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PLANO DE

CONTROLE AMBIENTAL

PCH GUARANI
ELABORAÇÃO:
Forte Soluções Ambientais Ltda.
CNPJ: 17.731.655/0001-32
www.forteamb.com.br
41-3586 0946
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL

Elaboração

FORTE SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA.


CNPJ: 17.731.655/0001-32
Endereço: Rua Grã Nicco, 113 Sl 201 Bl 4 - Curitiba PR
CEP 81200-200
Tel.: 41-3586 0946
E-mail: contato@forteamb.com.br
Coordenação do estudo: Eng. Matheus Forte

Empreendedor

GUARANI ENERGIA LTDA


CNPJ: 37.610.200/0001-76
Endereço: R. Erechim, n° 841 sala 06
Centro - Cascavel/PR - CEP: 85.812-260

ANNUAL REPORT 2019 03/03


EQUIPE TÉCNICA

REGISTRO
NOME FUNÇÃO PROFISSIONAL

COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO -
ENGENHEIRO AMBIENTAL
CREA PR 1440119/D
MATHEUS C. FORTE ESPECIALISTA EM
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ENGENHEIRO AMBIENTAL
EDUARDO P. MATTOS MESTRE EM ENGENHARIA DE CREA PR 124558/D
RECURSOS HÍDRICOS E
AMBIENTAL

ISADORA PALHANO ENGENHEIRA AMBIENTAL CREA PR 173032/D

GABRIEL M. BARROS ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA PR 189838/ D

EDUARDO LIMA ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA PR 183216/ D


ESTIMATED DATE
NEXT STEPS
O F C O M P L E TE INOGNE N H E I R A A M B I E N T A L
GABRIELA M. ONO MESTRE EM ENGENHARIA CREA PR 182710/ D
AMBIENTAL

ASTÉRIO S. HEIDMANN ENGENHEIRO FLORESTAL CREA PR 189852/ D

FELIPE A. P. SANTOS ENGENHEIRO AMBIENTAL CREA PR 190556/ D

NATHALIA C. AZEVEDO ARQUITETA CAU A72825-0


EQUIPE TÉCNICA

REGISTRO
NOME FUNÇÃO PROFISSIONAL

CRBIO PR 108349/D
ALEX S. S. PAVLAK BIÓLOGO

GEÓGRAFO ESPECIALISTA EM
GESTÃO INTEGRADA DE
FABIANO LEAL SEGURANÇA E MEIO AMB. NA CREA PR 110447/D
IND. E GERENCIAMENTO DE
PROJETOS

JULIA C. A. RANGEL GEÓGRAFA MESTRE EM


CIÊNCIAS AMBIENTAIS
CREA SP 5070828370/D

ENGENHEIRO SANITARISTA E
AMBIENTAL MESTRE EM
CREA BA 051564948-1
VINÍCIUS M. MATOS GESTÃO AMBIENTAL

V I C T Ó R I A M A R C OENSD EN
T IEMSA T E D D GEE N H E I R A A M B I E N T A L
AT
OF COMPLETION
NEXT STEPS
APRESENTAÇÃO
Este documento tem como objetivo apresentar o Plano de Controle Ambiental (PCA)
para o empreendimento CGH Guarani da empresa GUARANI ENERGIA SPE LTDA, CNPJ nº
37.610.200/0001-76, empreendimento a ser implantado no rio Guarani, município de Três
Barras do Paraná (PR). O estudo é parte integrante do processo de obtenção da LAS do
empreendimento.

O PCA é solicitado pelo órgão ambiental estadual (Instituto Água e Terra – IAT) como
instrumento para concessão do licenciamento ambiental simplificado, em atendimento às
recomendações apresentadas no Termo de Referência tipo 02 – (TR 2) como preconizado na
Resolução SEDEST 09 de 23 de fevereiro de 2021.

Este documento atende às determinações legais e permite ao Instituto Água e Terra


avaliar dados atuais da área de implantação do empreendimento, possibilitando avaliá-lo
quanto à sua viabilidade ambiental.

O relatório apresenta as informações gerais e caracterização do empreendedor e


empreendimento, o diagnóstico ambiental, o prognóstico ambiental, com a identificação e
avaliação dos impactos ambientais e a proposição de medidas de controle, além dos
programas ambientais propostos com o objetivo de evitar, minimizar e controlar os impactos
ambientais negativos e potencializar os positivos.

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SUMÁRIO

SUMÁRIO............................................................................................................... 2
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 8
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. 8
1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .......................................................... 25
2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO
AMBIENTAL ..................................................................................................................... 26
3 DADOS DA EQUIPE TÉCNICA MULTIDISCIPLINAR ......................................... 27
4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ................................................................................ 28
4.1 Evolução da Legislação Ambiental Aplicada a Usinas Hidrelétricas ....... 28
5 HISTÓRICO DO EMPREENDIMENTO ............................................................. 36
6 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ..................................................... 37
6.1 Dados Gerais ............................................................................................ 37
6.2 Localização da Usina ................................................................................ 37
6.2.1 Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani ................. 39
6.3 Arranjo Geral ........................................................................................... 45
6.3.1 Lago (Reservatório)................................................................................... 47
6.3.2 Barramento ............................................................................................... 47
6.3.3 Ensecadeiras ............................................................................................. 48
6.3.3.1 Localização ......................................................................................... 48

6.3.3.2 Métodos Construtivos ....................................................................... 48

6.3.4 Fosso de captação .................................................................................... 49


6.3.5 Tomada d’água ......................................................................................... 50
6.3.5.1 Tomada d’água de baixa pressão ...................................................... 50

6.3.5.2 Tomada d’água de alta pressão ........................................................ 51

6.3.6 Sistema de Adução de Baixa Pressão ....................................................... 52


6.3.6.1 Comprimento .................................................................................... 52

6.3.6.2 Dimensões ......................................................................................... 52

6.3.6.3 Acesso lateral..................................................................................... 53

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6.3.6.4 Revestimento..................................................................................... 53

6.3.6.5 Obras de artes especiais.................................................................... 53

6.3.7 Túnel de Adução ....................................................................................... 53


6.3.8 Câmara de Carga ...................................................................................... 54
6.3.8.1 Dimensões ......................................................................................... 54

6.3.8.2 Equipamentos .................................................................................... 55

6.3.8.3 Acessos .............................................................................................. 55

6.3.9 Conduto Forçado ...................................................................................... 55


6.3.10 Casa de Força .......................................................................................... 55
6.3.11 Canal de restituição ................................................................................ 55
6.3.12 Trecho de vazão reduzida ...................................................................... 56
6.3.13 Cronograma de Implantação .................................................................. 56
6.3.14 Linhas de Transmissão ............................................................................ 59
6.3.15 Sistemas e Obras de Suporte ................................................................. 59
6.3.15.1 Canteiro de Obras............................................................................ 60

6.3.15.2 Jazidas, Áreas de Empréstimo, Áreas de Bota-Fora e Bota-Espera,


Alojamento 60

7 ESTUDO DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS ...................... 62


7.1 Alternativas de Eixo do Barramento ....................................................... 62
7.2 Alternativa 1 ............................................................................................ 64
7.3 Alternativa 2 ............................................................................................ 65
7.4 Alternativa 3 ............................................................................................ 65
7.5 Alternativa 4 ............................................................................................ 66
8 CARACTERIZAÇÃO E PROGNÓSTICO AMBIENTAL ......................................... 68
8.1 Meio Físico ............................................................................................... 68
8.1.1 Delimitação das Áreas de Influência para o Meio Físico ......................... 68
8.1.1.1 Área Diretamente Afetada (ADA) ...................................................... 68

8.1.1.2 Área de Influência Direta (AID) ......................................................... 68

8.1.1.3 Área de Influência Indireta (AII) ........................................................ 69

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8.1.2 Geologia, Geomorfologia, Espeleologia e Pedologia ............................... 70
8.1.2.1 Contexto geológico, geotécnico e geomorfológico .......................... 70

8.1.2.2 Estratigrafia ..................................................................................... 110

8.1.2.3 Geologia Estrutural (ADA) ............................................................... 110

8.1.2.4 Potencial Paleontológico (AID e ADA) ............................................. 112

8.1.2.5 Contexto Geotécnico (AID e ADA)................................................... 112

8.1.2.6 Recursos Minerais Existentes (ADA) ............................................... 115

8.1.2.7 Espeleologia ..................................................................................... 118

8.1.2.8 Pedologia ......................................................................................... 119

8.1.2.9 Análises – Geologia, Geomorfologia, Espeleologia e Pedologia ..... 121

8.1.3 Recursos hídricos .................................................................................... 123


8.1.3.1 Águas Superficiais ............................................................................ 123

8.1.3.2 Águas Subterrâneas ......................................................................... 170

8.1.3.3 Análises – Hidrologia ....................................................................... 172

8.1.4 Prognóstico – Meio Físico....................................................................... 173


8.1.4.1 Geologia e Geomorfologia .............................................................. 173

8.1.4.2 Solo .................................................................................................. 176

8.1.4.3 Ar...................................................................................................... 177

8.1.4.4 Água ................................................................................................. 178

8.1.5 Medidas Mitigadoras e Programas Ambientais ..................................... 181


8.1.5.1 Programa de Gestão de Resíduos Sólidos....................................... 181

8.1.5.2 Programa de Gestão de Efluentes .................................................. 192

8.1.5.3 Programa de Monitoramento e Gestão de Processos Erosivos ..... 195

8.1.5.4 Programa de Monitoramento da Qualidade da Água .................... 202

8.1.5.5 Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar......................... 208

8.1.5.6 Programa de Monitoramento de CO2 e CH4 ................................. 208

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8.1.5.7 Programa de Compensação Ambiental .......................................... 209

8.2 Meio Biótico ........................................................................................... 211


8.2.1 Fauna ...................................................................................................... 211
8.2.1.1 Levantamento de dados .................................................................. 211

8.2.1.2 Caracterização faunística e paisagística .......................................... 244

8.2.1.3 Análises – Fauna .............................................................................. 367

8.2.1.4 Prognóstico – Fauna ........................................................................ 380

8.2.1.5 Medidas Mitigadoras - Fauna.......................................................... 396

8.2.2 Flora ........................................................................................................ 399


8.2.2.1 Flora Terrestre ................................................................................. 399

8.2.2.2 Análises – Flora ................................................................................ 420

8.2.2.3 Materiais Cartográficos - Flora ........................................................ 425

8.2.2.4 Prognóstico – Flora .......................................................................... 427

8.2.2.5 Medidas Mitigadoras – Flora........................................................... 433

8.2.2.6 Unidades de Conservação ............................................................... 469

8.3 Meio Socioeconômico ........................................................................... 473


8.3.1 Características gerais da população ....................................................... 474
8.3.2 Características gerais da população diretamente afetada .................... 476
8.3.2.1 Socioeconomia da População ......................................................... 476

8.3.2.2 Contingente de trabalhadores na implantação .............................. 480

8.3.3 Caracterização do território (ADA e AID) ............................................... 480


8.3.4 Interferência na infraestrutura existente............................................... 484
8.3.5 Trabalho (AID) ......................................................................................... 484
8.3.6 Produto e renda ...................................................................................... 487
8.3.7 Turismo (ADA e AID) ............................................................................... 495
8.3.8 Finanças Públicas .................................................................................... 498
8.3.8.1 Participação dos municípios na economia regional ....................... 498

8.3.8.2 Receitas............................................................................................ 499

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8.3.8.3 ICMS ecológico ................................................................................ 502

8.3.8.4 Despesas .......................................................................................... 502

8.3.9 Investimento e fontes de recursos do empreendimento ...................... 503


8.3.10 Organização e ações da sociedade civil ............................................... 503
8.3.11 Fatores culturais históricos e contemporâneos (ADA) ........................ 504
8.3.12 Patrimônio arqueológico ...................................................................... 504
8.3.13 Comunidades tradicionais .................................................................... 505
8.3.14 Análises – Socioeconomia .................................................................... 505
8.3.14.1 Principais características das famílias residentes na AID|ADA..... 505

8.3.14.2 Interferências na relação entre demanda e oferta nos serviços.. 506

8.3.15 Prognóstico – Meio Socioeconômico ................................................... 506


8.3.15.1 Interferência nas propriedades afetadas ...................................... 507

8.3.15.2 Risco de acidentes com os operários e a população .................... 507

8.3.15.3 Interferência na malha viária local e na infraestrutura pública ... 508

8.3.15.4 Emprego e renda ........................................................................... 508

8.3.15.5 Alteração da arrecadação de impostos ........................................ 509

8.3.15.6 Alteração das atividades comerciais e de serviços ....................... 510

8.3.15.7 Interferência do empreendimento na ADA e AID de comunidades


tradicionais 511

8.3.15.8 Alteração do potencial turístico e lazer ........................................ 511

8.3.15.9 Interferência em sítios com valor arqueológico e paisagístico .... 511

8.3.15.10 Produção de conhecimento científico ou cultural ..................... 511

8.3.16 Medidas Mitigadoras ............................................................................ 512


8.3.16.1 Programa de reassentamento/indenização da população
diretamente afetada................................................................................................... 512

8.3.16.2 Programa de comunicação social ................................................. 512

8.3.16.3 Programa de educação ambiental ................................................ 518

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9 ANÁLISE INTEGRADA .................................................................................. 524
10 CONCLUSÃO GERAL .................................................................................... 535
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 536
ANEXO I. ART e CTF IBAMA ........................................................................... 560
ANEXO II. Arranjo Geral da Usina ................................................................. 561
ANEXO III. Cronograma Físico de Implantação da CGH Guarani ................. 562
ANEXO IV. Detalhe do Canteiro de Obras .................................................... 563
ANEXO V. Geral Canteiro de Obras e Bota-Fora .......................................... 564
ANEXO VI. Mapas .......................................................................................... 565
ANEXO VII. Pontos de Sondagem ................................................................. 566
ANEXO VIII. Registros fotográficos da Campanha de Sondagem ................. 567
ANEXO IX. Detalhes da estrutura.................................................................. 568
ANEXO X. Laudo das Análises de Qualidade da Água .................................. 569
ANEXO XI. Documentos IPHAN ..................................................................... 570

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Acesso a CGH Guarani por Três Barras do Iguaçu-PR. ................................. 38


Figura 2 - Localização da CGH Guarani. ........................................................................ 38
Figura 3 - Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani..................... 40
Figura 4 - Delimitação da Zona de Amortecimento da UC Rio Guarani conforme Plano
de Manejo. ................................................................................................................................ 41
Figura 5 - Delimitação das Zona de Amortecimento e Localização da CGH Guarani
(IAT,2022).................................................................................................................................. 44
Figura 6 - CGH Guarani. ................................................................................................ 47
Figura 7 - Localização das Ensecadeiras. ...................................................................... 48
Figura 8 - Cronograma Físico da implantação da CGH Guarani. .................................. 58
Figura 9 - Localização dos Eixos de Barragem Estudados.. .......................................... 63
Figura 10 - Alternativa Eixo Original. ............................................................................ 64
Figura 11 - Arranjo ST-3. ............................................................................................... 65
Figura 12 - Arranjo ST-5. ............................................................................................... 66
Figura 13 - Arranjo ST-5. ............................................................................................... 67
Figura 14 - Área Diretamente Afetada e Área de Influência Direta da CGH Gurani. .. 69
Figura 15 - Área de Influência Indireta da CGH Guarani. ............................................. 70
Figura 16 - Morfologia dos derrames vulcânicas da Formação Serra Geral. ............... 72
Figura 17 - Geologia da Área de Influência Indireta (AII). ............................................ 75
Figura 18 - Geologia da bacia hidrográfica do rio Guarani, escala original 1:250.000
(MINEROPAR, 2013).................................................................................................................. 76
Figura 19 - Declividade na Bacia do Rio Guarani - AII do empreendimento. .............. 77
Figura 20 - Mapa Geomorfológico da AII da CGH Guarani. ......................................... 78
Figura 22 - Geologia da ADA e AID da CGH Guarani. ................................................... 79
Figura 21 - Geomorfologia da ADA e AID da CGH Guarani. ......................................... 79
Figura 23 - Mapa de Declividade da ADA e AID da CGH Guarani. ............................... 80
Figura 24 - Boletim de perfil de sondagem SM-01. ..................................................... 86
Figura 25 - Acervo fotográfico SM - 01 (Caixas 01 e 02). ............................................. 87
Figura 26 - Acervo fotográfico SM-01 (Caixas 03 e 04). ............................................... 88
Figura 27 - Acervo fotográfico SM-01 – (Caixas 05 e 06). ............................................ 89

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Figura 28 - Acervo fotográficos SM-01 (Caixas 7 e 8). ................................................. 90
Figura 29 - Acervo fotográfico SM-01 (Caixas 9 e 10). ................................................. 91
Figura 30 - Boletim de perfil de sondagem SM-02. ..................................................... 92
Figura 31 - Acervo fotográfico SM – 02 (Caixas 1 e 2). ................................................ 93
Figura 32 - Acervo fotográfico SM – 02 (Caixas 3 e 4). ................................................ 94
Figura 33 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixas 5 e 6). ................................................... 95
Figura 34 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixa 7 e 8). .................................................... 96
Figura 35 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixa 9 e 10). .................................................. 97
Figura 36 - Boletim de sondagem SR-01. ..................................................................... 98
Figura 37 - Acervo fotográfico SR - 01 (Caixa 1 e 2). .................................................... 99
Figura 38 - Acervo fotográfico SR-01 (Caixas 3 e 4). .................................................. 100
Figura 39 - Acervo fotográfico SR-01 (Caixas 5 e 6). .................................................. 101
Figura 40 - Acervo fotográfico SR - 01 (Caixa 7). ........................................................ 102
Figura 41 - Boletim de Sondagem SR-02. ................................................................... 103
Figura 42 - Acervo fotográfico SR-02 (Caixas 1 e 2). .................................................. 104
Figura 43 - Acervo fotográfico SR-02 (Caixas 3 e 4). .................................................. 105
Figura 44 - Acervo fotográfico SR - 02 (Caixas 5 e 6). ................................................ 106
Figura 45 - Boletim de Sondagem PE-01. ................................................................... 107
Figura 46 - Boletim de Sondagem PE-02. ................................................................... 107
Figura 47 - Boletim de Sondagem PR-03. ................................................................... 108
Figura 48 - Boletim de Sondagem - PE-04. ................................................................. 108
Figura 49 - Boletim de Sondagem PE-05. ................................................................... 109
Figura 50 - Boletim de Sondagem PE-06. ................................................................... 109
Figura 51 - Suscetibilidade à Movimento de Massa na ADA e AID da CGH Guarani. 113
Figura 52- Suscetibilidade à Movimento de Massa da AII da CGH Guarani............... 114
Figura 53 - Aptidão do Solo para Erosão na ADA e AID da CGH Guarani................... 114
Figura 54 - Aptidão do Solo para Erosão na AII da CGH Guarani. .............................. 115
Figura 55 - Mineração na AII da CGH Guarani. .......................................................... 116
Figura 56 - Área de Ocorrência Espeleológica. .......................................................... 119
Figura 57 - Mapa Pedológico da AII da CGH Guarani. ................................................ 120
Figura 58 - Mapa Pedológico da ADA e AID da CGH Guarani. ................................... 121

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Figura 59 - Sub-Bacias do Baixo Iguaçu. ..................................................................... 124
Figura 60 - Mapa de Hidrografia da AID da CGH Guarani. .......................................... 132
Figura 61 - Mapa de Hidrografia na AII da CGH Guarani. ......................................... 132
Figura 62 - Localização das Seções Transversais. ....................................................... 153
Figura 63 - Nascentes na ADA e AID da CGH Guarani. ............................................... 155
Figura 64 - Nascentes na AII da CGH Guarani. ........................................................... 156
Figura 65 - Curso d'água por regime na ADA do empreendimento. ......................... 157
Figura 66 - Fotos das coletas de água - Primeira Campanha. .................................... 158
Figura 67 - Fotos das coletas de água - Primeira Campanha ..................................... 158
Figura 68 - Pontos de Amostragem da Análise de Qualidade da Água. .................... 159
Figura 69 - Poços de Abastecimento próximos a ADA e AID da CGH Guarani. ......... 167
Figura 70 - Poços de Abastecimento na AII da CGH Guarani..................................... 168
Figura 71 - Poços de Captação e Lançamento de Efluentes na AII da CGH Guarani. 168
Figura 72 – AII do empreendimento em relação ao Aquífero Serra Geral. ............... 171
Figura 73 - Exemplos de Área de Armazenamento Temporário de Resíduos da
Construção Civil. ..................................................................................................................... 183
Figura 74 - Exemplos de Coletores e Fumódromo instalados em Canteiro de Obras.
................................................................................................................................................. 184
Figura 75 - Modelo de Lixeira de Separação. ............................................................. 191
Figura 76 - Biorreator e Biofiltro. ............................................................................... 193
Figura 77 - Exemplo de um biorreator a ser implantado em uma CGH. ................... 195
Figura 78 - Exemplo de erosão em meio rural. .......................................................... 196
Figura 79 - Exemplo de erosão em sulcos. ................................................................. 199
Figura 80 - Exemplo de erosão em sulcos. ................................................................. 199
Figura 81 - Exemplo de erosão em ravina em meio rural. ......................................... 199
Figura 82 - Exemplo de processo de Erosão Voçoroca. ............................................. 200
Figura 83 - Exemplo de processo de Erosão Voçoroca. ............................................. 200
Figura 84 - Exemplos de processos de erosão laminar..............................................201
Figura 85 - Exemplos de processos de erosão laminar. ............................................. 201
Figura 86 - Exemplos de processos de erosão de desprendimento e/ou escorregamen-
to.............................................................................................................................................. 201

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Figura 87 - Exemplo de Acondicionamento Correto de Amostras. ........................... 205
Figura 88 - Instalação das Armadilhas pan traps e busca ativa por himenóptero,
metodologias utilizadas para amostragem de fauna da AID e AII da CGH Guarani no município
de Três Barras do Paraná - PR. ............................................................................................... 214
Figura 89 - Realização da triagem de laboratório das espécies coletadas na CGH
Guarnai.................................................................................................................................... 216
Figura 90 - Sítios reprodutivos de anuros amostrados. ............................................. 218
Figura 91 - Busca ativa da herpetofauna em troncos caídos e pedras. ..................... 219
Figura 92 - Observação direta e registro de vocalização de aves. ............................. 221

Figura 93 - Registro da avifauna com utilização de binóculos e elaboração da Lista de


Mackinnon. ............................................................................................................................. 221
Figura 94 - Armadilhas de captura e contenção viva tipo Sherman (esq.) e Tomahawk
(dir.). ........................................................................................................................................ 223
Figura 95 - Iscas utilizadas nas armadilhas de captura. ............................................. 223
Figura 96 - Armadilhas sendo iscadas. ....................................................................... 223
Figura 97 - Armadilhas dispostas nas unidades amostrais. ....................................... 224
Figura 98 - Armadilha fotográfica instalada na área de estudo................................. 225
Figura 99 – Iscas que foram utilizadas para atrais os animais para as armadilhas
fotográficas. ............................................................................................................................ 225
Figura 100 – Busca ativa através de vestígios (rastros e fezes) nas áreas de
amostragem. ........................................................................................................................... 226
Figura 101 – Montagem, revisão e retirada de morcegos capturados na Rede de
Neblina. ................................................................................................................................... 227
Figura 102 – Busca ativa noturna com auxílio do veículo. ......................................... 229
Figura 103 – Profissionais realizam a coleta de macroinvertebrados terrestres na área
da CGH Guarani, no município de Três Barras do Paraná – PR. ............................................ 230
Figura 104 – Realização da triagem em laboratório, das espécies coletadas na área da
CGH Guarani, municípios de Lobato e Paranacity – PR. ........................................................ 231
Figura 105 – Profissionais realizando a instalação da rede de espera nos pontos de
amostragem. ........................................................................................................................... 236
Figura 106 – Profissional realizando os lances de tarrafa.......................................... 237

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Figura 107 – Profissionais realizando a amostragem com auxílio de puçá.. ............. 238
Figura 108 – Biometria dos exemplares capturados. ................................................ 239
Figura 109 – Profissional realizando a soltura dos exemplares capturados. ............ 239
Figura 110 - Localização dos pontos amostrais para o levantamento de fauna terrestre
e aquática da CGH Guarani..................................................................................................... 243
Figura 111 - Área do Ponto 01 para o levantamento de fauna terrestre e aquático.
................................................................................................................................................. 243
Figura 112 - Imagem aérea do Ponto 0 para o levantamento da fauna terrestre e
aquática (FAU 02 e ICTIO 02). ................................................................................................. 244
Figura 113 - Imagem aérea do Ponto 03 para o levantamento da fauna terreste e
aquática (FAU 03 e ICTIO 03). ................................................................................................. 244
Figura 114 - Similaridade (Bray-Curtis) da assembleia de formigas, vespas e abelhas
amostradas na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022,
durante a fase pré-implantação. Am: amostra. P: ponto. ..................................................... 259
Figura 115 - Organismos encontrados nos ambientes investigados no Relatório
Ambiental Simplificado (RAS) da CGH Guarani. Sendo: (A) Baetidae; (B) Chironomidae; (C)
Elmidae; (D) Cyrenidae. .......................................................................................................... 262
Figura 116 - Exemplar de Dendropsophus nanus (pererequinha-do-brejo) vocalizando
(esq.). ...................................................................................................................................... 298
Figura 117 - Indivíduo de Rhinella sp. (Sapo-cururu) (esq.) e de Leptodactylus latrans
(rã-manteiga) (dir.). ................................................................................................................ 298
Figura 118 - Exemplares de Phrynops geoffroanus (Cágado-de-barbicha) capturados
nas coordenadas geográficas: 25°21'57.3"S / 53°05'36.1"W – Número do tombamento - CRUC
228. ......................................................................................................................................... 304
Figura 119 - Similaridade de Jaccard para as áreas da CGH Guarani. ....................... 311
Figura 120 - Dendrograma da análise de similaridade entre os pontos amostrais
realizada com base no índice de Jaccard para a CGH Guarani. ............................................. 335
Figura 121 - Fitofisionomia da região onde será implantada a CGH Guarani. .......... 341
Figura 122 - Imagem aérea da fitofisionomia da região onde será implantada a CGH
Guarani, destacando a fragmentação, a formação de bordas de mata e a presença de áreas
para o plantio e pastagem. ..................................................................................................... 341

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Figura 123 - Exemplar de Guira-guira (Anu-branco). ................................................. 346
Figura 124 - Exemplar de Columbina squammata (Rolinha-fogo-apagou). .............. 346
Figura 125 - Exemplar de Caracara plancus (Carcará). .............................................. 346
Figura 126 - Exemplares de Dendrocygna viduata (Irerê). ........................................ 346
Figura 127 - Exemplar de Chloroceryle amazona (Martim-pescador-verde). ........... 346
Figura 128 - Exemplar de Pteroglossus castanotis (Araçari-castanho)...................... 346
Figura 129 - Exemplar de Molothrus oryzivorus (Iraúna-grande). ............................. 347
Figura 130 - Exemplar de Elanus Iecurus (Gavião-peneira). ...................................... 347
Figura 131 - Similaridade de Jaccard para as áreas da CGH Guarani. ....................... 360
Figura 132 – Exemplar de Sturnira tildae (morcego) registrados durante o
levantamento de fauna na região do empreendimento. ...................................................... 365
Figura 133 - Exemplare de Sturnira lilium (morcego) registrados durante o
levantamento de fauna na região do empreendimento. ...................................................... 365
Figura 134 – Exemplar de Nasua nasua (quati) registrados durante o levantamento de
fauna na região do empreendimento. ................................................................................... 366
Figura 135 - Áreas de interesse ecológico, destacando o Parque Estadual do Rio
Guarani.................................................................................................................................... 378
Figura 136 - Corredores ecológicos presentes na área de influência da CGH Guarani.
................................................................................................................................................. 379
Figura 137 - Mapa de uso e ocupação do solo na AID. .............................................. 380
Figura 138 - Fitofisionomia. ........................................................................................ 400
Figura 139 - Perfil esquemático destacando a estrutura de um segmento de Floresta
Ombrófila Mista no município de Irati – PR, com predominância de Araucária, Ocotea,
Cedrela, Casearia, Sloanea, Podocarpus, Campomanesia, Ilex e Capsicoderdron (RODERJAN,
2002). ...................................................................................................................................... 401
Figura 140 - Vriesea sp., vriésia (epífita). ................................................................... 414
Figura 141 - Vriesea sp., vriésia (epífita). Destaque para o escapo e inflorescência do
indivíduo. ................................................................................................................................. 414
Figura 142 - Tilandsia sp., tilândsia (epífita). ............................................................. 414
Figura 143 - Canistrum sp, canistrum (epífita). .......................................................... 414
Figura 144 - Uso do solo e supressão vegetal da ADA da CGH Guarani. ................... 425

