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PARR-CORUMBA
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APRESENTAÇÃO
O Governo do Estado do Mato Grosso do Sul está preparando uma operação de crédito junto ao
FONPLATA, destinada à captação de recursos para implantação do Projeto de Desenvolvimento
Sócio-Ambiental de Corumbá, cujo órgão executor será a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura e
Habitação, por meio da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul - AGEHAB.
O Projeto tem por objetivo geral melhorar as condições de vida e o bem-estar da população de
baixa renda de Corumbá, mediante a provisão, ampliação ou elevação da qualidade da infra-
estrutura básica e reassentamento das famílias que vivem em situação de maior risco.
Especificamente, foram estabelecidos como objetivos: (i) melhorar as condições de habitabilidade,
sanitárias e ambientais da população urbana, especialmente de baixa renda, dos bairros Cervejaria,
Beira-Rio e Generoso, na região ribeirinha do município, e reduzir os riscos de deslizamentos e
tombamentos de escarpas, mediante ampliação e melhoria da infra-estrutura e dos serviços urbanos
básicos; (ii) remanejar parte da população que vive em situação de maior risco ou em áreas
ambientalmente mais sensíveis daquela região;(iii) promover a recuperação ambiental de áreas
degradadas específicas da região ribeirinha, particularmente daquelas onde haverá desocupação por
remoção da população; (iv) aumentar a produtividade das equipes de coleta de lixo mediante
intervenções pontuais no sistema viário dos bairros para melhorar a circulação de veículos;
(v)proporcionar à população dos citados bairros espaços alternativos para a prática de atividades
lúdicas e esportivas; e (vi)consolidar a consciência sanitária e ambiental junto à população de baixa
renda.
De maneira preliminar, no âmbito da Carta Consulta encaminhada ao COFIEX foram estabelecidas
como meta (i) remanejamento de 276 famílias de baixa renda que habitam áreas de maior risco ou
ambientalmente sensíveis na região Ribeirinha, das quais 163 do bairro Cervejaria, 63 do bairro
Generoso e 50 do bairro Beira-Rio; (ii) atender 350 famílias com sistema de esgotamento sanitário
e 50 com novas ligações domiciliares à rede de abastecimento de água; (iii) construir 2.500 metros
de calçada e 5.000 metros de cerca e implantar espaços para prática de atividades esportivas e de
recreação totalizando 30 mil m2 de área; (iv) implantar 1.400 metros de galerias para captação e
escoamento de águas pluviais no Bairro Cervejaria;(v) executar pavimentação asfáltica de parte das
vias, cerca de 6.400 m2 (800 metros X 8,00) de área;(vi) implementar obras de contenção de
encostas numa extensão de 1500 metros; e (vii)plantar 1.500 mudas de árvores para revegetação de
pelo menos 6.000 m2.
