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RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)
Curitiba, 2016
Ementa do Curso
Resíduos da Construção Civil
Definições e diretrizes
Instrumentos legais
Classificação
Reciclagem de resíduos
Definições
Resíduos Sólidos Urbanos: Conjunto dos
resíduos sólidos gerados nos ambientes
urbanos, classificáveis pela sua origem em
resíduos domiciliares, comerciais, de
varrição, e feiras livres, serviços de saúde e
hospitalares; portos, aeroportos e terminais
ferroviários e rodoviários, industriais,
vegetais e agrícolas, volumosos e resíduos
da construção civil.
Definições
Resíduos da Construção Civil (RCC):
Provenientes de construções, reformas, reparos
e demolições de obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e da escavação de
terrenos.
Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos:
Conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na
forma da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010;
Panorama Geral
Construção civil: grande geradora de
resíduos;
Curitiba: 48% dos resíduos sólidos gerados
são da construção civil;
3.000 m³/dia (600 caçambas / dia);
60% são de obras informais
Gestão de Resíduos da Construção
Pequenos Geradores
Grandes Geradores
Pequenos transportadores;
Licenciamento de empresas;
Disposições irregulares;
Transportadoras;
Pequenas obras;
Licenciamento de áreas receptoras;
Busca de soluções;
Ações de fiscalização e controle
Ações de fiscalização e controle;
Controle de impactos ambientais
Controle dos impactos ambientais
Programa
Projetos de
Municipal
RCC
de RCC
CONAMA 307/02
Proíbe a disposição dos RCC em aterros
sanitários, em “bota foras”, encostas, corpos
d’água, lotes vazios e áreas protegidas.
CONAMA 307 - Responsabilidades
GERADOR: gerenciar os resíduos desde a
geração até a destinação final, com adoção
de métodos, técnicas, processos de manejo
compatíveis com as suas destinações
ambientais, sanitárias e economicamente
desejáveis.
CONAMA 307 - Responsabilidades
PRESTADOR DE SERVIÇO /
TRANSPORTADOR: cumprir e fazer
cumprir as determinações normativas que
disciplinam os procedimentos e operações
do processo de gerenciamento de resíduos
sólidos e de resíduos de obra civil em
especial.
CONAMA 307 - Responsabilidades
CEDENTE DE ÁRA PARA
RECEBIMENTO DE INERTES: cumprir
e fazer cumprir as determinações normativas
que disciplinam os procedimentos e
operações de aterros de inertes, em especial
o seu controle ambiental.
CONAMA 307 - Responsabilidades
PODER PÚBLICO: normalizar, orientar,
controlar e fiscalizar a conformidade da
execução dos processos de gerenciamento
do Plano Integrado de Gerenciamento dos
Resíduos da Construção Civil.
Licenciamento ambiental;
Orientações.
CONAMA 307 - Classificação
CLASSE A
CLASSE B
CONAMA 307 / 02
CLASSE C
CLASSE D
CONAMA 307 - Classificação
CLASSE A: São os resíduos reutilizáveis ou
reciclados como agregados;
Solos;
Componentes cerâmicos (blocos, telhas, tijolos, etc.);
Resíduos de concreto;
CALIÇA.
CONAMA 307 - Classificação
CLASSE B: Resíduos recicláveis;
Papel, papelão;
Plásticos;
Madeira;
Metais;
Gesso.
Solventes;
Óleos;
Amianto;
EPI’s contaminados.
Gerenciamento de
Resíduos no Canteiro
de Obras
Gerenciamento de
Resíduos no Canteiro
de Obras
Exemplo prático:
Município de Curitiba - PR
Procedimentos – Curitiba/PR
Solicitação do Alvará de
Construção e/ou
Licença de Instalação
Projeto
Não Simplificado
de RCC
A Obra Excede
Prefeitura
600 m² de Área
Municipal de
Construída? (Dec.