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Figura 145 - Localização das parcelas. ....................................................................... 426
Figura 146 - Unidades Fitossociológicas. ................................................................... 426
Figura 147 - Fitossionomia da ADA da CGH Guarani e área de supressão. ............... 427
Figura 148- Beneficiamento de Sementes – Fonte: (EMBRAPA, 2013)..................... 442
Figura 149 - Esquema Representativo de Plantio em Quincôncio. ........................... 454
Figura 150 - Esquema de Plantio de Muda. ............................................................... 457
Figura 151 - Esquema "Coveta" e Disposição na Muda. ............................................ 458
Figura 152 - Exemplo de Amarrio realizado incorretamente, ocasionando o
Estrangulamento da Muda. .................................................................................................... 460
Figura 153 - Ilustração dos Procedimentos para Derrubada de Exemplares Arbóreos.
................................................................................................................................................. 467
Figura 154 - Detalhe do Processo de Derrubada de Exemplares Arbóreos. ............. 467
Figura 155 - Técnica Correta de Destopamento. ....................................................... 469
Figura 156 - Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani. ............. 470
Figura 157 - Mapa das unidades de conservação mais próximos. ............................ 471
Figura 158 - Áreas Estratégicas para a Conservação. ................................................ 472
Figura 159 - AID Socioeconomico da CGH Guarani.................................................... 474
Figura 160 - Propriedades fundiárias na ADA da CGH Guarani. ................................ 481
Figura 161 - Uso e Ocupação do solo na ADA da CGH Guarani. ................................ 482
Figura 162 - Uso e Ocupação do Solo na AID da CGH Guarani. ................................. 483
Figura 163 - Parque Estadual do Rio Guarani. ........................................................... 496
Figura 164 - Equipamentos de apoio turístico em Três Barras do Iguaçu - PR. ........ 496
Figura 165 - Unidades de Conservação na AID da CGH Guarani. .............................. 497
Figura 166 - RPPN próxima a AID da CGH Guarani. ................................................... 498
Figura 167 - Sítios Arqueológicos na AID da CGH Guarani. ....................................... 505
Figura 168 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação
ambiental para empreendimento de CGH. ............................................................................ 514
Figura 169 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação
ambiental para empreendimento de CGH. ............................................................................ 514
Figura 170 - Reunião de comunicação social com a comunidade local do
empreendimento. ................................................................................................................... 515

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Figura 171 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação
ambiental em obra para empreendimento de CGH. ............................................................. 515
Figura 172 - Profissional executando palestra acerca de empreendimentos de CGH.
................................................................................................................................................. 519
Figura 173 - Profissional executando palestra acerca de empreendimentos de CGH em
escola municipal da região de implantação – demonstração com drone. ............................ 520
Figura 174 - Profissional realizando palestra em escola municipal. .......................... 522
Figura 175 - Síntese da matriz de impactos da CGH Guarani. ................................... 533

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados do empreendedor ............................................................................ 25


Tabela 2 – Dados da empresa de consultoria ambiental ............................................. 26
Tabela 3 - Equipe técnica do PCA da CGH Guarani ...................................................... 27
Tabela 4 - Equipe de apoio do PCA da CGH Guarani. .................................................. 27
Tabela 5 – Legislações pertinentes às CGHs. ............................................................... 30
Tabela 6 – Dados gerais do empreendimento ............................................................. 37
Tabela 7 – Localização do empreendimento ............................................................... 37
Tabela 8 - Classe de Uso e Ocupação do Solo na Região do Parque Estadual do Rio
Guarani e ................................................................................................................................... 43
Tabela 9 - Características do Arranjo da CGH Guarani. ............................................... 46
Tabela 10 - Principais características do fosso de captação. ....................................... 50
Tabela 11 - Informações do Conduto Forçado............................................................. 55
Tabela 12 – Informações a respeito da casa de força da CGH Guarani. ..................... 55
Tabela 13 - Informações sobre as Linhas de Transmissão. .......................................... 59
Tabela 14 - Volumes de escavação e destinação de material escavado. .................... 61
Tabela 15 - Classificação Geomorfológica da Bacia do Rio Guarani. ........................... 77
Tabela 16 - Investigações Geológicas - 2021 ............................................................... 80
Tabela 17 - Grau de Coerência. .................................................................................... 82
Tabela 18 - Grau de Alteração. ..................................................................................... 83
Tabela 19 - Grau de Fraturamento. .............................................................................. 84
Tabela 20 - Grau de Rugosidade das Descontinuidades. ............................................. 84
Tabela 21 - Grau de cisalhamento e preenchimento das descontinuidades. ............. 85
Tabela 22 - Grau de Descontinuidades. ....................................................................... 85
Tabela 23 - Condutividade Hidráulica. ......................................................................... 85
Tabela 24 - Resumo dos processos minerais existentes na Bacia do Rio Guarani. ... 116
Tabela 25 - Resumo das Características Fisiográficas da Bacia do Rio Guarani. ....... 125
Tabela 26 - Valor médio de precipitação nos dias específicos na AII da CGH Guarani
(mm). ....................................................................................................................................... 127
Tabela 27 - Valores de Armazenamento, Evapotranspiração e Precipitação para
municípios próximos da AII..................................................................................................... 127

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Tabela 28 - Dados de precipitação em Três Barras do Paraná nos anos de 2015 e 2020.
................................................................................................................................................. 128
Tabela 29 - Pesos atribuídos às classes de uso e cobertura. ..................................... 129
Tabela 30 - Valores de uso e ocupação do solo (há) na sub-bacia do Rio Guarani. .. 130
Tabela 31 - Estação Porto Santo Antônio - Informações. .......................................... 133
Tabela 32 - Série de Vazões Médias Mensais (m³/s) - Estação Porto Santo Antônio - AD
= 1.080,00 km². ....................................................................................................................... 137
Tabela 33 - Série de Vazões Médias Mensais (m³/s) - CGH Guarani - AD = 1.068,00 km².
................................................................................................................................................. 138
Tabela 34 - Comportamento da Série de Vazões Médias Mensais. .......................... 140
Tabela 35 - Vazões Características - Curva de Permanência. .................................... 140
Tabela 36 - Série de Vazões Máximas Anuais para o Período Completo. ................. 142
Tabela 37 - Estatísticas da Série de Vazões Máximas Instantâneas Anuais. ............. 143
Tabela 38 - Vazões Máximas para o Período Completo (m³/s). ................................ 143
Tabela 39 - Vazões de Cheias Semestrais x Tempo de Recorrência. ......................... 145
Tabela 40 - Série de Vazões Máximas do Semestre Nov-Abr - Período Seco............ 146
Tabela 41 - Vazões Máximas para o Período Seco (m³/s). ......................................... 147
Tabela 42 - Série de Vazões Médias de 7 dias - Valores Mínimos Anuais. ................ 151
Tabela 43 - Distância entre as Seções. ....................................................................... 153
Tabela 44 - Coordenadas dos pontos de amostragem de água superficial da CGH
Guarani.................................................................................................................................... 159
Tabela 45 - Resultado das Análises Físico-Químicas nos Pontos de Amostragem. ... 160
Tabela 46 - Cálculo do IET do Rio Guarani. ................................................................ 162
Tabela 47 - Estado trófico segundo IET. ..................................................................... 162
Tabela 48 - Peso (w) por parâmetro para cálculo do IQA. ......................................... 163
Tabela 49 - Avaliação da Qualidade da Água segundo o IQA. ................................... 163
Tabela 50 - IQA dos pontos amostrados no Rio Guarani. .......................................... 164
Tabela 51 - Prognóstico da Mudança de Paisagem. .................................................. 173
Tabela 52 - Prognóstico de Instabilização de Taludes. .............................................. 174
Tabela 53 - Prognóstico de desenvolvimento de processos erosivos. ...................... 175
Tabela 54 - Prognóstico da Poluição Atmosférica por Fontes Móveis. ..................... 177

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Tabela 55 - Prognóstico da Poluição Sonora. ............................................................. 178
Tabela 56 - Prognóstico da Alteração da Qualidade de Água Superficial. ................. 179
Tabela 57 - Prognóstico de Alteração nos Usos da Água. .......................................... 180
Tabela 58 - Resumo das Ações a Serem Executadas por Fase e Ripo de Resíduo. ... 184
Tabela 59 - Tipos Possíveis de Resíduos Sólidos a Serem Gerados pela Implantação da
CGH. ........................................................................................................................................ 186
Tabela 60 - Parâmetros Analisados e Metodologia Analítica. ................................... 206
Tabela 61 - Limites Máximos para os Parâmetros Analisados. .................................. 207
Tabela 62 - Metodologias de Amostragem para levantamento de dados primários e
secundários. ............................................................................................................................ 213
Tabela 63 - Classificação e Qualidade da Água de acordo com o Índice Biológico EPT.
................................................................................................................................................. 233
Tabela 64 - Pontuações atribuídas para as diferentes famílias de macroinvertebrados
no cálculo do Índice BMWP. ................................................................................................... 233
Tabela 65 - Classes de qualidade, significado dos valores do BMWP (ALBA-TECEDOR,
1996), e cores para serem utilizadas nas representações. .................................................... 234
Tabela 66 - Pontos amostrais para a fauna aquática e terrestre............................... 242
Tabela 67 - Riqueza e abundância de formigas, vespas e abelhas amostradas em três
pontos na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante
a fase pré-implantação. .......................................................................................................... 248
Tabela 68 - Riqueza e abundância de formigas, vespas e abelhas amostradas em duas
amostras na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022,
durante a fase pré-implantação. ............................................................................................ 250
Tabela 69 - Frequência, constância e dominância da fauna de formigas, vespas e
abelhas amostradas na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de
2022, durante a fase pré-implantação. .................................................................................. 251
Tabela 70 - Indicadores ecológicos da assembléia de formigas, vespas e abelhas na
área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase de
pré-implantação...................................................................................................................... 256

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Tabela 71 - Indicadores ecológicos de três pontos da assembleia de formigas, vespas
e abelhas amostradas na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de
2022, durante a fase pré-implantação. .................................................................................. 257
Tabela 72 - Composição taxonômica dos macroinvertebrados aquáticos registrada na
primeira campanha nos ambientes investigados no Estudo Ambiental Simplificado (EAS) da
CGH Guarani. AM: Amostra. ................................................................................................... 263
Tabela 73 - Composição taxonômica dos macroinvertebrados aquáticos registrada na
segunda campanha nos ambientes investigados no Estudo Ambiental Simplificado (EAS) da
CGH Guarani. AM: Amostra. ................................................................................................... 263
Tabela 74 - Espécies encontradas no bacia do Baixo do Rio Iguaçu com base em Nelson
(2006). ..................................................................................................................................... 272
Tabela 75 - Registro de espécies da ictiofauna nas áreas de influência da CGH Guarani.
................................................................................................................................................. 278
Tabela 76 - Metodologias utilizadas para o registro de cada espécie. ...................... 279
Tabela 77 - Lista das espécies de anfíbios registradas para a área de influência da CGH
Guarani.................................................................................................................................... 293
Tabela 78 - Classificação taxonômica de répteis registrados na CGH Guarani. ........ 299
Tabela 79 - Frequência de ocorrência. ....................................................................... 307
Tabela 80 - Índices de diversidade. ............................................................................ 310
Tabela 81 - Classificação avifauna registradas na CGH Guarani. ............................... 314
Tabela 82 - Índice de Frequência nas Listas para cada espécie registrada através das
listas de Mackinnon para a área de instalação da CGH Guarani. .......................................... 332
Tabela 83 - Frequência de Ocorrência das espécies na área de implantação da CGH
Guarani.................................................................................................................................... 336
Tabela 84 - Lista de espécies catalogadas em grau de ameaça com base na lista de
espécies ameaçadas de extinção do Paraná, do Brasil (MMA) e a lista vermelha da IUCN.. 339
Tabela 85 - Lista de espécies registradas no levantamento da CGH Guarani. .......... 350
Tabela 86 - Frequência de ocorrência. ....................................................................... 356
Tabela 87 - Índices de diversidade. ............................................................................ 359
Tabela 88 - Espécies levantadas neste estudo que se enquadram sob algum grau de
ameaça. ................................................................................................................................... 361

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Tabela 89 - Frequência relativa das espécies que compõe a avifauna da CGH Guarani.
................................................................................................................................................. 367
Tabela 90 - Frequência relativa das espécies que compõe o grupo dos invertebrados
terrestres da CGH Guarani. .................................................................................................... 373
Tabela 91 - Índices ecológicos de abundância, riqueza, diversidade Shannon-Winer e
equabilidade de Pielou. .......................................................................................................... 377
Tabela 92 - Representatividade dos grupos taxonômicos com relação aos dados
secundários e para o PR. ........................................................................................................ 378
Tabela 93 - Prognóstico de Perda de habitats naturais. ............................................ 381
Tabela 94 - Prognóstico de Fragmentação de habitats naturais ............................... 381
Tabela 95 - Prognóstico da ruptura de corredores ecológicos. ................................. 382
Tabela 96 - Prognóstico da constituição de barreiras para deslocamento dos animais.
................................................................................................................................................. 383
Tabela 97 - Prognóstico da transformação de ambientes de corpos hídricos de lóticos
para lênticos............................................................................................................................ 383
Tabela 98 - Prognóstico de parâmetros físicos e químicos do corpo hídrico. ........... 384
Tabela 99 - Prognóstico da Emissão de ruídos e vibrações. ...................................... 385
Tabela 100 - Prognóstico da alteração no microclima............................................... 385
Tabela 101 - Prognóstico da alteração da diversidade e abundância das espécies. . 386
Tabela 102 - Prognóstico de alteração na estrutura ecológica da comunidade. ...... 387
Tabela 103 - Prognóstico do aumento da diversidade, riqueza e abundância. ........ 387
Tabela 104 - Prognóstico de beneficiamento de espécies exóticas e invasoras. ...... 388
Tabela 105 - Prognóstico do Desaparecimento de espécies endêmicas, raras ou
ameaçadas. ............................................................................................................................. 388
Tabela 106 - Prognóstico do desequilíbrio de processos ecológicos. ....................... 389
Tabela 107 - Prognóstico de isolamento de populações e empobrecimento genético.
................................................................................................................................................. 389
Tabela 108 - Prognóstico da Limitação ou Expansão das áreas de ocorrência de
espécies................................................................................................................................... 390
Tabela 109 - Prognóstico do comprimento do desempenho reprodutivo de espécies
que dependem da comunicação vocal. .................................................................................. 391

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Tabela 110 - Prognóstico da perda de locais para abrigo e nidificação. ................... 391
Tabela 111 - Prognóstico da redução de estoque de itens alimentares. .................. 392
Tabela 112 - Prognóstico de interferência nos processos mitigatórios e reprodutivos
da ictiofauna. .......................................................................................................................... 392
Tabela 113 - Prognóstico de afugentamento da fauna. ............................................ 393
Tabela 114 - Prognóstico de lesionamento de animais silvestres com implicações à sua
destinação. .............................................................................................................................. 393
Tabela 115 - Prognóstico de mortandade de animais por atropelamento. .............. 394
Tabela 116 - Prognóstico do aumento dos casos epidemiológicos e comprometimento
da fauna. ................................................................................................................................. 394
Tabela 117 - Prognóstico de Acidentes com animais peçonhentos. ......................... 395
Tabela 118 - Prognóstico de Predação. ...................................................................... 396
Tabela 119 - Análise da estrutura horizontal da floresta amostrada. ....................... 405
Tabela 120 - Espécies recorrentes na região. ............................................................ 407
Tabela 121 - Espécies endêmicas encontradas na região. ........................................ 410
Tabela 122 - Espécies de valor econômico encontradas na região do empreendimento.
................................................................................................................................................. 411
Tabela 123 - Espécie raras ou ameaçadas de extinção na região. ............................ 412
Tabela 124 - Estatísticas do inventário amostral. ...................................................... 416
Tabela 125 - Volumetria estimada por espécie na área a ser suprimida para instalação
da casa de força. ..................................................................................................................... 418
Tabela 126 - Volumetria por espécie alvo do censo. ................................................. 419
Tabela 127 - Resumo das informações sobre a supressão vegetal. .......................... 420
Tabela 128 - Espécies encontradas no levantamento florístico e nos dados
secundários. ............................................................................................................................ 420
Tabela 129 - Prognóstico de Mudança de Paisagem. ................................................ 427
Tabela 130 - Prognóstico de Fragmentação de Habitats. .......................................... 428
Tabela 131 - Prognóstico de Perda de Conexão entre Fragmentos. ......................... 429
Tabela 132 - Prognóstico Perda das Áreas por Diminuição de Cobertura Vegetal Nativa.
................................................................................................................................................. 429

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Tabela 133 - Prognóstico das Alterações das espécies endêmicas, raras ou ameaçadas.
................................................................................................................................................. 430
Tabela 134 - Prognóstico da Contaminação Biológica. .............................................. 430
Tabela 135 - Prognóstico de Extinção de espécies. ................................................... 431
Tabela 136 - Prognóstico da Alteração da população de macrófitas. ....................... 431
Tabela 137 - Prognóstico da Recomposição de APP. ................................................. 432
Tabela 138 - Prognóstico para Insularização.............................................................. 432
Tabela 139 - Prognóstico de espécies mais adaptadas (exóticas). ............................ 433
Tabela 140 - Beneficiamento de Sementes. .............................................................. 441
Tabela 141 – Espécies recomendadas para recuperação de áreas degradadas na
região. ..................................................................................................................................... 449
Tabela 142 - Relação da condição dos domicílios em Três Barras do Paraná - PR. (Fonte:
IPARDES, 2000 -2010) ............................................................................................................. 478
Tabela 143 - Relação de famílias por domicílio no município de Três Barras do Paraná
(PR) .......................................................................................................................................... 478
Tabela 144 - Domicílios particulares permanentes - morador por dormitório (Fonte:
IPARDES, 2000-2010) .............................................................................................................. 479
Tabela 145 - Domicílios Particulares Permanentes - Esgotamento Sanitário (Fonte:
IPARDES, 2010) ....................................................................................................................... 479
Tabela 146 - Domicílios Particulares Permanentes - Rendimento Mensal Domiciliar
(Fonte: IPARDES, 2000-2010) ................................................................................................. 480
Tabela 147 - Uso e Ocupação do Solo no município de Três Barras do Paraná-PR .. 483
Tabela 148 - Dados de Admitidos e Desligados no município de Três Barras ........... 485
Tabela 149 - Dados de admitidos e desligados no município de Três ....................... 485
Tabela 150 - Dados de admitidos e desligados no município de Três Barras do Paraná-
PR em 2020. ............................................................................................................................ 485
Tabela 151 - Dados de admitidos e desligados no município de Três Barras do Paraná
- PR em 2021. .......................................................................................................................... 486
Tabela 152 - Valores admitidos e desligados entre 1996 e 2019 por gênero – município
de ............................................................................................................................................ 486

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Tabela 153 - Estabelecimentos Agropecuários por tipo em Três Barras do Paraná - PR.
................................................................................................................................................. 491
Tabela 154 - Produção agrícola no município de Três Barras do Paraná - PR. .......... 491
Tabela 155 - Produção de Origem Animal no município de Três Barras do Pinhais – PR.
................................................................................................................................................. 493
Tabela 156 - Rendimento médio por setor em Três Barras do Paraná-PR em 2014 e
2020 (Empregos Formais)....................................................................................................... 493
Tabela 157 - Número total de empregos (postos de trabalho) por faixa de remuneração
em Três Barras do Paraná – PR de 2012 a 2020. ................................................................... 494
Tabela 158 - Postos de trabalho ocupados em Três Barras do Paraná (PR) por
escolaridade de 2015 e 2020. ................................................................................................ 495
Tabela 159 - IPM do ICMS da AII do empreendimento em 2000, 2010 e 2020........ 499
Tabela 160 - Receitas municipais segundo as categorias – Município Três Barras do
Paraná (PR).............................................................................................................................. 499
Tabela 161 - Receitas correntes municipais segundo as categorias de Três Barras do
Paraná (PR) – 2020. ................................................................................................................ 500
Tabela 162 - Receitas de capital municipais segundo as categorias de Três Barras do
Paraná (PR) – 2020. ................................................................................................................ 500
Tabela 163 - Transferências Correntes Municipais segundo a origem das
transferências. ........................................................................................................................ 500
Tabela 164 – Transferências de Capital Municipais segundo a origem das
transferências. ........................................................................................................................ 500
Tabela 165 - Receitas Tributárias Municipais segundo as categorias de Três Barras do
Paraná (PR).............................................................................................................................. 501
Tabela 166 - Despesas municipais segundo as categorias – Três Barras do Iguaçu (PR).
................................................................................................................................................. 502
Tabela 167 - Despesas Correntes Municipais segundo categorias – Três Barras do
Paraná (PR).............................................................................................................................. 502
Tabela 168 - Despesas Municipais por função – Três Barras do Paraná (PR). .......... 503
Tabela 169 - Prognóstico da Interferência nas Propriedades Afetadas. ................... 507
Tabela 170 - Prognóstico de Risco de Acidentes com Operários e População. ........ 507

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Tabela 171 - Prognóstico da Malha Viária Local e Infraestrutura Pública. ................ 508
Tabela 172 - Prognóstico de Emprego e Renda. ........................................................ 509
Tabela 173 - Prognóstico de Alteração da Arrecadação de Impostos. ...................... 510
Tabela 174 - Prognóstico de Alteração de Atividades Comerciais e Serviços. .......... 510
Tabela 175 - Prognóstico de Produção de Conhecimento Científico ou Cultural. .... 511
Tabela 176 - Pesos por parâmetros. .......................................................................... 525
Tabela 177 - Classificação do índice de significância. ................................................ 526
Tabela 178 - Matriz de Impacto da CGH Guarani. ..................................................... 527

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1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

A empresa responsável pelo empreendimento é a GUARANI ENERGIA SPE, cujos dados


estão apresentados a seguir.

Tabela 1 – Dados do empreendedor

Razão Social: Guarani Energia SPE


CNPJ: 37.610.200/0001-76
Número do CTF IBAMA: -
Endereço completo para
Rua Erechim, 841, Sala 06 – Centro, Cascavel/PR, 85.812-260
correspondência:
Nome: Renata Cavalca
Representante Legal: E-mail: renatacavalca@terra.com.br
Telefone: (45) 8403-0873
Nome: Renata Cavalca
Pessoa de contato: E-mail: renatacavalca@terra.com.br
Telefone: (45) 8403-0873

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2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO
AMBIENTAL
A empresa responsável pela elaboração deste documento é a Forte Soluções
Ambientais, cujos dados estão citados na tabela abaixo.

Tabela 2 – Dados da empresa de consultoria ambiental

Razão Social: Forte Soluções Ambientais LTDA


Nome de fantasia: Forte Soluções Ambientais LTDA
Inscrição estadual: Isento
CNPJ: 17.731.655/0001-32
Número do CTF IBAMA: 6271371
Endereço completo para
Rua Grã Nicco, 113, sala 201, Mossunguê, Curitiba – PR
correspondência:
Nome: Matheus Campanhã Forte
Representante Legal: E-mail: matheus.forte@forteamb.com.br
Telefone: (41) 3586-0946 / (41) 99933-5366
Nome: Isadora Palhano
Pessoa de contato: E-mail: meioambiente@forteamb.com.br
Telefone: (41) 99604-0978
Nome: Gabriel Muniz
Pessoa de contato: E-mail: meioambiente2@forteamb.com.br
Telefone: (41) 99862-8722

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3 DADOS DA EQUIPE TÉCNICA MULTIDISCIPLINAR
Tabela 3 - Equipe técnica do PCA da CGH Guarani

Registro CTF Responsabilidade


Nome Formação ART
Profissional IBAMA no estudo
Matheus Engenheiro CREA-PR 606354 172022059 Coordenação e
Campanhã Forte Ambiental 144019/D 5 3926 elaboração
CREA/SP Elaboração e
Júlia Cristina 172022333
Geógrafa 507082837 - consolidação do
Abrami Rangel 7947
0-D estudo
Elaboração da
Astério Soria Engenheiro 172022340
CREA-PR - seção meio
Heidemann Florestal 8925
biótico
CRBio Elaboração da
Alex Sandro
Biólogo 108349/07 - 07-0275/22 seção meio
Silveira Pavlak
D biótico
Elaboração da
Andressa
Bióloga CRBio - 07-2094/22 seção do meio
Cordeiro Riceto
biótico
Elaboração da
Carine Alonço CRBio
Bióloga - 07-0229/22 seção meio
Moraes 118388/RS
biótico
Elaboração da
Cássio Vinícius CRBio
Biólogo - 07-0226/22 seção meio
Breda 101774/RS
biótico
Elaboração da
Cleiton Juarez CRBio
Biólogo - 07-0225/22 seção meio
Decarli 101214/RS
biótico
Cristiano Elaboração da
CRBio
Moschen Biólogo - 07-0248/22 seção meio
110346/RS
Bordignon biótico
CREA-RS 172021249 Elaboração da
Daniel Wojahn Geólogo -
144703/D 2776 seção meio físico

Tabela 4 - Equipe de apoio do PCA da CGH Guarani.

Nome Formação
Gabriela Ono Engenheira Ambiental
Vinicius Nascimento Matos Engenheiro sanitarista e ambiental
Aline Alves de Lima Graduanda em engenharia ambiental
Fabiano Leal Geógrafo
Isadora Palharmo Silva Engenheira Ambiental

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4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

O presente capítulo visa analisar a legislação ambiental aplicável necessária à


obtenção de Licenciamento Ambiental (Licença Ambiental Simplificada - LAS) junto ao
Instituto Água e Terra - IAT para o aproveitamento hidrelétrico classificado como Central de
Geração Hidrelétrica, CGH Guarani, situada no município de Três Barras do Paraná, estado do
Paraná, avaliando a adequação e compatibilidade da pretensão empreendedora, perante o
que dispõe a legislação vigente nas esferas federal, estadual e municipal.

4.1 Evolução da Legislação Ambiental Aplicada a Usinas Hidrelétricas

A defesa do meio ambiente está contemplada na legislação brasileira, indiretamente


em algumas Constituições Federais anteriores a do ano de 1988, mas principalmente por
diversas leis esparsas.

Atualmente, a evolução da legislação brasileira é constante e vem ocorrendo com a


edição, em várias instâncias, de novas normas visando garantir a proteção e conservação dos
recursos naturais, assim como o controle de possíveis impactos ambientais que venham a
comprometer a qualidade de vida. Assim, a utilização do potencial hidráulico para a produção
de energia é um assunto que toma grande atenção dos administradores públicos e
legisladores brasileiros.

