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GOVERNO DO ESTADO DE MATRO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE


SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA, MINERAÇÃO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO


AMBIENTAL – EIA E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA PARA
IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE VEÍCULOS LEVE SOBRE TRILHOS (VLT)
NAS CIDADES DE CUIABÁ/MT E VÁRZEA GRANDE /MT.
AGECOPA

1 - INTRODUÇÃO

Este Termo de Referência tem como orientação básica as Resoluções do


Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA nº 001/86 e 237/97; o Código
Ambiental do Estado de Mato Grosso – Lei Complementar nº. 38, de 21de novembro
de 1995, e suas alterações. A elaboração do EIA/RIMA a serem apresentados pelos
empreendedores à Secretária Estadual do Meio Ambiente-SEMA, para instruir os
processos de licenciamento de obras de adequação para implantação de um
sistema de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) nas cidades de Cuiabá e Várzea
Grande/MT. Esse Termo de Referência não pretende esgotar todas as questões
relativas aos impactos ambientais da implantação de projetos de infraestrutura
urbana, devendo ser considerado os Planos e Programas governamentais propostos
e em implantação na área de influência do Projeto e sua compatibilidade com tais
projetos.

O Estudo de Impacto Ambiental deverá atender os princípios e objetivos da


Política Nacional do Meio Ambiente, bem como toda legislação a nível federal,
estadual e municipal, que sejam pertinentes às obras.
O Termo de Referência também deverá observar as diretrizes para a
elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e seu respectivo Relatório de
Impacto de Vizinhança (RIV), devendo observar os artigos 78 e 79 da Lei
Complementar n.° 150/2007 – Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico do
Município de Cuiabá, e a legislação do município de Várzea Grande assim como

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outras normas municipais, leis ambientais e outras eventualmente consideradas


necessárias.
O referido art. 78 obriga a delimitação de uma área de influencia direta e
indireta do empreendimento ou intervenção, o que implica a necessidade de análise
dos seguintes aspectos:
Sistema viário urbano e de transporte;
Infraestrutura básica;
Meio ambiente;
Padrões de uso e ocupação do solo na vizinhança;
Aspectos socioeconômicos;

2 - SUMÁRIO
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
2. DIRETRIZES GERAIS
3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO EIA

3 – ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO EIA


3.1- CONTEXTO DO PROJETO
a) Identificação do interessado
b) Caracterização geral das estruturas/obras
c) Métodos e técnicas de levantamento e análise de impacto ambiental
3.2- DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
a) Meio físico
b) Meio biótico
c) Meio antrópico

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3.3- IDENTIFICAÇÃO DAS ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E


TECNOLÓGICAS
3.4- PROGNÓSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
3.5- DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS /OBRAS
3.6- MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
3.7- PLANOS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

3.4 - DIAGNÓSTICO URBANISTICO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E


INDIRETA:
a) Sistema viário urbano e de transportes;
b) Infra-estrutura básica ;
c) Padrões de uso e ocupação do solo na vizinhança;
d) Socioeconômicos .

4 -ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO EIA/RIMA


4.1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
4.1.1 -O EIA/RIMA deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar habilitada,
responsável tecnicamente pelos estudos apresentados, às expensas do
empreendedor, devendo constar no documento nome, assinatura, registro no
respectivo Conselho Profissional e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
de cada profissional e da empresa;
4.1.2 O EIA/RIMA deverá ser apresentado em 05 (cinco) vias no formato A4
e 5 (cinco) vias em formato digital, obedecendo às diretrizes constantes deste
documento;
4.1.3 -As ilustrações, cartas, plantas, desenhos, mapas e fotografias, que
não puderem ser apresentadas nos formatos sugeridos nos itens anteriores, deverão

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constituir um volume anexo e ser perfeitamente legíveis em todas as cópias do


EIA/RIMA;
4.1.4 -Correrão por conta do proponente do projeto todos os custos e
despesas referentes à realização do EIA /IMA tais como: coleta e aquisição de
dados, inspeções de campo, análises laboratoriais, estudos técnicos e científicos,
ações de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
4.1.5 – O interessado fará publicar, nos meios de comunicação local (rádio,
TV e/ou jornais), uma sinopse do projeto contendo seus objetivos, impactos
previstos, medidas de controle propostas, etc;
4.1.6 - A SEMA encaminhará cópia do RIMA aos órgãos públicos que
tiverem relação com o projeto, informando e orientando quanto ao prazo para
manifestação;
4.1.7 -A SEMA manterá cópia do RIMA para consulta pública;
4.1.8 A Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SMDU do município de
Cuiabá, e a Secretaria de Meio Ambiente do município de Várzea Grande manterão
uma cópia dos estudos para consulta pública;

4.2 - DIRETRIZES GERAIS


4.2.1 - O EIA deverá analisar as alternativas de concepção, de localização,
tecnológicas e de técnicas construtivas previstas, inclusive a não realização das
obras, justificando a alternativa adotada, sob os pontos de vista técnico, ambiental,
urbanístico e econômico;
4.2.2 - Deverão ser pesquisados e monitorados os impactos gerados sobre a
área de influência direta e indireta, especialmente quando esta se tratar de unidade
de conservação, em todas as etapas do da obra, desde a execução até a
operação, incluindo as ações de manutenção;

