Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Problemas éticos na
criaçã o de inteligência
artificial
Índice:
Introdução………………………………………………..…………….….…….....……3
Contextualização do tema
Concetualização
● Sobre o tema………………………………………………………..……...….……….5/6
● Teorias (A Teoria de Resolução Humana de Problemas) ……………………...7/8
Problematização
● Problema.……………………………………………….………………...……10
● Tese…………………………………………………………..…………..……..10
Argumentação
Trabalho realizado
● Argumentos por:
a favor…………………………………………………………….…..…...….11/12
Carlota Santos
● Argumentos contra………………………………………………………..……….....11/12/13
Conclusão…………………………………………………………………………….…14
Glossário………………………………………….………………………………….…15
Webgrafia/bibliografia................................................................................................…16
Disciplina: filosofia
Turma: 11ºB
3
Carlota Santos
Contextualização do tema:
O que é inteligência artificial:
A inteligência artificial é um campo do conhecimento associado à linguagem e à
inteligência, ao raciocínio e à resolução de problemas. A IA proporciona uma relação
entre o humano e a máquina ao juntar sistemas inteligentes.
4
Carlota Santos
Concetualização:
Sobre o tema:
Desde quando a tecnologia era apenas uma ideia presente nas obras de ficção
científica, muitos questionavam quais os limites da aplicação da Inteligência Artificial,
então, Isaac Asimov desenvolveu as “Três Leis da Robótica”, com o objetivo de tornar
possível a coexistência de humanos e robôs inteligentes:
1ª Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser
humano sofra algum mal.
2ª Lei: um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos,
exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3ª Lei: um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre
em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
USO DE SUPERCOMPUTADORES EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E MEDICINA
Szlovits, numa publicação de 2009, admite que atualmente a IA em medicina está
a tornar-se não apenas uma parte, mas um componente essencial da informática
médica e um recurso importante na solução de problemas em atenção à saúde…
Atualmente, o problema é processar um grande volume de informações, seja por
meio de fichas eletrônicas com dados dos pacientes, resultados de exames,
diagnósticos propostos, prescrição e resultados de medicações, considerando que
esses dados podem não estar disponíveis ou podem estar incompletos. Deve-se
considerar também que há informações que ainda podem ter que ser digitadas em
decorrência da incompatibilidade de sistemas onde elas estão registradas. Há que se
considerar, no entanto, que essa digitação poderá eventualmente introduzir um
componente de erro humano.
Sistemas que funcionam em background podem ser utilizados para verificar
dados de pacientes, como interação e incompatibilidade de medicamentos, dados de
exames complementares discrepantes, exames solicitados e/ou a serem realizados.
Duas das mais importantes experiências no uso de IA em vários campos, inclusive
medicina, são a plataforma Watson Health, da IBM, e o Deep Mind, da Inglaterra, que
processam informações armazenadas na “nuvem” de oncologia e de avaliação de risco
e evolução de pacientes, no entanto, o problema da confidencialidade dos dados tem
sido questionado, sobretudo pelo fato de eles serem processados livremente por uma
empresa privada (Google).
5
Carlota Santos
No Brasil, em 2016, a Fiocruz criou o Centro de Integração de Dados e
Conhecimentos para Saúde (Cidacs), procurando integrar dados de saúde e políticas
sociais de mais de cem milhões de brasileiros contemplados no Programa Bolsa Família
e outros programas de proteção social numa única base de dados, mas preservando a
confidencialidade desses dados.
Nas palavras de Teixeira (1998): Não se sabe nunca o que ele vai fazer no
momento seguinte, a sua ação é organizada de maneira oportunista. Se Hebert se está
a mover para pegar numa lata de refrigerante e alguém coloca a sua mão ele pára de
se mover e volta para o lugar onde se encontrava inicialmente. Isto significa que
Hebert facilmente adapta o seu comportamento às mudanças do meio ambiente. Mais
do que isto: ele é capaz de localizar latas de refrigerante sobre escrivaninhas cheias de
papéis e outras coisas, embora não tenha nenhuma representação interna de uma
escrivaninha.