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INDICE
I. FUNDAMENTOS........................................................................................................6
B. Objetivos ..................................................................................................................7
C. Metas.........................................................................................................................7
Em um Plano de remanejamento de população, a determinação das metas precisa
levar em conta que as famílias não são relocalizadas todas ao mesmo tempo, mas
poderão ir saindo processualmente de suas antigas moradias, rumo as moradias de
reposição........................................................................................................................7
Para determinar metas processuais, é necessário determinar previamente a Hierarquia
de Reposição. Em outras palavras, estabelecer quando, quantas, e quais das
moradias como afetadas deverão sair da área de intervenção......................................7
D Diretrizes....................................................................................................................7
(i) Gestão Compartilhada entre AGEHAB e População ..............................................8
Os custos das soluções não serão repassados as famílias vulneráveis..........................8
Tratamento Pluralista...................................................................................................10
Compra de Moradias no mercado Imobiliário Local-Regional...............................11
Indenização em Dinheiro ............................................................................................12
Participação das Famílias na Localização e Modelo das Vilas Residenciais ............13
Isonomia .....................................................................................................................14
Controle da quantidade de soluções requeridas.......................................................15
Licenciamento ambiental para implantação de Vilas Residenciais.............................18
Aspectos de gênero......................................................................................................18
II. COMPONENTES BÁSICOS DO PLANO DE AÇÕES REPOSIÇÃO DE
MORADIAS E REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO PARR-CORUMBA ....18
Macro- Atividade 2: Consolidar o entendimento sobre casos afetados...................19
Macro-Atividade 2 : Dimensionar e caracterizar os casos a tratar (Realização de
cadastro Físico e socioeconômico)..........................................................................19
Ações predecessoras da aplicação do questionário.................................................19
Mobilização e Treinamento de Equipe ...................................................................19
(ii) Instalação das equipes em cada um dos Bairros de Corumbá ..........................20
(iii) Definição da Envoltória do Remanejamento de População (ENRE)..............20
(vi) Materialização da ENRE..................................................................................21
(v) Definição dos critérios para aplicação do questionário no universo da ENRE 21
(vi) Preparação, Teste e Consolidação do Questionário.........................................21
Preparação da população.........................................................................................21
Aplicação de questionários e traslado simultâneo das respostas para Planilha de
Transcrição..............................................................................................................22
Construção da Base de Dados.................................................................................22
Macro Atividade 6 Concepção da Logística do processo de reposição de moradias
e Remanejamento de População;.............................................................................24
Macro- Atividade 7 : Concepção do Sistema de Monitoramento...........................26
Macro Atividade 8 Concepção de Modelo para AVALIAÇAO Ex- Post...............29
CONCEITO E OBJETIVOS.......................................................................................29
B. RESULTADOS SOCIAIS DO REMANEJAMENTO NAS CONDIÇOES DE
VIDA DA POPULAÇAO DESLOCADA DO IGARAPE DO QUARENTA ..........30
ASPECTOS CENTRAIS DA AVALIAÇAO DE RESULTADOS.......................31
AVALIAÇAO DOS GRAUS DE SATISFAÇÃO DAS FAMILIAS ........................32
AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ......................................................32
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Eficácia....................................................................................................................32
Macro-Atividade 9 Cronograma Executivo............................................................32
Macro Atividade 10 Orçamento..............................................................................33
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Siglas e Abreviações
FOMPLATA
ELO Escritório de gestão Local
AGEHAB Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul
FUNAR Fundo de Apoio a Reposição de Moradias Afetadas pelo PROJETO CORUMBA
PARR-CORUMBA Plano de Ações para Reposição de Moradias e Remanejamento de
População
ENRE Envoltória do Remanejamento de População
ANEXOS
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I. FUNDAMENTOS
É conveniente rever e consolidar a quantidade de soluções previamente demarcada, e isso pode ser
feito através de duas abordagens:
Nesta perspectiva, que representa aquela adotada até então, a quantidade de soluções requeridas foi
determinada pela situação de risco ou ambientalmente sensível. É preciso consolidar o tema, e isso
pode ser feito através dos seguintes passos: (i) especificar cada um dos indicadores usados para
classificar uma moradia como estando em situação de risco ou ambientalmente sensível; (ii)
adicionar, ao elenco de indicadores técnicos, indicadores institucionais e de projeto; (iii) reaplicar
os indicadores (consolidados) no conjunto de moradias dos bairros alvo, (iv) pactuar, com cada
família das moradias alcançadas pela aplicação do indicador, o entendimento de sua situação de
risco e principalmente da necessidade de sua saída do bairro antes de outras famílias vizinhas,
também em situações semelhantes.
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ocupações irregulares e desordenadas e propiciar espaços alternativos para atividades lúdicas da
população.
Os imóveis (terrenos com edificações e/ou vagos) existentes nos territórios onde se pretendem as
referidas obras e ações constituem o universo de soluções a prover. Posteriormente, neste universo,
é aplicado um cadastro físico e socioeconômico e outras ações destinadas a dimensionar e qualificar
as famílias alvo de remanejamento, conforme especificado posteriormente neste documento.