Um dos desafios atuais para os que atuam na implantação e na operação de


empreendimentos para geração de energia elétrica é a adaptação dos seus planejamentos à
conjuntura política e econômica atual, da qual se destaca a preocupação com o meio
ambiente.

Tanto pelo caráter de utilidade pública, quanto pelas implicações ambientais e em


função das normas e princípios envolvidos na utilização de bens da União, que são os cursos
d’água, a construção e exploração de centrais hidrelétricas é regida por um grande e
detalhado arcabouço normativo, que começa com a Constituição Federal, passa por leis e
decretos e chega aos regulamentos que detalham com abrangência os aspectos da atividade.

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Por isso, atender à legislação ambiental deve ser uma ocupação constante das
empresas que compõem o setor elétrico brasileiro, considerando a grande diversidade de
instrumentos normativos dispondo sobre a matéria.

O que segue adiante é um apanhado amplo do que rege a legislação brasileira sobre
o aproveitamento dos rios para geração de energia em Centrais Geradoras Hidrelétricas.

A relação e a análise dos instrumentos legais e normativos é o resultado de uma


pesquisa ampla em diversas fontes e lista as regras dispondo acerca de questões de caráter
ambiental dos empreendimentos destinados à geração de energia elétrica.

O levantamento procurou agregar a legislação existente para a proteção do meio


ambiente, abrangendo desde a Constituição da República, leis infraconstitucionais, decretos,
bem como instruções normativas, portarias e resoluções

Os textos legais pesquisados e relacionados neste trabalho referem-se tanto à esfera


federal, quanto estadual e municipal. É importante destacar a abundância de dispositivos
legais no âmbito federal e a escassez de normas municipais dispondo sobre os temas em foco.

Dentre os dispositivos estaduais e municipais se destacam as Constituições Estaduais,


as Leis Orgânicas e os Planos Diretores Municipais, que destinam capítulos em seu texto
relacionados ao meio ambiente, e que deverão ser observados juntamente com as demais
normas infraconstitucionais.

Além dos tais referenciais teóricos, se faz necessário a inclusão nesta análise de
legislações referentes a Unidades de Conservação e suas áreas de amortecimento, tendo em
vista que o empreendimento aqui discutido possuí território a Zona de Amortecimento do
Parque Estadual do Rio Guarani – sendo a compreensão destas importante na discussão
referentes a instalação do empreendimento na área solicitada.

O diagnóstico ambiental das áreas de influência, a definição da área de proteção


permanente e a análise dos impactos ambientais do empreendimento levam em
consideração toda a legislação ambiental, apresentada a seguir através dos principais
diplomas legais aplicáveis. Esta legislação deve ser considerada pelo empreendedor durante

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a execução dos projetos, implantação e operação do empreendimento em questão, e
desenvolvimento de todas as atividades a ele associadas.

Ao longo de todo o estudo, em cada um dos diagnósticos, em todos os levantamentos


técnicos, programas e ações propostas foram observados os instrumentos legais e normativos
aplicáveis ao empreendimento. Assim, o presente estudo está devidamente fundamentado
na legislação incidente sobre a atividade do empreendimento.

As principais leis, decretos, resoluções e portarias associadas ao licenciamento


ambiental de empreendimentos hidrelétricos estão relacionadas na tabela 5 abaixo, onde são
informados os mais importantes dispositivos legais ou com força de lei na área de meio
ambiente, aplicáveis também às usinas hidrelétricas. Estas informações estão sistematizadas
de acordo com os seus objetivos.

Tabela 5 – Legislações pertinentes às CGHs.

Dispositivo
Tema Descrição
legal
Federais
Decreto nº
Recursos 24.643, de
Institui o Código das Águas.
Hídricos 10 de julho
de 1934
Lei nº 3.824,
Proteção do
de 23 de Torna obrigatória a destoca e consequente limpeza das bacias
Meio
novembro de hidráulicas dos açudes, represas e lagos artificiais.
Ambiente
1960
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e institui o Cadastro de
Lei nº 6.938,
Proteção do Defesa Ambiental. A Lei estabelece, ainda, como instrumentos da
de 31 de
Meio Política Nacional de Meio Ambiente, o licenciamento pelo órgão
agosto de
Ambiente competente, a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
1981
poluidoras e o Cadastro Técnico Federal de atividades
potencialmente poluidoras ou utilizadoras dos recursos
ambientais (atualizado pela Lei nº 7.804/89).
Resolução
CONAMA nº
Licenciamento Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para uso e
1, de 23 de
Ambiental implementação de avaliação de impacto ambiental (EIA/RIMA).
janeiro de
1986

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Dispositivo
Tema Descrição
legal
Resolução
CONAMA nº
Licenciamento Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras do setor de
06, de 16 de
Ambiental geração de energia elétrica.
setembro de
1987
Para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela
Resolução destruição de florestas e outros ecossistemas, o licenciamento de
CONAMA nº obras de grande porte, assim considerado pelo órgão licenciador
Licenciamento
10, de 03 de com fundamento no RIMA terá sempre como um dos seus pré-
Ambiental
dezembro de requisitos, a implantação de uma estação Ecológica pela entidade
1987 ou empresa responsável pelo empreendimento,
preferencialmente junto à área.
Direitos e
Constituição No Capítulo I, Artigo 5º, fica determinado que qualquer cidadão é
Deveres
Federal de parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo
Individuais e
1988 ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Coletivos
O Capítulo VI, Artigo 225, determina que: “Todos têm o direito ao
Proteção do Constituição meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
Meio Federal de do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Ambiente 1988 Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações.”
Resolução
CONAMA nº Estabelece critérios e procedimentos básicos para a
Licenciamento
1, de 16 de implementação do Cadastro Técnico Federal de Atividades e
Ambiental
março de Instrumentos de Defesa Ambiental, previsto na Lei nº 6.938/81.
1988
Decreto nº
Proteção do
99.274, de Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras
Meio
06 de junho providências.
Ambiente
1990
Resolução
Proteção ao CONAMA nº
Estabelece os parâmetros básicos para análise dos estágios de
Meio 10, de 01 de
sucessão da Mata Atlântica.
Ambiente outubro de
1993
Resolução
Define as formações vegetais primárias, bem como os estágios
Proteção ao CONAMA nº
sucessionais de vegetação secundária, com finalidade de orientar
Meio 2, de 18 de
os procedimentos de licenciamento de exploração da vegetação
Ambiente março de
nativa no Estado do Paraná.
1994

www.forteamb.com 31
Dispositivo
Tema Descrição
legal
Lei nº 9.427,
Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL disciplina o
Energia de 26 de
regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica, e
Elétrica dezembro de
da outras providências.
1996
Lei nº 9.433,
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Recursos de 08 de
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras
Hídricos janeiro de
providências. Altera, parcialmente, o Código das Águas.
1997
Resolução
CONAMA nº Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no licenciamento
Licenciamento
237, de 19 ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de
Ambiental
de dezembro licenciamento como instrumento de gestão ambiental.
de 1997
Lei nº 9.605,
Proteção do Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
de 12 de
Meio condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
fevereiro de
Ambiente providências.
1998
Lei n° 9.985
Unidades de de 18 de Regulamenta e institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação julho de Conservação.
2000
Resolução
CONAMA nº Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental
Licenciamento
279, de 27 simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno
Ambiental
de junho de potencial de impacto ambiental.
2001
Resolução
CONAMA nº Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de
Licenciamento
302, de 20 Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de
Ambiental
de março de uso do entorno.
2002
Resolução
Proteção do CONAMA nº
Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de
Meio 303, de 20
Preservação Permanente.
Ambiente de março de
2002
Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo,
Resolução
cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos
Flora e CONAMA
advindos de compensação ambiental, conforme a Lei no 9.985,
Unidades de n°371, de 05
de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de
Conservação de abril de
Unidades de Conservação da Natureza - SNUC e da outras
2006
providências.

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Dispositivo
Tema Descrição
legal
Decreto nº
Flora, Fauna e 11.428, de
Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do
Unidade de 22 de
Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.
Conservação dezembro de
2006
Decreto nº
Proteção do
6.514, de 22 Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas
Meio
de julho de e atividades lesivas ao meio ambiente.
Ambiente
2008
Decreto nº
Flora e
6.660, de 21
Unidades de Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão da vegetação.
de novembro
Conservação
de 2008
Lei nº
Proteção do 12.334, de
Meio 20 de Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens.
Ambiente setembro de
2010
Resolução
Discorre dobre a autorização do órgão responsável pela
CONAMA
Unidades de administração da Unidades de Conservação (UC), de que se trata
n°428 de 17
Conservação o art. 36, § 3º, da Lei n°9.985 de 18 de julho de 2000.
de dezembro
de 2010
Estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas
Lei nº12.727, de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a
Flora, Fauna e
de 17 de exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o
Unidades de
outubro de controle da origem dos produtos florestais e o controle e
Conservação
2012 prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos
econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.
Estaduais
Lei Estadual
nº 12.726, de
Recursos Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos e adota outras
26 de
Hídricos providências.
novembro de
1999
Decreto
Estadual nº
Recursos
2.314, de 17 Institui o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH/PR.
Hídricos
de julho de
2000 (PR)
Recursos Decreto Institui normas e critérios para a instituição de comitês de bacia
Hídricos Estadual nº hidrográfica.

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Dispositivo
Tema Descrição
legal
2.315, de 17
de julho de
2000 (PR)
Decreto
Estadual nº Regulamenta as normas, critérios e procedimentos relativos à
Recursos
2.316, de 17 participação de organizações civis de recursos hídricos junto ao
Hídricos
de julho de Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
2000 (PR)
Decreto
Estadual nº
Recursos
2.317, de 17 Institui os Comitês de Bacia Hidrográfica.
Hídricos
de julho de
2000 (PR).
Decreto
Estadual nº
Recursos Dispõe sobre o regime de outorga de direitos de uso de recursos
4.646, de 31
Hídricos hídricos.
de agosto de
2001 (PR)
Decreto
Estadual
Recursos Dispõe sobre o regime de outorga de direitos de uso de recursos
nº9.957, de
Hídricos hídricos e adota outras providências.
23 de janeiro
de 2014 (PR)
Resolução
Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios e
CEMA nº 107
Licenciamento procedimentos a serem adotados para as atividades poluidoras,
de 09 e
Ambiental degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente e adota
setembro de
outras providências.
2020
Resolução
SEDEST nº 09 Estabelece definições, critérios, diretrizes procedimentos para
Licenciamento
de 23 de licenciamento de unidades de geração de energia elétrica a partir
Ambiental
fevereiro de de potencial hidráulico, no âmbito do Estado do Paraná.
2021
Resolução
SEDEST nº 13 Estabelece definições, critérios, diretrizes procedimentos para o
Licenciamento
de 23 de licenciamento ambiental de sistemas de transmissão, distribuição
Ambiental
fevereiro de e subestação de energia elétrica, no âmbito do Estado do Paraná.
2021
Lei Estadual
Unidades de Compensação ambiental para empreendimentos geradores de
nº 20.929 de
Conservação impacto ambiental negativo n]a mitigável.
17 de

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Dispositivo
Tema Descrição
legal
dezembro de
2021
Municipais
Parque Plano de Por se localizar na Zona de Amortecimento do Parque Estadual do
Estadual do Manejo - Rio Guarani, a análise do plano de manejo se faz necessário para
Rio Guarani 2002 compreender as restrições e direcionamentos associados a zona.
Plano Diretor
Plano Diretor do Município
do Município de Três Plano Diretor do Município no qual o empreendimento será
de Três Barras Barras do instalado.
do Paraná Paraná -
2008

Com base em todo o arcabouço legal supracitado, pode-se afirmar que não existe
qualquer impedimento legal à implantação e operação do empreendimento que é objeto
deste PCA.

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5 HISTÓRICO DO EMPREENDIMENTO

O andamento dos processos junto ao IAT e demais instituições pertinentes ocorreu na


seguinte ordem:

10 de março de 2021: Uma carta de declaração de interesse de implantação da CGH


Guarani foi enviada a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;
13 de abril de 2021: A Prefeitura Municipal de Três Barras do Paraná emite a
Declaração de Anuência para o Uso e Ocupação do Solo;
29 de junho de 2021: O Relatório de Investigações Geológico-Geotécnicas foi
elaborado;
07 de julho de 2021: Resposta da ANEEL permitindo a instalação da CGH Guarani;
12 de agosto de 2021: Projeto Pré-Executivo da Central Geradora Hidrelétrica Guarani;
20 de agosto de 2021: O Instituto Água e Terra emite Outorga Prévia na Portaria nº
615/2021, sob o Protocolo nº 17.571.005-1 para aproveitamento de potencial hidrelétrico
para a CGH Guarani;
03 de janeiro de 2022: Requerimento de Consulta Prévia ao IAT no protocolo
n°18.485.932-7;
20 de fevereiro de 2022: Processo IPHAN n°01508.000056/2022-30 –
Encaminhamento de Ficha de Caracterização de Atividade – FCA.
16 de março de 2022: O Instituto Água e Terra expede a AA nº 56971 com validade de
12 meses para Levantamento de Fauna terrestre e aquática;
22 de junho de 2022: Publicação do Parecer Técnico do IPHAN favorável a implantação
do empreendimento.

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6 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

6.1 Dados Gerais

Tabela 6 – Dados gerais do empreendimento

Potência instalada: 3,00 MW


Energia firme: 1,67 MW
Desnível total: 11 m

6.2 Localização da Usina

Abaixo são apresentadas as informações específicas de localização do


empreendimento:
Tabela 7 – Localização do empreendimento

Municípios atingidos Três Barras do Paraná (PR)


Rio | Bacia | Sub-bacia
Rio Guarani | Bacia do Rio Iguaçu | Sub-Bacia do Rio Guarani
hidrográfica
Partindo de Três Barras do Paraná, siga ao norte pela Rodovia PR-
471 até o trevo e siga pela rodovia PR-484 (Rodovia Feliz Feiwish
Lerner) por aproximadamente 4,6km para entrar em um
carreador (estrada de chão) à esquerda (norte). Na estrada de
chão siga por 100m até a primeira bifurcação e mantenha à
direita; em 900m, na segunda bifurcação, mantenha à direita; em
480m, na terceira bifurcação, mantenha à esquerda; em 625m,
Acessos existentes
na quarta bifurcação, mantenha à direita; em 1.900m, na quinta
bifurcação, ao se deparar com uma área de plantio, siga pela
direita e contorne a área plantada até encontrar uma estrada de
chão perpendicular – a atual via ponto 6 –; em seguida, vire a
direita e siga até o fim da estrada de chão, onde há algumas
árvores e uma pequena lagoa. A área de interesse está logo à
frente, mas não há estrada de chão.
No âmbito da obra, deverão e projetados e construídos os
acessos aos locais de implantação das estruturas do
empreendimento, levando-se em consideração as frentes de
serviço, dependências administrativas e os canteiros de obra.
As obras de infraestrutura têm como objetivo principal, dar
Acessos a construir
suporte à construção do aproveitamento de acordo com o
cronograma. Para tanto é necessária a construção de estradas de
serviço, canteiros de obra e instalações administrativas e
industriais, tais como almoxarifados, escritórios e as centrais de
concreto.

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Figura 1 - Acesso a CGH Guarani por Três Barras do Iguaçu-PR.

Figura 2 - Localização da CGH Guarani.

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6.2.1 Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani

A área de instalação da CGH Guarani está localizada a 5,1 km do Parque Estadual do


Rio Guarani. Em relação aos dados encontrados acerca da Zona de Amortecimento do Parque
Guarani, divergências acerca de sua abrangência são identificáveis.

Conforme o Plano de Manejo da Unidade de Conservação, a propriedade está inserida


na Zona de Amortecimento – conforme indicado no capítulo IV de informações específicas do
Parque Estadual e de sua Zona de Amortecimento, tópico 1 de Caracterização da Zona de
Amortecimento, título 1.1 de Critérios para o estabelecimento da Zona de Amortecimento,
que define:

Proteção da faixa de Área de Preservação Permanente em todo o baixo


curso do rio Guarani, que abriga espécies da fase transicional da Floresta
Estacional Semidecidual e da Floresta Ombrófila Mista;

A Zona de Amortecimento abrange praticamente toda a bacia do Rio


Guarani (PLANO DE MANEJO DO PARQUE ESTADUAL DO RIO GUARANI,
2002).

Entretanto, no mesmo documento podemos encontrar diferenças entre esta


delimitação – no mesmo tópico de caracterização, o título 1.2 indica que a zona de
amortecimento:

...limita-se ao sul pelo rio Iguaçu, a oeste pela PR-471, desviando do centro
urbano de Três Barras do Paraná, confluindo com a PR-484, que define seu
limite norte; o limite leste é definido a partir do rio Iguaçu, no início do
reservatório da Usina Hidrelétrica de Salto Osório, seguindo pela PR-473 por
um pequeno trecho, e confluindo até a PR-484 ao norte, limitando-se pelos
reflorestamentos da empresa Araupel (PLANO DE MANEJO DO PARQUE
ESTADUAL DO RIO IGUAÇU, 2002).

Através da delimitação proposta por este trecho apontado, a área de implantação do


empreendimento não converge com a zona de amortecimento. A base de dados do Sistema
de Gestão Ambiental do Instituto Água e Terra entretanto, aponta a inserção da CGH Guarani
na ZA. A figura 3 espacializa essas informações – a área em marrom indica a delimitação da
zona de amortecimento conforme SGA-IAT; em vermelho encontram-se as rodovias PR-484

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(usada como referência para delimitação da ZA no título 2.2, tópico 1 do Plano de Manejo) e
a rodovia PR - 475.

Figura 3 - Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani.

A Figura 4 entretanto, apresenta as fronteiras da Zona de Amortecimento conforme a


interpretação das delimitações definidas no Plano de Manejo (Capt. IV – Informações
específicas do Parque Estadual e de sua Zona de Amortecimento – pág. IV-2), ilustrando a não
sobreposição da ZA para com a localização da CGH Guarani – indicada no mapa pelo local de
supressão para a instalação da casa de força.

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Figura 4 - Delimitação da Zona de Amortecimento da UC Rio Guarani conforme Plano de Manejo.

Conforme a Lei n° 9.985 de 18 de julho de 2000 – que regulamenta e institui o Sistema


Nacional de Unidades de Conservação da Natureza -, zona de amortecimento é definida como
“o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a
normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a
unidade”.

O Art. 5º, XIII indica que as zonas de amortecimento – bem como corredores
ecológicos e a própria Unidade de Conservação – devem buscar proteger as grandes áreas
por meio de um conjunto integrado de diferentes atividades de preservação da natureza, uso
sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas e, no Art.19,
inciso 6º, de que cabe ao Plano de Manejo definir as zonas de proteção integral, uso
sustentável e zona de amortecimento – sendo o mesmo aprovado pelo Conselho Deliberativo
da unidade.

Cabe ainda discutir acerca do Art. 25º, inciso 1º que determina que é responsabilidade
do órgão encarregado pela administração da unidade, estabelecer normas específicas para
regulamentação da ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos

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corredores ecológicos de uma unidade de conservação – e é de sua competência conceder a
autorização de licenciamento para empreendimentos na UC ou na Zona de Amortecimento
(Art. 36°, inciso 3°).

A Unidade de Conservação do Rio Guarani é de gestão estadual, logo, cabe ao Instituto


Água e Terra do Estado do Paraná licenciar empreendimentos em seu território e na zona de
amortecimento. Conforme apresentado em legislação, a ocupação da Zona de
Amortecimento – assim como o licenciamento de empreendimentos na região - está
associada as restrições apontadas pelo Plano de Manejo.

O Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Guarani não apresenta em seu escopo
restrições ou impedimentos para a instalação da usina na zona referida, indicando em seu
texto apenas moderações sobre o uso na área da Unidade de Conservação.

Acerca dos geradores de impacto ambiental e a compensação ambiental destes, a Lei


n° 20.929 de 17 de dezembro de 2021, no inciso 2°, do Art. 3° desta indica que “Quando o
empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento,
mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, esta deverá ser uma das
beneficiárias da compensação ambiental”- compreende-se que, a necessidade de supressão
vegetal apontada pelo empreendimento, em sua compensação, deverá ser realizada na
Unidade de Conservação ou Zona de Amortecimento que o abrange, condicional já
considerada na fase inicial da CGH Guarani.

Salienta-se que, a CGH Guarani não terá barramento nem lago de reservatório,
realizando assim poucas alterações em relação a qualidade e quantidade do trecho de
drenagem, bem como alterando minimamente o uso e ocupação já registrado na região.

A ocupação na zona de amortecimento - conforme próprio Plano de Manejo – são


compostas de pequenas e médias propriedades agropecuárias, com atividades voltadas ao
plantio de soja, milho, feijão e fumo, além de mandioca e batata-doce em menor escala, gado
de corte e de leite, avicultura, além da suinocultura e a piscicultura, estas pouco expressivas.
Alguns proprietários adotam práticas de uso e preparo do solo, com o uso intensivo de
agrotóxicos em áreas próximas ao parque, ou com potencial poluidor de rios, riachos,
córregos, que adentram na unidade.

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O Plano destaca ainda que, em partes da Zona de Amortecimento, a cobertura
florestal é muito baixa, não atendendo ao mínimo legal em termos de Reserva Legal e
Preservação Permanente. A tabela 8 apresenta as classes de uso e ocupação do solo na região
do Parque Estadual e da Zona de Amortecimento.

Tabela 8 - Classe de Uso e Ocupação do Solo na Região do Parque Estadual do Rio Guarani e
sua Zona de Amortecimento.

CLASSE PERG + ZONA DE


PERG ZONA DE AMORTECIMENTO
AMORTECIMENTO

ÁREA % ÁREA % ÁREA %


Floresta 2.201,52 98,50 13.718,15 28,45 15.919,67 31,55
Hidrografia - - 1.438,54 2,98 1.438,54 2,85
Reflorestamento - - 2.837,84 5,88 2.837,84 5,67
Área Urbana - - - - - -
Áreas Antropizadas 33,48 1,50 30.227,08 62,69 30.260,56 59,98
Total 2.235,00 100 48.221,61 100 50.456,61 100
FONTE: Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Guarani, 2002.

Conforme os valores apresentados na tabela, podemos notar que mais de 62% do uso
da zona de amortecimento corresponde a áreas antropizadas. Na ZA existem duas outorgas
publicadas para lançamento de efluentes, sendo de tipo sanitário e industrial – umas delas
pertencentes a Companhia de Saneamento do Estado do Paraná (SANEPAR), para
esgotamento sanitário.

Em relação as licenças ambientais já emitidas na zona de amortecimento


disponibilizadas no site do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) do IAT, foram encontradas
licenças de operação e licenças ambientais simplificadas acerca de empreendimentos de
atividades agrícolas (produção de leite, avicultura e suinocultura por exemplo) – nas zonas
limítrofes da ZA ainda ocorrem licença prévia de loteamento para fins residenciais e
parcelamento de solo.

Na realização da Consulta Prévia (Protocolo n°18.485.932-7), foi apresentado ainda


pelo Instituto Água e Terra, um mapeamento acerca da Zona de Amortecimento e a
localização da CGH. Neste – que pode ser analisado na Figura 5 – há indicações de outras
geradoras hidrelétricas já instaladas na Zona de Amortecimento – sendo algumas delas mais

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próximas da Unidade de Conservação em si do que a CGH Guarani. São indicadas no mapa: 2
PCHs dentro da Zona de Amortecimento; 1 UHE e 1 CGH no limite da ZA.

Figura 5 - Delimitação das Zona de Amortecimento e Localização da CGH Guarani (IAT,2022).

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6.3 Arranjo Geral

As informações contidas nesta seção se referem ao “Projeto Pré-Executivo CGH


Guarani” realizado pela empresa SUSTECH Consultoria e RDR Consultores Associados, no ano
de 2021.

A concepção do arranjo geral da usina aproveita um desnível natural de


aproximadamente 11,00 m.

Para se buscar uma condição com menor impacto ambiental arranjo da CGH Guarani
foi concebido sem barramento. Dessa forma, para que seja possível direcionar as águas para
o circuito de adução e geração está previsto um fosso de captação no leito do rio que permite
a usina operar no nível de água de projeto na EL. 354,50m.

Na margem direita está localizado o circuito de adução e geração, que consiste em


canal de adução, tomada de água de baixa pressão, túnel de adução, câmara de carga e
conjunto tomada de água de alta pressão / casa de força.

O desvio do rio será feito através do próprio canal de adução, sendo necessário a
complementação desse para permitir o ensecamento da região do fosso. As ensecadeiras
estão previstas em saco de areia, pensando que a atividade de escavação do fosso é de curta
duração sendo necessário aproveitar um período de seca para tal.

O canal de adução é quase em sua totalidade escavado em rocha e direciona as águas


para o túnel de adução. Haverá um aterro lateral no trecho final do canal com crista na EL.
364,50m, na região para tomada de água de baixa pressão para garantir a proteção para o
nível de água máximo maximorum do rio.

A tomada d’água de baixa pressão é uma estrutura em concreto armado do tipo torre,
localizada no início da rampa para o túnel. Será instalada uma comporta que permitirá o
esvaziamento do túnel, assim como controle do nível de água no canal e câmara de carga.

No final do canal de adução, encontra-se o túnel de adução que conduz as águas para
a câmara de carga.

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A câmara de carga é escavada em rocha e garante as condições necessárias de
operação da tomada de água de alta pressão que está acoplada à casa de forma.

A casa de força, na extremidade de jusante, já próxima ao rio, é do tipo abrigada,


comportando duas unidades geradoras, com turbinas do tipo Kaplan, com potência nominal
de 1,50 MW cada, perfazendo 3,00 MW, seguida do canal de fuga que restituirá as águas ao
rio Guarani.

Conforme apresentado nos estudos geológicos e geotécnicos, o local previsto para as


estruturas do túnel de adução, câmara de carga, tomada de água de alta pressão e casa de
força apresenta condições geológicas favoráveis.

Os materiais utilizados para vedação das ensecadeiras do fosso e do canal de fuga


serão provenientes de jazida a ser definida. A rocha para britagem, a ser utilizada como
agregado graúdo para o concreto, poderá provir das escavações obrigatórias das estruturas,
desde que sejam realizados os ensaios de caracterização adequados para avaliar sua
qualidade e aprovação do seu uso.

O arranjo geral da usina é apresentado no Anexo 2.

Para todas as estruturas hidráulicas foram realizadas análises de estabilidade, sendo


que todas as estruturas respeitam os pré-requisitos estipulados pelo documento Critério de
Projeto Civil de Usinas Hidrelétricas da Eletrobrás, considerando todos os níveis de
carregamentos.

As principais características do arranjo desenvolvido nesta fase de consolidação do


Projeto pré-executivo da CGH Guarani estão apresentadas na sequência:

Tabela 9 - Características do Arranjo da CGH Guarani.

Vazões
Série Histórica de Vazões Médias Mensais Jan/1978 a Dez/2019
Vazão Média de Longo Termo 29,37 m³/s
Níveis de Água de Montante
N.A. Máximo Maximorum de Montante 354,50 m
N.A. Máximo Normal de Montante 363,50 m
N.A. Mínimo Normal de Montante 354,50 m
Níveis de Água de Jusante

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N.A. Máximo Maximorum de Jusante 355,75 m
N.A. Mínimo de Jusante 353,50 m
Circuito de Geração
Potência Instalada Casa de Força 3,00 MW
Número de Unidades Geradoras 2
Tipo de Turbina Kaplan
Queda Bruta 11,00 m
Queda Líquida 10,67 m
Vazão Nominal de Engolimento 32,00 m³s
Vazão Nominal Unitária 16 m³/s

Figura 6 - CGH Guarani.

6.3.1 Lago (Reservatório)

Devido as características do empreendimento, bem como as condições topográficas


do terreno, a CGH Guarani não terá lago.

