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The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

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O Journal of Academic Librarianship (Jornal de

Biblioteconomia Acadêmica)
Página inicial da revista: www.elsevier.com/locate/jacalib

Investigação preliminar da conscientização e das atividades de sustentabilidade

em bibliotecas acadêmicas nos Estados Unidos

Bibliotecas Acadêmicas nos Estados Unidos
Sarah K. Tribelhorn 1
Marshall School of Business, University of Southern California, 3551 Trousdale Pkwy, Los Angeles, CA 90089, Estados Unidos da América

A R T I C L EI N F A B S T R A C T
O
Este documento explora a sustentabilidade, a conscientização sobre a sustentabilidade e como ela é medida
Palavras-chave: em bibliotecas acadêmicas nos Estados Unidos, e considera como as ferramentas de avaliação ou os principais
Sustentabilidade
indicadores de desempenho (KPIs) poderiam aprimorar os esforços de sustentabilidade nessas bibliotecas. Os
Bibliotecas
valores fundamentais da American Library Association incluem a sustentabilidade, e várias outras associações
acadêmicas
Avaliação da
destacam a necessidade de sustentabilidade e fornecem políticas e diretrizes adequadas sobre sustentabilidade
sustentabilidade Indicadores- para sua implementação bem-sucedida. No entanto, devido à complexidade da sustentabilidade, muitas vezes
chave de desempenho apenas uma das questões (ou seja, equidade social, viabilidade econômica ou gestão ambiental) é abordada,
Pesquisa com pouca consideração por suas interações com as outras questões e, na maioria das vezes, não é avaliada ou
medida diretamente. Portanto, este estudo avaliou a conscientização e os esforços de sustentabilidade e como
eles são medidos nas bibliotecas acadêmicas dos EUA por meio de uma pesquisa. Embora as respostas
tenham sido limitadas, os resultados indicaram que poucas bibliotecas adotaram a sustentabilidade de forma
holística, com avaliação limitada das iniciativas de sustentabilidade e pouca orientação da liderança.
Entretanto, para obter soluções sustentáveis, é necessário que a liderança da biblioteca se comprometa
novamente com seus valores, promovendo uma cultura de sustentabilidade por meio de avaliação contínua
para beneficiar suas comunidades a longo prazo.

A sustentabilidade na biblioteconomia acadêmica não é um
conceito novo, embora seja uma tendência atual. Há mais de 50 anos, o
National Environmental Policy Act de 1969 comprometeu os Estados
Unidos (EUA) a desenvolver e manter condições em que as pessoas e a
natureza possam coexistir de forma equitativa, garantindo que as
necessidades sociais, econômicas e outras das gerações atuais e futuras
sejam atendidas (Environmental Protection Agency, 2014). Para
entender completamente a sustentabilidade, é necessário compreender
a interação de seus três pilares principais: aspectos ambientais, sociais
e econômicos. Em geral, quando são encontradas soluções sustentáveis
para proteger o meio ambiente, as comunidades são fortalecidas,
resultando em prosperidade (Environmental Protection Agency, 2015).
Henk (2014) define sustentabilidade em termos de "ecologia, equidade
e economia" (p. 11), explicando que é necessário desenvolver
economias saudáveis respeitando o meio ambiente, com benefícios
distribuídos por toda a sociedade para apoiar a autossuficiência da
comunidade. Portanto, devido às complexas interações entre os seres
humanos e o ecossistema, é necessário enfrentar os desafios em todas
essas áreas para garantir que as possíveis soluções em uma área não
causem problemas em outra, e que todos os aspectos da
sustentabilidade sejam considerados ao tomar decisões e desenvolver
políticas (Henk,
2014). Essas definições explicam a necessidade e a teoria da
sustentabilidade que é essencial para que as comunidades prosperem
continuamente.
O desafio é garantir que medidas sustentáveis sejam implementadas
e, em seguida, avaliadas e mensuradas continuamente. Todas as
organizações, mas especialmente as bibliotecas, enfrentam esse
desafio, uma vez que são fundamentais para "promover a
conscientização da comunidade sobre resiliência, mudanças climáticas
e um futuro sustentável" (American Library Association, 2019a) e,
como tal, têm sido frequentemente vistas como líderes em
sustentabilidade, promovendo práticas sustentáveis (Rowley, 2006;
Tanner et al., 2019). As bibliotecas têm sido responsáveis por fomentar
a resiliência, a regeneração da comunidade e a sustentabilidade por
meio de práticas "economicamente viáveis" e "socialmente equitativas
e ambientalmente corretas" (Tanner et al., 2019, p. 365), baseadas em
políticas sólidas. No entanto, há pouca literatura que explique como as
bibliotecas acadêmicas estão desenvolvendo e avaliando práticas
sustentáveis econômicas, ambientais e socialmente justas, e se elas
estão se concentrando nos três aspectos da sustentabilidade ou apenas
em um. Como há uma aparente lacuna na literatura a esse respeito, este
artigo se concentra na conscientização sobre a sustentabilidade e em
quais ferramentas de avaliação ou indicadores-chave de desempenho
(KPIs) estão sendo usados atualmente para medir a sustentabilidade em
bibliotecas acadêmicas a fim de aprimorar as iniciativas de
sustentabilidade.
 Endereço de e-mail: stribelhorn@sdsu.edu.
1 Endereço atual: Biblioteca da Universidade, Universidade Estadual de San Diego, 5500 Campanile Dr., San Diego, CA, 92182-8050, Estados Unidos da América.

https://doi.org/10.1016/j.acalib.2022.102661
Recebido em 6 de outubro de 2022; Recebido em formato revisado em 21 de dezembro de 2022; Aceito em 24 de dezembro de 2022
Disponível on-line em 5 de janeiro de 2023
0099-1333/© 2022 O autor. Publicado por Elsevier Inc. Este é um artigo de acesso aberto sob a licença CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by- nc-
nd/4.0/).
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

sustentabilidade e, como tal, é fundamental desenvolver economias e

Revisão da literatura
sociedades neutras em carbono (Henk, 2014), reduzindo assim
coletivamente a quantidade de carbono liberada na atmosfera. É
Desenvolvimento de políticas de sustentabilidade
necessário que os bibliotecários sejam inovadores, desenvolvendo
novas práticas voltadas para a sustentabilidade em todas as áreas da
A American Library Association (ALA) iniciou o projeto
"Libraries Build Sustainable Communities" (Bibliotecas constroem
comunidades sustentáveis), depois de perceber a necessidade de incluir
a sustentabilidade nas bibliotecas em colaboração com a Global
Learning of New Jersey (American Library Association, 2019b). Os
componentes de uma comunidade sustentável foram definidos por esse
projeto como: "economia - a gestão, ou administração, dos recursos;
ecologia - a relação da comunidade com seu ambiente, especialmente o
ambiente natural; e equidade - justiça para todos" pela ALA (American
Library Association, 2019b, p. 1). Além disso, a ALA desenvolveu várias
políticas relacionadas à sustentabilidade, incluindo uma resolução sobre
a importância das bibliotecas sustentáveis aprovada em 2015; a
Política de Questões Ambientais; e uma resolução que pede que as
bibliotecas e os bibliotecários tornem as informações sobre o clima e
as informações relacionadas acessíveis às suas comunidades por meio
de coleções e recursos robustos para melhorar a compreensão das
mudanças climáticas globais (American Library Association, 2019b).

Atividades de sustentabilidade e valores fundamentais da biblioteca

Além dessas políticas na vanguarda da sustentabilidade, a ALA tem

várias atividades que promovem a sustentabilidade, incluindo a Inter
national Relations Round Table (IRRT), o International Sustainable Library
Development Interest Group e a Sustainability Round Table (SustainRT)
(American Library Association, 2019b). A ALA também tem vários
recursos sobre bibliotecas "verdes" que enfatizam a administração de
recursos. Normalmente, as bibliotecas são consideradas inerentemente
"verdes", pois seus recursos são compartilhados com as comunidades
maiores. Como tal, as bibliotecas podem ser um exemplo em suas
comunidades, reduzindo seu impacto ambiental ao empregar práticas
sustentáveis nas operações diárias, reduzindo ou minimizando o
consumo de recursos e sendo alojadas em edifícios verdes (American
Library Association, 2019b). Reconhecendo o papel das bibliotecas na
sustentabilidade nos EUA, a ALA incluiu a sustentabilidade como um valor
central da biblioteconomia em 2019 para incluir práticas de biblioteca
ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente
equitativas (American Library Association, 2019a).

