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Proposta extraordinária para

elaboração do Plano Específico de


Reassentamento - PER
Programa de Desenvolvimento Sustentável do
Litoral Paulista (BR-L1530) -2020
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana - SSARU
Diretoria de Atendimento Habitacional - DAH

Abril/2020

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Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

Índice
1. Apresentação ...........................................................................................................................................4
2. Considerações sobre os dados do Setores Censitários - IBGE/Censo 2010 - Vila
Baiana – Guarujá ...........................................................................................................................................8
2.1. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise – IBGE/Censo-2010 ............ 10
2.1.1. Características dos domicílios .................................................................................................... 10
2.1.2. Caraterísticas do entorno ........................................................................................................... 12
2.1.3. Características responsáveis ...................................................................................................... 13
2.1.4. Características moradores .......................................................................................................... 15
2.2. Conceitos e definições – Censo -2010 ......................................................................................... 16
3. Considerações sobre o arrolamento do Jardim Três Marias e Vila Baiana (parcial) .. 17
3.1. Síntese da metodologia .................................................................................................................. 17
3.2. Ferramenta de campo .................................................................................................................... 17
3.3. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise do Arrolamento ................... 19
3.3.1. Bloco 1 – Identificação e Controle ............................................................................................ 19
3.3.2. Bloco 2 – Identificação da edificação ....................................................................................... 19
3.3.3. Bloco 3 – Informações do Responsável pela moradia e tempo de residência ................... 20
3.3.4. Bloco 4 – Caracterização dos responsáveis e cônjuges......................................................... 20
3.3.5. Bloco 4 - Caracterização dos Residentes ................................................................................. 21
3.3.6. Bloco 6 – Caracterização da Moradia ....................................................................................... 24
3.3.7. Bloco 6 – Informações Complementares ................................................................................. 25
3.4. Atividade de campo núcleo Jardim Três Marias ......................................................................... 26
3.5. Atividade de campo núcleo Vila Baiana ....................................................................................... 27
3.6. Integração dos dados IBGE/Censo 2010 – Arrolamento........................................................... 31
4. Considerações sobre o Diagnóstico Socioambiental e Urbanístico do núcleo Vila
Baiana ............................................................................................................................................................. 32
4.1. Localização e acesso ....................................................................................................................... 32
4.2. Padrão de ocupação, legislação incidente e declividade do núcleo......................................... 32
4.3. Áreas de risco geológico-geotécnico ............................................................................................ 33
4.4. Descrição dos itens disponíveis para análise (elaboração do PER) ......................................... 36
4.5. Mapas temáticos e considerações sobre o território.................................................................. 37
5. Considerações sobre as edificações identificadas no Arrolamento 2020 e o Projeto
Básico de Urbanização do Núcleo Vila Baiana – 2018................................................................... 39
6. Considerações sobre o Mapeamento de Stakeholders – Vila Baiana-Guarujá-2020 . 41
6.1. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise................................................ 42

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6.2. Categorias de stakeholders............................................................................................................ 43


6.3. Período de realização do trabalho ................................................................................................ 44
6.4. Conceitos e definições utilizados................................................................................................... 45
6.6. Anexos – Instrumentais utilizados ................................................................................................ 45
7. Próximas atividades........................................................................................................................... 48
8. Referências............................................................................................................................................ 50

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1. Apresentação
O presente documento refere-se ao Componente 2 do Programa Litoral Sustentável, que objetiva
beneficiar 2.857 famílias, que atualmente encontram-se em situação de risco, extrema
vulnerabilidade habitacional, ambiental e social, no município do Guarujá, com a melhoria das suas
condições de vida e moradia, por meio de obras de urbanização e produção de novas moradias para
o reassentamento.

Considerando a Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, por meio da qual o Ministro de


Estado da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em
decorrência da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus, e tendo em vista que no Brasil, o estado
de São Paulo se tornou o epicentro da pandemia de Covid-19, o Governo do Estado de São Paulo
publicou o Decreto Estadual nº 64.879, de 22 de março de 2020, decretando a quarentena para
todos os municípios do Estado.

A suspensão das atividades de todos os setores, que não os setores essenciais, acarretou, como
desdobramento inevitável, a suspensão por tempo indeterminado das atividades de campo,
impedindo a continuidade das ações de mapeamento do assentamento, numeração dos domicílios e
do levantamento socioeconômico censitário dos moradores do Núcleo Vila Baiana, no município de
Guarujá.
Não obstante a grave crise global, a presente proposta tem por objetivo encontrar alternativas para
preservar inalterado o cronograma de aprovação do Programa de Desenvolvimento Sustentável do
Litoral Paulista, previamente pactuado, conforme Ajuda Memória da Missão de 10 a 20 de fevereiro
de 2020, e por conseguinte, permitir seu efetivo início em 2021.
Em que pese o fato indiscutível de que seja necessário para elaboração do PER, o conhecimento do
território em profundidade, e das famílias e domicílios em particular, entendemos que dada a
situação absolutamente extraordinária acima explicitada, que nos impede a todos de dar
seguimento aos protocolos e boas práticas técnicas convencionados, é possível contornar, ainda
que provisoriamente, o problema que temos em mãos, lançando mão de algumas ferramentas, sem
contudo abandonar diretrizes e princípios orientadores, coincidentes tanto da metodologia da CDHU
quanto das políticas operativas do Banco, destacadamente a OP-710.
Considerando nossa experiência anterior com o BID, bem como a literatura que serve de referência
para elaboração dos Planos de Reassentamento, entendemos que com os recursos que temos
disponíveis no momento, aspectos extremamente relevantes do PDR e do PER seguem preservados.
A Resolução SH-24 de 2017, da Secretaria de Estado da Habitação, e a NP 10.03 – regulamentam a
política de reassentamento habitacional no âmbito da política de habitação de interesse social do
governo do Estado de São Paulo, definindo diretrizes e procedimentos operacionais a serem
observados pelos órgãos executores e parceiros a fim de:
 Garantir às famílias socialmente vulneráveis, moradoras em assentamentos irregulares e
precários, conforme arrolamento realizado ou reconhecido pela CDHU, condições de
reposição das condições de vida e de acesso à moradia e à cidade;
 Assegurar condições adequadas para atendimento habitacional de interesse social a todas as
famílias que necessitam ser reassentadas, desde que sejam integrantes de grupo-alvo
fechado, moradoras de domicílios inseridos em territórios objeto de ação do poder público;
 Planejar de forma antecipada – articulada com o projeto de intervenção - as diferentes
soluções de atendimento habitacional, com garantia do direito à moradia e mitigação da
vulnerabilidade.
 Estabelecer diretrizes, procedimentos e critérios comuns, alinhados para projetos integrados
de recuperação urbana e reassentamento habitacional, superando a lacuna de um corpo
regulatório adequado.

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Entendemos que a CDHU possui instrumentos técnicos e legais que permitem, na condição de
órgão executor, se comprometer, desde já com o seguinte:

 Assegurar solução de atendimento habitacional, de acordo com a política habitacional


estadual para todas as famílias moradoras arroladas de Vila Baiana e que venham a ser
reassentadas, considerando sua condição de grupo-alvo fechado vinculado à um
determinado território de intervenção do estado;
 Em que pesem as dificuldades inerentes às áreas de ocupação em encostas, características
do litoral de São Paulo, e ambientalmente vulneráveis, é objetivo central do projeto de
recuperação urbana, envidar esforços para minimizar os deslocamentos e reassentamentos
de famílias, adotando-se inclusive, como alternativa, o sistema de troca entre famílias,
solução utilizada com sucesso no Programa Serra do Mar (CDHU, 2015);
 Além de assegurar a participação da população diretamente afetada, nossa metodologia de
trabalho técnico social, integrada com as áreas técnicas de Projetos, Obras e Meio
Ambiente, propõe-se a promover o engajamento dos moradores no que chamamos de
processo de OCDL – Organização Comunitária e Desenvolvimento Local, ancorado na
memória, identidade e cultura da própria comunidade - com resultados positivos para o
capital social da comunidade, conforme evidenciado, por exemplo, na pesquisa de avaliação
de impacto do Programa Serra do Mar (CDHU, 2020);
 Buscar desde já, melhoria das condições de vida, especialmente da reposição de meios para
famílias a serem reassentadas, contando inclusive com estruturação de parcerias com
município e os demais atores do Programa;
 Garantir a melhoria das condições de moradia, tanto na área de urbanização quanto de
reassentamento, e buscar, por diferentes meios, garantir sua sustentabilidade;
 Buscar soluções com os órgãos municipais competentes, para os casos de indivíduos ou
famílias em situação de extrema vulnerabilidade social, cuja atuação extrapola os limites da
pasta da Habitação;
 Integrar as ações necessárias à execução dos deslocamentos às demais frentes integrantes
da intervenção, principalmente com Obras, Trabalho Social e Regularização Fundiária;
 Promover a presença institucional em campo de modo a garantir o debate contínuo, com
transparência e com a participação ampliada, de modo a fazer com que o reassentamento
seja, o máximo possível, voluntário, e que seja também uma oportunidade de
desenvolvimento sustentável.

O Programa traz, além do desafio do reassentamento, também o desafio da recuperação urbano-


ambiental de Vila Baiana, sem o qual não cumpriremos o objetivo central da intervenção.

A efetividade das ações no território, o conhecimento da complexidade de suas diferentes


dimensões (física, comunitária/coletiva, social, jurídica, geológica, urbanística, simbólica) são a
chave para o êxito do trabalho técnico na área.

É também pelo vínculo com o território, que se dá o reconhecimento do direito à reposição da


moradia, no caso do reassentamento involuntário, como demonstra a Resolução SH- 24.

Nesse contexto, o arrolamento é um conjunto de produtos que incluem (i) setorização e


mapeamento: identificação de limites e sistemas de acesso, reconhecimento da organização e das
condições gerais; (ii) identificação das edificações e atribuição de setor/quadra/número (iii)
levantamento socioeconômico censitário: identificação de todos os moradores, organização dos
núcleos familiares, renda, escolaridade e (iv) caracterização da moradia: usos, condição de

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ocupação, material das paredes etc. (v) identificação da representatividade reconhecida pela
comunidade.
Ao final desse processo, fica estabelecido o marco do compromisso de atendimento habitacional por
parte da agência responsável pela política pública de habitação estadual, CDHU.
Importante notar que o compromisso de atendimento é estritamente vinculado ao domicílio e
núcleo, isto é, deixa de existir, caso a família deixe o local.
Entendemos que, ainda que não exista o conjunto de dados censitários dos moradores – por meio
da pesquisa de arrolamento (garantida pelo conjunto de procedimentos próprios à metodologia da
SSARU/CDHU), podemos reunir à nossa vivência do local, outras formas bastante estruturadas de
diagnóstico do território:

