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ESTADO DO AMAPÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA


SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO URBANO E HABITAÇÃO
COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO URBANO
DEPARTAMENTO DO PLANO DIRETOR E PLANOS SETORIAIS

TERMO DE REFERÊNCIA
Plano Diretor Estratégico de Santana/AP

Ref. : Proposta nº
Órgão Concedente: Ministério das Cidades
Convenente: Prefeitura Municipal de Santana
Valor Concedente: R$
Valor Proponente: R$
Total: R$

OFIRNEY DA CONCEIÇÃO SADALA


Prefeito Municipal/PMS

LINDEMBERG DE ARAÚJO MOTA


Sec. SEMDUH/PMS

PEDRO DA SILVA FERREIRA


Coord. CPU/PMS

ALMIR FERNANDES DE HOLANDA – Adm.


Dir. PDES/PMS

Santana-AP
JUNH0/2018
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO URBANO E HABITAÇÃO
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
DEPARTAMENTO DO PLANO DIRETOR E PLANOS SETORIAIS

Termo de Referência
Revisão de Plano Diretor Estratégico de Santana - PDS

SUMÁRIO

I- APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 3
II- ANTECEDENTES............................................................................................................................ 4
III- OBJETIVOS.................................................................................................................................... 6
3.1 Objetivos do Termo de Referência..............................................................................................6
3.2 Objetivos da Revisão do Plano Diretor de Santana – PDS.........................................................6
3.3 Objetivos do Trabalho da Equipe Técnica Municipal e da Consultoria........................................7
IV- PROCEDIMENTOS PARA LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO DE EMPRESA (EQUIPE) DE
CONSULTORIA................................................................................................................................... 8
4.1 Tipo de Licitação......................................................................................................................... 8
4.2 Abrangência................................................................................................................................ 8
4.3 Qualificação.............................................................................................................................. 10
V- ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA À CONDUÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
MUNICIPAL........................................................................................................................................ 12
5.1 Plano de Trabalho para a Revisão do Plano Diretor de Santana – PDS...................................12
5.2 Processo de Participação.........................................................................................................14
5.4 Criação da Comissão de Acompanhamento da Revisão do Plano Diretor Estratégico de
Santana – PDES................................................................................................................................
5.5 Fiscalização e Supervisão dos Serviços Técnicos....................................................................18
VI - ESCOPO BÁSICO DO PLANO DIRETOR DE SANTANA – PDS...............................................18
6.1 Avaliação Temática Integrada...................................................................................................18
6.2 Definição de Diretrizes e Proposições......................................................................................21
6.3 Proposições para a Legislação Básica.....................................................................................23
6.4 Processo de Planejamento e Gestão Municipal........................................................................28
6.5 Plano de Ação e Investimentos.................................................................................................29
VII- PRODUTOS A SEREM ENTREGUES..........................................................................................29
VIII- PRAZO PREVISTO PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS..................................................30
IX- FORMA DE PAGAMENTO...........................................................................................................32
ANEXO I............................................................................................................................................ 33

1. APRESENTAÇÃO

Este Termo de Referência - TR tem a finalidade de orientar a REVISÃO DO PLANO


DIRETOR ESTRATÉGICO DE SANTANA - PDES, por meio da contratação de serviços de
consultoria, a partir de procedimento licitatório.

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Destina-se, portanto, este Termo de Referência a:


a. Apresentar informações necessárias à completa compreensão do trabalho a ser
executado;
b. Possibilitar ao Município, como contratante, o acompanhamento e a validação das
conclusões e propostas, de acordo com as fases de desenvolvimento dos trabalhos;
c. Organizar um processo de transferência de conhecimento em ambos os sentidos de
direção entre representantes da contratante e os representantes da consultoria contratada,
que aja como facilitador da revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana/PDES e
atualização permanente;
d. Permitir o esclarecimento de dúvidas e resolver eventuais controvérsias que possam surgir
entre as partes, contratante e consultoria contratada;
e. Garantir a compatibilização dos serviços propostos com a legislação vigente – federal,
estadual e municipal sobre o desenvolvimento urbano e rural.
Do ponto de vista geral, o Termo de Referência serve de guia à organização e
reorganização do processo de planejamento municipal, orientando a elaboração dos trabalhos
técnicos de Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana/PDES e assegurando o bom
andamento de sua legitimação, quando for submetido à apreciação do Poder Legislativo
Municipal/Câmara dos Vereadores, à definição de um Plano de Ação e Investimentos
Municipais, bem como especificando as exigências quanto à operacionalização e à avaliação
das diretrizes e proposições desenvolvidas nos estudos realizados e, também, possibilitando a
atualização do processo de maneira permanente e sustentável através da capacitação dos
técnicos municipais especialmente designados para esta função.

2. ANTECEDENTES

O crescente processo de urbanização que vem ocorrendo no Brasil tem provocado


alterações significativas na rede de cidades e nos seus entornos rurais, sobrecarregando o
poder público no atendimento às demandas e necessidades das populações.
Essa tendência de urbanização no Brasil alavancou o processo de descentralização de
responsabilidades, consubstanciada na Constituição Federal, em 1988, a partir da qual os

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municípios assumiram novos papeis, estabelecendo novas formas de relação com a sociedade
e buscando maior responsabilidade e eficiência na alocação de recursos.
A Carta Magna estabelece em seu artigo 182, parágrafo 1° a obrigatoriedade de
elaboração de planos diretores para cidades com mais de 20.000 habitantes.
Subsequentemente, a Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da
Cidade, amplia esta obrigatoriedade, incluindo (i) cidades integrantes de regiões metropolitanas
e grandes aglomerações urbanas; (ii) cidades onde o poder público pretenda utilizar os
instrumentos previstos no parágrafo 4° do Artigo 182 da Constituição Federal (parcelamento,
edificação ou utilização compulsórios, imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo, desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública); (iii)
cidades integrantes de áreas de especial interesse turístico; e; (iv) cidades inseridas em áreas
de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito
regional ou nacional.
Como o Plano Diretor Estratégico de Santana/PDES deve abranger todo o território do
município, conforme § 2º do artigo 40 do Estatuto da Cidade, há consenso de que o Plano
Diretor é obrigatório a Santana, considerando a população estimada (IBGE/2017) em 115.471
(cento e quinze, quatrocentos e setenta e um mil habitantes)
Por definição, o Plano Diretor Municipal constitui um instrumento de planejamento
urbano e municipal indispensável e permanente à determinação das intervenções a serem
executadas pelo poder público municipal, de maneira coordenada e articulada. Deve permitir a
indução de um processo de planejamento contínuo que vise à ampliação dos benefícios
sociais, à redução de desigualdades, à garantia de oferta de serviços e equipamentos urbanos,
bem como à redução dos custos operacionais e de investimentos, como também à garantia da
propriedade. Deve também atender às exigências fundamentais de ordenamento das cidades,
para que se cumpra a sua função social.
O Estatuto da Cidade dispõe, também, que para garantir a gestão democrática da
cidade, deverão ser utilizados os seguintes instrumentos, entre outros:
(i) órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual ou municipal;
(ii) debates, audiências e consultas públicas;

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(iii) conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual,
regional e municipal;
(iv) iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
(v) participação do Conselho Municipal de Políticas Urbanas.
Este processo permitirá aos municípios do Estado o acesso aos investimentos
disponibilizados pelos Governos em nível Federal e Estadual para a execução de obras e
investimentos municipais, com base na construção de um Programa de Ação e Investimentos
(Locais e Setoriais do Município) que é resultante da implementação do processo de
planejamento local durante a execução dos Planos Diretores Municipais.
A Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana deve ser concebida como parte de
um processo de planejamento que permita sua contínua atualização e revisão pela Equipe
Técnica Municipal, especialmente capacitada para isso.
Constitui, também, o instrumento orientador e articulador dos demais instrumentos que
compõem o sistema de planejamento municipal, dentre eles:
 Plano Plurianual - PPA, cuja duração deve estabelecer-se até o primeiro ano do mandato
subsequente, fixando objetivos, diretrizes e metas para os investimentos;
 A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, compreendendo as metas e prioridades que
orientarão a elaboração do orçamento anual;
 A Lei do Orçamento Anual - LOA, compreendendo o orçamento fiscal e o orçamento de
investimento das empresas em que o município detenha maior parte do capital social;
 A Lei Orgânica do Município;
 O Plano de Desenvolvimento Regional em que o município se insere;
 A Lei de Responsabilidade na Gestão Fiscal;
 A Lei do Saneamento Básico do município de Santana;
 A Lei Municipal de Habitação de Interesse Social;
 A Lei Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana e Rural;
 Lei Municipal do Controle, Manejo e Reciclagem dos Resíduo Sólidos e;
 Plano de Gerenciamento Costeiro do Municipio de Santana.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivos do Termo de Referência

O objetivo geral deste Termo de Referência é estabelecer os parâmetros e critérios para


a Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana/PDES, assim como, da regulação
urbanística municipal, que devem atender as diretrizes a seguir estabelecidas, tendo como
referência significativa o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001).