6.3.2 Barramento

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Devido as características do empreendimento, bem como as condições topográficas
do terreno, a CGH Guarani não terá barragem.

6.3.3 Ensecadeiras

6.3.3.1 Localização
A figura 7 apresenta localização das ensecadeira a montante e a jusante do poço de
captação.

Figura 7 - Localização das Ensecadeiras.

6.3.3.2 Métodos Construtivos


As ensecadeiras estão previstas em saco de areia, pensando que a atividade de
escavação do fosso é de curta duração sendo necessário aproveitar um período de seca para
tal. O desvio do rio será feito através do próprio canal de adução, sendo necessário a
complementação desse para permitir o ensecamento da região do fosso.

Já na casa de força, a pré-ensecadeira de 1ª fase tem aproximadamente 35 m de


extensão, coroamento na El. 345,00 m e será composta por aterro em solo e enrocamento na
face molhada, com borda livre de 1,00m. Os taludes de inclinação previstos são 1,5H:1,0V.

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A ensecadeira de 2ª fase da casa de força tem proteção na El.352,00m, e será
construída sobre a pré-ensecadeira. Ela garante a estanqueidade da região da casa de força
durante a sua construção e terá uma extensão de aproximadamente 16 m, estará em sua
totalidade dentro do canal de fuga.

Ela será executada em enrocamento, transição e vedação a montante em solo


compactado talude de jusante 1,2H:1,0V e o de montante 1,2H:1,0V.

6.3.4 Fosso de captação

O fosso de captação é responsável por conduzir as águas do rio Guarani para o canal
de adução. Como o empreendimento não terá um barramento e um reservatório que
permitem regular e direcionar mais facilmente a vazão efluente foi necessário prever uma
escavação no leito do rio, como uma vala de drenagem, para permitir o direcionamento das
águas para os circuitos de adução e geração.

O fosso possui 7,5m de largura (no sentido transversal ao fluxo de água) e 12m de
comprimento. O centroide dessa retângulo que delimita esta estrutura coincide
aproximadamente com o eixo do canal de adução. Sua profundidade em relação ao fundo do
leito do rio é pouco maior que 3m, o que permite uma certa regulação da vazão efluente.

O fundo do fosso está na EL. 350,50m enquanto a base do canal de adução está na EL.
351,20m. Está diferença de 0,70m funciona como um rock trap, que tem o objetivo de
interceptar e acumular algum material flutuante.

Para melhorar a eficiência desta captação de água, está prevista uma escavação a
partir do fundo do fosso em direção a margem direita com inclinação de 1,0V: 2,5H, até atingir
o terreno natural. Uma escavação similar está prevista para montante, com a mesma
inclinação.

A CGH Guarani funcionará a fio d’água, portanto o nível será mantido na EL. 354,50m,
nível natural do rio Guarani. Para garantir o escoamento da vazão sanitária e aumentar a
capacidade de regulação, será construída uma pequena soleira de concreto na extremidade

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de jusante do fosso. Esta soleira terá 10m e 1,0m de altura, mantendo sempre uma lâmina
livre de 0,05m para a vazão sanitária.

Tabela 10 - Principais características do fosso de captação.

Extensão do fosso 12,00 m


Largura do fosso 7,50 m
Extensão da soleira de concreto 10,00 m
Altura da soleira de concreto 1,00 m
Elevação da Crista da soleira de concreto 354,45 m
Elevação do fundo do fosse de captação 350,50 m

6.3.5 Tomada d’água

6.3.5.1 Tomada d’água de baixa pressão

6.3.5.1.1 Localização

A estrutura da tomada d'água de baixa pressão está localizada no interior do canal de


adução, antes do início da rampa de escavação para o túnel de adução. É uma estrutura em
concreto armado, com soleira na El. 351,20 m, entrada com uma abertura de 7,20 m de
largura e 4,50 m de altura livre, e comprimento total de 6,30 m.

A tomada de água foi projetada de forma a não alterar o comportamento de fluxo no


canal de adução, ou seja, para a vazão de engolimento de 32m³/s, a velocidade máxima será
de 1,35 m/s, para a El. 354,50 m.

Será controlada por meio de uma comporta, sendo essa responsável pela segurança
da construção do túnel de casa de força, assim como a partir de sua operação será possível
controlar o nível de água no canal de adução.

O acesso à plataforma da tomada d’água será feito a partir de aceso na direita margem
direita do canal de adução.

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6.3.5.1.2 Acessórios

A tomada d’água será equipada com uma comporta e um jogo de painéis de grades
grossas, que estarão apoiada sobre o parâmetro de montante, com inclinação de
0,10H:1,00V. A comporta será manobrada por sistema automatizado - sendo essa responsável
pela segurança da construção do túnel de casa de força, assim como a partir de sua operação
será possível controlar o nível de água no canal de adução.

6.3.5.2 Tomada d’água de alta pressão

6.3.5.2.1 Localização

A tomada d’água será uma estrutura em concreto e está ligada diretamente da casa
de força, formando um conjunto. Sua crista está na EL. 357,00m, possui 10m de largura e
6,63m e comprimento até a face externa da casa de força, onde a partir desse ponto começa
a transição da seção quadrada para a seção circular do conduto forçado.

O paramento de montante da tomada d’água terá inclinação de 0,10H:1,00V e sobre


ele será montada a grade fina, para a retenção de detritos provenientes do canal de adução.
A limpeza das grades será feita manualmente com rastelo.

Possuirá uma abertura, de 3,70m de largura por 3,0m de altura, para o emboque de
um conduto forçado metálico de diâmetro nominal 3,0m, providas de ranhuras para operação
de comportas do tipo ensecadeira e vagão.

A tomada d’água de alta pressão foi projetada de forma a estabelecer uma aceleração
progressiva e gradual do escoamento até a entrada do conduto, evitando-se os fenômenos
de separação do escoamento e minimizando-se as perdas de carga.

A velocidade máxima na seção bruta das grades será de aproximadamente 0,89 m/s e
na seção das comportas não irá ultrapassar a 1,5 m/s. A submergência mínima da tomada de
água, necessária para evitar a formação de vórtices com arrastamento de ar, foi avaliada pelo
critério de Gordon. A submergência adotada de 8,20m, a partir da abertura da comporta até

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o nível de água normal, atendeu ao critério citado, bem como as variações do nível de água
na câmara de carga.

6.3.5.2.2 Acessórios

A estrutura contará com uma comporta vagão destinada ao corte emergencial do fluxo
na adução da tomada d’água de alta pressão, e uma comporta ensecadeira, ao fechamento
do circuito hidráulico de adução, possibilitando assim a inspeção e a manutenção do conduto
forçado, comporta vagão e turbinas.

As comportas serão manobradas a partir da crista da tomada e poderão ser estocadas


na própria guia em posição aberta considerando que a estrutura da tomada apresenta espaço
suficiente para tal.

6.3.6 Sistema de Adução de Baixa Pressão

6.3.6.1 Comprimento
O comprimento do canal de adução será de 235 metros.

6.3.6.2 Dimensões
O canal de adução está localizado na margem direta do rio Guarani, e ligará o fosso de
captação ao túnel de desvio. Terá seção retangular, pois será escavado em rocha, com a
largura na base de 7,20m e taludes verticais. No início do canal de adução, o piso encontra-se
na El. 351,20 m e, após percorrer 183,40 m, inicia uma rampa com 35,50m até a EL. 344,90.
O canal segue nessa elevação por mais 22m até o emboque do túnel de adução.

O canal de adução foi dimensionado para a vazão de engolimento de 32 m³/s,


resultando na velocidade máxima de 1,35 m/s, para a El. 354,50 m (N.A. máximo normal).
Para o nível máximo máximorum está previsto a parte do canal antes da tomada de água de
alta baixa pressão será galgada, sendo a comporta responsável pela manutenção no nível de

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água no restante do canal na EL. 354,50m. O coeficiente de Manning utilizado para o
dimensionamento do canal foi de 0,012.

Sua seção foi projetada para conter a variação da lâmina de água, considerando a
condição normal na El. 354,50m. A crista do canal será limitada pelas condições de topografia
local, sendo que apenas a porção após a tomada de água de baixa pressão estará protegida
para a cheia milenar. Optou-se por deixar parte do canal ser galgado pois para sua proteção
seria necessário fazer um aterro muito alto e por ele estar sendo escavado em rocha, não
haverá grandes problemas em um evento de cheio.

6.3.6.3 Acesso lateral

O acesso ao longo de toda extensão do canal será pela direita hidráulica.

6.3.6.4 Revestimento

O canal não será revestido, as condições da rocha deverão ser avaliadas durante o
serviço de escavação para avaliar a necessidade de algum tratamento. Nos taludes em solo
está previsto o plantio de grama.

6.3.6.5 Obras de artes especiais


Não se aplica.

6.3.7 Túnel de Adução

O túnel de adução, escavado em rocha, terá 922,80 m de comprimento, conduz as


águas desde o canal de adução até a câmara de carga com uma declividade de 0,68%.

O túnel terá seção arco retângulo de 5,50m de diâmetros com tratamentos eventuais
na maior parte de sua extensão. Estão previstos tratamentos mais intensos com tirantes,

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drenos e concreto projeto no emboque e no desemboque, assim como em um trecho
pequena na região central.

O túnel foi dimensionado para a vazão de engolimento de 32,00m³/s resultando em


uma velocidade de 1,19m/s. A definição do diâmetro atendeu aos critérios econômicos,
levando-se em consideração o custo da estrutura e as perdas de carga geradas.

O esvaziamento do conduto forçado poderá ser realizado por meio da válvula


retentora e by-pass das turbinas, para saída no canal de fuga, mediando o fechamento da
comporta da tomada de água de baixa pressão que impedirá o fluxo de água nele.

6.3.8 Câmara de Carga

6.3.8.1 Dimensões

A câmara de carga tem 15m de comprimento (na direção do fluxo) e 14m de largura,
terá em seus primeiros 13m uma rampa com 22% de inclinação para ganhar a elevação
necessária para a fundação da tomada de água de alta pressão.

A câmara de carga foi dimensionada para amortecimento dos transitórios hidráulicos


provocados pela partida e parada brusca dos conjuntos turbo-geradores.

Suas dimensões foram determinadas a partir do volume necessário para atender ao


funcionamento pleno de uma turbina, com vazão de projeto, durante 60 segundos, ou seja,
2.940m³. Esse período de tempo é o considerado necessário para que a inércia da massa
d’água no interior do canal entre em regime de escoamento normal.

Considerando esta situação e os níveis de água máximos normais a elevação de água


na câmara de carga chegaria até a El. 356,00. Para garantir sua segurança durante um evento
de cheia, está previsto um procedimento de operação da comporta da tomada de água de
baixa pressão que irá regular esse nível de água.

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6.3.8.2 Equipamentos

Será uma estrutura cavada em rocha, que ficará exposta e receberá tratamentos
eventuais – sem equipamentos.

6.3.8.3 Acessos

Acesso será até o deck da tomada de água de alta pressão.

6.3.9 Conduto Forçado

Tabela 11 - Informações do Conduto Forçado.

Número de unidades 1 (bifurcado na casa de força)


Comprimento e diâmetro de cada 3m de diâmetro e 4,40 m de comprimento até a
conduto/seção bifurcação

6.3.10 Casa de Força

Tabela 12 – Informações a respeito da casa de força da CGH Guarani.

Dimensões 9,50 m de largura por 32,66 m de comprimento e altura máxima


de 6,70 m
Tipo de turbina 2 turbinas tipo Francis Horizontal
Potência unitária 1,50 MW
Vazão de Engolimento 33,50 M33,50 m³/s
Fator de potência 0,55
Acesso Pela margem direita a partir do acesso interno.

6.3.11 Canal de restituição

O canal de fuga, será escavado em solo e basalto denso e terá aproximadamente 30m
de comprimento. Foi considerado tratamento eventual nas paredes em rocha que consiste
em concreto projeto e tirantes.

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Junto às saídas de sucção terá a largura de 9,95m, na El. 339,25m, seguido por uma
rampa ascendente com inclinação de 5,3H:1,0V, e finalizando com cerca de 15,95m na El.
342,80 m.

6.3.12 Trecho de vazão reduzida

O trecho de vazão reduzida ocasionada pela instalação da CGH Guarani será de,
aproximadamente, 5.000 metros – sendo a distância do poço de captação e o canal de
restituição seguindo o leito do Rio Guarani.

6.3.13 Cronograma de Implantação

Na implantação das obras da CGH Guarani, em função do seu Arranjo Geral, estão
previstas duas frentes independentes.
Com base nas informações disponíveis, nos dados de projetos, os estudos de
planejamento da construção desenvolvidos mostraram que todos os recursos materiais, de
equipamentos e de mão de obra para o desenvolvimento das obras civis e da montagem
eletromecânica são convencionais e de fácil mobilização.

Para as obras da CGH Guarani, após a construção dos acessos, são previstas duas
frentes de trabalho simultâneas, sendo uma equipe responsável pela escavação do canal de
adução e obras de montante e outra equipe para a construção das estruturas da casa de força,
para que seja possível iniciar os trabalhos de escavação do túnel com uma frente por
montante e outra por jusante.

Durante as escavações da margem direita está prevista a manutenção de septos de


proteção para garantir a estanqueidade da área onde será construída a estrutura da tomada
de água de baixa pressão e a escavação do emboque do túnel de adução.

Na região da casa de força, as escavações e construção da ensecadeira de proteção


iniciam simultaneamente.

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Quando o canal de fuga for escavado, será necessário proceder com a construção da
ensecadeira de jusante para garantir a proteção dos trabalhos enquanto não se pode fechar
as comportas do tubo de sucção da casa de força.

Com as escavações concluídas, inicia-se a escavação subterrânea do túnel de adução


com uma frente de montante e outra de jusante. Simultaneamente, a concretagem da
tomada de água de baixa pressão e início da casa de força e tomada de água.

Com a tomada de baixa pressão finalizada e com sua comporta devidamente fechada
e posicionada, se inicia a escavação do restante do canal de adução e também canal de desvio
do rio. Em seguida, procede-se à execução da ensecadeira de montante e início da escavação
do fosso de adução. Com a finalização de todas as estruturas e tratamentos será dado início
ao comissionamento e testes dos turbo geradores para a geração comercial.

O prazo total estimado para implantação da CGH Guarani é de 13 (treze) meses,


contados a partir do início da construção dos acessos e implantação do canteiro de obras. O
detalhamento do cronograma físico do empreendimento foi dividido nas seguintes
atividades:

• Serviços Gerais;
• Mobilização e início das obras do rio;
• Túnel de adução;
• Canal de Adução e Tomada d’Água Baixa Pressão;
• Fosso de captação;
• Câmara de Carga, Tomada d’Água de Alta Pressão;
• Casa de Força e Canal de Fuga;
• Subestação e Linhas de Transmissão.

São apresentados em detalhe os principais marcos construtivos, de acordo com a


Resolução 673/2015, da ANEEL:

• M1 - obtenção da Licença de Instalação – LI, baseado no histórico do licenciamento


ambiental e nos prazos previstos nos regulamentos ambientais;
• M2 - início da montagem do canteiro de obras;
• M3 - início das obras civis das estruturas;

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• M4 - início da escavação do emboque do túnel de adução e escavação da casa de
força;
• M5 - concretagem da tomada de água de baixa pressão e início da concretagem da
casa de força;
• M6 - início da montagem eletromecânica das unidades geradoras;
• M7 - início das obras da subestação e linha de transmissão de interesse restrito;
• M8 - conclusão da montagem eletromecânica;
• M9 - obtenção da Licença de Operação – LO;
• M11 - início da operação em teste de cada unidade geradora; e
• M12 - início da operação comercial de cada unidade geradora.

Com essa estruturação, o cronograma físico permite uma visualização das várias
etapas da obra, das sequencias construtivas e da montagem eletromecânica.

Nos diversos serviços das obras civis, são apresentadas as quantidades previstas. A
figura 8 apresenta o cronograma físico do empreendimento – que pode ser encontrado no
anexo 3 também.

Figura 8 - Cronograma Físico da implantação da CGH Guarani.

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6.3.14 Linhas de Transmissão

A conexão ao sistema elétrico da região será através de derivação do alimentador


Expresso Três Barras de 34,5 kV, proveniente da subestação Quedas do Iguaçu 138 kV, no
ponto de coordenadas UTM 281054, 7189047. Para a conexão será construído um trecho
novo de rede protegida utilizando cabos 70 mm² XLPE ISOL 35kV.

Os critérios básicos para o projeto da linha de transmissão são os seguintes:

Tabela 13 - Informações sobre as Linhas de Transmissão.

Tensão nominal de isolamento 34,5 kV


Frequência 60 Hz
Configuração Trifásica com circuito simples
Número de condutores por fase 1
Potência máxima transmitida 3,00 MVA
Corrente nominal 59 A
Estruturas Concreto
Região atravessada Rural
Cabo utilizado 70mm²

O Sistema de Supervisão e Controle da CGH para propiciar a segurança da mesma


deverá cobrir os equipamentos e sistemas principais, entre eles, a linha de transmissão e
ponto de conexão 34,5 kV. O Sistema de Proteção para a Linha de Transmissão será composto
de um relé numérico multifunção ente a subestação 34,5 kV e o ponto de conexão a ser
instalado na Sala de Painéis da CGH dentro do painel de PSCP. O relé deve ter as funções
mínimas listadas abaixo:

• Subtensão (27);
• Potência reversa (32);
• Sobrecorrente (50);
• Sobreccorente terra (50N);
• Temporizador sobrecorrente (51);
• Sobretensão (59);
• Direcional de sobrecorrente (67);
• Direcional de sobrecorrente terra (67N);
• Sub e sobrefrequência (81).

6.3.15 Sistemas e Obras de Suporte

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6.3.15.1 Canteiro de Obras
O canteiro de obras possui uma localização estratégica, proporcionando uma boa
distribuição dos materiais para a obra. Está situado próximo a uma construção já existente,
em região mais elevada e plana do terreno no meio do caminho entre o acesso para as obras
de montante e jusante. Este canteiro terá a função primordial de atender todas as escavações
e concretagem das estruturas da usina e será composto por uma central de concreto, estoque
de areia, estoque de brita, armação, marcenaria, escritórios e estoques.

Adicionalmente, terá instalações apropriadas para o recebimento e montagens dos


equipamentos eletromecânicos, dispondo de central de concreto, almoxarifado e oficina
mecânica de apoio.

A acomodação do pessoal envolvido com a construção da obra será em alojamentos


construídos na margem esquerda, próxima ao canteiro. Além dos alojamentos, estão
previstos escritórios, cozinha e refeitório, enfermaria, área de lazer, chaperia e outros. No
anexo 4, é possível analisar o projeto em detalhe do canteiro de obras.

Nos escritórios e banheiros estão previstas instalações hidráulico-sanitárias. O


efluente produzido será conduzido para sumidouros ou fossas sépticas, e não será lançado
diretamente no rio.

O projeto do canteiro prevê também sinalização simples que facilite a localização e o


trânsito e evite acidentes. O acesso à área será controlado e só será permitido trânsito de
pessoas envolvidas diretamente com a obra.

6.3.15.2 Jazidas, Áreas de Empréstimo, Áreas de Bota-Fora e Bota-Espera, Alojamento


No anexo 5 pode ser encontrado o Projeto Pré-Executivo com as informações e
detalhamentos das áreas de bota-fora. Não serão utilizadas jazidas para aquisição de material,
sendo empregue na obra o material proveniente de escavações obrigatórias. A tabela 14 irá
apresentar os valores referentes ao volume de escavação e a destinação deste material.

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Tabela 14 - Volumes de escavação e destinação de material escavado.

Volumes de Escavação
Escavação Comum 18.315 m³
Limpeza e destocamento de vegetação 2.300 m³
Escavação em Rocha 42.485 m³
Destinação do Material Escavado
Aterro cana de adução 4.000 m³
Acessos internos provisórios – terra 7.000 m³
Acessos internos definitivos - rocha 14.500 m³
Bota-fora material destocado 2.300 m³
Bota-fora material terroso 7.315 m³
Bota-fora material rochoso 27.985 m³

Acerca do alojamento, as considerações já foram contempladas pelo item 6.3.15.1 e


pode ser analisado no anexo 4 em destaque no mesmo item.

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7 ESTUDO DE ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS

Para a CGH Guarani foram avaliadas e estudadas diversas alternativas locacionais para
os eixos das estruturas e de seus arranjos, visando obter a melhor disposição das mesmas
para a definição do arranjo final, a partir de estudos hidráulicos e análise de custos de
implantação.

A seguir, são apresentadas todas as alternativas vislumbradas e avaliadas para a CGH


Guarani.

7.1 Alternativas de Eixo do Barramento

Na atual fase de projeto, foram avaliadas 3 alternativas locacionais para


posicionamento do eixo da captação de água, visando a identificação de melhores condições
de projeto e a otimização dos custos das estruturas do canal e túnel de adução. Além disso
foi também levado em consideração a melhor localização para o poço de captação em função
do nível de água estipulado.

As alternativas avaliadas foram:

• Alternativa 1 – eixo com barramento e vertedouro soleira livre;


• Alternativa 2 – localizado aproximadamente 260m a montante da alternativa 1 para
se buscar o nível de água estipulado;
• Alternativa 3 – localizado aproximadamente 430m a montante da alternativa 1 para
se buscar o nível de água estipulado;
• Alternativa 4 - localizado aproximadamente 430m a montante da alternativa 1 para se
buscar o nível de água após revisão da topografia e diminuição do comprimento do túnel em
relação a alternativa 3.

O posicionamento dos eixos está apresentado na figura a seguir.

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Figura 9 - Localização dos Eixos de Barragem Estudados..

As alternativas de eixo foram avaliadas considerando a condição geológica, a


disposição do arranjo na topografia e a necessidade de se buscar o nível de água estipulado
em 354,50m nas alternativas sem barramento.

Para essa análise, foram considerados os seguintes critérios:

• A concepção das estruturas nas alternativas 2,3 e 4 é praticamente a mesma, apenas


na alternativa 1 havia um barramento e por consequência formação de reservatório;
• Utilização da mesma base topográfica, proveniente da topografia de campo
desenvolvida pela empresa Floresta Topografia Eireli;
• Utilização da base topográfica de campo na região da casa de força na auditoria
realizada pela empresa SVN;
• A modelagem de 3D das superfícies de solo e rocha teve como base os levantamentos
topográficos e geológicos existentes;
• Foram adotadas as seguintes características para análise técnica:
• Nível Normal para solução com barramento na El. 355,50;
• Nível Normal para solução sem barramento na EL.354,50;
• Fosso de captação escavado no leito do rio;

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• Canal de adução: totalmente escavado, sendo todo perímetro molhado escavado em
rocha, sem tratamento;
• Avaliadas alternativas com e sem câmara de carga;
• Túnel de adução;

Para todas as alternativas de eixo avaliadas, foram desenvolvidos os arranjos do


barramento.

7.2 Alternativa 1

Nesta alternativa, se prevê um barramento de concreto com 70m de comprimento,


sendo 45m de vertedouro do tipo soleira livre. A altura máxima do vertedouro seria 4m,
enquanto a barragem de concreto teria uma altura máxima de 7,50m para garantir a proteção
para o nível de água durante a etapa de desvio do rio. Estava prevista uma adufa de desvio na
margem esquerda.

Figura 10 - Alternativa Eixo Original.

Na margem direita estão localizadas as estruturas adução. Aproximadamente 70m a


montante do eixo da barragem estava o canal de adução que conduziria as águas do rio
Guarani para o túnel de adução.

No emboque do túnel estava prevista uma tomada de água de comportas vagão e


segmento, que permitiriam o esvaziamento do túnel. O canal de adução teria 60m já o túnel,
812m.

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Nesta alternativa seria necessário a inclusão de chaminé de equilíbrio para controlar
as variações de pressão.

7.3 Alternativa 2

A concepção do arranjo na alternativa 2 é similar a apresentada na alternativa 1,


porém sem barramento como se observa na Figura 11.

Figura 11 - Arranjo ST-3.

Nesta alternativa o nível de água normal foi rebaixado para a EL. 354,50m pois não há
barramento. Para garantir a condução das águas do rio Guarani para o circuito de geração foi
previsto um fosso de captação.

O eixo do túnel de adução foi mantido, mas o eixo do fosso de captação foi deslocado
aproximadamente 260m para montante. Sendo assim, o canal de adução foi estendido, tenho
um comprimento final de 252m. Tanto a estrutura da tomada de água de alta pressão como
o comprimento do túnel foram mantidos.

Nesta alternativa também seria necessário a inclusão de chaminé de equilíbrio para


controlar as variações de pressão.

7.4 Alternativa 3

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O arranjo da alternativa 3 é muito similar ao apresentado na alternativa 2. Devido à
um problema no levantamento do perfil de água foi necessário deslocar o eixo do fosse de
captação 200m a montante do previsto na alternativa 2. Isto se fez necessário para que fosse
possível buscar o nível de água natural do rio na EL. 354,50m uma vez que essa alternativa
também não tem barramento.

Figura 12 - Arranjo ST-5.

Por conta desde deslocamento, foi preciso alternar o eixo do túnel de adução,
mantendo a posição da casa de força. Nesta alternativa o canal de adução teria
aproximadamente 29m enquanto o túnel de adução, 1.060m.

No emboque do túnel também estava prevista uma tomada de água de comportas


vagão e segmento, que permitiriam o esvaziamento do túnel.

Nesta alternativa seria necessário a inclusão de chaminé de equilíbrio para controlar


as variações de pressão.

7.5 Alternativa 4

Nesta alternativa o eixo do fosso de captação está na mesma posição da alternativa 3


pois após algumas campanhas de topografia e até mesmo uma auditoria, foi confirmado o
nível de água na EL. 354,50 nesta posição.

Com o intuito de diminuir o comprimento do túnel foi avaliado um novo


posicionamento de casa de força, deslocando-a aproximadamente 90m para jusante. Na nova

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posição a escavação para construção da casa de força é maior, mas se diminuiu o
comprimento do túnel em mais de 140m.

Nessa alternativa, para eliminar a necessidade de uma chaminé de equilíbrio foi


prevista uma câmara de carga logo no desemboque do túnel.

Figura 13 - Arranjo ST-5.

O canal de adução, com 235m, foi mantido na margem direita, mas a tomada de água
no emboque foi eliminada. Para manter a condição de esvaziamento do túnel de adução e
controlar o nível de água dentro do canal de adução, foi prevista uma tomada de água de
baixa pressão dotada de uma comporta destinada para este fim.

Com o objetivo de minimizar a escavação e eliminar um trecho maior de conduto


forçado, no final da câmara de carga será construída a tomada de água de alta pressão está
acoplada na casa de força.

Essa foi a alternativa selecionada para continuação dos estudos da CGH Guarani.

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8 CARACTERIZAÇÃO E PROGNÓSTICO AMBIENTAL

8.1 Meio Físico

8.1.1 Delimitação das Áreas de Influência para o Meio Físico

De acordo com as Resoluções do CONAMA n.º 01/86, e n° 349/04, a área de influência


de um empreendimento é definida como o espaço suscetível de sofrer alterações como
consequência da sua implantação, manutenção e operação ao longo de sua vida útil.

A Área de Influência pode ser considerada em três níveis: Área Diretamente Afetada -
ADA, Área de Influência Direta - AID e Área de Influência Indireta – AII. Cada um desses
subespaços recebe impactos nas fases de construção e operação do empreendimento, ora
com relações causais diretas, ora indiretas.

8.1.1.1 Área Diretamente Afetada (ADA)

A Área Diretamente Afetada é a área necessária para a implantação do


empreendimento, incluindo a barragem, casa de força, canal de adução, o reservatório, áreas
de preservação permanente, estruturas definitivas e de apoio, vias de acesso, bem como
todas as demais áreas ligadas à infraestrutura do projeto. Sendo assim, foi considerado em
nosso estudo um raio de 10 metros para a ADA do empreendimento.