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4.2.3 - O Referido estudo deverá obrigatoriamente propor alternativas de


concepção, de localização, tecnológicas e de técnicas construtivas, que evitem a
desafetação de área de Unidades de Conservações Estaduais e/ou Municipais ao
longo de seu traçado;
4.2.4 - Deverão ser pesquisados e analisados, para cada alternativa, os
impactos positivos e negativos; diretos e indiretos; primários e secundários;
imediatos, de médio e longo prazos; cíclicos, cumulativos e sinérgicos; locais e
regionais; estratégicos, temporários e permanentes; reversíveis e irreversíveis, bem
como os riscos e benefícios para as classes sociais atingidas pelas obras;
4.2.5 - Deverá ser analisada a compatibilização com a legislação ambiental
federal, estadual e municipal incidente sobre a obra e sua área de influência, com
indicação das limitações administrativas impostas pelo poder público.
4.2.6 - Identificação dos impactos a serem causados pelo empreendimento
ou atividade, nas fases de planejamento, implantação, operação e desativação, se
for o caso;
4.2.7 - Deverão ser levantadas informações relativas a outras obras, públicos
e/ou privados, previstos ou em implantação, na área de influência do projeto em
análise.
4.3. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO EIA

4.3.1 - CONTEXTO DO PROJETO


a) Identificação do interessado
Nome, razão social, endereço e endereço eletrônico para
correspondência;
Inscrição Estadual e CNPJ;
Nome, endereço, telefone e fax do responsável pelo
empreendimento;

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b) identificação do Responsável Técnico pelo licenciamento


Nome;
Endereço, telefone, fax e endereço eletrônico;
ART.
c) Caracterização geral das obras
Identificação da obra/estrutura;
Traçado Georreferenciado da obra;
Micro-Bacias hidrográficas;
Coordenadas geográficas;
Bacia hidrográfica principal;
Objetivos técnicos, econômicos, sociais e ambientais das
obras/estruturas;
Compatibilização do anteprojeto com o Plano Diretor Municipal, a
legislação urbanística (diretrizes básicas municipais e
metropolitanas, se for o caso) e com planos de desenvolvimento
ambiental e sócio-econômico existentes no município e com planos
de manejo de unidades de conservação localizadas na área de
influência da obra;
Justificativa da localização das obras/estruturas sob os aspectos
urbanísticos, ambientais e sócio-culturais;
Apresentação de manifestação prévia de órgãos ou instituições
responsáveis por Unidades de Conservação, caso as
obras/estruturas se localizem dentro ou num raio de 3km no entorno
de Unidade de Conservação que não esteja localizada em área
urbana consolidada, conforme CONAMA 428/10;
Estimativa da população fixa e flutuante que será diretamente
afetada de acordo com as regiões administrativas (Norte, Sul, Leste

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e Oeste do município de Cuiabá) ou conforme os corredores do VLT


em Cuiabá e Várzea Grande;
ART e Cadastro Técnico Estadual de todos os envolvidos na
elaboração dos estudos e projetos.
d) Aspectos metodológicos
Descrição sucinta dos métodos e técnicas adotados para realização do
EIA/RIMA, que permitiram a elaboração do diagnóstico e prognóstico ambiental, a
identificação de recursos tecnológicos para mitigação dos impactos negativos e
potencialização dos impactos positivos, a definição de medidas de controle e
monitoramento dos impactos ambientais.

4.3.2 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA.


Descrição e análise consubstanciada dos fatores ambientais físicos,
bióticos e sócio-econômicos e suas interações, de modo a caracterizar a qualidade
ambiental da área de influência e sua capacidade de suporte antes da implantação
do empreendimento. A delimitação da área de influência deverá abranger o conjunto
do território sujeito ao impacto direto e/ou indireto das obras/estruturas, incluindo os
critérios para sua definição e seu mapeamento em escala adequada.

Por meio de levantamentos quantitativos e qualitativos, deverão ser


descritos os aspectos do meio natural e antrópico susceptíveis de serem afetados
por sua realização, expondo as relações e interações entre os diversos
componentes do ambiente e abordando as diferentes formas de apropriação do
meio pela população, tendo em vista valores sociais, culturais e econômicos.
Apresenta-se, a seguir, relação de referência dos aspectos do meio físico,
biótico e antrópico a serem considerados.

a) Meio Físico

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O diagnóstico deverá permitir a avaliação da capacidade de suporte do


meio físico, frente às intervenções previstas na implantação das eobras/estruturas,
baseado em:

Caracterização geológica, geomorfológica, hidrogeológica e geotécnica


da área potencialmente atingida pelas obras/estruturas, identificando
inclusive as áreas de recarga do aquífero e de risco geológico;
Levantamento geológico da área;
Caracterização climática e metereológica, indicando as temperaturas
máximas, médias e mínimas, índice pluviométrico, umidade relativa,
velocidade e direção predominante dos ventos;
Caracterização dos níveis de ruído da região;
Qualidade da água dos córregos que drenam a área das
obras/estruturas e que poderão ser utilizados como corpos receptores
dos sistemas de drenagem e esgotamento sanitário;
Caracterização da unidade de conservação ou indiretamente atingida
pela obra;
Quando em terreno que contenha vegetação de interesse de
preservação ou recuperação, ou essa esteja em terreno adjacente à
atividade ou empreendimento ou em área pública, deverá apresentar
análise do impacto causado com proposta de mitigação dos danos,
remanejando e/ou recuperação da vegetação, a exemplo do Campo do
Bode na região do Porto;
Caracterização das áreas das unidades de conservação direta e/ou
indiretamente atingidas pela obra.

