Você está na página 1de 85

Módulo B2 – Processo de Reprodução

Ano letivo 2023/2024


Disciplina: Biologia
Professora: Mónica Vieira
Organização do material genético

Histonas – proteínas associadas às moléculas de DNA, conferindo-lhe estabilidade e


responsáveis pelo processo de condensação.

Cromatina – porção de DNA associado às histonas. Os filamentos de cromatina


encontram-se dispersos no núcleo da célula.

Cromossomas – filamentos curtos e espessos de cromatina, resultantes do processo de


condensação da célula aquando da sua divisão.
Organização do material genético

Ao longo do ciclo celular, a


cromatina pode apresentar-se
numa forma distendida ou
condensada, individualizando os
cromossomas.
Organização do material genético

Aquando da condensação, os cromossomas possuem duas moléculas de DNA que constituem


cromatídios-irmãos unidos numa região do cromossoma designada por centrómero.
DNA associado a proteínas formando o nucleossoma, no primeiro nível de compactação da
cromatina, em de fibras de 11nm. Imagem de microscopia óptica, onde as setas brancas
assinalam as fitas de DNA entre nucleossomas e as setas pretas assinalam os nucleossomas.
Fonte: https://knoow.net/ciencterravida/biologia/cromatina/
Organização do material genético

A maioria dos organismos


procariontes apresenta uma só
molécula de DNA, que não está
associada a proteínas e se encontra no
hialoplasma.

https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/02/celula-procariotica.jpg
Organização do material genético

Nos eucariontes, os cromossomas são


formados por longas cadeias de DNA
enroladas em torno de proteínas (histonas),
constituindo a cromatina.

https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2022/05/celula-eucariotica.jpg

https://media.istockphoto.com/id/503801491/es/foto/el-aumento-a-peque%C3%B1a-escala-de-la-planta-las-c%C3%A9lulas-
de-metafase-y-anaphase.jpg?s=612x612&w=0&k=20&c=7dEc0V5WVqSX1vaCJEUtBx3_UbV3BF0aymv5DUXQiOA=
Os cromatídeos de um cromossoma
encontram-se unidos por uma estrutura
resistente designada centrómero, que
corresponde a uma região constituída por
sequências repetitivas de DNA.

O filamento de DNA, presente em cada


cromatídeo, enrola-se em torno de um
conjunto de histonas, formando um
nucleossoma.

Cariótipo: número e tipo de cromossomas


característicos de cada espécie.
Em muitos eucariontes existem pares de
cromossomas idênticos pois são seres que
resultam da união de dois gâmetas.
Estes cromossomas de cada par, refletem a
igual contribuição dos progenitores para a
descendência, cromossomas homólogos.

Os cromossomas podem ser constituídos por


um cromatídeo ou dois unidos por proteínas,
as coesinas, numa região denominada
centrómeros.
No ciclo celular, os cromossomas duplicam o
número de cromatídeos na fase
S da interfase e passam a ter só em anafase.
Cariótipo humano
Reprodução

A reprodução é a função através da qual os seres vivos produzem descendência,


assegurando a continuidade da espécie.

Estes mecanismos podem ser classificados em dois grandes grupos:


a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Reprodução Assexuada
Vantagens Na reprodução assexuada, a descendência é produzida por um
único progenitor e baseia-se, num processo de divisão celular
• Um único indivíduo produz em pouco simples – a mitose.
tempo descendência numerosa. Geram-se assim duas células-filhas, geneticamente idênticas à
• Não necessita de um parceiro sexual (o célula-mãe, por este motivo, denominam-se clones.
que é ideal para colonizar rapidamente
Desvantagens
um habitat favorável).
• Não ocorre produção de células sexuais (gâmetas), nem o
• Menor gosto de energia na reprodução.
seu cruzamento aleatório (fecundação).
• Vantagem económica, ao permitir
• Não contribui para a variabilidade genética das populações.
selecionar variedades de plantas com
• As mesmas tornam-se menos adaptáveis a condições
características pretendidas e reproduzi-
ambientais adversas.
las em grande quantidade.
Reprodução Sexuada
A reprodução sexuada envolve a formação e a união de células especializadas – gâmetas.
Os gâmetas são formados por um tipo especial de divisão celular chamado meiose e a união do gâmeta
masculino com o gâmeta feminino denomina-se fecundação.
A meiose é um processo de divisão celular, a partir do qual uma célula diploide (2n) origina quatro células
haploides (n), isto é, as células-filhas apresentam metade do número de cromossomas da célula-mãe.
Vantagens Desvantagens
• Há produção de gâmetas e fecundação – ocorre
• São sempre necessários dois progenitores.
recombinação genética.
• Geralmente origina menor quantidade de
• Contribui para a variabilidade genética das
descendência.
populações.
• É mais dispendioso energeticamente, para o
• Permite uma maior adaptabilidade às possíveis
ser vivo.
variações das condições ambientais.
Seres Um ciclo forma dois novos
unicelulares indivíduos.

Ciclo Celular São necessários inúmeros


ciclos para formar todas as
células que constituem um
indivíduo.
Seres
multicelulares
Essencial para a renovação
e regeneração celular ao
longo da vida dos
organismos.
Cromossoma
Bacteriano (DNA)

Ciclo celular

Reprodução Procariontes
Seres Um ciclo forma dois novos
unicelulares indivíduos.

Ciclo Celular São necessários inúmeros


ciclos para formar todas as
células que constituem um
indivíduo.
Seres
multicelulares
Essencial para a renovação
e regeneração celular ao
longo da vida dos
organismos.
Ciclo Celular
O conjunto de etapas pelas quais uma célula pode passar, desde que se forma até que dê origem a duas
células-filhas chama-se ciclo celular.

Interfase Fase mitótica ou mitose


• Período relativamente longo quando comparado • Processo que permite que um núcleo se divida
com a mitose. originando dois núcleos-filhos, cada um
• Neste período, a célula procede à síntese de contendo uma cópia de todos os cromossomas
diversos constituintes, que conduz ao do núcleo original e, de toda a informação
crescimento e à maturação, de modo a se genética.
preparar para uma nova divisão celular. • Esta divisão nuclear é, geralmente, seguida de
uma divisão do citoplasma, designada
citocinese.
Interfase Fase mitótica

Período G1 Período S Período G2 Profase Metafase Anafase Telofase

Citocinese
Ciclo celular -Inferfase
A interfase compreende três períodos: G1, S e G2.

Corresponde, normalmente, ao período mais longo da vida da célula.

Divide-se em:
• fase G1 – a célula cresce e produz novos organelos, desenvolvendo uma intensa atividade
metabólica;
• fase S – ocorre a replicação semiconservativa do DNA, passando cada cromossoma a ser
constituído por dois cromatídios, que se apresentam unidos ao nível do centrómero;
Apesar de não se verificar alteração do número de cromossomas, ocorre duplicação da
quantidade de DNA
• fase G2 – a célula prepara-se para a divisão celular, sintetizando, entre outras, as proteínas
necessárias a esse processo.
Ciclo celular -Mitose

Prófase

• Condensação gradual dos cromossomas.


• Migração dos centríolos para polos opostos da célula.
• Formação das fibras do fuso acromático.
• Desaparecimento do nucléolo.
• Desorganização completa do invólucro nuclear.
Ciclo celular -Mitose
Metáfase

• Os cromossomas atingem o estado de


máxima condensação.
• Ocorre alinhamento dos centrómeros dos
cromossomas na região equatorial da
célula, constituindo a placa equatorial.
Ciclo celular -Mitose
Anáfase

• Separação dos cromatídios de cada cromossoma, em


resultado da divisão dos centrómeros.
• Após separação, ocorre a migração, ou ascensão polar,
dos dois conjuntos de cromossomas‑filhos para os
polos da célula.
Ciclo celular -Mitose
Telófase