8.1.1.2 Área de Influência Direta (AID)

A Área de Influência Direta é a área geográfica diretamente afetada pelos impactos


decorrentes do empreendimento e corresponde ao espaço territorial contíguo e ampliado da
ADA. Com base nos conhecimentos e experiências de demais projetos similares estabeleceu-
se, como a AID para os meios físico e biológico, a área de 500 metros do entorno da ADA.

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Figura 14 - Área Diretamente Afetada e Área de Influência Direta da CGH Gurani.

A AID inclui ainda os acessos à obra e sua faixa de servidão (50 metros para cada lado).
Nessa área deverão ser sentidos os principais efeitos diretos do empreendimento sobre os
componentes dos meios, tais como percolação de águas subterrâneas, variações
microclimáticas, dispersão de poeiras, aumento de turbidez das águas a jusante e perturbação
da vegetação e da movimentação de fauna, além de abranger a totalidade das propriedades
a serem afetadas.

8.1.1.3 Área de Influência Indireta (AII)

Já a Área de Influência Indireta abrange um território que é afetado pelo


empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes são considerados menos
significativos do que nos territórios das outras duas áreas de influência (ADA e a AID).

Convencionalmente, a AII do empreendimento abrange minimamente a totalidade da


bacia hidrográfica, que no presente caso é a Bacia do Rio Guarani, sendo válida esta
abrangência para os meios físico e biológico.

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Figura 15 - Área de Influência Indireta da CGH Guarani.

8.1.2 Geologia, Geomorfologia, Espeleologia e Pedologia

8.1.2.1 Contexto geológico, geotécnico e geomorfológico

8.1.2.1.1 Contexto regional

A área de instalação da CGH Guarani se situa na unidade listoestratigráfica


denominada Grupo Serra Geral1, caracterizada por derrames basaltos toleíticos intercalados
por arenitos com a características pertencentes à formação Botucatu, associados a corpos
intrusivos da mesma composição.

O Grupo Serra Geral faz parte da região sedimentar da Bacia do Paraná – uma ampla
região sedimentar do continente sul-americano que inclui porções territoriais do Brasil

1
Tipicamente conhecida como Formação Serra Geral – pertencentes ao Grupo São Bento – foi elevada à
categoria de Grupo, sendo agora Grupo Serra Geral (Rosseti et al., 2018).

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meridional, Paraguai oriental, nordeste da Argentina e norte do Uruguai, totalizando
aproximadamente uma área de 1,5 milhões de quilômetros quadrados.

A bacia tem uma forma ovalada com eixo maior N-S, sendo seu contorno atual definido
por limites erosivos relacionados em grande parte à história geotectônica meso-cenozóica do
continente. O flanco leste da bacia, aí compreendido o trecho entre o Sudeste brasileiro e o
Uruguai, foi profundamente modelado pela erosão em função do soerguimento crustal
associado ao rifte do Atlântico Sul, tendo a remoção de seção sedimentar sido estimada em
até 2.500 m (ZALÁN, 1990).

Já o flanco ocidental é definido por uma feição estrutural positiva orientada a norte-
sul, um amplo bulge flexural relacionado à sobrecarga litosférica imposta ao continente pelo
cinturão orogênico andino (SHIRAIWA, 1994). Sobre o bulge inserem-se a região do Pantanal
Mato-Grossense e o Arco de Asunción. Para sul-sudoeste, a bacia prolonga-se ao Uruguai e
Argentina, enquanto a borda norte-nordeste parece representar um limite deposicional
original, o que é sugerido pela natureza persistentemente arenosa das diferentes unidades
sedimentares da bacia naquele domínio.

O Grupo Serra Geral é constituído por rochas ígneas efusivas, oriundas de derrames
de lava básica a média, pouco viscosa. Essas, são classificadas como basaltos e basalto-
andesitos de filiação toleítica, bem como de riolitos e riodacitos, intercalado com camadas de
arenito, litoarenito e sedimentos vulcanogênicos.

Os basaltos são rochas de composição básica (teor de sílica entre 45 e 52%) que, nas
variedades afaníticas, apresentam coloração cinza escura à preta. Nas variedades afaníticas,
uma certa porção é constituída de matéria vítrea, enquanto nas variedades de granulação
mais grossa, os minerais formam cristais milimétricos visíveis a olho nu.

Os basaltos vesiculares e amidalóides, que têm presença constante no topo dos derrames,
são rochas avermelhadas ou acinzentadas, cheias de vesículas formadas pelo escapamento
dos gases durante o resfriamento das lavas. Esses orifícios podem variar no diâmetro, de
milímetros a centímetros, apresentando preenchimentos parciais ou totais de ágata, quartzo,
zeólitas, calcita e celadonita.

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Intercalados aos derrames básicos ocorrem pacotes ácidos. Estas rochas são
interpretadas como diferenciações do magma original ou modificações do mesmo, por
assimilação de materiais mais superficiais. Constituídas principalmente por riolitos e
riodacitos félsicos que, de forma geral, apresentam as mesmas características que suas
correspondentes básicas, sendo a principal diferença a constituição mineralógica.

Estas rochas ocorrem na forma de derrames tabulares cujas espessuras podem variar
de metros a dezenas de metros. Cada derrame é formado de uma sequência de litologias
distintas. Esta sequência é constituída por brecha vulcânica e vidro vulcânico na parte inferior,
basaltos maciços no meio do derrame, e por basalto vesículo-amigdalóide e brechas basálticas
no terço superior. O diaclasamento é horizontal na parte inferior e superior do derrame, e
vertical na parte central.

Figura 16 - Morfologia dos derrames vulcânicas da Formação Serra Geral.

As rochas efusivas básicas caracterizam-se por gerarem uma morfologia com vales
abruptos, drenagens encaixadas e encostas com elevado grau de inclinação formando, via de
regra, patamares ou degraus que correspondem a derrames distintos. A vegetação é

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abundante e de grande porte sendo comum o crescimento, aproximadamente em uma
mesma El., de “cintas de vegetação” que podem ser utilizadas como critério de identificação
da posição das zonas do número dos derrames.

As rochas vulcânicas básicas têm características macroscópicas muito semelhantes,


quando observadas a olho nu. Apresentam cores variando entre cinza escuro, cinza médio e
cinza castanho e possuem texturas de afíricas a subafíricas, por vezes até porfiríticas, com
fenocristais e/ou micro fenocristais de augita e de plagioclásio. Também são observados
pigeonita e minerais opacos (magnetita, titanífera e ilmenita) e mais raramente olivinas, estas
sempre mais alteradas. Outras texturas comuns são a intergranular, a intersertal e a
hialofítica, com matriz apresentando as mesmas fases cristalinas como os fenocristais. Neste
grupo, são identificados basaltos toleíticos, andesíticos, andesitos, latiandesitos e latitos,
sempre com predomínio dos basaltos toleíticos (Comin-Chiaramonti et al., 1988; Melfi et al.,
1988).

As áreas de ocorrência das rochas efusivas ácidas caracterizam-se pelo relevo suave,
tipicamente colinoso que formam, com vales abertos e drenagens pouco encaixadas. Esta
topografia possibilita horizonte amplo em que predomina a cobertura vegetal com gramíneas
típica de campos. A alteração das rochas ácidas apresenta tons cinza claro a amarelo
esbranquiçado e os solos são pouco desenvolvidos passando bruscamente para a rocha sã ou
alterada.

A rocha efusiva ácida caracteriza-se, macroscopicamente, pela sua coloração cinza


clara a castanha avermelhada e pela presença intensa de partição plano paralela, gerando
“acamamento” que ocasiona a formação de lajes delgadas facilmente desplacáveis. Embora
sua textura predominante seja afanítica pode ocorrer uma textura mais grosseira que lhe
confere localmente a denominação de basalto carijó.

Geomorfologicamente, a região onde a CGH Guarani será inserida situa-se na unidade


morfoescultural Terceiro Planalto Paranaense e na subunidade Planalto do Baixo Iguaçu. O
Terceiro Planalto Paranaense é a maior formação geomorfológica do estado, correspondendo
a 2/3 da sua área e formado por sucessivos derramamentos vulcânicos, chegando a atingir
1250 m de altitude na Serra da Esperança e apenas 100 m no vale do Rio Paraná. A região

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abrangida por essa formação é a qual apresenta os solos mais férteis do estado, com poucas
formações da vegetação original, sendo essas substituídas principalmente por plantações e
pastos.

Nos Domínios Morfoestruturais – que compreendem os fatos geomorfológicos


segundo o arcabouço geológico e os fatores climáticos que atuam ao longo do tempo – na
classificação adotada pelo IBGE, aponta que o terreno onde se localiza a CGH Guarani está
localizado na Bacia e Cobertura Sedimentar Fanerozóica, que compreendem planaltos e
chapadas desenvolvidas sobre rochas sedimentares (ou ígneas exteriores) horizontais a sub-
horizontais, eventualmente dobradas e/ou falhadas, em ambientes de sedimentação
diversos, dispostos nas margens continentais e/ou no interior do continente.

A Bacia Hidrográfica do Rio Guarani – a Área de Influência Indireta considerada –


possuí uma área total de 1.068,00 km², o coeficiente de compacidade indica que não é uma
bacia propensa a enchentes, possuí um alto grau de ramificação e uma média capacidade de
drenagem. Conforme indica a figura 17, a bacia é constituída integralmente pelo Grupo Serra
Geral.

Os basaltos do Grupo Serra Geral formam empilhamentos de derrames derivados de


vulcanismo com magmas de diferentes graus de acidez, a maioria com constituição básica.
Segundo o Mapa Geológico do Grupo Serra Geral - Folha Guaraniaçu SG.22-V-C, escala
1:250.000 (MINEROPAR, 2013), praticamente toda a bacia hidrográfica do rio Guarani é
composta de rochas da Formação Cascavel (Ksgcs), Membro Santa Quitéria.

O Membro Santa Quitéria é caracterizado por “intercalação de derrames lobados de


basalto vesicular, com abundantes brechas de fluxo cimentadas por sílica e calcita, brecha
hidrovulcanoclástica, arenito conglomerático de grânulos, hidrotufo fino”. O local do
empreendimento está inserido nesta unidade estratigráfica.

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Figura 17 - Geologia da Área de Influência Indireta (AII).

Nas nascentes do Rio Guarani – em cotas mais elevadas – predominam as rochas da


Formação Candói (Ksgca), Membro Foz do Areia, quando ocorrem “derrames tabulares
esessos de basalto fanerítico cinza, sem evidências de hidrotermalismo pervasivo, zona
vesicular de topo delgada e descontínua, com preenchimentos de quartzo, calcita e zeólita,
disjunção colunar e entablamento sigmoidal bem desenvolvidos, com níveis de brecha
hidrovulcanoclástica somente na base da sequência”.

O Membro Santa Quitéria sustenta o relevo nos seguintes domínios morfoesculturais,


denominados por Oka-Fiori (2006 in MINEROPAR, 2013) planaltos de: (a) Baixo Iguaçu, com
interflúvios alongados e cristas marcadas, vertentes retilíneas, vales em V encaixados,
gradiente de 360 m (520-880 m) e declividades de 12-30%; (b) Foz do Iguaçu, com dissecação
baixa, interflúvios aplainados, vertentes convexas e vales em V abertos, gradiente de 200 m
(220-420 m) e declividades abaixo de 6%; e (c) São Francisco, com dissecação média,
interflúvios alongados, vertentes convexas e vales em V abertos, gradiente de 320 m (220-
540 m) e declividades de 6-12%.

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No mapa da Figura 18 nota-se o padrão de drenagem, tanto do rio coletor, o rio
Iguaçu, quanto do rio Guarani e de seus afluentes. Os rios principais tem calhas sinuosas, e os
tributários tendem a ter as calhas mais retilíneas, embora também com trechos mais
sinuosos, podendo ser um reflexo do padrão estrutural do maciço rochoso em certos casos.
A figura 19 apresenta a declividade encontrada na Bacia do Rio Guarani.

Figura 18 - Geologia da bacia hidrográfica do rio Guarani, escala original 1:250.000 (MINEROPAR, 2013).

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Figura 19 - Declividade na Bacia do Rio Guarani - AII do empreendimento.

A Bacia do Rio Guarani é formada por três Unidades Geomorfológicas: Planalto de


Cascavel; Planalto do Baixo Iguaçu e Planalto do Alto/Médio Piquiri. As características
associadas a gradiente, altitude e dissecação podem ser encontrados na tabela 15. A figura
20 apresenta o mapa geomorfológico da AII da CGH Guarani.

Tabela 15 - Classificação Geomorfológica da Bacia do Rio Guarani.

Alt. Alt.
Unidade Gradiente
Dissecação Máx. Mín. Topo Vertentes Vales
Geomorfológica (m)
(m) (m)
Planalto de Alongados e
Média 680 920 240 Convexas V
Cascavel aplainados
Planalto do Baixo Alongados e V encai-
Alta 660 880 220 Retilíneas
Iguaçu em cristas xado
Planalto do Convexas
Alongados e
Alto/Médio Média 940 1120 280 e convexo- U aberto
isolados
Piquiri côncovas

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Figura 20 - Mapa Geomorfológico da AII da CGH Guarani.

8.1.2.1.2 Contexto local

A Área Diretamente Afetada, bem como a Área Indiretamente Afetada, integram o


Grupo Serra Geral – conforme indica a figura 21.

A figura 22 apresenta o mapa geomorfológico da ADA e da AID da CGH Guarani. Já a


figura 23 traz os valores acerca da declividade na Área Diretamente Afetada e Área de
Influência Direta.

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Figura 21 - Geologia da ADA e AID da CGH Guarani.

Figura 22 - Geomorfologia da ADA e AID da CGH Guarani.

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Figura 23 - Mapa de Declividade da ADA e AID da CGH Guarani.

Foi realizada uma campanha de sondagem na região da CGH Guarani a fim de


caracterizar o solo de cobertura, identificar os afloramentos de rochas próximas ao local das
estruturas hidráulicas e localizar possíveis fontes de materiais para construção.

A campanha de sondagem e investigação foi composta por: duas sondagens mistas –


foram realizados ensaios de perda d’água e infiltração-; duas sondagens a percussão e seis
poços de inspeção. A tabela 16 apresenta o resumo dos quantitativos das sondagens
executadas nas duas campanhas:

Tabela 16 - Investigações Geológicas - 2021

Coordenadas Prof. Total Ensaios de Campo


Furo Localização
E S (m) INF. EPA
Emboque
SM -01 289.367,259 7.192.466,112 38,00 3 10
túnel
SM - 02 Casa de força 289.232,953 7.191.544,153 39,81 5 11

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Coordenadas Prof. Total Ensaios de Campo
Furo Localização
E S (m) INF. EPA
SR – 01 Túnel 289.338,863 7.192.271,259 22,32 - -
SR – 02 Túnel 289.338,863 7.191.732,374 21,25 - -
Canal de
PE – 01 289.273,609 7.192.646,423 1,25 - -
adução
Canal de
PE - 02 289.292,987 7.192.618,308 0,80 - -
adução
Canal de
PE-03 289.311,138 7.192.563,502 2,20 - -
adução
Canal de
PE-04 289.354,930 7.192.521,681 1,20 - -
adução
Canal de
PE-05 289.369,871 7.192.489,077 3,00 - -
adução
PE-06 Casa de força 289.227,804 7.191.510,835 0,00 - -
TOTAIS 129,83 8 21

No anexo 7 pode ser encontrado o mapa com os pontos de sondagem apontados


acima. As sondagens rotativas foram executadas com diâmetro NX, com barrilete duplo livre
e coroas diamantadas, de acordo com norma da ABNT “NBR – 6490 Reconhecimento e
amostragem para fins de caracterização de ocorrência de rochas”.

Os poços de inspeção com dimensões de 1,00m x 1,00m x 1,00m, foram executados


de acordo com o Boletim nº 3 – Manual de Sondagens – 2013, da ABGE e com
retroescavadeira.

Ensaios de infiltração em solos foram executados, de acordo com as orientações do


Boletim n° 04 – Ensaios de Permeabilidades em Solos – Orientações para sua execução no
campo – 3ª edição, 1996, da ABGE.

Nos trechos de perfuração em rocha, onde determinado, realizou-se ensaios de perda


d’água sob pressão a cada 3,00m aproximadamente, com cinco estágios de pressão, pelo
método descendente, conforme as diretrizes do Boletim nº02 – Ensaio de Perda d’água sob
pressão – 1975, da ABGE.

Como resultados, os afloramentos rochosos dão indicação da rocha alterada na área


da casa de força da CGH – mostram-se constituídos por alteração de rocha arenítica silicificada

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sendo um solo e alteração de rochas compactadas e incompetentes (Geossolo 2010 – RW
2016 – INGEO, 2017).

O relevo indica patamares, típicos das regiões de predomínio de basaltos. Tais


patamares são formados pela diferença de resistência das rochas que compõem os derrames,
notadamente basaltos densos (mais resistentes), basaltos vesículo-amigdaloidais e brechas
basálticas. Na área do empreendimento nota-se um patamar, a partir do leito do rio, e um
relevo aplainado no topo. Deste modo, há poucas nascentes de água (talvegues), existindo
apenas um pequeno vale que corta o túnel do seu trecho de jusante.

Com base nas sondagens realizadas no emboque e desemboque do túnel (SM-01 e


SM-02), constata-se que este atravessará basalto denso com boas condições geomecânicas.
A SM-01 mostra que no emboque do túnel há solo residual jovem/saprolito até 5,00m de
profundidade, seguido de rocha alterada e fraturada até cerca de 11,00m, o que resulta ainda
em uma cobertura com rocha sã duas vezes maior que o diâmetro do túnel. No desemboque
as condições são melhores, quando a rocha se apresenta sã desde o contato com o saprolito,
resultando em uma cobertura de rocha sã cinco vezes maior que o diâmetro do túnel.

As sondagens realizadas nas cotas mais elevadas do túnel mostraram haver pouca
capa de solos e basalto denso de excelente qualidade já nos primeiros metros do terreno, no
entanto estes não investigaram as cotas do túnel. É de se esperar que estas mesmas
propriedades sejam projetadas em profundidade, a não ser que haja algum alinhamento
tectônico cruzando o túnel. Em caso de haver esta condição, o maciço rochoso pode
apresentar-se mais fraturado e permeável, fato esperado da região do túnel abaixo do
pequeno talvegue que o cruza diagonalmente.

As investigações geológico-geotécnicas de campo foram concluídas em 07/06/2021 e


os parâmetros utilizados na descrição dos testemunhos são dados nas tabelas 17 a 23.

Tabela 17 - Grau de Coerência.

Destina-se a avaliar, de forma indireta, as características de


Coerência
resistência da rocha.
Quebra com dificuldade ao golpe do martelo, produzindo lascas de
C1 – Muito Coerente bordos cortantes. Superfície dificilmente riscável em aço. Somente
escavável a fogo.

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Destina-se a avaliar, de forma indireta, as características de
Coerência
resistência da rocha.
Quebra sob muitos golpes do martelo, produzindo poucos
fragmentos de bordos dificilmente quebrados por pressão dos
C2 - Coerente
dedos. Superfície riscável com aço, deixando sulcos leves. Escavável
a fogo.
Quebra com mais de um golpe de martelo, produzindo alguns
C3 – Medianamente fragmentos de bordos que podem ser quebrados com dificuldade
Coerente ela pressão dos dedos. Superfície facilmente riscável com aço,
deixando sulcos profundos. Escavável a fogo.
Quebra com um único golpe do martelo, produzindo muitos
fragmentos que podem ser partidos pela pressão dos dedos,
C4 – Pouco Coerente
deixando-se sulcar facilmente pela lâmina do canivete. Escarificável
ou necessário fogo de afrouxamento do maciço.
C5 – Sem Coerência - Esfarela com o golpe do martelo, desagrega-se com a pressão dos
Friável dedos e pode ser riscada com a unha. Escavável com lâmina.

Tabela 18 - Grau de Alteração.

Destina-se a avaliar a alteração mineralógica e o decréscimo da


resistência mecânica, devido ao intemperismo ou efeitos
Alteração hidrotermais. Os graus são definidos por comparação dom o
espécime são. No caso de rochas duras, os graus de alteração
podem ser correlacionados com os graus de coerência.
Não apresenta vestígios de ter sofrido alterações físicas e químicas
dos minerais principais, sem apresentar indícios de decomposição
A1 – Rocha Sã
com juntas ligeiramente oxidadas e sem haver perda de sua
resistência mecânica. Só pode ser escavada a fogo.
Rocha que pode apresentar-se pouco alterada, com sinais
incipientes ao longo das fraturas e minerais primários; em geral é
A2 – Rocha Pouco Alterada
ligeiramente descolorida. Apresenta propriedades físicas e
mecânicas pouco abaixo à da rocha sã.
Apresenta-se com os minerais medianamente alterados onde 1/3
da espessura do corpo da rocha está alterada; é bastante
descolorida e as superfícies das descontinuidades mostram de
A3 – Rocha Medianamente forma parcial a ação do intemperismo, e suas propriedades, físicas
Alterada e mecânicas são inferiores às da rocha pouco alterada, sendo
entretanto, uma rocha bastante resistente, quebrando-se com
relativa dificuldade sob ação de martelo. Quando pouco fraturada,
só pode ser escavada a fogo.
Rocha apresentando uma decomposição não uniforme de matriz,
A4 – Rocha Muito Alterada com 2/3 do corpo da rocha apresentando alteração, alguns
minerais originais acham-se totalmente ou parcialmente

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transformados em outros. Apresenta-se com os minerais muito
decompostos, às vezes pulvurulentos e friáveis, possuindo cores
bastantes modificadas. Suas propriedades físicas e mecânicas são
acentuadamente inferiores às da rocha medianamente alterada.
Quebra-se facilmente com as mãos e é escavável a picareta.
Rocha decomposta ou solo de alteração (saprolito) proveniente da
alteração “in situ”, no qual as estruturas originais da rocha estão
A5 – Rocha Extremamente preservadas. Os minerais resistentes encontram-se totalmente
Alterada ou Solo de transformados ou com decomposição nítida. Os demais se
Alteração (saprólito) apresentam totalmente transformados em argilo-minerais. Pode
ser escavado por qualquer meio manual ou mecânico
convencional.

Tabela 19 - Grau de Fraturamento.

Indica o número de descontinuidades por trecho de


fraturamento homogêneo, independentemente das
Fraturamento manobras. Por descontinuidades entendem-se
fraturas, diaclases, juntas e micro-falhas.
Número de Fraturas por Metro
F1 – Rocha pouco fraturada 0a1
F2 – Rocha fraturada 2a5
F3 – Rocha medianamente fraturada 6 a 10
F4 – Rocha muito fraturada 11 a 20
F5 – Roca extremamente fraturada >20
Nota: Para as zonas cisalhadas será atribuído o grau F5.

Tabela 20 - Grau de Rugosidade das Descontinuidades.

Este parâmetro destina-se a descrever as


irregularidades das descontinuidades visando avaliar
Rugosidade das Descontinuidades seu potencial resistência ao cisalhamento e referem-
se a juntas sem preenchimento, ou seja, apresentam
contato rocha x rocha.
Áspera ao tato; as peças dos testemunhos, quando
S1 – Superfície rugosa
justapostas, apresentam travamento.
S2 – Superfície estriada (com Sedosa ao tato; com ou sem travamento.
“slickensides”)
Superfícies planas, o deslizamento é fácil em
S3 – Superfície plana
qualquer direção.
S4 – Superfície sedosa Superfícies sedosas ou “talcosas” ao tato.

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Tabela 21 - Grau de cisalhamento e preenchimento das descontinuidades.

Paredes e Preenchimento Avaliação das características de resistência ao cisalhamento das


das Descontinuidades juntas e de deformabilidade do maciço.
P1 Fraturas justapostas, com paredes sãs.
P2 Fraturas preenchidas por materiais pétreos.
P3 Fraturas justapostas, com alteração incipiente das paredes.
Fraturas com alteração milimétrica das paredes, justapostas ou não,
P4
sem preenchimento.
P5 Fraturas com paredes alteradas e com preenchimento.

Tabela 22 - Grau de Descontinuidades.

Será avaliada em relação à horizontal, para furos verticais.


Inclinação das Descontinuidades No caso de furos inclinados e orientados, as atitudes deverão
ser indicadas em separado.
H Horizontal, com mergulho <5°
SH Sub-horizontal, com mergulho de 5° a <20°
I Inclinada, com mergulho de 20° a <70°
SV Subvertical, com mergulho de 70° a 85°
V Vertical, com mergulho >85°

Tabela 23 - Condutividade Hidráulica.

Este parâmetro é obtido a partir dos resultados dos ensaios de perda d’água sob
Condutividade pressão, calculando-se a perda d’água específica (l/m x min x kg/cm²) para cada
Hidráulica estágio de pressão, efetivamente aplicado no trecho ensaiado, e adotando-se a
máxima perda d’água específica, independentemente da pressão de ensaio.
Coeficiente de
PERDA D’ÁGUA ESPECÍFICA
GRAU Permeabilidade “K” Denominação
(1/min.m.kgf/cm²)
(cm/s)
H1 <0,1 K < 10-5 Muito Baixa
H2 ≥ 0,1 – 1,0 10-5 ≤ K < 10-4 Baixa
H3 ≥ 1,0 – 5,0 10-4 ≤ K < 5x10-4 Média
H4 ≥ 5,0 – 10,0 5x10-4 ≤ K < 10-3 Alta
H5 ≥ 10,0 K≥ 10-3 Muito Alta

As figuras abaixo apresentam os boletins de perfil de sondagem de cada furo realizado.


No anexo 8 podem ser encontrados os registros fotográficos da campanha de sondagem.

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Figura 24 - Boletim de perfil de sondagem SM-01.

www.forteamb.com 86
Figura 25 - Acervo fotográfico SM - 01 (Caixas 01 e 02).

www.forteamb.com 87
Figura 26 - Acervo fotográfico SM-01 (Caixas 03 e 04).

www.forteamb.com 88
Figura 27 - Acervo fotográfico SM-01 – (Caixas 05 e 06).

www.forteamb.com 89
Figura 28 - Acervo fotográficos SM-01 (Caixas 7 e 8).

www.forteamb.com 90
Figura 29 - Acervo fotográfico SM-01 (Caixas 9 e 10).

www.forteamb.com 91
Figura 30 - Boletim de perfil de sondagem SM-02.

www.forteamb.com 92
Figura 31 - Acervo fotográfico SM – 02 (Caixas 1 e 2).

www.forteamb.com 93
Figura 32 - Acervo fotográfico SM – 02 (Caixas 3 e 4).

www.forteamb.com 94
Figura 33 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixas 5 e 6).

www.forteamb.com 95
Figura 34 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixa 7 e 8).

www.forteamb.com 96
Figura 35 - Acervo fotográfico SM-02 (Caixa 9 e 10).

www.forteamb.com 97
Figura 36 - Boletim de sondagem SR-01.

www.forteamb.com 98
Figura 37 - Acervo fotográfico SR - 01 (Caixa 1 e 2).

www.forteamb.com 99
Figura 38 - Acervo fotográfico SR-01 (Caixas 3 e 4).

www.forteamb.com 100
Figura 39 - Acervo fotográfico SR-01 (Caixas 5 e 6).

www.forteamb.com 101
Figura 40 - Acervo fotográfico SR - 01 (Caixa 7).

www.forteamb.com 102
Figura 41 - Boletim de Sondagem SR-02.

www.forteamb.com 103
Figura 42 - Acervo fotográfico SR-02 (Caixas 1 e 2).

www.forteamb.com 104
Figura 43 - Acervo fotográfico SR-02 (Caixas 3 e 4).

www.forteamb.com 105
Figura 44 - Acervo fotográfico SR - 02 (Caixas 5 e 6).

www.forteamb.com 106
Figura 45 - Boletim de Sondagem PE-01.

