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GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)

Eng. Gustavo Kaminski

Curitiba, 2016
Ementa do Curso
 Resíduos da Construção Civil
 Definições e diretrizes
 Instrumentos legais

 Classificação

 Gestão de Resíduos no Canteiro de Obras


 PGRCC
 Proposta de gestão em canteiros de obras

 Minimização e Reutilização de RCC


 Perda de materiais
 Redução e reutilização de materiais na obra

 Reciclagem de resíduos
Definições
 Resíduos Sólidos Urbanos: Conjunto dos
resíduos sólidos gerados nos ambientes
urbanos, classificáveis pela sua origem em
resíduos domiciliares, comerciais, de
varrição, e feiras livres, serviços de saúde e
hospitalares; portos, aeroportos e terminais
ferroviários e rodoviários, industriais,
vegetais e agrícolas, volumosos e resíduos
da construção civil.
Definições
 Resíduos da Construção Civil (RCC):
 Provenientes de construções, reformas, reparos
e demolições de obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e da escavação de
terrenos.
Definições
 Gerenciamento de Resíduos Sólidos:
 Conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na
forma da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010;
Panorama Geral
 Construção civil: grande geradora de
resíduos;
 Curitiba: 48% dos resíduos sólidos gerados
são da construção civil;
 3.000 m³/dia (600 caçambas / dia);
 60% são de obras informais
Gestão de Resíduos da Construção

FONTE: Adaptado de Nagalli (2014)


Gestão de Resíduos da Construção
 Um sistema que visa reduzir, reutilizar ou
reciclar resíduos;
 Inclui planejamento, responsabilidades,
práticas e procedimento;
 Recursos para desenvolver e implementar as
ações necessárias ao cumprimento das
etapas previstas;
 Planos e programas.
Diretrizes na Fase de Projeto
 Escolha dos processos construtivos;
 Adoção de métodos de construção
desmontáveis;
 Uso de pré-fabricados;
 Utilização de materiais recicláveis;
 Estabelecimento de parcerias junto a
cooperativas de reciclagem;
 Contratos que prevejam o recolhimento e
redução de embalagens pelos fabricantes;
Diretrizes na Fase de Projeto
 Layout do canteiro de obras otimizado e
prevendo o gerenciamento de resíduos;
 Capacitação de funcionários;
 Gerenciamento logístico dos resíduos;
 Transporte adequado;
 Possibilidade de venda dos materiais
retirados;
CONAMA 307/02
Leitura Obrigatória
 Marco na legislação ambiental;
 Define critérios, diretrizes e procedimentos;
 Responsabilidades;
CONAMA 307/02
 Gestão dos Resíduos da Construção Civil;
 Plano Integrado de Gerenciamento dos
Resíduos da Construção Civil;
 Objetivo: os GERADORES tem como
prioridade a não geração e secundariamente
a redução, reutilização e reciclagem e
destinação final de RCC.
CONAMA 307/02
Plano de Gerenciamento
Integrado de Resíduos da
Construção Civil

Pequenos Geradores
Grandes Geradores
Pequenos transportadores;
Licenciamento de empresas;
Disposições irregulares;
Transportadoras;
Pequenas obras;
Licenciamento de áreas receptoras;
Busca de soluções;
Ações de fiscalização e controle
Ações de fiscalização e controle;
Controle de impactos ambientais
Controle dos impactos ambientais

Programa
Projetos de
Municipal
RCC
de RCC
CONAMA 307/02
 Proíbe a disposição dos RCC em aterros
sanitários, em “bota foras”, encostas, corpos
d’água, lotes vazios e áreas protegidas.
CONAMA 307 - Responsabilidades
 GERADOR: gerenciar os resíduos desde a
geração até a destinação final, com adoção
de métodos, técnicas, processos de manejo
compatíveis com as suas destinações
ambientais, sanitárias e economicamente
desejáveis.
CONAMA 307 - Responsabilidades
 PRESTADOR DE SERVIÇO /
TRANSPORTADOR: cumprir e fazer
cumprir as determinações normativas que
disciplinam os procedimentos e operações
do processo de gerenciamento de resíduos
sólidos e de resíduos de obra civil em
especial.
CONAMA 307 - Responsabilidades
 CEDENTE DE ÁRA PARA
RECEBIMENTO DE INERTES: cumprir
e fazer cumprir as determinações normativas
que disciplinam os procedimentos e
operações de aterros de inertes, em especial
o seu controle ambiental.
CONAMA 307 - Responsabilidades
 PODER PÚBLICO: normalizar, orientar,
controlar e fiscalizar a conformidade da
execução dos processos de gerenciamento
do Plano Integrado de Gerenciamento dos
Resíduos da Construção Civil.
 Licenciamento ambiental;
 Orientações.
CONAMA 307 - Classificação