• Inicia‑se com a chegada dos dois conjuntos de cromossomas aos polos da célula.
• Desaparecimento das fibras do fuso acromático.
• Reconstituição do invólucro nuclear, reorganização dos nucléolos e
descondensação dos cromossomas.
Ciclo celular - Citocinese

• Nas células animais, a citocinese começa com a • Nas células vegetais, vesículas derivadas
formação de um sulco na membrana celular, na do aparelho de Golgi, alinham-se no
região equatorial da célula. plano equatorial da célula.
• O aprofundamento desse sulco provoca um • Da fusão dessas vesículas resultam as
estrangulamento que acaba por separar as membranas das células-filhas, bem como
membranas das células-filhas. a parede celulósica das células.
Variação da quantidade de DNA

O número de cromossomas não varia


Num ciclo celular de 24 horas, a duração aproximada das diferentes fases do ciclo celular é:
período G1 – 11 horas; período S – 8 horas; período G2 – 4 horas; fase mitótica – 1 hora.
Ver manual página 202
Prevê/Deduz
Bipartição
Ocorre em seres unicelulares; por exemplo, bactérias, paramécias e amibas

A bipartição, também denominada divisão simples, fissão binária ou cissiparidade, é o processo


mais simples de reprodução assexuada e ocorre sobretudo em seres unicelulares, através de um
mecanismo que consiste na divisão de uma célula em duas. Durante o processo de bipartição, o
progenitor perde a sua individualidade, formando dois clones.
Fragmentação

A fragmentação é um tipo de reprodução assexuada em que se obtém um


novo indivíduo a partir da regeneração de um fragmento de um indivíduo
progenitor. O organismo divide-se em diversos fragmentos, espontaneamente ou
por acidente. Cada fragmento regenera e origina um organismo completo. Ocorre,
por exemplo, em planárias e algas.
Gemulação

A gemulação ou gemiparidade ocorre quando, na superfície da célula ou do indivíduo, se forma uma


protuberância denominada gomo ou gema. Ao separar-se, o gomo dá origem ao novo indivíduo,
geralmente de menor tamanho que o progenitor. A gemulação ocorre em seres unicelulares, como as
levedura, em seres pluricelulares, como a esponja ou a hidra e também pode ocorrer em plantas.
Esporulação

A esporulação consiste na formação de células especiais denominadas esporos, que originam novos
seres vivos, por germinação. Estes esporos são formados por mitose em estruturas especiais, os
esporângios. Os esporos são libertados e germinam apenas quando as condições são favoráveis,
originando novos indivíduos. É um processo muito comum em fungos.

Esporângios de um fungo (bolor do pão – Rhizopus sp.).


Multiplicação vegetativa

A propagação vegetativa é um processo de reprodução exclusivo das plantas, semelhante à fragmentação


com regeneração dos animais, e ocorre devido à existência nas plantas de tecidos especiais chamados
meristemas, cujas células mantêm a capacidade de diferenciação. Ocorre quando as estruturas
multicelulares se fragmentam, separando-se da planta-mãe e dando origem a uma nova planta.

Folhas • Certas plantas, como a kalanchoe


(Bryophyllum sp.), nativa de Madagáscar,
desenvolvem pequenos propágulos nas
margens das folhas, que se separam, caindo ao
solo e dando origem a uma planta nova.
Multiplicação vegetativa

Estolhos

• Certas plantas, tais como os morangueiros (Fragaria sp.) e as begónias (Begonia sp.),
produzem plantas novas em caules prostrados chamados estolhos. Cada estolho parte
do caule principal e pode dar origem a várias plantas novas. O caule principal morre assim
que as novas plântulas desenvolvem as suas próprias raízes e folhas.
Multiplicação vegetativa

Tubérculos

• Estes caules subterrâneos, volumosos e ricos em substâncias de re-serva, dos quais


as batatas (Solanum tuberosum) constituem, talvez, o exemplo mais comum,
possuem gomos com capacidade germinativa, os quais dão origem a novas plantas.
Multiplicação vegetativa