3.2. Objetivos da Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana/PDES

a. O Plano Diretor Municipal é o principal instrumento orientador da política de


desenvolvimento de municípios com mais de 20.000 habitantes. A ele cabe, como
instrumento legal, cumprir a premissa constitucional da garantia da função social da cidade
e da propriedade urbana.
b. A Revisão Plano Diretor Municipal, para atender o Estatuto da Cidade, deverá abranger a
área do território municipal como um todo, definindo diretrizes tanto no âmbito urbano
como no rural, ambiental, costeiro e portuario.
c. Além das questões diretamente associadas a um Plano Diretor Municipal, este deve
considerar em seu conteúdo elementos referentes à Política de Desenvolvimento Urbano e
Regional para o Município de Santana, os termos das Agendas 21 Estadual, do Plano
Municipal de Saneamento Básico e o previsto nas legislações federal, estadual e municipal
pertinentes.
d. A montagem do Plano de Ação e Investimentos Municipal, destinado, principalmente, ao
estabelecimento de uma programação de investimentos em obras e projetos municipais no
âmbito local e estadual.

3.3. Objetivos do Trabalho da Equipe Técnica Municipal e da Consultoria:

 Da Equipe Técnica Municipal:

a) Fiscalizar, acompanhar e supervisionar os serviços técnicos contratados;

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b) Assegurar a construção do processo do PDE de acordo com os fins propostos no


Termo de Referência, subsidiando a Consultoria com dados, informações e apoio logístico;
c) Dar conhecimento aos demais gestores da administração municipal a respeito do
processo de construção do PDE;
d) Convocar a participação de outras secretarias ou órgãos do poder público e/ou
convidar agentes representantes da sociedade civil para subsidiar a elaboração de relatórios de
avaliação;
e) Coordenar o processo de participação da sociedade civil na elaboração do PDE;
f) Tornar público o processo de elaboração do PDE, instrumentalizando os meios de
comunicação com informações.

 Da Equipe de Consultoria:

a) Propor ou rever a regulação municipal e elaborar novos instrumentos legais;


b) Adaptar os instrumentos legais à Constituição Federal, Constituição Estadual e Lei
Orgânica Municipal, às Leis Federais nº 6.766/79 e 9.785/99 e nº 10.257/01 e outras
pertinentes;
c) Revisar a delimitação das áreas urbanas de todo território Municipal, onde poderão
ser aplicados o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsório, considerando a
existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5º da Lei Federal nº
10.257/01;
d) Revisar a definição do zoneamento macrourbano e macrorural de todo o território
municipal com vistas ao desenvolvimento sustentado;
e) Apresentar diretrizes para implantação e organização da infraestrutura e dos serviços
públicos;
f) Incluir no Anteprojeto de Lei de Revisão do Plano Diretor estratégico de
Santana/PDES a possibilidade de o Município adotar, a partir de leis municipais específicas, os
instrumentos mencionados nos artigos 25, 28, 29, 32 e 35 da Lei Federal nº 10.257/01 –
Estatuto da Cidade;
g) Regulamentar, em Anteprojetos de Leis específicos, os instrumentos, artigos 25 a 27
(direito de preempção), artigos 28 a 31 (outorga onerosa do direito de construir e alteração de

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uso do solo), artigos 32 a 34 (operações urbanas consorciadas), artigo 35 (transferência do


direito de construir) e artigos 36 a 38 (estudo prévio do impacto de vizinhança-EIV) da Lei
Federal nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade, se houver consenso em relação aos benefícios que
trarão ao município, em função dos objetivos e diretrizes de ação propostos para o plano;
h) Propor os mecanismos e instrumentos que possibilitem a implementação pelo
município de um sistema de atualização, acompanhamento, controle e avaliação constante do
processo de planejamento;
i) Propor a implementação do Plano de Mobilidade Urbana (Sistema viário, transporte e
trânsito, entendendo e discutindo com a sociedade seus impactos: social (Qualidade de Vida e
Inclusão Social), cultural (Educação e Sustentabilidade) e econômico (Trabalho, Renda e
Negócios). Considerando sempre a possibilidade de desenvolver os modais como logística
para integração de Santana, entendendo contudo a sua vocação portuária;
j) Propor a ampliação do eixo de adensamento no Macrozoneamento urbano;
k)) Considerar em todas as fases da execução dos serviços as recomendações de órgãos
e instituições como: SEMA, INCRA, RURAP, SETRAP, CEA, CAESA, SDC, entre outros.

4. PROCEDIMENTOS PARA LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO DE EMPRESA (EQUIPE) DE


CONSULTORIA

 Da Sede da Empresa contratada:


A empresa contratada deverá estar estabelecida no Município de Santana com
escritório local de atendimento e estrutura mínima necessária para o fácil contato e troca de
informações da Equipe Técnica Municipal do Plano Diretor com a Equipe de Trabalho da
Empresa prestadora dos Serviços.

 Abrangência

De acordo com os Princípios e Diretrizes para a elaboração e Revisão de Planos


Diretores Municipais (Ministério das Cidades, 2001):
Este Termo de Referência oferece um conjunto de diretrizes e procedimentos para
auxiliar a Prefeitura e os cidadãos a construir democraticamente o Plano Diretor de seu
Município. O Plano Diretor deve ser discutido e aprovado pela Câmara de Vereadores e

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sancionado pelo Poder Executivo de cada município. O resultado, na forma de Lei Municipal, é
a expressão do pacto firmado entre a sociedade e os Poderes Executivo e Legislativo.
Este documento segue os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal
n° 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição
Federal e estabelece parâmetros e diretrizes da política urbana no Brasil, para a garantia, no
âmbito de cada município, do direito à cidade, do cumprimento da função social da cidade e da
propriedade. Oferece instrumentos para que o município possa intervir no processo de
planejamento e gestão urbana e territorial, e garantir a realização do direito à cidade.
O Plano Diretor deverá contemplar, além da abordagem urbana, políticas, diretrizes e
ações estratégicas de desenvolvimento com abrangência municipal e integração regional.
Conforme o Estatuto da Cidade (Art. 40):
O Plano Diretor, aprovado por Lei Municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana. O Plano Diretor deverá englobar o território do município
como um todo.
A revisão do Plano Diretor Municipal deverá reavaliar as propostas de políticas,
diretrizes e ações estratégicas de desenvolvimento para todo território municipal elencadas no
Plano Diretor atual, visando à integração e complementaridade entre o campo e cidade, e à
democratização do acesso à terra urbana e rural, em localizações adequadas para o
desenvolvimento humano e ambientalmente apropriadas para que a propriedade cumpra sua
função social e ambiental.