Figura 46 - Boletim de Sondagem PE-02.

www.forteamb.com 107
Figura 47 - Boletim de Sondagem - PE-03.

Figura 48 - Boletim de Sondagem PR-04.

www.forteamb.com 108
Figura 49 - Boletim de Sondagem PE-05.

Figura 50 - Boletim de Sondagem PE-06.

www.forteamb.com 109
8.1.2.2 Estratigrafia
A estratigrafia da Bacia do Paraná, de acordo Milani (1997) possuí seis unidades de
ampla escala ou supersequências, na forma de pacotes rochosos materializando cada um dos
intervalos temporais com algumas dezenas de milhões de anos de duração e envelopados por
superfícies de discordância de caráter inter-regional: Rio Ivaí (Ordoviciano-Siluriano), Paraná
(Devoniano), Gondwana I (Carbonífero-Eotriássico), Gondwana II (Meso a Neotriássico),
Gondwana III (Neojurássico-Eocretáceo) e Bauru (Neocretáceo).

As três primeiras supersequências são representadas por sucessões sedimentares que


definem ciclos transgressivo-regressivos ligados a oscilações do nível relativo do mar no
Paleozóico, ao passo que as demais correspondem a pacotes de sedimentos continentais com
rochas ígneas associadas. As unidades formais da litoestratigrafia, quais sejam os grupos,
formações e membros comumente utilizados na descrição do arranjo espacial dos estratos da
bacia, inserem-se como elementos particularizados neste arcabouço aloestratigráfico de
escala regional.

A Área Diretamente Afetada e da Área de Influência estão localizadas sob áreas


correspondentes ao Grupo Serra Geral sendo do período Jurássico-Cretáceo – cerca de 170
milhões de anos (CPRM, 2001). Segundo o Mapa Geológico do Grupo Serra Geral - Folha
Guaraniaçu SG.22-V-C, escala 1:250.000 (MINEROPAR, 2013), praticamente toda a bacia
hidrográfica do rio Guarani é composta de rochas da Formação Cascavel (Ksgcs), Membro
Santa Quitéria.

8.1.2.3 Geologia Estrutural (ADA)

Os lineamentos do arcabouço estrutural da Bacia do Paraná – e, consequentemente


da área de estudo - podem ser reunidos em duas direções principais: NE-SW (N40°-70°E) e
NW-SE (N30°-50°W). Nos lineamentos visíveis na Bacia do Paraná pode-se observar um
marcante padrão de feições lineares em forma de “X”, podendo ser divididas em três grupos
de acordo com suas orientações (NW-SE, NE-SW e E-W).

As duas mais importantes são as orientações NW-SE e NE-SW, as quais constituem


zonas de fraqueza antigas que foram reativadas durante a evolução da bacia (Zalán et al.

www.forteamb.com 110
1987). Segundo Zalán et al. (1987), as falhas de direção NE-SW são geralmente constituídas
por uma única falha larga ou uma zona de falha retilínea, com frequentes evidências de
movimentações transcorrentes. Já os diversos lineamentos de direção NW-SE estão
normalmente preenchidos por diques de diabásio dos arqueamentos estruturais relacionados
ao vulcanismo fissural continental da Bacia do Paraná.

As formações pertencentes ao Grupo têm densidade baixa de fraturamento, não


apresentando um padrão definido. As fraturas têm pequenas aberturas apresentando
descoloração devido à lixiviação. São geralmente de persistência e regularidade variáveis

Os pontos analisados durante a campanha de sondagem consideram as características


de resistência ao cisalhamento das juntas e de deformidade do maciço; descrevem
irregularidades de descontinuidades e o fraturamento das rochas – compreensão do número
de descontinuidade (fraturas, diaclases, juntas e micro-falhas) dentro da ADA do
empreendimento. Os parâmetros exatos podem ser analisados nas tabelas 17,18,19,20,21,22
e 23 no tópico 8.1.2.1.2.

De acordo os valores encontrados as rochas possuem, em uma menor profundidade,


grau de fraturamento F5 – ou seja, rocha extremamente fraturada. a partir de uma
profundidade média de 9 metros, as rochas passam a ter características que saem do F1 a F3
(rocha pouco fraturada e rocha medianamente fraturada).

A coerência destas rochas é de coerência C2 e C3 – fragmentos de dificilmente


quebráveis. Sobre a resistência ao cisalhamento, elas possuem fraturas justapostas com
parede sã em grande parte dos níveis de horizonte, intercalando entre inclinação horizontal
(H), sub-horizontal (SH) e inclinada (I) – pode-se notar em alguns locais em maiores
profundidades falhas na direção subvertical (SV).

Acerca dos aspectos sismotécnicos, cabe destacar que o território brasileiro está
localizado no interior da Placa Sul-Americana, onde a movimentação da crosta é
relativamente baixa – logo, problemáticas associadas a abalos sísmicos ou movimentação de
placas são mínimas em nosso cotidiano, quando comparado a países como Japão e a costa
oeste dos Estados Unidos, que estão localizados em bordas de placas tectônicas.

www.forteamb.com 111
Entretanto, embora as condições apresentadas pelo território brasileiro minimizem os
impactos associados a sismicidade, terremotos podem surgir a qualquer momento e em
qualquer lugar – a grande parte dos sismos brasileiros é de pequena magnitude e possui um
padrão esperado para regiões de interior de placas.

Através dos dados disponibilizados pelo Centro de Sismologia da Universidade de São


Paulo, analisou-se que a região da CGH Guarani é estável, está afastada das grandes falhas
brasileiras e não possui registros de sismos.

8.1.2.4 Potencial Paleontológico (AID e ADA)

De acordo os dados analisados referentes ao potencial paleontológico da região, não


há qualquer patrimônio associado que sofrerá impacto com a construção da CGH Guarani.

8.1.2.5 Contexto Geotécnico (AID e ADA)

O conhecimento acerca do potencial dos terrenos ao desenvolvimento de fenômenos


e processos do meio físico - cuja dinâmica pode ocasionar desastres naturais ou interferências
em relação a condição dos movimentos de massa e erosão – é de grande importância pois
contribui para o planejamento, prospecção e na elaboração de medidas mitigadoras em caso
de ocorrência.

A caracterização do grau de suscetibilidade a determinado processo do meio físico em


uma área específica deve impor as correspondentes medidas de restrição à ocupação, de
modo a evitar a formação de novas áreas de risco, bem como induzir o desenvolvimento de
normas técnicas e práticas que possam assegurar o uso adequado do solo em áreas não
ocupadas e fomentar ações voltadas à redução de riscos em áreas ocupadas.

Os processos do meio físico analisados compreendem os principais tipos de


movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos; rastejos; quedas, tombamentos,
desplacamentos e rolamentos de rochas; e corridas de massa) e de processos hidrológicos

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(inundações e enxurradas), os quais estão frequentemente associados a desastres naturais
ocorridos no País.

Ao se discutir os agentes envolvidos nos movimentos gravitacionais de massa,


precisam-se considerar fatores geológicos, geomorfológicos, climáticos, hidrológicos e
relacionados a vegetação. Para a elaboração do material de análise das susceptibilidades na
ADA e AID da CGH Guarani, foram cruzados os dados de geologia, geomorfologia, hidrografia
e declividade – e através desta interpolação, os resultados foram sintetizados nos produtos
cartográficos destacados abaixo – figura 51 e 54.

Figura 51 - Suscetibilidade à Movimento de Massa na ADA e AID da CGH Guarani.

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Figura 52 - Suscetibilidade à Movimento de Massa na AII da CGH Guarani.

Figura 53- Aptidão do Solo para Erosão na ADA e AID da CGH Guarani.

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Figura 54 - Aptidão do Solo para Erosão na AII da CGH Guarani.

Os mapas evidenciam que, a região onde será instalada a CGH Guarani não se
caracteriza como uma ameaça a movimentos de massa, sendo apenas uma parcela a sudoeste
de sua ADA classificada com alto risco de movimentos de massa – a maior parte da ADA e da
AID são de baixíssima e baixa susceptibilidade em relação ao fenômeno.

Já os mapas de erosão (figura 51 e 52) apresentam um grau de aptidão regular para a


ocorrência do evento na AID, grande parte deste explicado pela declividade do terreno que
potencializa o escoamento superficial da água, podendo ocasionar o fenômeno – situação que
pode ser evitada com uma gestão de risco e medidas mitigadoras.

8.1.2.6 Recursos Minerais Existentes (ADA)

Conforme informações obtidas na página do Departamento Nacional de Produção


Mineral – DNPM (MME, 2009), por meio da interface SIGMINE, na bacia do rio Guarani
existem, atualmente duas autorizações de pesquisa, três licenciamentos, dois requerimentos

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de pesquisa e quatro requerimentos para registro de extração – entretanto nenhuma dessas
atividades e solicitações encontram-se próximas a ADA do empreendimento, sendo a mais
próxima a 6 quilômetros – a figura 55 especializa os pontos discutidos acima.
Figura 55 - Mineração na AII da CGH Guarani.

A tabela 24 apresenta os dados detalhados acerca da fase em que se encontra o


processo minerário, a substância, área e o uso.

Tabela 24 - Resumo dos processos minerais existentes na Bacia do Rio Guarani.

Área
Ref. Processo Titular Fase Substância Uso
(ha)
Autorização de
1 826.661/2015 Vilson Albiero 1000 Argila Industrial
Pesquisa
Pedreira Santa Fé Autorização de
2 826.479/2016 28,79 Basalto Brita
Ltda Pesquisa
Pedreira Construção
3 826.763/2005 Licenciamento 8 Basalto
Guaraniaçu Ltda civil
Pedreira
4 826.722/2012 Licenciamento 5,28 Basalto Brita
Guaraniaçu Ltda
Construção
5 827.131/2013 Waldir Rothbarth Licenciamento 2,9 Basalto
civil

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Área
Ref. Processo Titular Fase Substância Uso
(ha)
Thiago Augustus Requerimento de
6 826.017/2021 45,46 Argila Industrial
Borges Costa Pesquisa
Requerimento de Minério de
7 826.087/2022 José Maria Ferreira 980,96 Industrial
Pesquisa Cobre
Requerimento de
Município de Três
8 826.219/2021 Registro de 0,74 Basalto Revestimento
Barras do Paraná
Extração
Requerimento de
Município de Construção
9 826.623/2021 Registro de 1,5 Cascalho
Quedas do Iguaçu civil
Extração
Requerimento de
Município de Construção
10 826.703/2021 Registro de 2,13 Cascalho
Guaraniaçu civil
Extração
Requerimento de
Município de
11 826.702/2021 Registro de 0,97 Basalto Pedra de talhe
Guaraniaçu
Extração
FONTE: SIGMINE, 2022.

Em relação a obra da CGH Guarani e os materiais a serem utilizados durante o


processo, em termos quantitativos, uma parte dos materiais de construção e de consumo
poderá ser adquirida diretamente dos municípios próximos a construção do
empreendimento.

A implantação das obras da CGH Guarani, tendo por base as informações disponíveis,
os dados de projeto, os materiais de construção e os estudos de planejamento desenvolvidos,
requer recursos convencionais, tanto dos equipamentos quanto de mão-de-obra para o
desenvolvimento dos trabalhos das obras civis, e de fácil mobilização.

As escavações das estruturas do circuito de adução poderão ser iniciadas logo após a
mobilização do empreiteiro das obras civis. Com este material escavado, será possível iniciar
a construção da ensecadeira de 2ª fase da casa de força.

Quanto à rocha para produção de agregados de concreto, deverão ser realizados


ensaios para avaliar se a rocha proveniente das escavações obrigatórios tem qualidade e
respeitam os requisitos normativos para sua utilização.

A areia natural, necessária para complementar o traço de concreto, deverá prover de


alguma jazida a ser identificada ou comprada diretamente na cidade de Queda do Iguaçu.

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O material escavado que poderá ser utilizado para a construção das ensecadeiras são
de origem terrosa, sendo enquadrados neste, solos oriundos de basaltos de natureza básica,
como latossolos de coloração avermelhada – que apresenta boas condições de compactação,
baixa permeabilidade e boa capacidade de suporte. Sua utilização deve ser preferencialmente
em áreas a montante dos eixos de barramentos ou, no caso do projeto aqui estudado, da
captação para o túnel de adução.

Para produção de concretos, deve-se atentar para a qualidade dos basaltos a serem
aproveitados, principalmente com vistas à potencialidade da reação com os álcalis do cimento
(descartando-se as porções de basaltos maciços afetadas por alterações profundas, tipos
vesículo-amigdalóides e níveis de brecha), levando-se em consideração apenas os volumes
úteis de basaltos maciços que se apresentarem sãos.

Ensaios de caracterização tecnológica deverão ser executados, para as rochas a serem


utilizadas na produção dos concretos, sugerindo-se entre eles: descrição mineralógica macro
e microscópica com respectiva classificação; determinação da massa específica; porosidade
aparente; absorção de água; resistência a compressão uniaxial; abrasão Los Angeles; ciclagem
com Etilenoglicol e reatividade potencial. Os litotipos considerados não adequados para
produção de concreto, deverão ser utilizados em obras provisórias, tais como pré-
ensecadeiras, ensecadeiras principais, proteção de acessos, aterros para acessos de serviço,
entre outras.

Os basaltos retirados do local podem não ser adequados para o uso em cimentos,
devido à grande quantidade de vesículas encontradas e o grau de alteração da porção
superior. É possível que nas escavações do canal sejam atingidas porções de basalto são, que
não seja vesicular, ficando sua potencialidade para uso em agregados dependendo de ensaios
técnicos.

8.1.2.7 Espeleologia

Como pode ser observado na figura 56, não existem na ADA ou na AII da CGH Guarani
patrimônios espeleológicos – sejam cavidades naturais, cavernas, dolinas ou outros. A
caverna mais próxima encontra-se a 118 quilômetros do empreendimento.

www.forteamb.com 118
Figura 56 - Área de Ocorrência Espeleológica.

8.1.2.8 Pedologia
Conforme a classificação pedológica e o mapa pedológico do Estado do Paraná (ITCG,
2008), a Bacia Hidrográfica do Rio Guarani possui três tipos de classes pedológicas: neossolo,
nitossolo e latossolo. A figura 57 apresenta a localização as classes de solos da bacia.

Os Neossolos, de maneira geral, são solos pouco evoluídos, constituídos por material
mineral ou material orgânico com menos de 20 cm de espessura, não apresentando nenhum
tipo de horizonte B diagnóstico. Em nível categórico, os solos são diferenciados conforme
suas características, processo de formação, cores, teor de sódio, profundidade entre outros.
O Neossolo encontrado na Bacia do Rio Guarani é de subordem litólicos - sendo solos rasos,
onde geralmente a soma dos horizontes sobre a rocha não ultrapassa 50 cm, estando
associados a relevos mais declivosos. Existem limitações para seu uso devido a presença de
rochas e aos declives acentuados, limitando o crescimento radicular, o uso de máquinas e
elevam o risco de erosão. Conforme classificação de terceiro nível, os neossolos da bacia são
Neossolo Litólicos Eutróficos, considerados de alta fertilidade.

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Figura 57 - Mapa Pedológico da AII da CGH Guarani.

Além do Neossolos, a classe de Nitossolos também pode ser identificada na bacia. Os


Nitossolos são solos constituídos por material mineral, de cores vermelhas e vermelho-
escuro, argilosos e muito argilosos, estrutura em blocos fortemente desenvolvidos, derivados
de rochas básicas e ultrabásicas – é popularmente conhecida como Terra Roxa Estruturada.
Tem importância agronômica, porém, possuem um alto índice de erosão por estarem
associadas a relevos acidentados, mas são aptos a usos agropastoris e florestais. Em subníveis,
os Nitossolos encontrados na bacia são os Nitossolos Vermelhos Eutróficos e Nitossolos
Háplico – ambos possuem alta fertilidade.

Igualmente constituídos por material mineral, os Latossolos – encontrados em menos


locais da bacia, mas ainda presentes – são solos de intemperização intensa, argilas com
predominância de óxidos de ferro, alumínio, silício e titânico, argilas de baixa atividade e
fortemente ácidos. São solos profundos e porosos, apresentam boa condição radicular e são
bons para uso agrícola. Na bacia são encontrados Latossolos Vermelho Férricos, solos
distróficos ou seja, de baixa fertilidade.

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A figura 58 traz a análise geoespacial da pedologia da ADA e da AID, mostrando que
sua composição é basicamente de Neossolos e Nitossolos.

Figura 58 - Mapa Pedológico da ADA e AID da CGH Guarani.

8.1.2.9 Análises – Geologia, Geomorfologia, Espeleologia e Pedologia

8.1.2.9.1 Análise comparativa entre os dados secundários disponíveis e os


resultados dos levantamentos de campo

A análise dos dados secundários que tiveram como referência o mapa geológico do
estado do Paraná, bem como os dados disponibilizados pelo ITCG, 2008 e IAT, 2020 –
comparados aos resultados que foram identificados com a campanha de sondagem realizada
em 2021, são correspondentes. Ambos apresentam a geologia associada ao Grupo Serra Geral
e a sua composição de basaltos, que tem ainda área de ocorrência associada a relevos
colinosos, com vales abertos – apontando ainda como característica a transição brusca de
solos para rocha sã ou alterada, fator ressaltado pelo campo como benefício para proteção
do túnel de adução.

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8.1.2.9.2 Análise integrada dos dados geológicos, geomorfológico, pedológico e
espeleológicos

A caracterização morfoestrutural complementa a associação do Grupo Serra Geral


com a formação do relevo. A área em questão encontra-se na Bacia Sedimentar Fanerozóica,
cujas particularidades apresentam planaltos e chapadas, com relevos ondulados sob rochas
sedimentares. Este perfil beneficia a CGH Guarani, tendo em vista que assim, não se fazem
necessários barramentos ou reservatórios – sendo utilizado o declive do terreno como
potência. Os topos alongados e aplainados com vales em V e U são características
geomorfológicas que enfatizam o cenário positivo de instalação.

Os resultados das investigações diretas auxiliam então, na elaboração de um projeto


de obras que seja beneficiado pelas condições naturais sendo, além do desnível do terreno,
utilizada também a sinuosidade do rio - já apresentada como consequência geológica nas
análises posteriores. O relevo indica patamares típicos das regiões de predomínio de basaltos,
tais quais são formados pela diferença de resistência das rochas que compõem os derrames,
notadamente basaltos densos (mais resistentes), basaltos vesículoamigdaloidais e brechas
basálticas. Na área do empreendimento nota-se um patamar, a partir do leito do rio, e um
relevo aplainado no topo. Deste modo, há poucas nascentes de água (talvegues), existindo
apenas um pequeno vale que corta o túnel do seu trecho de jusante.

As coletas mostram que, no emboque do túnel há solo residual jovem/saprolito até


5,00m de profundidade, seguido de rocha alterada e fraturada até cerca de 11,00m, o que
resulta ainda em uma cobertura com rocha sã duas vezes maior que o diâmetro do túnel. No
desemboque as condições são melhores, quando a rocha se apresenta sã desde o contato
com o saprolito, resultando em uma cobertura de rocha sã cinco vezes maior que o diâmetro
do túnel.

8.1.2.9.3 Relação entre os processos erosivos e as características do solo

As análises pedológicas que enfatizam a existência de solos aptos a processos erosivos


- principalmente pela associação desses a relevos acidentados e com declives. Toda via, a

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visão integrada propiciada pelo mapeamento de susceptibilidade demonstra que a área
apresenta uma aptidão regular para tal evento.

8.1.2.9.4 Apontamento de fragilidades e potencialidades ambientais

Do ponto de vista da implantação do empreendimento, os fatores geológicos,


geomorfológicos, pedológicos e espeleológicos são favoráveis. Primeiramente, a não
ocorrência de cavernas na região é atrativa já que essas poderiam ser potenciais conflitos
frente a instalação. O relevo com os vales em formato de “V” proporciona áreas de
alagamento menores na concepção de reservatório, consolidando-se mais um atrativo da
área selecionada. Por fim, a geologia local proporciona condições condizentes de abrigar a o
modelo geomecânico necessário para instalação das estruturas da CGH Guarani.

Conclui-se assim que, os dados obtidos em campo por empresa especializada vão de
encontro aos obtidos em levantamentos secundários - porém não se descarta que as
classificações do maciço e a definição dos tratamentos deverão necessariamente ser feitas
durante a escavação do túnel, utilizando como base os mapeamentos geológicos, tendo em
vista que esta é uma estimativa realizada com base nas investigações preliminares.

8.1.3 Recursos hídricos

8.1.3.1 Águas Superficiais

8.1.3.1.1 Caracterização da Bacia e da Microbacia Hidrográfica

A Central Geradora Hidrelétrica Guarani está localizada na bacia hidrográfica do Rio


Guarani, uma sub-bacia da Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu – sendo sua Unidade Hidrográfica
do Baixo Iguaçu - atualmente, a unidade não possui comitê ou Plano de Gerenciamento de
Bacias Hidrográficas. A área total da Bacia do Iguaçu é de 65.558 km² (Plano de Bacias do Alto
Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira, 2007) – é a maior do estado do Paraná e tem destaque por
ter as Cataratas do Iguaçu, na cidade de Foz do Iguaçu no sudoeste do estado, fazendo divisa

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com cidades no Paraguai e na Argentina. A figura 59 apresenta as sub-bacias hidrográficas do
Baixo Iguaçu.

Figura 59 - Sub-Bacias do Baixo Iguaçu.

O clima da região é subtropical com temperatura média anual inferior a 20°C, chuvas
bem distribuídas. A Unidade Aquífera predominante é a Serra Geral (médio e baixo Iguaçu),
tendo uma pequena porção aquífera Guarani a leste e faixas das unidades Paleozoica
Superior, Médio Superior e Pré-Cambriana. As formações geológicas correspondem aos
estudos realizados no capítulo anterior, predominando a Serra Geral no terceiro planalto,
Itararé no segundo planalto e sedimentos recentes no primeiro planalto (Folder Bacia do Rio
Iguaçu – IAT, 2022).

Na tabela 25 é apresentado um resumo das principais características fisiográficas da


sub-bacia do Rio Guarani.

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Tabela 25 - Resumo das Características Fisiográficas da Bacia do Rio Guarani.

Característica Unidade Bacia da CGH Guarani


Área de drenagem Km² 1.068,00
Perímetro Km 153,34
Fator de Forma - 0,09
Coeficiente de Compacidade - 1,31
Coeficiente de Conformação - 0,04
Coeficiente de Circularidade - 0,57
Coeficiente de Declividade m/m 0,0041
Densidade de Drenagem Km/km² 1,19
Tempo de Concentração Horas 20,47
Extensão média de
Km 0,21
escoamento
Sinuosidade - 2,31

Acerca dos dados apresentados na tabela 25, cabe esclarecer que:

O coeficiente de compacidade – relação entre o perímetro da bacia e a circunferência


de um círculo igual à da bacia – e o fator de forma - relação entre a largura média e o
comprimento axial da bacia – indicam a propensão à ocorrência de enchentes na bacia.
Quanto mais próximo o coeficiente de compacidade for da unidade, mais acentuada é a
tendência à enchente, assim como o fator de forma indica que quanto mais estreita e longa a
bacia, maior a probabilidade da ocorrência de cheia em sua extensão – sendo esse menor
quando em bacias largas e curtas. Os valores encontrados pelo coeficiente e pelo fator de
forma indicam que a bacia possuí baixa disposição à ocorrência de enchentes.

Em relação a drenagem encontrada na Bacia do Rio Guarani, considerando sua forma,


organização e densidade - podemos discorrer que a mesma é dendrítica (sendo fortemente
influenciada pela geologia da área). A densidade de drenagem é representada pela relação
entre o comprimento total dos cursos de água de uma bacia e sua área total, fornecendo uma
indicação da eficiência da drenagem, ou seja, da maior ou menor velocidade com que a água
deixa a bacia hidrográfica. Já a extensão média de escoamento define a distância média que
a água da chuva teria que escoar sobre os terrenos da bacia e a sinuosidade do curso de água
é o fator controlador da velocidade de escoamento. Os resultados encontrados nestes

www.forteamb.com 125
parâmetros apontam para uma bacia de baixa a média capacidade de drenagem, com uma
distância média de escoamento superficial baixa.

Em relação ao tempo de concentração, este é o tempo necessário para que toda a


bacia contribua para o escoamento superficial numa seção considerada, podendo ser
estimado através de várias formulações empíricas, obtidas sob diversas condições físicas.

Para a realização de uma análise acerca das condições de precipitação,


evapotranspiração e infiltração da ADA e da AII da CGH Guarani, foram utilizados os dados
disponibilizados pelo Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária (SISDAGRO) do Instituto
Nacional de Meteorologia – INMET e do Sistema de Informações Hidrológicas do Instituto
Água e Terra (IAT).

O SISDAGRO disponibiliza o Balanço Hídrico Sequencial – cujo dados permite


acompanhar a disponibilidade de água no solo ao longo dos últimos 90 dias – e apresenta
cálculos de precipitação, evapotranspiração de referência, evapotranspiração total e
temperatura média nas estações de coleta de dados. Além destes, o mapa de balanço hídrico
expõe, através da interpolação de dados, uma representação gráfica dos valores já acima
descritos – apresentado um valor médio para a região em análise.

A evapotranspiração potencial (ETP) para a área da AII da CGH Guarani foi entre 2,5 e
3,7 mm no dia 04/06/2022. No dia 04 de janeiro de 2022 encontrava-se entre 8,7 e 9,9 mm.
Para as mesmas datas do ano anterior – 04/06/2021 encontrava-se entre 7,3 e 8,6 – e 04
janeiro de 2021 de 7,7 a 9,0 mm. A fim de realizar uma análise sazonal, analisou-se ainda os
valores referentes no inverno (04 de agosto de 2021) e a evapotranspiração nesse dia chegou
a valores entre 7,4 e 8,9 mm – já no mês de novembro (04/11/2021), durante a primavera, os
valores encontravam-se entre 7,1mm e 8,5 mm.

Já a Evapotranspiração real (ETR) para 04/01/21 estava de 5,9 a 7,3 mm, já em


4/06/2021 era de 0,0 a 1,3 mm. Para o dia 04/06/2022 era de 0,0 a 1,4 mm. Para 04/01/2022
– 7,1 a 8,9 mm. Em 04/08/2021 – entre 5,4 e 72mm. 04/11/2021 5,3 a 7,1 mm.

Esses resultados estão associados a precipitação (mm) nos dias analisados, mostrando
que, quando os índices de evapotranspiração eram maiores, maior também era a precipitação
do dia. A tabela 26 apresenta a média de precipitação para a região nos dias analisados acima.

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Tabela 26 - Valor médio de precipitação nos dias específicos na AII da CGH Guarani (mm).

DATA Precipitação (dia/mm)


04/01/2021 0,0 – 8,7 mm
04/06/2021 0,0 – 3,9 mm
04/08/2021 0,0 - 2,1 mm
04/11/2021 0,0 - 9,4 mm
04/01/2022 0,0 - 8,7 mm
04/06/2022 0,0 – 9,2 mm
FONTE: SISDAGRO, 2022.

A Bacia Hidrográfica do Rio Guarani não possuí em seu território estações


fluviométricas, por isso foram utilizadas as estações dos municípios de Dois Vizinhos, Foz do
Iguaçu, Planalto e Diamante d’Oeste – municípios próximos da área da bacia e que podem
apresentar características semelhantes.

Tabela 27 - Valores de Armazenamento, Evapotranspiração e Precipitação para municípios próximos da AII.