Rizomas

• Várias plantas, como os lírios (Lilium sp.), os bambus (Bambusa sp.) e os fetos (Divisão
Pteridophyta), possuem caules subterrâneos alongados e ricos em substâncias de
reserva. Estes caules, denominados rizomas, permitem à planta sobreviver em
condições desfavoráveis, ainda que a parte aérea morra. Os rizomas têm a capacidade
de alongar-se, originando gemas, que se diferenciam em novas plantas.
Multiplicação vegetativa

Bolbos

• Plantas como a cebola (Allium cepa) ou as tulipas (Tulipa sp.) possuem bolbos. Estes
caules subterrâneos possuem um gomo terminal rodeado por camadas de folhas
carnudas, ricas em substâncias de reserva. Quando as condições se tornam
favoráveis, formam-se gomos laterais, que se rodeiam de novas folhas carnudas, e
originam novas plantas.
Multiplicação
vegetativa artificial

Estacaria Enxertia
Falta a Mergulhia - Ver manual página 204
Divisão Múltipla

O núcleo da célula progenitora divide-se muitas vezes, por mitose.


Cada núcleo é rodeado por citoplasma e por uma membrana plasmática.
A membrana da célula progenitora rompe e as células-filhas são libertadas.
Ocorre, por exemplo, em plasmódios (organismos unicelulares que causam a malária).

Libertação
Célula-mãe Mitoses sucessivas
Partenogénese

O organismo desenvolve-se a partir


de um óvulo não fecundado. Rainha Zangão

É uma estratégia usada por algumas espécies quando o


número de machos Óvulos Espermatozoide
na população é muito reduzido.

Ocorre, por exemplo, em abelhas


e pulgas-de-água, mas também em vertebrados como
alguns peixes
e os dragões de Komodo.
Zangão Operária Rainha

Reprodução por partenogénese nas abelhas


Ploidia: número de conjuntos completos de cromossomas presentes numa célula.

(A) (B)

Haploide (B): célula que apresenta apenas Diploide (A): célula que apresenta dois
um conjunto completo de cromossomas. conjuntos completos de cromossomas.
Reprodução sexuada,
fecundação e meiose
A reprodução sexuada consiste na obtenção de descendentes que resultam do
desenvolvimento de um ovo ou zigoto, formado pela união de gâmetas.

Gâmeta Gâmeta Ovo ou


masculino feminino Zigoto
Na fecundação verifica-se duplicação cromossómica (de n para 2n), sendo que assim se pode
manter o número de cromossomas típico de cada espécie.
As células diploides têm pares de cromossomas
homólogos, que têm a mesma forma, dimensão e
posição do centrómero.

Os homólogos apresentam a
mesma disposição de genes carga genética equivalente
(alelos dos mesmos genes)
responsáveis pelas diferentes
características, mas com
variações (alelos).

Origem materna Origem paterna


Meiose

são necessárias duas divisões


celulares consecutivas:
• Meiose I
• Meiose II
Meiose I
ocorre separação dos
cromossomas homólogos, o
que leva à formação de duas
células-filhas haploides

cada cromossoma mantém


os dois cromatídeos-irmãos
Meiose II
a separação dos
cromatídeos-irmãos
(semelhante à mitose)
permite a formação de
quatro células-filhas
haploides
A meiose implica duas divisões sequenciais, precedidas
pela replicação do DNA da célula inicial
• Na reprodução sexuada, os descendentes resultam de fecundação, ou seja, da fusão de duas
células especializadas (os gâmetas portadores de DNA, normalmente de indivíduos diferentes).

• Da união dos gâmetas – que são células haploides – resulta o ovo ou zigoto – célula diploide –,
que possui o dobro dos cromossomas dos gâmetas.
A reprodução sexuada envolve a criação e a união de células especializadas – gâmetas.

Os gâmetas são formados por um tipo especial de divisão celular chamado meiose e a união do gâmeta
masculino com o gâmeta feminino denomina-se fecundação.