B. Objetivos
Objetivos Específicos : (i) Repor as moradias precárias que serão retiradas do perímetro
requerido para implantação do Projeto, por moradias superiores àquelas que deverão ser
demolidas; (ii) Apoiar a reinstalação das atividades econômicas (pequenos estabelecimentos
comerciais e de serviços eventualmente presentes na área afetada na perspectiva de
formalização e desenvolvimento dos micro e pequenos negócios que deverão ser deslocados
da área requerida para implantação do Projeto Corumbá.
C. Metas
Em um Plano de remanejamento de população, a determinação das metas precisa levar em conta que
as famílias não são relocalizadas todas ao mesmo tempo, mas poderão ir saindo processualmente de
suas antigas moradias, rumo as moradias de reposição.
D Diretrizes
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(i) Gestão Compartilhada entre AGEHAB e População
(ii) Criação do sistema de gestão compartilhada, que pode ser operado através de
três instancias : a) criação de um Conselho formado por representantes do Poder
Publico ( Procuradoria, Habitação e outros a estudar); da Sociedade Civil ( OAB,
IAB, Universidade e outros a estudar) e por cinco representantes das famílias
afetadas; b) criação dos comitês locais de afetados : núcleos de vizinhança,
formados exclusivamente por pessoas afetadas, sendo que as mesmas são eleitas
pelas famílias afetadas, por voto direto, em evento especificamente criado para
tanto. A experiência ensina que não se deve utilizar associações e lideranças pré-
existentes. Não funciona. As lideranças pré-existentes costumam estar
comprometidas com outros objetivos, já tem compromissos assumidos, etc, com
outros interesses que aquele exclusivamente do remanejamento de população.
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Entende-se que grupos nas situações indicadas não tem condições de assumir
dividas associadas à reposição da moradia que precisa ser demolida para liberar
área requerida para implantação do Projeto. Também não devem ser consideradas
como se fossem “candidatos” ao atendimento da demanda local por habitação. São
afetados por um empreendimento de caráter publico, sua saída é compulsória, com
data certa para acontecer.
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Tratamento Pluralista
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respectivos procedimentos que devem ser realizados para detalhamento executivo de
cada uma das alternativas em pauta.
Nesta perspectiva, os casos a remanejar poderiam ser distribuídos entre três soluções :
(i) permuta da moradia afetada por uma casa comprada no mercado imobiliário local;
(ii) transferência para uma unidade residência em “ Vila Residencial a ser construída
pela AGEHAB; ( iii) Indenização em Dinheiro.
Esta tendência deriva das Bondades Sociais do mecanismo, em especifico do fato de que é
a família (e não o Estado) quem executa todas as ações do processo, cabendo ao poder
publico o papel de Facilitador e Regulador das relações entre a população de baixa renda e
o mercado imobiliário.
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Alem da oferta de moradias a venda no mercado imobiliário local outro aspecto que pode
condicionar a aplicação da alternativa diz respeito ao potencial do mercado da construção
civil para construção de moradias populares. Dependendo das características deste setor,
bem como de estratégias que possam ser adotadas pela AGEHAB, o processo de reposição
de moradias afetadas poderá engendrar uma dinamização do mercado da construção civil
quando da aplicação desta modalidade de reposição de moradias. Isso em função de um
código básico da Economia, segundo o qual sempre e quando existe uma demanda
financeiramente habilitada, o capital reage para atender essa demanda. A titulo de
ilustração desse código de mercado: simulando que se decida aplicar em torno de 150 casos
de distribuição de Bônus Moradia no âmbito do processo de remanejamento do Projeto
Corumbá, com um valor de referencia de R$ 24.000 por caso.( U$ 8.000 custo unitário da
solução). Neste cenário, o Governo estaria vertendo, a curtíssimo prazo para o município
de Corumbá, para o ramo da construção civil, recursos da ordem de hum milhão e duzentos
mil dólares. A experiência ensina que em situações como essa, nascem c/ou se consolidam
pequenas empresas construtoras que conseguem produzir, e obter lucros com a construção
de moradias populares. Promotores e construtores , tendo em mira o volume de recursos
lançados no mercado através do mecanismo, passam a ser integrantes do processo de
remanejamento,. Esses atores buscam terrenos, fazem o projeto e vendem os mesmos às
famílias a remanejar, emergindo, em geral, atributos inerentes a situações de concorrência,
o que favorece em muito os “ consumidores”, ( no caso a população alvo de
remanejamento) que passam a receber proposta sempre melhoradas.