 Qualificação

A Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana - PDES envolve complexidade técnica


que depende da colaboração interdisciplinar de profissionais habilitados e da atuação de
equipes especializadas na elaboração de seus elementos. Para tanto, faz-sem necessárias por
parte da empresa de consultoria proponente qualificações técnico-operacional e técnico-
profissinonal que, aqui entende-se como:

a) Qualificação Técnico-operacional

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A empresa deverá submeter-se à habilitação prevista no Edital de Licitação, observado,


especificamente, a documentação seguinte:
I. Prova de Registro de pessoa jurídica, com vigência, e quitação junto ao
CREA/CAU do estado do Amapá;
II. Relação Nominal do pessoal designado para a composição da Equipe Técnica
da proponente, para a execução dos trabalhos objeto da licitação;
III. Declaração de Compromisso de Participação dos integrantes da equipe da
empresa proponente, onde os mesmos deverão estar atuando e desenvolvendo
suas atividades localmente.
IV. Comprovação da licitante de possuir em seu quadro permanente, na data
prevista para a entrega da proposta, os profissionais relacionados na equipe
técnica com prova de vínculo empregatício, conforme estabelecido na Lei
8666/93. Caso seja esta comprovação realizada por meio de contrato de
trabalho, o mesmo deverá ter as firmas do contratante e do contratado
reconhecidas em cartório, sem o que, não serão aceitos como prova no
processo licitatório.
V. Comprovação por meio de Certidão de Acervo Técnico - CAT de capacidade
técnico-operacional de execução de Plano Municipal em municípios com mais
de 50.000 habitantes, em qualquer das modalidades abaixo:
a. Elaboração de Plano Diretor, ou
b. Revisão de Plano Diretor, ou
c. Plano Municipal de Saneamento Básico, ou
d. Plano de Uso e Ocupação do Solo, ou
e. Plano Municipal de Resíduos Sólidos, ou
f. Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, ou
g. Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade.

b. Qualificação Técnico-Profissional
Ratifica-se a necessidade de profissionais devidamente qualificados na composição da
equipe técnica de revisão do PDES e instrumentos complementares, os quais deverão ter

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comprovada experiência de trabalho que, não está, necessariamente, relacionada ao tempo de


serviço, mas, na experiência decorrente do envolvimento em trabalhos de formulação,
execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de planejamento e
desenvolvimento urbano, de acordo com as exigências para cada perfil técnico, conforme
discriminados no Quadro XX.
Para realização dos trabalhos será necessária a formação de equipe básica composta
por profissionais multidisciplinares e em número suficiente a atender os levantamentos
previstos para a elaboração dos produtos, conforme estipulado no cronograma, devendo ser
apresentado o currículo dos integrantes da equipe comprovando a experiência profissional
específica. A composição da equipe básica deverá ser, no mínimo, de 6 (seis) profissionais com
os seguintes perfis técnicos e requisites para realização dos trabalhos:

- Coordenador - profissional graduado em Arquitetura e Urbanismo, com Especialização ou


Mestrado nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, Geografia ou
Planejamento/Desenvolvimento Urbano e áreas afins, com comprovada experiência em
trabalhos de Coordenação de Projetos ou cargos de Gerência ou responsável técnico na
elaboração/revisão de Planos Diretores ou Planos Setoriais.

Técnicos:
- Perfil 1: profissional graduado em Arquitetura e Urbanismo, com Especialização ou Mestrado
nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Geociências, Meio Ambiente ou
Planejamento/Desenvolvimento Urbano e áreas afins, com comprovada experiência em
trabalhos na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de
planejamento e desenvolvimento urbano para os governos federal, estadual ou municipal.

- Perfil 2: profissional graduado em Direito, com comprovada experiência em trabalhos como


elaboração de legislação de ordenação e controle do uso do solo e ou formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de planejamento e desenvolvimento urbano
para os governos federal, estadual ou municipal.

- Perfil 3: profissional graduado em Ciências Sociais Aplicadas: Sociologia, Pedagogia,


Psicologia ou Serviço Social, com comprovada experiência de trabalhos com processo

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participativo de gestão urbana, cadastro socioeconômico, execução e acompanhamento de


planos, programas e projetos de planejamento e desenvolvimento urbano para os governos
federal, estadual ou municipal.

- Perfil 4: profissional graduado em Arquitetura e Urbanismo, Geologia, Geografia, ou


Engenharia Civil, com comprovada experiência em caracterização de áreas de risco e trabalhos
como elaboração de legislação de ordenação e controle do uso do solo e ou formulação,
execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de planejamento e
desenvolvimento urbano para os governos federal, estadual ou municipal.

- Perfil 5: profissional graduado em Geologia, Geografia, Engenharia Civil ou Ciências Exatas


com comprovada experiência em trabalhos de geoprocessamento, imagens de satélite ou
cartografia para projetos de planejamento e desenvolvimento urbano para os governos federal,
estadual ou municipal.
Observa-se, portanto, a partir dos Perfis acima definidos, que para a prestação dos
serviços de consultoria a equipe básica deverá compor-se de profissionais com experiência
alinhada ao Planejamento e desenvolvimento urbano e que os interessados disponham de
meios técnicos para a elaboração dos produtos, inclusive para a produção de mapas em meio
digital e georeferenciados.

a) Avaliação da formação profissional:

Para avaliação da formação profissional, serão considerados apenas os títulos


acadêmicos de pós-graduação, especialização, mestrado e ou doutorado em que a monografia,
dissertação e ou tese tenham sido desenvolvidas em área afim ao objeto contratado e de
acordo com as exigências estabelecidas para formação acadêmica de cada perfil profissional.
Os profissionais que compõem a equipe técnica básica devem apresentar documentos
(atestado, certificado, declaração...) que atestem a experiência de trabalho e formação
acadêmica mínima exigida para cada um dos perfis técnicos, e apenas os documentos
devidamente certificados de comprovação de experiências de trabalhos exigidos para cada
perfil servirão para pontuação no certame. É obrigatório que todos os profissionais alocados na
equipe técnica atendam as exigências mínimas de formação e experiência de trabalho.

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Os documentos deverão constar dos dados contratuais dos serviços (número, ano e
contratado), e especificação do serviço desenvolvido e responsabilidade do profissional. Caso
o serviço tenha sido contratado por etapas, deverão ser especificadas as etapas concluídas
para avaliação de acordo com as exigências listadas na experiência de trabalho.
Apresentando-se a necessidade de substituição de profissional alocado no projeto, por
iniciativa da contratante, deverá ser indicado pela contratada, um substituto que tenha o nível
de experiência e qualificação técnica similar ao profissional substituído..
Os Profissionais de Nível Superior vinculados aos sistemas CREA/CAU deverão
comprovar, por meio de Certidão de Acervo Técnico - CAT, expedida pelo CREA/CAU, sua
participação na execução de:
a. Plano Diretor, ou;
b. Revisão de Plano Diretor, ou;
c. Plano Municipal de Saneamento Básico, ou;
d. Plano de Uso e Ocupação do Solo, ou;
e. Plano de habitação de Interesse social, ou;
f. Plano Municipal de Habitação de Interesse Social, ou;
g. Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade.

Os demais profissionais poderão comprovar sua experiência mediante apresentação de


Atestados emitidos por órgão públicos, cabendo à Prefeitura Municipal de Santana a
prerrogativa de verificar a autenticidade dos mesmos, através de diligências a serem efetuadas
durante o processo licitatório, conforme estabelecido em lei.

5. ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA À CONDUÇÃO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO


MUNICIPAL

5.1 Plano de Trabalho para a Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana – PDES

Para o processo de Revisão do PDES considera-se como essencial a utilização de uma


metodologia de planejamento estratégico que busque compatibilizar a essencialidade exigida
de um Plano Diretor, com a construção compartilhada de propostas realistas e exeqüíveis,
compatível ao cronograma estabelecido e recursos disponíveis, valorizando sempre a

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participação dos munícipes e o fácil entendimento por parte da população de forma a garantir,
durante todo o processo de elaboração, canais para a efetiva participação popular, bem como,
preveja e viabilize a participação dos técnicos municipais de setores correlatos ao
planejamento, segmentos econômicos e do poder legislativo municipal, Ministério Público e do
Conselho Municipal de Políticas Urbanas nas diversas fases do processo e possibilite uma
ampla identificação dos desafios a serem superados pelo desenvolvimento municipal,
garantindo:

a. A promoção de debates entre os técnicos dos diversos departamentos municipais e


também destes com técnicos das esferas estadual e federal, para situações específicas;
b. A promoção de audiências públicas e debates com a participação de representantes
dos vários segmentos da sociedade civil;
c. A publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
d. O acesso de qualquer interessado aos documentos e informações.
e. Análises concisas, objetivas e claramente relacionadas aos objetivos do planejamento
municipal, urbano e rural, devendo basear-se fundamentalmente em informações
secundárias setoriais e espaciais.
f. As propostas devem ser precedidas por levantamento, análise e avaliação das
características físicas (geográficas, ambientais, geomorfológicas e geotécnicas),
urbanísticas, habitacionais, sociais, econômicas, institucionais e políticas, assim como
da avaliação das principais condicionantes, deficiências e potencialidades municipais,
devendo este processo envolver a participação e a contribuição da comunidade.
g. As propostas deverão ser precedidas da apresentação e discussão de alternativas
construídas sobre mapas temáticos elaborados com base nas leituras territoriais e que
considerem as limitações identificadas.
h. Os instrumentos de regulação a serem propostos devem ser auto-aplicáveis não
dependendo de legislações complementares, (exceção caracterizada na letra “g” do
subitem 3.3) resultando sempre em uma LEI de fácil compreensão pela Equipe Técnica
Municipal e para a população.