CLASSE A

CLASSE B
CONAMA 307 / 02
CLASSE C

CLASSE D
CONAMA 307 - Classificação
 CLASSE A: São os resíduos reutilizáveis ou
reciclados como agregados;
 Solos;
 Componentes cerâmicos (blocos, telhas, tijolos, etc.);

 Resíduos de concreto;

 CALIÇA.
CONAMA 307 - Classificação
 CLASSE B: Resíduos recicláveis;
 Papel, papelão;
 Plásticos;

 Madeira;

 Metais;

 Gesso.

Alterado pelo CONAMA 431/11


CONAMA 307 - Classificação
 CLASSE C: São os resíduos para os quais
não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que
permitam a sua reciclagem/recuperação;
 Massa de vidro;
 Tubos de poliuretano;
 Manta asfáltica;
 Lã de vidro;
 Sacos de cimento pós-consumo;
 Fibras de nylon.
CONAMA 307 - Classificação
 CLASSE D: São os resíduos perigosos
oriundos do processo de construção;
 Solos contaminados;
 Latas de tintas;

 Solventes;

 Óleos;

 Amianto;

 EPI’s contaminados.
Gerenciamento de
Resíduos no Canteiro
de Obras
Gerenciamento de
Resíduos no Canteiro
de Obras

Exemplo prático:
Município de Curitiba - PR
Procedimentos – Curitiba/PR
Solicitação do Alvará de
Construção e/ou
Licença de Instalação
Projeto
Não Simplificado
de RCC

A Obra Excede
Prefeitura
600 m² de Área
Municipal de
Construída? (Dec.
Curitiba
1.068/2004)

Elaboração do
Sim
PGRCC
Procedimentos – Curitiba/PR

Elaboração do
PGRCC

Termo de
Referência

Deverá ser apresentado à


Aprovação
SMU e SMMA, juntamente
SMMA
com outras documentações
Procedimentos – Curitiba/PR

Obtenção do
Implementação Construção do Alvará de
do PGRCC Empreendimento Construção e/
ou LI

Ações
Previstas no
Projeto
Gerenciamento de
Resíduos da
Monitoramento
Construção Civil
da Gestão
durante todas as Fases
da Obra
Procedimentos – Curitiba/PR
Monitoramento
da Gestão

Arquivamento de
Dados
Comprovantes de
Quantitativos
Transporte e
Precisos
Destinação de RCC

Relatório de
Gerenciamento de
RCC (Port. 07/2008) -
Conclusão da Obra
Procedimentos – Curitiba/PR

Obtenção do Relatório de
Certificado de Gerenciamento de
Vistoria de RCC (Port. 07/2008) -
Conclusão de Conclusão da Obra
Obra - CVCO
Apresentação à
SMMA e SMU
PGRCC – Curitiba/PR
“Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil deverão ser elaborados
e implementados pelos geradores e terão
como objetivo estabelecer os
procedimentos necessários para o manejo e
destinação ambientalmente adequada dos
resíduos.”

Decreto municipal n° 1.068/04


PGRCC – Curitiba/PR

O PGRCC, de atividades e empreendimentos


sujeitos ao licenciamento ambiental e/ou alvará de
construção, deverá ser analisado e aprovado junto à
SMMA.

TR - Curitiba
PGRCC – Curitiba/PR
 Quantificação de RCC;
 Caracterização dos Resíduos;
 Triagem dos Resíduos;
 Acondicionamento dos Resíduos;
 Transporte dos Resíduos;
 Destinação Final;
 Plano de Capacitação;
 Cronograma de Implementação do PGRCC.
Gerenciamento de
RCC

Gestão em Canteiro de Obras


Gestão no Canteiro de Obras
 A gestão de resíduos deverá ser iniciada na
fase de concepção do empreendimento,
possibilitando maior interface entre projetos,
processos construtivos e gerenciamento dos
RCC.
Gestão no Canteiro de Obras
 DIRETRIZES
 Reduzir os desperdícios e o volume de resíduos
gerados;
 Segregar os resíduos por classes e tipos;

 Reutilizar materiais, elementos e componentes


que não requisitem transformações;
 Reciclar os resíduos, transformando-os em
matéria-prima para a produção de novos
produtos.
Etapas da Gestão
 CARACTERIZAÇÃO
 O gerador deve identificar e quantificar os
resíduos.