As palavras de Teixeira são um meio para percebermos que estes tipos de IA,
nem sempre são confiáveis, basta um toque e o seu comportamento muda. Pelas
palavras de Bruno da Costa “a Inteligência Artificial desenvolvida em robôs nos últimos
tempos, caso não seja regulamentada, pode se tornar uma ameaça à humanidade”
Num mundo dominado pelas máquinas, pela ciência e pela tecnologia, a base das
relações humanas (os valores morais) fica muitas vezes esquecida. Verifica-se uma
redução da proximidade das pessoas, tudo se torna mecanizado, artificial e nada é
natural ou verdadeiro. Um mundo, tal como o que encontramos no “Admirável Mundo
Novo” (livro), onde tudo o que interessa é o que é útil, necessário, e tudo deve estar
predestinado e programado de modo a prever as consequências de todos os
acontecimentos
6
Carlota Santos
A Teoria de Resolução Humana de Problemas:
Com base no estudo do comportamento de indivíduos que resolvem problemas
formais simples em laboratório, foram construídos alguns programas para simular
aspectos do comportamento inteligente. A técnica usada na elaboração dos programas
pode ser resumida em poucas etapas:
7
Carlota Santos
Diferentemente do método exaustivo de tentativa e erro (como defendia o
falsificacionismo de Karl Popper), que conduz sempre a uma solução quando ela existe,
o Método de Análise é um método falível.
O programa recebeu o nome de "Solucionador Geral de Problemas" porque a
manipulação desses métodos permite resolver diferentes tipos de problemas, sejam
eles problemas de xadrez, de Lógica Elementar, etc.
Os autores do GPS e do LT admitem que a evidência fornecida pelos vários
experimentos realizados empregando a técnica de simulação é suficiente para verificar
a hipótese de que as estratégias utilizadas pelo computador e pelo sujeito humano são
as mesmas. Com base nesta suposição, e tendo claramente especificadas as
estratégias utilizadas pelos indivíduos, foi desenvolvida a Teoria de Resolução Humana
de Problemas.
Para eles, "as teorias explicam o comportamento manifesto na execução de uma
tarefa à medida que elas descrevem a manipulação da informação num nível
elementar, onde um intérprete simples (tal como um computador digitaI) pode
transformar a descrição num processo efetivo para realizar sua meta".
8
Carlota Santos
caso a IA se torne incontrolável e apenas se possa controlar se nos tornarmos todos
máquinas.
9
Carlota Santos
que é um “bem maior”? Como evitar situações de envolvimento afetivo com
robôs?
Mais do que nunca, são precisas respostas. Daqui para a frente assistiremos, cada
vez mais, ao debate das questões éticas no campo da IA, incluindo a níveis
governamentais e envolvendo diversos países.
Problematização:
Problema:
A inteligência artificial irá suplantar a inteligência
humana?
Será a evolução da ciência um verdadeiro progresso para
a condição humana?
Tese:
Numa primeira vista acreditasse que não se irá
suplantar a inteligência humana e a evolução da ciência é
um progresso para a condição humana, afinal foram os
humanos que criaram os robôs mas se investigarmos
conseguimos perceber que não é bem assim.
Como dito anteriormente “ Num mundo dominado pela máquina, pela ciência e pela tecnologia,
a base das relações humanas (os valores morais) fica muitas vezes esquecida. Verifica-se uma redução
da proximidade das pessoas, tudo se torna mecanizado, artificial e nada é natural ou verdadeiro. Um
mundo, onde tudo o que interessa é o que é útil, necessário, e tudo deve estar predestinado e
programado de modo a prever as consequências de todos os acontecimentos.“
No excerto apresentado, a tese defendida é que na sociedade descrita, o Homem é superior à
Natureza. Para além de criar e inovar novas formas tecnológicas, há também um condicionamento ético
e uma predestinação social para os tornar futuros cidadãos unicamente dedicados às tarefas onde estão
inseridos. Verifica-se uma vontade geral por parte dos cientistas de conseguirem alcançar o avanço
científico para ultrapassar a Natureza, onde tudo acontece de forma natural e “acidental”.
De acordo com Thomas S. Kuhn que se ocupou principalmente do estudo da história da ciência,
no qual mostra um contraste entre duas conceções da ciência:
Através destes dois ramos podemos abranger duas novas opiniões, em primeiro a IA não poderá
suplementar a humana porque não é totalmente controlada e racional e a evolução é um verdadeiro
progresso, pelos motivos contrários. Mas por outro lado, pela perspetiva historicista, a inteligência
humana poderá ser suplantada pois a ciência, neste caso a IA, é ela é entendida como atividade
concreta que se dá ao longo do tempo e que, em cada época histórica, apresenta peculiaridades e
características próprias e a evolução continuará a ser um verdadeiro progresso, exatamente pela
definição da teoria.