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i. A utilização de mecanismos de informação que, aplicados em conjunto com as


informações secundárias coletadas, possibilitem construir um projeto municipal que
incorpore a vivência, as expectativas e as prioridades dos seus cidadãos.
j. Todos os trabalhos deverão estar alinhados com a legislação aplicável e com as
diretrizes estabelecidas pelas Secretarias Municipais - SEMDUH e SEMOP para o
desenvolvimento institucional do município.
k. As diretrizes, propostas e metas deverão ser debatidas com a comunidade nas
audiências públicas (políticas, programas e estratégias de implementação).
l. Deverá ficar claramente indicado cada procedimento metodológico a ser adotado para
atender a estas orientações, de modo que, ao final dos serviços, a equipe técnica
municipal tenha condições de implementar as ações de forma auto-suficiente. Para
tanto, é imprescindível o envolvimento dos técnicos municipais dos setores correlatos
em todos os momentos do processo. Após a definição, a consolidação dos
procedimentos metodológicos junto com o respectivo cronograma de atividades
resultará no PLANO DE TRABALHO.
Também deve ser objeto do Plano de Trabalho a previsão de datas para as Audiências
Públicas e para os treinamentos da Comissão de Acompanhamento da Revisão do Plano
Diretor de Santana, assim como a definição das estratégias a serem adotadas para a
publicidade e o acesso aos documentos produzidos para os interessados.

5.2. Comissão de Acompanhamento

Antes do início dos trabalhos da contratada a Administração Municipal definirá, por


decreto, a Comissão Interna de Acompanhamento da Revisão do PDES, integrada por
representantes do governo municipal e dos segmentos organizados da sociedade civil local,
nomeando seus membros e funções. Também definirá a Equipe Técnica Permanente que terá
efetiva participação no processo de Revisão do PDES.

5.3. Equipe Técnica Municipal


O município deverá constituir uma Equipe Técnica Municipal – designando um dos seus
integrantes como o Coordenador Técnico Municipal – para participar da Revisão do PDES,

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proporcionando informações, acompanhando os estudos e analisando a pertinência das


proposições.
A composição da Equipe Técnica Municipal depende da estrutura organizacional da
Prefeitura Municipal e do perfil dos recursos humanos com potencial para participação –
efetivos e comissionados – dependendo também da disponibilidade de tempo dos mesmos.
Poderão compor a Equipe Técnica Municipal: titulares da Secretaria/ Assessoria/
Departamento de Planejamento, de Urbanismo, de Obras ou Serviços Público, Social, Meio
Ambiente, Engenheiro, Arquiteto, Advogado, Administrador, Economista, Assistente Social,
Sociólogo, Fiscais de Obras, Posturas e Finanças, técnicos que trabalham com expedição de
alvarás, pessoal do Cadastro Técnico Imobiliário e Econômico, Agentes Administrativos dentre
outros.
Os membros da Equipe Técnica Municipal, bem como os demais servidores/
funcionários responsáveis pelo Planejamento Municipal, deverão dar apoio à Consultoria no
que se refere aos aspectos relacionados com a Revisão do Plano Diretor Estratégico,
possibilitando ao longo de todo o processo a transferência de conhecimento em ambos os
sentidos.

5.4. Trabalho Técnico Social


A participação popular deve ser garantida desde o planejamento até a gestão das
cidades, para tanto, sua previsão deve estar bem alinhada na metodologia da Revisão do
PDES. O trabalho técnico social tem a prerrogativa de promover a participação da comunidade
por meio de mecanismos capazes de sensibilizar, mobilizar, informar e envolver a população no
processo de revisão do PDES. Neste sentido, a Metodologia deverá detalhar ações de
mobilização, assistência social, participação comunitária e publicização em todas as etapas do
processo de revisão do PDES.

5.5. Processo de Participação

A administração municipal deverá divulgar amplamente, com a devida antecedência, e


realizar, em local adequado 3 (três) Audiências Públicas, sob responsabilidade da Equipe
Técnica Municipal com apoio técnico da Consultoria contratada, documentando-as através de
registros fonográficos, fotográficos, audiovisual e elaborando as respectivas atas. Nas

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Audiências Públicas devem ser feitos apresentações e debates referentes à Revisão do Plano
Diretor, contemplando as seguintes pautas:

1ª Audiência Pública:

Apresentação do Plano de Trabalho com as propostas de implementação do processo


de planejamento local e estratégias para a revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana –
PDES, em observação aos requisitos constitucionais; legais; Mobilização e importância da
participação comunitária no Plano Diretor; Identificação de entidades, associações e
movimentos sociais atuantes no município. Sempre com uma sondagem inicial sobre as
necessidades e aspirações comunitárias que busca-se incluir no processo de Revisão do Plano
Diretor Estratégico de Santana – PDES.

2ª Audiência Pública:
 Avaliação Temática Integrada do Desenvolvimento Municipal;
 Diretrizes e Proposições para o Desenvolvimento Municipal;
 Manifestação da Sociedade Civil com sugestões para o aprimoramento das
diretrizes e proposições apresentadas.

3ª Audiência Pública:
 Apreciação das Proposições para a Legislação Básica;
 Aprovação do Plano de Ação e Investimentos da proposta de projetos de
investimentos e da reformulação da estrutura administrativa da Prefeitura
Municipal;
 Avaliação dos Produtos Finais da Revisão Plano Diretor Estratégico de Santana
– PDES;
 Definição dos Critérios para a atualização do Plano Diretor Estratégico de
Santana – PDES;
OBS.: As Audiências Públicas não dispensam outras formas de participação popular, como
consultas, debates e a disponibilização de informações para consulta pública.

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5.5. Fiscalização e Supervisão dos Serviços Técnicos

A fiscalização dos serviços técnicos de consultoria será da responsabilidade do


Município, através da Equipe Técnica Municipal. A supervisão dos referidos serviços será da
responsabilidade da Diretoria do Plano Diretor da Prefeitura Municipal de Santana/PMS.

6. ESCOPO BÁSICO DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SANTANA – PDES

6.1 Avaliação Temática Integrada


Com apoio em dados e informações numéricas e qualitativas relevantes deverão ser
avaliados os seguintes temas, especializados em mapas correspondentes:
a) Aspectos Regionais
 Vocação e potencial estratégico dentro da região e principais fatores que
concorrem para o desenvolvimento municipal;
 Centralidade, área de influência e relações com municípios vizinhos;
 Principais condicionantes, deficiências e potencialidades:
- Do ponto de vista ambiental;
- Do ponto de vista da infraestrutura;
- Do ponto de vista socioeconômico;
- Do ponto de vista da distribuição espacial da população (rural e urbana).

b) Aspectos Ambientais, obrigatoriamente tendo como referência as bacias e


microbacias hidrográficas.
 Identificação das condições de clima, geomorfologia, condicionantes
geotécnicos, declividades, hipsometria, vertentes, drenagem natural, recursos
hídricos, biota e áreas de preservação;
 Caracterização dos espaços potenciais para áreas de expansão urbana, de
conservação e preservação permanente, áreas públicas de lazer, assim como
locais para arborização pública e preservação natural das áreas de ressaca.

c) Aspectos Socioeconômicos

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 Avaliação de dados referentes à população, no mínimo dos últimos 10 anos,


taxa de crescimento, evolução, densidade demográfica, migração, condições de
saúde e educação/escolaridade, oferta de emprego, renda, consumo de água e
energia, perfil produtivo, potencial produtivo (agropecuária, comércio, serviços,
indústrias e turismo);
 Caracterização do potencial turístico do Município, incluindo os recursos naturais
e o gerenciamento costeiro em toda faixa marítima do municipio.