Quadro 1 – Dados disponíveis para a caracterização da demanda

A estruturação da metodologia de atuação em favelas e assentamentos precários da CDHU, tem


como regra a realização de estudo estratégico preliminar, com base em dados secundários e poucas
visitas ao local. A adoção dos dados do IBGE para construção de parâmetros de referência
preliminares, já é, portanto prática inerente ao nosso processo de trabalho.
Após, dá-se início ao diagnóstico socioambiental e físico territorial, acompanhado da equipe social,
que pactua entrada em campo e realiza reconhecimento do local preliminar.
A leitura do relatório revela, de maneira inequívoca, as diferentes dimensões sociais da pobreza e
seus reflexos nas condições de vida que vão para além da soleira do domicílio, e que são
característicos das áreas de segregação social: comprometimento das condições sanitárias e
ambientais, habitabilidade, acesso a serviços e infraestrutura etc.
Por fim, o arrolamento parcial de Vila Baiana, tem o mérito de ter abrangido, em grande parte,
justamente os setores mais vulneráveis e mais sujeitos a risco, coincidindo com a indicação de
reassentamento do Consórcio Encibra-High Tech.
Além disso, o arrolamento do Jardim Três Marias, área muito próxima de Vila Baiana, e que sofre
forte influência das mesmas lideranças, chegando a reconhecer os líderes de lá como seus,
conforme revelam as pesquisas de Stakeholders, nos permite, por similaridade da ocupação do

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território, inferir o perfil socioeconômico dos moradores dos setores mais consolidados de Vila
Baiana.
Considera-se, portanto, que o conjunto de dados referenciados no Quadro 1, reúne as informações
necessárias ao dimensionamento da demanda do Programa – observando diretrizes e salvaguardas
sociais e ambientais dispostas tanto pelas Políticas Operacionais do BID, quanto pelo próprio
arcabouço legal do Estado de São Paulo e, mais especificamente, pelo órgão executor, a CDHU.
Feitas as considerações acima, propomos que seja aceito, em caráter excepcional, mediante as
atuais circunstâncias, a elaboração do PER com base nas ferramentas que apresentamos a seguir, e
que seja levado em conta o tamanho da amostra do arrolamento realizado até o momento, de 350
famílias, que corresponde a aproximadamente 18% de Vila Baiana e cerca de 12 % do total de
famílias a serem beneficiadas pelo Programa.
Esses dados são especialmente relevantes ao se considerar a coincidência entre os setores
indicados para reassentamento e os setores arrolados, conforme item 5, Mapa 6, página 40.
Segue, ao final deste documento no item 7, Próximas atividades, a ser de fato implantado, assim
que as condições que ora nos impedem, permitirem.
Após os dois meses previstos no referido Planejamento, quando então obteremos todos os dados
resultantes da conclusão do arrolamento, poderemos, por conseguinte, finalizar o PER, com os
dados censitários de Vila Baiana, considerando para isso, o prazo de mais trinta dias.

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2. Considerações sobre os dados do Setores Censitários -


IBGE/Censo 2010 - Vila Baiana – Guarujá
Os dados dos setores censitários (menor unidade territorial) do Censo de 2010 do IBGE apresentam
informações que compreendem características dos domicílios particulares ocupados e das pessoas
que foram investigadas.
Os dados disponíveis têm como objetivo possibilitar a cobertura integrada de todo o território e
ampliar as possibilidades de disseminação de informações à sociedade, além de atender às
demandas dos setores público e privado por informações georreferenciadas no âmbito de setor
censitário.
O Censo de 2010 considerou como Favela Vila Baiana os seguintes setores censitários apresentados
no quadro abaixo e que também foram classificados como aglomerado subnormal.

Quadro 2- Descrição dos setores censitários – Favela Vila Baiana no município do Guarujá
Geocodigo uf mun distr sdist setor ponto inicial Descrição do perímetro
DO PONTO INICIAL SEGUE
FAVELA VILA BAIANA
PELO PROLONGAMENTO DA
LOCALIZADA NO
RUA ARGENTINA - BECO SEM
ENTRONCAMENTO DA
351870105000263 35 18701 05 00 0263 DENOMINAÇÃO - RUA
RUA MÁRIO
COLÔMBIA - RUA MÁRIO
MALHEIROS COM A
MALHEIRO - POR ESTA ATÉ O
RUA ARGENTINA.
PONTO INICIAL.
DO PONTO INICIAL SEGUE
PELA RUA COLÔMBIA - BECO
SEM DENOMINAÇÃO -
FAVELA VILA BAIANA PROLONGAMENTO DA RUA
- CRUZAMENTO DA ARGENTINA - ESPIGÃO
RUA MÁRIO DIVISOR DO MORRO DE
351870105000069 35 18701 05 00 0069 MALHEIROS COM A SANTO AMARO - À DIREITA
RUA COLÔMBIA. ATÉ O ALINHAMENTO DO
PROLONGAMENTO DA RUA
PARAGUAI - RUA MÁRIO
MALHEIROS - POR ESTA ATÉ
O PONTO INICIAL.
DO PONTO INICIAL SEGUE
PELA RUA PARAGUAI E SEU
PROLONGAMENTO - ESPIGÃO
FAVELA VILA BAIANA
DIVISOR DO MORRO DE
LOCALIZADA NO
SANTO AMARO - À DIREITA
CRUZAMENTO DA RUA
351870105000262 35 18701 05 00 0262 ATÉ O ALINHAMENTO DO
MÁRIO MALHEIROS
PROLONGAMENTO DA RUA
COM A RUA
BOLÍVIA - RUA BOLÍVIA -
PARAGUAI.
RUA MÁRIO MALHEIROS -
POR ESTA ATÉ O PONTO
INICIAL.

FAVELA VILA BAIANA DO PONTO INICIAL SEGUE


LOCALIZADA NO PELA RUA MÁRIO MALHEIROS
CRUZAMENTO DA RUA - RUA BOLÍVIA - RUA ONOFRE
351870105000070 35 18701 05 00 0070
COLÔMBIA COM A F. DO NASCIMENTO - RUA
RUA MÁRIO COLÔMBIA - POR ESTA ATÉ O
MALHEIROS. PONTO INICIAL.

Fonte: Base_informações_setores2010_sinopse_SP_RM_São_Paulo_Santos

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Os quatros setores censitários apresentados acima, foram sobrepostos ao perímetro da área alvo de
Intervenção, conforme demonstra o Mapa 1.

Mapa 1 – Setores censitários que compreendem a Favela Vila Baiana

Fonte: Bases Cartográficas CDHU

Os dados desses setores censitários caracterizados como Favela Vila Baiana agregados, referem-se
à 985 domicílios particulares permanentes, dentre os quais 811 com entrevistas
realizadas. Cerca de 10% do total estavam vagos e 1,7% eram de uso ocasional. Em apenas 53
domicílios não foram realizadas entrevistas (ver Tabela 1). Além disso, os dados também
apresentam a caracterização das 3.137 pessoas residentes da favela constituída pelos
moradores em domicílios.
As informações de domicílios particulares permanentes são referentes apenas aos domicílios
construídos para servir exclusivamente a habitação, na data de referência, ou seja outros
tipos de uso que não residencial, não fazem parte do universo da análise.

Tabela 1 – Domicílios Particulares permanentes


Domicílios Particulares Permanentes Nº %
Não Ocupados - vago 104 10,6%

Ocupados - sem entrevista realizada 53 5,4%

Não Ocupados - uso ocasional 17 1,7%


Ocupados - com entrevista realizada 811 82,3%
Total 985 100,0%
Fonte: Base_informações_setores2010_sinopse_SP_RM_São_Paulo_Santos

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Além das variáveis de identificação geográfica (Grandes Regiões, Unidades da Federação,


Mesorregião, Microrregião, Região Metropolitana ou RIDE, Município, Distrito, Subdistrito, Bairro,
Setor, Situação do Setor e Tipo do Setor), as informações dos setores censitários estão distribuídas
em planilhas com variáveis que abrangem as seguintes características descritas no Quadro 3.

Quadro 3 - Dados dos setores censitários –IBGE/ Censo 2010

Tipo de
Detalhamento
informação

Domicílios particulares permanentes, Condição de ocupação, Abastecimento


de água, Esgotamento sanitário, Coleta/destino do lixo, Energia elétrica,
Características dos
Medidor de energia elétrica, Nº de domicílios particulares permanentes sem
domicílios
banheiro de uso exclusivo dos moradores ou sanitário, Nº de moradores por
domicílio, Rendimento nominal mensal domiciliar per capita

Existência de identificação do logradouro, Existência de iluminação pública,


Existência de pavimentação, Existência de calçada, Existência de meio-
Características do
fio/guia, Existência de bueiro/boca-de-lobo, Existência de rampa para
entorno
cadeirante, Existência de arborização, Existência de esgoto a céu aberto e
Existência de lixo acumulado nos logradouros

Pessoas responsáveis segundo sexo, faixa etária e cor ou raça, Pessoas


Características responsáveis alfabetizados segundo o sexo e faixa etária, Pessoas
responsáveis e responsáveis segundo o sexo e rendimento nominal mensal, Cônjuges ou
cônjuges companheiros(as) alfabetizados(as) segundo o sexo, Cônjuges ou
companheiros(as) segundo a faixa etária e sexo

Pessoas residentes por sexo, faixa etária e cor ou raça, Pessoas


Características alfabetizados por sexo e faixa etária, Pessoas residentes segundo registro
moradores de nascimento, Pessoas de 10 anos ou mais de idade segundo o sexo e
rendimento nominal mensal

Segue abaixo descrição detalhada de cada categoria e itens que estão disponíveis nos arquivos dos
setores censitários do Censo de 2010 e que subsidiarão a caracterização dos domicílios, entorno,
responsáveis e cônjuges e da população residente

2.1. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise –


IBGE/Censo-2010

2.1.1. Características dos domicílios


 Número de domicílios Particulares e Coletivos
 Número de domicílios Particulares Permanentes
 Número de domicílios Particulares Ocupados
 Número de domicílios Coletivos
 Domicílios Particulares Permanentes

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o Ocupados - com entrevista realizada


o Ocupados - sem entrevista realizada
o Não Ocupados - uso ocasional
o Não Ocupados - vago
 Condição de ocupação
o cedidos por empregador
o próprios em aquisição
o outra condição de ocupação (não são próprios, alugados, nem cedidos)
o cedidos de outra forma
o alugados
o próprios e quitados
 Abastecimento de água
o água de poço ou nascente na propriedade
o outra forma de abastecimento de água
o rede geral
 Domicílios particulares permanentes com banheiro de uso exclusivo dos moradores ou
sanitário
 Domicílios particulares permanentes sem banheiro de uso exclusivo dos moradores ou
sanitário
 Esgotamento Sanitário
o Esgotamento sanitário via rio, lago ou mar
o Esgotamento sanitário via outro escoadouro
o Esgotamento sanitário via fossa séptica
o Esgotamento sanitário via fossa rudimentar
o Esgotamento sanitário via vala
o Esgotamento sanitário via rede geral de esgoto ou pluvial
 Coleta/destino do lixo
o queimado na propriedade
o lixo jogado em terreno baldio ou logradouro
o coletado por serviço de limpeza
o coletado em caçamba de serviço de limpeza
 Energia elétrica
o energia elétrica de outras fontes
o energia elétrica de companhia distribuidora
 Medidor de energia elétrica
o energia elétrica de companhia distribuidora - sem medidor
o energia elétrica de companhia distribuidora - medidor comum a mais de um domicílio
o energia elétrica de companhia distribuidora - medidor de uso exclusivo
 Nº de moradores por domicílio
o 1 morador
o 2 moradores
o 3 moradores
o 4 moradores
o 5 moradores

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o 6 moradores
o 7 moradores
o 8 moradores
o 9 moradores
o 10 ou mais moradores
 Número de moradores em domicílios particulares e domicílios coletivos
 Número de moradores em domicílios particulares permanentes
 Domicílios particulares segundo a rendimento nominal mensal domiciliar per capita
o sem rendimento
o até 1/8 salário mínimo
o de mais de 1/8 a 1/4 salário mínimo
o de mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo
o de mais de 1/2 a 1 salário mínimo
o de mais de 1 a 2 salários mínimos
o de mais de 2 a 3 salários mínimos
o de mais de 3 a 5 salários mínimos
o de mais de 5 a 10 salários mínimos
o mais de 10 salários mínimos

