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4. Reprodução e
hereditariedade
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Introdução
Duas caraterísticas fundamentais de todos os organismos vivos são a suas
capacidades de crescimento e de reprodução. De facto, todos os
organismos vivos nascem, desenvolvem-se e crescem, atingem a
maturidade e reproduzem-se, e eventualmente morrem. Estes
acontecimentos são repetitivos para cada uma, e todas as espécies
biológicas, e representados em ciclos de vida.
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No processo de reprodução sexuada há a participação genética de dois
indivíduos distintos. O ciclo de vida de um organismo que se reproduz
sexualmente é mais complexo que aquele que se reproduz
assexuadamente, e apresenta uma alternância de fases nucleares. Nestes
organismos, um grupo de células especiais divide-se por um processo de
redução cromossómica – meiose - que origina (direta ou indiretamente,
como veremos) as células sexuais ou gâmetas. Os gâmetas fundem-se, no
processo de fecundação, e originam um ovo, que se desenvolve num novo
indivíduo.
parede celular
constituintes celulares. Ao atingir
Replicação de DNA
uma determinada dimensão é
desencadeado o processo de
divisão celular - fissão binária -
Crescimento processo pelo qual um indivíduo se
divide em dois de dimensão
semelhante. A divisão celular, em
Divisão celular
células procariotas, corresponde ao
seu processo de reprodução e dado
que a informação hereditária
Figura 4.1 - Divisão celular de uma
bactéria (fissão binária). passada às células filhas é
72
proveniente de apenas um progenitor, a reprodução é assexuada.
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enorme quantidade de informação nelas contida (ver Quadro IV.1).
O ciclo celular de células eucariotas pode ser dividido em cinco fases: G1,
S, G2, M e C. As três primeiras fases são, no seu conjunto, designadas por
interfase; a fase M ou mitose é a fase de divisão nuclear (segregação de
cromossomas); C ou citocinese é a fase de divisão citoplasmática.
nucleossomas
compactados
DNA
nucleossoma
núcleo
cromatina histónico
cromossoma supercompactada
DNA
cromatina
com baixo
grau de
74 compactação fibra de cromatina
4.1.2.1 Interfase
A interfase pode ser definida como a fase intermédia entre duas divisões
celulares sucessivas. No entanto, cerca de 90% do ciclo de vida de uma
célula normal pode ser passado nesta fase. Apesar do termo interfase
sugerir um estado passivo (pois quando observada ao microscópio a célula
pode aparentar um estado de dormência), a atividade bioquímica nesta
fase do ciclo celular é elevada. A interfase compreende as fases G1, S, G2
e por vezes G0. A fase G1 (G, do inglês gap, intervalo) é a fase de
crescimento primário celular (e da concomitante síntese de moléculas e
macromoléculas, à exceção do DNA, bem como de duplicação de 2
O conteúdo de DNA duplica
do nível 2C para o nível 4C,
componentes do citoplasma) e para muitos organismos ocupa a maior durante a fase S do ciclo
parte do ciclo celular. Na fase S2 (S, de síntese de DNA) os cromossomas celular, e retorna ao nível 2C,
abruptamente, quando os
são replicados e passam a ser formados por dois cromatídeos irmãos, que cromossomas se separam na
se mantêm ligados através de uma região denominada por centrómero (ver fase de mitose (M).
secção 4.1.2.2.). G2 (G, do inglês gap) é a fase de preparação para a 4C
síntese de DNA síntese de DNA
O tempo que uma célula demora a completar o ciclo celular varia com o
organismo ou com a célula em causa, sendo esta variação devida
principalmente a diferenças na fase G1. As células pausam frequentemente
na fase G1, antes da replicação do DNA, num estado de “dormência”
designado por fase G0. Por exemplo, as células musculares mantém-se
sempre na fase G0, enquanto que células do fígado podem voltar à fase G1,
como resposta a estímulos devidos a danificação do órgão. 3
Exemplos de reprodução
assexuada:
4.1.2.2 Mitose
O processo de divisão celular que envolve a mitose é aquele em que uma (a) divisão mitótica (ex.
célula origina duas células “filhas” geneticamente idênticas entre si e Amiba)
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A mitose pode subdividir-se em 4 fases distintas: profase, metafase,
anafase e telofase (Fig. 4.4).