Curitiba
1.068/2004)
Elaboração do
Sim
PGRCC
Procedimentos – Curitiba/PR
Elaboração do
PGRCC
Termo de
Referência
Obtenção do
Implementação Construção do Alvará de
do PGRCC Empreendimento Construção e/
ou LI
Ações
Previstas no
Projeto
Gerenciamento de
Resíduos da
Monitoramento
Construção Civil
da Gestão
durante todas as Fases
da Obra
Procedimentos – Curitiba/PR
Monitoramento
da Gestão
Arquivamento de
Dados
Comprovantes de
Quantitativos
Transporte e
Precisos
Destinação de RCC
Relatório de
Gerenciamento de
RCC (Port. 07/2008) -
Conclusão da Obra
Procedimentos – Curitiba/PR
Obtenção do Relatório de
Certificado de Gerenciamento de
Vistoria de RCC (Port. 07/2008) -
Conclusão de Conclusão da Obra
Obra - CVCO
Apresentação à
SMMA e SMU
PGRCC – Curitiba/PR
“Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos
da Construção Civil deverão ser elaborados
e implementados pelos geradores e terão
como objetivo estabelecer os
procedimentos necessários para o manejo e
destinação ambientalmente adequada dos
resíduos.”
TR - Curitiba
PGRCC – Curitiba/PR
Quantificação de RCC;
Caracterização dos Resíduos;
Triagem dos Resíduos;
Acondicionamento dos Resíduos;
Transporte dos Resíduos;
Destinação Final;
Plano de Capacitação;
Cronograma de Implementação do PGRCC.
Gerenciamento de
RCC
TRIAGEM
Realizada pelo gerador no canteiro de obras.
ACONDICIONAMENTO
Garantir o acondicionamento correto para cada
tipo de resíduos.
Etapas da Gestão
TRANSPORTE
Realizado por empresas terceirizadas e
licenciadas.
DESTINAÇÃO
Realizar a destinação em empresas devidamente
licenciadas para a atividade.
Etapas da Gestão
MONITORAMENTO E REGISTRO
Monitoramento por indicadores;
Controle de documentos;
AUDITORIAS INTERNAS.
TREINAMENTOS
Frequentemente todos os envolvidos na gestão
devem ser treinados.
Palestras.
Geração de RCC
LIMPEZA DO TERRENO
Solos;
Rochas;
Vegetação.
MONTAGEM DO CANTEIRO
Blocos cerâmicos;
Concreto;
Madeiras.
Geração de RCC
FUNDAÇÕES
Solos;
Rochas.
SUPERESTRUTURA
Concreto;
Madeira;
Metais;
Fôrmas plásticas.
Geração de RCC
ALVENARIA
Blocos cerâmicos;
Blocos de concreto;
Argamassa;
Papel / papelão;
Plásticos.
INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS
Blocos cerâmicos;
PVC.
Geração de RCC
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Blocos cerâmicos;
Conduites;
Mangueira;
Fio de cobre.
Papel;
Papelão;
Plásticos.
FORROS DE GESSO
Placas de gesso acartonado.
Geração de RCC
PINTURAS
Tintas;
Seladoras;
Vernizes.
COBERTURAS
Madeiras;
Cacos de telha de fibrocimento.
Fatores que contribuem para a
geração
Definição e detalhamento insuficiente de
projetos de arquitetura, estrutura, formas,
instalações, entre outros;
Baixa qualidade dos materiais e componentes de
construção disponíveis no mercado;
Mão-de-obra não qualificada;
Tipo de técnica de construção ou demolição
empregada;
Fatores que contribuem para a
geração
Ausência de procedimentos operacionais e
mecanismos controle de execução e inspeção;
Inexistência de processos de reciclagem e
reutilização no canteiro.
Resíduos Classe D
Manuseio com cuidados observados pelo fabricante
do insumo na ficha de segurança da embalagem ou
pelos procedimentos descritos nas normas técnicas.
Os resíduos dessa classe terão imediato transporte
pelo usuário para o local de acondicionamento final.
Área de Depósito Temporário
Resíduos orgânicos: resíduos com características
domiciliares (restos de comida, papel higiênico,
etc.)
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente
por sacos plásticos preto de 50 litros.
Área de Depósito Temporário
Área de Depósito Temporário
Área de Depósito Temporário
Gestão no Canteiro
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
Atribuição específica dos operários que se
encarregarem da coleta dos resíduos nos
pavimentos do empreendimento;
Responsabilidade de trocar os sacos de ráfia com
resíduos contidos nas bombonas por sacos
vazios, e, em seguida, de transportar os sacos de
ráfia com os resíduos até os locais de
acondicionamento final;
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
Poderá utilizar os meios convencionais e
disponíveis para o transporte de materiais da
construção:
Transporte horizontal (carrinhos, giricas, transporte
manual);
Transporte vertical (condutor de entulho – mais
utilizado).