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b) Meio Biótico
O diagnóstico deverá abranger a área de influência direta das
obras/estruturas;

Apresentação de mapa de uso da terra em escala adequada à


interpretação e checagem em campo dos dados, identificando as áreas de
amostragem da fauna e da flora, áreas de influência em unidades de
conservação. Se for o caso;

Descrição sucinta dos procedimentos metodológicos utilizados no


trabalho de campo para levantamento da fauna e da flora, assegurando um
número de campanhas suficientes para a caracterização dos ambientes e
grupos faunísticos;

Identificação das fisionomias vegetacionais da área de influência,


caracterizando-as quanto à composição florística – destacar espécies mais
importantes, segundo parâmetros de frequência, densidade, dominância,
diversidade, etc – estrutura, suporte à fauna, grau de conservação e
disposição das tipologias vegetais naturais, ou seja, sua representação
espacial. Se em forma de fragmentos, informar sobre o grau de fragmentação,
densidade, tamanho e poder de conexão/formação de corredores, de forma a
compor uma análise crítica dos ambientes a serem alterados e sua relação e
dependência com outros remanescentes da área de entorno e de influência
indireta;

Quantificação e qualificação da vegetação diretamente afetada,


caracterizando seu estado de conservação e estrutura e relação de impacto
sobre os ambientes remanescentes;

Caracterização da fauna. Destacando, em todas as classes


relacionadas seu status de conservação, espécies que possam servir como

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indicadores biológicos de alterações ambientais e de qualidade ambiental,


migratórias e de interesse para a saúde pública, como animais peçonhentos e
os vetores de doenças, se for o caso;

c) Meio Antrópico
O diagnóstico deverá apresentar a capacidade de suporte da estrutura
urbana do município face à realização das obras/estruturas, tendo em vista a
qualidade sócio-ambiental atual das áreas ocupadas e a ocupar e os impactos sobre
sua estrutura sócio-econômica e urbana, com relação a:

prestação de serviços urbanos básicos;

infra-estrutura de saneamento;

sistema viário e transportes;

alteração na demanda de empregos;

relações de área e uso urbano;

estrutura comunitária.

Neste sentido, deverão ser analisados e correlacionados:


Dinâmica populacional do município, incluindo a evolução do
crescimento demográfico (série temporal e tendências), taxa de
crescimento, densidade e distribuição da população urbana e rural;
População economicamente ativa por setor de atividade econômica,
taxa de desemprego, composição populacional por faixa etária e
gênero;
Descrição e caracterização dos parâmetros referentes à distribuição,
composição, ocupação e nível sócio–econômico da população
diretamente e indiretamente afetada pelo empreendimento;

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Caracterização detalhada do município e da área de influência quanto


às principais atividades econômicas, incluindo fatores de produção,
composição da produção local, contribuição de cada setor econômico
na geração de receitas locais, geração de emprego em nível
tecnológico por setor, as relações de troca entre economia local e
micro-regional, regional e nacional;
Caracterização dos equipamentos urbanos e da infra-estrutura urbana
básica/redes de abastecimento de água, esgoto sanitário, drenagem,
energia elétrica, serviço de coleta de lixo, tele-comunicações, sistema
viário e de transporte, linhas de transmissão de energia elétrica do
município e da área de influência, tendo em vista o atendimento à
demanda instalada e as perspectivas de desenvolvimento municipal;
Caracterização quantitativa e qualitativa das organizações sociais
destacando grupos, associações e movimentos comunitários da área
de influência;
Caracterização quantitativa e qualitativa das condições de saúde,
educação, turismo, lazer, cultura e segurança social da população na
área de influência;
Identificação e delimitação, em escala adequada, das áreas de
expansão urbana, industrial e turística, unidades de conservação e dos
principais usos do solo: residencial, comercial, industrial, de recreação,
turístico, agricultura, pecuária e atividades extrativas, bem como dos
equipamentos urbanos e elementos do patrimônio histórico,
arqueológico, paisagístico e cultural, anexando as disposições legais
do zoneamento;

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Caracterização das vias de acesso e capacidade da infra-estrutura


viária na área de influência e localização e dimensionamento dos
acessos específicos aos empreendimentos;
Caracterização das alternativas de rotas de tráfego quando do
impedimento do uso dos corredores pelos usuários durantes as obras;
Indicação de possíveis alterações na classificação do sistema viário
existente e fluxo de tráfego no entorno em decorrência da implantação
do empreendimento;
Identificação de pontos vulneráveis a acidentes, incluindo dados
estatísticos;
Avaliação da qualidade do atendimento dos sistemas de transporte
coletivo;
Identificação dos elementos da estrutura urbana sujeitos a impactos;
Avaliar os impactos caso no Estudo esteja previsto a eliminação dos
estacionamentos 45º (quarenta cinco graus) ou em fila indiana nas
Avenidas Fernando Correa e Av. Historiador Rubens de Mendonça.