Interfase
Cr -cromatina; Nl - nucléolo
Nl
Citocinese:
Em células vegetais: há
formação de placa celular
(sse ta) que separará os dois
núcleos filhos.
(Nota: em células animais
há formação de anel de
constrição na zona Profase:
equatorial da célula). Condensação de
cromossomas (seta),
Desintegração do
envelope nuclear,
Desaparecimento de
nucléolos,
Telofase: Início de formação do
Cromossomas localizam-se fuso mitótico,
nos polos opostos da célula Cinetocoros ligam-se
Reaparecimento de ao fuso mitótico.
envelope nuclear e de
nucléolos
Microtúbulos polares
alongam-se, preparando a
célula para a citocinese.
Metafase:
Os cromossomas, ligados aos
microtúbulos do fuso mitótico pelos
cinetocoros, alinham na
zona da placa metafásica,
No final da metafase os
Anafase:
centrómeros dividem-se Cr
Separação dos cromatídeos libertando os cromatídeos
irmãos para polos opostos da
irmãos.
célula, devido a encurtamento Cr- cromossoma; F- fuso
dos microtúbulos cinetocorais
acromático.
Figura 4.4 – Fases da mitose (x 250) numa célula vegetal do ápice radicular de cebola.
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cromatídeo
Profase: fase da mitose caracterizada pela
compactação dos cromossomas. Durante a
microtúbulos
profase, o envelope nuclear desintegra-se e cinetocorais
os nucléolos desaparecem. Em células
animais, os centríolos, divididos no final da
interfase (fase G2), movem-se em direção região do centrómero cinetocoro
aos pólos opostos da célula e forma-se uma do cromossoma
cromatídeos irmãos.
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Placa metafásica: plano
perpendicular ao eixo do fuso
Anafase: fase caracterizada pela separação física dos cromatídeos irmãos. mitótico. Indica onde ocorrerá
Os pólos da célula afastam-se um do outro, devido a movimentos dos o plano de divisão celular.
microtúbulos, e cada cromatídeo irmão é puxado para o respetivo pólo por
encurtamento dos microtúbulos aos quais estão ligados. O encurtamento
dos microtúbulos deve-se à despolimerização da sua extremidade polar
(no MTOC).
4.1.2.3 Citocinese
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casos a citocinese não se dá logo após a divisão nuclear, como é o caso nas
células polinucleadas de fungos.
Figura 4.6 - Comparação da citocinese numa célula (a) animal e (b) vegetal.
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mitose e o início ao novo ciclo de crescimento (G1).
proteínas associadas aos microtúbulos do fuso mitótico, que Figura 4.8 - Regulação do ciclo celular
iniciam o processo de mitose. Apenas um tipo de CdK foi por ciclinas e proteínas cinase dependentes
das ciclinas, nos pontos de verificação das
descrito, enquanto que diferentes ciclinas regulam cada um dos fases G2 e G1 (símbolo ).
três pontos de verificação do ciclo celular. Deste modo os
complexos ciclina-CdK são capazes de iniciar diferentes
processos celulares.
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genética. Nos animais, as células que eventualmente se dividem por
meiose para produzir gâmetas são um grupo de células especiais, células
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Células germinais: células da linha germinal9, distintas das células somáticas. Ambos os tipos de
de um organismo que estão
envolvidas no processo
células são diplóides (do grego, diplous, dobro), mas enquanto que as
reprodutor. células somáticas se dividem por mitose (originando o crescimento do
organismo), as células da linha germinal dividem-se por meiose,
originando gâmetas haplóides (do grego haplous, simples). No caso das
plantas, o produto direto da meiose são esporos haplóides.