2.1.2. Caraterísticas do entorno


As informações do Entorno foram coletadas para os setores urbanos. Alguns setores de
aglomerados sub-normais não foram coletados.
 Existência de identificação do logradouro
o Existe identificação do logradouro
o Não existe identificação do logradouro
 Existência de iluminação pública
o Existe iluminação pública
o Não existe iluminação pública
 Existência de pavimentação
o Existe pavimentação
o Não existe pavimentação
 Existência de calçada
o Existe calçada
o Não existe calçada
 Existência de meio-fio/guia
o Existe meio-fio/guia
o Não existe meio-fio/guia
 Existência de bueiro/boca-de-lobo
o Existe bueiro/boca-de-lobo
o Não existe bueiro/boca-de-lobo
 Existência de rampa para cadeirante
o Existe rampa para cadeirante
o Não existe rampa para cadeirante

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 Existência de arborização
o Existe arborização
o Não existe arborização
 Existência de esgoto a céu aberto
o Existe esgoto a céu aberto
o Não existe esgoto a céu aberto
 Existência de lixo acumulado nos logradouros
o Existe lixo acumulado nos logradouros
o Não existe lixo acumulado nos logradouros

2.1.3. Características responsáveis


 Pessoas responsáveis segundo sexo, faixa etária e cor ou raça
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o Faixa etária
 de 10 a 14 anos
 de 15 a 19 anos
 de 20 a 24 anos
 de 25 a 29 anos
 de 30 a 34 anos
 de 35 a 39 anos
 de 40 a 44 anos
 de 45 a 49 anos
 de 50 a 54 anos
 de 55 a 59 anos
 de 60 a 64 anos
 de 65 a 69 anos
 de 70 a 74 anos
 de 75 a 79 anos
 com 80 ou mais anos
o Cor ou raça
 branca
 preta
 amarela
 parda
 indígena
 Pessoas responsáveis alfabetizados segundo sexo e faixa etária
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o Faixa etária
 de 10 a 14 anos
 de 15 a 19 anos
 de 20 a 24 anos
 de 25 a 29 anos
 de 30 a 34 anos

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 de 35 a 39 anos
 de 40 a 44 anos
 de 45 a 49 anos
 de 50 a 54 anos
 de 55 a 59 anos
 de 60 a 64 anos
 de 65 a 69 anos
 de 70 a 74 anos
 de 75 a 79 anos
 com 80 ou mais anos
 Pessoas responsáveis segundo sexo e rendimento nominal mensal
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o rendimento nominal mensal
 até 1/2 salário mínimo
 mais de 1/2 a 1 salário mínimo
 de mais de 1 a 2 salários mínimos
 de mais de 2 a 3 salários mínimos
 de mais de 3 a 5 salários mínimos
 de mais de 5 a 10 salários mínimos
 de mais de 10 a 15 salários mínimos
 de mais de 15 a 20 salários mínimos
 de mais de 20 salários mínimos
 sem rendimento nominal mensal
 Cônjuges ou companheiros(as) alfabetizados(as) por sexo
o Sexo
 Feminino
 Masculino
 Cônjuges ou companheiros(as) por faixa etária e sexo
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o Faixa etária
 de 10 a 14 anos
 de 15 a 19 anos
 de 20 a 24 anos
 de 25 a 29 anos
 de 30 a 34 anos
 de 35 a 39 anos
 de 40 a 44 anos
 de 45 a 49 anos
 de 50 a 54 anos
 de 55 a 59 anos
 de 60 a 64 anos
 de 65 a 69 anos
 de 70 a 74 anos
 de 75 a 79 anos
 com 80 ou mais anos

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2.1.4. Características moradores


 Pessoas residentes por cor ou raça, faixa etária e sexo
o Cor ou raça
 Branca
 Preta
 Amarela
 Parda
 Indígena
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o Faixa etária
 5 a 9 anos
 10 a 14 anos
 15 a 19 anos
 20 a 24 anos
 25 a 29 anos
 30 a 34 anos
 35 a 39 anos
 40 a 44 anos
 15 a 49 anos
 50 a 54 anos
 55 a 59 anos
 60 a 64 anos
 65 a 69 anos
 70 a 74 anos
 75 a 79 anos
 80 a 84 anos
 85 a 89 anos
 Mais de 90 anos
 Pessoas alfabetizados por sexo e faixa etária
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o Faixa etária
 5 a 9 anos
 10 a 14 anos
 15 a 19 anos
 20 a 24 anos
 25 a 29 anos
 30 a 34 anos
 35 a 39 anos
 40 a 44 anos
 15 a 49 anos
 50 a 54 anos
 55 a 59 anos
 60 a 64 anos
 65 a 69 anos
 70 a 74 anos
 75 a 79 anos

15
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 80 a 84 anos
 85 a 89 anos
 Mais de 90 anos
 Pessoas residentes segundo registro de nascimento
o pessoas de até 10 anos de idade que tinham registro de nascimento
o pessoas de até 10 anos de idade que não tinham registro de nascimento
o pessoas de até 10 anos de idade que não sabiam se tinham registro de nascimento
 Pessoas de 10 anos ou mais de idade segundo o sexo e o rendimento nominal mensal
o Sexo
 Feminino
 Masculino
o rendimento nominal mensal
 até 1/2 salário mínimo
 mais de 1/2 a 1 salário mínimo
 de mais de 1 a 2 salários mínimos
 de mais de 2 a 3 salários mínimos
 de mais de 3 a 5 salários mínimos
 de mais de 5 a 10 salários mínimos
 de mais de 10 a 15 salários mínimos
 de mais de 15 a 20 salários mínimos
 de mais de 20 salários mínimos
 sem rendimento nominal mensal

2.2. Conceitos e definições – Censo -2010


Data de referência: a investigação das características dos domicílios e das pessoas neles
residentes teve como data de referência o dia 31 de julho de 2010.
Domicílio: Domicílio é o local estruturalmente separado e independente que se destina a servir de
habitação a uma ou mais pessoas, ou que estejam sendo utilizado como tal. Os critérios essenciais
desta definição são os de separação e independência.
Domicílio particular: Domicílio onde o relacionamento entre seus ocupantes era ditado por laços
de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência.
Domicílio particular permanente: Domicílio construído para servir, exclusivamente, à habitação
e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas;
População residente: A população residente é constituída pelos moradores em domicílios na data
de referência.
Morador: Considerou-se como moradora a pessoa que tinha o domicílio como local habitual de
residência e que, na data de referência, estava presente ou ausente por período não superior a 12
meses em relação àquela data, por um dos seguintes motivos:
 Viagens: a passeio, a serviço, a negócio, de estudos etc.;
 Internação em estabelecimento de ensino ou hospedagem em outro domicílio, pensionato,
república de estudantes, visando a facilitar a frequência à escola durante o ano letivo;
 Detenção sem sentença definitiva declarada;
 Internação temporária em hospital ou estabelecimento similar; ou
 Embarque a serviço (militares, petroleiros etc.).

16
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3. Considerações sobre o arrolamento do Jardim Três Marias e Vila


Baiana (parcial)
O arrolamento realizado nos núcleos Jardim Três Marias e Vila Baiana foi realizado dentro da
metodologia de trabalho da Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana –SSARU que
está ancorada nas normas e procedimentos para Ação de Intervenção em Favelas da CDHU.

3.1. Síntese da metodologia


Antes do início do arrolamento é realizada a pactuação para entrada em campo cujo objetivo é
iniciar um vínculo com a equipe social, apresentar aos moradores e lideranças o projeto ou
programa, suas diretrizes e o cronograma. Esse trabalho resulta no início da construção de um
“pacto social” com a comunidade, capaz de garantir a presença permanente do corpo técnico da
CDHU em campo que propiciará um diálogo constante com a comunidade.
Para a realização do arrolamento, a SSARU definiu um conjunto de procedimentos para que cada
edificação receba uma numeração sequencial e seus responsáveis e residentes sejam identificadas,
de modo a garantir o cruzamento de bases cartográficas e de dados utilizando um indexador
composto por Setor, Quadra e Número (SQN). Com isso, torna-se possível a criação de um banco
de dados georreferenciado, bem como a elaboração e a consolidação de uma análise
socioeconômica e socioterritorial integrada, que deverá subsidiar o desenvolvimento das próximas
ações do projeto ou programa. Essa ação também é importante por estabelecer o marco zero dos
compromissos de atendimento habitacional.
Etapas que envolvem a realização do arrolamento:
 Visita de reconhecimento de campo e compreensão das dinâmicas socioterritoriais
(Utilização de sobrevoo com Drone);
 Setorização e análise do território;
 Estabelecimento de ponto de apoio técnico para atividades pós campo da equipe;
 Estabelecimento de local de referência na comunidade para informações e esclarecimentos a
população sobre as atividades em curso;
 Mapeamento e registro fotográfico de todas as edificações;
 Caracterização das edificações e pesquisa socioeconômica de todas as edificações;
 Consolidação e georreferenciamento das informações.
 Reconhecimento dos representantes existentes e estabelecimento de diálogo com a
comunidade

3.2. Ferramenta de campo


A CDHU para o trabalho de campo recorreu à tecnologia como forma de aprimorar o trabalho e
possibilitar uma consistência dos dados mais ágil e eficaz. Para tal objetivo a SSARU, com apoio da
área de tecnologia, desenvolveu um aplicativo para realizar a coleta dos dados das famílias
identificadas no núcleo.
A inovação possibilitou a eliminação da etapa de digitação dos instrumentais em papel e incorporou
técnicas de consistência no aplicativo que favorecem o resultado final.