10
Carlota Santos
-Palavras de Dora Kaufman
Argumentação:
Argumentos a favor e contra:
A favor: Contra:
O uso intensivo de máquinas elevará Poderão ser criadas leis que podem
enormemente a produtividade, a ser promulgadas para impedir o
riqueza total gerada pela sociedade avanço dessa tecnologia;
crescerá e os ganhos de
produtividade melhorarão a vida da
sociedade;
Mais tempo de lazer para humanos; Podem ocorrer diversas falhas com
ações “maléficas”.
Grandes utopias:
Menos trabalho “não-essencial” para os humanos/menor pressão no trabalho:
A grande utopia da Inteligência Artificial é simples.
As máquinas realizam todo o trabalho repetitivo com extraordinária precisão e
produtividade, enquanto os seres humanos gastam algum tempo a controlar o
processo produtivo trabalhando de forma prazerosa e dedicando tempo considerável à
saúde e bem-estar.
11
Carlota Santos
Nesta utopia, as máquinas oferecem diagnósticos médicos a todos os cidadãos, e
médicos humanos especializados ocupam-se apenas de novos casos e também da
interação mais pessoal com pacientes; as máquinas oferecem serviços legais simples,
enquanto advogados humanos ocupam-se de negociações mais complexas e da
conceção de novos instrumentos jurídicos…Essa sociedade utópica também dará
grande assistência ao envelhecimento da população: assistentes artificiais estarão
disponíveis de forma ininterrupta, até para conversar e confortar.
Assim, o mercado de trabalho é completamente subvertido pela Inteligência
Artificial, mas o resultado é bem-vindo: atividades não desejadas são ocupadas por
máquinas que operam com grande eficiência, e seres humanos se ocupam de
atividades de seu interesse.
12
Carlota Santos
“Os ganhos de produtividade melhorarão a vida da sociedade em geral,
aprimorando os serviços e produtos do setor privado, oferecendo mais recursos para o
setor público.”
Os produtos serão mais úteis e mais eficientes, reduzindo por exemplo a
poluição. Os recursos públicos, administrados e fiscalizados com suporte de agentes
artificiais, serão utilizados com maior eficiência e sob maior controle social.
Distopias catastróficas:
Menor segurança e privacidade:
O assistente do Google funciona de uma maneira simples: O usuário faz
perguntas sobre locais que o interessam e que estejam próximos, previsão do tempo,
ou como está o trânsito. E para ficar mais eficiente, o assistente irá aprender sobre os
hábitos e preferências do usuário, para poder oferecer resultados mais satisfatórios e
personalizados.
E é aí que se entra a questão ética, pois para a inteligência artificial "aprender", ela
terá que recolher e analisar muitos dados sobre o usuário, para poder dar resultados
mais precisos. Contudo isso significa que estaremos a sacrificar a segurança e a
privacidade dos dados para que a Google e entre outras empresas, possam
desenvolver o que acabará por se tornar uma nova forma de ganhar dinheiro.
Poderão ser criadas leis que podem ser promulgadas para impedir o avanço dessa
tecnologia:
Pode ocorrer uma resistência tremenda à Inteligência Artificial: leis podem ser
promulgadas para impedir o avanço dessa tecnologia ou para criar tanta burocracia
que o avanço se torne impossível.
Por exemplo, imagine que associações de médicos proíbem a análise automática de
radiografias: isso impedirá a existência de empresas com essa tecnologia, e em pouco
tempo a população (grande parte da qual hoje não tem acesso a médicos) poderá
enviar suas radiografias a outros países para análise. Outro exemplo: imagine uma
legislação que, no querer de evitar comportamento não-ético, torne impossível
qualquer teste de um dispositivo artificial que se comunique com seres humanos.
13
Carlota Santos
Mesmo num mundo com máquinas superinteligentes e dóceis poderá haver
problemas com proteção de privacidade, falta de explicação, falhas – talvez causadas
por seres humanos incompetentes ou mal-intencionados. Também poderá haver
desigualdade, até mesmo disputa sobre os meios de produção.
Conclusão:
Em suma, neste trabalho foram apresentadas, questões acerca dos impactos
éticos causados pela inserção de elementos que se diferem da humanidade enquanto
constituição física e operacional. O novo elemento que se apresenta é o artificial, com
suas engrenagens, circuitos, metal e rodas. Nesse contexto, uma vez que é instituído
um novo ambiente com a presença do artificial, um novo sistema ético deveria
também ser fundamentado a fim de sanar as novas problemáticas que envolvem os
homens e suas possíveis máquinas. Por conta desta nova ética, reformulada a fim de
se adequar a um novo contexto, o homem e o seu conceito de humanidade deslocam-
se de si mesmos e passam a perceber e considerar um ambiente mais amplo. Como
ressalta Floridi (2001) “nós ainda estamos como crianças de ânimo leve e perigoso a
brincar com um universo maravilhoso”
Este progresso de inovação naturalmente gera reações, algumas otimistas, outras
pessimistas.