 TRIAGEM
 Realizada pelo gerador no canteiro de obras.

 ACONDICIONAMENTO
 Garantir o acondicionamento correto para cada
tipo de resíduos.
Etapas da Gestão
 TRANSPORTE
 Realizado por empresas terceirizadas e
licenciadas.

 DESTINAÇÃO
 Realizar a destinação em empresas devidamente
licenciadas para a atividade.
Etapas da Gestão
 MONITORAMENTO E REGISTRO
 Monitoramento por indicadores;
 Controle de documentos;

 AUDITORIAS INTERNAS.

 TREINAMENTOS
 Frequentemente todos os envolvidos na gestão
devem ser treinados.
 Palestras.
Geração de RCC
 LIMPEZA DO TERRENO
 Solos;
 Rochas;

 Vegetação.

 MONTAGEM DO CANTEIRO
 Blocos cerâmicos;
 Concreto;

 Madeiras.
Geração de RCC
 FUNDAÇÕES
 Solos;
 Rochas.

 SUPERESTRUTURA
 Concreto;
 Madeira;

 Metais;

 Fôrmas plásticas.
Geração de RCC
 ALVENARIA
 Blocos cerâmicos;
 Blocos de concreto;
 Argamassa;
 Papel / papelão;
 Plásticos.

 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS
 Blocos cerâmicos;
 PVC.
Geração de RCC
 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 Blocos cerâmicos;
 Conduites;

 Mangueira;

 Fio de cobre.

 REBOCO INTERNO / EXTERNO


 Argamassa.
Geração de RCC
 REVESTIMENTOS
 Pisos de azulejos cerâmicos;
 Madeira;

 Papel;

 Papelão;

 Plásticos.

 FORROS DE GESSO
 Placas de gesso acartonado.
Geração de RCC
 PINTURAS
 Tintas;
 Seladoras;

 Vernizes.

 COBERTURAS
 Madeiras;
 Cacos de telha de fibrocimento.
Fatores que contribuem para a
geração
 Definição e detalhamento insuficiente de
projetos de arquitetura, estrutura, formas,
instalações, entre outros;
 Baixa qualidade dos materiais e componentes de
construção disponíveis no mercado;
 Mão-de-obra não qualificada;
 Tipo de técnica de construção ou demolição
empregada;
Fatores que contribuem para a
geração
 Ausência de procedimentos operacionais e
mecanismos controle de execução e inspeção;
 Inexistência de processos de reciclagem e
reutilização no canteiro.

AS TAXAS DE GERAÇÃO DE RCC VARIAM MUITO.


Triagem de RCC
 Gerenciamento de resíduos em obras está
diretamente associado ao desperdício de
materiais na execução do empreendimento;
 A gestão e organização do canteiro de obras
contribui para a minimização da geração de
resíduos;
Gestão do Canteiro de Obras
 O canteiro fica mais organizado e mais limpo;
 Haverá a triagem correta de resíduos, impedindo
sua mistura com insumos;
 Haverá possibilidade de reaproveitamento de
resíduos antes de descartá-los;
 Serão quantificados e qualificados os resíduos
descartados com precisão, possibilitando a
identificação de possíveis focos de desperdício
de materiais e consequente direcionamento de
ações corretivas.
Triagem de RCC
 Primeiras etapas da triagem e acondicionamento
dos resíduos estão ligadas às tarefas de limpeza
da obra;
 A limpeza deve ser executada pelo próprio
operário envolvido na geração do resíduo;
 Necessidade de dispor com agilidade os resíduos
nos locais indicados para acondicionamento;
Triagem de RCC
 Separar sacos de cimento e de argamassa de
outras embalagens;
 Separar as embalagens plásticas contaminadas
das não contaminadas;
 Aproveitar todas as alternativas possíveis para a
recuperação dos metais;
Organização do Canteiro
 A prática de circular pela obra sistematicamente,
visando localizar possíveis “sobras” de materiais
para resgatá-los de forma classificada e
novamente disponibilizá-los até que se esgotem;
 Pode gerar muita economia, com gerenciamento
de resíduos e também com a própria construção.
Organização do Canteiro
 Tarefas de limpeza da obra estão ligadas ao
momento da geração dos resíduos;
 Realização simultânea da coleta e triagem e à
varrição dos ambientes;