• A meiose é um processo de divisão


celular, a partir do qual uma célula
diploide (2n) origina quatro células
haploides (n), isto é, as células-filhas
apresentam metade do número de
cromossomas da célula-mãe.
Meiose II

• O número de cromossomas e a sua estrutura


mantêm-se ao longo das gerações, devido à
ocorrência de meiose.
Meiose I
• Neste processo ocorrem duas divisões Cromatídios-
irmãos
consecutivas sem que ocorra interfase entre
elas:
Pontos de
quiasma

meiose I – divisão reducional Interfase

Cromossomas
meiose II – divisão equacional homólogos

• No final da divisão celular meiótica formam-se


quatro células haploides, ou seja, com metade
do número de cromossomas da célula inicial.
Para que da fecundação resulte um ovo diploide, com o número normal de cromossomas da espécie (2n),
torna-se necessário que cada gâmeta seja haploide, isto é, possua apenas metade destes
cromossomas (n).

• A meiose reduz o número de cromossomas de diploide (2n) para haploide (n)

Um núcleo diploide origina dois núcleos haploides.

Ocorre a separação de cromatídeos, obtendo-se, assim,


quatro núcleos haploides (n), cujos cromossomas são
constituídos por um cromatídeo.
Etapas da meiose
Prófase I Metáfase I Anáfase I Telófase I Prófase II Metáfase II Anáfase II Telófase II

• Emparelhamento • Os bivalentes • Os cromossomas • Os cromossomas • Os cromossomas • Os cromatídios • Rompimento • Formam-se


dos cromossomas encontram-se de cada bivalente atingem os polos e condensam, dos dos quatro núcleos
homólogos. ligados às fibras do separam-se e descondensam. forma-se o fuso, e cromossomas centrómeros e haploides.
fuso acromático. ascendem para os o invólucro estão unidos ascensão polar
• Formação dos polos opostos do • Originam-se dois nuclear pelos dos cromatídios
pontos de • Os pontos de fuso acromático. núcleos com desaparece. centrómeros que de cada
quiasma. quiasma formam a metade dos formam a placa cromossoma.
placa equatorial. cromossomas. equatorial.
• Ocorrência de
crossing-over.
Profase I

A profase I é a fase mais longa e mais complexa da meiose. Os cromossomas começam a condensar, sofrendo uma
espiralização, que os torna mais visíveis.
• os cromossomas homólogos emparelham ao longo de todo o seu comprimento, num processo denominado
sinapse. Estes pares de cromossomas designam-se díadas cromossómicas ou bivalentes. No final da profase, é
possível visualizar dois cromatídeos em cada cromossoma dos bivalentes. Nesta fase, os bivalentes apresentam os
quatro cromatídeos bem individualizados, chamando-se, por isso, tétrada cromatídica.
• ao longo dos cromatídeos, existem vários pontos de contacto chamados quiasmas (ou pontos de quiasma), onde
pode ocorrer troca de informação genética, isto é, quebras e trocas de segmentos entre os cromatídeos de
cromossomas homólogos. Este fenómeno designa-se recombinação ou crossing-over.
Ainda durante a profase I, a membrana nuclear e o nucléolo desorganizam-se progressivamente. Nas células
animais, os centríolos dividem-se e colocam-se em polos opostos, a partir dos quais se forma o fuso acromático.
Finalmente, os cromossomas deslocam-se para a zona equatorial do fuso.
Profase I - Crossing-over

• Troca recíproca de
segmentos dos cromatídios
dos cromossomas de
Cromossomas Ponto de
origem paterna e materna
que constituem o Gene homólogos quiasma
bivalente.

• Formação de cromossomas
recombinados, com genes
de origem materna e genes
de origem paterna. Cromossomas
recombinados
Metafase I

Nesta fase, os cromossomas homólogos de cada


bivalente dispõem-se aleatória mente na placa
equatorial, equidistantes dos polos e presos pelos
centrómeros às fibras do fuso acromático.