80
10
4.10(b)). Em grande parte das plantas e em alguns tipos de algas, o ciclo geração gametófita: inicia-
se com a germinação dos
de vida apresenta uma alternância de fases nucleares, em que ambas esporos e termina com a
formam indivíduos multicelulares, e em que ocorre simultaneamente uma formação dos gâmetas.
organismo
gâmetas multicelular
organismo
haplóide
n n n multicelular MITOSE MITOSE
MITOSE (gametófito)
MITOSE haplóide n
n n n
n n n
MEIOSE FECUNDAÇÃO gâmetas n esporos gâmetas
MEIOSE FECUNDAÇÃO
MEIOSE FECUNDAÇÃO
organismo organismo
2n 2n
multicelular zigoto 2n multicelular
diplóide diplóide zigoto
MITOSE zigoto (esporófito) MITOSE
(a) animais (b) alguns fungos e algumas algas (c) plantas e algumas algas
Figura 4.10 - Três tipos ciclos de vida sexuada. Em comum, todos apresentam
alternância de fases nucleares, marcadas pelo processos de meiose e de
fecundação. Legenda: ( ) fase haplóide; ( ) fase diplóide.
4.2.1 Meiose
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crossing over. Nesta fase, cada par de cromossomas homólogos é visível,
ao microscópio, como uma tétrada formada por um complexo de quatro
cromatídeos. Em seguida, como no processo de mitose, o envelope nuclear
desintegra-se, os nucléolos desaparecem e forma-se o fuso mitótico, ao
qual se ligam os cromossomas que iniciam a sua migração para o plano
equatorial da célula. Na metáfase I, os cromossomas homólogos
encontram-se dispostos na placa metafásica (plano equatorial da célula).
Subsequentemente, na telofase I, os pares de cromossomas homólogos
separam-se, sendo cada um transportado para um pólo oposto da célula.
Assim, após a divisão celular, as duas células filhas contêm, cada uma, um
dos dois cromossomas homólogos de cada par da célula diplóide parental.
As células filhas da mitose I têm um número haplóide de cromossomas,
no entanto, cada cromossoma homólogo é composto por dois cromatídeos.
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2. Os cromossomas não replicam antes da segunda divisão nuclear. A
segunda divisão nuclear - meiose II - consiste numa divisão mitótica,
envolvendo os produtos da meiose I. Como os cromossomas não replicam
entre a meiose I e a meiose II, desta segunda divisão resultam quatro
células haplóides. Cada uma das células filhas contém um conjunto
completo de cromossomas, que corresponde a metade daquele presente
nas células parentais, e que devido ao processo do crossing over, são
distintos entre si.
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Quadro IV.2 - Comparação entre processos de mitose e de meiose
Mitose Meiose
(células somáticas) (células em ciclo de vida sexuado)
células
produto da
filhas
meiose
célula parental
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4.2.2 Comparação entre reprodução assexuada e reprodução
sexuada
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genoma (geralmente envolvendo modificações de bases específicas ou de
rearranjo na sequência de nucleótidos no DNA). As mutações são
fenómenos raros, e as mutações “benéficas” são, assim, fenómenos ainda
mais raros. Apesar de as mutações ocorrerem tanto nos processos de
reprodução assexuada como sexuada, apenas nos ciclos com reprodução
sexuada há a possibilidade de juntar as mutações favoráveis que ocorrem
em dois indivíduos distintos.
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4.3.1 Hereditariedade Mendeliana
Gregor Mendel (Fig. 4.12), um monge austríaco, levou a cabo entre 1856 e 15
linhas puras: refere-se a um
dado fenótipo que não varia
1863 um trabalho minucioso que resultou em conclusões importantes ao longo de gerações
sobre os mecanismos da hereditariedade. Utilizou, nos seus trabalhos, sucessivas.
várias linhas puras15 de ervilheira, Pisum sativum (Fig. 4.13), que diferiam
entre si num único fenótipo (Tabela 4.1).