NUNCA DEIXE PARA LIMPAR E


ORGANIZAR DEPOIS.
Necessidades de um Canteiro
 Áreas para armazenamento dos diferentes
resíduos gerados;
 Áreas para disposição dos resíduos no canteiro
até coleta e transporte;
 Caçambas para armazenamento e
acondicionamento dos resíduos,
adequadamente instalados e sinalizados;
 Instalação de filtros para a água da lavagem da
betoneira.
Área de Depósito Temporário
 Espaços onde são colocados contêineres ou
coletores;
 Poderão ser improvisados ou comprados;
 Uma vez ali depositados, os resíduos são
encaminhados para armazenamento em local
adequado na obra;
 Alocado nos pavimentos que tendem a ser de
pequenos volumes;
Área de Depósito Temporário
 Deverá acontecer o mais próximo possível dos
locais de geração dos resíduos, dispondo-os de
forma compatível com seu volume;
 Preservar a boa organização dos espaços nos
diversos setores da obra.
Área de Depósito Temporário
 Blocos de concreto, blocos cerâmicos,
argamassas, concreto e tijolo:
 Em pilhas formadas próximas aos locais de geração,
nos respectivos pavimentos. No final de cada
atividade, estes resíduos deverão ser acondicionados
em dispositivos.
Área de Depósito Temporário
 Madeiras, plásticos, metais, papel/papelão,
vidros e gesso:
 Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente
por saco de ráfia (pequenas peças) ou em pilhas
formadas nas proximidades da própria bombona
(grandes peças).
Área de Depósito Temporário
 Solos
 Em pilhas para imediata remoção (carregamento dos
caminhões).

 Resíduos Classe D
 Manuseio com cuidados observados pelo fabricante
do insumo na ficha de segurança da embalagem ou
pelos procedimentos descritos nas normas técnicas.
Os resíduos dessa classe terão imediato transporte
pelo usuário para o local de acondicionamento final.
Área de Depósito Temporário
 Resíduos orgânicos: resíduos com características
domiciliares (restos de comida, papel higiênico,
etc.)
 Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente
por sacos plásticos preto de 50 litros.
Área de Depósito Temporário
Área de Depósito Temporário
Área de Depósito Temporário
Gestão no Canteiro
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
 Atribuição específica dos operários que se
encarregarem da coleta dos resíduos nos
pavimentos do empreendimento;
 Responsabilidade de trocar os sacos de ráfia com
resíduos contidos nas bombonas por sacos
vazios, e, em seguida, de transportar os sacos de
ráfia com os resíduos até os locais de
acondicionamento final;
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
 Poderá utilizar os meios convencionais e
disponíveis para o transporte de materiais da
construção:
 Transporte horizontal (carrinhos, giricas, transporte
manual);
 Transporte vertical (condutor de entulho – mais
utilizado).
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
Armazenamento de Resíduos
 Na definição do tamanho, quantidade,
localização e do tipo do dispositivo, considerar:
 Volume;
 Características físico-químicas;

 Facilitação para a coleta;

 Segurança para os usuários;

 Segurança à qualidade ambiental;

 Preservação das condições dos resíduos.


Armazenamento de Resíduos
Armazenamento de Resíduos
Armazenamento de Resíduos
Armazenamento de Resíduos

Caçamba aberta – 5 m³ Caçamba fechada – 5 m³

Caçambão – 27 m³ Contêiner – 1,2 m³


Armazenamento de Resíduos
Armazenamento de Resíduos
Armazenamento de Resíduos
Azul Papel / Papelão
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Laranja Resíduos Perigosos
Marrom Resíduos Orgânicos
Preto Madeira

Cinza Resíduo geral não reciclável ou misturado,


ou contaminado não possível de separação
CONAMA n° 275 / 2001
Planejamento do Armazenamento
DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO
RESÍDUOS Bombona Contêiner Caçamba Caçambão
(200 L) (1,2 m³) (5,0 m³) (27 m³)
Orgânicos e rejeitos - 2 - -
Madeira - - - 3
Papel / papelão - - - 1
Plástico - - - 1
Metais ferrosos - - - 2
Cobre / alumínio - - 1 -
Caliça e agregados - - 2 -
Perigosos - 1 1 -
Solos contaminados - - 1 -
Resíduos de serviços
1 - - -
de saúde
Manejo de Resíduos Perigosos
 Resíduos Classe D;
 Cuidados especiais devem ser consagrados à
destinação dos resíduos perigosos;
 A destinação incorreta trará consequências
extremamente danosas;
 Tarefa adicional para as construtoras.
Manejo de Resíduos Perigosos
 NBR 12235: Armazenamento de resíduos
sólidos perigosos:
 Contenção temporária;
 Armazenamento não deve alterar a qualidade;

 Contêineres, tambores ou tanques;

 Isolamento da área;

 Pisos impermeáveis;

 Cobertura;

 Bacias de contenção;

 Avaliar a compatibilidade entre materiais.


