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Problemas Éticos na criação

da Inteligência Artificial

Filosofia

Maio 2021
Índice

Introdução 2

O que é inteligência artificial? 2

O que é ética? 2

Inteligência Artificial 3

Onde encontrar inteligência artificial 3

Prolemas éticos 4

Marc- Antoine Dilhac 4

Isaac Asimov 5

Conclusão 7

Bibliografia/ Web grafia 8

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Introdução

O que é inteligência artificial?

A palavra inteligência, do latim (intelligentia, -ae, plural neutro de intelligens, -


entis, particípio presente de intelligo, -ere), que se entende por perceber, compreender.
Mais tarde ouvimos esta palavra com a palavra “artificial”. Assim, a inteligência
artificial é o ramo da ciência de computação que estuda o desenvolvimento de sistemas
computacionais com base no conhecimento sobre a inteligência humana.

O que é ética?

Ética, do latim (latim ethica, -ae, do grego ethikê, feminino de ethikós, -ê, -


ón, do grego éthos, -ous), significa costume, hábito. Em filosofia, ética é a parte que
estuda os fundamentos da moral e é também um conjunto de regras de conduta de um
individuo ou de um grupo.

Tudo começou em 1956 com o professor John McCarthy da Universidade de Dartmouth


em Hanover nos Estados Unidos. Este, selecionou um grupo de cientistas com os quais
trabalhou durante um verão, estudando uma forma de “ensinar” as máquinas. Para isso,
seria necessário descrever precisamente aspetos de aprendizagem e outras
características da inteligência humana. Desta forma, as máquinas seriam capazes de
utilizar a linguagem, resolver problemas e aperfeiçoar-se gradativamente.

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Inteligência Artificial

Onde podemos encontra a inteligência artificial?

A inteligência artificial está em todos os lados, em atendimento nos hospitais,


em carros autónomos etc. A AI (inteligência artificial) está também nas redes sociais,
como no Facebook, dando-nos anúncios de algo que queremos, mostrando-nos vários
preços para o mesmo produto; no caso da Google, há uma aplicação chamada Google
Fotos que usa a inteligência artificial para criar pastas com fotos de uma só categoria,
exemplos: “paisagens”, “animais” e também agrupa uma pastas com fotos de uma
pessoa, usando o reconhecimento facial. Muitas vezes, algumas fotos não estão nas
pastas certas, pois a AI não tem assim tanta capacidade. A inteligência artificial é
também utilizada para eliminar conteúdo impróprio, podendo tomar como exemplo
pornografia infantil. Especialistas confirmam que ainda estamos muito longe para a total
eficácia da AI para eliminar este tipo de conteúdo. Muitas pessoas denunciam conteúdo
impróprio, mas nem toda a gente faz isso, então esta tecnologia é utilizada para acelerar
o processo.

Como é obvio, esta tecnologia precisa de grandes quantidades de dados para,


assim, reconhecer os padrões humanos, porventura não tem a capacidade de um ser
humano

Todas as vezes que pegamos num telemóvel, num computador, já estamos a usa
a inteligência artificial, pois por trás de todas as recomendações de anúncio há
combinações das nossas pesquisas dando-nos “tratamento personalizado”.

Muitas pessoas pensam que a inteligência artificial lhes vai roubar o trabalho.
Futuramente a IA afia as suas capacidades para ter uma tecnologia cada vez mais
transparente, estando preparada para fazer parte das tarefas do dia a dia, no trabalho
e/ou na nossa casa. Efetivamente a inteligência artificial pode tornar o ser humano mais
produtivo, libertando-o de algumas tarefas profissionais e da vida pessoal que sejam
mais mecânicas, temos de exemplo os aspiradores robots, não tendo a necessidade de
limpar a casa, os indivíduos podem passar tempo com a família, passear, etc. Algumas
profissões podem, futuramente, não necessitar de uma pessoa, porém, nada substitui o

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ser humano e isto só vai acontecer daqui a alguns anos, onde serão criadas novas
profissões, por isso, na minha opinião, não nos devemos preocupar com o facto da AI
nos roubar a nossa forma de rendimento.

Muitas pessoas veem pontos positivos no acesso à inteligência artificial, este é o


caso de Alessandro Jannuzzi, diretor de engenharia e inovação da Microsoft no Brasil,
afirmando que: “Estamos buscando na IA os recursos necessários para ajudar a resolver
os problemas mais urgentes da nossa sociedade. Nesse sentido, a nossa abordagem é
dividida em três pilares: liderar inovações que ampliam a capacidade humana; construir
poderosas plataformas que tornam a inovação mais rápida e acessível; e desenvolver
uma abordagem confiável que coloque o cliente no controle e proteja seus dados”

Na imagem de capa deste ensaio temos a Sophia, o robô mais avançado da


Hanson Robotics. A Sophia é um combo único de ciência, engenharia e arte. Capta
audiências globais, é a primeira cidadã robô do mundo e a primeira embaixadora da
inovação robô para o programa de desenvolvimento da ONU. A Sophia tornou-se num
nome familiar, ela já participou em programas como o Tonhigt Show e Good Morning
Britain e também fala em várias conferências por todo o mundo. Este robô é um quadro
para a robótica de vanguarda e investigação sobre inteligência artificial permitindo
compreender as interações entre o Homem e o robô.