Sustentabilidade em um contexto de biblioteca

Para ajudar as bibliotecas a entender esse valor central, Aldrich

(2018) definiu os três Es de sustentabilidade para bibliotecas como
capacitar, envolver e energizar. Todas as partes interessadas devem ser
capacitadas para aprimorar a missão da biblioteca, encontrando
soluções para os desafios e sendo responsáveis; as partes interessadas
devem se sentir respeitadas e se envolver como uma equipe para
aprimorar a missão; e todas as partes interessadas devem se sentir
entusiasmadas com a biblioteca e sua missão, compartilhando essa
energia em todas as interações com a comunidade (Aldrich, 2018). Esse
entusiasmo ajuda a capacitar a comunidade, que se envolve ativamente
com a equipe e a liderança da biblioteca e se torna energizada pela
biblioteca (Aldrich, 2018).

Sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas dos EUA

As bibliotecas acadêmicas nos EUA responderam aos desafios da

sustentabilidade implementando várias práticas nas diferentes áreas de
sustentabilidade, incluindo o desenvolvimento do "pensamento de
sustentabilidade"; "serviços de ensino, aprendizagem e pesquisa"; e
"envolvimento da comunidade, alcance e parcerias" (Pun & Shaffer,
2019, p. vii). No entanto, normalmente, o foco está em uma dessas
áreas em uma biblioteca, e não em todas as três áreas.
Atualmente, a mudança climática está na vanguarda da
2
S.K. Tribelhorn desperdício de alimentosThenos aterros
Journal sanitários
of Academic por 49
Librarianship meio
(2023)de um
102661
operações da biblioteca, não apenas o meio ambiente (Henk, 2014).
programa de coleta de composto iniciado pela biblioteca (Hussong-
Muitas práticas de sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas dos
Christian, 2016).
EUA têm se baseado nas metas estabelecidas pela Framework for
Globalmente, na Universidade de Calgary, no Canadá, a instrução
Information Literacy for Higher Education (Framework for
sobre alfabetização informacional sustentável foi introduzida como um
Information Literacy for Higher Education) da Association of College
curso do primeiro ano, com o objetivo de que os alunos se tornem
and Research Libraries (ACRL) (Associação de Bibliotecas
líderes bem organizados e com conhecimento, com a capacidade de
Universitárias e de Pesquisa, 2016) e nos Objetivos de
tomar decisões complexas (Stoeckle & Campbell, 2019).
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações
Unidas (ONU) (International Federation of Library Associations and
Institutions (IFLA), 2020). A alfabetização informacional, que é
importante nas bibliotecas, é fundamental para o desenvolvimento
sustentável, resultando, em última análise, em equidade social. É
necessário que as comunidades sejam capazes de avaliar criticamente
todas as informações provenientes de fontes confiáveis para tomar
decisões informadas e se tornarem consumidores críticos de
informações. A estrutura da ACRL fornece os principais conceitos de
alfabetização informacional e oferece às bibliotecas uma linha de base
para desenvolver e avaliar a alfabetização informacional durante a
instrução, as tarefas, os cursos e os currículos (Association of College
and Research Libraries, 2016).

Papel da liderança da biblioteca

O desafio é garantir que medidas sustentáveis, incluindo fatores

ambientais, sociais e econômicos, sejam implementadas e que os
bibliotecários entendam o conceito de sustentabilidade e sejam bem
treinados. É necessário um grande esforço da liderança para garantir
que sejam tomadas as medidas corretas para atingir algumas das metas de
sustentabilidade. De acordo com Ha (2014), é essencial que os líderes e
gerentes sejam agentes de mudança. Os bibliotecários precisam
abordar as importantes questões de por que, o quê, quem, quando e
como, e entender os diferentes tipos de mudanças, incluindo
planejadas, não planejadas, incrementais ou marginais, transitórias ou
transacionais (Ha, 2014). A liderança da biblioteca precisa
desenvolver uma cultura de sustentabilidade, fundamental para o
sucesso de um processo de mudança (Ha, 2014). A liderança também
precisa gerenciar a resistência à mudança. Essencialmente, os
bibliotecários precisam se comprometer novamente com os valores
centrais da ALA de todo o coração e revisar todas as operações para
confirmar se elas coincidem com esses valores (Henk, 2014). Mataix
et al. (2017) concordaram, observando a importância da governança e
da liderança transparentes e participativas para que as iniciativas de
sustentabilidade sejam eficazes nas bibliotecas acadêmicas. Também
é necessário que a liderança estabeleça uma visão bem articulada
(Mataix et al., 2017), com base nas contribuições e necessidades das
partes interessadas.

Soluções sustentáveis em bibliotecas acadêmicas

As bibliotecas acadêmicas dos EUA estão enfrentando alguns dos

desafios da sustentabilidade de diferentes maneiras, mas parece que
são iniciativas limitadas, com exceção de alguns projetos de grande
escala iniciados em bibliotecas que pretendem abranger todo o
campus e a comunidade.

Soluções sustentáveis: Práticas ambientais

A Michigan State University (MSU) implementou mudanças

sustentáveis em suas bibliotecas e em todo o campus (Tans, 2017). As
bibliotecas da MSU têm um Comitê Ambiental da Biblioteca que trabalha
com vários departamentos diferentes, incluindo o MSU Sustainability,
em toda a universidade como líder em sustentabilidade. As bibliotecas da
MSU implementaram e lideraram vários projetos, incluindo, entre
outros, a conservação de energia e a redução de resíduos por meio de
programas de reciclagem ativa que incentivam o envolvimento dos
alunos, instruções de sustentabilidade e seminários para garantir que a
equipe seja bem treinada (Tans, 2017).
As Bibliotecas e a Imprensa da Universidade Estadual do Oregon
tentaram reduzir suas emissões de gases de efeito estufa reduzindo o
3
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

Certificação de sustentabilidade em bibliotecas acadêmicas dos EUA

Algumas universidades chinesas incluíram sinais de construção
sustentável para suas bibliotecas e implementaram medidas
Com a variedade de soluções sustentáveis discutidas, é necessário
cuidadosamente consideradas para melhorar a conservação de recursos
entender como as medidas de sustentabilidade são implementadas e
e reduzir o consumo de energia em grande escala, bem como vários
avaliadas. Vários programas foram desenvolvidos para implementação
projetos menores. A maioria dos projetos incluía, mas não se limitava
e avaliação. A missão do US Green Building Council (USGBC) "é
a, treinamento de bibliotecários para que "se apropriassem das
transformar a maneira como os edifícios e as comunidades são
prioridades e soluções de sustentabilidade" (Tanner et al., 2019, p.
projetados, construídos e avaliados".
371). Há vários outros exemplos semelhantes nos EUA e no mundo,
mas todos eles parecem ser pequenos passos em uma questão de
sustentabilidade grande e complexa.

Soluções sustentáveis: Práticas econômicas

A sustentabilidade econômica das bibliotecas foi trazida à tona com

o impacto da pandemia da COVID-19 (Machovec, 2020). Por
exemplo, o compartilhamento de recursos, que é um aspecto
importante da sustentabilidade das bibliotecas acadêmicas, foi afetado
negativamente com cortes no orçamento e limitação de pessoal, acesso
limitado à tecnologia essencial e fechamento temporário de algumas
instalações nos EUA (Machovec, 2020). Portanto, é necessário que a
liderança da biblioteca busque mais soluções sustentáveis para se
tornar resiliente e ajudar suas comunidades a prosperar, incluindo a
eventualidade de mudanças não planejadas.
Embora não esteja diretamente relacionado às suas bibliotecas, um
estudo de universidades com base em seus relatórios anuais na
Austrália e na Áustria constatou que elas se concentraram
principalmente em aspectos econômicos, seguidos por aspectos
sociais, com foco limitado nos aspectos ambientais das universidades
(Schaffhauser-Linzatti, 2018). Isso indica que não está sendo dado
foco suficiente a todos os aspectos da sustentabilidade, apesar da
acessibilidade ao conhecimento, treinamento e orientação de liderança.

Soluções sustentáveis: Práticas socialmente equitativas

Na China, muitas bibliotecas têm se concentrado no

desenvolvimento econômico e social, com pouca consideração pela
sustentabilidade ambiental (Kang, 2018), o que afeta negativamente as
soluções eficazes de longo prazo. Kang (2018) enfatizou ainda que as
bibliotecas na China são essenciais como exemplo em suas faculdades
e universidades, sugerindo que essa desigualdade teria um impacto
negativo nas comunidades locais. Para que as bibliotecas acadêmicas
sejam sustentáveis, é necessário implementar, no mínimo, o seguinte:
educação em alfabetização ambiental, promoção de uma imagem
"verde", realização de uma auditoria de energia e relatório das
descobertas, treinamento de bibliotecários ecológicos, descarte
adequado de materiais perigosos, integração de práticas sustentáveis
nas operações diárias, incentivo ao consumo sustentável de recursos e
compras ambientalmente preferíveis e garantia de que os edifícios
atendam aos padrões ambientais exigidos (Kang, 2018).

