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COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE

LEVANTAMENTO ARBÓREO

LEVANTAMENTO ARBÓREO

LEVANTAMENTO ARBÓREO
Cliente: COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
CNPJ: 33.352.394/0001-04

MAIO DE 2023
COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
LEVANTAMENTO ARBÓREO

SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1
2. DADOS GERAIS................................................................................................................................ 1
2.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................................................. 2
2.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................................................................... 2
2.3. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA DE CONSULTORIA ...................................................................................... 2
2.4. IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE LEGAL PELA EMPRESA CONSULTORA ..................................................... 2
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 3
3.1. GERAL .......................................................................................................................................... 3
3.2. ESPECÍFICOS ................................................................................................................................... 3
4. LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................. 3
5. METODOLOGIA ............................................................................................................................... 5
5.1. AMOSTRAGEM ............................................................................................................................... 5
5.1.1. COLETA DE DADOS ............................................................................................................................. 6
5.1.2. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ................................................................................................................ 6
5.2. PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS ...................................................................................................... 8
5.3. CLASSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DAS ESPÉCIES ........................................................................................... 10
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 11
6.1. CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ............................................................................... 11
6.2. INVENTÁRIO FLORESTAL ...................................................................................................................... 12
6.3. ESTRUTURA DIAMÉTRICA ..................................................................................................................... 14
6.4. ESTRUTURA HORIZONTAL .................................................................................................................... 15
6.5. ÁREA BASAL E VOLUMETRIA ................................................................................................................. 16
6.6. ESPÉCIES AMEAÇADAS OU RARAS .......................................................................................................... 17
6.7. ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS ............................................................................................................. 17
6.8. PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS E CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA HORIZONTAL .......................................... 17
6.9. ESTÁGIO SUCESSIONAL ........................................................................................................................ 19
6.10. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E ÁREAS DE PROTEÇÃO ............................................................................... 20
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 22
8. EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................... 25
9. ANEXO I ........................................................................................................................................ 26
10. ANEXO II ....................................................................................................................................... 28
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1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório apresenta os dados e conclusões do Inventário Florestal, em um terreno localizado


na Estrada Abílio Távora, (antiga Estrada de Madureira), Bairro Jardim Paraiso, Nova Iguaçu - RJ, sob a
responsabilidade da empresa COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE, e que tem como
objetivo fornecer subsídio para o licenciamento para implantação da Estação de Tratamento de Água Novo
Guandu junto ao Instituto Estadual do Ambiente - INEA.

A caracterização fitossociológica e florística de uma área é determinada por meio de levantamentos de


campo, seja por censo ou parcela, que resultam em dados primários onde representam uma caracterização
geral do ambiente. A fim de garantir maior exatidão na coleta de dados e caracterização da vegetação,
conforme os parâmetros definidos na legislação vigente realizou-se o levantamento qualitativo e
quantitativo por meio de censo, totalizando uma área amostral de 62.000 m².

2. DADOS GERAIS

Nos subitens a seguir serão apresentados os dados gerais e relevantes de identificação do


Empreendimento, do Empreendedor, da Empresa de Consultoria Ambiental e do Responsável Técnico e/
ou Representante Legal.

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2.1. Identificação do Empreendimento


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Endereço Estrada Abílio Távora, (antiga Estrada de Madureira), Bairro Jardim Paraiso, Nova Iguaçu – RJ.

2.2. Identificação do Empreendedor


COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
CNPJ 33.352.394/0001-04
Endereço AV. PRESIDENTE VARGAS, Nº 2655, CIDADE NOVA, RIO DE JANEIRO / RJ.

2.3. Identificação da Empresa de Consultoria


ENVIRON CONSULTORIA E PROJETOS LTDA. – ECP
CNPJ 03.633.215/0001-38
CTF 5059913
Avenida das Américas, nº 3.301, Bloco 02 Salas 120 e 121 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro
Endereço
– RJ.
Telefone (021)2431-2438
E-mail ecprio@ecprio.com.br

2.4. Identificação do Representante Legal pela Empresa Consultora


CARLOS J. R. FAVORETO
CPF 013.075.267-30
CTF 316826
Avenida das Américas, nº 3.301, Bloco 02 Salas 120 e 121 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro –
Endereço
RJ.
Telefone (021)2431-2438

E-mail ecprio@ecprio.com.br

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3. OBJETIVOS

3.1. Geral

Realizar levantamento arbóreo das espécies existentes na área de estudo de acordo com os critérios
estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 06 de 4 de 1994, Resolução CONAMA Nº 10 de 1º de outubro
de 1993 e Lei da Mata Atlântica 11.428/06.