Ao contrário do que ocorre na metafase da


mitose, não são os centrómeros que se
localizam no plano equatorial do fuso acromático,
mas sim os pontos de quiasma.
Segregação aleatória dos cromossomas homólogos

• Durante a metáfase I, cada


bivalente dispõe-se de forma
aleatória e independente na
placa equatorial do fuso
acromático.

• Durante a anáfase I, ocorre,


portanto, a separação
independente dos
cromossomas homólogos.
Anafase I

Nesta fase, os cromossomas homólogos separam-se


aleatoriamente (redução cromática) e afastam-se para
polos opostos. Esta ascensão polar ocorre devido à
retração das fibras do fuso acromático, resultante da
despolimerização das proteínas que as constituem.
Os conjuntos cromossómicos que se separam e ascendem
aos polos são haploides e possuem informações
genéticas diferentes, o que contribui para a variabilidade
genética dos novos núcleos que se irão formar.
Telofase I
Nesta fase, os dois conjuntos de cromossomas
homólogos chegam aos polos da célula.
Normalmente, a citocinese ocorre nesta fase,
formando-se duas células-filhas.
Em algumas espécies, os cromossomas começam a
sua desespiralização, tornando-se finos e longos.
Diferenciam-se os nucléolos e as membranas nucleares,
formando-se dois núcleos haploides. A divisão II da
meiose ocorre imediatamente, ou logo após uma
interfase curta, mas não volta a ocorrer replicação
do material genético.
Profase II

Na profase II, os cromossomas com dois cromatídeos condensam-se.


O fuso acromático forma-se após a divisão do centrossoma. Os cromossomas
dirigem-se para a placa equatorial, presos pelo centrómero às fibras do fuso acromático.
Metafase II

Os cromossomas dispõem-se na placa equatorial, equidistantes dos polos e


presos pelo centrómero às fibras do fuso acromático.
Anafase II

Nesta fase, ocorre a divisão do centrómero e cada um dos cromatídeos do mesmo


cromossoma ascende para polos opostos.
Os dois conjuntos de cromossomas que acabam de se separar são haploides.
Telofase II

Na telofase II, os cromossomas atingem os polos e iniciam a sua desespiralização, tornando-se finos,
longos e invisíveis ao microscópio ótico. Tal como na telofase I, desorganiza-se o fuso acromático e
diferenciam-se os nucléolos e as membranas nucleares, formando-se dois núcleos haploides em cada
uma das células-filhas.
Após a citocinese, existem quatro células-filhas haploides.
REPRODUÇÃO SEXUADA – MEIOSE I E II
MITOSE VS. MEIOSE

MEIOSE MITOSE
MITOSE VS. MEIOSE
Crossing-over

(prófase I)

Recombinação genética,
Segregação
Em populações com reprodução durante a meiose, em
independente dos
sexuada, a variabilidade resultado de
cromossomas
genética deve-se
homólogos
essencialmente a
União aleatória dos gâmetas (anáfase I)
na fecundação
CICLO DE VIDA
Ciclo de vida é a sequência de estados na história reprodutiva de um organismo, começando na conceção do
indivíduo, até à produção da sua própria descendência. O ciclo de vida de uma espécie repete-se de geração em
geração.

Ao longo deste ciclo, existem dois fenómenos fundamentais:


• Meiose
• Fecundação

• Fase haploide ou • Fase diploide ou


haplófase (n): tem início diplofase (2n): tem
nas células que resultam início na célula que
da meiose (por exemplo: resulta da fecundação
esporos ou gâmetas). (ovo ou zigoto).
Características comuns aos ciclos de vida

Ocorrência de fecundação
e de meiose, o que implica
alternância de fases
nucleares: diplófase (2n) e
haplófase (n).
Diferenças entre ciclos de vida

A meiose pode ocorrer em três momentos dos ciclos de vida


Pré-gamética
• durante a formação dos Diplonte
gâmetas

Pós-zigótica
• após a formação do ovo ou Haplonte
zigoto

Pré-espórica
• durante a formação dos esporos
Haplodiplonte
Ciclo de vida haplonte

