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RELATÓRIO DA ATIVIDADE PRÁTICA

Titulo: Quais as principais diferenças entre a fase mitótica de células animais e células vegetais.

Introdução/objetivos:

Nesta atividade experimental, temos como objetivos:

 Observar, usando o ápice vegetativo da raiz de uma cebola, as diferentes fases da


mitose em células vegetais.
 Identificar as fases do ciclo responsáveis pela manutenção de número de
cromossomas/teor de DNA nas células filhas.
 Observar a citocinese em células vegetais.
 Estabelecer as diferenças relativamente à fase mitótica em células animais e vegetais.

A mitose é um processo que permite a um núcleo dividir-se em dois exatamente com a


mesma quantidade e informação genética. Posteriormente à divisão do núcleo ocorre a
divisão do citoplasma (citocinese) originando-se duas células individualizadas.

Os cromossomas, que se encontram no núcleo da

célula, são formados por DNA e proteínas- histonas.

O ciclo celular (inicia-se com o aparecimento de uma nova célula e termina com a
divisão em 2 células filhas) e está dividido em duas etapas:

     - Interfase, com as subfases: G1, S; G2

     - Fase mitótica que engloba a Mitose e Citocinese.

A Mitose divide-se em Profase, Metafase, Anafase e Telefase.


No princípio da formação dos vegetais, todas as células do embrião de dividem, mas
mais tarde são criadas estruturas próprias para a multiplicação celular – os meristemas - onde
ocorrem sucessivas divisões celulares. Essas estruturas encontram-se nos ápices radiculares e
formam o meristema apical radicular. Existem também zonas de alongamento celular, onde
ocorre o alongamento das células e sua especificação

Observações: Em anexo

Discussão:
a) Justifica a identificação atribuída, por si, a cada um dos esquemas, que fez, das
observações.

Com as observações efetuadas distinguimos as diferentes fases da mitose através de


aspetos relevantes pertencentes aos acontecimentos de cada uma das fases:
Esquema A- A célula encontrava se em profase já que era possível distinguir os seus
cromossomas, apesar de ainda se encontrarem um pouco enrolados em si, desapareceu o

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nucléolo e em alguns esquemas percebe-se que a membrana nuclear não existe, pois, os
cromossomas estão dispersos;
Esquema B- As células encontravam-se em metafase, podia observar-se os cromossomas
localizados em placa equatorial prontos a serem “puxados” / separados pelas fibras do fuso
acromático;
Esquema C- A célula estava em anafase, era possível observar os cromossomas na sua
ascensão aos polos da célula;
Esquema D- Por fim, na telofase podemos ver a formação de dois núcleos, onde os
cromossomas   descondensaram-se não sendo possível distingui-los, a cromatina fica assim
dispersa no núcleo.
Esquema E- A célula está em interfase- duas células individualizadas onde se destaca o
núcleo, mas não se observam os cromossomas. Células geneticamente igual à célula-mãe.

b) Compara o aspeto das células à medida que se afasta da extremidade radicular


relativamente a:
i. …Fase do ciclo em que se encontram. Na extremidade as células estão em mitose
(profase, metafase, anafase, telofase). Quando no afastamos da extremidade as
células encontram-se em interfase.
ii. …Dimensão das células. No meristema apical radicular, onde as células estão em
divisão sucessivas, as células são pequenas, apresentam núcleos volumosos,
pequenos vacúolos (embora não visíveis nas nossas preparações). Contudo
quando nos afastamos desta zona, a 4 cm, e entramos na zona de alongamento
as células são de maior dimensão, alongadas, com vacúolos de grandes
dimensões, núcleos pequenos, e um citoplasma muito reduzido situado entre a
membrana celular e os vacúolos. Aí as células estão em crescimento/alongamento
e em especialização, daí a dimensão e fase em que se encontravam.

c)  “A mitose é um processo contínuo.” Comente a afirmação. A divisão é um processo


contínuo e como tal as subfases não devem ser entendidas como etapas estanques e
sem conexão. A separação em fases apenas facilita a compreensão e interpretação do
processo de divisão, na realidade não há pausas no processo mitótico.
d) É possível observar citocinese em células vegetais? Fundamente a resposta.
É possível observar a divisão do citoplasma, ainda que esta divisão não se processe de
forma igual à das células animais. Na citocinese dos vegetais não se observa o
estrangulamento do citoplasma comum nas células animais. Nas células vegetais, devido à
existência da parede celular, a citocinese ocorre devido à deposição de vesículas golgianas
que formarão a membrana e futura parede celular.

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Contudo nas nossas preparações não foi possível observar a citocinese, embora saibamos
que quando o núcleo entra em telofase está já decorrer a divisão do citoplasma.
Observamos ainda células em interfase, indicador que já ocorreu o processo da divisão
citoplasmática obtendo-se células individualizadas.

Conclusão:
Apontar semelhanças e diferenças entre a mitose em células animais e vegetais.

A partir desta atividade experimental podemos concluir que a mitose é um processo de


grande importância para os vegetais, uma vez que lhes possibilita o seu crescimento e
desenvolvimento, que é contínuo ao longo da vida. Nos animais, quando o crescimento
para, permite a manutenção e regeneração dos tecidos. Os processos de reprodução
assexuada têm por base a divisão do núcleo por mitose.

Com as observações efetuadas podemos concluir que a mitose quer nas células animais e
vegetais é um processo contínuo, mas que para ser mais fácil perceber o processo, está
dividida em subfases: profase, metafase, anafase e telofase. Podemos distinguir estas
diferentes fases através de aspetos relevantes, já referidos na alínea a).
Reconhecemos que a fase S da interfase, onde ocorre a replicação semiconservativa do DNA,
é responsável pela formação de cromossomas com dois cromatídeos unidos pelo
Centrómero. Durante a anafase ocorre divisão do centrómero e migração polar dos
cromatídeos irmãos indo cada um para sua célula filha. Estas duas fases período S e anafase
são responsáveis pela manutenção do nº de cromossomas/teor de DNA nas células filhas.
Permitindo a formação de células que são clones da célula mãe.

A mitose em células animais é astral (os centríolos da célula animal estão envolvidos
nas fibras do áster) e nos vegetais superiores é anastral (não se observa centríolos

nem fibras do aster). Por este motivo, nos vegetais, as fibras do fuso acromático serão
formadas nos centros organizadores que se localizam nos polos das células.

Outra diferença diz respeito à citocinese. Nos Animais ocorre por estrangulamento, pela
ação de um anel de filamentos contráteis constituídos por moléculas de miosina e actina.
É um processo centrípeto.

Nas células vegetais faz-se através de fragmoplastos. As células vegetais, devido à presença
de uma parede esquelética rígida, não é permitido a divisão por estrangulamento. Neste
caso, vesículas derivadas do complexo de Golgi alinham-se na região equatorial e
constituem o fragmoplasto. Estas vesículas fundem-se, para formar uma estrutura que é a

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membrana plasmática de cada célula filha. Mais tarde, pela disposição de fibrilas de
celulose, constituem-se as paredes esqueléticas. Estas paredes começam a formar-se da
parte central para a periferia (centrífuga), até se ligarem à parede lateral da célula mãe. A
parede celular não é contínua, deixando alguns poros, por onde os citoplasmas das células
recém-formadas se continuam constituindo os plasmodesmos, que testemunham a origem
comum das duas células. 

Inês Medeiros 11º D, nº 8

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