3.2. Específicos

- Conhecer a composição florística, a estrutura da vegetação e os aspectos da dinâmica da comunidade


vegetal, quando existente;
- Verificar se a composição florística da área em estudo encontra-se nas listagens de espécies ameaçadas
de extinção.

4. LOCALIZAÇÃO

O terreno do empreendimento está localizado na Estrada Abílio Távora (antiga Estrada de Madureira),
Bairro Jardim Paraiso, Nova Iguaçu - RJ.

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Figura 1: Área de estudo.

Figura 2: Vista da área de estudo, acima pastagem e abaixo parte do polígono de supressão.

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Tabela 1: Coordenada central da área.

Itens Dados

Coordenada Central 22°49'37.49"S / 43°35'53.35"O


Sistema UTM
Zona 23 K
DATUM SIRGAS 2000

5. METODOLOGIA
5.1. Amostragem

Segundo Péllico Netto e Brena (1997), método de amostragem significa a abordagem da população
referente a uma única unidade amostral. Esta abordagem da população pode ser feita através dos diversos
métodos, neste estudo foi selecionado para a execução do inventário o método de censo da população
florestal.

De acordo com OLIVEIRA (2020), o censo florestal pode ser adotado quando houver áreas pequenas ou
quando se faz necessário conhecer cada indivíduo presente em seu povoamento, geralmente formado por
espécies de grande importância econômica, ou em trabalhos de pesquisa científica, onde a exatidão dos
resultados é necessária. Dessa forma, buscou-se qualificar, quantificar e caracterizar a vegetação, da
melhor maneira possível para fins de licenciamento.

O censo florestal foi feito ao longo do empreendimento, com base nas características observadas em
campo de todos os indivíduos, com auxílio da planta planialtimétrica, utilizando-se um receptor de
navegação do Sistema de Posicionamento Global ou Global Positioning System (GPS) para localizar os
indivíduos.

Durante a coleta dos dados dendrométricos, foram realizados caminhamentos na área de estudo com o
intuito de avaliar o grupo de lianas e herbáceas presentes nos indivíduos arbóreos levantados, tanto no
estrato de sub-bosque, na altura do DAP, quanto o de dossel das árvores.

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5.1.1. Coleta de dados

Os indivíduos observados foram marcados e etiquetados, verificou-se a altura predominante das árvores
com o auxílio de vara de podão, DAP (Diâmetro à Altura do Peito – 1,30 m a partir do solo) dos indivíduos
arbóreos, grau de cobertura do estrato arbóreo, abundância de lianas herbáceas e lenhosas, abundância
de epífitas e presença de sinais antrópicos em geral (clareiras, trilhas, solo revolvido, cepas de árvores e
presença de tubulação) e os aspectos de fitossanidade da árvore.

Os diferentes aspectos da paisagem, do ambiente e da fisionomia local foram documentados e


representados através de fotos ao longo do texto.

5.1.2. Equipamentos utilizados

Para o presente trabalho foram utilizados os seguintes equipamentos: trena de 50 metros, fita métrica,
fita sinalizadora, fita crepe, receptor GPS, planilhas, fichas de campo, saco de plástico grande para coleta,
podão, facão, tesoura, plaquetas (para identificação das árvores), caneta retroprojetor, lápis, borracha,
grampeador de metal, grampos e máquina fotográfica.

Para auxiliar o trabalho de campo foram utilizadas fichas de campo, composta dos seguintes itens:

Nome Nome
Nº DAP HT Copa GPS
Científico Popular

Onde:
N = número da árvore;
Nome Científico = nome científico da espécie;
Nome Popular = nome comum e mais conhecido;
DAP = diâmetro a altura do peito (perímetro);
HT = altura total;

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Copa: diâmetro de copa;


GPS: ponto georreferenciado.

Figura 3. Técnico medindo o DAP do indivíduo arbóreo. Figura 4. Uso de GPS para determinar o ponto
georreferenciado.

Figura 5. Técnico realizando marcação da parcela.

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5.2. Parâmetros Fitossociológicos

Para a caracterização da vegetação arbórea de uma determinada área é de suma importância


reconhecer as espécies presentes no local e realizar uma avaliação da estrutura horizontal e vertical da
floresta, com o objetivo de verificar seu desenvolvimento (LONGHI et al., 2000).