Diagrama 1 – Diagrama esquemático de etapas de coleta de dados em campo:

Instrumental no papel: Instrumental no APP

Emplaca, numera e mapeia


Emplaca, numera e mapeia

Pesquisa no papel
Pesquisa no Tablet
17 Digita sistema
Base de dados - online
Base de dados
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Imagem 1- Sistemas de suporte

Imagem 2– Telas do aplicativo

Imagem 3 - Aplicação em campo

18
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

Quadro 4 - Dados do Arrolamento

Tipo de informação Detalhamento

Edificações por setor, Condição de ocupação, Tipo de uso,


Características dos domicílios Numero de pessoas arroladas, Pessoas por domicilio, renda
domiciliar, renda domiciliar per capita

Condição de uso, equipamentos hidráulico, quantidades de


cômodos, Material construtivo, Cômodos utilizados
Caracterização das moradias
permanentemente para dormir, Número de cômodos da
moradia sem abertura externa, Congestionamento domiciliar

Responsáveis por sexo e faixa etária, Responsáveis por sexo


segundo o rendimento mensal, local de nascimento, tempo de
moradia, Responsáveis por sexo e fonte de rendimento,
Características dos
Responsáveis por sexo segundo a frequência escolar,
responsáveis
Responsável por sexo segundo a condição de trabalho,
Responsáveis mulheres sem a presença de cônjuge segundo a
renda

Moradores segundo sexo e faixa etária, Moradores segundo


sexo, faixa etária e frequência escolar, Moradores segundo
Características dos moradores tipo de deficiência, Moradores segundo a faixa etária e
condição de trabalho, Moradores segundo faixa etária e fonte
de rendimento

3.3. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise do


Arrolamento
3.3.1. Bloco 1 – Identificação e Controle
 Nº total de edificações arroladas
 Período de coleta de dados
 Nº de total de pessoas arroladas
 Nº médio de pessoas por domicílio (residencial e misto)
3.3.2. Bloco 2 – Identificação da edificação
 Nº de edificações por setor e quadra
 Condição de uso da edificação
o 1. Ocupada
o 2. Ocupada recusa
o 3. Uso ocasional
o 4. Fechada
o 5. Vaga
o 6. Em construção
 Tipo de uso da edificação (somente edificação ocupada)
o 1. Residencial
o 2. Misto
o 3. Entidade religiosa

19
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o 4. Entidade associativa
o 5. Comercial / Serviços
o 6. Equipamento comunitário
o Outros
Especificação Tipo de uso da edificação (somente edificação ocupada)
o Especificação de comércio / Serviço
o Especificação Equipamento comunitário
o Especificação outro
Somente para edificação de uso não residencial
 Local de residência da pessoa responsável pela edificação
o 1. Em outro local fora da área de intervenção
o 2. No próprio núcleo

3.3.3. Bloco 3 – Informações do Responsável pela moradia e tempo de residência


 Onde o responsável nasceu?
o Estado
o Cidade
o País (só se tiver estrangeiros)
 Há quanto tempo o responsável ou cônjuge reside nesse núcleo?
o Menos de 1 ano
o De 1 a 3 anos
o Mais de 3 a 5 anos
o Mais de 5 a 10 anos
o Mais de 10 anos

3.3.4. Bloco 4 – Caracterização dos responsáveis e cônjuges


 Responsáveis segundo o sexo e faixa etária
 Responsáveis segundo a situação conjugal (com e sem cônjuge) e sexo
 Cônjuge segundo o sexo e faixa etária
 Ciclo de vida familiar (jovem, adulto, velho)
o Pessoa responsável pela moradia até 29 anos
o Pessoa responsável pela moradia com idade entre 30 e 59 anos
o Pessoa responsável pela moradia com mais de 60 anos
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e o rendimento mensal principal
o Sem renda.
o Menos de 1 s.m.
o De 1 s.m a 3 s.m
o Mais de 3 s.m a 5 s.m
o Mais de 5 s.m.
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e fonte de rendimento principal
o 1. Empregado com registro
o 2. Empregado sem registro
o 3. Autônomo, bico por conta própria, pequeno negócio.
o 4. Aposentado, pensionista, pensão alimentícia.
o 5. Programa de transferência de renda, seguro desemprego, BPC, Auxílio doença

20
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

o 6. Aluguel
o 7. Outras fontes
o 8. Sem renda
o 99. Sem Informação
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e outras fontes de rendimento
o 1. Empregado com registro
o 2. Empregado sem registro
o 3. Autônomo, bico por conta própria, pequeno negócio.
o 4. Aposentado, pensionista, pensão alimentícia.
o 5. Programa de transferência de renda, seguro desemprego, BPC, Auxílio doença
o 6. Aluguel
o 7. Outras fontes
o 8. Sem renda
o 99. Sem Informação
 Responsáveis mulheres sem a presença de cônjuge segundo a renda domiciliar
 Responsáveis homens ou mulheres com presença de cônjuge segundo a renda domiciliar
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e frequência escolar
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e a última série concluída com aprovação
 Responsável e Cônjuge segundo o sexo e a condição de trabalho

3.3.5. Bloco 4 - Caracterização dos Residentes


2. Moradores segundo o sexo e idade
 Tipo de arranjo familiar
Moradia com arranjo domiciliar nuclear – moradia onde há presença de casal ou somente um dos
cônjuges, com ou sem filhos
o Casal, com filhos
o Casal, sem filhos
o Chefe, mulher com filhos
o Chefe, homem com filhos
Moradia com arranjo domiciliar ampliado – moradia onde há também presença de outros parentes
ou não parentes.
o Casal, com filhos e parentes e não parentes
o Chefe, mulher com filhos e parentes e não parentes
o Chefe, homem com filhos e parentes e não parentes
Indivíduo só
o Mulher sozinha
o Homem sozinho
 Moradia com presença de pessoa idosa
o Residente com mais de 60 anos
 Razão de dependência
Relação entre residentes considerados economicamente dependentes e residentes potencialmente
produtivos
o Residentes menores de 15 anos + Residentes com 60 anos ou mais/residentes entre
15 e 59 anos

21
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

 Pessoa com deficiência segundo o tipo


o 1. Auditiva
o 2. Motora
o 3. Mental
o 4. Visual
o 5. Orgânica
o 6. Não Possui
 Frequência escolar segundo a idade
o 1. Sim
o 2. Sim, creche ou pré-escola
o 3. Não
o 99 Sem informação
 0 a 3 anos
 4 a 5 anos
 6 a 14 anos
 14 a 17 anos
 18 anos ou mais
 Frequência escolar segundo a última série concluída com aprovação
o 1. Sim
o 2. Sim, creche ou pré-escola
o 3. Não
o 99 Sem informação
 01. 1a ano do E. F.
 02. 2o ano do E. F.
 03. 3o ano do E. F.
 04. 4o ano do E. F.
 05. 5o ano do E. F.
 06. 6o ano do E. F.
 07. 7o ano do E. F.
 08. 8o ano do E. F.
 09. 9º ano do E. F.
 10. 1o ano do E. M.
 11. 2o ano do E. M.
 12. 3o ano do E. M.
 13. Superior Incompleto
 14. Superior Completo
 15. Nenhuma, 0-6 anos.
 16. Nenhuma, mas sabe ler e escrever
 17. Nenhuma, não sabe ler e escrever
 Condição de trabalho
o 1. Trabalha
o 2. Não Trabalha
 14 a 17 anos
 18 a 19 anos
 20 a 24 anos
 25 a 29 anos
 30 a 34 anos
 35 a 39 anos

22
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

 40 a 44 anos
 15 a 49 anos
 50 a 54 anos
 55 a 59 anos
 60 a 64 anos
 65 anos ou mais
 Rendimento mensal principal segundo a faixa etária
o Sem renda.
o Menos de 1 s.m.
o De 1 s.m a 3 s.m
o Mais de 3 s.m a 5 s.m
o Mais de 5 s.m.
 14 a 17 anos
 18 a 19 anos
 20 a 24 anos
 25 a 29 anos
 30 a 34 anos
 35 a 39 anos
 40 a 44 anos
 15 a 49 anos
 50 a 54 anos
 55 a 59 anos
 60 a 64 anos
 65 anos ou mais
 Fonte de rendimento principal segundo a faixa etária
o 1. Empregado com registro
o 2. Empregado sem registro
o 3. Autônomo, bico por conta própria, pequeno negócio.
o 4. Aposentado, pensionista, pensão alimentícia.
o 5. Programa de transferência de renda, seguro desemprego, BPC, Auxílio doença
o 6. Aluguel
o 7. Outras fontes
o 8. Sem renda
o 99. Sem Informação
 14 a 17 anos
 18 a 19 anos
 20 a 24 anos
 25 a 29 anos
 30 a 34 anos
 35 a 39 anos
 40 a 44 anos
 15 a 49 anos
 50 a 54 anos
 55 a 59 anos
 60 a 64 anos
 65 anos ou mais
 Outras fontes de rendimento
o 1. Empregado com registro

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Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

o 2. Empregado sem registro


o 3. Autônomo, bico por conta própria, pequeno negócio.
o 4. Aposentado, pensionista, pensão alimentícia.
o 5. Programa de transferência de renda, seguro desemprego, BPC, Auxílio doença
o 6. Aluguel
o 7. Outras fontes
o 8. Sem renda
o 99. Sem Informação
 Número de pessoas por domicílio
o 1
o 2
o 3
o 4
o 5a7
o 7a9
o 10 ou mais
 Renda domiciliar em salários mínimos (soma renda responsável e cônjuge)
o Sem renda.
o Menos de 1 s.m.
o De 1 s.m a 3 s.m
o Mais de 3 s.m a 5 s.m
o Mais de 5 s.m.
 Renda domicilia per capita em salários mínimos (soma da renda de todos os membros da
família)
o Sem renda
o Até¼s.m.
o Mais ¼ s.m até ½ s.m
o Mais de ½ s.m a 1 s.m
o Mais de 1 s.m.

3.3.6. Bloco 6 – Caracterização da Moradia


 1. A moradia na qual reside atualmente é
o 1. Própria de algum residente atual
o 2. Alugada. Valor do aluguel mensal
o 3. Cedida
 1. (especificar) Valor do aluguel mensal? (outras faixas podem ser necessárias – na
descrição mencionar o maior e o menor valor e a média em reais)
o Até¼s.m.
o Mais ¼ s.m até ½ s.m
o Mais de ½ s.m a 1 s.m
o Mais de 1 s.m.
 2.Na sua moradia, para uso exclusivo de seus moradores, tem:
o Caixa d’água
o Lavatório
o Bacia/Vaso sanitário
o Tanque de lavar roupa

24
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

o Pia de cozinha
o Chuveiro
 3. As paredes externas de moradia são predominantemente
o 1. Alvenaria com revestimento externo
o 2. Alvenaria sem revestimento
o 3. Madeira aparelhada (madeira naval)
o 4. Taipa/ Pau a pique
o 5. Madeira improvisada, outros materiais reaproveitados
 4. Quantos e quais são os cômodos da moradia
o Sala(s)
o Quarto(s)
o Cozinha(s)
o Banheiro(s)
o Outro(s)
 5. Quantos cômodos da moradia são usados permanentes para dormir
o 1
o 2
o 3
o 4 ou mais
 5. Quantos cômodos da moradia não tem abertura externa (janela, vitrô e etc.)
o 1
o 2
o 3
o 4 ou mais
 Valor de aluguel X Renda domiciliar (Responsável e Cônjuge)
 Moradia com espaço interno insuficiente
Moradia que não dispõem de pelo menos uma sala , um quarto, um banheiro e uma cozinha.
 Congestionamento domiciliar
o Congestionada – mais de duas pessoas por cômodo
o Não congestionada – moradia com até duas pessoas por cômodo
 Congestionamento domiciliar II
o Congestionada II– mais de duas pessoas por cômodo e/ou mais de duas por
dormitório
 Não congestionada II – moradia com até uma pessoa por cômodo até dois dormitórios

3.3.7. Bloco 6 – Informações Complementares

 1. Você conhece entidades ou pessoas que representam a comunidade?


o 1. Sim
o 2. Não
 1. (Especificar) Lista com nome das pessoas citadas

25
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

3.4. Atividade de campo núcleo Jardim Três Marias


 Dia 04/02/2020 – Reunião de Pactuação para entrada em campo;
 Dia 04/02/2020 - Setorização e análise do território;
 Dias 05, 06 e 07/2020 – Mapeamento e caracterização socioeconômica

Quadro 5- Detalhamento diário de arrolamento

Total
Mapeamento, Registro Fotográfico e Pesquisa:
Arrolados
Dias: 05/02/2020 06/02/2020 07/02/2020
175
Quantidade: 43 73 59