Variável
Armazenamento Evapotranspiração Evapotranspiração
Estação Mês Precipitação
(%) Real (mm) de Referência
(mm)
(mm)
Jun/20 96,7 27,2 28,3 162,6
Set/20 62,6 69,9 110,3 43,3
Dez/20 57,0 54,9 84,4 85,9
Dois Mar/21 38,2 65,7 132,9 56,6
Vizinhos Jun/21 48,3 33,9 61,3 127,2
Set/21 404 97,3 206,0 105,5
Dez/21 13,1 46,7 263,2 16,0
Mar/22 73,8 84,7 104,4 251,7
Jun/20 94,0 79,0 705,7 73,4
Set/20 39,0 65,4 790,2 20,4
Dez/20 98,8 118,8 143,5 218,9
Foz do Mar/21 65,5 73,5 124,6 62,5
Iguaçu Jun/21 74,7 36,4 58,8 162,1
Set/21 48,3 106,8 222,6 108,0
Dez/21 47,9 71,1 182,9 15
Mar/22 78,2 59,7 95,2 268,6
Jun/20 114,5 46,9 51,5 139,8
Set/20 53,9 63,7 145,6 25,6
Planalto Dez/20 100,1 49,8 63,6 141
Mar/21 57,8 69,5 127,1 49,5
Jun/21 60,1 34,1 60,4 125,0

www.forteamb.com 127
Variável
Armazenamento Evapotranspiração Evapotranspiração
Estação Mês Precipitação
(%) Real (mm) de Referência
(mm)
(mm)
Set/21 40,1 91,3 217,0 89,4
Dez/21 27,1 58,2 261,0 2,1
Mar/22 75,8 76,1 105,4 183,1
Jun/20 66,3 93,6 137,2 66,1
Set/20 16,0 66,2 328,8 14,1
Dez/20 78,2 117,1 145,6 231,0
Diamante Mar/21 60,0 97,9 143,4 96,3
d’Oeste Jun/21 40,0 36,6 78,1 94,1
Set/21 7,2 51,0 250,3 51,9
Dez/21 8,1 29,7 282,1 7,3
Mar/22 63,6 89,6 116,0 156,8
FONTE: SISDAGRO, 2022.

Além dos dados dos municípios próximos a delimitação da bacia, a tabela 28 apresenta
os dados de precipitação dos municípios de Três Barras do Paraná – município que
compreende a ADA da CGH Guarani.

Tabela 28 - Dados de precipitação em Três Barras do Paraná nos anos de 2015 e 2020.

Estação Três Barras do Iguaçu Porto Santo Antônio


Ano 2015 2020 2011 2015
Jan 226,5 289,2 210,1 227,1
Fev 247,0 122,8 198,8 190,4
Mar 128,6 64,3 83,8 142,5
Abr 91,4 48,8 92,6 86,9
Mai 160,7 227,4 2,8 155,1
Jun 93,3 130,9 86,3 87,6
Mês Jul 348,1 55,0 1678 331,2
Ago 48,7 139,4 327,6 52,3
Set 134,0 35,4 108,3 177,2
Out 133,7 46,5 243,8 166,0
Nov 336,9 147,5 123,5 218,2
Dez 414,7 150,2 89,5 337,2
Total 2363,6 1457,4 1734,9 2171,7
FONTE: SISTEMA DE INFORMAÇÕES HIDOLÓGICAS DO IAT, 2022.

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8.1.3.1.1.1 Estruturas Hidráulicas

Atualmente, não existem estruturas hidráulicas na ADA e AID do empreendimento.


Em relação a AII do empreendimento - conforme dados fornecidos pelo Instituto Água e Terra
do Paraná no mês de junho de 2022 – em relação a obras e intervenções, existem 2 outorgas
na AII da CGH Guarani. A primeira cedida a Prefeitura Municipal de Guaraniaçu para
construção de uma barragem, cuja finalidade é geração de um reservatório – a autorização
foi cedida em 16 de novembro de 2004 e tem vencimento em 16 de novembro de 2039, sob
protocolo n° 80752601, Portaria 1456/2004 DRH.

A segunda é cedida a AMG Empreendimento Imobiliários para obras hidráulicas. A


autorização foi publicada em 28 de janeiro de 2021 sob o protocolo n° 171672732 – Portaria
50/2012. Vencimento em 02/02/2024.

Já a CGH Guarani tem como previsão a instalação do fosso de captação, canal de


adução, tomada d’água, câmara de carga, casa de força e do canal de restituição. O mapa com
os detalhes das estruturas pode ser analisado no anexo 9.

8.1.3.1.1.2 Grau de Antropização

O Grau de Antropização da Bacia do Rio Guarani foi calculado através da equação


(%USOxPESO)/100 - Índice de Transformação Antrópica (ITA). O ITA é capaz de quantificar o
grau de modificação da paisagem, possibilitando uma mensuração da pressão antrópica sobre
o território estudado. De acordo Cruz et al (1998), o ITA pode ser classificado em: pouco
degradada (0 – 2,5), regular (2,5 – 5), degradada (5 – 7,5) e muito degradada (7,5 – 10). A
tabela 29 apresenta os pesos considerados para cálculo por uso do solo.

Tabela 29 - Pesos atribuídos às classes de uso e cobertura.

Tipo do Uso Peso


Área Urbanizada 10
Área Construída 10
Agricultura Anual 10
Agricultura Perene 9
Corpos d’Água 1
Floresta Nativa 1,5

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Tipo do Uso Peso
Área Urbanizada 10
Pastagem/Campo 8
Plantios Florestais 7
FONTE: PÉREZ & CARVALHO (2012); SALOMÃO (1999); CREPANI et al. (2008); SANTOS e GOMIDE (2015).

Usando-se dos dados de uso e cobertura da terra fornecido pelo Instituto Água e Terra
do Paraná, foram calculados, conforme classificações apontadas acima, a porcentagem
abrangida por cada um. Os dados correspondem a levantamentos do ano de 2016. A tabela
30 apresenta os valores encontrados em hectares para o uso e ocupação do solo na Bacia do
Rio Guarani – bem como as porcentagens e o cálculo de ITA.

Tabela 30 - Valores de uso e ocupação do solo (há) na sub-bacia do Rio Guarani.

Tipo do Uso Área (ha) Área (%) Resultado


Área Urbanizada 774,8 0,46% 0,000455
Área Construída 170,7 0,10% 0,0001
Agricultura Anual 21.522,1 12,65% 0,012646
Agricultura Perene 40,39 0,02% 2,14E-05
Corpos d’Água 2.787,2 1,64% 0,000164
Floresta Nativa 68.892,4 40,54% 0,006081
Pastagem/Campo 69.108,9 40,61% 0,032486
Plantios Florestais 6.787,2 3,99% 0,002792

O valor de ITA será a soma dos valores da coluna resultado, apontando um número de
0,054746 – ou seja, pouco degradada.

8.1.3.1.2 Caracterização dos cursos hídricos

A ordem do curso de água é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou


bifurcação dentro de uma bacia. A ordem do Rio Guarani, considerando o trecho do rio
compreendido entre sua nascente até o local do eixo do barramento da CGH Guarani, é igual
a 6, o que reflete um alto grau de ramificação.

De acordo com a Portaria SUREHMA nº 20/1992, todos os cursos d’água da bacia do


Rio Iguaçu, que é o caso do Rio Guarani, pertencem à classe 2, exceto os cursos d’água listados

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no Art. 2º da mesma portaria. Considerando que o Rio Guarani não se encontra na lista, o
mesmo é classificado como “Classe 2” pela legislação estadual.

A bacia em questão não possui plano de bacia aprovado, e nem resolução do CERH
que determine a classe dos cursos hídricos do mesmo. Desta forma, neste PCA, todas as
análises subsequentes irão considerar que o corpo hídrico é classe 2.

O nível de assoreamento de um rio é definido pelas condições de sedimentos que


percolam até o trecho de drenagem, bem como a vazão do rio, cobertura do solo e a
topografia da área. A considerar que a CGH Guarani não terá represamento, a vazão do rio
não será alterada. A cobertura do solo - destinada a pastagem e agricultura - não apresenta
solo exposto em grandes extensões, condição que seria de maior influência sobre o índice de
assoreamento do rio.

As figuras 60 e 61 apresentam os cursos hídricos que são encontrados na AID e na AII


da CGH Guarani.

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Figura 60 - Mapa de Hidrografia na AID da CGH Guarani.

Figura 61 - Mapa de Hidrografia da AII da CGH Guarani.

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8.1.3.1.3 Regime Fluvial da Bacia – Regime de Cheias e Período de Seca

8.1.3.1.3.1 Estudos Hidrológicos

O objetivo dos estudos hidrológicos é obter uma série de vazões médias mensais para
a CGH Guarani, que represente da melhor forma possível o regime fluvial da bacia
contribuinte a esta usina. Nestes estudos, também são realizadas análises de frequência de
ocorrência das vazões da série definida, e análise das vazões extremas, de cheia e de
estiagem.

8.1.3.1.3.2 Levantamento e Análise de Dados

Através de consulta ao Inventário das Estações Fluviométricas (ANA, 2020), foram


identificadas as estações fluviométricas localizadas na bacia do rio Guarani, na região do
empreendimento, com séries históricas de dados disponíveis.

Após uma análise preliminar das estações identificadas, selecionou-se como a estação
fluviométrica mais representativa para os estudos, a estação Porto Santo Antônio, que está
localizada no rio Guarani, a aproximadamente 6,3 km a jusante do eixo da barragem da CGH
Guarani.

Esta estação é operada pelo Instituto das Águas do Paraná (antiga SUDERHSA), com
medições desde o ano de 1978, totalizando até o ano de 2019, 42 anos de medições. Suas
características são apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 31 - Estação Porto Santo Antônio - Informações.

Área de Coordenadas Geográficas


Nome da Período de
Código ANEEL Rio Drenagem
Estação Dados Latitude Longitude
km²
Porto
65970000 Santo Guarani 1978-2019 1.080,00 25°23’38’’ S 53°06’14’’O
Antônio

As características e os dados destas estações foram obtidos da Agência Nacional de


Águas – ANA, entidade responsável pelas estações, através de consulta ao Sistema de

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Informações Hidrológicas – Hidroweb (ANA, 2020), e do Instituto das Águas do Paraná,
operador da estação.

8.1.3.1.3.3 Tratamento e Consistência dos Dados

A série de vazões da estação Porto Santo Antônio, obtida através do site Hidroweb,
abrange o período de agosto de 1978 a dezembro de 2005, janeiro a dezembro de 2010 e
janeiro a dezembro de 2015. Para o período de agosto de 1978 a dezembro de 2003, a série
apresenta nível de consistência 2, sendo, portanto, dados que foram consistidos pela ANA.
Para os anos de 2004, 2005, 2010 e 2015, a série apresentou nível de consistência 1, sendo,
portanto, dados brutos.

A série da estação Porto Santo Antônio, disponibilizada pelo Instituto de Águas do


Paraná, abrange o período de agosto de 1978 a junho de 2017 e janeiro a março de 2019,
sendo possível, a partir desta, preencher e estender a série da ANA.

Como os dados obtidos deste Instituto de Águas do Paraná são submetidos apenas a
uma análise preliminar para a depuração de erros grosseiros, foi necessário, preliminarmente
a sua utilização nestes estudos, verificar a consistência dos mesmos, comparando-os com os
dados obtidos da ANA.

De modo comparativo, são apresentados, no gráfico 1, os dois hidrogramas, relativos


a dados de vazões da mesma estação Porto Santo Antônio, um proveniente da ANA e outro
do Instituto de Águas do Paraná.

Da análise dos hidrogramas, verifica-se que as medições de vazões médias mensais da


ANA e do Instituto das Águas do Paraná apresentam forte aderência, podendo estas medições
ser utilizadas para o preenchimento das falhas da série disponibilizada pela ANA.

Portanto, nestes estudos, a série de vazões utilizada da estação Porto Santo Antônio
de 1978 a 2005, 2010 e 2015, é a série disponibilizada pela ANA. Entre os anos de 2006 e
2009, 2011 e 2014, 2016 e 2019, esta série foi complementada com dados do Instituto das
Águas do Paraná.

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A série de vazões médias mensais da estação Porto Santo Antônio, apresenta falhas
de dados em agosto de 1978, novembro e dezembro de 1979, julho de 1987, maio de 2010,
agosto, outubro e novembro de 2011, junho e julho de 2014, julho a dezembro de 2017,
janeiro a dezembro de 2018 e janeiro a março de 2019.

Gráfico 1 - Hidrogramas Comparativos ANA x Instituto Águas do Paraná.

O preenchimento das falhas de agosto de 1978, novembro e dezembro de 1979, julho


de 1987, maio de 2010, agosto, outubro e novembro de 2011, junho e julho de 2014 e julho
a dezembro de 2017 e a extensão da série de janeiro a julho de 1978 foi efetuado através de
correlações estatísticas entre as séries de vazões médias diárias específicas das estações Porto
Santo Antônio (65970000) e São Sebastião (65979000), considerando todo o período
coincidente de dados. A correlação resultou em um coeficiente de determinação, R², igual a
0,704, para um ajuste potencial.

O preenchimento das falhas de janeiro a dezembro de 2018, janeiro a março de 2019


e a extensão da série de abril a dezembro de 2019 foi efetuado através de correlações
estatísticas entre as séries de vazões médias diárias específicas das estações Porto Santo

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Antônio (65970000) e Balsa do Santana (65955000), considerando todo o período coincidente
de dados. A correlação resultou em um coeficiente de determinação, R², igual a 0,631, para
um ajuste potencial. O gráfico e a equação resultante da correlação são apresentados no
gráfico 2 e 3.
Gráfico 2 - Correlação entre as Vazões Médias Diárias Específicas - Estações Porto Santo Antônio e
São Sebastião.

Gráfico 3 - Correlação entre as Vazões Médias Diárias Específicas - Estação Porto Santo Antônio e
Balsa do Santana.

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Com as falhas preenchidas e a série estendida, a série de vazões médias mensais da
estação Porto Santo Antônio totalizou 42 anos completos de dados (1978 a 2019).

8.1.3.1.3.4 Determinação da Série de Vazões

A determinação da série de vazões da CGH Guarani foi realizada utilizando-se, como


estação base, a estação Porto Santo Antônio, localizada no rio Guarani, tendo sua série
transferida para o local da barragem da usina, pelo método da proporcionalidade de áreas de
drenagem.

Assim, a série completa de vazões médias mensais da estação Porto Santo Antônio é
apresentada a seguir.

Tabela 32 - Série de Vazões Médias Mensais (m³/s) - Estação Porto Santo Antônio - AD = 1.080,00 km².

Data Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1978 6,03 2,46 1,25 0,53 0,71 1,91 15,99 11,28 16,67 2,68 23,64 6,10 7,44
1979 2,99 13,39 3,52 6,04 83,04 7,19 3,75 25,12 38,08 108,45 73,37 41,51 33,87
1980 14,50 10,46 37,02 1,83 36,74 8,84 14,25 22,12 58,74 17,54 9,93 20,71 21,06
1981 12,96 17,58 10,25 47,15 10,66 15,69 3,40 1,40 2,49 27,03 18,32 106,14 22,76
1982 8,00 37,28 10,72 4,81 4,85 62,22 80,30 15,02 3,45 91,56 158,61 20,50 41,44
1983 8,28 34,38 61,57 44,03 99,34 81,32 114,43 12,88 85,72 72,35 27,35 17,38 54,92
1984 58,27 17,50 14,03 43,15 13,81 28,96 8,60 36,60 16,25 16,00 42,58 41,39 28,10
1985 2,96 21,79 4,95 42,93 23,73 8,35 4,84 6,92 1,50 5,31 11,18 0,73 11,27
1986 4,41 31,24 17,44 24,73 64,47 13,87 2,95 28,39 44,01 15,04 4,96 50,43 25,16
1987 6,25 33,48 3,52 17,65 169,07 40,17 38,39 7,93 2,27 21,94 50,62 11,45 33,56
1988 5,71 3,67 6,23 8,95 79,37 46,80 6,67 2,35 0,86 4,51 6,10 2,45 14,47
1989 27,36 51,43 11,80 26,81 30,1 8,76 38,24 55,45 86,48 45,46 9,07 2,49 32,79
1990 52,87 6,44 12,18 44,93 16,21 57,08 47,96 87,30 93,26 55,98 25,23 6,53 42,16
1991 1,37 2,98 2,65 6,52 5,09 36,42 9,65 4,26 1,36 23,20 14,48 46,84 12,90
1992 8,11 4,65 17,84 27,40 121,94 79,67 56,64 52,34 53,95 33,12 14,52 5,82 39,67
1993 20,93 14,35 7,13 5,15 57,76 30,01 31,78 9,47 84,58 94,26 9,80 27,56 32,73
1994 2,67 38,73 8,22 16,54 33,69 126,91 41,56 6,14 2,94 45,49 49,58 33,53 33,83
1995 134,28 12,22 25,60 30,06 4,94 9,00 44,14 3,34 26,98 50,68 13,89 5,14 30,02
1996 45,00 48,67 66,26 19,72 3,46 7,08 13,63 3,18 23,06 172,85 33,23 48,95 40,42
1997 26,25 48,32 5,64 1,98 22,20 77,35 20,42 55,62 32,58 90,19 112,98 9,85 41,95
1998 19,97 51,02 57,33 141,84 46,01 9,12 6,65 68,35 90,60 173,34 14,86 25,95 58,75
1999 23,14 79,61 12,78 56,95 23,06 56,77 42,86 3,15 34,96 3,80 1,18 17,32 29,63
2000 96,43 93,14 15,57 4,16 9,18 14,66 25,76 10,78 85,75 74,96 13,17 7,20 37,56
2001 37,93 101,69 11,94 16,90 14,09 31,65 28,76 9,55 16,04 72,62 20,97 20,31 31,87
2002 36,89 20,97 10,19 2,11 90,83 5,81 4,66 7,88 53,17 50,34 54,46 27,31 30,39
2003 9,75 43,52 21,32 14,08 5,61 29,59 23,83 3,85 6,88 28,92 43,13 39,72 22,52
2004 9,80 6,47 3,78 2,54 67,54 31,80 88,86 5,66 10,55 75,14 62,13 5,45 30,81
2005 10,21 2,26 1,27 1,74 49,21 69,48 12,40 7,31 59,47 139,56 14,52 2,59 30,83
2006 24,13 6,71 13,70 12,80 2,61 3,53 2,86 2,90 24,86 23,72 36,19 39,82 16,15

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Data Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
2007 32,53 22,31 12,47 66,91 74,77 5,98 3,46 1,59 0,61 2,17 21,72 9,48 21,17
2008 11,64 2,59 3,72 7,67 17,51 32,94 16,99 44,86 4,69 68,11 49,49 1,86 21,84
2009 6,50 2,66 3,78 1,01 11,98 20,65 54,13 37,25 70,21 92,17 33,15 43,75 31,44
2010 41,19 20,84 16,70 42,39 32,46 6,53 9,81 3,87 1,13 20,14 10,54 62,86 22,36
2011 27,67 64,05 7,96 12,42 2,74 2,00 38,52 54,72 14,75 42,20 37,93 5,54 25,88
2012 3,66 2,23 1,58 17,79 12,90 65,72 11,92 5,13 1,12 7,13 4,14 21,55 12,91
2013 38,79 25,95 91,16 18,46 25,79 143,91 22,54 5,62 24,41 25,32 7,52 6,61 36,34
2014 23,01 1,61 17,17 45,15 54,94 68,19 48,81 8,06 66,21 36,30 8,97 6,00 32,04
2015 26,27 19,75 37,26 6,94 19,96 18,43 113,62 9,36 27,99 40,48 36,56 92,08 37,39
2016 20,64 40,72 21,09 6,88 32,45 29,82 26,04 49,84 19,87 28,78 16,63 28,51 26,77
2017 31,36 48,49 24,95 25,39 38,02 47,23 6,07 6,73 2,67 60,01 84,31 15,83 32,59
2018 50,94 30,57 67,10 29,79 9,25 8,14 3,81 11,81 14,68 53,42 17,33 8,57 25,45
2019 8,91 17,64 43,29 26,55 53,95 36,34 3,18 1,50 1,76 2,02 16,02 9,12 18,36
Mín 1,37 1,61 1,25 0,53 0,71 1,91 2,86 1,40 0,61 2,02 1,18 0,73 7,44
Méd 24,77 27,52 19,62 23,37 37,52 35,38 28,41 19,21 31,13 50,34 32,29 23,88 29,37
Máx 134,28 101,69 91,16 141,84 169,07 143,91 114,43 87,30 93,26 173,34 158,61 106,14 58,75

A partir dos dados da estação Porto Santo Antônio, determinou-se a série de vazões
médias mensais para o local do eixo da barragem da CGH Guarani, através da transferência
direta da série por proporcionalidade de áreas de drenagem, de acordo com a equação:

Onde QCGH e QPSA são as vazões médias de longo período ara a CGH Guarani e estação
Porto Santo Antônio, respectivamente, em m³/s; e ADCGH e ADPSA são as áreas de drenagem
no eixo da barragem da CGH Guarani e estação Porto Santo Antônio, respectivamente, em
km².

Aplicando a equação aos dados existentes, a equação resultante e utilizada para a


transferência de vazões para o local da CGH Guarani é a seguinte:

QCGH = 0,9889 x QPSA

A série de vazões médias mensais para a CGH Guarani é apresentada na tabela a


seguir.

Tabela 33 - Série de Vazões Médias Mensais (m³/s) - CGH Guarani - AD = 1.068,00 km².

Data Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1978 5,96 2,43 1,24 0,53 0,70 1,89 15,81 11,15 16,48 2,65 23,37 6,04 7,35

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Data Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
1979 2,95 13,24 3,48 5,98 82,12 7,11 3,71 24,84 37,66 107,25 72,55 41,05 33,49
1980 14,34 10,35 36,61 1,81 36,33 8,74 14,09 21,88 58,09 17,35 9,81 20,48 20,82
1981 12,82 17,38 10,13 46,62 10,54 15,52 3,36 1,38 2,46 26,73 18,12 104,96 22,50
1982 7,91 36,87 10,60 4,76 4,79 61,52 79,41 14,85 3,42 90,55 156,85 20,27 40,98
1983 8,18 34,00 60,89 43,54 98,23 80,42 113,16 12,74 84,77 71,55 27,05 17,19 54,31
1984 57,62 17,31 13,87 42,67 13,66 28,64 8,51 36,19 16,07 15,83 42,10 40,93 27,78
1985 2,93 21,55 4,90 42,45 23,47 8,26 4,79 6,85 1,48 5,26 11,05 0,72 11,14
1986 4,36 30,89 17,25 24,45 63,75 13,72 2,91 28,08 43,52 14,87 4,91 49,87 24,88
1987 6,18 33,11 3,48 17,45 167,19 39,73 37,97 7,84 2,25 21,70 50,06 11,32 33,19
1988 5,65 3,63 6,16 8,85 78,49 46,28 6,60 2,32 0,85 4,46 6,04 2,42 14,31
1989 27,05 50,86 11,67 26,52 29,79 8,66 37,81 54,84 85,52 44,95 8,97 2,46 32,42
1990 52,28 6,37 12,04 44,43 16,03 56,45 47,43 86,33 92,22 55,36 24,95 2,45 41,69
1991 1,35 2,95 2,62 6,45 5,04 36,01 9,54 4,21 1,34 22,95 14,32 46,32 12,76
1992 8,02 4,59 17,64 27,10 120,58 78,78 56,02 51,76 53,35 32,76 14,36 5,76 39,23
1993 20,70 14,19 7,06 5,09 57,12 29,68 31,42 9,36 83,64 93,21 9,69 27,26 32,37
1994 2,64 38,30 8,13 16,36 33,31 125,50 41,10 6,08 2,90 44,98 49,03 33,16 33,46
1995 132,79 12,09 25,32 29,73 4,89 8,90 43,65 3,30 26,68 50,11 13,73 5,08 29,69
1996 44,50 48,13 65,52 19,50 3,42 7,00 13,48 3,15 22,80 170,93 32,86 48,41 39,97
1997 25,96 47,78 5,57 1,96 21,95 76,49 20,20 55,00 32,22 89,19 111,72 9,74 41,48
1998 19,75 50,45 56,69 140,27 45,50 9,02 6,58 67,59 89,60 171,41 14,69 25,66 58,10
1999 22,88 78,72 12,63 56,31 22,80 56,14 42,38 3,11 34,57 3,75 1,17 17,13 29,30
2000 95,36 92,11 15,39 4,11 9,08 14,50 25,48 10,66 84,79 74,13 13,02 7,12 37,15
2001 37,51 100,56 11,81 16,71 13,93 31,30 28,44 9,44 15,86 71,81 20,74 20,08 31,52
2002 36,48 20,74 10,08 2,09 89,83 5,75 4,61 7,79 52,57 49,78 53,85 27,01 30,05
2003 9,64 43,03 21,08 13,93 5,54 29,26 23,57 3,80 6,80 28,59 42,65 39,28 22,26
2004 9,69 6,40 3,74 2,51 66,79 31,45 87,87 5,59 10,43 74,31 61,44 5,39 30,47
2005 10,10 2,23 1,26 1,72 48,66 68,71 12,27 7,23 58,81 138,01 14,36 2,56 30,49
2006 23,86 6,63 23,55 12,66 2,58 3,49 2,83 2,87 24,58 23,46 35,79 39,38 15,97
2007 32,17 22,07 12,33 66,17 73,94 5,91 3,42 1,58 0,60 2,15 21,48 9,38 20,93
2008 11,51 2,56 3,68 7,59 17,32 32,58 16,80 44,36 4,64 67,35 48,94 1,83 21,60
2009 6,43 2,63 3,73 1,00 11,85 20,42 53,53 36,84 69,43 91,14 32,78 43,26 31,09
2010 40,73 20,61 16,51 41,91 32,10 6,46 9,70 3,83 1,12 19,82 10,42 62,16 22,11
2011 27,36 63,34 7,87 12,28 2,71 1,98 38,09 54,11 14,58 41,73 37,51 5,48 25,59
2012 3,62 2,21 1,56 17,59 12,76 64,99 11,79 5,07 1,11 7,05 4,10 21,31 12,76
2013 38,36 25,66 90,15 18,26 25,51 142,31 22,29 5,55 24,14 25,04 7,44 6,54 35,94
2014 22,75 1,59 16,98 44,65 54,33 67,43 48,27 7,97 65,47 35,89 887 5,94 31,68
2015 25,98 19,53 36,84 6,87 19,74 18,23 112,36 9,26 27,68 40,03 36,15 91,06 36,98
2016 20,41 40,26 20,86 6,81 32,08 29,48 25,75 49,28 19,65 28,46 16,45 28,19 26,47
2017 31,01 47,95 24,68 25,11 37,59 46,70 6,00 6,65 2,64 59,34 83,38 15,66 32,23
2018 50,37 30,23 66,35 29,46 9,15 8,05 3,77 11,68 14,51 52,83 17,14 8,47 25,17
2019 8,81 17,44 42,81 26,25 53,35 35,94 3,15 1,49 1,74 2,00 15,84 9,02 18,15
Mín 1,35 1,59 1,24 0,53 0,70 1,89 2,83 1,38 0,60 2,00 1,17 0,72 7,35
Méd 24,50 27,21 19,40 23,11 37,11 34,98 28,09 19,00 30,79 49,78 30,95 23,61 29,04
Máx 132,79 100,56 90,15 140,27 167,19 142,32 113,16 86,33 92,22 171,41 156,85 104,96 58,10

As vazões características extraídas da série de vazões médias mensais da CGH Guarani


são apresentadas na tabela a seguir.

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Tabela 34 - Comportamento da Série de Vazões Médias Mensais.