Manejo de Resíduos Perigosos
 Recomendações:
 Preparar uma lista dos resíduos perigosos existentes
na obra;
 Realizar a triagem correta dos mesmos;

 Os resíduos líquidos devem ser dispostos em


tanques impermeáveis;
 Armazenar os resíduos perigosos em recipientes
adequados (resistentes);
 Identificar os recipientes de armazenamento dos
resíduos perigosos antes de serem enviados às áreas
de destinação;
Manejo de Resíduos Perigosos
 Recomendações:
 Proteger ou mesmo fechar ou lacrar o recipiente
quando estiver completamente cheio de resíduos
perigosos;
 Posicionar os recipientes de resíduos perigosos em
locais ventilados e protegidos das intempéries;
 Tomar as devidas precauções quando do manejo de
resíduos perigosos para proteger as condições de
saúde do trabalhador.
Transporte Externo de RCC
 Devem ser controladas através do manifesto de
transporte de resíduos (MTR), contendo:
 Dados da construtora;
 Tipologia e quantidade dos resíduos;

 Dados da empresa transportadora;

 Dados do local de destinação dos resíduos.


Transporte Externo de RCC
 Empreendedor da deverá guardar uma via deste
documento assinado pela empresa
transportadora e destinatário dos resíduos;
 Será sua garantia de que destinou adequadamente
seus resíduos;
 Verificar modelos de MTR na legislação
municipal;
 Empresas de transporte somente podem
fornecer comprovação referente às atividades de
coleta e transporte de resíduos.
Transporte Externo de RCC
 Deverá ser realizado por empresas
ambientalmente licenciadas;
 O empreendedor também possui
responsabilidade pelo transporte:

“As atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer


natureza, são responsáveis pelo seu acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final,
pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte
geradora, bem como pela recuperação de áreas degradadas.”
Lei estadual 12.493/99
Transporte Externo de RCC
 As empresas licenciadas pelo órgão ambiental
para transportar os resíduos da fonte geradora à
destinação final destes, deverão apresentar, para
a construtora, as licenças ambientais como uma
forma de garantia da adequação destes serviços;
 Os resíduos transportados em caçambas deverão
atender à legislação municipal.
Transporte Externo
Exemplo prático:
Município de Curitiba - PR
Decreto Municipal n° 1.120/97
 “As caçambas quando colocadas sobre a
calçada, deverão ser dispostas com sua
menor dimensão paralela e composta no
tapume da respectiva obra ou seu
alinhamento predial. Deverão permitir,
sempre que possível, a circulação livre para
passagem de pedestres com largura de 1,50
m. em hipótese alguma, a caçamba poderá
estar disposta de modo a não permitir a
passagem de, pelo menos, 01 (um) pedestre
por vez, ou seja, 0,70 m.”
Decreto Municipal n° 1.120/97
 “Para evitar danos no orçamento e dutos no
calçamento e dutos subterrâneos, é
necessária a proteção desses com chapa de
aço colocada antes de descer as “sapatas”
de apoio do caminhão.”
Decreto Municipal n° 1.120/97
 “Na impossibilidade ou inconveniência de
colocação de caçambas sobre calçadas,
essas poderão ser dispostas na pista de
rolamento, dentro da faixa de
estacionamento, sem prejuízo a segurança
do trânsito de veículos e pedestres. Nesta
condição, as caçambas deverão ser dispostas
com sua maior extensão paralela ao meio
fio, encostadas nesse, sem avanços sobre a
faixa de circulação de veículos.”
Decreto Municipal n° 1.120/97
 “Fica expressamente proibida a disposição
de caçambas onde o estacionamento de
veículos sejam regularmente proibido,
mesmo em certos períodos diurnos.”
Decreto Municipal n° 1.120/97
 “A capacidade máxima das caçambas a
serem utilizadas para o transporte de
resíduos da construção civil não poderá
ultrapassar 5,00 m³, não podendo os
resíduos ultrapassar a borda superior da
caçamba”.
Decreto Municipal n° 1.120/97
 Não é permitido mais de uma caçamba por
vez;
 Ressalvado em casos especiais;
 A utilização de mais de duas caçambas
deverá ser autorizada pela Secretaria
Municipal de Urbanismo – SMU.
Decreto Municipal n° 1.120/97
 As caçambas deverão ser identificadas com
dados da empresa;
 Pintadas em cores vivas;
 Bom estado de conservação;
 Sinalização em todos os lados;
 Sinalização refletiva;
 Identificação: PROIBIDO LIXO
DOMÉSTICO;
Decreto Municipal n° 1.120/97
 Cobertura da carga durante o transporte;
 Sinalização durante a deposição ou
recebimento de caçambas;
 A colocação de lixo doméstico nas caçambas
implicará em multa ao contratante;
 A deposição de lixo doméstico em conjunto
com os demais resíduos, nas áreas de
despejo, implicará em multa a empresa
transportadora e ao contratante.
Destinação Final
 No início das obras, as empresas
terceirizadas deverão ser contratadas para a
realização dos serviços de destinação final
dos resíduos, que deverá ser feita de acordo
com sua tipologia;
Destinação Final
 CLASSE A:
 Áreas de triagem;
 Usinas de reciclagem;