d) Aspectos Sócio-espaciais
 Evolução urbana, o uso do solo urbano e a demanda por solo urbano atual e
para os próximos 10 (dez) anos, identificando os principais entraves espaciais
existentes;
 Tipologia de uso e ocupação do solo nas áreas de expansão urbana e rurais;
 Análise da tipologia habitacional e da demanda;
 Identificação das áreas de ocupação irregular e clandestina, avaliando seu
impacto ambiental e urbanístico;
 Identificação de áreas enfatizando a relação da densidade construtiva e da
densidade demográfica com a capacidade de suporte da infraestrutura urbana
(áreas com infraestrutura ociosa e áreas ocupadas com precariedade de
infraestrutura).
e) Aspectos de Infraestrutura e Serviços Públicos – situação atual e evolução para
os próximos 10 anos:
 Saneamento ambiental (abastecimento de água, esgotamento sanitário,
drenagem, resíduos sólidos);
 Sistema viário e transporte coletivo, circulação de pessoas inclusive transporte
coletivo de empregados de empresas e transporte coletivo urbano, municipal e
intermunicipal;
 Energia elétrica e iluminação pública;
 Telecomunicações;
 Equipamentos sociais (equipamentos de saúde, educação, assistência social,
cultura e esporte, segurança pública, recreação).

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f) Aspectos Institucionais:
 Caracterização das unidades administrativas da estrutura da Prefeitura
Municipal que se relacionam com a gestão do PDES.
 Análise da legislação vigente no município (Plano Diretor; Uso, Ocupação e
Parcelamento do Solo Urbano; Perímetro Urbano; Expansão Urbana; Sistema
Viário; Códigos de Obras e Posturas; Estudo de Impacto de Vizinhança;
Regularização Fundiária, urbanização de assentamentos precários e produção
habitacional; Saneamento Básico; Lei de Procedimentos Administrativos, dentre
outras) e leis que alteram as leis anteriores, com enfoque em verificar a
adequação ou inadequação de cada um dos instrumentos em relação a:
(i) - Questões constitucionais, Lei Orgânica Municipal e demais leis federais,
estaduais e municipais;
(ii) - Questões físico-ambientais e
(iii) - Adequação à realidade do uso e ocupação do solo existente;
 Análise inter-relacional da legislação federal, estadual e municipal, verificando a
pertinência de criação de novos instrumentos legais (quando couber), tendo
como base os previstos no Capítulo II – Dos Instrumentos da Política Urbana -
do Estatuto das Cidades (Do parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios; Do IPTU progressivo no tempo; Da desapropriação com
pagamento em títulos; Da usucapião especial de imóvel urbano; Do direito de
superfície; Do direito de preempção, Da outorga onerosa do direito de construir;
Das operações urbanas consorciadas; Da transferência do direito de construir;
Do estudo de impacto de vizinhança);
 Identificação da capacidade de investimento do município, visando a priorização
dos investimentos caracterizados como necessários, para a efetivação dos
objetivos, diretrizes e metas da Revisão do Plano Diretor de Santana;
 Equacionamento das recomendações de órgãos e instituições governamentais;
 Sistema de informações municipais disponíveis para a gestão do
desenvolvimento local (dados do Cadastro Técnico Imobiliário e Econômico e
demais bancos de dados municipais, identificando-os);

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 Estado atual de arrecadação própria do município, sua evolução anual e


projeção para os próximos 10 anos, considerando também possíveis fontes
alternativas de recursos financeiros e possibilidade de realização de operações
de crédito (capacidade de endividamento).

Todas as informações citadas deverão estar convenientemente especializadas em


mapas, em escala adequada para a demonstração da informação gradativa ano a ano na
projeção definida, apresentados em formato A4 ou A3 e em meio digital.
Deverá ser elaborada análise individualizada de cada informação, sua inter-relação e
inserção no contexto geral, permitindo uma visão ampla das condicionantes, deficiências e
potencialidades locais. Esta análise deverá ser acompanhada de mapa.
Nesta etapa deverão ser levantadas as expectativas do Governo do Município
(Executivo e Legislativo) quanto aos objetivos e metas do desenvolvimento municipal, atual e
para os próximos 10 anos, a serem alcançados com a implementação da Revisão do Plano
Diretor Estratégico de Santana – PDES, com a consequente atualização e acompanhamento
permanente.

6.2 Definição de Diretrizes e Proposições


Com base nas avaliações efetuadas, deverão ser elaboradas diretrizes para as ações
institucionais, socioeconômicas e ambientais como também proposição para aos aspectos
físico-espaciais e de infraestrutura e serviços públicos, contemplando especificamente
propostas de intervenção para curto, médio e longos prazos, incluindo:
a) Diretrizes para o estabelecimento de uma Política de Desenvolvimento Urbano e
Municipal;
b) Diretrizes para o estabelecimento de uma sistemática permanente de planejamento;
c) Proposta de projetos estruturais dos diversos setores estratégicos a serem
executados a curto, médio e longo prazo, considerando a estimativa de seus custos e as
estimativas e projeções orçamentárias municipais;
d) Diretrizes para a dinamização e ampliação das atividades econômicas a fim de
estruturar o fortalecimento da economia do município (emprego, renda, geração de receitas);
e) Propostas, instrumentos e mecanismos referentes à:

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 Racionalização da ocupação do espaço urbano, de expansão urbana e rural;


 Distribuição equitativa dos usos, atividades, infraestrutura social e urbana e
densidades construtivas e demográficas;
 Estruturação e hierarquização do sistema viário, assim como a articulação do
sistema de transporte coletivo oficial e formas alternativas de circulação e
transporte público oficial;
 Controle do meio ambiente, saneamento básico e proteção ao patrimônio
natural, paisagístico, histórico, artístico, cultural, arqueológico e demais
elementos que caracterizam a identidade do município;
 Critérios e Normas para a Arborização Pública;
 Regularização do espaço portuário;

 Elaboração e implantação de um Sistema de Informações para o Planejamento


e Gestão Municipal, considerando as estratégias e as atribuições dos
responsáveis pela atualização das informações físicas, cadastrais,
socioeconômicas e as oriundas do sistema de gestão municipal, inclusive
tributária.
 Procedimentos e instrumentos para atuação na solução das ocupações
irregulares e clandestinas e contenção de sua proliferação;
 Diretrizes para a coleta e disposição final de resíduos sólidos, inclusive
industriais e hospitalares;
 Procedimentos e instrumentos a serem adotados nos projetos de parcelamento,
(loteamentos, desmembramentos e remembramentos), edificações e consultas
prévias, liberação de alvarás, laudo de conclusão de obras e “habite-se”;
 Processos e recursos para a atualização permanente dos instrumentos de
política e planejamento territorial e para a institucionalização e o funcionamento
de mecanismos de gestão democrática;
 Parâmetros para o dimensionamento de logradouros públicos;
 Identificação de parâmetros e ações para possibilitar a regularização da situação
fundiária das áreas ocupadas irregularmente ou identificação de áreas para
relocação, caso não haja possibilidade legal de regularização, ou seja, áreas de

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risco, nestes casos, também a identificação de diretrizes de uso e ocupação


dessas áreas após a desocupação;
 Diretrizes e proposições decorrentes das recomendações de órgãos e
instituições governamentais.

As diretrizes anteriormente citadas deverão ser articuladas e espacializadas em mapa,


em escala apropriada, constituindo um Macrozoneamento, abrangendo o território de todo o
município.
Para a concepção do Macrozoneamento o embasamento físico-territorial-ambiental
considerar as bacias e micro-bacias hidrográficas.
O Macrozoneamento embasará o futuro Zoneamento, quando cada macro-zona dará
origem a distintas zonas, que definirão o uso e a ocupação do solo do município.