Indenização em Dinheiro
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outras áreas não edificandis, de onde deverá ser retirada em outro momento pelo mesmo
poder publico que a retirou da área anterior.
Este recurso é o Decreto de Expropriação por Utilidade Publica. Sua emissão deve constituir referencia para
preparação do processo de reposição de moradias e remanejamento de população que deverá ocorrer no
âmbito do PROJETO CORUMBA.
A localização das Vilas deverá contar com participação direta das famílias
afetadas. As mesmas deverão interagir no tema através de suas instancias
representativas ( Comitês Locais de gestão Compartilhada).
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Adesão das famílias por uma Alternativa de Tratamento
Cada uma das famílias afetadas vulneráveis escolherá entre duas alternativas para
reposição da moradia afetada : (i) permutar a moradia afetada por outra moradia
adquirida no mercado local regional; (ii) permutar a moradias afetada por outra
moradia, localizada em Vilas a serem construídas pelo Governo do Estado do
Mato Grosso do Sul.
Isonomia
Ainda que tais categorias venham a ser conhecidas, quantitativamente, com os resultados
da realização do cadastro socioeconômico, a titulo de ilustração para a equipe que deverá
elaborar o PARR-CORUMBA, tradicionalmente costumam aparecer as seguintes
categorias e tipos de tratamento :
Proprietários/ Donos Residentes de uma única moradia situada em zona afetada : aplicação
de uma das três alternativas de remanejamento anteriormente mencionadas neste
documento;
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Evidente que a equipe responsável pela elaboração do PARR-CORUMBA deverá criar e consolidar o
conceito de família vulnerável e não vulnerável. Os exemplos dados neste documento são apenas
indicativos, no sentido de orientar as direções dos estudos e definições requeridos.
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Proprietários de uma ou mais moradia situada em zona afetada, não residente em nenhuma
delas aplicação da indenização em dinheiro independentemente se o valor das mesmas
alcança o conceito de moradias vulnerável .
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(iv) Publicação, em jornais de circulação local e em site especifico da AGEHAB
( deverá ser criado para tanto), nome e endereço de cada uma das famílias cadastradas;
(v) Materialização da poligonal de remanejamento: instalar, nas “ fronteiras”
dos territórios afetados elementos físicos ( “ estacas” “ colunas com logotipos do
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO-AMBIENTAL DE CORUMBA ) de tamanho
visível a qualquer pessoa passante pelo local.
(vi) Marcação das moradias cadastradas: Consiste em aplicar, em cada caso onde
será realizado o cadastro socioeconômico, uma placa do PROJETO DE DESENVOLVIMENTO
SÓCIO-AMBIENTAL DE CORUMBA
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Nestas situações, será admitida uso de (i) locação temporária e/ou de (ii) Acomodações
Residenciais de Transição (A.R.T), conforme referenciado a seguir:
Locação Temporária
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Licenciamento ambiental para implantação de Vilas Residenciais
Cada um dos Núcleos residenciais a ser implantado contará com Estudo de Impacto de
Vizinhança indicando as interferências físicas, biológicas, socioeconômicas e culturais que
poderão ocorrer no local e, sobretudo no entorno das áreas escolhidas para implantação
dos empreendimentos. O referido estudo, contendo elenco de ações mitigadoras e/ou
compensatórias das interferências será encaminhado ao FONPLATA como máximo 90
dias antes do inicio das obras de implantação de cada empreendimento. A implantação dos
empreendimentos está, adicionalmente, subordinada aos requerimentos da legislação
ambiental do país sobre a matéria.
