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LEVANTAMENTO ARBÓREO
LEVANTAMENTO ARBÓREO
LEVANTAMENTO ARBÓREO
Cliente: COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
CNPJ: 33.352.394/0001-04
MAIO DE 2023
COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
LEVANTAMENTO ARBÓREO
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1
2. DADOS GERAIS................................................................................................................................ 1
2.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................................................. 2
2.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................................................................... 2
2.3. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA DE CONSULTORIA ...................................................................................... 2
2.4. IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE LEGAL PELA EMPRESA CONSULTORA ..................................................... 2
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 3
3.1. GERAL .......................................................................................................................................... 3
3.2. ESPECÍFICOS ................................................................................................................................... 3
4. LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................. 3
5. METODOLOGIA ............................................................................................................................... 5
5.1. AMOSTRAGEM ............................................................................................................................... 5
5.1.1. COLETA DE DADOS ............................................................................................................................. 6
5.1.2. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ................................................................................................................ 6
5.2. PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS ...................................................................................................... 8
5.3. CLASSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DAS ESPÉCIES ........................................................................................... 10
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 11
6.1. CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ............................................................................... 11
6.2. INVENTÁRIO FLORESTAL ...................................................................................................................... 12
6.3. ESTRUTURA DIAMÉTRICA ..................................................................................................................... 14
6.4. ESTRUTURA HORIZONTAL .................................................................................................................... 15
6.5. ÁREA BASAL E VOLUMETRIA ................................................................................................................. 16
6.6. ESPÉCIES AMEAÇADAS OU RARAS .......................................................................................................... 17
6.7. ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS ............................................................................................................. 17
6.8. PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS E CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA HORIZONTAL .......................................... 17
6.9. ESTÁGIO SUCESSIONAL ........................................................................................................................ 19
6.10. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E ÁREAS DE PROTEÇÃO ............................................................................... 20
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 22
8. EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................... 25
9. ANEXO I ........................................................................................................................................ 26
10. ANEXO II ....................................................................................................................................... 28
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1. APRESENTAÇÃO
2. DADOS GERAIS
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Endereço Estrada Abílio Távora, (antiga Estrada de Madureira), Bairro Jardim Paraiso, Nova Iguaçu – RJ.
E-mail ecprio@ecprio.com.br
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3. OBJETIVOS
3.1. Geral
Realizar levantamento arbóreo das espécies existentes na área de estudo de acordo com os critérios
estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 06 de 4 de 1994, Resolução CONAMA Nº 10 de 1º de outubro
de 1993 e Lei da Mata Atlântica 11.428/06.
3.2. Específicos
4. LOCALIZAÇÃO
O terreno do empreendimento está localizado na Estrada Abílio Távora (antiga Estrada de Madureira),
Bairro Jardim Paraiso, Nova Iguaçu - RJ.
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Figura 2: Vista da área de estudo, acima pastagem e abaixo parte do polígono de supressão.
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Itens Dados
5. METODOLOGIA
5.1. Amostragem
Segundo Péllico Netto e Brena (1997), método de amostragem significa a abordagem da população
referente a uma única unidade amostral. Esta abordagem da população pode ser feita através dos diversos
métodos, neste estudo foi selecionado para a execução do inventário o método de censo da população
florestal.
De acordo com OLIVEIRA (2020), o censo florestal pode ser adotado quando houver áreas pequenas ou
quando se faz necessário conhecer cada indivíduo presente em seu povoamento, geralmente formado por
espécies de grande importância econômica, ou em trabalhos de pesquisa científica, onde a exatidão dos
resultados é necessária. Dessa forma, buscou-se qualificar, quantificar e caracterizar a vegetação, da
melhor maneira possível para fins de licenciamento.
O censo florestal foi feito ao longo do empreendimento, com base nas características observadas em
campo de todos os indivíduos, com auxílio da planta planialtimétrica, utilizando-se um receptor de
navegação do Sistema de Posicionamento Global ou Global Positioning System (GPS) para localizar os
indivíduos.
Durante a coleta dos dados dendrométricos, foram realizados caminhamentos na área de estudo com o
intuito de avaliar o grupo de lianas e herbáceas presentes nos indivíduos arbóreos levantados, tanto no
estrato de sub-bosque, na altura do DAP, quanto o de dossel das árvores.