4.3.3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO


A apresentação de todas as obras propostas deverá ser descrita em texto,
acompanhado dos ante-projetos e demais documentos necessários a análise
ambiental, permitindo a avaliação da qualidade da alternativa técnica adotada para
as mesmas, do ponto de vista ambiental e sócio–econômico, contendo também:
a) Quadro estatístico da distribuição de áreas propostas para o
obras/estruturas, apresentando as áreas destinadas ao domínio público
(sistema viário, áreas verdes e institucionais);
b) Informação sobre os parâmetros de uso e ocupação do solo definidos
nas diretrizes municipais ou propostos pelo interessado, conforme

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legislação municipal em vigor, de modo a possibilitar a estimativa de


população e respectiva densidade;
c) Esclarecimentos sobre como serão as alternativas da malha viária
durante o período de execução das obras;
d) Apresentação de uma avaliação geotécnica das áreas, considerando
as de alta declividade, a estabilidade e capacidade de suporte do terreno
em função dos usos previstos, incluindo mapa de declividades e
zoneamento geológico-geotécnico dos locais dos empreendimentos;
e) Mapa de risco geotécnico dos locais das obras superposto ao estudo
urbanístico;
f) Ante-projeto de terraplenagem, contendo as plataformas; “off-sets”;
indicação das áreas de corte e aterro a serem utilizados nas obras de
instalação dos empreendimentos; locais de empréstimo e bota-fora;
estimativa dos volumes; categoria dos materiais a serem escavados;
distribuição dos materiais, obras e medidas de proteção contra erosão,
conforme previsão de terraplanagem. O traçado mais favorável do
arruamento deve acompanhar as características naturais do terreno, de
forma a se evitarem, ao máximo os movimentos de terra;
g) Apresentação de dados referentes à qualificação e dimensão das áreas
a serem submetidas à supressão vegetal;
h) Informação sobre a conservação dos solos, revegetação, recuperação
e paisagismo de alguma área, porventura degradada, de espaços públicos
de recreação, unidades de conservação, bem como a arborização do
sistema viário, indicando, inclusive, as espécies a serem utilizadas;
i) Apresentação das obras e equipamentos de infra-estrutura básica e
complementar, que deverão dar suporte à implantação e operação das

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obras/estruturas, justificando as alternativas adotadas e identificando os


responsáveis pela sua implantação;
j) Concepção básica dos sistemas de saneamento básico, conforme se
segue:
1) Drenagem Pluvial:
Apresentação das alternativas de concepção, de localização,
tecnologias e métodos construtivos adotados, justificando a
alternativa escolhida e os parâmetros de projeto, sob os
aspectos técnico e ambiental;
Localização do projeto, em escala adequada, indicando na área
de influência direta os corpos d’água, detalhando aqueles que
serão objeto de intervenção; os equipamentos urbanos e de
lazer e edificações e unidades de conservação a serem
impactadas;
Memorial Descritivo do sistema contendo, no mínimo, as
seguintes informações:
a) concepção, dimensionamento preliminar e características
técnicas dos elementos do sistema;
b) vazões de projeto, vazão de estiagem, declividades, velocidades
críticas de escoamento;
c) descrição e cronograma detalhados das etapas de implantação;
d) descrição dos sistemas operacionais e de manutenção,
identificando as entidades responsáveis pelos mesmos;
e) previsão de ampliação do sistema;
As seguintes representações gráficas do sistema, em escala
adequada:

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traçado básico proposto, indicando a faixa de servidão, as vias


marginais e as possíveis interferências com sistemas viários,
cursos d’água, unidades de conservação e com outros sistemas
ou equipamentos urbanos;
seções-tipo ao longo dos canais;
localização dos pontos de lançamento e indicação das estruturas
hidráulicas especiais;
As seguintes informações sobre a etapa de operação/utilização do
sistema:
procedimentos operacionais e programas de manutenção;
qualificação e estimativa da mão-de-obra.

2) Abastecimento de água
Apresentação das alternativas de uso de mananciais (inclusive os
subterrâneos), de concepção, de localização e as tecnologias e métodos
construtivos estudados, justificando as alternativas escolhidas e os parâmetros de
projeto adotados, sob o aspecto técnico, econômico e ambiental, bem como sua
compatibilização com os sistemas de abastecimento de água existentes e
planejados. No caso de utilização do sistema público de abastecimento de água,
apresentar termo de anuência do órgão responsável por sua administração.
2.1 As redes e ramais de abastecimento de água de Cuiabá e Varzea
Grande, estão localizadas nas avenidas e rotatórias da cidade, sendo algumas
grandes adutoras;
2.2. Indicar se essas intervenções trarão interferência no planejamento
das obras de esgoto sanitário, conforme as diretrizes estabelecidas nas obras do
PAC,ou projetos específicos do DAE/Várzea Grande e Sanecap/Cuiabá;

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2.3 Apresentar projeto de remanejamento das redes de água, caso


haja necessidade;
2.4 Apresentar o planejamento e alternativas de redistribuição ou
remanejamento para a interrupção do sistema de abastecimento de água;