Aspectos de gênero
A experiência ensina ser adequado emitir, em nome da mulher e dos filhos do casal a
documentação de propriedade da moradia de reposição. Ainda que seja desaconselhável, é
possível ocorrer elegibilidade de casos de compensação em dinheiro (indenização) por
famílias consideradas vulneráveis. Sempre e quando isso ocorrer, o pagamento irá requer
um documento escrito e assinado pela mulher e filhos manifestando que : (i) participaram
da escolha da solução e estão de acordo com ela; (ii) conhecem o valor da indenização,
local e data onde a mesma se efetivará; (iii) e estão de acordo com o uso que será dado ao
dinheiro recebido, explicitando qual é este uso.
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distribuídas no tempo todas as ações e tarefas requeridas para execução do processo, bem
como um Orçamento das mesmas.
Esta definição determinará inclusive uma serie de atividades destinadas a dimensionar e qualificar a
quantidade de casos a tratar, conforme anteriormente sublinhado no primeiro capitulo deste
documento.
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cada 100 cadastros a
aplicar.
Revisores Mesma formação recomendada aos pesquisadores. 2 revisores para cada lote de
100 cadastros aplicados
Digitadores Ciências da Computação, Informática 3 digitadores, um para cada
Base de Datos ( Base
Cervejaria, Base Generoso,
Base Beira Rio)
Uma ENRE demarca as fronteiras do território físico onde estão instalados terrenos
com edificação ( moradias, estabelecimentos comerciais e outros) e terrenos sem
edificação ( “terrenos vagos”) sujeitos a desapropriação/ demolição após realizado o
remanejamento de população.
Confecção de Mapas escala 1:750, onde são plotados (i) os imóveis edificados
existentes na área definida como lócus das moradias a serem retiradas.
Serão elaboradas três ENREs uma para cada um dos Bairros de Corumbá componentes
do Projeto, através dos seguintes procedimentos : (i) Sobre foto aérea atual dos Bairros,
plotar manchas de cada obra a executar, ou se a opção for continuar com o
entendimento de que serão remanejadas apenas “ moradias em situação de risco”,
aplicar às moradias indicadores previamente definidos, de forma a localizar aquelas que
se enquadram no conceito; Ainda que o ponto de partida para elaboração do Mapa Base
possa ser uma foto aérea, esse procedimento deve ser apenas um ponto de partida. A
experiência ensina que demarcar imóveis através de foto aérea, ainda que recentes, leva
a uma contagem inicial de “ telhados”, e que nem sempre a uma correspondência entre
a quantidade de “ telhados” com a quantidade de moradias existente naquele imóvel.(ii)
Dispondo do Mapa Base criado a partir de foto aérea, o próximo passo é uma inspeção
de campo visando conferir a realidade em termos da quantidade de moradias existente
sob cada “ telhado” contado na foto.
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(vi) Materialização da ENRE
(ii) Nos casos onde em uma edificação existirem duas ou mais residências,
estabelecimentos comerciais ou qualquer outro uso, aplicação de um questionário para
cada um deles. Caracteriza a existência de mais de um estabelecimento (residencial,
comercial, institucional ou sem uso definido por estar desocupado) em um mesmo
imóvel é a existência de entrada independente para cada um deles e separação física
( paredes) entre eles, correspondentes as entradas independentes.
Preparação da população
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Aplicação de questionários e traslado simultâneo das respostas para Planilha de Transcrição
É importante ter em vista que a Base de Datos gerada pelo cadastro constitui o
Marco Zero para o Monitoramento e Avaliação ex-post que deverão ser realizados
no âmbito do PARR-CORUMBA.