6.3 Proposições para a Legislação Básica

Estes instrumentos devem ser apresentados sob a forma de minuta de Anteprojeto de


Lei, acompanhados de mapas em escala apropriada, abrangendo:

a) Anteprojeto de Lei de Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana - PDES, onde


são estabelecidas as Diretrizes e Proposições da Política de Desenvolvimento e Expansão
Urbana Municipal, incluindo:
 Macrozoneamento (urbano e rural), articulada à inserção ambiental englobando
formas de uso, parcelamento e ocupação do território, considerando a
infraestrutura existente e a demanda apresentada para utilização. Destaque ao
Macrozoneamento Rural que deverá definir com precisão os limites e áreas dos
Distritos, identificando as localidades, ilhas, comunidades que os compõem;
 Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Municipal, definindo os
instrumentos que auxiliarão o Poder Municipal na tarefa de planejar e gerenciar
o desenvolvimento;
 Sistema de acompanhamento e controle do plano.

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b) Anteprojeto de Lei do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo


urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, com fixação de condições e prazos para
implementação das obrigações determinadas por lei. As áreas passíveis de aplicação da lei,
devem estar incluídas no PDES, para tanto, o mesmo deverá englobar o território do município
como um todo, respeitando as distinções entre as áreas urbanas e rurais no que concerne as
obrigações previstas na lei e deverá estar em consonância com o Macrozoneamento (urbano e
rural do município);
c) Anteprojeto de Lei do direito de preempção, o qual confere ao Poder Público
municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre
particulares. A Lei deverá delimitar as áreas em que incidirá o direito de preempção, baseado
no plano diretor e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um
ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
d) Anteprojeto de Lei da outorga onerosa do direito de construir que, estabelecerá as
condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de
uso, determinando a fórmula de cálculo para a cobrança, os casos passíveis de isenção do
pagamento da outorga e a contrapartida do beneficiário.
O PDES deverá: fixar as áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido
acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada
pelo beneficiário; fixar coeficiente de aproveitamento básico diferenciado para áreas
específicas dentro da zona urbana; definir os limites máximos a serem atingidos pelos
coeficientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infra-estrutura
existente e o aumento de densidade esperado em cada área; fixar áreas nas quais poderá ser
permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
e) Anteprojeto de Lei das operações urbanas consorciadas que, baseado no plano
diretor, deverá delimitar área para aplicação de operações consorciadas, as quais, de acordo
com o § 1o do Estaturo das Cidades, é o conjunto de intervenções e medidas coordenadas
pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

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f) Anteprojeto de Lei da transferência do direito de construir que, baseada no plano


diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro
local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou
em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário
para fins de: implantação de equipamentos urbanos e comunitários; preservação, quando o
imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; servir a
programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda e habitação de interesse social.
g) Anteprojeto de Lei de Revisão do estudo de impacto de vizinhança que, de acordo
com as transformações socioespaciais ocorridas no município definirá os empreendimentos e
atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo
prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção,
ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
h) Anteprojeto de Lei de Revisão dos Perímetros Urbanos e dos Perímetros de
Expansão Urbana, que delimitam as áreas urbanas e de expansão urbana do município, onde
o Município irá prover os espaços de equipamentos e serviços, bem como exercer o seu poder
de polícia e de tributação municipal.
Ao município de Santana competirá os serviços de topografia para conferir, se
necessário corrigir e, por fim efetivar a materialização dos vértices do polígono que passará a
delimitar o perímetro Urbano proposto pela revisão com a monumentalização/ implantação dos
marcos de concreto, o que deverá ocorrer no prazo máximo de 180 dias (cento e oitenta) dias
após a assinatura do contrato com a consultoria.
O perímetro proposto deve ser apresentado de forma detalhada com memorial
descritivo da poligonal levantada, seus respectivos ângulos, rumos ou azimutes e distâncias
calculadas, bem como as informações de localização e as coordenadas de cada um dos
vértices que deverão estar referenciados à Rede de Alta Precisão do Município de Santana –
SEMA/IBGE, acompanhada de mapa em escala apropriada.
i) Anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano, a qual define os procedimentos
relacionados com os loteamentos, desmembramentos e remembramentos de lotes urbanos e
demais requisitos urbanísticos: tamanho mínimo dos lotes, a infraestrutura que o loteador

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deverá implantar bem como o prazo estabelecido para tal, a parcela que deve ser doada ao
poder público com a definição de seu uso (assegurando ao município a escolha das áreas mais
adequadas), a definição das áreas prioritárias e das áreas impróprias ao parcelamento,
proposição de áreas para loteamentos populares (Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS),
faixas de servidões, faixas de proteção, faixas de domínio, áreas ou pontos de interesse
paisagístico e outros requisitos em função da peculiaridade local. Ressalte-se que a Lei de
Parcelamento do Solo Urbano é uma regulamentação da Lei Federal nº 6.766/79, alterada pela
Lei Federal nº 9.785/99.
Deverá constar do anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano:
1) “As pranchas de desenho devem obedecer a normatização definida pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT”.
2) “Os projetos do loteamento/desmembramento deverão ser apresentados sobre planta
de levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral, com o transporte de coordenadas, a
partir dos marcos existentes das redes primária ou secundária, no mesmo sistema de
coordenadas horizontais – UTM e altitudes geométricas da base cartográfica do município,
observando-se as especificações e critérios estabelecidos em resoluções pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE”.
j) Anteprojeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural, a qual divide o
território do município em zonas e áreas, define a distribuição da população neste espaço em
função da infraestrutura existente e das condicionantes ambientais.
 Para as zonas urbanas são utilizados parâmetros urbanísticos – parâmetros
mínimos (para fazer cumprir a função social da propriedade), parâmetros
básicos (parâmetros em função da capacidade de suporte da infraestrutura) e
parâmetros máximos (parâmetros atingidos com a utilização da outorga onerosa
do direito de construir ou a transferência do direito de construir).
Os parâmetros urbanísticos a serem definidos, em compatibilidade com a infraestrutura, são:
- Coeficiente de aproveitamento (preferencialmente coeficiente único)
- taxa de ocupação, gabarito (número máximo de pavimentos e altura máxima)

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- Recuo e afastamento, taxa mínima de permeabilidade e classificações dos usos


(usos permitidos, permissíveis e proibidos) que garantam a qualidade ambiental e
paisagística do espaço urbano.
- A definição dos parâmetros urbanísticos mínimo, básico e máximo deve se
embasar na capacidade de suporte das infraestruturas urbanas, existentes ou
projetadas.
 · Para as áreas rurais os parâmetros utilizados devem se embasar nas
condicionantes ambientais (mananciais, áreas de ressaca, florestas,
declividades acentuadas, etc.), condicionantes de proteção de infraestrutura
(faixas de proteção de rodovias, ferrovias, dutos, linhas de alta tensão, cones de
aproximação e faixas de proteção de aeródromos, etc.) e parâmetros de
potencialidade de exploração econômica (extrativismo vegetal, extrativismo
mineral, agricultura, pecuária, silvicultura, etc.).
k) Anteprojeto de Lei do Sistema Viário - Mobilidade e Acessibilidade Urbana,
hierarquizando e dimensionando as vias públicas, bem como sua definição para novos
parcelamentos.
l) Anteprojeto de Lei do Código de Edificações e Obras regulamentando as normas
edilícias no município.
m) Anteprojeto de Lei de Revisão do Código de Posturas, regulamentando o Poder de
Polícia do Município sobre temáticas afetas às posturas municipais.
Todas as recomendações de órgãos e instituições, conforme letra “k” do subitem 3.3
deste Termo, que forem compatíveis com as temáticas dos distintos Anteprojetos de Leis,
deverá ser incorporada nos mesmos.

6.4 Processos de Planejamento e Gestão Municipal


Com apoio ao conhecimento dos aspectos funcional – competências e atribuições;
institucional – inter-relações internas e externas e legais, instrumentos e normas reguladoras –
do Município deverão ser propostas:
a) Adequação da estrutura organizacional da Prefeitura Municipal visando a
implementação da Revisão do Plano Diretor e gestão do desenvolvimento municipal e
consequente atualização permanente.

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b) Organização de sistema de informações para o planejamento e gestão municipal,


produzindo os dados necessários, com a frequência definida, para concepção dos indicadores
propostos para Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana – PDES.
c) Construção de Indicadores que permitam a avaliação anual do desempenho do
processo de planejamento e gestão municipal, com metas claramente definidas a serem
atingidas.