 Retorno a edificações fechadas

Quadro 6- Detalhamento do retorno


Total retornos
Retorno edificações fechadas

Dias: 11/02/2020 13/02/2020


100
Quantidade: 64 36

Mapa 2– Núcleo Jardim Três Marias -175 edificações arroladas

Fonte: Bases Cartográficas CDHU

26
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

3.5. Atividade de campo núcleo Vila Baiana


Em atendimento ao estabelecido na Missão de Identificação de 30 de outubro a 01 de novembro de
2019, iniciamos o trabalho de campo na Vila Baiana em 27 de janeiro de 2020, com as entrevistas
de stakeholders mapeados por meio de dados secundários ou aqueles já identificados
anteriormente, quando do acompanhamento às vistorias realizadas pelo Consórcio Encibra High-
Tech para elaboração do diagnóstico.
Embora essa seja uma área conhecida pela violência e pela dificuldade de acesso por técnicos em
geral, nesse momento não tivemos qualquer problema para transitar na área e dialogar com as
partes afetadas identificadas, diferente da situação enfrentada em 2015, quando algumas
ocorrências no período do diagnóstico, levaram até à suspensão temporária dos trabalhos.
No mesmo dia em que iniciamos o arrolamento, realizamos, por uma questão estratégica, reunião
com os stakeholders, de modo a evitar a divulgação da ação com antecedência, e por consequência
novas construções e/ou a migração de moradores de outras favelas, tendo em vista o alto número
desse tipo de ocupação no município.
Pactuamos a nossa entrada na área e a realização do arrolamento, esclarecendo que a proposta era
ter um diagnóstico da Vila Baiana como referência para possível viabilização de recursos para a
execução de projetos de urbanização, recuperação ambiental e remoção de risco, conforme
tratativas em curso entre Prefeitura e Governo do Estado de São Paulo.
Foi relevante o conhecimento que algumas lideranças tinham do Programa o Programa Serra do
Mar – Cubatão, como exemplo do trabalho desenvolvido pela CDHU e a Fundação Florestal , seja
pela mídia da Baixada Santista, seja por terem parentes ou conhecidos moradores nas Cotas, o que
ajudou na recepção extremamente positiva à possibilidade de intervenção nas mesmas bases.
Esclarecemos entretanto, reiteradamente, que a proposta dependia de aprovações de diversos
âmbitos. Apresentamos cronograma preliminar de arrolamento e parâmetros trabalho em campo
que necessariamente devem ser respeitados, tais como:
 a obrigatoriedade de realização da entrevista somente na moradia,
 os pré-requisitos para atribuição de placa à edificação,
 a necessidade de registro fotográfico,
 a movimentação da equipe em duas frentes distintas da área,
 o espaço de atendimento da população para esclarecimento de dúvidas na ONG Lar
Elizabeth dentro da área,
 a realização às moradias fechadas limitados à 3 retornos
 o uso de tablets pelo entrevistador, identificado como prestador de serviço da CDHU

Imagem 4 – Encontro com líderes e representantes comunitários

27
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

O encontro foi finalizado com entusiasmo por parte dos representantes e com grande expectativa
de que a intervenção aconteça, pois foram unânimes ao se colocarem como relegados ao
esquecimento pelo poder público, devido à extrema precariedade das condições de vida da
comunidade.
No mesmo dia iniciamos o arrolamento e, acompanhados por alguns moradores, fomos muito bem
recebidos pela comunidade, e arrolamos 50 edificações apesar da forte chuva como de resto tinha
sido a semana inteira, o que deixava o acesso às vielas dos morros quase impraticável.
Naquela noite, os morros do Guarujá vieram abaixo. Ocorreram vários deslizamentos, inclusive em
Vila Baiana.
Os jornais mostravam um verdadeiro caos na cidade, com muitos mortos, desaparecidos e
desabrigados.
Imagem 5—Notícia sobre deslizamento

Fonte: https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1660273998048212-morro-da-vila-baiana-fica-destruido-em-guaruja

Estabelecemos contato com as lideranças locais para comunicar a suspensão do arrolamento,


determinada pela direção da CDHU.
Nas semanas seguintes acompanhamos a situação de Vila Baiana, por meio de contatos com as
lideranças, com o Lar Elizabeth, com a Defesa Civil e com a Secretaria Municipal de Habitação e
soubemos que algumas moradias haviam sido destruídas no deslizamento, muitas interditadas por
risco iminente e/ou inundação, mas felizmente não foi identificada nenhuma morte no núcleo.
Em consonância com a Defesa Civil e as lideranças decidimos retomar o arrolamento a partir de 16
de março de 2020.
Para tanto, realizamos novamente reunião com as partes interessadas, onde reiteramos todas as
informações anteriores e mais uma vez, a proposta foi recebida com grande exultação.
Observamos que a comunidade estava muito sensível às ocorrências do deslizamento e sem
informação, tanto é que nossa equipe foi diversas vezes abordada para solicitação de atendimentos
como cesta básica, auxílio moradia, colchões, cadastramento para abrigo, vistoria de risco, entre

28
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

outros, certamente confundida com a equipe de Assistência Social ou Defesa Civil do município.
Para tentar entender essa situação nos reunimos com a Coordenação da Defesa Civil que nos
informou que a prefeitura estava com a mesma condição em outros morros, e que esses estavam
sendo priorizados em razão das mortes e desaparecimentos.
No dia 17/03 reiniciamos o arrolamento e o atendimento às famílias no espaço da ONG Lar
Elizabeth, e mais uma vez a atividade transcorreu sem nenhum contratempo, resultando no
arrolamento de 168 edificações. No dia 18/03 de março também tivemos um saldo bem positivo,
com 132 arrolamentos, mas a questão da pandemia já era bem patente, a ponto de o Lar Elizabeth
suspender suas atividades e liberar os funcionários, e por segurança não permitiu nossa
permanência no local.
Preocupados com o risco da equipe e até dos moradores, considerando que transitávamos de uma
casa a outra nas duas frentes de arrolamento, a diretoria da CDHU determinou a saída da área até
maiores definições do Governo do Estado sobre o procedimento diante da pandemia.
Em 22/03/2020, mediante o decreto do governador, a decisão de suspensão, junto com as demais
atividades, foi tomada, e por meio de contato telefônico informamos às lideranças, o que foi
naturalmente compreendido, tendo em vista o cenário mundial.
link 1 - Decreto nº 64.881 de 22/3/2020
Decreta quarentena no Estado de São Paulo, no contexto da pandemia do Covid-19 (novo
coronavirus) e dá providências complementares.

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2020/decreto-64880-20.03.2020.html

Planejamento Inicial Arrolamento:

 27 e 28/02 - Setorização e análise do território;


 02/03/2020 – Reunião de Pactuação para entrada em campo;
 02/03 a 31/03 – Realização do arrolamento
Devido ao deslizamento ocorrido entre os dias 02 e 03/03 foram suspensas as atividades no núcleo.
Quadro 7- Detalhamento diário de arrolamento

Total
Mapeamento, registro fotográfico e pesquisas:
Arrolado
Dia: 02/03/2020
50
Quantidade: 50

Planejamento Arrolamento pós deslizamento:

 16/03/2020 – Reunião de pactuação para retomada do campo;


 16/03/2020 – Visita técnica de analise pós deslizamento;
 17/03 a 31/03 – Realização do arrolamento
Devido a pandemia – Covid19 no Brasil, o trabalho de campo foi suspenso em 19/03/20.
Quadro 8- Detalhamento diário de arrolamento

Total
Mapeamento, registro fotográfico e pesquisas:
arrolado
Dias: 17/03/2020 18/03/2020
300
Quantidade: 168 132

29
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

Mapa 3 – Núcleo Vila Baiana -350 edificações arroladas até o momento

Fonte: Bases Cartográficas CDHU

Mapa 4 – Núcleos Jardim Três Marias e Vila baiana -525 edificações arroladas

Fonte: Bases Cartográficas CDHU

30
Superintendência Social de Ação de Recuperação Urbana

3.6. Integração dos dados IBGE/Censo 2010 – Arrolamento

Quadro 9- Comparativo Setores Censitários e Arrolamento


Quantidade de indicadores
Eixo de pesquisa Considerações
IBGE Arrolamento Compatíveis
O arrolamento é realizado
em todas as edificações
Domicilios/Edificações 13 20 7
independente do tipo de
uso
Características Dados similares de
5 20 5
responsáveis e cônjuges caracterização
Características Dados similares de
3 10 3
moradores caracterização
Diagnóstico
socioambiental
Caraterísticas do O IBGE classifica o entorno
10 - e urbanístico
entorno das edificações
do núcleo Vila
Baiana
Questões para
mapeamento de lideranças
Informações locais e stakeholders que
- 3 Stakeholders
Complementares atuarão no
desenvolvimento do
projeto

Mapa 5– Núcleo Vila Baiana –Integração de dados IBGE - Arrolamento

Fonte: Bases Cartográficas CDHU

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4. Considerações sobre o Diagnóstico Socioambiental e Urbanístico


do núcleo Vila Baiana
Apresenta-se a seguir uma breve descrição das variáveis disponíveis no Diagnóstico Socioambiental
e Urbanístico do Núcleo Vila Baiana elaborado pelo Consórcio Encibra High-Tech em 2015 – cujas
informações compõem parte dos dados a serem analisados no PER -, indicando também alguns
destaques e considerações mais substantivas a partir do Diagnóstico, no que diz respeito a
características do território, condições de habitabilidade e a situação de vulnerabilidade da
população residente na Vila Baiana.
4.1. Localização e acesso
O núcleo Vila Baiana está localizado próximo à praia da Enseada e ao Bairro Jardim Praiano, na
vertente sul da Serra de Santo Amaro. Situado à norte da Praia da Enseada, o núcleo inicia-se na
Rua Professor Onofre Ferreira do Nascimento, e se expande em direção ao topo do morro Santo
Amaro (Encibra High-Tech, 2015, p. 5), conforme ilustra a figura abaixo.
O acesso se dá por vias locais do Jardim Praiano, tais como as Ruas Bolívia, Chile, Paraguai,
Argentina e Colômbia, bem como pelas Avenidas Gerson Maturani e Abílio dos Santos - onde há a
maior concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços, bem como eixos de transporte
coletivo. Na porção sul, há cerca de 500 metros da área, há a Avenida Dom Pedro I que, por ser
uma Via Estrutural/Metropolitana, possibilita a conexão do núcleo com outros setores do município
(Ibid., p. 24).
Figura 1- Entorno do núcleo Vila Baiana

Fonte: Diagnóstico socioambiental e urbanístico - Consórcio Encibra High-Tech (Mapa Anexo 1)

4.2. Padrão de ocupação, legislação incidente e declividade do núcleo


O crescimento desordenado do município - no contexto das ocupações irregulares observadas nas
diferentes regiões metropolitanas brasileiras, a partir da década de 70, intensificando-se nas
décadas de 80 e 90 (DENALDI, 2003) – está associado à ocupação informal de áreas protegidas e
áreas de risco no Guarujá. A Vila Baiana é um desses assentamentos precários no município, cuja
ocupação inicial se deu na década de 60, e foi intensificada ao longo dos anos subsequentes, de
forma associada à realização de obras de infraestrutura tanto no entorno do núcleo – como é o