No primeiro capitulo deste documento foi esboçado um formato do assunto, tendo sido
indicado que o tratamento do tema poderia se dar através da aplicação combinada de
três modalidades : (i) a permuta da casa afetada por outra casa comprada no mercado
imobiliário local regional ; (ii) a permuta da casa afetada por outra casa construída em
Vilas a serem construídas pela AGEHAB, e (iii) a indenização em dinheiro,
preferencialmente aplicável aos casos não vulneráveis.
Para cada uma das alternativas de tratamento adotadas, a equipe responsável pela
elaboração do PAAR-CORUMBA especificará :
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(iii) Os critérios de elegibilidade : quais requisitos devem apresentar cada família para
poder optar por esta ou aquela alternativa. No primeiro capitulo deste documento foi dado um
ponto de partida sobre o assunto, nos itens “ Abordagem Pluralista e Isonomia”, através da
indicação de tratamento para famílias de proprietário, dono, residente, não residente, e locatários;
(iv) A quantidade de soluções que será ofertada para a população escolher entre elas
( por exemplo : 100 soluções aquisição de moradias no mercado imobiliário local/regional; 50
unidades habitacionais em duas Vilas, e assim por diante).
(v) Principais ações para implantação da alternativa ( por exemplo, para o caso da
alternativa de construção de VIlas : emitir decreto desapropriação, comprar terrenos, contratar
projeto urbanismo, proceder as consultas com a população, entre outros).
(ii) Determinar o Valor do Bônus ( teto máximo para aquisição de uma casa no
mercado local). Tradicionalmente o valor máximo para compra de uma moradia é determinada
levando em consideração referencias tais como o valor de uma unidade habitacional construída
pelo Governo em CH Habitacionais, considerando-se não apenas o custo de construção da casa,
mas também o custo do terreno; o custo da infra-estrutura e serviços; e o custo das ações sociais
de remanejamento, como aquelas componentes de um processo de remanejamento de população.
(iii) Determinar os critérios que deverão ser observados pelas famílias para buscar uma
casa no mercado imobiliário, tais como : (i) Estar situada fora de zonas não edificandis; (ii) ser
de alvenaria; (iii) possuir instalações sanitárias; dispor de documentação básica de titularidade.
(iv) Estudo da oferta de casas a venda no mercado imobiliário de Corumbá que atendam
aos critérios anteriormente determinados. Este estudo pode contar com duas estratégias : (i)
Chamada, através dos meios de comunicação local , convidando os interessados em vender casas
sob os critérios determinados a enviarem proposta a AGEHAB. O comunicado informaria, ainda
que o Sistema de oferta de Moradias seria atualizado a cada seis meses, e colocado à serviço dos
cidadãos através dos escritórios da SUHAB e de site especifico, na Internet. (ii) Pesquisa em
anúncios de jornais locais; (iii) pesquisa de campo junto a imobiliárias da cidade de Corumbá.
Alem de servirem de base para uma analise do tema, os resultados da pesquisa formam a “ Bolsa
de Imóveis Populares a Venda em Corumbá”, e este cadastro é oferecido posteriormente às
famílias afetadas como ponto de partida para iniciarem suas buscas por uma moradia de
reposição.
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(i) Disponibilidade de terrenos
(ii) Projetos Arquitetônicos
(iii) Mecanismos de Envolvimento e participação das famílias.
(iv) Licenciamento Ambiental
Esta macro atividade envolve ações que culminam na distribuição dos casos a tratar
pelas alternativas de solução ofertadas pelo PARR-CORUMBA as famílias afetadas.
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perspectiva de garantir as estratégias para que o processo de remanejamento seja
realizado gradualmente, de maneira racional e eficiente, atendendo a dois
condicionantes ; (i) as necessidades das obras; (ii) o ritmo do mercado local para
disponibilizar as moradias de reposição; (iii) a consecução das ações predecessoras para
retirada das famílias, entendendo-se que nenhuma família deve ser retirado do imóvel
que ocupa sem antes haverem sido cumpridas as seguintes ações : a) ter sido
cadastrada; b) ter recebido certificado nominal e intransferível do cadastramento; c)
avaliação do imóvel, realizado por firma independente, credenciada para tanto, devendo
esta avaliação ter sido apresentada a família antes do momento da formalização da
adesão; d) formalização da adesão da família por uma das alternativas de solução
preconizada no PARR-CORUMBA.