Prolemas éticos

Marc-Antoine Dilhac, professor de ética e filosofia política na Universidade de


Montreal, no Canadá diz que: “A Inteligência Artificial (IA) pode ser usada para
aumentar a eficácia de medidas discriminatórias já existentes, tais como caracterização
racial, previsão de comportamento ou mesmo a identificação da orientação sexual de
uma pessoa. As questões éticas levantadas pedem por uma legislação que assegure o
desenvolvimento responsável da IA.” Numa entrevista dirigida por Régis Meyran esta
pergunta a Marc quais são as questões levantadas por softwares de analise
comportamental com base em filmagens; Marc responde que a inteligência artificial
melhora o uso preventivo de sistemas de vigilância por vídeos em locais públicos e que
atualmente, as imagens são analisadas continuamente por softwares e estes detetam atos
de agressão e ativam um alarme rapidamente. Como sempre, existem riscos e neste caso
é o erro de não reconhecimento facial, o que, pelo que Marc-Antoine diz é bastante

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frequente e nestes casos, Marc cita que: “Uma pequena falha na imagem é tudo o que é
preciso para que a IA veja uma torradeira no lugar de um rosto”. É também motivo de
preocupação que estes sistemas inteligentes e as técnicas de identificação de perfil racial
e social utilizados possam levar a abusos.

Marc- Antoine Dilhac, afirma que a inteligência artificial pode cometer alguns
tipos de abusos, referindo-se ao caso dos programas que já são utlizados em muitos
países que usam o reconhecimento facial como modo de identificar comportamentos
terroristas ou de carácter criminoso. Isto cria muitas preocupações. Professores da
Universidade de Stanford nos Estados Unidos, expuseram os perigos do reconhecimento
facial analisar o carácter de uma pessoa. Michal Kosinski e Yilun Wang, atenderam
para os riscos da invasão de privacidade e, para isso, em 2017, criaram o “Gaydar”, uma
aplicação que identifica se uma pessoa é homossexual ou não apenas ao analisar a sua
fotografia. Os professores universitários asseguram que a margem de erro da aplicação é
de apenas 20%. Para além de ter um efeito de estereotipo, a tecnologia utilizada pela
aplicação violaria o direito das pessoas de não divulgarem a sua orientação sexual.
Marc- Antoine diz que: “Qualquer pesquisa científica feita sem orientação filosófica ou
diretrizes sociológicas ou jurídicas é propensa a problemas éticos. Os poucos exemplos
que eu acabei de mencionar mostram a necessidade urgente de se estabelecer um
modelo ético para a pesquisa em IA.”

À medida que a inteligência artificial evolui esta é adotada, cada vez mais, por
indústrias e aplicado em diferentes setores. A AI, como já referido, tem um potencial
gigantesco, capaz de mudar a nossa realidade e transformar o nosso dia.

Também Isaac Asimov um escritor e bioquímico norte-americano, desenvolveu


as “Três Leis da Robótica” tendo por objetivo tornar possível a coexistência entre robôs
e seres humanos. As três leis são:

“1ª Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser
humano sofra algum mal.

2ª Lei: um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto
nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.

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3ª Lei: um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre
em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.”

Mais tarde o estudioso norte-americano acrescentou uma outra lei, a “Lei Zero”, estando
acima de todas as outras e declarando que: “um robô não pode causal mal à humanidade
ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal”.

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Conclusão
Como falado ao longo deste ensaio, a inteligência artificial é algo que está cada
vez mais presente no nosso dia-a-dia. A maioria das pessoas não se preocupa com os
problemas éticos ou nem pensa na sua existência. A verdade é que eles existem e devem
ser pensados e devem ser criadas leis, como por exemplo, “As três Leis da Robótica” de
Isaac Asimov. Como Marc-Antoine disse deve-se ter atenção ao facto de como a
inteligência artificial e as suas múltiplas capacidades podem violar os direitos humanos.

Nem tudo em relação à AI são pontos negativos. O facto desta tecnologia


conseguir desprender os seres humanos de algumas tarefas repetidas e aborrecidas do
dia-a-dia ajuda-nos a ter mais tempo para estarmos com família e amigos.

Para concluir, tudo têm pontos negativos e positivos e a inteligência artificial,


embora seja revolucionária, não exceção. Assim devemos aceitá-la e tentar melhorá-la
ao máximo para que esta não tenha um impacto negativo na nossa sociedade.

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Bibliografia/Web grafia
https://dicionario.priberam.org/intelig%C3%AAncia%20artificial

https://dicionario.priberam.org/%C3%89tica

https://www.hansonrobotics.com/sophia/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_da_Rob%C3%B3tica

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica

https://pt.unesco.org/courier/2018-3/os-riscos-eticos-da-ia

https://opencadd.com.br/como-surgiu-a-inteligencia-artificial/

https://pt.unesco.org/courier/2018-3/inteligencia-artificial-o-mito-e-realidade

https://www.iberdrola.com/inovacao/o-que-e-inteligencia-artificial

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