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Mendel procedeu a cruzamentos controlados de ervilheiras com
caraterísticas contrastantes e analisou qualitativa e (pela primeira vez, em
estudos de hereditariedade) quantitativamente os resultados obtidos, ao
longo de várias gerações de ervilheiras. Assim, do cruzamento de duas
linhas puras com fenótipos contrastantes resultava uma primeira geração
filial, ou geração F1, em que apenas um dos fenótipos era observado. Por
exemplo, o cruzamento entre plantas com sementes amarelas e plantas
com sementes verdes, originava uma F1 de plantas com sementes todas
amarelas (Fig. 4.14). No entanto, o cruzamento dos híbridos da geração F 1
originava uma mistura de plantas com caraterísticas de ambas as linhas
puras do cruzamento inicial. Esta segunda geração filial, ou geração F 2,
era composta por plantas que apresentavam o fenótipo das plantas do
cruzamento inicial na proporção aproximada de 3:1 (sementes amarelas:
sementes verdes).
Figura 4.14 – Cruzamento entre ervilheiras com sementes amarelas e ervilheiras com
sementes verdes. A geração F1 originou apenas plantas com sementes
amarelas. A geração F2 originou plantas com sementes amarelas e plantas
com sementes verdes, na proporção 3:1 (amarelas: verdes).
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ou verdes, o que depende da combinação de alelos presentes no seu
genoma (Fig. 4.15). Um organismo com dois alelos iguais para uma
determinada caraterística é dito homozigótico para essa caraterística,
enquanto que um organismo com dois alelos diferentes é heterozigótico.
F2:
Os possíveis resultados de um cruzamento podem ser visualizados num Fenótipo Genótipo
diagrama de Punnett (Reginald C. Punnett; geneticista Inglês), como é (proporção) _
representado na figura 4.15. Note como os diagramas de Punnett explicam amarelo AA (25%)
(75%) Aa (50%)
as proporções dos fenótipos obtidos nos cruzamentos representados na
figura 4.14. Como se pode depreender desta figura, organismos com o verde aa (25%)
(25%)
mesmo fenótipo podem ter genótipos distintos16 (e.g., a proporção
fenotípica de 3:1 obtida na geração F2 corresponde, na realidade, a uma
proporção genotípica "mascarada" de 1:2:1).
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cruzamento: AA x aa cruzamento: Aa x Aa
gâmetas : A a gâmetas : A a A a
(100%) (100%) (50%) (50%) (50%) (50%)
(Gâmetas femininos)
Aa Aa AA Aa
(amarela) (amarela) (amarela) (amarela)
A A 25% 25%
25% 25%
Aa Aa Aa aa
(amarela) (amarela) (amarela) (verde)
A a 25% 25%
25% 25%
90
Cruzamento: AaLl x AaLl
Gâmetas do dihíbrido: AL (25%), Al (25%), al (25%), aL (25%)
(Gâmetas masculinos) Fenótipo Genótipo
AL Al al aL (proporção ) _
AALL AALl AaLl AaLL
amarelo/liso AALL
AL (9/16) AALl
AaLL
(Gâmetas femininos)
91
17
A evolução das técnicas e
instrumentos de microscopia
permitiu muitos avanços no Hugo de Vries (Holanda) e Erich von Tschermak (Áustria). As várias
campo biológico, entre os
quais se destaca a observação
descobertas no campo biológico17, durante a segunda metade do século
e o estudo dos processos de XIX, juntamente com as leis da hereditariedade de Mendel, permitiram
divisão celular, mitose e
meiose. identificar e descrever o papel dos cromossomas na hereditariedade.
18
Loccus de um gene num
cromossoma e seus alelos. Ex: Segundo a teoria cromossómica da hereditariedade enunciada por Walter
alelo cor Sutton (1902-1903), os "fatores"/genes de Mendel tem localizações
branca específicas18 (loccus, plural loci) nos cromossomas, e são os cromossomas
(e não os alelos) que (i) segregam e (ii) segregam independentemente. A
par de cromossomas loccus para
homólogos cor da corola teoria cromossómica da hereditariedade pode ser resumida nos seguintes
pontos:
alelo cor
vermelha 1. O núcleo de todas as células, à exceção das células da linha germinal,
contém dois conjuntos de cromossomas homólogos, sendo um de origem
materna e outro de origem paterna.