3) Esgotos Sanitários
Descrição do sistema coletor, destinação final e ponto(s) de
lançamento dos efluentes, assim como suas alternativas; compatibilização com os
sistemas de esgotos sanitários existentes e planejados; estimativas de vazões; área
disponível para tratamento; alternativas de concepção, de localização (ou traçado),
tecnológicas e construtivas; justificativas quanto à alternativa escolhida e os
parâmetros de projeto adotados, sob os aspectos técnicos e ambientais. No caso de
utilização do sistema público de esgotamento sanitário apresentar termo de
anuência do órgão responsável por sua administração.
Na hipótese de adoção de sistema próprio deverão ser apresentados
ainda:
Memorial Descritivo do sistema contendo, no mínimo, as seguintes
informações:
a) concepção, dimensionamento preliminar e características técnicas
dos elementos do sistema;
b) descrição e cronograma detalhados das etapas de implantação;
c) previsão de ampliação do sistema;
d) descrição dos sistemas operacionais, identificando as entidades
responsáveis pela operação e manutenção do sistema;
e) nos casos de ETE’s, apresentar: caracterização dos efluentes
quanto à vazão e aos seguintes parâmetros: pH, temperatura, DBO,
sólidos em suspensão e óleos e graxas; dimensionamento

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preliminar, caracterização, armazenamento, transporte e disposição


final de lodo e demais resíduos gerados nas unidades de
tratamento; especificação, quantidade e local de armazenamento
dos produtos químicos utilizados para tratamento de esgotos. local
de lançamento do efluente de origem doméstica, mesmo que
tratados. Em caso de lançamento em corpos d’água, apresentar a
caracterização do mesmo quanto à sua capacidade de auto-
depuração. Em caso de utilização do sistema público existente,
apresentar termo de anuência do órgão responsável por sua
administração, atestando a sua capacidade de recebimento e
tratamento do efluente.
f) anuência para ocupação da APP.

As seguintes representações gráficas do sistema, em escala


adequada:
“lay-out” das unidades indicando a distribuição das áreas destinadas às
diferentes unidades e componentes do sistema, inclusive pátios de serviços e
manobras, faixas de proteção, pontos de geração, armazenamento e
disposição final de resíduos, etc;
localização das áreas previstas para ampliação e implantação de unidades
complementares ao sistema;
As seguintes informações sobre a operação do sistema:
a) período de pré-operação – fase de testes;
b) procedimentos operacionais da unidade;
c) procedimentos operacionais, regime de funcionamento e
programas de manutenção;
d) qualificação e estimativa de mão-de-obra.

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4) Destinação Final de Resíduos Sólidos


Apresentação das alternativas de concepção, de localização,
tecnológicas e construtivas estudadas, justificando a alternativa escolhida e os
parâmetros de projeto adotados, sob os aspectos técnico, econômico e ambiental.
No caso de utilização do sistema público de limpeza urbana, apresentar termo
de anuência do órgão responsável por sua operação.

k) Cronograma de implantação:
1. apresentação do cronograma preliminar de implantação das
obras/estruturas, incluindo as obras e dispositivos de infra-estrutura e as
prováveis ampliações.
2. apresentação das seguintes informações sobre a etapa de execução
das obras:
descrição das desapropriações;
localização e dimensionamento preliminar das atividades a serem
desenvolvidas no canteiro de obras (alojamentos, refeitórios,
serralheria, depósitos, oficina mecânica, etc);
descrição das ações para limpeza do terreno, remoção de vegetação e
espécies da fauna, movimentos de terra;
descrição dos equipamentos e técnicas construtivas que serão
empregadas nas escavações, nos movimentos de terra, na
pavimentação, no assentamento de tubulações, etc;
origem e estimativa da mão de obra empregada
localização e caracterização das áreas de empréstimo e de bota-fora;
descrição da solução a ser adotada para o controle de resíduos
sólidos, líquidos e gasosos gerados durante a execução das obras.

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4.3.4 - CARTOGRAFIA BÁSICA


A descrição do empreendimento será acompanhada, no mínimo, dos
seguintes mapas, desenhos e plantas:
4.3.4-1 - Mapa de situação das obras /estruturas, indicando o
posicionamento frente à divisão político-administrativa, à rede hidrográfica
regional, às Unidades de Conservação da região, ao sistema viário
principal e aos bairros e/ou distritos situados no seu entorno;
4.3.4-2 Locação do perímetro da área através de imagem de satélite em
escala adequada;
4.3.4-3 Planta de uso e ocupação do solo do local onde serão realizadas
as obras e de seu entorno imediato;
4.3.4-4 Mapa risco geológico-geotécnico das obras superposto ao
estudo urbanístico;
4.3.4-5 Seções transversais-tipo das vias projetadas.

4.3.5 - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO


Relatório fotográfico abrangendo toda a área do empreendimento, bem como
do seu entorno imediato.

4.3.6 - PROGNÓSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


O prognóstico dos impactos ambientais deverá identificar e analisar os efeitos
ambientais das obras/estruturas na área de influência para a(s) alternativa(s)
estudada(s), tendo em vista as possibilidades tecnológicas e econômicas de
prevenção, controle, mitigação e reparação dos impactos negativos, nas fases de
planejamento, execução de obras e ocupação.

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A avaliação de impactos ambientais deverá permitir a determinação da


magnitude e da importância dos impactos, identificando os indicadores de impacto
adotados, os critérios, os métodos e as técnicas utilizadas.