Para o cálculo dos parâmetros fitossociológicos, foram coletados os dados referentes a altura total,
altura da copa e o diâmetro à altura do peito (DAP). A partir dos dados obtidos, foram calculados os
seguintes parâmetros fitossociológicos:

• Frequência Absoluta (FA): expressa, em porcentagem, a relação entre o número de pontos em que
ocorre uma dada espécie e o número total de pontos.
• Frequência Relativa (FR): expressa, em porcentagem, a relação entre a frequência absoluta de uma
dada espécie com as frequências absolutas de todas as espécies.
• Densidade Absoluta (DA): expressa, em porcentagem, o número de indivíduos de determinada
espécie por unidade de área.
• Densidade Relativa (DR): expressa, em porcentagem, a relação entre o número de indivíduos de uma
determinada espécie e o número de indivíduos de todas as espécies amostradas.
• Dominância Absoluta (DoA): expressa, em porcentagem, o número de indivíduos de determinada
espécie por unidade de área.
• Dominância Relativa (DoR): expressa, em porcentagem, a relação entre a área basal total de uma
determinada espécie e a área basal total da comunidade amostrada.
• Índice de Valor de Cobertura (IVC): é calculado pela soma da densidade relativa com a dominância
relativa de determinada espécie.
• Índice de Valor de Importância (IVI): representa a soma dos valores relativos de densidade, frequência
e dominância.

Para as análises fitossociológicas, os parâmetros foram calculados no programa FITOPAC 2.0


(Shepherd, 2009), com base na aplicação dos modelos apresentados na Tabela 2 a seguir.

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Tabela 2: Fórmulas dos cálculos fitossociológicos.

Médias das alturas Médias dos diâmetros Área Basal da vegetação arbórea
n n

h g
g = d
i =1 n i =1
h= G=
d
i 2 i
n 4  A
i =1
d = i
n
onde: hi = altura estimada das árvores onde: di = diâmetro medido das gi = área basal da i-ésima espécie
presentes na parcela e n = número total de árvores presentes na parcela e n = presente na área e A = unidade de
número total de árvores amostradas. área.
árvores amostradas.

Densidade absoluta por Dominância absoluta por Índice de Valor de Cobertura


unidade de área unidade de área
n
n
DA = g i
A DoA = i =1
IVC = Dr + Dor
a

onde: n = número total de indivíduos onde: gi = área basal da i-ésima onde: Dr = Densidade relativa e
amostrados de cada espécie; A = área total espécie presente na área e a = Dor = Dominância relativa
da amostra. unidade de área.

Densidade relativa Dominância relativa Índice de Valor de Importância

n DoA
DR =  100 DoR =  100
n
IVC = DR + FR + Dor
N
 DoA
i =1

onde: n = número total de indivíduos onde: DoA = dominância absoluta onde: DR = densidade relativa; FR
amostrados de cada espécie; N = número de uma espécie e DoA = somatório = frequência relativa; DoR =
total de indivíduos amostrados. das dominâncias absolutas de todas dominância relativa
as espécies

Frequência Absoluta Frequência relativa Índice de Shannon-Wiener

np FAi  S 
FA = FR = n
 100 H ' =  −  pi ln pi 
NP
 FA
i =1
 i =1 

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onde: np = Número de parcelas com onde: FA = Frequência absoluta de onde: N = número total de
ocorrência da espécie e NP = Número total de uma espécie e Σ FA = somatório das indivíduos amostrados; pi =
parcelas. frequências absolutas. abundância proporcional da i-
ésima espécie (ni/N); ni = número
total de indivíduos amostrados da
i-ésima espécie; S = número de
espécies amostrado; ln =
logaritmo neperiano.

5.3. Classificação Ecológica das Espécies

A vegetação apresenta modificações que acontecem de forma natural. Com o passar do tempo, as
espécies vegetais são substituídas por outras, e a esse processo dá-se o nome de sucessão vegetal. A
classificação ecológica das espécies apresenta grande importância na descrição das características
biológicas e dos mecanismos relacionados às respostas das plantas aos diversos tipos de distúrbios.

A sucessão geralmente é acompanhada do aumento da complexidade da vegetação e apresenta uma


substituição de grupos de espécies vegetais. Esses grupos são a base do processo de sucessão e apresentam
formas variadas de adaptação e estratégias de crescimento, especialmente em resposta à quantidade de
luz.

Para este estudo foi utilizada a classificação da RESOLUÇÃO CONAMA 06/1994, que define vegetação
primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica para fins de
Licenciamento Ambiental.