De acordo com Popper, a partir do momento em que ocorrem falhas nas
teorias/experiências, essas devem ser eliminadas e devem ser criadas outras que nos
permitem evoluir.
De acordo com Khun, o desenvolvimento científico consiste numa sucessão
descontinuada e não cumulativa de períodos de relativa estabilidade, interrompidos
por processos revolucionários, ou seja, a IA, passaria por problemas, conjeturas e
refutações até ser aprovada.
Na minha opinião, a inteligência artificial é necessária e uma boa descoberta mas
é claro que traz imensos problemas, maior parte deles sendo éticos. Como já disse
anteriormente neste trabalho, as falhas técnicas que poderão levar à parte maléfica da
IA, não são seguras e se não existir um protocolo de segurança que a impeça de tomar
poder, não deve sair para o mercado.
14
Carlota Santos
Depois de imensa pesquisa e com a realização deste trabalho, existe uma
verificação para a tese formulada e para a minha opinião, a IA irá suplantar a
inteligência humana, se não for controlada, a IA é propícia a falhas e erros que a
podem levar a uma parte maléfica e de querer controlo sendo assim capaz de superar
os humanos, podemos entender isto através de alguns filmes onde os robôs tomam o
controlo do mundo. Como primeiro argumento apresento a natureza da qual provimos
e uma das perspetivas de Thomas Khun, nascemos num mundo onde cada vez mais a
tecnologia evolui, então decerto que com tempo e evolução a IA se tornará segura, e
irá ter falhas eliminadas, ao mesmo tempo que essencial. No segundo argumento, as
vantagens e desvantagens que obtemos a partir da IA, percebemos que por de trás das
incríveis vantagens, existem imensas desvantagens mas que com todo o processo
evolutivo podem ser discriminadas e “arranjadas”, tornando assim esta, uma
sociedade possível, sem suplantação da inteligência humana.
Glossário:
Inteligência artificial: avanço tecnológico que simula uma inteligência similar à
humana;
Thomas Khun: Thomas Samuel Kuhn foi um físico e filósofo da ciência estadunidense.
Seu trabalho incidiu sobre história da ciência e filosofia da ciência.
15
Carlota Santos
Webgrafia/bibliografia:
● GASPAR, Adília Maria; MANZARRA, António. Filosofia 11. Lisboa: Raiz, 2020;
● KAUFMAN, Dora. A inteligência artificial irá suplantar a inteligência humana?.
São Paulo: Estação Das Letras E Cores Edi, 02/05/2019;
● PANTALEÃO, Nathália Cristina Alves. (2010). Máquinas e sociedade: uma
abordagem ética acerca do artificial.
● POIESIS, Juris. Direitos dos robôs, tomadas de decisões e escolhas morais:
algumas considerações acerca da necessidade de regulamentação ética e
jurídica da inteligência artificial. Qualis B1, VOL.20, NO 22 (2017) DOI:
10.5935/2448-0517.20170007.
● FELIPE, Bruno Farage da Costa. Direitos dos robôs, tomadas de decisões e
escolhas morais: algumas considerações acerca da necessidade de
regulamentação ética e jurídica da inteligência artificial. DOI: 10.5935/2448-
0517.20170007;
● COZMAN, Fabio G. Inteligência Artificial: uma utopia, uma distopia. Teccogs:
Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, TIDD | PUC-SP,
● São Paulo, n. 17, p. 32-43, jan-jun. 2018.
● LOBO, Luiz Carlos. Inteligência Artificial e Medicina.Rev. bras. educ. med. vol.41
no.2 Rio de Janeiro Apr./June 2017
● ALMEIDA, Clara. Ensaio filosófico – “Admirável mundo novo”. (2016)
● TEIXEIRA, J. de F. & QUILICI GONZALES, M.E. - Inteligência Artificial e teoria de
resolução de problemas. Trans/Form/Ação, São Paulo, 6: 45-52, 1983.
● https://intelligenzait.com/desafios-eticos-e-morais-da-inteligencia-artificial/
● https://www.dn.pt/vida-e-futuro/elon-musk-humanos-devem-fundir-se-com-a-
inteligencia-artificial-para-nao-se-extinguirem-10239349.html
16
Carlota Santos
17
Carlota Santos