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caso da implantação da Av. Dom Pedro na década de 70, quanto no próprio núcleo, como por
exemplo a pavimentação de vias locais, nos anos 20001 (Encibra High-Tech, 2015; CDHU, 2020).
O crescimento acelerado nas áreas de encosta influencia a permeabilidade das áreas, “aumentando
a vazão pluvial, ocasionando enchentes em pontos críticos e causando grandes transtornos à
população principalmente no período do verão, onde há um aumento das chuvas intensas”
(Encibra High-Tech, 2015, p. 6), conforme observado nos meses de janeiro e fevereiro na Baixada
Santista, em 2020.
O núcleo Vila Baiana possui uma área de 182.419 m2, cujo tipo de uso das edificações é
predominantemente residencial, com padrões de ocupação mais densos principalmente no sopé do
morro – onde o padrão construtivo das edificações é melhor (mais estruturado/consolidado). À
medida em que se avança em direção ao morro, a ocupação se torna mais rarefeita (associada a
limitações da topografia do local), onde se nota maior precariedade das edificações (Encibra High-
Tech, 2015, p. 25).
No que se refere à legislação urbana-ambiental incidente, a área do núcleo é classificada
como Zona de Especial Interesse Social-1 (ZEIS-1), inserida na Macrozona de recuperação urbana
pelo Plano Diretor municipal (Guarujá, 2013). Pelo Zoneamento Ecológico Econômico, parte da área
(porção setentrional) recebe a classificação Z1 – que dispõe sobre a manutenção dos ecossistemas
em equilíbrio ambiental, admitindo atividades humanas de baixo impacto – e outro trecho, mais ao
sul (correspondendo às áreas mais adensadas) recebe as classificações Z4 e Z5, cujos parâmetros e
diretrizes de ocupação são menos restritivos.
Do ponto de vista da declividade, há uma região plana na base da encosta, totalmente ocupada2,
seguida de encosta íngreme em três áreas mais definidas, quais sejam: uma mais a leste, outra na
região central do núcleo (alinhada às Ruas Colômbia e Paraguai) e outra na porção oeste da Vila
Baiana. Na porção mais central, a “faixa de inclinação predominante é de 45% a 100%,
caracterizando uma área com sérias restrições geotécnicas, acarretando em problemas de erosão e
escorregamentos” (Encibra High-Tech, 2015, p. 15).

4.3. Áreas de risco geológico-geotécnico


Os levantamentos e análises realizadas para o diagnóstico socioambiental e urbanístico
compreenderam também uma atualização dos zoneamentos de risco que tinham sido emitidos pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em 2007 (IPT, 2007 apud Encibra High-Tech, 2015, p.
15), cujos setores são apresentados no Quadro 10 a seguir.
De forma geral, as considerações feitas no Diagnóstico sobre o zoneamento de risco no núcleo Vila
Baiana destacam o elevado grau de atenção desse núcleo, em relação aos demais – sobretudo no
tocante aos riscos de escorregamento:
“Conforme dados da defesa civil, desde 1991, a Vila Baiana é o núcleo que apresenta o
maior índice de escorregamentos em encostas, tendo destaque para 2009 que teve 27
ocorrências e 2 óbitos. Fácil de verificar com os depósitos de solo solto e matacões
rolados, além de escorregamentos pontuais e de grandes proporções. Blocos de rocha de
diversas dimensões, lançamento de esgoto superficialmente ou afastamento por
tubulações aparentes, algumas delas com vazamento, é observado por todos os setores de
risco. Assim como a convivência com lixo e entulho. Cortes verticais e solo exposto com
alturas variáveis, para a implantação das moradias, são normalmente verificados, o que
ressalta a alta declividade, característica do núcleo, até pela grande presença de moradias em
pilotis. (Encibra High-Tech, 2015, p. 17)

1
Informações mais detalhadas constam no Relatório de Stakeholders da Vila Baiana (SSARU/CDHU, 2020).
2
Onde predominam edificações de maior padrão construtivo, conforme já mencionado

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Conforme consta no Diagnóstico, a Vila Baiana pode ser subdividida em duas grandes áreas: uma
correspondente a um “anfiteatro” de ocupação mais densa (porção oeste) e outra de ocupação
mais espaçada em encosta (leste). À oeste, vê-se uma consolidação mais definida (ainda que
desorganizada). À leste verifica-se ocupação mais espaçada com predomínio de edificações de
madeira e indícios de reocupação após a ocorrência de escorregamentos e desapropriações (Encibra
High-Tech, 2015, p. 17).
Ainda na porção leste do núcleo, destaca-se a região conhecida pela população como “Pantanal”,
em trechos mais planos no sopé da encosta, onde foram apontados problemas de “inundações
impulsionadas principalmente por uma vala de drenagem existente” (Ibid.), conforme indicado no
quadro abaixo (A4-Setor5-RIA).

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Quadro 10 - Áreas de risco: caracterização físico-urbanística e ações preventivas/de consolidação propostas (Encibra High-Tech, 2015)

Distância Nível de
Interferência Proteção do
das acúmulo
Setor de Risco/ Captação Lançamento de Pavimentação das de edificações solo e
Declividade e risco Moradias de lixo Padrão da ocupação
Nível água Esgoto vias nas linhas de condições de
em relação (pontos de
drenagem drenagem
à encosta acúmulo)
- Material provisório e
Declividade acentuada. Alta extrema precariedade
vulnerabilidade a Águas (sobretudo a montante,
- Solo solto, com
deslizamento / Blocos de Edificações provenientes - Alto nos extremos leste e
erosões
rocha de diversas situadas na de poços Em valas abertas e Predomínio de vias - Alta (oeste) (oeste) oeste)
A4-S1-R4 - Drenagem
dimensões com própria escavados fechadas não pavimentadas - Média (leste) - Médio - Alvenaria precária e
superficial sem
probabilidade de rolagem / encosta no topo do (leste) intermediária
proteção
histórico de morro - Edificações em
escorregamentos construção nas áreas de
ocupação mais rarefeita
Riscos associados a - Linhas de
deslizamentos no Setor 1 Base da Ligações Em valas abertas e Vias pavimentadas e drenagem - Predomínio de alvenaria
A4-S2-R2 Alta Alto
(A4-S1-R4). Declividades encosta clandestinas fechadas não pavimentadas abertas e em padrão intermediário
baixas e médias fechadas
Base da encosta, na
intercalação entre as - Padrões de alvenaria
Distância Rede formal - Escavações sem
A4-S3- regiões alta e plana. Predominantemente Predomínio de vias precária e em padrão
razoável da e ligações Baixa proteção Médio
R1 Riscos associados a em valas fechadas pavimentadas intermediário
encosta clandestinas superficial
deslizamentos no Setor 1
(A4-S1-R4).
- Padrões de alvenaria
- Predomínio de
precária e em padrão
Região Plana / Há baixo Parte plana drenagem
A4-S4 Ligação oficial de intermediário
risco de inundação devido do núcleo. Rede formal subterrânea
RIB (Risco esgoto e valas Predomínio de vias - Melhor padrão
ao afunilamento das linhas Distância e ligações Baixa (galerias Médio
Baixo fechadas pavimentadas construtivo à oeste,
de drenagem da Serra de razoável da clandestinas direcionadas para
inundação) centro e norte
Santo Amaro encosta canais no
- Maior precariedade à
entorno)
leste
Predomínio de vias
A4-S5-
Parte plana Esgoto a céu não pavimentadas,
RIA (Risco alto Região plana e alagadiça, - Predomínio de
do núcleo. aberto, lançamento acessos - Padrões mais precários:
inundação) – relatos de inundação (do Ligações linhas de
Distância em valas abertas e improvisados e Alta Médio material provisório e
região conhecida esgoto lançado na linha de clandestinas drenagem
razoável da fechadas. muitos pontos de alvenaria precária
como drenagem) abertas
encosta conflito entre
“Pantanal”)
acessos.

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4.4. Descrição dos itens disponíveis para análise (elaboração do PER)


Considerando a elaboração do Plano Específico de Reassentamento (PER) do Programa de
Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista, os dados disponíveis no Diagnóstico
socioambiental e urbanístico cujos temas são pertinentes à compreensão do território, das
condições de habitabilidade e da situação de vulnerabilidade da população são os seguintes:
Quadro 11 – Temas/informações disponíveis no Diagnóstico (Encibra High-Tech, 2015)

Relação do tema com a análise da


Tema Categorias de análise Enfoque da análise situação de vulnerabilidade da
população no território
- Hierarquia dos cursos d’água e sistemas
Hidrografia
de drenagem
- Linhas de drenagem abertas
Rede hídrica
- Linhas de drenagem fechadas
- Distribuição dos níveis de declividade pelo
Declividades
território
- Risco 1 / Risco 2 / Risco 3 / Risco 4
- Ações de prevenção e consolidação
recomendadas por setor:
o Obras de consolidações
geotécnicas Análise centrada nos - Identificação de setores com maior
o Disciplinamento do lançamento setores do diagnóstico risco de deslizamentos e alagamentos
de esgoto
Vulnerabilidade ao o Sistema de drenagem
risco geológico- o Pavimentação
geotécnico o Reparo e proteção em taludes
o Congelamento e monitoramento
da área
o Limpeza de lixo e entulho
o Remoção de moradias
o Ações gerais de consolidação do
núcleo
o Obras de contenção
Sobreposição de bases sobre:
Morfologia do sítio e
- Legislação ambiental-urbanística incidente Análise centrada nos - Identificação de áreas não passíveis
situação ambiental
- Aspectos físicos (risco / declividade / setores do diagnóstico de consolidação
urbanística
hidrografia)
- Inserção urbana
Acessibilidade e - Hierarquia viária Análise centrada nos - Identificação de setores com menor
mobilidade - Pontos de ônibus setores do diagnóstico acessibilidade
- Pontos de conflito
Análise centrada nos - Identificação de setores com
Dados de cobertura sobre: dados por edificação do condições de salubridade mais
Infraestrutura de água
- Rede de abastecimento de água diagnóstico x comprometidas (e correspondência
e esgoto
- Rede coletora de esgoto Edificações arroladas com perfil da população das áreas
(sobreposição de bases) arroladas)
- Forma de coleta de resíduos - Identificação de setores mais
Resíduos sólidos - Pontos de coleta (caçambas) prejudicados tanto pela existência de
Análise centrada nos
- Pontos de acúmulo de lixo pontos viciados de descarte de
setores do diagnóstico
resíduos quanto pela ausência de
Iluminação pública - Pontos de iluminação pública
iluminação pública
Análise por setores /
- Tipo de uso: residencial / misto /
abordagem mais - Dimensionamento (aproximado) das
Uso do solo e comercial-serviços / religioso - edifícios
sistêmica x resultados atividades de uso não-residencial no
equipamentos urbanos públicos
do arrolamento núcleo
- Centralidades
(sobreposição de bases)
- Gabaritos: número de pavimentos das
edificações Análise por setores e
- Identificação de setores mais
- Padrões construtivos: por edificações do
precários do ponto de vista do padrão
Padrão da ocupação e o Alvenaria precária diagnóstico x dados do
da ocupação, e análise cruzada a
entorno o Alvenaria padrão intermediário arrolamento e dados do
partir de dados do IBGE e dados do
o Alvenaria em bom padrão IBGE (sobreposição de
arrolamento
construtivo bases)
o Em construção

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Relação do tema com a análise da


Tema Categorias de análise Enfoque da análise situação de vulnerabilidade da
população no território
o Material provisório
o Ruínas
- Vegetação no entorno
- Prevalência de iluminação e ventilação
precárias
- Vegetação e áreas verdes Análise por setores x
- Identificação de domicílios (famílias
- Ocorrência de soleira negativa dados de outros temas
Padrão de mais vulneráveis) situados em áreas
- Acesso indireto complementares do
habitabilidade com piores condições de
- Ponto de entrada ao bolsão de moradias arrolamento
habitabilidade
com acesso indireto (sobreposição de bases)
- Acúmulo de lixo/entulho
- Risco de contaminação por esgoto
Análise das edificações
- Motivos de remoção: risco geotécnico / - Identificação da distribuição de
Remoções e diretrizes (dados do diagnóstico)
interferência com a linha de drenagem / domicílios por (i) motivo de remoção e
para a urbanização x dados do arrolamento
implantação de obras (ii) localização no núcleo
(sobreposição de bases)