6.5 Planos de Ação e Investimentos


Indicam as ações e os projetos prioritários tendo em vista a Revisão do Plano Diretor
Estratégico de Santana, apresentando a hierarquização de investimentos em infraestrutura,
equipamentos comunitários e ações institucionais, com a estimativa de custos aproximados,
para os próximos cinco anos em compatibilidade com a projeção orçamentária, incluída a
previsão de capacidade de endividamento municipal.
Esse Plano de Ação e Investimentos será o elemento balizador para permitir ao
Município de Santana atender a Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatuto da
Cidade.

7. PRODUTOS A SEREM ENTREGUES


Nas três etapas do processo de Revisão do PDES tem-se como resultado um produto
específico. Cabe à Consultoria, ao final de cada etapa, entregar à Prefeitura Municipal, através
da Equipe Técnica Municipal do PDES os seguintes documentos:

7.1. 1ª etapa – Elaboração da Metodologia:


- Documentos contendo o Plano de Trabalho para Revisão do Plano Diretor Estratégico de
Santana, com a Metodologia detalhada para o desenvolvimento dos serviços a serem
executados, de acordo com a proposta da Consultoria contratada, conforme subitem 5.1 deste
Termo de Referência;

7.1.1. Produto esperado: Relatório contendo a Metodologia, com cópia em meio digital (CD
ou DVD) o qual será enviado, após aprovado pela Gerência Negocial e Executiva de
Governo de Macapá, AP – GIGOV/MC, ao Ministério das Cidades.

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7.2. 2ª etapa – Leitura da Realidade Municipal (comunitária e técnica):


- Documentos contendo a Avaliação Temática Integrada conforme subitem 6.1 deste Termo de
Referência;

7.2.1. Produto esperado: Relatório contendo a sistematização da Leitura técnica e


comunitária da realidade municipal, mapas com a delimitação do perímetro urbano,
delimitação da área de expansão, zoneamento de cada área do Município com os
parâmetros urbanísticos (coeficiente de aproveitamento básico e máximo,
afastamentos, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade, gabarito) e as atas das
reuniões públicas realizadas, a ser enviado, após aprovado pela Gerência Negocial e
Executiva de Governo de Macapá, AP – GIGOV/MC, ao Ministério das Cidades, em
meio digital (CD ou DVD).

7.3. 3ª etapa - Minuta do Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo:


Nesta etapa, se dá a revisão do Plano Diretor em si. A minuta do projeto de lei deve
refletir os resultados da Leitura da Realidade Municipal. Os produtos desta etapa
compreendem a duas sub-etapas:

7.3.1. Sub-etapa 1: definição e pactuação de temas prioritários, propostas e estratégias


para o planejamento territorial e a gestão urbana do município.
- Documentos contendo a Definição de Diretrizes e Proposições, conforme subitem 6.2 do
presente Termo de Referência.
- Documentos contendo o Plano de Ação e Investimentos conforme o item 6.5 do presente
Termo de Referência.

7.3.1.1. Produtos esperado: Relatório contendo Objetivos, Temas Prioritários,


Instrumentos, Estratégias e Propostas, acompanhados dos respectivos mapas de
localização e delimitação da aplicação dos instrumentos, do perímetro do Município,
da área de expansão, da área consolidada com imóveis a serem destinados à HIS e
do zoneamento e das as atas das reuniões públicas realizadas, a ser enviado, após

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aprovação, ao Ministério das Cidades pela Gerência Negocial e Executiva de


Governo de Macapá, AP – GIGOV/MC, em meio digital (CD ou DVD).

7.3.2. Sub-etapa 2: Minuta do Projeto de Lei que revisa o PDES e regulamenta os


instrumentos de ordenamento territorial e gestão do solo urbano.
- Documentos contendo a Legislação Básica, subitem 6.3 deste Termo de Referência e os
instrumentos relativos ao Processo de Planejamento e Gestão Municipal, subitem 6.4;

7.3.2.1. Produtos esperado: Minuta do Projeto de Lei da Revisão do Plano Diretor, a ser
enviado após aprovação pela Gerência Negocial e Executiva de Governo de Macapá, AP –
GIGOV/MC, ao Ministério das Cidades, em meio digital (CD ou DVD) e impresso.
OBS.: Todos os documentos deverão ser ajustados aos resultados das Audiências Públicas.

A consultoria deverá apresentar os produtos das etapas em duas vias impressas e


duas vias digitais, encaminhados ao gestor municipal que intervirá com demais
procedimentos junto aos órgãos conveniados.
O documento com a versão final de todos os produtos deverá ser apresentado,
preferencialmente, em 05 (cinco) volumes, em 50 (cinquenta) vias originais, devidamente
encadernadas em meio gráfico, dentro das normas técnicas, em papel formato A4. Os mapas –
digitais ou digitalizados, devidamente atualizados – devem ser apresentados em formato A4
“orientação retrato” ou A3 (dobrados em A4 “orientação retrato”). Este documento também
deverá ser entregue em meio digital – CD-ROM em 03 (três) vias, com os textos em formato
universal ou em extensões DOC ou SXW; tabelas em extensões XLS ou SXC; mapas em
extensões DWG ou DXF (mapa base) / CDR ou WMF (mapas temáticos e mapas analíticos);
arquivos de imagens em JPG ou TIF.
Todo o material produzido, decorrente da execução das atividades, ficará de posse e
será propriedade do Município, sendo que um conjunto dos documentos – 01 (uma) via
impressa e 01 (uma) via em meio digital – deverá ser entregue à Diretoria do Plano Diretor e
Planos Setoriais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e
Habitação/SEMDUH.

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8 - PRAZO PREVISTO PARA A REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

O prazo máximo para execução dos serviços é de 180 (cento e oitenta) dias a partir da
data de assinatura do contrato de prestação de serviços entre a Prefeitura Municipal e a
Consultoria, sendo os serviços realizados de acordo com as seguintes fases:
1ª Fase: Aos 10 (dez) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a
Consultoria deverá entregar a versão final do Plano de Trabalho e Metodologia referentes a 1ª
etapa do processo de revisão do PDSE e; relatório da preparação para a primeira Audiência
Pública;
2ª Fase: Aos 80 (oitenta) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a
Consultoria deverá entregar versão final dos documentos que apresentam o resultado das
atividades referentes a 2ª etapa do processo de revisão do PDES, incluindo dados sobre a
primeira Audiência Pública;
3ª Fase: Aos 100 (cem) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a
Consultoria deverá entregar o Relatório referente a Sub-etapa 1 da 3ª etapa do processo de
revisão do PDES, conforme previsto neste Termo de Referência, incluindo dados sobre a
segunda Audiência Pública;
4ª Fase: Aos 120 (cento e vinte) dias a partir da data da assinatura do referido contrato,
a Consultoria deverá entregar a Minuta do Projeto de Lei do PDES, produto da Sub-etapa 2 da
3ª etapa do processo de revisão
5ª Fase: Aos 160 (cento e sessenta) dias a partir da data da assinatura do referido
contrato, a Consultoria deverá entregar a versão final do resultado de todas as atividades
referente a 3ª etapa do processo de revisão do PDES, conforme previsto neste Termo de
Referência, bem como, a versão final de todos os produtos e Relatório Final, caracterizando
todas as atividades executadas desde o início dos trabalhos, para aprovação do Município,
conforme previsto no item 7 deste Termo de Referência.

9 - FORMA DE PAGAMENTO

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O pagamento dos serviços contratados se dará de acordo com o seguinte


parcelamento:
- 14,01% (catorze inteiros e um centésimo por cento) do valor contratual, após a análise
e aprovação pelo Município e dos produtos da 1ª Fase;
- 24,79% (vinte e quatro inteiros e setenta e nove centésimos por cento) do valor
contratual, após a análise e aprovação pelo Município e dos produtos da 2ª Fase;
- 22,04% (Vinte e dois inteiros e quatro centésimos por cento) do valor contratual, após
a análise e aprovação pelo Município dos produtos da 3ª Fase;
- 23,94% (vinte e três inteiros e noventa e quatro centésimos por cento) do valor
contratual, após a aprovação pelo Município e dos produtos da 4ª Fase;
- 15,21% (quinze inteiros e vinte e um centésimos por cento) do valor contratual, após a
aprovação pelo Município e dos produtos da 5ª Fase e Produtos Finais.