Fluxo dos Resíduos no Canteiro
Armazenamento de Resíduos
Na definição do tamanho, quantidade,
localização e do tipo do dispositivo, considerar:
Volume;
Características físico-químicas;
Isolamento da área;
Pisos impermeáveis;
Cobertura;
Bacias de contenção;
POLÍTICA NACIONAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
Destinação Final
Recomendações Gerais:
As embalagens de tintas não devem ser lavadas
e reutilizadas no canteiro de obras, a legislação
prevê que a reciclagem ocorra por meio de um
sistema de logística reversa.
Destinação Final
Recomendações Gerais:
Exigir o certificado de destinação final e as
licenças / autorizações ambientais das
empresas responsáveis da EFETIVA
destinação;
A responsabilidade pela destinação final
adequada é compartilhada pelo gerador, o
transportador e o destinatário;
Arquivar toda a documentação comprobatória
da destinação final;
Destinação Final
Lei Estadual nº 17.321 (Paraná, 2012):
“Art. 1º Fica estabelecido em todo território
paranaense que a emissão do certificado de
conclusão, expedido pelo órgão competente,
será condicionada à comprovação de que os
resíduos (entulhos) remanescentes do processo
construtivo tenham sido recolhidos e
depositados em conformidade com as exigências
da legislação aplicável à espécie.”
CERTIFICADO DE
DESTINAÇÃO
FINAL
(CDR ou CDF)
Comunicação e Capacitação
Reconhecimento tanto da direção quanto
dos funcionários;
Participação de todos os envolvidos;
Organização conjunta do canteiro de obras;
Palestras / dinâmicas;
Definição de responsabilidades;
Treinamentos internos.
Comunicação e Capacitação
Ênfase Temática dos Treinamentos:
Conscientização para mudanças de
comportamento;
Instruções sobre os procedimentos de limpeza e
segregação de resíduos;
Implantação de controles administrativos;
Registros e monitoramento.
Monitoramento
Auditorias internas;
Registro fotográfico;
Registro preciso da geração de resíduos;
Dados quantitativos de resíduos reciclados
e/ou reutilizados na obra;
Custos de transporte e destinação de
resíduos;
Receitas obtidas com comercialização;
Registro de N-C.
Monitoramento
do Gerenciamento
REGISTRO DE
N-C
Indicadores de Desempenho
I1: Geração de Resíduos por Área Construída;
I2: % Resíduos Perigosos;
I3: Despesas / Receitas;
I4: Índice de Reciclagem e/ou Reutilização;
I5: Valor Agregado pela Reutilização;
I6: Taxas de Desperdícios.
Controle de Documentos
Cópias das licenças / autorizações
ambientais das empresas contratadas;
MTR’s;
Certificados de Destinação Final da
EFETIVA destinação;
Notas fiscais de vendas de resíduos;
Planilhas com dados monitorados;
Relatório final para obtenção do CVCO.
Aprovação do Gerenciamento
Exigência legal da SMMA
Portaria municipal 007/08
RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
CVCO
Minimização e
Reutilização de RCC
Perda de Materiais
É inevitável que ocorra um volume mínimo
de perdas em qualquer processo de
construção ou reforma;
Principais causas de perdas:
Produção em quantidade superior à necessária;
Perda por manutenção de estoques;
Produtos defeituosos;
77% 17% 3% 3%
Fonte: Engecampus
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Correlação de itens que interferem na geração:
Fator de equipe – experiência da equipe;
Fator de processo, a ser determinado para cada
processo construtivo – tipo de processo;
Fator de fiscalização – frequência de fiscalização;
Recorrência de um resíduo;
Sobras de material.
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fórmula de estimativa de resíduos:
X: quantidade de resíduos;
Ke: fator de equipe;
Kp: fator de processo;
Kf: fator de fiscalização;
Kc: fator de cronograma;
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fórmula de estimativa de resíduos:
S: sobras de material
, onde:
tp: taxa percentual de perdas;
P: percentual transformação das sobras em
resíduos
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)
Fator Ke - nível de experiência da equipe
Experiência e treinamento Tamanho da equipe Ke
Inferior à necessidade 1,5
Inexperiente ou pouco Compatível com a
treinada necessidade 1,3
Superior a necessidade 1,2
Inferior à neessidade 1
Compatível com a
Experiente e/ou treinada
necessidade 0,9
Superior a necessidade 0,7
Estimativa de RCC
Método de Nagalli (2012)