Para a classificação de famílias botânicas e nomes científicos das espécies registradas, adotou-se o
sistema Angiosperm Phylogeny Group II (APG IV 2016) e o auxílio do programa REFLORA criado pelo Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. A caracterização das espécies em relação ao status de ameaça foi realizada
através de consulta a lista de espécies brasileiras ameaçadas elaborada pelo Portaria do Ministério do Meio
Ambiente (MMA) Nº 148, de 7 de Junho de 2022, Portaria IBAMA Nº 37, de 3 de abril de 1992 e RESOLUÇÃO
SMAC Nº 074 de 19 de Agosto de 2022.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1. Caracterização da Vegetação da área de estudo

O mapeamento da cobertura vegetal na área de implantação do empreendimento foi realizado por


meio da interpretação de imagens de satélite do banco de dados ArcMap do software ArcGis 10.0.

A classificação da fitofisionomia ocorrente na área de implantação do empreendimento foi feita


utilizando-se terminologia adotada no Sistema de Classificação da Vegetação Brasileira (IBGE, 2012).

O empreendimento está sendo implantado dentro de uma área ocupada por Mimosa caesalpiniifolia
(Sabiá), com presença de elementos de outras espécies como eucalipto, bananeira, dentre outras.

Informações locais afirmam que o sabiá inicialmente foi usado como cerca viva e depois se alastrou
sobre a encosta. Foram observados vários exemplares mortos por incêndio provocado nas pastagens do seu
entorno, conforme imagem a seguir.

Figura 6: Exemplar de sabiá morto por incêndio, condicionando o avanço do capim-colonião.

Não há presença de vegetação herbácea dominante. Além disso, bromélias, orquidáceas, cactáceas, lianas e
cipós são praticamente ausentes na área, como se pode ver pelas figuras a seguir. Isso ocorre devido ao estágio ainda
inicial de sucessão da vegetação local.

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A serrapilheira é formada por uma camada bastante fina, quase inexistente, com solo exposto na maior parte.

Figuras 7 e 8: Aspecto do interior da vegetação, um ponto mais denso e outro mais aberto.

6.2. Inventário Florestal


6.2.1 Manchas de vegetação

A área de estudo é dominada em sua grande parte por manchas de uma mesma espécie. Foram
identificadas, na área, três grandes manchas de Sabiá, que possuem respectivamente 6.058 m², 4.626 m² e
285 m². Com isso, totaliza-se 10.969 m² de área de mancha de Mimosa caesalpiniifolia Benth.

Quadro 1. Apresentação das manchas de sabiá, área ocupada e número de indivíduos diferentes levantados
dentro de cada macha.

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N° de Indivíduos nativos
Sabiazal Área m²
levantados

Mancha 01 6.058 57

Mancha 02 4.626 28

Mancha 03 285 01

Total 10.969 96

Na área de estudo, no interior das manchas de Sabiá citadas anteriormente, foram registrados 96
espécimes florestais, pertencentes a 07 espécies e 04 famílias botânicas. A família Fabaceae foi a mais
abundante em relação ao número de espécies registradas no local (Tabela 3).

Tabela 3: Relação das espécies registradas no terreno com suas respectivas famílias botânicas, nome popular, grupo
ecológico e origem.

Grupo
Espécie Família Nome Popular Origem
Ecológico
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco PI Nativa
Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno SI Nativa
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Cannabaceae grão-de-galo PI Nativa
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Fabaceae borrachudo PI Nativa
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril PI Nativa
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré PI Nativa
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. Bignoniaceae cinco-chagas PI Nativa

A espécie Peltophorum dubium (tamboril) foi a mais abundante com 66 indivíduos, ela sozinha
representa 66,8% do total amostrado.

Com exceção de cinco-chagas, aderno e grão-de-galo, todas pertencem a mesma família botânica do
sabiá, Fabaceae. Estas espécies são mais resistentes às condições física e química do solo por serem fixadoras
de nitrogênio e são comumente encontradas em áreas de solos pobres.

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Todas as espécies amostradas são classificadas de acordo com o grupo sucessional como pioneiras
ou secundárias iniciais, sendo elas de ocorrência comum em vegetação secundária nos estágios iniciais de
sucessão ecológica.

Sendo as morfoespécies encontradas no inventário florístico distribuídas em 04 famílias botânicas, a de


maior riqueza foi a Fabaceae com 85 indivíduos (91,5%).

Tabela 4: Famílias botânicas encontradas na área de estudo e seus valores de riqueza (Nº de espécies e Nº de
espécimes) e representatividade (%) na composição florística.

Riqueza %
Família
Espécies Espécimes Espécies Espécimes
Fabaceae 4 85 57,1 91,5
Anacardiaceae 1 4 14,3 4,3
Cannabaceae 1 2 14,3 2,1
Bignoniaceae 1 2 14,3 2,1

6.3. Estrutura Diamétrica

A coleta de dados em campo permitiu a interpretação dos dados a fim de traduzir as condições
evolutivas e comportamentais da vegetação inventariada, auxiliando assim a determinação do grau de
regeneração da vegetação. Considerou-se como fuste cada uma das ramificações de cada um dos 96
indivíduos levantados.