Será de responsabilidade da Empresa Contratada arcar com os custos para execução


dos produtos e serviços, objeto deste Termo de Referência, como: contratação dos
profissionais da equipe técnica básica e de profissionais não mencionados na composição da
equipe técnica, se necessário; digitação, digitalização, cópias, encadernação dos produtos a
serem entregues; apresentação técnica nas Audiências Públicas, bem como, digitação de atas,
relatórios fotográficos, credenciamento e outros documentos técnicos; confecção de material
impresso de divulgação e mobilização para audiências públicas; custos com divulgação em
rádio e televisão; transporte de cidadãos santanenses para participação nos eventos
programados, alimentação e material de consumo durante os eventos, levantamentos em
campo e topográficos e planialtimétricos, entre outros.
Para a realização das audiências, em número máximo de três (3) a administração
municipal providenciará local adequado ao número de participantes, com cadeiras e
equipamentos multimídia data show (com saída HDMI), som, microfone.
As Audiências Públicas serão agendadas pela administração municipal em consonância
com o Plano de Trabalho apresentado e aprovado pela Comissão Técnica da Revisão do Plano
Diretor. As audiências públicas serão coordenadas pelo Diretor do Departamento do Plano
Diretor e pelo Coordenador Técnico da Revisão do Plano Diretor, cabendo à contratada a

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apresentação e discussão do conteúdo técnico de cada tema a ser abordado nestas


audiências.

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ANEXO I
REVISÃO DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SANTANA (PDES)
PLANO DE TRABALHO PARA EXECUÇÃO DO TERMO DE REFERÊNCIA

Conforme o Termo de Referência:


Item - 7 Prazo Previsto para a Realização dos Serviços
1ª Fase: Aos 10 (dez) dias a partir da data da assinatura do referido contrato, a Consultoria
deverá entregar a versão final do Plano de Trabalho/Metodologia conforme subitem 6.1 deste
Termo de Referência e relatório das atividades desenvolvidas, inclusive preparação para a
primeira Audiência Pública;

Plano de Trabalho para a Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana – PDES


Para o processo de Revisão do Plano Diretor, considera-se como essencial:
A utilização de uma metodologia de planejamento estratégico que preveja e viabilize a
participação dos técnicos de setores correlatos ao planejamento da Prefeitura Municipal, como
também da sociedade civil, segmentos econômicos, e da classe política local nas diversas
fases do processo e possibilite uma ampla identificação dos desafios a serem superados pelo
desenvolvimento municipal, garantindo:
 · A promoção de debates entre os técnicos dos diversos departamentos municipais e
também destes com técnicos das esferas estadual e federal, para situações específicas;
 · A promoção de audiências públicas e debates com a participação de representantes
dos vários segmentos da sociedade civil;
 · A publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
 · O acesso de qualquer interessado aos documentos e informações.
A utilização de mecanismos de informação que, aplicados em conjunto com as
informações secundárias coletadas, possibilitem construir um projeto municipal que incorpore a
vivência, as expectativas e as prioridades dos seus cidadãos.
As análises devem ser concisas, objetivas e claramente relacionadas aos objetivos do
planejamento municipal, urbano e rural, devendo basear-se fundamentalmente em informações
secundárias setoriais e espaciais.

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As propostas devem ser precedidas por levantamento, análise e avaliação das


características físicas (geográficas, ambientais, geomorfológicas e geotécnicas), urbanísticas,
habitacionais, sociais, econômicas, institucionais e políticas, assim como da avaliação das
principais condicionantes, deficiências e potencialidades municipais.
As propostas deverão ser precedidas da apresentação e discussão de alternativas
construídas sobre mapas temáticos elaborados com base nas leituras territoriais e que
considerem as limitações identificadas.
Os instrumentos de regulação a serem propostos devem ser auto-aplicáveis não
dependendo de legislações complementares, resultando sempre em uma lei de fácil
compreensão pela Equipe Técnica Municipal e para a população.
Todos os trabalhos deverão estar alinhados com a legislação aplicável e com as
diretrizes estabelecidas pela Secretaria Municipal de meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano
e Habitação – SEMDUH, para o desenvolvimento institucional de municípios.
As diretrizes, propostas e metas deverão ser debatidas com a comunidade quando da
elaboração das primeiras propostas (políticas, programas e estratégias de implementação).
Na proposta de elaboração própria ou com a condução de consultoria deve ficar
claramente indicado cada procedimento metodológico a ser adotado para atender a estas
orientações, de modo que, ao final dos serviços, a equipe técnica municipal tenha condições de
implementar as ações de forma auto-suficiente. Para tanto, é imprescindível o envolvimento
dos técnicos municipais dos setores correlatos em todos os momentos do processo. Após a
definição, a consolidação dos procedimentos metodológicos junto com o respectivo
cronograma de atividades resultará no Plano de Trabalho.
Também deve ser objeto do Plano de Trabalho a previsão de datas para os Debates e
para as Audiências Públicas e para os treinamentos para a Equipe Técnica Municipal e
Comissão de Acompanhamento da Revisão do Plano Diretor Estratégico de Santana - PDES,
assim como a definição das estratégias a serem adotadas para a publicidade e o acesso aos
documentos produzidos para os interessados.
Em observação ao Termo de Referência sugere-se, no mínimo, que o Plano de
Trabalho tenha os seguintes tópicos.

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1. Apresentação
A exemplo do Termo de Referência o Plano de Trabalho deve ter um item de
apresentação, abrangendo os seguintes conteúdos, citados de forma abrangente, pois de
forma específica serão tratados conforme itens 3 e 4, abaixo citados:
1.1 O que é o Plano de Trabalho.
1.2 As fases do Trabalho.
1.3 Os distintos métodos e técnicas a serem adotados para o trabalho.
1.4 A participação da Equipe Técnica Municipal, e demais órgãos estaduais e federais,
se for o caso, e da Sociedade Civil no processo.
1.5 O processo de elaboração, implementação e controle do Plano Diretor.
2. Sumário, com paginação.
3. Apresentação das atividades para a execução dos distintos produtos das cinco
fases do Plano, em observação ao Termo de Referência.
4. Os métodos e técnicas a serem adotadas para execução dos distintos produtos das
5 (cinco) fases do Plano, em observação ao Termo de Referência.
5. Identificação dos integrantes da Equipe Multidisciplinar da Consultoria (com a
função de cada técnico), dos integrantes da Equipe Técnica Municipal e dos integrantes da
Comissão Provisória (sociedade civil).
6. Quadro Síntese do Plano de Trabalho, contendo cinco colunas: (i) Fases, (ii)
Atividades, (iii) métodos e técnicas, (iv) produtos e (v) cronograma físico, das fases do trabalho,
inclusive a previsão de datas para as Audiências Públicas, treinamentos para a Equipe Técnica
Municipal e Comissão de Acompanhamento e reuniões para a apresentação dos produtos das
fases.

Santana/Ap, xxxxxxxxx de 2018.

OFIRNEY DA CONCEIÇÃO SADALA


Prefeito Municipal/PMS

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LINDEMBERG DE ARAÚJO MOTA


Sec. SEMDUH/PMS

PEDRO FERREIRA DA SILVA


Cood. CDU/SEMDUH/PMS

ALMIR FERNANDES DE HOLANDA


Dir. PDES/SEMDUH/PMS

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EQUIPE TÉCNICA DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR

COORDENADOR DO PLANO/ADM.: …………………………Almir Fernande de Holanda

RESPONSÁVEL TÉCNICO/ARQUITETO E URBANISTA: …

ENGENHEIRO CIVIL:……………………………………………..

ENGENHEIRO SANITARISTA:…………………………………..

SOCIÓLOGA:…………..………………………………………….. Telma Maria da Silva Viana

ECONOMISTA: …………………………………………………….

ASSESSORIA JURÍDICA/ADVOGADO:……….…………………

TÉCNICO EM SANEAMENTO:……………………………………

TÉCNICO EM EDIFICAÇÃO:………………………………………

TOPÓGRAFO:………………………………………………….……

DESENHISTA/PROJETISTA/KADISTA:…………………………

DESENHISTA/PROJETISTA/KADISTA:…………………………

AGENTE ADMINISTRATIVO/DIGITADOR:………………………

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