A síntese dos impactos ambientais, positivos e negativos, previstos em cada


fase do empreendimento, deverá permitir o prognóstico da qualidade ambiental na
área de influência direta e indireta no caso de adoção da alternativa selecionada, e
na hipótese de sua não implementação, determinando e justificando os horizontes
de tempo considerados.

Na fase de planejamento das obras:


Impactos sobre a estrutura urbana do entorno;
Impactos sobre o uso e ocupação do solo da região,especialmente em
relação às unidades de conservação, quando for o caso;
Impactos sobre a valorização dos imóveis afetados e do entorno;
Relação às unidades de conservação, quando for o caso;
Impactos sobre a fauna e flora na área de influencia direta do
empreendimento;

Na fase de instalação das obras:


Incômodos provocados na população por ruídos, poluição do ar, vibrações
sonoras e do solo e tráfego de máquinas, em função da instalação das
obras e das atividades desenvolvidas na área das obras/estruturas;
Interferência com fenômenos biológicos (fonte de alimento, sítios de
reprodução, abrigo, presença de micro-habitats específicos, etc);
Interferência das obras no patrimônio histórico e paisagístico;
Interferência das obras nos sistemas de infra-estrutura e nos
equipamentos urbanos;

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Alterações do fluxo da água subterrânea, na estabilidade dos solos e


sobre as fundações das edificações vizinhas às obras, em função do
movimento de terra previsto;
Impactos dos movimentos de terra nos corpos d'água a jusante das obras,
principalmente quanto ao assoreamento;
Impactos sociais, econômicos e culturais da desapropriação de imóveis e
da remoção de população;
Impactos relativos às condições de permeabilidade, infiltração e
escoamento superficial;
Impactos sobre as vazões, fluxo e alimentação dos recursos hídricos.
Impactos na malha viária urbana;
Impactos sobre a fauna e flora na área de influencia direta do
empreendimento;
Impactos sobre unidades de conservação, quando for o caso.
Na fase de ocupação das obras:
Impactos sobre o comportamento hidráulico dos cursos d’água;
Impactos sobre a qualidade da água do corpo receptor causados pelo
lançamento final dos efluentes sanitários
Impactos sobre a fauna e flora na área de influencia direta do
empreendimento;
Impactos do incremento de população, estimada de acordo com os
parâmetros de uso e ocupação do solo adotados pela legislação
urbanística municipal, sobre o entorno e sobre a estrutura e infra-estrutura
urbana do entorno;
Alterações na estrutura produtiva;
Impacto visual, paisagístico e acústico.
Impactos na malha viária urbana;

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Impactos sobre unidades de conservação.

4.3.7 - MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS


Análise e seleção das medidas, equipamentos ou procedimentos, de natureza
preventiva, corretiva ou compensatória, que serão adotadas para prevenir, reduzir ou
corrigir a magnitude dos impactos negativos sobre os fatores físicos, bióticos e
sócio-econômicos ainda a adoção de medidas compensatórias, em cada fase do
empreendimento, especificando o seu custo e avaliando sua eficiência, com ênfase
no seguinte:
Controle do tráfego urbano nas afetadas pelas obras/estruturas;
Minimização dos impactos decorrentes da desapropriação de imóveis e
remoção da população;
Redução das interferências e incômodos das obras na população;
Recuperação e recomposição paisagística das áreas de empréstimo e
bota-fora;
Controle de erosão, estabilização e recuperação paisagística dos
taludes;
Garantia do atendimento aos padrões de qualidade da água;
Controle de processos erosivos.
Minimização da sobrecarga de demanda de infra-estrutura e
equipamentos urbanos básicos.
Implementação de programa de comunicação social com vistas as
obras e medidas alternativas de controle de tráfego;
Implementação de programa de resgate de fauna e flora na área de
influencia direta do empreendimento;
Elaborar quadro síntese de impactos e medidas mitigadoras e
compensatórias a serem adotadas.

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4.3.8 PLANO DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO


Deverão ser apresentados os planos de acompanhamento e monitoramento dos
impactos e medidas mitigadoras, incluindo, no mínimo:
1. –Plano de controle de tráfego
2. Plano acompanhamento dos programas de desapropriação de imóveis,
remoção e relocação dos imóveis e população;
3. Plano de avaliação das obras destinadas a contenção de encostas e
drenagem pluvial;
4. Plano de avaliação e acompanhamento de resgate de fauna e flora na área
de influencia direta do empreendimento;
5. Plano de acompanhamento do desenvolvimento da arborização;
6. Plano de acompanhamento técnico periódico do empreendimento, durante a
fase de execução de obras, indicando as condições das obras e da área de
entorno;
Plano de acompanhamento técnico com relatório fotográfico periódico das
obras de recuperação e recomposição paisagística das áreas impactadas.

5. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RIMA


Elaboração do RIMA, consubstanciando, de forma objetiva e sintética, os
resultados do estudo de impacto ambiental, em linguagem corrente e acessível a
leigos, sem prejuízo de sua qualidade técnica, contendo, no mínimo:

Descrição sucinta do projeto e alternativas de concepção, de localização,


tecnológicas e de técnicas construtivas previstas, nas fases de execução de
obras e operação, ilustrada por desenhos, mapas, gráficos e demais técnicas
de comunicação visual adequadas;

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Justificativas técnicas, econômicas e ambientais do projeto e da alternativa


selecionada;
Indicação da compatibilidade do projeto com os planos, programas e projetos
setoriais existentes e projetados para a área de influência;
Síntese do diagnóstico ambiental da área de influência;
Descrição dos principais impactos prováveis, positivos e negativos,
identificados nas fases de execução de obras e operação do
empreendimento;
Caracterização sucinta da qualidade ambiental futura na área de influência,
para cada alternativa considerada;
Descrição das medidas mitigadoras e sua eficiência, relacionando os
impactos que não poderão ser evitados ou mitigados;
Plano de acompanhamento e monitoração dos impactos;
Equipe técnica, seus currículos e ARTs.

6 . COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Apresentar os dados técnicos necessários ao cumprimento do DECRETO N°
6.848, de 15 de maio de 2009 que estabelece a forma de calculo da Compensação
Ambiental.

7 - ANÁLISE INTEGRADA DA OBRA DO VLT E RELAÇÃO COM SISTEMA DE


TRANSPORTE COLETIVO
Deverá ser apresentada junto com o Estudo de Impacto Ambiental das obras
e estruturas uma avaliação integrada do corredor do qual a obra faz parte, onde
deve apresentado a caracterização do corredor, que deve considerar informações

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como: dimensões de faixas, vias, calçadas, terminais, pontos de parada, paisagismo,


áreas de canteiros de obras, bota-fora e empréstimo e seu manejo, operação de
garagens, desvios/sinalizações de trânsito, drenagem, métodos construtivos, origem
e destino das linhas-tronco e alimentadoras, integrações intermodais, interbairros,
entre outros;
Devem ser explicitados todos os aspectos dimensionais do empreendimento,
a saber: dimensões das pistas de rolamento de veículos; dimensões de separadores
de tráfego; dimensões de áreas de espera, embarque e desembarque nos pontos de
parada; dimensões de terminais e garagens em suas diferentes versões.
Deve apresentar informações quanto a:
A configuração física do corredor, os critérios para definição dos
mesmos, levando em consideração pelo menos três alternativas locacionais e
tecnológicas;
A metodologia para avaliação de congestionamento viário ou tráfego
total na situação com e sem projeto do corredor, com o fim de verificar-se,
caso a caso, os reflexos da redução de espaço para o tráfego geral;
O estudo deverá avaliar o sistema propulsor e dos conceitos
operacionais de forma integrada, abordando suas vantagens e desvantagens
nos campos econômico e ambiental;
Avaliar a questão da integração com o sistema de transporte existente,
avaliação quanto a forma de integração tarifária, no que se refere aos
terminais em área paga versus bilhetagem, verificando a possibilidade da
utilização de bilhetes de passagem com validade temporal, ou outras
alternativas que favoreçam e facilitam a condição de trafegabilidade do
usuário do sistema;
Deverão ser apresentados os critérios norteadores das soluções
adotadas para a configuração física de cada corredor, a quantificação e

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análise das possibilidades de atração de viagens realizadas por bicicletas, e


análise das possibilidades de atração de viagens realizadas por veículos
particulares;
Deve ser considerado o tratamento dado a casos como:
Conflitos entre o tráfego geral, os ônibus e os pedestres;
Problemas de estacionamento e de carga e descarga nos
estabelecimentos comerciais lindeiros aos corredores e terminais;
Conflitos entre o tráfego direto e o que vira à direita e à esquerda;
Aspectos de sinalização horizontal, vertical, semafórica, etc.

Deverá ser elaborado programas de monitoramento referentes aos


corredores, o desenvolvimento de pesquisas para avaliação do valor da
terra/imóveis (residencial e comercial), antes e depois da implantação dos projetos, e
ser apresentada a metodologia de avaliação.
Deverão ser realizados estudos comparativos entre as alternativas dos locais
onde forem identificados impactos de alta relevância e/ou magnitude (trechos
críticos), especialmente no que se refere a localização de terminais e estações de
transferência do projeto, considerando entre outros, os seguintes parâmetros:
uso e ocupação do solo por critério de predominância;
disponibilidade de área pública;
afetação de propriedades particulares e comerciais;
densidade, distribuição espacial, espécie e porte da vegetação a ser
afetada;
Apresentar estudos de uso e ocupação do solo no entorno dos Corredores e
dos Terminais, visando a criação de instrumentos legais que tragam ganho de
qualidade ambiental e imobiliária pela inserção dos mesmos na malha urbana. A
área de estudos deve abranger uma faixa de 2 quadras além das áreas lindeiras.

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Os mecanismos institucionais devem conter projetos de legislação que:


Torne o corredor mais eficiente, protegendo os pedestres e valorizando
tanto os coletivos quanto os autos particulares, pois haverá menor emissão de
poluentes;
Incentivem o processo de renovação e criação imobiliária, dentro de
parâmetros que aumentem a segurança e a fluidez do tráfego;
Melhorem a integração do sistema de transporte com o uso e ocupação
do solo; aumentem a segurança e o conforto dos usuários do transporte
coletivo e dos pedestres em geral;
Aumentem a demanda sobre o sistema de transporte público, permitam
maior eficiência na sua operação, equilibrando os picos e os vales de
demanda;
Criem sem ônus aos cofres públicos, mais espaço viário - faixas e vias
- para a circulação longitudinal e transversal do tráfego nas imediações ao
Corredor e Terminais.