• Fungos e protistas

Pós-zigótica
• Após a formação do zigoto
CICLO DE VIDA – HAPLONTE
No ciclo de vida haplonte, que ocorre
na maioria dos fungos e em alguns
Filamentos de
protistas, incluindo algumas algas, a espirogira (n)

meiose ocorre logo a seguir à formação


do zigoto diploide (meiose pós-zigótica).
Germinação
Esta meiose não produz gâmetas, mas sim do zigoto Tubo de conjugação

células haploides, que se dividem por


mitose para dar origem a um organismo,
que pode ser multicelular, haplonte. Haplófase

Subsequentemente, este organismo Meiose


Diplófase
Ovo ou zigoto
produz gâmetas por mitose e não por
meiose. O único estado diploide é o zigoto.
O zigoto é a única célula
diploide

A meiose é pós-
zigótica

Só as células
haploides
sofrem mitose
O organismo adulto
é haplonte
meiose

Pré-gamética
• durante a formação dos
gâmetas

Ciclo de vida diplonte

• Animais e protistas
CICLO DE VIDA – DIPLONTE
Na espécie humana, como na maioria dos animais, a meiose ocorre durante a formação dos gâmetas (meiose pré-gamética),
que, quando se unem (fecundação), dão origem a um zigoto diploide, o qual se divide por mitoses sucessivas, originando
um indivíduo multicelular diplonte. O ser humano é um ser diplonte, pois todas as suas células são diploides, exceto os gâmetas,
que são haploides.

O ciclo de vida diplonte é característico da maioria dos animais. Os gâmetas são as únicas células haploides. A meiose
ocorre durante a produção dos gâmetas (meiose pré-gamética), que não sofrem mais divisões celulares até à
fecundação. O zigoto diploide divide-se por mitose, dando origem a um organismo pluricelular diplonte.
Os gâmetas são as únicas células
haploides
A meiose é pré-
gamética

Só as células diploides
sofrem mitose
O organismo adulto é
diplonte
CICLO DE VIDA – HAPLODIPLONTE
Anterozoides
Esporângio

Meiose
Pré-espórica Esporos

• durante a formação dos Protalo


esporos (gametófito) Oosfera

Fecundação
Ciclo de vida haplodiplonte
Esporângios
• Plantas e protistas
Zigoto

Feto adulto (esporófito) Esporófito jovem Diplófase


Haplófase
O ciclo de vida haplodiplonte ocorre nas plantas e em CICLO DE VIDA – HAPLODIPLONTE
algumas espécies de algas. Neste tipo de ciclo de
vida verifica-se uma alternância de gerações, pois
inclui estados multicelulares diploides e haploides. O
estado multicelular diploide é chamado esporófito.
(meiose pré-espórica). Ao contrário de um gâmeta,
um esporo dá origem a um indivíduo pluricelular
sem se fundir com outra célula. O esporo divide-se por
mitose, originando um estado multicelular haploide
denominado gametófito. O gametófito, por sua vez,
produz gâmetas por mitose. Da fecundação dos
gâmetas resulta um zigoto diploide, que se irá
desenvolver, formando um novo esporófito. Assim
sendo, neste tipo de ciclo de vida, a geração gametófita
e a geração esporófita reproduzem-se
alternadamente.
CICLO DE VIDA – HAPLODIPLONTE: POLIPÓDIO (POLYPODIUM SP.)

• Durante o processo reprodutivo, as células - mãe dos esporos


contidas nos esporângios sofrem meiose, originando esporos.
• Seguidamente, os esporângios rompem-se, libertando os
esporos.
• Cada esporo, germina e origina uma estrutura fotossintética de
chamada protalo. O protalo é um gametófito que possui
anterídeos, que formam anterozoides, e arquegónios, que
formam oosferas.
• Os anterozoides nadam até aos arquegónios, nos quais se
vão fundir com as oosferas.
• Desta fecundação, dependente da água, resulta um zigoto
diploide que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito de
vida independente (planta adulta).

Você também pode gostar