Ainda que se disponha de um sistema de gestão para todo o Projeto Corumbá, que já conta,
inclusive, com uma Unidade Coordenadora gerenciada , a experiência ensina sobre a necessidade
de um “ sub” sistema de gestão especifico para o processo de remanejamento de população.
O termo gestão compartilhada designa um sistema através do qual são as ações componentes do
processo de remanejamento preconizadas no PARR-CORUMBA serão executadas de maneira a
garantir a influência dos diversos grupos e instancias sociais e institucionais envolvidos com o
plano.
Mais especificamente, o termo Gestão Compartilhada designa um arranjo operacional para dar
sustentação à premissa de incorporar processos participativos ao longo de todo o ciclo de
implantação do PARR-CORUMBA, em especial e particularmente na etapa preparatória do
remanejamento.( Fase Pré Traslado)
Isto porque garantir a interveniência das famílias nesta etapa é assegurar que a modelagem da
proposta incorpore as capacidades e predisposições das famílias com relação ao remanejamento.
Alias, não sendo garantida a participação comunitária nesta fase de preparação, fica sem
consistência a proposta de uma gestão compartilhada. Se determinadas e consagradas as
alternativas de remanejamento sem uma real participação das famílias, a inversão de recursos no
chamado “ processo participativo” terá sido meramente ritualística, no sentido de que este é o
ponto central de interesse da população alvo de remanejamento. Este é também o ponto critico
para emergência de conflitos que podem ser evitados ou minimizados quando um plano e
projetos executivos de remanejamento são construído com influencia direta de todas as
instancias e grupos envolvidos no tema.
A participação das famílias nas outras fases de implantação do plano, em especifico na fase pos
traslado, quando já se concretizaram as alternativas de remanejamento, se reveste de um caráter
fiscalizador da implantação das ações de apoio que lhes foram prometidas pela através do
PARR-CORUMBA.
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Nesta perspectiva, no documento PARR-CORUMBA estarão especificadas a (i) estrutura
organizacional ( escritório local? ); (ii) os atores ( lideranças de afetados, conselhos, e outros)
(iii) pauta básica de atuação. O envolvimento de Secretarias/Setores/Departamentos de Serviço
Social, Cidadania e similares é aconselhável para apoio a equipe técnica que deverá elaborar o
PARR-CORUMBA.
A.DEFINIÇÃO DE MONITORAMENTO
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A tabela incluida a seguir alinha, tentativamente, os referidos fatores e correspondentes
variaveis consideradas determinantes da evoluçao de implantação de um plano como o PARR-
CORUMBA na Fase de Viabilizaçao do Plano.
Fatores e Variáveis
Fator Institucional
Decreto Desapropriação
Decreto desafetação
Lei Orçamentária
Lei Zona Interesse Social
Contrato Adesão
Contrato Permuta
Criação Fundo e Bônus
Licenciamento Ambiental para implantação de Vilas
Convênios para Controle da Quantidade de Soluções
Fator Econômico Financeiro
Situação Documental dos Imóveis a adquirir
Valor Atribuído aos Imóveis
Negociação de Valores com os Proprietários
Consolidação Planilha Custos ( Componentes
Fator Sócio-Politico Cultural
Controle Quantidade de Soluções
Adesão da População
Note-se que a ficha operacional contem, além do diagnostico da situação ( colunas 1,2,3
e 4, um prognostico –coluna5- uma proposição –coluna 6- e o acompanhamento
propriamente dito- coluna 7-, manifesto no registro das ações realizadas para atingir o
objetivo que, no caso, seria a regularização dos imóveis cuja documentação apresente
imperfeições capazes de causar obstáculos e retardar a aquisição das áreas. Este
registro-coluna 7- deve ter uma periodicidade definida, e no exemplo dado a seguir foi
colocado a periodicidade mensal. Finalmente, note-se que cada ficha operacional
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contempla a elaboração de uma síntese, também mensal, da evolução da variável objeto
de monitoramento.