 Aterros de resíduos da construção civil;

 Recuperação de áreas degradadas;


Destinação Final
Destinação Final
Destinação Final
Reciclando na Obra

RIO BRANCO DO SUL - PR


Destinação Final

Os resíduos da construção civil não podem


ser dispostos em aterros de resíduos
domiciliares, em áreas de “bota fora” não
licenciadas, encostas, corpos d’água, lotes
vagos e em áreas protegidas por lei.
Resolução CONAMA n° 448/2012
Destinação Final
 CLASSE B:
 Madeira – Atividades econômicas que possibilitem
a reciclagem destes resíduos, como a produção de
briquete;

 Plásticos, Papéis, Metais e Vidros – Associações,


cooperativas, recicladoras;

 Gesso – Indústria do gesso, agricultura e na


indústria cimenteira.
Destinação Final
 CLASSE B:
 Telas de fachada – Possível reaproveitamento para
a confecção de bags ou sacos ou até mesmo por
recicladoras de plásticos ou reutilização em outras
obras;

 Sacos de cimento – Recicladoras, se possível;


Destinação Final
 CLASSE C:
 Rejeitos / orgânicos – Aterros sanitários;

 Lã de vidro – Aterros sanitários;

 Massa de vidro, nylon, isopor, folhas de lixa,


tubos de poliuretano, entre outros.
Destinação Final
 CLASSE C:
 Rejeitos / orgânicos – Aterros sanitários;

 Lã de vidro – Aterros sanitários;

 Massa de vidro, nylon, isopor, folhas de lixa,


tubos de poliuretano, entre outros.

Confecção de bags e sacos.


Destinação Final
 CLASSE D:
 Latas de tintas, solventes, EPI’s, produtos
contaminados diversos, telhas de fibrocimento,
pincéis, broxas, vernizes, contaminados com
óleo, madeiras contaminadas, peças em
fibrocimento, amianto.

ATERRO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS


CO-PROCESSAMENTO
Destinação Final
 CLASSE D:
 Latas de tintas, desde que possua apenas filme
seco, pode ser encaminhada para reciclagem,
desde que submetida ao sistema de logística
reversa, que contemple a destinação
ambientalmente adequada.
Destinação Final
 Recomendações Gerais:
 Privilegiar toda forma de reaproveitamento dos
resíduos;
 Levantar a localização de áreas de destinação de
resíduos na proximidade da obra;
 Incluir a minimização da distância de transporte
como critério para definir o local de destinação;
Destinação Final
 Recomendações Gerais:
 Assegurar-se que os veículos que transportam
solos e resíduos têm as condições adequadas
para que não haja queda acidental do material
transportado, adotando as precauções
necessárias para que não sujem as vias públicas;
 Manter adequadamente os registros de
destinação e aceitação dos resíduos;
Destinação Final
 Recomendações Gerais:
 Negociar o retorno ao fabricante dos resíduos
de classe C e classe D (perigosos) com os
próprios fornecedores dos produtos de origem
(logística reversa).