Através dos dados da vegetação obtidos em campo observa- se que a primeira classe comporta
31,25% dos indivíduos.

Tabela 5: Distribuição diamétrica por classes de diâmetro.

Classes Nº de espécimes %
0 a 10 30 31,25
10 a 15 30 31,25
15 a 20 11 11,45
20 a 25 10 10,42

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25 a 30 7 7,29
30 a 35 4 4,17
35 a 40 3 3,13
> 40 1 1,04

Distribuição de DAP
35

30

25
Nº de espécies

20

15

10

0
0 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 30 a 35 35 a 40 > 40
Classe de DAP (cm)

Figura 9: Gráfico da distribuição diamétrica da população estudada.

6.4. Estrutura Horizontal

Analisando a distribuição por classe de altura dos indivíduos levantados na área de estudo, quadro e
gráfico a seguir, 25% dos indivíduos que apresentam altura igual ou inferior a 5m, 57% são indivíduos que
estão inseridos na segunda classe (5-10m) e 18% são os indivíduos com altura superior a 10m.

Tabela 6: Distribuição de altura por classes de altura.

Classes de Altura (m) Nº de indivíduos (un.) %


0a5 24 25
5 a 10 55 57
> 10 17 18

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Distribuição de Altura
70

60

50
Nº de espécies

40

30

20

10

0
0a5 5 a 10 > 10
Classe de altura (m)

Figura 10: Gráfico da distribuição de altura da população estudada.

6.5. Área Basal e Volumetria

A área basal total por hectare e volumetria por hectare da área de estudo, após a análise das
amostragens, foi de 2,019m²/ha de área basal e 14,52m³/ha de volume de madeira. Já com relação à área
basal e volumetria por espécie, esta pode ser observada no quadro abaixo (Tabela 7).

Tabela 7: Área basal e volumetria por espécie.

Espécie Soma de AB (m²) Vol. médio (m³) Vol. total (m³)


Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 0,161889396 1,28965488 0,184236411
Astronium graveolens Jacq. 0,107594355 0,883759863 0,220939966
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. 0,00633482 0,022684902 0,011342451
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld 0,030620619 0,15351282 0,15351282
Morta 0,275346595 2,79160222 0,930534073
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. 1,47985231 9,920072189 0,150304124
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. 0,129185715 0,728402157 0,066218378
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. 0,009393695 0,044767917 0,022383958

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6.6. Espécies Ameaçadas ou Raras

Em consulta ao Decreto Municipal nº 15.739/97 (listagem das espécies ameaçadas de extinção do


Município do Rio de Janeiro) não foram encontrados exemplares que se enquadram nessa condição.

Com relação as Portarias do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Nº 443/2014 e a Nº 148, de 7 de junho
de 2022, Portaria IBAMA Nº 37, de 3 de abril de 1992 e RESOLUÇÃO SMAC Nº 074 de 19 de agosto de 2022,
não houve registros de espécies com status de ameaça.

6.7. Espécies Exóticas Invasoras

As espécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes
prejuízos à economia, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana.

Em virtude do potencial invasor e capacidade de excluir as espécies nativas, diretamente ou pela


competição por recursos, as espécies exóticas invasoras podem transformar a estrutura e a composição
dos ecossistemas, homogeneizando os ambientes e destruindo as características peculiares que a
biodiversidade local proporciona. Por esse motivo, estão entre as principais causas diretas de perda de
biodiversidade e extinção de espécies, juntamente com mudanças climáticas e perda de habitat, sobre-
exploração e poluição, fatores com os quais podem ter efeitos negativos sinérgicos.

De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), espécie exótica é toda espécie que se
encontra fora de sua área de distribuição natural. Espécie exótica invasora, por sua vez, é definida como
sendo aquela que ameaça ecossistemas, habitats ou espécies.

Neste estudo não foram encontradas espécies que se enquadrem como exóticas invasoras.

6.8. Parâmetros fitossociológicos e caracterização da estrutura horizontal

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Para a caracterização da vegetação arbórea de uma determinada área, é de suma importância


reconhecer as espécies presentes no local e realizar uma avaliação da estrutura horizontal e vertical da
floresta, com o objetivo de verificar seu desenvolvimento (LONGHI et al., 2000).

