiu para África em 1967. A 1 de Dezembro desse mesmo ano seguiu para Lourenço Marques (atual Maputo, em Moçambique), a fim de integrar a 9ª companhia de comandos “Os Fantasmas” sediada em Montepuez. Participou, em 1967, na Guerra Colonial em Moçambique.
Voltou para Santarém, temporariamente, onde
conheceu a sua futura mulher, Natércia, em 1969 e casaram a 22 de Agosto de 1970 e mais tarde a 4 de Julho de 1971 embarcou para a Guiné, com destino a Bula, de onde só voltou 27 meses depois (2 anos e 3 meses), em 1973. A sua contribuição no 25 de Abril Salgueiro Maia alinhou na Revolução que depôs a Ditadura e impôs a Democracia. Por esta altura iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, a 25 de Abril desse ano, comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou o cerco aos ministérios do Terreiro do Paço.
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados
sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!” Contribuição no 25 de Abril (cont.) Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, cederam ao seu carisma e formaram de imediato à sua frente. Às três e meia da manhã, dez viaturas blindadas atravessam a porta de armas da EPC, comandadas pelo capitão sem medo. O objetivo é atingir... Toledo, o nome de código para o Terreiro do Paço e os seus ministérios - o coração do regime. Charlie Oito, ou seja, Salgueiro Maia, comunica a Tigre, ou seja, a Otelo Saraiva de Carvalho: “- Ocupámos Toledo e controlamos Bruxelas e Viena (Banco de Portugal e Rádio Marconi)!” Para que revolução corresse do modo mais secreto possível, os militares arranjaram nomes de códigos para determinados locais e para si próprios. Contribuição no 25 de Abril (cont.)
Figura IV – Salgueiro Maia, ocupa o Largo do Carmo,
cercando o Quartel do Carmo onde estão refugiados Marcello Caetano e alguns dos seus ministros.
Figura V – Salgueiro Maia em frente ao Quartel do Carmo
Contribuição no 25 de Abril (cont.) No Largo do Carmo, à porta do Quartel da GNR onde estava refugiado Marcelo Caetano, Salgueiro Maia fez sempre o que era mais importante e decisivo ser feito. Mesmo quando depois de penetrar no interior da sede da corporação ficou frente-a-frente com o chefe do governo. Cansado, desalinhado e só Marcelo afirmou ainda com altivez que apenas se renderia ao General Spínola. E, enquanto lá fora, o povo, pedia contas e exultava com o desfecho breve, justificou a sua pretensão: “ Para que o poder não caia na rua!”. A um só tempo, Salgueiro Maia teve pena e respeito pelo homem que tinha diante de si. Sugeriu então a Marcelo Caetano que abotoasse o último botão da camisa e ajeitasse o nó da gravata, endireitou-se com firmeza, fez a continência e retirou-se de modo a dar cumprimento ao pedido. Contribuição no 25 de Abril (cont.)
Já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que
entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil. Nesta Revolução, por incrível que pareça só morreram 5 pessoas. A Democracia e Salgueiro Maia A democracia portuguesa nunca se entendeu com Salgueiro Maia nem Salgueiro Maia com ela. O militar envolveu-se na Revolução porque acreditou ser possível melhorar a situação do país e não a sua própria situação de cidadão ou de militar. Nas memórias da Revolução do 25 de Abril de 1974, a figura de Salgueiro Maia foi-se agigantando, até aparecer hoje, como o símbolo mais nobre, generoso e desinteressado da Revolução dos Cravos. Na modéstia e isenção do seu comportamento e na honradez do seu carácter, foi uma referência. Compreendeu como poucos o papel que deve caber aos militares numa sociedade democrática. O Fim Sob uma chuva copiosa, naquele dia do princípio de Abril de 1992, pelas cinco e um quarto da tarde, no cemitério de Castelo de Vide, milhares de pessoas e quatro presidentes da República (António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares), veem descer à terra num modesto caixão o corpo de um dos homens que mais contribuiu para que tivessem podido ascender à mais alta magistratura da Nação. No dia 4, Fernando Salgueiro Maia fora vencido pela doença. “O gajo ganhou”, dissera ele a um oficial da EPC, referindo-se ao cancro quando se convenceu do carácter terminal da sua doença. Sepultado, por sua expressa vontade, numa campa rasa e ao som de Grândola Vila Morena, Salgueiro Maia vai ao encontro da terra fresca com a mesma franqueza implacável de sempre. A melhor maneira de honrarmos a sua memória é continuarmos a construir o País de liberdade e solidariedade, sem discriminações nem injustiças, que ele sonhou para todos os portugueses. O Fim Aquele que na hora da vitória Respeitou o vencido Aquele que deu tudo e não pediu a paga Aquele que na hora da ganância Perdeu o apetite Aquele que amou os outros e por isso Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Sophia de Mello Breyner
Conclusão Neste trabalho, de tema “Salgueiro Maia – o Capitão sem medo”, é relatada a vida do capitão que comandou as tropas na revolução do 25 de Abril. Com este trabalho aprendemos onde nasceu, onde viveu, quando morreu, quem era a sua família, qual a sua contribuição na revolução do 25 de Abril e até os seus companheiros em África. Gostámos de realizar este trabalho e de conhecer um homem íntegro, o rosto da coragem da Revolução dos Cravos, que teve um papel importante na história do nosso país. Bibliografia Duarte, António de Sousa – Salgueiro Maia, Fotobiografia, Âncora Editora, abril de 2004 Duarte, António de Sousa – Salgueiro Maia, Um Homem da Liberdade, Âncora Editora, março de 2014 Baptista, Jacinto – Caminhos para uma revolução, Livraria Bertrand, 1975 Maia, Salgueiro – Capitão de Abril, Âncora Editora, julho de 2014 Mattoso, José – História de Portugal - O Estado Novo - Vol. VII (1926 - 1974), Editorial Estampa, abril de 1994 Mattoso, José – História de Portugal - Portugal em Transe - Vol. VIII (1974 - 1985), Editorial Estampa, abril de 1995 Imagens do Google