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Os indivíduos observados foram marcados e etiquetados, verificou-se a altura predominante das árvores
com o auxílio de vara de podão, DAP (Diâmetro à Altura do Peito – 1,30 m a partir do solo) dos indivíduos
arbóreos, grau de cobertura do estrato arbóreo, abundância de lianas herbáceas e lenhosas, abundância
de epífitas e presença de sinais antrópicos em geral (clareiras, trilhas, solo revolvido, cepas de árvores e
presença de tubulação) e os aspectos de fitossanidade da árvore.
Para o presente trabalho foram utilizados os seguintes equipamentos: trena de 50 metros, fita métrica,
fita sinalizadora, fita crepe, receptor GPS, planilhas, fichas de campo, saco de plástico grande para coleta,
podão, facão, tesoura, plaquetas (para identificação das árvores), caneta retroprojetor, lápis, borracha,
grampeador de metal, grampos e máquina fotográfica.
Para auxiliar o trabalho de campo foram utilizadas fichas de campo, composta dos seguintes itens:
Nome Nome
Nº DAP HT Copa GPS
Científico Popular
Onde:
N = número da árvore;
Nome Científico = nome científico da espécie;
Nome Popular = nome comum e mais conhecido;
DAP = diâmetro a altura do peito (perímetro);
HT = altura total;
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Figura 3. Técnico medindo o DAP do indivíduo arbóreo. Figura 4. Uso de GPS para determinar o ponto
georreferenciado.
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Para o cálculo dos parâmetros fitossociológicos, foram coletados os dados referentes a altura total,
altura da copa e o diâmetro à altura do peito (DAP). A partir dos dados obtidos, foram calculados os
seguintes parâmetros fitossociológicos:
• Frequência Absoluta (FA): expressa, em porcentagem, a relação entre o número de pontos em que
ocorre uma dada espécie e o número total de pontos.
• Frequência Relativa (FR): expressa, em porcentagem, a relação entre a frequência absoluta de uma
dada espécie com as frequências absolutas de todas as espécies.
• Densidade Absoluta (DA): expressa, em porcentagem, o número de indivíduos de determinada
espécie por unidade de área.
• Densidade Relativa (DR): expressa, em porcentagem, a relação entre o número de indivíduos de uma
determinada espécie e o número de indivíduos de todas as espécies amostradas.
• Dominância Absoluta (DoA): expressa, em porcentagem, o número de indivíduos de determinada
espécie por unidade de área.
• Dominância Relativa (DoR): expressa, em porcentagem, a relação entre a área basal total de uma
determinada espécie e a área basal total da comunidade amostrada.
• Índice de Valor de Cobertura (IVC): é calculado pela soma da densidade relativa com a dominância
relativa de determinada espécie.
• Índice de Valor de Importância (IVI): representa a soma dos valores relativos de densidade, frequência
e dominância.
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Médias das alturas Médias dos diâmetros Área Basal da vegetação arbórea
n n
h g
g = d
i =1 n i =1
h= G=
d
i 2 i
n 4 A
i =1
d = i
n
onde: hi = altura estimada das árvores onde: di = diâmetro medido das gi = área basal da i-ésima espécie
presentes na parcela e n = número total de árvores presentes na parcela e n = presente na área e A = unidade de
número total de árvores amostradas. área.
árvores amostradas.
onde: n = número total de indivíduos onde: gi = área basal da i-ésima onde: Dr = Densidade relativa e
amostrados de cada espécie; A = área total espécie presente na área e a = Dor = Dominância relativa
da amostra. unidade de área.
n DoA
DR = 100 DoR = 100
n
IVC = DR + FR + Dor
N
DoA
i =1
onde: n = número total de indivíduos onde: DoA = dominância absoluta onde: DR = densidade relativa; FR
amostrados de cada espécie; N = número de uma espécie e DoA = somatório = frequência relativa; DoR =
total de indivíduos amostrados. das dominâncias absolutas de todas dominância relativa
as espécies
np FAi S
FA = FR = n
100 H ' = − pi ln pi
NP
FA
i =1
i =1
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onde: np = Número de parcelas com onde: FA = Frequência absoluta de onde: N = número total de
ocorrência da espécie e NP = Número total de uma espécie e Σ FA = somatório das indivíduos amostrados; pi =
parcelas. frequências absolutas. abundância proporcional da i-
ésima espécie (ni/N); ni = número
total de indivíduos amostrados da
i-ésima espécie; S = número de
espécies amostrado; ln =
logaritmo neperiano.