4.5. Mapas temáticos e considerações sobre o território


No intuito de articular, a partir das informações do diagnóstico, uma compreensão sintética (ainda
que preliminar) sobre o território, apresenta-se a seguir mapas temáticos, segundo uso do solo e
equipamentos urbanos (mapa 11 da Figura 2), padrão das edificações (mapa 13), padrão de
habitabilidade (mapa 14) e síntese das condições de habitabilidade (mapa 15).
Figura 2 - Mapas temáticos das condições físico-urbanísticas

Fonte: Diagnóstico Socioambiental Urbanístico - Consórcio Encibra High-Tech, 2015 (Mapas Anexos: 11, 13, 14, 15)

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Os mapas acima – associados aos dados apresentados anteriormente, sobretudo no contexto dos
setores de risco (e sua respectiva caracterização físico-urbanística) - evidenciam os seguintes
aspectos:
o À medida em que o núcleo avança em direção ao topo da Serra do Santo Amaro,
observa-se gradual piora no padrão construtivo das edificações (Mapas 13 e 14). No
limite do núcleo, próximo ao topo da serra, o padrão construtivo é bastante precário,
com predominância de edificações de material provisório (Encibra High-Tech, 2015,
p. 32).

o Além das áreas a montante, há também uma área caracterizada por condições
urbano-habitacionais mais precárias, situada em trecho plano do núcleo, na sua
porção nordeste – conhecida pela população por “Pantanal”: “Essa área é alagável,
tem muitos pontos de lançamento de esgoto a céu aberto e é pouco consolidada”
(Ibid.).

o As duas regiões acima indicadas – o (i) trecho situado nas porções mais altas do
núcleo, bem como a (ii) região do Pantanal, na parte plana – reúnem
características que conformam as condições urbano-ambientais mais precárias à
população. Ambas as regiões coincidem com as áreas sinalizadas no Mapa 15 (Figura
2) como “manchas críticas de habitabilidade”.

o Nota-se também que as centralidades do núcleo (usos mistos e demais usos não-
residenciais), bem como os equipamentos públicos estão concentrados mais ao sul
do núcleo, próximos às principais vias de acessos – conforme apontado no início do
texto e conforme especializado no Mapa 11.

o De forma geral, os dados do diagnóstico sugerem que os domicílios situados nas


duas áreas mais precárias acima mencionadas (dadas as características das
edificações e do entorno) podem compor uma parte importante da expressão da
vulnerabilidade social no território. Nesse sentido, propõe-se que os conteúdos do
PER contemplem uma leitura articulada das diferentes características socioterritoriais
- integrando dados das diferentes fontes de informação, para além do diagnóstico
socioambiental urbanístico aqui referenciado, subsidiando o adequado planejamento
do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista e a gestão das
questões sociais (KOGA, 2016).

o Por fim, deve-se ressaltar que tanto os dados sinteticamente analisados nessa seção,
quanto os dados apenas “listados” – no item “Descrição dos itens disponíveis para
análise (elaboração do PER)” - reúnem informações relevantes à compreensão da
situação de pobreza e da vulnerabilidade social no território, partindo de uma
perspectiva multidimensional (WILSON, 1987). Quando da elaboração do PER, essa
abordagem pressupõe uma leitura mais integrada e cuidadosa tanto dos dados
secundários do IBGE, quanto dos dados primários das pesquisas de arrolamento,
stakeholders e do próprio diagnóstico socioambiental e urbanístico.

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5. Considerações sobre as edificações identificadas no Arrolamento


2020 e o Projeto Básico de Urbanização do Núcleo Vila Baiana –
2018
Para melhor compreensão das informações do arrolamento e sua espacialização no território da
Vila Baiana, optou-se pela sobreposição das bases cartográficas - do (i) Projeto Básico de
Urbanização do Núcleo Vila Baiana – 2018 e (ii) do mapeamento das edificações na pesquisa de
arrolamento - 2020.
Figura 3 - Projeto Básico de Urbanização do Núcleo Vila Baiana – 2018.

Fonte: Projeto Básico de Urbanização do Núcleo Vila Baiana – 2018. Projetos CDHU - 2020

A sobreposição das bases cartográficas – Projeto Básico de Urbanização (com a delimitação


preliminar ou estimada das edificações destinadas à remoção) e o mapeamento das edificações na
pesquisa de arrolamento (com a identificação das edificações arroladas destinadas à remoção)
podem ser observadas no mapa a seguir.

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Mapa 6 – Mapa de sobreposição de bases cartográficas

Fonte: Projeto Básico de Urbanização do Núcleo Vila Baiana – 2018. Projetos CDHU – 2020 / Bases cartográficas de arrolamento do
Núcleo Vila Baiana - 2020 – SSARU – 2020.

O mapa possibilita identificar o número de edificações arroladas que coincide com as edificações
do Projeto Básico, cujos dados estão expostos no Quadro 10.

Quadro 12 – Número de edificações identificadas na sobreposição das bases cartográficas

N. de Edificações N. de Edificações previstas


Fonte da informação
identificadas para serem removidas
Arrolamento - 2020 350 186
Projeto Básico de Urbanização - 2018 1945 617

A análise desses números demonstra que, do total de 617 edificações indicadas para a remoção,
186 (ou 30%) foram arroladas.

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6. Considerações sobre o Mapeamento de Stakeholders – Vila


Baiana-Guarujá-2020
As informações coletadas durante o Mapeamento de Stakeholders são de fonte primária, por meio
de entrevistas realizadas com moradores, lideranças, representantes de equipamentos locais,
organizações não governamentais e setores do Poder Público.
A coleta de dados primária contribui com a imersão da equipe técnica junto às dinâmicas
socioeconômicas locais e permite a complementação de informações por meio das percepções
apresentadas pelos stakeholders entrevistados.
Assim, o mapeamento e a análise dos stakeholders constituem-se nos primeiros passos para
possibilitar efetivo engajamento e participação, fornecendo subsídios para compreensão de quem
é a população afetada, quais seus interesses potenciais em relação à política, plano, programa ou
intervenção em questão, qual sua rede de relações, como podem influenciar outras partes
interessadas e as comunidades como um todo, os principais aspectos da vulnerabilidade, quais
suas necessidades especiais em termos de comunicação, entre outras informações.
Para a identificação dos stakeholders, foram utilizadas as seguintes estratégias:
i. Fontes secundárias: sites institucionais, mídias e jornais, redes sociais;
ii. Identificação de equipamentos públicos e privados de referência para o bairro;
iii. Metodologia Bola de Neve: entrevistado indica outras pessoas de suas áreas de
atuação e vivência que possam ser entrevistadas pela equipe técnica.
iv. Arrolamento: moradores estimulados a apontar lideranças e entidades conhecidas
Para este trabalho, foram elaborados dois tipos de roteiros pré-definidos: i) um de abrangência
local, direcionado para as partes interessadas que atuam estritamente nos núcleos de Vila Baiana,
Vila Julia, Jardim Três Marias e Vale da Morte (Anexo 6.5.1); ii) um de abrangência municipal,
voltado para as partes interessadas cuja abrangência de atuação extrapola esses núcleos (Anexo
6.5.2).
Os roteiros foram estruturados de maneira a investigar as seguintes informações.
Quadro 13 - Dados coletados no Mapeamento de Stakeholders

Tipo de informação Detalhamento

Histórico de ocupação do bairro, principais marcos históricos e conquistas


Caracterização da Vila
comunitárias, localização e principais acessos, divisão informal do bairro,
Baiana
equipamentos públicos e privados utilizados.

Organização comunitária Perfil da organização comunitária local, perfil das lideranças comunitárias, disputas
e lideranças internas, representantes locais do Poder Público, principais canais de comunicação
comunitárias com o Poder Público, relação com Prefeitura e Câmara.

Acesso à infraestrutura urbana formal, formas irregulares de acesso aos serviços


Percepção sobre o
públicos, acessibilidade, percepção de déficit e inadequação habitacional, aspectos
assentamento
atuais da ocupação no bairro, locais de maior precariedade habitacional.

Percepção das relações Relação entre as pessoas, população em situação de rua, percepção de acesso a
sociais emprego e renda, violação de direitos, deslocamentos para o trabalho.

Percepção sobre a qualidade dos serviços oferecidos, percepção sobre a


Equipamentos públicos
capacidade de atendimento dos equipamentos, principais demandas no serviço
e privados
público, atuação de ONGs no bairro, transporte público.

41
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6.1. Descrição e detalhamento das categorias e itens para análise


Caracterização da Vila Baiana
 Formação e história recente
o Histórico de ocupação do bairro;
o Principais marcos históricos e conquistas comunitárias;
o Perfil geral da população local.
 Características do bairro
o Localização e principais acessos ao bairro;
o Divisão informal do bairro (morro e Pantanal).
 Equipamentos públicos e privados
o Equipamentos públicos e privados utilizados no bairro;
o Equipamentos públicos e privados utilizados fora do bairro;
o Descrição dos principais equipamentos locais;
o Rede de relações entre os equipamentos.
 Localização
o A localização do bairro e o cotidiano das famílias;
o Riscos de sua localização;
o Deslocamentos para trabalho.
Organização comunitária e lideranças comunitárias
 Informações gerais
o Perfil da organização comunitária local;
o Perfil das lideranças comunitárias do bairro;
o Disputas internas na Vila Baiana;
o Representantes locais do Poder Público;
o Representantes de organizações não governamentais;
o Principais informações sobre as lideranças comunitárias.
 Relação com o Poder Público
o Principais canais de comunicação com o Poder Público;
o Relação com a Prefeitura;
o Relação com a Câmara Municipal;
o Percepção da população sobre a presença do Poder Público no território.
Caracterização das edificações
 Infraestrutura Urbana
o Acesso à infraestrutura urbana formal (energia elétrica, rede de água, coleta de
esgoto e coleta de resíduos sólidos);
o Formas irregulares e informais de acesso aos serviços públicos;

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o Acessibilidade (PCD, idosos).


 Habitação
o Percepção de déficit e inadequação habitacional;
o Aspectos atuais da ocupação no bairro;
o Locais de maior precariedade habitacional.
Caracterização socioeconômica
 População
o Percepção sobre a relação entre as pessoas do bairro;
o Relação da população com os equipamentos locais;
o População em situação de rua.
 Condições de vida
o Relação do bairro com crime organizado;
o Aspectos socioeconômicos da população;
o Deslocamentos para o trabalho
o Violação de direitos de crianças e adolescentes.
Equipamentos públicos e privados
 Serviços públicos e privados
o Percepção sobre a qualidade dos serviços oferecidos;
o Percepção sobre a capacidade de atendimento dos equipamentos;
o Percepção sobre infraestrutura e recursos humanos;
o Principais demandas no serviço público;
o Atuação das ONGs no bairro;
o Equipamentos de esporte e lazer;
o Transporte público.
Pontos positivos e negativos
 Sistematização, quantificação e descrição dos principais aspectos positivos e negativos que
incidem sobre o território.