POLÍTICA NACIONAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
Destinação Final
 Recomendações Gerais:
 As embalagens de tintas não devem ser lavadas
e reutilizadas no canteiro de obras, a legislação
prevê que a reciclagem ocorra por meio de um
sistema de logística reversa.
Destinação Final
 Recomendações Gerais:
 Exigir o certificado de destinação final e as
licenças / autorizações ambientais das
empresas responsáveis da EFETIVA
destinação;
 A responsabilidade pela destinação final
adequada é compartilhada pelo gerador, o
transportador e o destinatário;
 Arquivar toda a documentação comprobatória
da destinação final;
Destinação Final
 Lei Estadual nº 17.321 (Paraná, 2012):
 “Art. 1º Fica estabelecido em todo território
paranaense que a emissão do certificado de
conclusão, expedido pelo órgão competente,
será condicionada à comprovação de que os
resíduos (entulhos) remanescentes do processo
construtivo tenham sido recolhidos e
depositados em conformidade com as exigências
da legislação aplicável à espécie.”
CERTIFICADO DE
DESTINAÇÃO
FINAL
(CDR ou CDF)
Comunicação e Capacitação
 Reconhecimento tanto da direção quanto
dos funcionários;
 Participação de todos os envolvidos;
 Organização conjunta do canteiro de obras;
 Palestras / dinâmicas;
 Definição de responsabilidades;
 Treinamentos internos.
Comunicação e Capacitação
 Ênfase Temática dos Treinamentos:
 Conscientização para mudanças de
comportamento;
 Instruções sobre os procedimentos de limpeza e
segregação de resíduos;
 Implantação de controles administrativos;
 Registros e monitoramento.
Monitoramento
 Auditorias internas;
 Registro fotográfico;
 Registro preciso da geração de resíduos;
 Dados quantitativos de resíduos reciclados
e/ou reutilizados na obra;
 Custos de transporte e destinação de
resíduos;
 Receitas obtidas com comercialização;
 Registro de N-C.
Monitoramento
do Gerenciamento
REGISTRO DE
N-C
Indicadores de Desempenho
 I1: Geração de Resíduos por Área Construída;
 I2: % Resíduos Perigosos;
 I3: Despesas / Receitas;
 I4: Índice de Reciclagem e/ou Reutilização;
 I5: Valor Agregado pela Reutilização;
 I6: Taxas de Desperdícios.
Controle de Documentos
 Cópias das licenças / autorizações
ambientais das empresas contratadas;
 MTR’s;
 Certificados de Destinação Final da
EFETIVA destinação;
 Notas fiscais de vendas de resíduos;
 Planilhas com dados monitorados;
 Relatório final para obtenção do CVCO.
Aprovação do Gerenciamento
 Exigência legal da SMMA
Portaria municipal 007/08

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

CVCO
Minimização e
Reutilização de RCC
Perda de Materiais
 É inevitável que ocorra um volume mínimo
de perdas em qualquer processo de
construção ou reforma;
 Principais causas de perdas:
 Produção em quantidade superior à necessária;
 Perda por manutenção de estoques;

 Perda durante o transporte;

 Produtos defeituosos;

 Durante o processamento (recortes e quebras).


Minimização de Perdas
 Produzir argamassa apenas na quantidade
suficiente;
 Armazenar os blocos cerâmicos ou de concreto
e as telhas formando pilhas com quantidades
iguais;
 Transportar blocos e sacos de cimento em
carrinhos adequados;
 Armazenar o cimento em local arejado e
protegido de sol e chuva sobre estrado de
madeira;
Minimização de Perdas
 Evitar cortes de placas cerâmicas;
 Definir previamente o layout da central de
concreto de forma a reduzir o caminho
percorrido pelo operário dos materiais até a
betoneira;
 Utilizar mais encaixes do que pregos;
 Utilize madeiras de boa qualidade a fim de
suportar esforços mecânicos;
 Priorizar a segregação de resíduos na origem.
Reutilização de Materiais na Obra
 Solos - Reaterros;
 Blocos cerâmicos e concreto - Base de piso /
enchimentos;
 Madeiras - Formas / escoras / travamentos
(gravatas), cercas, portões;
 Rochas – Jardinagem / muros de arrimo;
 Metais ferrosos - Reforço para contrapisos;
 Placas de gesso acartonado - Readequação em
áreas comuns.
Reutilização de Materiais na Obra
 Os resíduos da classe C e D não podem ser
utilizados ou reciclados na própria obra;
 A classe C, por definição, indica que não há
processo economicamente viável para sua
reciclagem;
 Classe D, por se tratar de resíduo perigoso, é
necessário que o processo seja realizado dentro
de padrões técnicos, com controle e segurança.
Reutilização de Materiais na Obra

FONTE: LIMA e LIMA (2010), p. 15.