A vegetação apresenta modificações que acontecem de forma natural. Com o passar do tempo, as
espécies vegetais são substituídas por outras, e a esse processo dá-se o nome de sucessão vegetal. A
classificação ecológica das espécies apresenta grande importância na descrição das características
biológicas e dos mecanismos relacionados às respostas das plantas aos diversos tipos de distúrbios.
Para este estudo foi utilizada a classificação da RESOLUÇÃO CONAMA 06/1994, que define vegetação
primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica para fins de
Licenciamento Ambiental.
Para a classificação de famílias botânicas e nomes científicos das espécies registradas, adotou-se o
sistema Angiosperm Phylogeny Group II (APG IV 2016) e o auxílio do programa REFLORA criado pelo Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. A caracterização das espécies em relação ao status de ameaça foi realizada
através de consulta a lista de espécies brasileiras ameaçadas elaborada pelo Portaria do Ministério do Meio
Ambiente (MMA) Nº 148, de 7 de Junho de 2022, Portaria IBAMA Nº 37, de 3 de abril de 1992 e RESOLUÇÃO
SMAC Nº 074 de 19 de Agosto de 2022.
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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O empreendimento está sendo implantado dentro de uma área ocupada por Mimosa caesalpiniifolia
(Sabiá), com presença de elementos de outras espécies como eucalipto, bananeira, dentre outras.
Informações locais afirmam que o sabiá inicialmente foi usado como cerca viva e depois se alastrou
sobre a encosta. Foram observados vários exemplares mortos por incêndio provocado nas pastagens do seu
entorno, conforme imagem a seguir.
Não há presença de vegetação herbácea dominante. Além disso, bromélias, orquidáceas, cactáceas, lianas e
cipós são praticamente ausentes na área, como se pode ver pelas figuras a seguir. Isso ocorre devido ao estágio ainda
inicial de sucessão da vegetação local.
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A serrapilheira é formada por uma camada bastante fina, quase inexistente, com solo exposto na maior parte.
Figuras 7 e 8: Aspecto do interior da vegetação, um ponto mais denso e outro mais aberto.
A área de estudo é dominada em sua grande parte por manchas de uma mesma espécie. Foram
identificadas, na área, três grandes manchas de Sabiá, que possuem respectivamente 6.058 m², 4.626 m² e
285 m². Com isso, totaliza-se 10.969 m² de área de mancha de Mimosa caesalpiniifolia Benth.
Quadro 1. Apresentação das manchas de sabiá, área ocupada e número de indivíduos diferentes levantados
dentro de cada macha.
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N° de Indivíduos nativos
Sabiazal Área m²
levantados
Mancha 01 6.058 57
Mancha 02 4.626 28
Mancha 03 285 01
Total 10.969 96
Na área de estudo, no interior das manchas de Sabiá citadas anteriormente, foram registrados 96
espécimes florestais, pertencentes a 07 espécies e 04 famílias botânicas. A família Fabaceae foi a mais
abundante em relação ao número de espécies registradas no local (Tabela 3).
Tabela 3: Relação das espécies registradas no terreno com suas respectivas famílias botânicas, nome popular, grupo
ecológico e origem.
Grupo
Espécie Família Nome Popular Origem
Ecológico
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco PI Nativa
Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno SI Nativa
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Cannabaceae grão-de-galo PI Nativa
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Fabaceae borrachudo PI Nativa
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril PI Nativa
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré PI Nativa
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. Bignoniaceae cinco-chagas PI Nativa
A espécie Peltophorum dubium (tamboril) foi a mais abundante com 66 indivíduos, ela sozinha
representa 66,8% do total amostrado.
Com exceção de cinco-chagas, aderno e grão-de-galo, todas pertencem a mesma família botânica do
sabiá, Fabaceae. Estas espécies são mais resistentes às condições física e química do solo por serem fixadoras
de nitrogênio e são comumente encontradas em áreas de solos pobres.
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Todas as espécies amostradas são classificadas de acordo com o grupo sucessional como pioneiras
ou secundárias iniciais, sendo elas de ocorrência comum em vegetação secundária nos estágios iniciais de
sucessão ecológica.