6.2. Categorias de stakeholders


Os stakeholders entrevistados abrangem as seguintes categorias. Na Tabela 2 foram
sistematizadas todas as pessoas indicadas para a realização de entrevista, que foram agrupados
nas seguintes categorias.

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Tabela 2 - Stakeholders indicados para a realização de entrevistas, segundo categoria

Descrição Stakeholders indicados


Associação de moradores 4
Câmara Municipal 2
Cooperativa 1
Equipamentos públicos 9
Instituição religiosa 2
Liderança comunitária 8
Morador 17
ONG 4
Órgão colegiado 2
Secretaria Municipal 4
Total 50
Fonte: Elaboração própria a partir das informações coletadas durante o Mapeamento de Stakeholders, Arrolamento e Reuniões Técnicas
de Pactuação, 2020.

6.3. Período de realização do trabalho


O trabalho de campo foi realizado durante o mês de janeiro de 2020. Porém, diante das demais
etapas em andamento do Programa Litoral Sustentável, neste caso específico do Arrolamento e
Caracterização Socioeconômica, os resultados obtidos serão atualizados conforme novas
informações coletadas durante o trabalho da equipe em campo. Isto porque durante o processo de
arrolamento os entrevistados são estimulados a indicar pessoas ou entidades que consideram de
referência para a área.
Porém, como já mencionado anteriormente, tendo em vista as normativas em nível federal e
estadual que incidem sobre a suspensão de atividades em diversos setores, com exceção dos
considerados essenciais, que tem como objetivo evitar a disseminação do Covid-19 no território
estadual e nacional e preservar a integridade física da equipe técnica, a realização do trabalho em
campo foi suspensa por tempo indeterminado, impedindo a continuidade da realização de
entrevistas com os stakeholders na Vila Baiana no território.
Assim, com o objetivo de dar continuidade no trabalho e visando a elaboração do Plano Específico
de Reassentamento, a atividade de mapeamento de stakeholders está dividida em dois momentos,
sendo um atual, em andamento, e outra a ser realizada quando as autoridades competentes
definirem a retomada das atividades em campo.
I. Em andamento: i) realização de entrevistas a distância, por meio de ligações telefônicas,
com pessoas e/ou entidades que foram indicadas pelos stakeholders durante a realização
das entrevistas ou indicadas pelas famílias que foram arroladas até o momento; ii)
sistematização e análise das informações coletadas; iii) consolidação da análise e
integração dos resultados na elaboração do PER.
II. Retomada das atividades de campo: i) definição de um ponto focal para atendimento às
famílias arrolada em campo que será utilizado como referência para a realização de
entrevistas com as pessoas e/ou entidades indicadas; ii) realização de entrevistas no
território para complementação do Mapeamento de Stakeholders.

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6.4. Conceitos e definições utilizados


Roteiros pré-definidos: instrumentais estruturados de maneira a abordar os principais temas a
serem investigados e que norteiam a realização de entrevistas permitindo a investigação das
informações de maneira aberta para explorar assuntos e temas trazidos espontaneamente pelo
entrevistado.
Stakeholders: termo utilizado em documentos internacionais como sinônimo de partes
interessadas, partes afetadas, públicos de interesse ou comunidades, representando pessoas
diretamente impactadas ou que podem manifestar interesse ou preocupação em decorrência de
um projeto.
Bola de Neve: metodologia que permite a identificação de partes interessadas a partir da
investigação de interrelações entre stakeholders e do conhecimento dos entrevistados sobre
demais pessoas de suas áreas de atuação e vivência. Essa metodologia permite a análise da
legitimidade e reconhecimento dos entrevistados a partir da perspectiva de outros de seus pares
sobre sua importância.

6.5. Anexos – Instrumentais utilizados


6.5.1. Roteiro – Entrevistas de abrangência Local
 Roteiro - Entrevistas de abrangência LOCAL
Apresentação: Apresentar-se e explicar o objetivo da conversa
6.

Identificação do(a) entrevistado(a)


Núcleo: Nº do áudio:
Instituição:
Nome do entrevistado:
Cargo na instituição:
Profissão: Sexo: Idade:
Categoria(s) de atuação:
Liderança comunitária ONG cultural /ambiental / assistencialista /esportiva / etc.
Morador Instituição religiosa
Associação de moradores Equipamento público local / funcionário
Comerciante/empresário local Outro (qual?)
Tema/demanda que articula:
Endereço: Telefones:
E-mail:
Entrevistador: Data:

Roteiro
1. Atuação do entrevistado no bairro (histórico de atuação / parcerias / relação com outros atores)
2. Histórico do bairro, “conquistas” comunitárias/histórico de organização comunitária / Intervenções no bairro
ao longo do tempo
3. O que poderia melhorar no bairro? Já houve alguma conversa na comunidade sobre isso? (expectativas
sobre projetos / intervenções)
4. Núcleo: pontos positivos (vocações/potencialidades) e negativos (fragilidades/necessidades)

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5. Relação da comunidade com poder público/vereadores/ políticos atuantes. (Quando a comunidade precisa, “a
quem” recorre?)
6. Atores locais hoje em dia (associação moradores, ONGs ambientalistas/culturais/esportivas, lideranças,
entidades religiosas, outras organizações)
7. Algum outro assunto relevante que gostaria de comentar?
8. Indicação de outras pessoas/organizações que atuam no bairro (da área ou não)
Categoria Núcleo(s) onde
Organização/Indivíduo Endereço Telefone Obs.:
Ver códigos atua

CÓDIGO - CATEGORIAS: 6. Fundação / Agência 11. Órgão colegiado (comitê /


1. Associação de moradores 7. Instituição religiosa conselho)
2. Câmara municipal / Vereador 8. Liderança 12. Prefeitura /Secretaria Municipal
3. Comerciante/empresário 9. Morador 13. Outra (qual?)
4. Cooperativa / sindicato 10. ONG (cultural, ambiental,
5. Equipamento público local esportiva, assistencialista, etc.)

6.5.2. Roteiro – Entrevistas de abrangência Municipal


 Roteiro - Entrevistas de abrangência MUNICIPAL
Apresentação: Apresentar-se e explicar o objetivo da conversa
Identificação do(a) entrevistado(a)
Núcleos onde atua: Vila Baiana Morro Vila Julia Vale da Morte Jd. Três Marias

Instituição: Nº do áudio:
Nome do entrevistado:
Cargo na instituição:
Profissão: Sexo: Idade:
Categoria(s) de atuação:
Prefeitura / Secretaria municipal ONG (cultural, ambiental, esportiva, assistencialista, etc.)
Câmara municipal / Vereador Cooperativa / sindicato
Fundação / Agência Instituição religiosa
Órgão colegiado (comitê / conselho) Outro (qual?)
Tema/demanda que articula:
Endereço: Telefones:
E-mail:
Entrevistador: Data:

Roteiro (4 núcleos: Vila Baiana - Morro Vila Júlia - Vale da Morte - Jardim Três Marias)
1. Atuação do entrevistado/instituição no município e/ou nos núcleos (histórico de atuação /
trajetória / relação com outros atores / parcerias/ etc.)
2. Histórico de atuação do poder público nesses núcleos

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3. Relação da comunidade com poder público/políticos locais/vereadores


4. Organizações atuantes nos núcleos e/ou município (associação moradores, ONGs
ambientalistas/culturais/esportivas, lideranças, entidades religiosas, outras organizações)
5. Impressão sobre a organização comunitária nos núcleos (nível de engajamento/ mobilização)
- Há dinâmicas de participação em movimentos organizados de reivindicação?
6. Núcleos: pontos positivos (vocações/potencialidades) e negativos (fragilidades/necessidades). -
Questões mais “sensíveis” dos núcleos / pontos de atenção.
7. O que poderia melhorar nos núcleos? (projetos / intervenções previstas. Houve alguma conversa
com as comunidades?)
8. Algum outro assunto relevante que gostaria de comentar?
9. Indicação de outro(a)s instituições/atores no município e/ou nos núcleos
Categoria Núcleo(s)
Organização/Indivíduo Endereço Telefone Obs.:
Ver códigos onde atua

CÓDIGO - CATEGORIAS: 7. Instituição religiosa 12. Prefeitura /Secretaria Municipal


1. Associação de moradores 8. Liderança 13. Outra (qual?)
2. Câmara municipal / Vereador 9. Morador
3. Comerciante/empresário 10. ONG (cultural, ambiental,
4. Cooperativa / sindicato esportiva, assistencialista, etc.)
5. Equipamento público local 11. Órgão colegiado (comitê /
6. Fundação / Agência conselho)

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7. Próximas atividades
O planejamento de atividades a seguir apresenta providências, atividades e prazos a serem postos em curso tão logo seja possível, isto é, assim
que as condições impeditivas das atuais circunstâncias, relativas à pandemia da Covid-19, permitam.

Chamamos a atenção que trata-se, no total, de dois meses de trabalho, entre a retomada das atividades com Prefeitura, Defesa Civil, lideranças
dos moradores, logística, arrolamento de domicílios e realização das entrevistas de campo, até a elaboração, consistência, tratamento e
interpretação de mapas e dados, para emissão do relatório final.

MÊS 1 MÊS 2
Atividades Semana Semana Semana Semana Semana Semana Semana Semana
1 2 3 4 1 2 3 4

Reunião com Prefeitura e Defesa Civil para discutir sobre a retomada do arrolamento

Mobilização de lideranças para reunião técnica referente retomada de arrolamento

Montagem do Ponto de Apoio da equipe para consistência de dados da produção


diária e reuniões de alinhamento na UBS Jd Atlântico
Montagem no Lar Elizabeth (ONG dentro da favela) de espaço para reuniões e uso
diário para atendimento aos moradores
Realização de reunião técnica de equipe para novas orientações sobre retomada do
arrolamento
Realização de reunião técnica com lideranças para informações sobre retomada do
arrolamento e entrevistas com stakeholders

Arrolamento de 1.618 edificações

Entrevistas com Stakeholders identificados no decorrer do arrolamento

Atendimento diário em espaço dentro da área (Lar Elizabeth) para orientações aos
moradores e realização de pesquisas de novos stakeholders identificados

Consistência das plantas/mapas

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MÊS 1 MÊS 2
Atividades Semana Semana Semana Semana Semana Semana Semana Semana
1 2 3 4 1 2 3 4

Consistência do Banco de dados

Sistematização das entrevistas de stakeholders

Elaboração final do PER

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8. Referências
 DENALDI, R. Políticas de urbanização de favelas: evolução e impasses. Tese (Doutorado em
Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2003.
 ENCIBRA HIGH-TECH. 2015. Diagnóstico Socioambiental e Urbanístico do Núcleo Vila Baiana.
Município do Guarujá. [mimeo]
 KOGA, D. 2016. Diagnóstico Socioterritorial: entre o chão e a gestão. Cadernos IHUideias
Diagnóstico. EDIÇÃO 491 | 22 agosto 2016
 WILSON, W. J. The Truly Disadvantaged: The Inner City, the Underclass and Public Policy.
[s.l.] The University of Chicago Press, 1987. v. 19
 Políticas Operacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Environment and
Safeguards Compliance Policy, 2006
 Norma AA1000 - Stakeholder Engagement Standard (AA1000SES)
 IFC (International Finance Corporation): Stakeholder Engagement – A good practice handbook
for companies doing business in Emerging Markets
 Base de informações do Censo Demográfico 2010: Resultados do Universo por setor censitário
 Base de informações do Censo Demográfico 2010: resultados da Sinopse por setor censitário

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