19
crossing over: processo em 2. Os cromossomas retêm a sua individualidade e são geneticamente
que cromossomas homólogos
trocam segmentos um com o contínuos ao longo do ciclo de vida de um organismo.
outro. Este processo explica
como é que um gene (ou 3. Os cromossomas homólogos parentais formam um complexo
grupo de genes), inicialmente
presente num cromatídeo do sináptico19 (crossing-over; profase I da meiose) durante a divisão que
par de homólogos, pode ser
transferido para o outro precede a formação dos gâmetas, e segregam durante o mesmo processo
cromossoma, de um modo (meiose).
recíproco.
Ex:
4. Cada cromossoma (do conjunto haplóide) tem uma função específica no
desenvolvimento.
92
4.3.3 Proporções não-Mendelianas
A relação entre genes cromossómicos e os fenótipos expressos pelos
fatores de Mendel nem sempre é fácil de compreender. Com efeito,
Mendel foi muito feliz com a escolha dos fenótipos da ervilheira, pois
(sabe-se hoje) que os genes responsáveis pelas caraterísticas escolhidas se
encontram localizados em cromossomas distintos, ou muito distantes no
mesmo cromossoma (permitindo a sua segregação independente). Caso os
genes responsáveis pelos fenótipos escolhidos por Mendel estivessem num
mesmo cromossomas (i.e., não segregassem independentemente), os
resultados obtidos dos cruzamentos de ervilheiras não teriam permitido
Mendel tirasse as conclusões claras sobre a hereditariedade.
Alelos múltiplos: Um gene pode ter mais do que duas formas alélicas
numa determinada população; com efeito, a maioria dos genes estudados
existe com diversos alelos alternativos. Exemplo de alelos múltiplos é o
gene responsável pelo grupo sanguíneo ABO, o qual codifica para uma
enzima que adiciona sacáridos (funcionam como marcadores celulares) na
superfície dos eritrócitos. Os enzimas codificados pelos alelos A e B
adicionam sacáridos distintos e o produto do alelo O não adiciona nenhum
sacárido (Tabela. 4.2). A interpretação da figura permite concluir que A e
B são ambos alelos dominantes em relação a O, e que o alelo O é
recessivo, sendo apenas expresso em indivíduos homozigóticos (OO). O
grupo AB surge, pois não há dominância do alelo A em relação ao alelo B
(ou vice-versa) sendo ambos expressos.
grupo A AA ou AO A
grupo B BB ou BO B
grupo AB AB AeB
grupo O OO nenhum
* tipo de proteína glicosilada.
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pigmentação púrpura que é por vezes observada em sementes de certas
variedades de milho (Zea mays). O pigmento em causa - antocianina - é
formado numa curta via metabólica, na qual atuam dois enzimas distintos:
Enzima 1 Enzima 2
Substrato inicial Intermediário Antocianina
(incolor) (incolor) (púrpura)
Para o pigmento ser produzido é necessário que exista, pelo menos, uma
cópia funcional de cada enzima. Os alelos dominantes codificam enzimas
funcionais, mas os recessivos codificam enzimas não-funcionais.
Interações entre genes tornam difícil a interpretação de certos padrões de
hereditariedade.
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P: VV x BB F2: VB x VB
(vermelho) (banco)
gâmetas : V B
gâmetas : V B
(50%) (50%)
(Gâmetas masculinos)
V B
F1: VB (50%) (50%)
(cor-de-rosa)
VV VB
(Gâmetas femininos)
V (vermelho) (cor-de-
(50%) 25% rosa)
25%
VB BB
B (cor-de- (branco)
rosa) 25%
(50%)
25%
Figura 4.17 - Cruzamento entre linhas puras de bocas-de-lobo, que diferem pela cor da
corola (vermelho, VV; branco, BB). Os heterozigóticos da F1 manifestam
um fenótipo novo, cor-de-rosa, pois nenhum dos alelos V ou B domina em
relação ao outro. O resultado obtido na F2, contudo, expressa os resultados
teóricos de Mendel (1:2:1).
Questões de aprendizagem
4.1 Descreva o ciclo celular dos organismos eucariotas.
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