Desafios para a sustentabilidade

Em países mais pobres, como a África do Sul, muitas bibliotecas

acadêmicas estão enfrentando desafios adicionais que impedem a
sustentabilidade em longo prazo. Esses desafios incluem a falta de
comprometimento da liderança, ausência de práticas, políticas ou
procedimentos padrão estabelecidos, recursos limitados, habilidades e
treinamento limitados, falta de financiamento, colaboração limitada e
tecnologia antiquada, conforme descrito para as coleções digitais
(Mase- nya, 2020), mas que poderia ser aplicado a todos os aspectos da
sustentabilidade. Esses são sistemas disfuncionais incapazes de lidar
com as desigualdades de forma eficaz em qualquer área da
sustentabilidade, resultando, em última análise, na incapacidade dessas
bibliotecas acadêmicas de apoiar suas comunidades. Normalmente,
esses desafios podem ocorrer em todas as bibliotecas acadêmicas em
diferentes graus, não apenas naquelas de países pobres.

4
S.K. Tribelhorn Alguns trabalhos foramTheiniciados em bibliotecas
Journal of Academic acadêmicas
Librarianship para
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operado por meio do [Leadership in Energy and Environmental
avaliar seus serviços e desempenhos com base na estrutura dos ODS
Design] LEED - possibilitando um ambiente ambiental e socialmente
da ONU. Isso envolve a documentação de como diferentes funções e
responsável que melhora a qualidade de vida" (United States Green
projetos atendem a essas metas (Misingham, 2021; Mori et al., 2019;
Building Council, 2022, para. 1). O programa LEED é considerado um
Thorpe & Gunton, 2022). Missingham
padrão de desempenho e não prescreve medidas específicas, mas
compreende sistemas de classificação baseados em pontos nos quais
os projetos de desenvolvimento ganham pontos por atender a
determinados critérios de construção verde (Carr & Carr, 2013). Os
elementos primários que definem um edifício verde com foco na
sustentabilidade, conforme definido pelo United States Green
Building Council (2022), incluem locais sustentáveis, eficiência
hídrica, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental
interna, inovação de projeto e prioridade regional.
Com relação às bibliotecas acadêmicas, várias dessas áreas seriam
abordadas em colaboração com a organização matriz. Muitas
instituições acadêmicas estão se concentrando na sustentabilidade e
têm departamentos dedicados à sustentabilidade, p o r exemplo, a
Universidade da Califórnia (USC) tem um Escritório de Sustentabilidade,
que delineou uma estrutura em todo o campus para as medidas a serem
tomadas em direção à sustentabilidade e para se tornar neutra em
carbono (University of Southern California, n.d.); a Universidade
Estadual de San Diego (SDSU) tem um Escritório de Energia e
Sustentabilidade (SDSU, 2018) que trabalha com os departamentos
do campus para desenvolver iniciativas de sustentabilidade em torno
de energia, resíduos, água, edifícios verdes, alimentos, habitação,
responsabilidade social e transporte. Para ajudar ainda mais as
bibliotecas a tomar medidas em relação a todos os aspectos da
sustentabilidade, a Sustainable Libraries Initiative (SLI) foi criada e
oferece um Programa de Certificação de Bibliotecas Sustentáveis
(SLCP), que fornece aos líderes de bibliotecas um caminho testado e
estruturado para aumentar o "compromisso da biblioteca com a
administração ambiental, viabilidade econômica e equidade social"
(Sustainable Libraries Initiative, n.d., para. 1). Para as bibliotecas
acadêmicas, essa certificação se concentra nas sete categorias principais a
seguir para ajudar a alinhar os esforços com o resultado final triplo da
sustentabilidade: preparação, envolvimento do campus, envolvimento
da comunidade, bem-estar social e resiliência, sustentabilidade
financeira, coleções e serviços e gestão ambiental (Sustainable
Libraries Initiative, n.d.). O SLCP é um programa relativamente
novo, com apenas uma biblioteca acadêmica, a Clarkson University
Libraries, de Nova York, que concluiu a certificação até o momento
como piloto (Sustainable Libaries Initiative, n.d.). Esse "programa de
benchmarking" para "criar oportunidades de fazer melhores escolhas
em nome da comunidade local e global" foi reconhecido pela IFLA
(Sustainable Libraries Initiative, 2022) e, embora não forneça KPIs
em si para fins de avaliação, fornece as melhores práticas em relação
à sustentabilidade para bibliotecas.

Objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

Os ODS são uma estrutura da Agenda 2030 da ONU para o

Desenvolvimento Sustentável, com foco no desenvolvimento
ambiental, econômico e social, e as bibliotecas são fundamentais para
atingir as metas dessa agenda (Federação Internacional de
Associações e Instituições de Bibliotecários, 2020). A IFLA tem
trabalhado no desenvolvimento da Agenda 2030 da ONU no contexto
das bibliotecas, "defendendo a inclusão do acesso à informação, a
salvaguarda do patrimônio cultural, a alfabetização universal e o
acesso às tecnologias de informação e comunicação" (International
Federation of Library Associations and Institutions, 2020, p. 1). Os
ODS da ONU não apenas destacam a relação entre acesso aberto e
sustentabilidade, e a necessidade de acessibilidade a informações de
qualidade revisadas por pares (Suber, 2016), além da alfabetização
informacional (Henk, 2014), mas os objetivos e resultados
relacionáveis da biblioteca podem ser mapeados para cada uma das
metas. Para ser eficaz, é necessário que os bibliotecários sejam bem
treinados e tenham acesso a coleções de alta qualidade para entender
e, em última análise, atingir as metas de sustentabilidade (Henk,
2014).
5
S.K. Tribelhorn
(2021) utilizaram medidas qualitativas e quantitativas para analisar e
avaliar o serviço prestado à comunidade considerando a estrutura dos
ODS da ONU, o que produziu uma visão significativa dos serviços da
biblioteca. Da mesma forma, Thorpe e Gunton (2022) usaram a prática
baseada em evidências para avaliar os ODS da ONU em uma
biblioteca acadêmica e descobriram que essa é uma ferramenta de
benchmarking útil para entender os desafios de sustentabilidade em
sua biblioteca. Eles também descobriram que isso aumentou a
conscientização dos funcionários da biblioteca sobre a sustentabilidade
e os ODS da ONU e como seu trabalho afeta a comunidade em geral
(Thorpe & Gunton, 2022). Mori et al. (2019) concentraram-se em
instituições acadêmicas para entender a conscientização sobre os ODS
da ONU e determinaram que, para que o trabalho seja eficaz nesse
sentido, é necessário um compromisso da liderança da universidade e
da biblioteca.
Principais indicadores de desempenho
Em última análise, para avaliar se as bibliotecas acadêmicas estão
implementando e integrando práticas sustentáveis em seus serviços, é
necessário medir essas práticas e processos usando KPIs ou métricas
de avaliação (Ochoˆa & Pinto, 2014). Uma Estrutura de Avaliação de
Sustentabilidade da Biblioteca e Ciência da Informação (LIS) foi
desenvolvida para incluir avaliações para a estrutura de gestão,
incluindo aspectos ambientais, sociais, econômicos e culturais que
abrangem orçamentos, educação, comunicação, governança e equidade
(Ochoˆa & Pinto, 2014).
Essa estrutura de avaliação poderia fornecer uma base para avaliar
como as estratégias da biblioteca incluíram essas questões. Essa
estrutura considera a gestão da qualidade e a dinâmica da globalização,
ajudando a definir KPIs e indicadores de risco, além de avaliar
atividades e iniciativas com base nas expectativas das partes
interessadas e das comunidades (Ochoˆa & Pinto, 2014). É necessário
avaliar continuamente se esses serviços estão atendendo às
necessidades das comunidades de bibliotecas.
Embora não estejam diretamente relacionados à sustentabilidade,
constatou-se que os KPIs nas bibliotecas europeias melhoraram a
tomada de decisões e, em última análise, foram benéficos para os
esforços sustentáveis (Swiatek, 2019). No entanto, foi determinado que
é necessário que eles sejam usados de forma consistente em todas as
bibliotecas para obter resultados comparáveis. Indicadores comuns ou
ferramentas de avaliação permitem que as bibliotecas integrem seus
conhecimentos e serviços à missão estratégica e aos esforços e ações
de sustentabilidade de forma eficaz (Swiatek, 2019).
Outras formas de avaliação propostas não se concentram em todos
os aspectos da sustentabilidade, mas podem ser usadas para avaliar
pelo menos um aspecto, como as métricas de justiça social propostas
por Hinchliffe (2019). Essas métricas foram baseadas em estruturas
comuns, incluindo o Sistema Integrado de Dados de Educação Pós-
Secundária (IPEDS), a Pesquisa de Tendências e Estatísticas da ACRL e
os Padrões da ACRL para Bibliotecas no Ensino Superior. Hin-Cliffe
(2019) sugeriu que essas estruturas poderiam ser usadas para
desenvolver uma estrutura de avaliação. Usando essas métricas, KPIs
consistentes poderiam ser desenvolvidos para todas as áreas de
sustentabilidade para uma análise comparável entre as bibliotecas
acadêmicas.
Método
Participantes
Quinze participantes fizeram parte do estudo, incluindo uma gama
de diferentes tipos de bibliotecas acadêmicas, de privadas a públicas, e
de faculdades comunitárias a instituições que concedem doutorado. A
maioria dos participantes (42
%, n = 12) estavam em funções gerenciais, seguidos por funcionários
(33%, n =
6
The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661
4) e corpo docente (25 %, n = 3) (Tabela 1).
Materiais e procedimentos
Uma pesquisa on-line foi usada para coletar dados de 27 de
fevereiro a 3 de março de 2022. A pesquisa incluiu 25 perguntas
(consulte o Apêndice A) e foi dividida em 6 seções: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. A
Seção 1 avaliou o tamanho e o tipo da biblioteca; a Seção 2 avaliou se
a sustentabilidade foi incluída intencionalmente na missão e nas
políticas da biblioteca; a Seção 3 concentrou-se no treinamento em
sustentabilidade; a Seção 4 avaliou em quais aspectos da
sustentabilidade a biblioteca se concentra; a Seção 5 avaliou como os
aspectos da sustentabilidade são medidos; e a Seção 6 avaliou se os KPIs
ajudariam a acelerar os esforços de sustentabilidade nas bibliotecas
acadêmicas. A maioria das perguntas foi respondida usando múltipla
escolha de "sim", "não" ou "não tenho certeza" ou uma escala Likert
de 5 pontos, variando de "discordo totalmente" a "concordo
totalmente". Várias perguntas eram abertas, permitindo que os
participantes respondessem livremente.
Essa pesquisa foi distribuída por meio dos Listservs de e-mail ALA-
Connect e ALA-SustainRT, e os colaboradores da publicação de Pun e
Shaffer (2019) receberam e-mails diretamente com base em seus e-
mails fornecidos na publicação. O e-mail explicava o objetivo do
estudo e solicitava a participação dos destinatários. Os participantes
tiveram duas semanas para responder. Foi determinado que essa
pesquisa não constitui uma pesquisa, conforme definido pelo 45 CFR
46.102(e)(1) (National Archives and Records Administration, 2018), e
não precisou ser revisada pelo Conselho de Revisão Dependente
(IRB), pois não gerou informações privadas identificáveis.
O software estatístico SPSS (IBM SPSS Statistics Version
28.0.1.1(14)) foi usado para analisar os resultados.
Resultados
Descrições de instituições e bibliotecas
Os dados coletados e analisados da pesquisa indicaram que os 15
participantes que responderam à pesquisa representavam uma
variedade de instituições acadêmicas, incluindo grandes instituições
privadas de pesquisa e doutorado, faculdades estaduais, faculdades
privadas menores e faculdades comunitárias que concedem diplomas de
associado (Tabela 2).
O número de funcionários das bibliotecas correspondia ao tamanho
das instituições, sendo que 50% (n = 12) dos participantes tinham de 5
a 25 funcionários, 34% (n = 12) dos participantes tinham mais de 75
funcionários e 8% (n = 12) dos participantes tinham de 1 a 4 e de 26 a
75 funcionários (Tabela 3).
Além disso, 55% (n = 11) dos participantes observaram que tinham
um comitê de sustentabilidade dedicado, que se reúne "mensalmente",
"trimestralmente" ou conforme necessário (Tabela 4).
Tabela 2
Instituições representativas.
Nome da instituição Tipo de instituição
Pasadena City College, Califórnia Faculdade Comunitária,
Pública Valencia College, Flórida Faculdade Comunitária,
Pública
Cornell University, Nova York Universidade de pesquisa de
concessão de terras, privada
S.K. Tribelhorn Universidade do Sul da Universidade
The Journal of Academic de pesquisa,
Librarianship privada
49 (2023) 102661
Tabela Califórnia, Califórnia
1
Florida Institute of Technology, Flórida Universidade de pesquisa,
Distribuição das funções dos participantes da pesquisa em suas respectivas particular Universidade Estadual do Oregon, Oregon Universidade de
bibliotecas acadêmicas. pesquisa de concessão de terras,
Público
Participantes Número (n) Porcentagem (%)
Universidade Estadual de Michigan, Michigan Universidade de pesquisa de concessão de
Gerentes 5 42 terras,
Faculdade 3 25 Público
Funcionários 4 33 Universidade Estadual do Mississippi, Mississippi Universidade de pesquisa de
concessão de terras,
Observação. n = 12. Público
Penn State University, Pensilvânia Universidade de pesquisa de concessão de
terras,
Público

7
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

Tabela 3 Tabela 6
Tamanho relativo da equipe das bibliotecas nas bibliotecas Sustentabilidade nas políticas de bibliotecas.
representativas.
Tamanho da equipe Número de bibliotecas Porcentagem (%) Sustentabilidade nas políticas Número (n) Porcentagem (%)

1-4 1 8 Sim 8 61
5-25 6 50 Não 4 31
26-75 1 8 Não tenho certeza 1 8
> 75 4 34 Observação. n = 13.
Observação. n = 12.

Tabela 7
Tabela 4 Treinamento em sustentabilidade na biblioteca.
Comitê de Sustentabilidade na Biblioteca.
Treinamento em sustentabilidade Número (n) Porcentagem (%)
Comitê de Sustentabilidade Número (n) Porcentagem
Sim 5 60
(%) Sim 6 55 Não 9 33
Não 5 45 Não tenho certeza 1 7

Observação. n = 11. Observação. n = 15.

Sim 3 23
Não 6 46
Sustentabilidade na declaração de missão e nas políticas da biblioteca
Não tenho certeza 4 31

Com relação às declarações de missão e políticas da biblioteca, três Observação. n = 13.

participantes (23%, n = 13) indicaram que a sustentabilidade estava
incluída na declaração de missão de sua biblioteca, enquanto seis
participantes (46%, n = 13) indicaram que não estava, e o restante
(31%, n = 13) não tinha certeza (Tabela 5).
Além disso, oito participantes (61%, n = 13) indicaram que a
sustentabilidade ou as práticas sustentáveis foram intencionalmente
incluídas nas políticas da biblioteca, quatro participantes (31%, n = 13)
indicaram que não foram e um participante (7,69%, n = 13) não tinha
certeza (Tabela 6).
Exemplos de participantes que incluíram intencionalmente a
sustentabilidade no desenvolvimento de políticas:

• "A sustentabilidade faz parte de nosso plano estratégico",

• "Fundo de Subvenção para Acesso Livre".

As práticas de sustentabilidade incluem:

• "Revenda ou reciclagem de materiais impressos danificados,

composição na biblioteca, incentivo à reciclagem para funcionários
e usuários, programação e compartilhamento de informações,
criação de uma economia compartilhada para livros, ferramentas,
eletrônicos e sementes por meio de nossas várias coleções",
• "Uso de materiais eletrônicos sempre que possível, reciclagem em
construções e em eventos".

O teste exato de Fisher foi usado para determinar se havia uma

associação significativa entre o tamanho relativo da biblioteca (com
base no número de funcionários) e a inclusão da sustentabilidade na
declaração de missão ou nas políticas, respectivamente. Não houve
uma associação estatisticamente significativa entre o tamanho relativo
da biblioteca e a inclusão da sustentabilidade na declaração de missão
ou nas políticas (p = 0,294, p = 0,909), respectivamente.

Treinamento em sustentabilidade na biblioteca

Considerando o treinamento em sustentabilidade em bibliotecas

acadêmicas, 60% (n = 15) indicaram que não receberam treinamento,
7% (n = 15) não tinham certeza e 33% (n = 15) indicaram que
receberam treinamento (Tabela 7). Sobre o treinamento recebido, os
participantes observaram:

Tabela 5
Declaração de missão da sustentabilidade na biblioteca.
Sustentabilidade na declaração de missão Número (n) Porcentagem (%)

8
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

• [O] "Comitê Ambiental da Biblioteca fornece uma orientação de

sustentabilidade para todos os novos funcionários. O comitê
também coordena a programação e os treinamentos sobre tópicos
relacionados ao meio ambiente e à sustentabilidade".
• [Alguns treinamentos ocorrem no] "salão dos funcionários da
biblioteca" [sobre] "reciclagem, lixo eletrônico, itens reutilizáveis
sem papel e estações de reabastecimento de água".