Variável : Situação Documental dos Imóveis-Modelo de Ficha Operativa para Monitorar Evolução
do Tema
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Variável Licenciamento Ambiental – Modelo de Ficha Operativa para Monitorar Evolução do
Tema.
A Avaliação seria realizada por consultoria independente, contratada especificamente para tanto.
CONCEITO E OBJETIVOS
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(v) Grau de Satisfação dos beneficiários bem como suas predisposições para
usufruir e manter a moradia que lhe foi adjudicada..3
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remanejamento) e exógenos (derivados de fatores externos do contexto onde a
remanejamento se efetiva); e se (y’- y) considera apenas efeitos resultado de fatores
exógenos, consubstanciados no grupo de controle, logo (x’- x) - (y’- y) elimina a
influência dos efeitos causados por fatores exógenos, restando somente a diferença
atribuída à remanejamento.
Para o caso das famílias alvo do PARR-CORUMBA os dados referentes à situação Antes
(X) são aqueles coletados através do Cadastro Sócio Econômico e que deverão compor,
com os ajustes necessários, o Banco de Dados do Sistema de Monitoramento, abordado no
capitulo anterior deste documento. Os dados referentes à situação pós-traslado para as
novas moradias ( X`) serão obtidos através de pesquisa direta com as famílias, através de
amostra formada por famílias cujos nomes e dados do formulário de cadastro estarão
disponíveis no Banco de Dados do Sistema de Monitoramento. Note-se a importância de
garantir, através do Sistema de Monitoramento, registro da localização de todas famílias
remanejadas, e não apenas das famílias que foram para Vilas a serem construídas pela
AGEHAB Isto considerando que todas as alternativas de relocalização serão alvo desta
Avaliação e assim sendo, não bastará conhecer o paradeiro daquelas que foram para uma
alternativa, mas também daquelas que optaram por outras alternativas, como o Bônus
Moradia.
Toda Avaliação deve ser Conclusiva e para tanto a equipe responsável pela realização da
mesma devera lançar mão dos métodos e técnicas garantidores deste tipo de abordagem,
como a construção de Indicador Síntese e seus correspondentes Indicadores Complexos.
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geral associadas ao tipo de ocupação, local de trabalho e renda na situação anterior a
remanejamento) implicara diferentes resultados nas condições de vida entre todas as
famílias remanejadas, esperando-se, portanto, diversos tipos e graus de efeitos do
remanejamento junto à população alvo.
A medida do grau de satisfação das deverá ser construída através de pontuações que os
relocalizados atribuirão à vários atributos do processo e do produto. No formulário da
pesquisa de campo que deverá ser realizada junto as famílias remanejadas constará
questões sobre este aspecto da Avaliação.
Eficiência
Eficácia
Por eficácia entende-se o grau em que foram alcançadas as metas propostas em no PARR
corumbá. Trata-se portanto, fundamentalmente, de uma relação entre as metas idealizadas
e o grau de atingimento das mesmas.Verificar se os objetivos e metas do PARR-
CORUMBA foram alcançados, em que tempo e condições constitui, ênfase central da
avaliação de eficácia da remanejamento de famílias engendrada pelo Projeto.
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Macro Atividade 10 Orçamento
sub tota
Monitoramento
Detalhamento Executivo da Proposta
Formação da Base de Dados ( Linha de Base)
Levantamentos de Campo
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Informatização de Resultados
Coleta periódica evolução fatores, variáveis, indicadores
Sub total Monitoramento
AVALIAÇÃO EX-POST
Detalhamento Executivo do Modelo Apresentado no PDR
Levantamentos de Campo
Com famílias remanejadas ( 200 famílias)
Com famílias Grupo Controle ( 200 famílias)
Laudos
Sub Total Avaliação
TOTAL
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