COMO ELABORAR UM
PGRCC?
Elaborando o PGRCC
1. Levantamento da legislação municipal e
estadual;
2. Existe Termo de Referência (TR)?
3. Quais as exigências do TR?
4. Conhecer a obra (plantas arquitetônicas);
5. Verificar o método construtivo e materiais;
6. A construtora possui taxas de desperdício ou
taxas de geração de resíduos (m³/m²)?
Elaborando o PGRCC
7. Calcular a geração de RCC;
8. Dimensionar o acondicionamento e
armazenamento;
9. Elaboração do cronograma de implementação;
10. Proposições de medidas de controle
(monitoramento, treinamentos, registros, etc.).
Elaborando o PGRCC
 Calcular a quantidade de RCC para todas as
fases da obra:
 As taxas de geração de resíduos da construção civil
têm grandes percentuais de variância;
 Dependem principalmente dos métodos
construtivos adotados para cada construtora;
 Dificuldade em fazer cálculos de estimativas de
geração de resíduos;
 Quanto mais detalhado forem os projetos civis, mais
chance de sucesso terá o PGRCC.
Estimativa de RCC
Taxas de Geração
 As taxas variam de 70 a 150 kg/m²;
 Pinto (1999): a taxa geral de geração de resíduos
da construção é na ordem de 150 kg/m² de
área construída;
 A partir do monitoramento de obras residenciais
no município de Curitiba, a Engecampus adotou
a taxa de 95 kg/m²;
 0,073 m³/m² (m³ de resíduos para cada m² de área
construída).
Estimativa de RCC
QUANTIDADE GERADA NA OBRA (kg/m²)
RESÍDUO
Mariano (2008) Tozzi (2006) Monteiro (2001)
Concreto 9,08 3,02
87,00
Cerâmica 2,55 17,65
Argamassa 2,93 18,33 189,00
Madeira 16,82 0,87 3,00
Papel 0,16 0,58
Fibrocimento 0,63
21,00
Plástico 0,04 2,43
Outros 1,94
Fonte: Elaborado a partir de Mariano (2008), Tozzi (2006) e Monteiro (2001).
Estimativa de RCC
Estimativas por Classe
CLASSE A
Classe A (alvenaria, (solo CLASSE B Outros (classe B,
argamassa e concreto) proveniente de (madeira) C e D)
limpeza)
60% 20% 10% 10%
Fonte: PINTO/ CREA-SP

Classe A Classe B Classe C Classe D

77% 17% 3% 3%
Fonte: Engecampus
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
 Correlação de itens que interferem na geração:
Fator de equipe – experiência da equipe;
 Fator de processo, a ser determinado para cada
processo construtivo – tipo de processo;
 Fator de fiscalização – frequência de fiscalização;

 Fator de cronograma – flexibilização do


cronograma;
 Quantidade de unidade de referência do processo;

 Recorrência de um resíduo;

 Sobras de material.
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fórmula de estimativa de resíduos:

X: quantidade de resíduos;
Ke: fator de equipe;
Kp: fator de processo;
Kf: fator de fiscalização;
Kc: fator de cronograma;
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fórmula de estimativa de resíduos:

Q: quantidade da unidade de referência do


processo;
T: recorrência de um resíduo;
S: sobras de material;
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fórmula de estimativa de resíduos:

S: sobras de material
, onde:
tp: taxa percentual de perdas;
P: percentual transformação das sobras em
resíduos
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fator Ke - nível de experiência da equipe
Experiência e treinamento Tamanho da equipe Ke
Inferior à necessidade 1,5
Inexperiente ou pouco Compatível com a
treinada necessidade 1,3
Superior a necessidade 1,2
Inferior à neessidade 1
Compatível com a
Experiente e/ou treinada
necessidade 0,9
Superior a necessidade 0,7
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)

Fator Kp - tipo de processo construtivo


Processo Construtivo Kp
Alvenaria com blocos cerâmicos 1,15
Alvenaria com blocos de concreto 1
Alvenaria com blocos solo-cimento 1,5
Tapumes em madeira 2
Tapumes metálicos 0,8
Forros em gesso acartonado 1,5
Vidros 0,05
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fator “Kp” para perdas controladas:
Fator Kp - em relação ao desperdício
Desperdícios Kp
2% 0,1
4% 0,5
10% 1,15
15% 1,65
20% 2,1
30% 3,2
40% 4,4
50% 6
80% 16,5
100% 52
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)

Fator Kf - frequência de fiscalização e auditoria


Frequência de fiscalização Kf
Escassa 1,4
Esporádica 1,1
Regular 1,1
Permanente 1,5
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fator Kc - influência do cronograma da obra sobre a
geração de resíduos
Flexibilização do cronograma Kc
Prazo flexível e longo, com atividades no
caminho crítico 1,2
Prazo flexível e longo, com atividades fora do
caminho crítico 1,1
Atividades de curta duração, no caminho
crítico 1,1
Atividades de curta duração, fora do caminho
crítico 1
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)

 Q: unidade de referência tomada por base na


definição da quantidade total de resíduos
(material para execução da etapa);
 T: recorrência ou periodicidade de um resíduo.
Eng. Gustavo Kaminski
kaminskigustavo@gmail.com

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