O teste exato de Fisher foi usado para determinar se havia uma

associação significativa entre o treinamento em sustentabilidade e a
inclusão da sustentabilidade nas políticas. Não houve uma associação
estatisticamente significativa entre o treinamento e a inclusão da
sustentabilidade nas políticas (p =
.077).

Como a sustentabilidade é medida

As respostas dos participantes concordaram, em geral, que não

havia medição direta da sustentabilidade em suas bibliotecas e que, às
vezes, os dados de sustentabilidade são obtidos de diferentes
maneiras:

• "Não medimos nem avaliamos [a sustentabilidade] de forma

alguma"
• "Não temos nenhuma avaliação formal de sustentabilidade em
nossa biblioteca em particular... Há muito mais que poderíamos
fazer em nível de biblioteca"
• "De modo geral, não medimos a sustentabilidade. Ela
simplesmente está incorporada em muitas de nossas práticas"
• "Não é medido especificamente"
• "Temos uma parceria com o centro de reciclagem do campus para
obter dados sobre as taxas de desvio de resíduos da biblioteca"
• "Outro indicador sustentável poderia ser a parte do orçamento
destinada a livros eletrônicos e recursos digitais em comparação
com os impressos".

Foco em sustentabilidade na biblioteca

Ao refletir se suas bibliotecas se concentravam em todos os

aspectos do tripé da sustentabilidade por meio de práticas socialmente
justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis, apenas
36% (n = 14) dos participantes concordaram, 57% (n = 14)
discordaram e 7% (n = 14) não tinham certeza (Tabela 8). Dos
participantes que discordaram, um deles observou que "o meio
ambiente é o foco principal [seguido por] justiça social".

Práticas socialmente equitativas

A maioria dos participantes reconheceu que tinha práticas
socialmente equitativas (64%, n = 14) e 36% (n = 14) não tinham
certeza (Tabela 8). As práticas socialmente equitativas incluíam:

9
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

Tabela 8
Foco em sustentabilidade na biblioteca.
Foco na sustentabilidade Socialmente equitativo, Somente práticas Somente práticas ambientalmente Somente práticas
ambientalmente correto e socialmente equitativas corretas economicamente viáveis
práticas economicamente viáveis
Número (n) Porcentagem (%) Número (n) Porcentagem Número (n) Porcentagem (%) Número (n) Porcentagem (%)
(%)
Sim 5 36 9 64 7 58 7 54
Não 8 57 0 0 2 17 2 15
Não tenho certeza 1 7 5 36 3 25 4 31

financiado pela faculdade - redução a longo prazo do reembolso da

• "Atualizar as preocupações com a acessibilidade nos espaços e
faculdade para viagens entre campus",
dispositivos da biblioteca e no ambiente on-line",
• "Desenvolvimento do plano mestre de redução de energia, emissões e
• "Desenvolvimento profissional para todos os funcionários da
água",
biblioteca",
• "Difícil de separar de outras práticas... reservas de cursos (digitais e
• "Divulgar coleções, programas e serviços de diversidade",
físicas) que os alunos podem iniciar (não depender apenas da
• "Multa gratuita para todos os materiais de propriedade da biblioteca
(exceto tecnologia)", iniciação do corpo docente)",
• "Os alunos podem solicitar a criação de qualquer reserva de curso, • "Muitos empréstimos de equipamentos, todos medidos por
checkouts",
incluindo a solicitação de compra se não tivermos o item (não
apenas o corpo docente)",
• "Criação de cópia digital para empréstimo de reservas de cursos
para itens de propriedade da biblioteca como opção preferencial
para reservas de cursos",
• "Empréstimo de pontos de acesso para apoiar aqueles com acesso
limitado à rede sem fio fora do campus",
• "Empréstimo de laptop de longo prazo (mais de um ano) durante o
fechamento da COVID, juntamente com o empréstimo de longo
prazo de materiais de biblioteca (e envio para o destino do usuário)
durante o fechamento da COVID",
• "Sem multas por atraso, exposições e eventos culturais, empréstimo
de dispositivos tecnológicos, como pontos de acesso Wi-Fi, laptops
e calculadoras gráficas para empréstimo semestral".

Práticas ambientalmente corretas

Com relação às práticas ambientalmente corretas, 58% (n = 12) dos
participantes concordaram que as tinham em vigor, 17% (n = 12) não
concordaram e 25% (n = 12) não tinham certeza (Tabela 8). As
práticas ambientalmente corretas dos participantes incluíam:

• "Como faculdade, temos metas de sustentabilidade que se estendem

aos edifícios e espaços da biblioteca: isso inclui planos de ação
climática para conservação de energia e emissões, redução do
desperdício de água, melhoria do transporte e caminhos multiuso
no campus",
• "Compartilhamento/reutilização de materiais, compostagem,
reciclagem, [e] um pequeno telhado verde e uma parede de plantas
em um dos nossos espaços de escritório mais novos. Recebemos
dados de medição do centro de reciclagem sobre a quantidade de
material que eles conseguem desviar do aterro sanitário".

Práticas economicamente viáveis

Em relação às práticas economicamente viáveis, 54% (n = 13) dos
participantes concordaram que suas bibliotecas as adotavam, 15% (n =
13) disseram que não e 31% (n = 13) não tinham certeza (Tabela 8).
As práticas economicamente viáveis dos participantes incluíam:

• "Redução de água (planejamento de paisagem, irrigação, seleção de

plantas)",
• "Programas de reciclagem (eletrônicos, baterias, cartuchos de tinta,
etc.)",
• "Redução de papel (configurações de impressão padrão,
configurações da impressora do aluno para reduzir o desperdício)",
• "Estações de água recarregáveis",
• "Iluminação e consumo de energia (iluminação com eficiência
energética, automação, combinação de energia renovável no local
(solar) e tratamento de energia local (solar, frota elétrica, etc.)",
• "Uso gratuito de transporte público local por funcionários e alunos
10
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661
• "Instalação de estacionamento seguro e coberto para bicicletas na
biblioteca - uma área coberta com uma cerca trancada ao redor dos
bicicletários",
• "Adquira licenças de acesso ilimitado para usuários quase que
exclusivamente para ...
eBooks e incentivar os instrutores a usá-los para leituras em sala de
aula".

Orçamento para iniciativas de sustentabilidade

Com relação ao orçamento para iniciativas de sustentabilidade, a

maioria dos participantes não tinha certeza (46%, n = 11) se era um
item orçado, 18% (n = 11) não faziam orçamento para iniciativas de
sustentabilidade e 36% (n = 11) faziam (Tabela 9). Além das
respostas acima sobre as diferentes práticas de sustentabilidade, as
respostas dos participantes sobre o orçamento incluíram:

• "Fazemos um orçamento para iniciativas em que, quando

compramos coisas, temos em mente a sustentabilidade",
• "A biblioteca não tem uma rubrica orçamentária específica para
iniciativas de sustentabilidade, mas temos dinheiro disponível para
projetos de melhoria pontuais no prédio e ele foi usado para
projetos de sustentabilidade no passado, como a conversão de
bebedouros em estações de enchimento de garrafas de água e a
instalação da parede de plantas".

Impacto dos KPIs nos esforços de sustentabilidade em bibliotecas

Quando os participantes consideraram se os KPIs para medir a eficácia

melhorariam os esforços de sustentabilidade nas bibliotecas
acadêmicas, a maioria concordou (80%, n = 10), sendo que um
participante concordou totalmente (10%, n
= 10) e um discordando (10%, n = 10) (Tabela 10).
As sugestões gerais dos participantes em relação à medição e ao
aprimoramento da sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas
incluíram

• "A certificação é um bom incentivo (por exemplo, o Programa de

Certificação de Bibliotecas Sustentáveis)",
• "Os vínculos com os ODSs da ONU podem ajudar a se adequar às
metas organizacionais gerais. Se a organização matriz não apoiar a
sustentabilidade, será mais difícil justificá-la",
• "Seria útil ter padrões, certificados etc. que fossem reconhecidos
pela administração do campus ou que impressionassem a mesma.
Pode ser difícil ganhar força para melhorar nossa sustentabilidade
sem a adesão da liderança. Os padrões/certificados nos ajudariam
a avaliar nosso próprio progresso e seriam úteis como ferramenta
para obter os recursos necessários para atingir nossas metas de
sustentabilidade",
• "Não chame mais essas iniciativas de iniciativas de sustentabilidade.
Na maioria das vezes, são iniciativas para apoiar o aprendizado dos
alunos [e] elas contribuem para a sustentabilidade... mas essa
palavra está... fortemente ligada a iniciativas 'ambientais' que a
maioria das pessoas tem dificuldade de conectar, a menos que
vejam exemplos do que isso pode significar na prática",

Tabela 9
Orçamento de sustentabilidade.
Orçamento de sustentabilidade Número (n) Porcentagem (%)

Sim 4 36
Não 2 18
Não tenho certeza 5 46

Observação. n = 11.