7.1 - Qualidade do Ar
Deverá ser realizado estudo de dispersão de poluentes para as áreas que
apresentarem deterioração da qualidade do ar (entorno dos terminais). Este estudo
deverá contemplar duas condições de tráfego: movimento na velocidade média e
engarrafamento. O estudo deverá definir os níveis máximos de concentração de
poluentes em receptores numéricos. Para avaliação de impacto, os valores obtidos
da modelagem deverão ser adicionados às concentrações de fundo (background) e
comparados aos padrões ambientais.

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Deverá ser definido e detalhado programa de monitoramento e localização de


monitores para avaliação da qualidade do ar e ruído nas áreas consideradas críticas
(terminais). Deverão ser propostas medidas mitigadoras para ar e ruído nos casos
em que forem detectadas deteriorações à qualidade do ar.

7.2 - Arborização
Desenvolver análise e avaliação específica dos impactos que poderão ocorrer
com a remoção das árvores para implantação do corredor e respectivos terminais de
integração, considerando as espécies e o porte das árvores, bem como a
distribuição espacial daquelas a serem suprimidas e/ou remanescentes, avaliando a
possibilidade de resgate e replantio indivíduos de espécies nativas significativas
para o contesto urbanistico.

7.3 – Patrimônios Histórico Culturais


A identificação e descrição dos elementos do Patrimônio Histórico e Cultural
devem incluir:
áreas e monumentos históricos culturais;
áreas de edificações de valor histórico e arquitetônico.
Identificados os patrimônios deverá ser desenvolvido a análise e avaliação
específica dos impactos que poderão ocorrer com a remoção dos monumentos
históricos para implantação do corredor e respectivos terminais de integração,
considerando a relocação dos mesmos. E quando for o caso deve receber
autorização específica do IPHAN.

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7.4 - Cronograma Físico-financeiro da obra


Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem executados
ao longo do tempo de duração da obra demonstrando, em cada período, o
percentual físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.

8 – Projeto Basico
Apresentar um Projeto Básico com de elementos necessários e suficientes e
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de
obras ou serviços, elaborados com base nas normas técnicas e legislação vigente,
nas indicações de programa de necessidades e de estudos técnicos preliminares,
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental
do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos
métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
Contemplar os trechos onde haverá desapropriação, além de apresentar
todas as obras de desbloqueio que serão e estão sendo feitas;
Apresentar as rotas alternativas utilizadas quando as principais avenidas (Av.
Historiador Rubens de Mendonça, Av. Fernando Correa e Av. Miguel Sutil,
Avenida da FEB) forem interditadas para construção das trincheiras e linhas
do VLT;
Se as vias de desbloqueio serão capazes de absorver todo o trânsito que hoje
circula nas vias arteriais, vias estas com maior número de intervenções;
Ainda sobre as obras de desbloqueio, devem-se realizar contagens
especificas para análise dos pontos críticos das vias locais;
Com relação à área de entorno próximo, estimar o impacto que essas obras
irão causar durante a execução e o que poderá ser feito para amenizar tais

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transtornos como por exemplo: poeira, ruído, vibrações, congestionamentos,


etc;
Apontar os impactos sociais do entorno, como valorização e desvalorização
de imóveis e terrenos ou sucedâneos, enfatizando os aspectos positivos e
negativos gerados no decorrer das obras e posterior;
Como será realizada a travessia de pedestre nessas grandes avenidas,
principalmente nos trechos que coincidirem com o VLT;
Apresentar quais serão os trechos onde haverá conflito no cruzamento de
automóveis com o VLT, quais os riscos desse tipo de cruzamento e o que
será feito amenizar essas situações;
Como se dará a integração do VLT com o restante do sistema de transporte
urbano coletivo (ônibus);
Apresentar a estimativa de preço prevista para as passagens e se será
necessário contrapartida do município nos custeios destas;
O estudo deverá apontar qual a melhor local que o VLT irá ocupar nas vias, o
qual causará menor impacto possível e se há outras alternativas;
Qual será a solução adotada nos trechos onde houver cruzamento entre
veículos com o VLT;
Indicador da área ou extensão e/ou capacidade do empreendimento;
Informações técnicas necessárias e suficientes ao atendimento das
exigências legais para os procedimentos de análise e de aprovação do
projeto legal e da construção, incluindo os órgãos públicos e as companhias
concessionárias de serviços públicos, tais como departamentos de obras e de
urbanismo municipais, conselho dos patrimônios artísticos e históricos
municipais e estaduais, autoridades estaduais e federais para a proteção dos
mananciais e do meio ambiente, departamento de aeronáutica civil, etc.;

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Devem estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos, todas


as características, dimensões, especificações, custos e tempo necessários para
execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração
do projeto executivo e realização das obras.
A escolha desses componentes deve estar pautada nos requisitos de:
segurança, funcionalidade e adequação ao interesse público, economia na
execução, conservação e operação, possibilidade de emprego de mão-de-obra,
materiais, tecnologia e matérias primas existentes no local para execução,
conservação e operação; facilidade na execução, conservação e operação sem
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço, bem como do impacto ambiental.

Cuiabá/MT, 13 de setembro de 2011.

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