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MEIOSE

Processo de divisão celular dos gametas


Vinícius Pinheiro do Vale


Universidade salgado de oliveira - Universo - SG
Professor - Claudio Cirne
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MEIOSE
A meiose é um processo de divisão celular caracterizado pela formação
de quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos da
célula-mãe. Podemos concluir, então, que a carga cromossômica
reduz-se de 2n para n, (46/23).

Ela se divide em interfase (G1, S e G2), meiose I e meiose II (Prófase I,


Metáfase I, Anáfase I, Telófase I e Prófase II, Metáfase II, Anáfase II,
Telófase II).

Esquema geral da meiose.

INTERFASE
A intérfase é o período do ciclo celular em que a célula aumenta o seu
volume, tamanho e número de organelas. Nessa fase de intervalo entre
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meioses/mitoses da célula, ela não só cumpre suas atividades vitais


como também reúne condições para se dividir e originar células-filhas.
A interfase é dividida em três etapas:

G1 – Ocorre maior crescimento, síntese de proteínas, enzimas e RNA.


S – Nesta fase, ocorre a auto replicação semiconservativa do DNA, ou
seja, cada cromossomo será duplicado. Os cromossomos duplicados
passam a ter agora dois filamentos (ou dois braços) que são
denominados de cromátides irmãs e são ligados pelo centrômero.
G2 – Ocorre a duplicação dos centríolos e nesta fase haverá um
período de “avaliação interna” para checar se não ocorreram erros
durante a duplicação do DNA.

Gráfico da concentração de DNA durante o ciclo celular.


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EVENTOS DA MEIOSE I

Eventos da meiose I.

Prófase I – É bastante complexa e de longa duração devido aos


fenômenos que nela ocorrem e por isso foi subdividida em:

1. Leptóteno: espiralização dos cromossomos;


2. Zigóteno: pareamento de cromossomos homólogos;
3. Paquíteno: Crossing-over (troca de segmentos de DNA entre
cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos);
4. Diplóteno: formação de quiasma, separação de cromossomos
homólogos;
5. Diacinese: desaparecimento do nucléolo;
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Metáfase I – Máxima condensação dos cromossomos,


desaparecimento da carioteca e formação da placa equatorial pelos
cromossomos homólogos;

Anáfase I – Separação dos cromossomos homólogos, ou seja, os


emparelhamentos dos cromossomos homólogos são desfeitos e seus
respectivos centrômeros com as cromátides-irmãs fixadas são puxados
para pólos opostos da célula;

Telófase I – Os conjuntos haplóides de cromossomos se agrupam nos


pólos opostos da célula, nucléolo e carioteca retornam, divisão dos
centríolos para lados opostos da célula, citocinese (divisão do
citoplasma).

Após o término da meiose I a célula sofrerá uma nova divisão


consecutiva, sem existir outra duplicação do material genético. O
intervalo entre as fases da meiose é chamado de intercinese.
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EVENTOS DA MEIOSE II

Eventos da meiose II.


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Prófase II – Os cromossomos voltam a se condensar, o nucléolo e


carioteca desaparecem e ocorre a duplicação dos centríolos;

Metáfase II – Máxima condensação dos cromossomos, formação da


placa equatorial com os cromossomos um embaixo do outro;

Anáfase II – Separação das cromátides-irmãs, puxadas pelas fibras do


fuso acromático em direção aos pólos opostos da célula;

Telófase II – Reaparecimento do nucléolo e carioteca, divisão dos


centríolos para lados opostos da célula e a citocinese. Totalizando 4
células filhas haplóides (n), ou seja, com apenas a metade do número
de cromossomos da célula que as originou.

É importante salientar que durante a primeira divisão da Meiose ocorre


a separação dos cromossomos homólogos, enquanto na segunda
divisão, ocorre a separação das cromátides-irmãs, o que resulta em
células-filhas com a metade do material genético da célula de origem.
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Fases da meiose I e meiose II.

CROSSING-OVER
Processo onde ocorre a troca de material genético entre cromossomos
homólogos. Acontece durante a fase Paquíteno da prófase I da divisão
celular da meiose.
O crossing-over é um fenômeno que envolve cromátides homólogas e
consiste na quebra dessas cromátides em certos pontos, seguida de
uma troca de pedaços correspondentes entre elas. As trocas provocam
o surgimento de novas sequências de genes ao longo dos
cromossomos e aumentando a variabilidade genética. Assim, se em um
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cromossomo existem vários genes combinados segundo certa


sequência, após a ocorrência do crossing-over a combinação pode não
ser mais a mesma.

Esquema do crossing over ou troca de material genético entre cromátides homólogas.

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