11
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

ambientais; e promover o treinamento ambiental entre os educadores", a

Tabela 10
Eficácia dos KPIs para a sustentabilidade.
sustentabilidade passou a incluir uma abordagem mais holística. Os
temas comuns identificados por Wright (2002) incluem aspectos
Eficácia do KPI Número (n) Porcentagem (%)
econômicos e de igualdade social: "Esses temas incluem operações
Concordo totalmente 1 10 físicas sustentáveis, pesquisa acadêmica sustentável, alfabetização
Concordo um pouco 8 80 ambiental, responsabilidade ética e moral, cooperação entre
Não concordo nem discordo 0 0
Discordo um pouco 1 10
universidades e países, o desenvolvimento de um currículo
Discordo totalmente 0 0 interdisciplinar" (p. 118). Esses temas também são comuns
Observação. n = 10.

• "Não acho que haja nada de especial nos projetos de

sustentabilidade que torne a avaliação deles diferente ou mais
difícil do que a avaliação de qualquer outra coisa na biblioteca. As
bibliotecas com uma cultura de avaliação e melhoria avaliarão seus
programas de sustentabilidade e as bibliotecas que não o fazem
provavelmente não o farão",
• "As bibliotecas acadêmicas realmente variam em termos de
configuração entre faculdades comunitárias e instituições de 4 anos.
Uma ferramenta de medição de KPI de tamanho único pode não ser
adequada".

Os participantes da pesquisa em geral relataram que os KPIs

melhorariam os esforços de sustentabilidade nas bibliotecas (M = 1,75,
SD = 1,06). Um teste t de uma amostra indicou que esse valor médio
foi significativamente diferente do valor do ponto médio (neutro) de
3,0, t(12) = 5,75, p < 0,001), indicando ainda que os participantes
consideraram que a avaliação da biblioteca ou os KPIs dos esforços de
sustentabilidade melhorariam os esforços de sustentabilidade de longo
prazo.

Discussão

Bibliotecas representativas

Embora o tamanho da pesquisa tenha sido limitado, os resultados

indicaram que os participantes representavam uma gama relativamente
ampla de diferentes tipos de instituições acadêmicas e bibliotecas, de
pequenas a grandes instituições, e de instituições privadas que
concedem diplomas a escolas públicas e faculdades comunitárias. Os
resultados revelaram uma ampla gama de iniciativas de
sustentabilidade que foram iniciadas nessas bibliotecas. Os resultados
também indicaram que há relativamente poucas bibliotecas que medem
ativa ou diretamente suas iniciativas de sustentabilidade por meio de
KPIs, avaliações formais ou coleta de dados, e também relativamente
poucas que incluem todos os três aspectos (ou seja, econômico,
igualdade social e ambiental) da sustentabilidade. Embora as
bibliotecas fossem representativas de todos os tipos de bibliotecas
acadêmicas dos EUA, os resultados não puderam ser generalizados,
pois vários fatores influenciam a conscientização sobre a
sustentabilidade e sua medição, e os resultados indicaram que não
houve significância entre o tamanho da biblioteca e a conscientização
sobre a sustentabilidade, o treinamento ou a inclusão intencional da
sustentabilidade nas políticas.

Sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas dos EUA

Com base nos resultados, um número relativamente limitado de

bibliotecas de instituições de ensino superior dos EUA adotou uma
abordagem holística da sustentabilidade e, se o fizeram, o processo não
foi necessariamente documentado ou avaliado, indicando uma
necessidade fundamental desta pesquisa para entender a linha de base e
desenvolver iniciativas de sustentabilidade intencionais e mensuráveis.
Desde 2002, quando surgiram definições emergentes de
sustentabilidade ambiental, conforme discutido por Wright (2002, p.
109), que incluíam "reorientar a educação para o desenvolvimento
sustentável; aumentar a conscientização do público sobre as questões
12
S.K. Tribelhorn Outro ponto em comum TheéJournal
que ofé Academic
necessário que as 49iniciativas
Librarianship de
(2023) 102661
temas encontrados nesta pesquisa, mas poucos participantes
sustentabilidade sejam conduzidas pela liderança, o que foi
indicaram que suas bibliotecas incluíam práticas ambientais,
mencionado nos resultados. No entanto, apenas um participante da
economicamente viáveis e socialmente equitativas em conjunto.
pesquisa no presente estudo observou que sua biblioteca tinha um
Muitas das descobertas desta pesquisa estão de acordo com as
comitê de sustentabilidade dedicado, e não havia liderança ou direção
descobertas de uma revisão sistemática da literatura sobre
clara para a sustentabilidade. É fundamental obter o apoio da liderança
desenvolvimento sustentável em bibliotecas feita por Khalid et al.
para que a sustentabilidade seja impulsionada por uma articulação clara
(2021). Khalid et al. (2021) descobriram que as bibliotecas
de
acadêmicas realizam muitas iniciativas relacionadas a aspectos
ambientais, como a redução da pegada de carbono e do consumo de
energia das bibliotecas, a transição de recursos impressos para
eletrônicos e avanços tecnológicos e digitais. As respostas da
pesquisa indicaram iniciativas semelhantes que foram desenvolvidas
nas respectivas bibliotecas. Entretanto, várias dessas iniciativas foram
desenvolvidas por necessidade para atender às necessidades da
comunidade, e não necessariamente para incluir intencionalmente
esforços de sustentabilidade para atender a essas necessidades. Além
disso, a inclusão de questões de sustentabilidade como uma
abordagem mais holística abordaria não apenas as questões
ambientais, mas também a igualdade social e as questões econômicas.

Avaliação da sustentabilidade em bibliotecas acadêmicas dos EUA

Um tema comum identificado pelos participantes da pesquisa, e

que foi reiterado na literatura, é a falta de medição ou avaliação das
iniciativas de sustentabilidade. Um participante indicou que as
bibliotecas avaliam a maioria dos sistemas por meio de dados e,
portanto, pareceria óbvio que elas também avaliariam as iniciativas de
sustentabilidade; no entanto, não o fazem. Os resultados indicaram
que havia poucas ferramentas de avaliação de sustentabilidade ou
estruturas de gerenciamento mencionadas. Para superar esse desafio,
ferramentas de avaliação e KPIs poderiam ser incluídos para
monitorar as iniciativas, e estruturas de gerenciamento eficientes
poderiam ser desenvolvidas para incluir uma cultura de
sustentabilidade. Isso também foi apoiado pelos resultados, nos quais
se constatou que os participantes consideraram que a avaliação ou os
KPIs melhorariam significativamente os esforços de sustentabilidade
em suas bibliotecas. Em geral, até 80% dos participantes concordaram
que mais bibliotecas acadêmicas adotariam iniciativas de
sustentabilidade se elas fossem avaliadas por meio de KPIs ou outras
ferramentas de avaliação.
Plummer et al. (2021) enfatizaram que é importante abordar
questões ambientais por meio da colaboração em instituições de
ensino superior. A implementação de processos de responsabilidade
dentro dessas colaborações garantiria o sucesso do projeto (Plummer
et al., 2021). Plummer et al. (2021) sugeriram a inclusão de
"avaliações de desempenho sistêmico" (p. 135), o que poderia
proporcionar transparência no processo com feedback contínuo,
aprimorando a melhoria contínua dos programas. Esse tipo de
avaliação é fundamental, pois permite que aspectos do projeto sejam
adaptados, dependendo do feedback, e oferece oportunidades de
aprendizado contínuo necessárias para a sustentabilidade (Plummer et
al., 2021). Roos e Guenther (2020) sugeriram que a inclusão de KPIs
claramente definidos e estratégias de gerenciamento de cima para
baixo seriam eficazes para a inclusão holística da sustentabilidade nas
organizações de ensino superior e em suas bibliotecas.
Aldrich (2018) destacou a importância do benchmarking e da
coleta de dados para que as bibliotecas acompanhem efetivamente seu
sucesso. Embora muitos processos nas bibliotecas pesquisadas
estejam sendo avaliados por meio de uma extensa coleta de dados, a
coleta de dados não está sendo realizada intencionalmente para os
esforços de sustentabilidade, e os dados coletados não estão sendo
analisados para a sustentabilidade. É fundamental avaliar os
resultados, que podem ser medidos usando o SLCP, que é modelado
com base em projetos que foram bem-sucedidos em outros setores,
incluindo o LEED e a Associação para o Avanço da Sustentabilidade
(Aldrich, 2018).