A estrutura horizontal permite a determinação da densidade, dominância, frequência e importância das


espécies de vegetação e a estrutura vertical analisa o estágio de desenvolvimento desta, com base na
distribuição das espécies nos diferentes estratos.

De acordo Bearzi et al. (1992), a obtenção de dados para determinação desses parâmetros, possibilita o
estudo de regeneração e recuperação de uma área vegetal, bem como sobre a evolução do extrato florestal
ao longo do tempo, próximo da área de estudo.

O presente item apresenta os resultados obtidos com a descrição da cobertura vegetal, listagem das
espécies ocorrentes, destacando as espécies exóticas e exóticas invasoras, e status de ameaça.

O valor de cobertura (VC), o qual se obtém através da soma da densidade e dominância relativa da
espécie, calcula o espaço que ocupa e desconsidera a forma em que a espécie se distribui.

A espécie com maior valor de cobertura (VC) e Valor de Importância (IVI) foi Peltophorum dubium
(Spreng.) Taub, podendo assim ser considerada a mais importante da comunidade vegetal em termos
estruturais.

Na Tabela 8 a seguir são apresentados os resultados da análise estrutural para as espécies que foram
amostradas na área de estudo.

Espécie Nº DA DR Nam FA FR DoA DoR IVC IVI

Peltophorum dubium (Spreng.)


66 37496 68,8 1 1 13 840,7 67,3 136 148,5
Taub.

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Piptadenia gonoacantha (Mart.)


11 6249,4 11,5 1 1 13 73,39 5,87 17,33 29,83
J.F.Macbr.
Morta 3 1704,4 3,13 1 1 13 156,4 12,5 15,64 28,14
Anadenanthera colubrina (Vell.)
7 3976,9 7,29 1 1 13 91,97 7,36 14,65 27,15
Brenan
Astronium graveolens Jacq. 4 2272,5 4,17 1 1 13 61,13 4,89 9,06 21,56
Sparattosperma leucanthum (Vell.)
2 1136,3 2,08 1 1 13 5,34 0,43 2,51 15,01
K.Schum.

Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld 1 568,1 1,04 1 1 13 17,4 1,39 2,43 14,93

Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. 2 1136,3 2,08 1 1 13 3,6 0,29 2,37 14,87

Tabela 8: Parâmetros e índices fitossociológicos das espécies registradas no inventário florestal. Legenda: N = nº de indivíduos; DA =
Densidade absoluta; DR = Densidade relativa; Nam = Número de espécie por amostra; FA = Frequência absoluta; FR = Frequência relativa; Doa =
Dominância absoluta; DoR = Dominância relativa; IVC = Índice de valor de cobertura; IVI = Índice de valor de importância.

No interior do lote foram registradas 7 espécies onde se destacam as Peltophorum dubium (Spreng.)
Taub. e Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr., como as mais abundantes da área de estudo, com 66
e 11 indivíduos, respectivamente. Estas espécies sozinhas representam 80,3% do total de indivíduos
levantados na área.

6.9. Estágio Sucessional

Quanto a classificação do estágio sucessional da área de estudo, ela apresenta vegetação secundária.
Dessa forma, foram seguidas as diretrizes dos parâmetros estabelecidos pelas resoluções CONAMA 6/1994
e utilizando a resolução CONAMA 10/1993 como auxílio complementar.

Apesar do valor médio de DAP e de altura serem maiores do que os previstos pela Resolução para o
estágio inicial, há uma predominância de poucas espécies representantes destes valores. Além disso, as
características gerais fitossociológicas apontam para uma vegetação secundária em estágio inicial.
Contudo, ressalta- se que a área basal e a serrapilheira se enquadram nas características de vegetação em
estágio inicial.

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Além disso, a espécie Piptadenia gonoacantha é conhecido pela literatura como uma espécie leguminosa
de ciclo curto, que costuma colonizar ambientes antropizados e em início do processo de sucessão florestal.
Diante da caracterização da vegetação, com predominância de manchas de uma única espécie (Sabiá), baixa
biodiversidade local, baixos valores de área basal e serraplheira com camada fina, os dados corroboram
para a classificação de vegetação secundária em estágio inicial de regeneração.

Tabela 9: Dados comparativos da Resolução CONAMA Nº 06/94 para estágio inicial e os dados
de campo.
Parâmetros Analisados – Estágio Inicial CONAMA Nº06/94 Dados Obtidos
DAP médio 0 a 10 cm 15
Altura média 0a5m 7,7
Área basal 0 a 10m²/ha 2,01
Serrapilheira Camada Fina SIM

Ainda segundo a Resolução CONAMA Nº 06/94, a Tabela 10 abaixo indica as espécies encontradas e seus
respectivos estágios de regeneração, predominando os indivíduos de estágio inicial.