Tabela 4: Famílias botânicas encontradas na área de estudo e seus valores de riqueza (Nº de espécies e Nº de
espécimes) e representatividade (%) na composição florística.
Riqueza %
Família
Espécies Espécimes Espécies Espécimes
Fabaceae 4 85 57,1 91,5
Anacardiaceae 1 4 14,3 4,3
Cannabaceae 1 2 14,3 2,1
Bignoniaceae 1 2 14,3 2,1
A coleta de dados em campo permitiu a interpretação dos dados a fim de traduzir as condições
evolutivas e comportamentais da vegetação inventariada, auxiliando assim a determinação do grau de
regeneração da vegetação. Considerou-se como fuste cada uma das ramificações de cada um dos 96
indivíduos levantados.
Através dos dados da vegetação obtidos em campo observa- se que a primeira classe comporta
31,25% dos indivíduos.
Classes Nº de espécimes %
0 a 10 30 31,25
10 a 15 30 31,25
15 a 20 11 11,45
20 a 25 10 10,42
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25 a 30 7 7,29
30 a 35 4 4,17
35 a 40 3 3,13
> 40 1 1,04
Distribuição de DAP
35
30
25
Nº de espécies
20
15
10
0
0 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 30 a 35 35 a 40 > 40
Classe de DAP (cm)
Analisando a distribuição por classe de altura dos indivíduos levantados na área de estudo, quadro e
gráfico a seguir, 25% dos indivíduos que apresentam altura igual ou inferior a 5m, 57% são indivíduos que
estão inseridos na segunda classe (5-10m) e 18% são os indivíduos com altura superior a 10m.
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Distribuição de Altura
70
60
50
Nº de espécies
40
30
20
10
0
0a5 5 a 10 > 10
Classe de altura (m)
A área basal total por hectare e volumetria por hectare da área de estudo, após a análise das
amostragens, foi de 2,019m²/ha de área basal e 14,52m³/ha de volume de madeira. Já com relação à área
basal e volumetria por espécie, esta pode ser observada no quadro abaixo (Tabela 7).
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Com relação as Portarias do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Nº 443/2014 e a Nº 148, de 7 de junho
de 2022, Portaria IBAMA Nº 37, de 3 de abril de 1992 e RESOLUÇÃO SMAC Nº 074 de 19 de agosto de 2022,
não houve registros de espécies com status de ameaça.
As espécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes
prejuízos à economia, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana.
De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), espécie exótica é toda espécie que se
encontra fora de sua área de distribuição natural. Espécie exótica invasora, por sua vez, é definida como
sendo aquela que ameaça ecossistemas, habitats ou espécies.
Neste estudo não foram encontradas espécies que se enquadrem como exóticas invasoras.
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De acordo Bearzi et al. (1992), a obtenção de dados para determinação desses parâmetros, possibilita o
estudo de regeneração e recuperação de uma área vegetal, bem como sobre a evolução do extrato florestal
ao longo do tempo, próximo da área de estudo.
O presente item apresenta os resultados obtidos com a descrição da cobertura vegetal, listagem das
espécies ocorrentes, destacando as espécies exóticas e exóticas invasoras, e status de ameaça.
O valor de cobertura (VC), o qual se obtém através da soma da densidade e dominância relativa da
espécie, calcula o espaço que ocupa e desconsidera a forma em que a espécie se distribui.
A espécie com maior valor de cobertura (VC) e Valor de Importância (IVI) foi Peltophorum dubium
(Spreng.) Taub, podendo assim ser considerada a mais importante da comunidade vegetal em termos
estruturais.
Na Tabela 8 a seguir são apresentados os resultados da análise estrutural para as espécies que foram
amostradas na área de estudo.
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Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld 1 568,1 1,04 1 1 13 17,4 1,39 2,43 14,93
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. 2 1136,3 2,08 1 1 13 3,6 0,29 2,37 14,87
Tabela 8: Parâmetros e índices fitossociológicos das espécies registradas no inventário florestal. Legenda: N = nº de indivíduos; DA =
Densidade absoluta; DR = Densidade relativa; Nam = Número de espécie por amostra; FA = Frequência absoluta; FR = Frequência relativa; Doa =
Dominância absoluta; DoR = Dominância relativa; IVC = Índice de valor de cobertura; IVI = Índice de valor de importância.