Liderança em sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas dos EUA

13
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

processos de gerenciamento (Nolan, 2012). Nesse sentido, Disterheft

et al. (2012) reiteraram a importância de implementar ferramentas As sugestões dos participantes da pesquisa para melhorar a
adequadas de gerenciamento e avaliação para medir o processo, bem sustentabilidade não apoiaram todas a necessidade de KPIs e avaliação.
como a importância de iniciativas de cima para baixo. Roos e Guenther Um participante argumentou que essas iniciativas discutidas não
(2020) enfatizaram a importância de uma abordagem holística e deveriam ser rotuladas como "iniciativas de sustentabilidade, [pois são]
indicaram que, com relação à gestão ambiental, os métodos principalmente... iniciativas para apoiar o aprendizado dos alunos". Esse
estratégicos para determinar os resultados têm sido pouco participante justificou essa afirmação acrescentando que a
considerados. Roos e Guenther (2020) propuseram medidas de sustentabilidade ainda está fortemente ligada a "iniciativas ambientais"
desempenho de gestão ambiental (EMP) para instituições de ensino e não é considerada como incluindo necessariamente a igualdade social
superior que poderiam ser adaptadas para medir a sustentabilidade em e as iniciativas econômicas. Com base nessa resposta, fica evidente que
bibliotecas. Os principais critérios desse sistema incluem o foco no deveria haver mais
monitoramento da sustentabilidade, na estrutura organizacional, nos
processos de sustentabilidade, nos objetivos de sustentabilidade e na
política de sustentabilidade (Roos & Guenther, 2020). Além disso,
para obter o máximo alcance, os processos de sustentabilidade devem
ser comunicados e comercializados em toda a biblioteca, e os
principais objetivos devem ser claramente articulados por meio de
planos estratégicos e de ação implementados por comitês dedicados
(Roos & Guenther, 2020).

Políticas de sustentabilidade em bibliotecas acadêmicas dos EUA

Os resultados indicaram que a sustentabilidade não parece estar

intencionalmente incluída nas políticas atuais das bibliotecas
pesquisadas e, se estiver, vários bibliotecários que participaram da
pesquisa não sabiam se ela estava incluída. Também não houve
significância entre o tamanho da biblioteca e a inclusão da
sustentabilidade nas políticas. Khalid et al. (2021) encontraram
grandes desafios no desenvolvimento de políticas de sustentabilidade,
na incapacidade das bibliotecas de se adaptarem a novos desafios e no
desenvolvimento de coleções. Pavlova-Gillham e Swinford (2017)
observaram que é fundamental implementar processos de planejamento
abrangentes, incluindo planos estratégicos, financeiros, acadêmicos e
físicos que sejam reavaliados pelo menos a cada cinco anos, e garantir
que o processo de planejamento seja transparente e inclusivo. Além de
incluir a sustentabilidade nas políticas gerais da biblioteca, as políticas
de sustentabilidade devem ser incluídas na biblioteca para garantir a
responsabilidade, o compromisso e a governança (Roos & Guenther,
2020).

Envolvimento da comunidade em iniciativas de sustentabilidade

Nenhuma das bibliotecas pesquisadas indicou participação em

sistemas de certificação ou iniciativas de sustentabilidade voltadas para
a comunidade. Mas é necessário garantir o envolvimento da
comunidade nos esforços de sustentabilidade para fins de
responsabilidade (Pavlova-Gillham & Swinford, 2017). Os sistemas de
certificação, como o LEED e o SLCP, devem apoiar o planejamento
intencional que resultará na responsabilidade da comunidade para
apoiar as metas de sustentabilidade e garantir uma cultura
organizacional sustentável (Aldrich, 2018). Além disso, a
especificidade nas descrições de cargos relacionadas aos esforços de
sustentabilidade é importante e, em geral, falta fundamentalmente na
maioria das bibliotecas acadêmicas (Khalid et al., 2021). Observou-se
que havia pouca educação ou transferência de conhecimento sobre
sustentabilidade (Khalid et al., 2021), o que foi apoiado pelos
resultados da pesquisa. Os participantes da pesquisa observaram que,
em geral, havia poucas oportunidades educacionais relacionadas à
sustentabilidade em suas bibliotecas. Amaral et al. (2015) indicaram a
importância de compartilhar conhecimentos e habilidades sobre
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, e que as instituições
de ensino superior têm um papel fundamental na disseminação de
informações sobre sustentabilidade. Como tal, as bibliotecas
acadêmicas estão centradas em fornecer essas informações e
habilidades.

Alfabetização em sustentabilidade
14
S.K. Tribelhorn deveria ter sido enviada The a mais
Journal participantes,
of Academic solicitando
Librarianship sua
49 (2023) 102661
alfabetização em sustentabilidade fornecida aos bibliotecários para
participação, e deveria ter sido dado mais tempo para as respostas.
que eles possam entender completamente o conceito e considerá-lo de
Para uma compreensão mais abrangente das respostas, os sites das
forma holística.
li- berdades e as políticas disponíveis poderiam ter sido analisados.
A alfabetização em sustentabilidade é fundamental, pois a
sustentabilidade é um valor central da ALA (American Library
Association, 2019a) e, como tal, as bibliotecas devem ser vistas como
líderes em sustentabilidade (Rowley, 2006; Tanner et al., 2019).
Assim como é responsável por priorizar a alfabetização informacional
por meio de planejamento e orçamento nas bibliotecas (Haycock &
Romaniuk, 2018), a mesma priorização deve ser feita para a
sustentabilidade. Para alcançar a sustentabilidade, as instituições de
ensino superior e suas bibliotecas precisam ter a sustentabilidade
incorporada em suas práticas, garantindo a conexão interpessoal; a
integração e a continuidade de práticas, ideias e conhecimentos; e a
inclusão e a equidade (Fisher, 2017). A incorporação da
sustentabilidade estava aparentemente ausente na maioria das
bibliotecas que participaram da pesquisa. Fisher (2017) indicou que,
quando a sustentabilidade é incorporada ao trabalho diário, há maior
resiliência institucional e envolvimento com a missão da instituição.
Além disso, ela promove uma cultura no local de trabalho que os
funcionários valorizam e, portanto, adotam os ideais.

Treinamento em sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas dos EUA

Os resultados da pesquisa indicaram que o treinamento em

sustentabilidade é limitado nas bibliotecas, com apenas uma resposta
positiva indicando um comitê ambiental que se envolve com a equipe
por meio de vários programas e workshops para aprimorar o
conhecimento sobre sustentabilidade. É necessário que os
bibliotecários tenham o conhecimento e as habilidades necessárias em
sustentabilidade para que possam transferir informações sobre
sustentabilidade para as partes interessadas e a comunidade. A esse
respeito, Pavlova-Gillham e Swin- ford (2017) indicaram que, para
que a sustentabilidade seja integrada com sucesso às bibliotecas, é
necessária uma liderança eficaz e um gerenciamento de mudanças. A
sustentabilidade poderia ser integrada em fases para aprimorar o
desenvolvimento operacional da biblioteca, incluindo liderança
visionária e transformação (Pavlova-Gillham & Swinford, 2017). A
sustentabilidade deve ser incluída na missão e na visão da biblioteca,
por meio do desenvolvimento de uma estratégia intencional para
incluí-la em programas de treinamento adequados. Idealmente, a
sustentabilidade deve ser incluída intencionalmente em todas as
políticas.
Parece que os esforços de sustentabilidade são conduzidos
principalmente por meio de uma liderança ativa e, embora a
sustentabilidade seja um tópico importante nas bibliotecas, é possível
que sua compreensão não seja clara devido à falta de oportunidades
educacionais para a equipe da biblioteca. É necessário ter uma
compreensão clara da sustentabilidade para poder traduzir a missão e
a visão em ação (Aldrich, 2018) e até mesmo dar pequenos passos
pessoais em direção à sustentabilidade para poder articular claramente
o que é sustentabilidade e como ela está sendo alcançada para os
outros. Uma vez obtida uma compreensão clara da sustentabilidade,
os esforços de sustentabilidade podem ser implementados e
claramente comunicados e comercializados para a comunidade para
que haja participação e compreensão adequadas. As perguntas da
pesquisa foram limitadas a esse respeito e, portanto, não é possível
entender completamente se as bibliotecas estavam promovendo
ativamente a sustentabilidade em suas bibliotecas.