Tabela 10. Espécies pertencentes aos estágios sucessionais.

Nº de
Espécies de Estágio Inicial
indivíduos
Anadenanthera colubrina 7
Manchas de
Baccharis dracunculifolia
herbáceas
Nº de
Espécies de Estágio Médio
indivíduos
Nenhum -
Nº de
Espécies de Estágio Avançado
indivíduos
Nenhum -

6.10. Unidades de Conservação e Áreas de Proteção

A Lei 12.651/2012 define as Áreas de Preservação Permanentes como sendo:

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II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;

Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta
Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde
a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de
largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície,
cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº
12.727, de 2012).

IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha
de maior declive;

VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

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VII - os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100
(cem) metros em projeções horizontais;

IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação
média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da
altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado
por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo
da elevação;

X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;

XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a
partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

Em análise criteriosa da área de estudo, percebe-se que não há enquadramento em nenhum dos
parâmetros definidos pela lei 12.651, como beiras de rios, topos de morros, maneguezais, encostas, etc.
Deste modo, não há proibição legal por esta lei para a supressão de vegetação e uso de área.

7. CONCLUSÃO

O presente documento configura-se no levantamento arbóreo, onde pode-se verificar que, de acordo
com as informações compiladas, a área inventariada apresenta vegetação arbórea densa dominada por
algumas poucas espécies.

O estágio de regeneração é confirmado pela ocorrência de 7 indivíduos de Aradenanthera colubrina,

espécie arbórea indicadora de estágio inicial, assim como manchas de Baccharis dracunculifolia. Ressalta-
se também que o conjunto das características e parâmetros fitossociológicos da área apontam para uma
vegetação secundária em estágio inicial de sucessão, com densidade relativa concentrada em algumas
poucas espécies (Peltophorum dubium (66 indivíduois) e Piptadenia gonoacantha (11 indivíduos).

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A área inventariada apresenta o registro de 96 (noventa e seis) indivíduos arbóreos ao todo, sendo que
deste número 03 (três) indivíduos foram classificados como mortos.

Não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção neste estudo. Deste modo, as áreas objeto de
supressão de vegetação do referido terreno não comprometerão em qualquer hipótese à sobrevivência de
espécies ameaçadas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBAMA. Portaria Nº 37. Disponível em:


<http://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/IBAMA/PT0037-030492.PDF>
IBAMA. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 006, de 04 de maio de 1994. Disponível em:
< http://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/MMA/RE0006-040594.PDF >

JUSTI DA SILVA, M. G. A. A Freqüência de Fenômenos Meteorológicos na América do Sul: Climatologia e


Previsibilidade. Tese (Doutorado em engenharia mecânica) - Coordenação dos Programas de Pós-
Graduação em Engenharia. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2003.

MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Relatório Ambiental Urbano Integrado. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/sqa/urbana/>

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Portaria Nº 148. Disponível em:


<https://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Portaria/2020/P_mma_148_2022_altera_
anexos_P_mma_443_444_445_2014_atualiza_especies_ameacadas_extincao.pdf>

NOBRE, C. A.; MATTOS, L. F.; DERECZYNSKI, C. P.; TARASOVA, T. A.; TROSNIKOV, I.V. Overview of
atmospheric conditions during the Smoke, Clouds, and Radiation-Brazil (SCAR-B) field experiment. Journal
of Geophysical Research, v. 103, n. D24, p. 31809-31820, 1998.

OLIVEIRA, A. Interações entre sistemas frontais na América do Sul e a convecção da Amazônia.


Dissertação (Mestrado em meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. São José dos Campos:
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 1986.

OLIVEIRA, T. J. F. Inventário Florestal 100% ou Censo: Planejamento e Execução. Acesso em:


<Inventário Florestal 100% ou Censo - Software Mata Nativa 4>

Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 15 set. 2022

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8. EQUIPE TÉCNICA

NOME FUNCIONÁRIO CARGO/REGISTRO ASSINATURAS


Coordenador Geral
Carlos J. R. Favoreto
CREA/RJ 133.345/D – Eng.
CTF nº 316640
Agrônomo
Coordenadora de Licenciamento e
Roberta da Cruz Ferreira Calvert
Gestão Ambiental
CTF nº 2468909
CRBio 60.866/02 - Bióloga
Luciana Andrade da Silva Coordenadora de Biodiversidade
CTF nº 2476359 CRBio 60.004/02 - Bióloga
Consultor Ambiental
Antônio Torres Silva Engenheiro Florestal
CREA/RJ 1996123229

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9. ANEXO I

Tabela 11. Dados obtidos em campo.