No interior do lote foram registradas 7 espécies onde se destacam as Peltophorum dubium (Spreng.)
Taub. e Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr., como as mais abundantes da área de estudo, com 66
e 11 indivíduos, respectivamente. Estas espécies sozinhas representam 80,3% do total de indivíduos
levantados na área.
Quanto a classificação do estágio sucessional da área de estudo, ela apresenta vegetação secundária.
Dessa forma, foram seguidas as diretrizes dos parâmetros estabelecidos pelas resoluções CONAMA 6/1994
e utilizando a resolução CONAMA 10/1993 como auxílio complementar.
Apesar do valor médio de DAP e de altura serem maiores do que os previstos pela Resolução para o
estágio inicial, há uma predominância de poucas espécies representantes destes valores. Além disso, as
características gerais fitossociológicas apontam para uma vegetação secundária em estágio inicial.
Contudo, ressalta- se que a área basal e a serrapilheira se enquadram nas características de vegetação em
estágio inicial.
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Além disso, a espécie Piptadenia gonoacantha é conhecido pela literatura como uma espécie leguminosa
de ciclo curto, que costuma colonizar ambientes antropizados e em início do processo de sucessão florestal.
Diante da caracterização da vegetação, com predominância de manchas de uma única espécie (Sabiá), baixa
biodiversidade local, baixos valores de área basal e serraplheira com camada fina, os dados corroboram
para a classificação de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração.
Tabela 9: Dados comparativos da Resolução CONAMA Nº 06/94 para estágio inicial e os dados
de campo.
Parâmetros Analisados – Estágio Inicial CONAMA Nº06/94 Dados Obtidos
DAP médio 0 a 10 cm 15
Altura média 0a5m 7,7
Área basal 0 a 10m²/ha 2,01
Serrapilheira Camada Fina SIM
Ainda segundo a Resolução CONAMA Nº 06/94, a Tabela 10 abaixo indica as espécies encontradas e seus
respectivos estágios de regeneração, predominando os indivíduos de estágio inicial.
Nº de
Espécies de Estágio Inicial
indivíduos
Anadenanthera colubrina 7
Manchas de
Baccharis dracunculifolia
herbáceas
Nº de
Espécies de Estágio Médio
indivíduos
Nenhum -
Nº de
Espécies de Estágio Avançado
indivíduos
Nenhum -
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II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta
Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde
a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de
largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície,
cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha
de maior declive;
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VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100
(cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação
média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da
altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado
por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo
da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a
partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
Em análise criteriosa da área de estudo, percebe-se que não há enquadramento em nenhum dos
parâmetros definidos pela lei 12.651, como beiras de rios, topos de morros, maneguezais, encostas, etc.
Deste modo, não há proibição legal por esta lei para a supressão de vegetação e uso de área.
7. CONCLUSÃO
O presente documento configura-se no levantamento arbóreo, onde pode-se verificar que, de acordo
com as informações compiladas, a área inventariada apresenta vegetação arbórea densa dominada por
algumas poucas espécies.
espécie arbórea indicadora de estágio inicial, assim como manchas de Baccharis dracunculifolia. Ressalta-
se também que o conjunto das características e parâmetros fitossociológicos da área apontam para uma
vegetação secundária em estágio inicial de sucessão, com densidade relativa concentrada em algumas
poucas espécies (Peltophorum dubium (66 indivíduois) e Piptadenia gonoacantha (11 indivíduos).
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A área inventariada apresenta o registro de 96 (noventa e seis) indivíduos arbóreos ao todo, sendo que
deste número 03 (três) indivíduos foram classificados como mortos.
Não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção neste estudo. Deste modo, as áreas objeto de
supressão de vegetação do referido terreno não comprometerão em qualquer hipótese à sobrevivência de
espécies ameaçadas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Relatório Ambiental Urbano Integrado. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/sqa/urbana/>
NOBRE, C. A.; MATTOS, L. F.; DERECZYNSKI, C. P.; TARASOVA, T. A.; TROSNIKOV, I.V. Overview of
atmospheric conditions during the Smoke, Clouds, and Radiation-Brazil (SCAR-B) field experiment. Journal
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Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 15 set. 2022
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8. EQUIPE TÉCNICA
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9. ANEXO I
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10. ANEXO II
Relatório fotográfico
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