Limitações/delimitações

Embora as bibliotecas representadas na pesquisa sejam, em geral,

representativas dos diferentes tipos de bibliotecas acadêmicas dos
EUA, é difícil generalizar esses resultados, pois os esforços de
sustentabilidade parecem depender de cada instituição individual e de
sua liderança, e não necessariamente do tamanho da instituição.
Outras limitações deste estudo incluem um número limitado de
participantes. Para dar mais profundidade aos resultados, a pesquisa
15
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

Recomendações para pesquisas futuras Agradecimentos

As seguintes recomendações para pesquisas futuras forneceriam O autor gostaria de agradecer a Christal Young por seus
uma análise mais abrangente da sustentabilidade nas bibliotecas comentários e sugestões ao longo deste projeto de pesquisa, e aos
acadêmicas dos EUA: respondentes da pesquisa on-line por sua participação.

• Uma pesquisa mais ampla, incluindo mais participantes, deve ser
realizada em pesquisas futuras, incluindo também entrevistas e
grupos de foco,
• Perguntas adicionais da pesquisa para obter informações mais
abrangentes sobre cultura e liderança em sustentabilidade, bem
como marketing e comunicação,
• Perguntas de pesquisa para analisar por que a maioria das
bibliotecas acadêmicas ainda não adotou de forma totalmente
intencional as iniciativas de sustentabilidade em todos os processos,
• Uma análise abrangente usando uma rubrica claramente definida
dos sites das bibliotecas participantes para verificar se os esforços
de sustentabilidade estão sendo implementados e se a
sustentabilidade é intencionalmente parte da missão da biblioteca e
está sendo incluída nas políticas,
• Estudo de caso de uma biblioteca acadêmica que está se
concentrando em esforços de sustentabilidade.
Apêndice A. Pesquisa sobre medidas de sustentabilidade em
bibliotecas acadêmicas
A.1. Introdução
Obrigado por dedicar seu tempo para responder a este questionário.
Estou investigando os principais indicadores de desempenho da
sustentabilidade em bibliotecas acadêmicas. Suas respostas serão de
grande valia para a conclusão bem-sucedida do meu projeto de
pesquisa independente para o Mestrado em Gestão de Bibliotecas e
Ciência da Informação (MMLIS) na University of Southern California.
Valorizo sua opinião sobre as perguntas feitas. Não há respostas certas
ou erradas - estou apenas interessado em conhecer suas opiniões e
percepções. Suas respostas são confidenciais e anônimas.
A.2. Pesquisa

Essas informações apoiariam as respostas dos participantes para Q1 Nome e tipo da instituição Q2
fornecer uma representação mais abrangente da conscientização sobre Nome da biblioteca
sustentabilidade e sua avaliação nas bibliotecas acadêmicas dos EUA. Q3 Posição no gerente da
biblioteca
Conclusão Funcionário
Favor observar a posição abaixo
Os resultados da pesquisa indicaram que, embora a sustentabilidade
tenha sido incluída como um valor central da ALA, nem todas as bibliotecas
a adotaram
sustentabilidade de forma holística. Esses resultados podem ser devidos a uma
compreensão ou conscientização da abordagem holística da Declaração de interesse concorrente
sustentabilidade, ou à falta de priorização da sustentabilidade por parte
da liderança. Isso indica a necessidade de conscientização sobre a Nenhum.
sustentabilidade nas bibliotecas acadêmicas, impulsionada por uma
liderança eficaz. Além disso, os resultados da pesquisa indicaram que Disponibilidade de dados
o foco principal estava nos aspectos ambientais da sustentabilidade,
embora as bibliotecas adotem todos os aspectos da sustentabilidade, Compartilhei o link para meus dados na etapa "anexar arquivos
mas não necessariamente de forma intencional. Embora existam
referências e ferramentas de avaliação, como LEED e SLCP, e os
SDGs da ONU para que as bibliotecas incluam práticas sustentáveis,
pouquíssimas bibliotecas estão utilizando KPIs, dados ou avaliações
para medir o progresso da sustentabilidade ou iniciativas bem-
sucedidas. Embora muitas vezes haja necessidades e preocupações
mais urgentes, as questões que envolvem a sustentabilidade nas
bibliotecas acadêmicas devem ser priorizadas para a preservação e a
sustentabilidade da bolsa de estudos e o bem-estar de longo prazo da
comunidade, para apoiar a missão e a visão de suas instituições e
apoiar os ODS da ONU. Como em todos os sistemas de bibliotecas, as
iniciativas de sustentabilidade devem ser avaliadas regularmente com
medidas comparáveis para aprimoramento contínuo. Para concluir, as
bibliotecas acadêmicas precisam adotar a sustentabilidade, em
primeiro lugar, compreendendo o que é sustentabilidade e, em segundo
lugar, considerar todos os aspectos da sustentabilidade
simultaneamente ao implementar práticas sustentáveis. Isso pode ser
alcançado por meio de programas de benchmarking e do
estabelecimento de métricas comparáveis para avaliar e entender suas
contribuições para a sustentabilidade.

Declaração de contribuição de autoria do CRediT

Sarah K. Tribelhorn: Conceitualização, Metodologia, Análise

formal, Curadoria de dados, Redação - rascunho original, Redação -
revisão e edição, Visualização.

16
S.K. Q4 Número
Tribelhorn de funcionários regulares em The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661
sua biblioteca 1-4
5-25
26-75
> 75
Q5 A sustentabilidade está incluída na declaração de missão de
sua biblioteca? Sim
Não Não
tenho
certeza
Q6 Sua biblioteca inclui intencionalmente a sustentabilidade ou
práticas sustentáveis em suas políticas?
Si
m
Nã
o
Não tenho certeza
Q7 Liste as políticas que incluem sustentabilidade ou práticas
sustentáveis [Se respondeu Sim à Q6]
Q8 Sua biblioteca tem algum treinamento sobre
sustentabilidade? Sim
Não Não
tenho
certeza
Q9 Liste ou descreva brevemente o treinamento em
sustentabilidade em sua biblioteca [Se respondeu Sim à Q8]
Q10 Como você mede a sustentabilidade em sua biblioteca? Por
favor, forneça uma breve descrição.
Q11 A empresa se concentra em todos os aspectos do triple
bottom line de sustentabilidade por meio de práticas socialmente
justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis?
Si
m
Nã
o
Não tenho certeza
Q12 Em quais aspectos da sustentabilidade você se concentra? [Se a
resposta for "Não" à Q8]
Q13 A empresa tem práticas socialmente
equitativas? Sim
Não Não
tenho
certeza

17
S.K. Tribelhorn The Journal of Academic Librarianship 49 (2023) 102661

negócios.
Q14 Quais são suas práticas socialmente equitativas e como você as Haycock, K., & Romaniuk, M.-J. (Eds.). (2018). O MLIS portátil: percepções dos especialistas
mede? Forneça breves exemplos. [Se respondeu Sim à Q13] (2ª ed.). Libraries Unlimited, uma marca da ABC-CLIO, LLC.
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Não Não https://ebookcentral.proquest.com/lib/socal/detail.action? docID=1774124.
tenho Hinchliffe, J. L. (2019). Métricas de justiça social para bibliotecas: Considerações sobre uma
estrutura emergente. Em S. Baughman, S. Hiller, K. Monroe, et al. (Eds.), Houston,
certeza
Proceedings of the 2018 Library Assessment Conference: Building effective, sustainable,
Q16 Quais são suas práticas ambientalmente corretas e como você
as mede? Forneça breves exemplos. [Se respondeu Sim à Q15]
Q17 Você tem práticas economicamente viáveis? Sim
Não Não
tenho
certeza
Q18 Quais são suas práticas economicamente viáveis e como você
as mede? Forneça breves exemplos. [Se respondeu Sim à Q17]
Q19 A sua biblioteca faz um orçamento para iniciativas de
sustentabilidade? Sim
Não Não
tenho
certeza
Q20 Qual é o orçamento anual de sua biblioteca para iniciativas de
sustentabilidade? [Se respondeu Sim à Q19]
Q21 A sua biblioteca tem um comitê ou força-tarefa dedicada à
sustentabilidade?
Sim
Nã
o
Não tenho certeza
Q22 Com que frequência sua biblioteca se reúne? [Se a resposta for
"Sim" à Q21]
P23 Você acha que mais bibliotecas acadêmicas adotariam
iniciativas de sustentabilidade se houvesse indicadores-chave de
desempenho padronizados para medir sua eficácia?
Concordo
totalmente
Concordo um
pouco
Nem concordo nem
discordo Discordo um
pouco Discordo totalmente
Q24 Você tem alguma sugestão para medir e melhorar a
sustentabilidade em bibliotecas acadêmicas?

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