N° Nome científico Família Nome comum DAP H (m) Copa (m)


1 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 25,48 9 6
2 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 17,94 8 3
3 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,42 8 6
4 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,74 7 5
5 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 12,74 6 2
6 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,01 5 2
7 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 24,52 3 7
8 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,55 6 1,5
9 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 7,32 5 1
10 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,24 4 2
11 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 10,51 6 2
12 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 21,34 9 3
13 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 39,49 11 11
14 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 5,73 5 1
15 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 32,48 12 10
16 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 22,29 12 6
17 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 23,25 8 7
18 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 8,44 4 1,5
19 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 16,88 9 3
20 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 23,25 9 6
21 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,55 8 2
22 Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. Bignoniaceae cinco-chagas 7,32 5 2
23 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 16,72 2,5 sem
24 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 24,52 11 6
25 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 11,15 6 3
26 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 5,41 6 1
27 Morta Morta morta 10,83 6 2
28 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 8,76 8 1
29 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 24,52 12 10
30 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 5,10 15 1
31 Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. Bignoniaceae cinco-chagas 8,12 8 1
32 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,90 9 5
33 Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno 30,89 13 6
34 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,87 5 1
35 Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno 5,41 5 1,5
36 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 19,75 10 4

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37 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 9,24 5 2


38 Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno 17,52 9 2
39 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,96 5 1
40 Astronium graveolens Jacq. Anacardiaceae aderno 8,92 5 0,5
41 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 22,29 10 6
42 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 8,60 6 2
43 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,78 7 3
44 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,10 6 3
45 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 30,25 9 9
46 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 26,11 13 10
47 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 28,66 12 7
48 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 12,74 10 6
49 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 14,65 8 4
50 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 14,01 10 4
51 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 5,10 5 1
52 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 15,82 12 8
53 Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Cannabaceae grão-de-galo 5,41 5 2
54 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,55 7 2
55 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 13,06 8 7
56 Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Cannabaceae grão-de-galo 7,17 5 1
57 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 10,83 7 2
58 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 6,69 7 1
59 Morta Morta morta 38,54 15 sem
60 Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Fabaceae angico-branco 6,37 5 1
61 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Fabaceae pau-jacaré 11,15 6 1,5
62 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,78 6 1
63 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 25,16 13 9
64 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 20,06 13 9
65 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 18,79 12 12
66 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 36,31 12 12
67 Morta Morta morta 43,63 14 sem
68 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,46 6 3
69 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,46 6 2
70 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,46 7 3
71 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 16,56 8 5
72 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,32 7 1
73 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 10,83 7 3
74 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 20,38 8 5
75 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,55 6 2
76 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,87 7 1,5
77 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,64 8 2

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78 Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Fabaceae borrachudo 19,75 7 2


79 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 19,75 11 3
80 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 18,15 9 3
81 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,32 4 2
82 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 5,10 5 1
83 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 5,10 5 1
84 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,96 5 2
85 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 7,96 6 2
86 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 34,39 10 10
87 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 9,55 6 2
88 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 15,76 5 1
89 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 10,19 8 1,5
90 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 5,10 5 0,5
91 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 16,24 8 4
92 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 6,05 5 0,5
93 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 11,46 8 4
94 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 6,05 6 0,5
95 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,42 8 3
96 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae tamboril 12,26 6 3

10. ANEXO II

Relatório fotográfico

Aspecto do da mancha 01 de sabiá.

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Aspecto da mancha 02 de sabiá.

Aspecto da mancha 03 de sabiá.

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Parte da paisagem geral da área do empreendimento. Em primeiro


plano, sabiazal. No meio, pastagem, e ao fundo, à cerca de 700 metros,
parte da floresta preservada da Serra do Marapicu, vertente norte.

Aspecto do interior do sabiazal, um ponto mais denso e outro mais aberto.

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Vestígio de exploração do sabiá, aparentemente cortado com


motosserra.

Aspecto do sabiazal, com elementos emergentes de tamboril, a espécie


mais abundante.

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Borda da Floresta do Maripicu, uma área típica de Vegetação


Secundária em Estágio Inicial de Sucessão Ecológica,, onde se observa
em destaque uma massa de Miconia albicans (amansa-fogo)
consorciada com Baccharis dracunculifolia (alecrim-do-campo), e com
presença ainda de capim-sapê.

Aspecto da Floresta conservada da Serra do Aspecto do interior da floresta, vegetação


Marapicu, vertente norte. sobre amontoados de matacões numa
drenagem.

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