Vazão Característica Vazão (m³/s) e Mês/Ano de Registro


Vazão Média Mensal (QMLP) 29,04
Vazão Mensal Mínima 0,53 (abril/1978)
Vazão Mensal Máxima 171,41 (outubro/1998)
Vazão Anual Mínima 7,35 (1978)
Vazão Anual Máxima 58,10 (1998)

8.1.3.1.3.5 Estudo de Frequência de Vazões

A curva de permanência de vazões médias mensais para a CGH Guarani, determinada


através do método de Kimbal, está apresentada na figura a seguir.

Tabela 35 - Vazões Características - Curva de Permanência.

Tempo (%) Vazão (m³/s)


1 142,21
5 90,07
10 68,15
15 55,52
20 48,27
25 42,31
30 36,55
35 30,92
40 25,98
45 22,64
50 19,51
55 15,90
60 13,55
65 10,51
70 8,83
75 6,82
80 5,65
85 4,03
90 2,91
95 1,96
99 0,85

www.forteamb.com 140
Gráfico 4 - Curva de Permanência de Vazões Médias Mensais -CGH Guarani.

8.1.3.1.3.6 Estudo de Vazões Máximas

As vazões máximas são utilizadas para o dimensionamento das estruturas de desvio


do rio e do vertedouro.

O estudo de máximas baseia-se em critérios estatísticos aplicados nas séries de vazões


máximas anuais, que devem ser extraídas de séries de vazões médias diárias representativas
do regime fluvial na bacia em análise.

Para esta avaliação, foi utilizada, como dados base, a série de vazões médias diárias da
estação fluviométrica Porto Santo Antônio, que apresenta dados no período entre 1978 e
2019. Desta estação, foram selecionadas as vazões máximas diárias anuais, dos anos
completos de dados, que foram transferidas por relação direta de áreas de drenagem para o
local da barragem da CGH Guarani, resultando em uma série completa de 34 dados.

Como as vazões máximas são determinadas a partir de vazões médias diárias, ou seja,
da média entre os valores medidos às 7 e 17h do dia, fez-se o uso de um coeficiente para a
majoração destas vazões médias diárias máximas anuais, visando emular o pico do

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hidrograma, eventualmente não medido entre os horários de medição de níveis, para a
obtenção de vazões instantâneas anuais.

Para isto, aplicou-se o critério de Füller, conforme equacionado a seguir, o que


resultou em uma série de vazões máximas instantâneas anuais.

Onde QPICO é a vazão de pico instantânea (m³/s); QMAX é a vazão máxima média
diária, a Ad é a área de drenagem (km²).

Na tabela a seguir, é apresentada a série de vazões máximas extraídas da série de


vazões médias diárias, e a respectiva série de vazões máximas instantâneas, para o período
entre 1978 e 2019, da CGH Guarani.

Tabela 36 - Série de Vazões Máximas Anuais para o Período Completo.

Vazão Vazão Ano Vazão Vazão Máxima


Máxima Máxima Máxima Instantânea
Ano
Diária (m³/s) Instantânea Diária (m³/s) (m³/s)
(m³/s)
1978 - - 1999 696 925
1979 1050 1395 2000 545 723
1980 430 571 2001 588 781
1981 874 1161 2002 622 826
1982 803 1067 2003 392 521
1983 860 1143 2004 593 787
1984 1022 1357 2005 460 612
1985 253 336 2006 291 387
1986 260 345 2007 667 886
1987 - - 2008 718 954
1988 586 778 2009 345 458
1989 388 515 2010 - -
1990 639 849 2011 - -
1991 212 282 2012 412 548
1992 706 938 2013 866 1150
1993 904 1201 2014 - -
1994 676 898 2015 371 493
1995 696 925 2016 428 569
1996 930 1235 2017 - -

www.forteamb.com 142
Vazão Vazão Ano Vazão Vazão Máxima
Máxima Máxima Máxima Instantânea
Ano
Diária (m³/s) Instantânea Diária (m³/s) (m³/s)
(m³/s)
1997 811 1078 2018 - -
1998 758 1007 2019 - -

A partir da série de vazões máximas instantâneas anuais foram calculadas as


estatísticas apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 37 - Estatísticas da Série de Vazões Máximas Instantâneas Anuais.

Parâmetro Valor
Mínima 281,63
Média 814,74
Máxima 1.395,41
Variância 94.083,91
Desvio Padrão 306,73
Coeficiente de Assimetria 0,02
Coeficiente de Variação 0,38

Na análise de frequência de cheias recomenda-se utilizar a distribuição Gumbel,


quando o coeficiente de assimetria da série de máximas for inferior a 1,5 e a distribuição
Exponencial, em caso contrário (ELETROBRÁS, 2000).

Na série de vazões máximas instantâneas anuais da CGH Guarani foi aplicado o critério
de Gumbel, conforme orientações da Eletrobrás.

As vazões máximas associadas a cada tempo de recorrência, calculadas para a CGH


Guarani, através desta metodologia, estão apresentadas na tabela e no gráfico a seguir.

Tabela 38 - Vazões Máximas para o Período Completo (m³/s).

Tempo de Recorrência (anos) Vazões Máximas (m³/s)


2 764
5 1.036
10 1.215
25 1.442
50 1.610
100 1.777

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Tempo de Recorrência (anos) Vazões Máximas (m³/s)
500 2.163
1.000 2.329
10.000 2.880

Gráfico 5 - Distribuição de Gumbel.

No projeto da estrutura do vertedouro é utilizada a vazão máxima de 1.000 anos de


recorrência das vazões instantâneas calculadas, equivalente a 2.329 m³/s.

Para a determinação da vazão máxima de projeto das estruturas de desvio foi utilizada
a mesma série de vazões médias diárias utilizada na determinação da vazão máxima da soleira
vertente, no entanto, para este estudo, procederam-se análises dos dados destas séries, em
busca do semestre com as menores vazões na região.

A análise das vazões de cheias na região da CGH Guarani, para períodos semestrais e
vários tempos de recorrência, é apresentada na tabela a seguir.

www.forteamb.com 144
Tabela 39 - Vazões de Cheias Semestrais x Tempo de Recorrência.

TR (anos)
Semestre
2 5 10 25 50 100 500
Jan/Jun 566 850 1.038 1.276 1.452 1.627 2.031
Fev/Jul 568 829 1.003 1.221 1.384 1.545 1.917
Mar/Ago 583 848 1.023 1.245 1.409 1.572 1.949
Abr/Set 622 884 1.058 1.277 1.440 1.602 1.975
Mai/Out 650 938 1.128 1.368 1.547 1.724 2.133
Jun/Nov 562 856 1.050 1.296 1.478 1.659 2.077
Jul/Dez 535 824 1.016 1.258 1.438 1.617 2.029
Ago/Jan 534 813 999 1.232 1.406 1.578 1.976
Set/Fev 516 793 977 1.209 1.381 1.552 1.947
Out/Mar 505 792 982 1.222 1.400 1.577 1.985
Nov/Abr 441 711 890 1.116 1.284 1.450 1.835
Dez/Mai 504 789 978 1.217 1.395 1.571 1.977

A representação gráfica destes dados, para os tempos de recorrências de 10, 25 e 50


anos, está apresentada no gráfico a seguir.

Gráfico 6 - Período Seco Semestral.

www.forteamb.com 145
A partir dessa análise, tem-se que o período semestral que apresentou a menor vazão
média é o de novembro a abril, podendo ser o período considerado como mais seco na região
em estudo. Desta forma, os estudos de vazões máximas para determinar a vazão de
dimensionamento das estruturas de desvio foram realizados para este semestre.

Das séries de vazões médias diárias analisadas, foi selecionada, para cada semestre de
novembro a abril, a máxima vazão. Na série de vazões máximas, para o período semestral de
novembro a abril, foi aplicado o critério de Füller, para a determinação das vazões de pico
instantâneas no local da usina.

Na tabela a seguir, é apresentada a série de vazões máximas extraídas da série de


vazões médias diárias para o semestre mais seco, de novembro a abril, e a respectiva série de
vazões máximas instantâneas.

Tabela 40 - Série de Vazões Máximas do Semestre Nov-Abr - Período Seco.

Vazão Vazão Ano Vazão Vazão Máxima


Máxima Máxima Máxima Instantânea
Ano
Diária (m³/s) Instantânea Diária (m³/s) (m³/s)
(m³/s)
1978 161 214 1999 545 723
1979 - - 2000 284 377
1980 874 1161 2001 236 313
1981 463 614 2002 332 441
1982 597 794 2003 333 443
1983 1022 1357 2004 284 377
1984 253 336 2005 144 191
1985 201 267 2006 667 886
1986 260 345 2007 129 171
1987 294 391 2008 435 577
1988 160 212 2009 278 369
1989 322 428 2010 289 384
1990 166 220 2011 - -
1991 166 220 2012 463 615
1992 61 80 2013 160 212
1993 169 224 2014 205 272
1994 696 925 2015 371 493
1995 368 489 2016 507 673
1996 287 382 2017 - -
1997 811 1078 2018 - -

www.forteamb.com 146
Vazão Vazão Ano Vazão Vazão Máxima
Máxima Máxima Máxima Instantânea
Ano
Diária (m³/s) Instantânea Diária (m³/s) (m³/s)
(m³/s)
1998 696 925 2019 - -

Da série de vazões máximas do período seco, procedeu-se a análise de frequência,


utilizando a mesma metodologia aplicada à série completa, resultando nas seguintes vazões,
apresentadas na tabela a seguir, associadas aos tempos de recorrência.

Tabela 41 - Vazões Máximas para o Período Seco (m³/s).

Tempo de Recorrência (anos) Vazões Máximas (m³/s)


2 441
5 711
10 890
25 1.116
50 1.284
100 1.450
500 1.835
1.000 2.000
10.000 2.549

A confiabilidade dos resultados da análise de frequência de cheias depende do quão


bem o modelo estatístico assumido aplica-se a um dado conjunto de dados hidrológicos.

As estimativas estatísticas são frequentemente apresentadas por um intervalo de


confiança, onde se delimita limites superiores e inferiores, gerando um intervalo de valores
estimados prováveis e que deverá conter o valor real observado. Com base no tamanho da
amostra e a variabilidade da mesma, tem-se esse intervalo como a faixa de ocorrência dos
valores amostrais, com uma probabilidade adotada na forma de um determinado nível de
confiança.

A metodologia empregada é descrita por Natrella (1963 apud CHOW ET AL. 1988) e
baseiam-se na definição dessa faixa com base em fatores de frequência limites aqueles que
definidos nos estudos de cheias para a curva de frequência para cada um dos tempos de

www.forteamb.com 147
recorrência. O gráfico a seguir, apresenta o princípio do processo de inferência estatística
usado nesse procedimento.

Gráfico 7 - Esquematização dos Intervalos de Confiança da Curva de Frequência.

O nível de significância α depende do nível de confiança β escolhidos e é dado pela


equação a seguir:

A magnitude das vazões de cheia para um período de retorno TR, considerando o


limite superior UT,α e o limite inferior LT,α, pode ser calculado através das equações de fator
de frequência mostradas a seguir:

Onde UT,α é a vazão de cheia do limite superior para um período de retorno T com
nível de significância α e LT,α é a vazão de cheia do limite inferior para um período de retorno
T com nível de significância α, y é a média das vazões máximas instantâneas, Sx é o desvio
padrão amostral das vazões máximas instantâneas, 𝐾𝑇𝑈 , α é o fator de frequência do limite

www.forteamb.com 148
superior para um período de retorno T com nível de significância α e 𝐿𝑈𝑇 , α é o fator de
frequência do limite inferior para um período de retorno T com nível de significância α.

Os fatores de frequência dos limites superior e inferior podem ser determinados


através de distribuições de probabilidade adequadas a cada caso. Neste caso, adotando-se o
ajuste desses coeficientes à distribuição normal, estimam-se esses parâmetros com as
seguintes expressões:

Onde: 𝐾𝑇𝑈 α é o fator de frequência do limite superior para um período de retorno T


com nível de significância α, 𝐾𝑇𝑈 α é o fator de frequência do limite inferior para um período
de retorno T com nível de significância α, 𝐾𝑇 é o fator de frequência usado na definição da
curva de frequência para um período de retorno T, a e b são parâmetros calculados a partir
do tamanho da amostra e nível de confiança.

Sendo 𝑍α é um parâmetro estatístico adotado, n é o tamanho da amostra e 𝐾𝑇 é o


fator de frequência para um período de retorno T.

O valor de 𝑍α é uma variável reduzida normal, com uma probabilidade α de ser


superada.

No presente estudo, adotou-se um nível de confiança de 95%, ou seja, a probabilidade


do valor estimado estar contido no intervalo de valores estimados prováveis é de 95%,
podendo conter uma diferença de 2,5 % para mais ou para menos.

www.forteamb.com 149
Na figura abaixo, apresenta-se o gráfico com os valores máximos estimados para o
período completo e os limites superiores e inferiores calculados.

Gráfico 8 - Limites de Confiança para Valores de Vazões Máximas - Período Completo.

Pode-se observar no gráfico, que as vazões de cheias estimadas no presente estudo


estão dentro do intervalo de confiança. Portanto, é possível afirmar que os valores estimados
estão de acordo com o valor esperado.

8.1.3.1.3.7 Estudo da Vazão Ecológica

No estudo de vazões mínimas foi determinada a vazão ecológica, que é a vazão mínima
necessária para a manutenção do ecossistema aquático, e que deverá ser 100% mantida no
trecho do rio onde haverá derivação de água.

No estado do Paraná, o Instituto das Águas do Paraná, através do Manual Técnico de


Outorgas (SUDERHSA, 2006) estabelece como vazão mínima a ser garantida a jusante do
aproveitamento hidrelétrico, o valor de 50% da Q7,10, que representa a vazão média mínima
em sete dias consecutivos com 10 anos de recorrência.

www.forteamb.com 150
A Q 7,10 na CGH Guarani foi determinada a partir da série de vazões médias diárias da
estação fluviométrica Porto Santo Antônio, que possui dados no período entre 1978 e 2019.

Desta forma, a partir desta série de vazões médias diárias, calcularam-se as vazões
médias de 7 dias (Q7), e o valor mínimo observado em cada ano foi selecionado e transferido
para o eixo da CGH Guarani, através da proporcionalidade das áreas de drenagem.

Através do critério de Kimbal, associou-se a cada uma destas vazões uma frequência
e um tempo de recorrência, conforme apresentado na tabela a seguir.

Tabela 42 - Série de Vazões Médias de 7 dias - Valores Mínimos Anuais.

Mínima 𝑸𝟕 (m³/s) Frequência Tempo de Recorrência (anos)


0,25 0,03 37,00
0,33 0,05 18,50
0,39 0,08 12,33
0,44 0,11 9,25
0,44 0,14 7,40
0,55 0,16 6,17
0,56 0,19 5,29
0,57 0,22 4,63
0,57 0,24 4,11
0,58 0,27 3,70
0,61 0,30 3,36
0,62 0,32 3,08
0,68 0,35 2,85
0,74 0,38 2,64
0,78 0,41 2,47
0,79 0,43 2,31
0,83 0,46 2,18
0,83 0,49 2,06
0,91 0,51 1,95
1,20 0,54 1,85
1,36 0,57 1,76
1,40 0,59 1,68
1,44 0,62 1,61
1,48 065 1,54
1,53 0,68 1,48
1,69 0,70 1,42
1,81 0,73 1,37
1,89 0,76 1,32
1,91 0,78 1,28

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Mínima 𝑸𝟕 (m³/s) Frequência Tempo de Recorrência (anos)
2,05 0,81 1,23
2,09 0,84 1,19
2,60 0,86 1,16
3,03 0,89 1,12
3,14 0,92 1,09
4,08 0,95 1,06
4,09 0,97 1,03

A vazão média mínima em sete dias consecutivos, com 10 anos de recorrência na CGH
Guarani, Q7,10, calculada por interpolação linear, é igual a 0,42 m³/s. A vazão ecológica,
portanto, correspondente a 50% deste valor (SUDERHSA, 2006), resultando, assim, em 0,21
m³/s.

8.1.3.1.3.8 Curva-Chave de Fosso de Captação e Canal de Fuga

A curva-chave da região de captação de água e do canal de fuga da CGH Guarani foram


determinadas com auxílio do software HEC-RAS, versão 5.1, desenvolvido pelo Hydrologic
Engineering Center / Water Resources Support Center do U.S. Army Corps of Engineers, que
utiliza modelagem unidimensional, com regime de escoamento permanente, gradualmente
variado ou transiente e apresenta as opções de escoamento subcrítico, crítico e misto.

Para o desenvolvimento da simulação são necessárias informações de seções


transversais ao rio Guarani nas proximidades do canal de fuga, as condições de contorno nas
seções de montante e jusante, rugosidade do canal e as vazões de interesse.

As seções disponíveis no trecho do empreendimento são as indicadas em vermelho na


imagem a seguir, sendo quatro seções topobatimétricas na região da captação, SB01, SB02,
SB03 e SB04 e três seções topobatimétricas na região do canal de fuga, SB07, SB08 e SB09.

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Figura 62 - Localização das Seções Transversais.

Tabela 43 - Distância entre as Seções.

Seção
Distância entre seções (m)
De Para
SB01 SB02 19,50
SB02 SB03 19,50
SB03 SB04 20,00
SB07 SB08 75,10
SB08 SB09 53,82

Para as condições de contorno, de montante e de jusante, foram utilizadas as


inclinações locais do rio.

As vazões simuladas no modelo são aquelas apresentadas nos estudos de hidrologia.


A simulação forneceu os níveis de água para cada vazão informada. Assim, foi possível gerar
a equação das curvas-chaves, apresentadas nos gráficos a seguir. Neles também estão os
resultados da simulação.

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Gráfico 10 - Curva-Chave para a Seção Canal de Fuga.

Gráfico 9 - Curva chave do Fosso de Captação.

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8.1.3.1.4 Nascentes

Através da figura 63 é possível notar a existência de uma nascente na AID do


empreendimento. Esta nascente corresponde a um trecho de drenagem com 0,7 km de
regime intermitente. A AII, por considerar uma área maior da bacia, possui mais nascentes
em seu interior – de regimes permanentes e temporários. A figura 64 indica a localização das
nascentes na AII da CGH Guarani.

Figura 63 - Nascentes na ADA e AID da CGH Guarani.

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Figura 64 - Nascentes na AII da CGH Guarani.

8.1.3.1.5 Cursos d’água intermitentes

Conforme dados da base hidrográfica do estado, é possível notar a existência de


cursos d´água de regimes intermitentes na AID da CGH Guarani – as extensões são pequenas,
tendo um 0,7 km e outro 1,1 km. A AII do empreendimento também apresenta cursos
considerados temporários na base de dados.

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Figura 65 - Curso d'água por regime na ADA do empreendimento.

8.1.3.1.6 Avaliação da quantidade (montante e jusante)

Por todas as características do projeto apresentadas neste PCA, sobretudo o fato de o


empreendimento não possuir área alagada nem barramento, a CGH em questão não é capaz
de provocar alteração na quantidade da água do Rio Guarani. Após o canal de fuga, toda a
água é devolvida à calha original do rio, retomando toda sua vazão original.

8.1.3.1.7 Avaliação da qualidade (montante e jusante)

Conforme orientação do termo de referência associado ao Plano de Controle


Ambiental, foram realizadas amostragens de água no Rio Guarani – contemplando as áreas a
montante e jusante do empreendimento e respeitando as sazonalidades. Os pontos de coleta
foram a Tomada de Água (P1) e a Casa de Força (P2) da CGH Guarani, sendo a primeira na
data de 15/02/2022 e a segunda na data de 09/05/2022. Os laudos encontram-se em anexo
10.

www.forteamb.com 157
Figura 66 - Fotos das coletas de água - Primeira Campanha

Figura 67 - Fotos das coletas de água - Primeira Campanha.

www.forteamb.com 158
A tabela 44 apresenta os pontos e coordenadas onde foram realizadas as coletas.

Tabela 44 - Coordenadas dos pontos de amostragem de água superficial da CGH Guarani.

Ponto Latitude Longitude


P1 – Tomada d’Água 25°22'6.31"S 53° 5'37.67"O
P2 – Casa de Força 25°22'43.15"S 53° 5'44.78"O

A figura 68 que segue, mostra os pontos de amostragem com localização em relação


ao arranjo pretendido da CGH Guarani.

Figura 68 - Pontos de Amostragem da Análise de Qualidade da Água.

8.1.3.1.7.1 Análise Físico-Química

Os resultados analíticos foram compilados na tabela que segue.

www.forteamb.com 159
Tabela 45 - Resultado das Análises Físico-Químicas nos Pontos de Amostragem.

15/02/2022 09/05/2022 CONAMA


Parâmetro Unidade LQ
P1 P2 P1 P2 357/2005 (1)
pH U pH 2 a 12 8,13 7,98 6,24 6,27 6a9
Temperatura °C - 28,9°C 28,9°C 18°C 18°C -
Turbidez NTU ou uT 0,04 6,09 9,60 5,27 4,30 100,0
OD mg/L 0 a 60 6,63 6,52 6,09 7,40 ≥5,0
DBO mg/L 3,00 <3,00 <3,00 <3,00 <3,00 5,0
DQO mg/L 10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 -
Sólidos totais fixos mg/L 1,00 90,00 112,00 38,00 7,00 -
Sólidos totais
mg/L 1,00 62,00 108,00 16,00 65,00 -
voláteis
Sólidos dissolvidos
mg/L 1,00 77,00 154,00 26,50 69,00 500,0
totais
Óleos e graxas mg/L 10,00 <10,00 <10,00 <10,00 <10,00 -
Alumínio
mg/L 0,015 0,024 0,049 0,100 0,102 0,1
dissolvido
Fósforo total mg/L 0,02 <0,02 <0,02 <0,111 <0,111 0,05
Nitrogênio 3,7 p/ pH ≤
mg/L N-NH3 0,30 <0,30
Amoniacal Total 7,5
Nitrogênio Kjeldahl
mg/L 2,80 <2,80
Total
Nitrogênio
mg/L 2,80 <2,80
Orgânico
Nitrogênio total mg/L 0,50 0,51 0,60 0,99 1,28 -
mg/L de N-
Nitrito 0,04 <0,04 <0,04 <0,04 <0,04 1,0
NO2
Nitrato mg/L N-NO3 0,50 <0,50 <0,50 0,70 0,76 10,0
mg/L de
Amônia 0,35 <0,35 <0,35 <0,02 <0,02 -
NH3
Salinidade ppt NE 0,00 0,00 0,00 0,00 -
Condutividade
μS/cm 0,90 129,65 129,16 79,69 78,91 -
Elétrica
Cádmio mg/L 0,001 <0,001 0,012 <0,001 <0,001 0,001
Chumbo mg/L 0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01
Cobre mg/L 0,011 <0,011 <0,011 0,012 <0,011 0,009
Cromo Total mg/L 0,008 <0,008 <0,008 <0,008 <0,008 0,05
Mercúrio mg/L 0,0001 0,0002
Níquel mg/L 0,009 <0,009 <0,009 <0,009 <0,009 0,025
Zinco mg/L 0,011 <0,011 <0,011 <0,011 <0,011 0,18
Clorofila a mg/L 0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 -
Coliformes
NMP/100mL - 7,9x10¹ 1,3x10¹ >230 >230 -
termotolerantes
Contagem de
UFC/100mL - 5.000 2.000 8 6 -
Escherichia coli

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8.1.3.1.7.2 Ativos de defensivos agrícolas com uso provável nas imediações

Embora não tenham sido realizadas análises laboratoriais específicas para os ativos de
defensivos agrícolas com usos prováveis nas amostras de água realizadas, pode-se fazer um
paralelo com as análises de metais e compostos com a presença de nitrogênio.

Muitos dos principais defensivos agrícolas utilizam tais componentes em seus ativos
e, a julgar pelos valores dentro dos parâmetros aceitáveis, compreende-se uma ausência de
ativos agrícolas nas águas das imediações.

8.1.3.1.7.3 Índice de Estado Trófico – IET

Segundo a CETESB, o IET tem por objetivo classificar os corpos hídricos quanto à trofia,
ou seja, avaliar a qualidade da água quanto à presença de nutrientes e sua influência no
crescimento de algas ou macrófitas.

Duas variáveis são utilizadas no cálculo IET: fósforo total e clorofila. Para fins de
interpretação, o primeiro deve ser entendido como causa de eutrofização enquanto o
segundo é o efeito – realizou-se o cálculo do IET para ambientes lóticos conforme as equações
a seguir de Lamparelli (2004).

𝒍𝒏𝑪𝑳
(𝟏) 𝑰𝑬𝑻 (𝑪𝑳) = 𝟏𝟎 × {𝟔 − [(−𝟎, 𝟕 − 𝟎, 𝟔 × ]} − 𝟐𝟎
𝒍𝒏𝟐

Onde CL corresponde à concentração de clorofila em μg/L.

𝒍𝒏𝑷
(𝟐) 𝑰𝑬𝑻 (𝑷) = 𝟏𝟎 × {𝟔 − [(𝟎, 𝟒𝟐 − 𝟎, 𝟑𝟔 × ]} − 𝟐𝟎
𝒍𝒏𝟐

Onde P corresponde à concentração de fósforo total em μg/L.

[𝑰𝑬𝑻(𝑷) + 𝑰𝑬𝑻(𝑪𝑳)]
(𝟑) 𝑰𝑬𝑻 =
𝟐

Como foram feitas amostragens em dois dias diferentes e em dois pontos, o IET do Rio
Guarani deve ser calculado considerando-se a média de todos os resultados, sendo calculado
um valor de IET para cada ponto, em cada uma das amostragens. A tabela a seguir apresenta
os resultados do IET para todas as amostras.

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Tabela 46 - Cálculo do IET do Rio Guarani.

15/02/2022 09/05/2022
Índice de Estado Trófico
P1 P2 P1 P2
IET (CL) 30,1 30,1 30,1 30,1
IET (P) 13,6 13,6 22,5 22,5
IET 21,8 21,8 26,3 26,3
IET Final 21,8 26,3

A classificação do corpo hídrico segundo o IET é realizada conforme a tabela que


segue, da Agência Nacional das Águas (ANA) – 2018.

Tabela 47 - Estado trófico segundo IET.

Valor do IET Estado trófico


IET ≤ 47 Ultraoligotrófico
48 < IET ≤ 52 Oligotrófico
53 < IET ≤ 59 Mesotrófico
60 < IET ≤ 63 Eutrófico
64 < IET ≤ 67 Supereutrófico
IET ≥ 68 Hipereutrófico
FONTE: ANA,2018.

De acordo os valores encontrados através das análises das amostras coletadas nas
campanhas, é possível classificar o Rio Guarani como Ultraoligotrófico – o que aponta uma
água sem muitas intervenções, concentrações insignificantes de nutrientes que não
acarretam em prejuízos ao uso e ao ecossistema. O gráfico abaixo apresenta os resultados do
IET das duas campanhas, para ambos os pontos.

Gráfico 11 - Resultados do IET.

IET
80
60
26,3455

26,3455
21,8950

21,8950

40
IET

20
0
01 02 01 02

Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico


Supereutrófico Hipereutrófico IET

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8.1.3.1.7.4 Índice de Qualidade de Água - IQA

O IQA, principal indicador de qualidade da água utilizado no Brasil, visa expressar a


qualidade das águas segundo parâmetros indicativos de contaminação por efluentes
domésticos. O IQA não leva em consideração, por exemplo, a presença de metais pesados,
pesticidas, compostos orgânicos e protozoários patogênicos.

A tabela a seguir lista os parâmetros levados em consideração no cálculo do IQA. Cada


um deles tem um “q” calculado com base numa função específica, levando em consideração
o resultado analítico obtido na amostra.

Tabela 48 - Peso (w) por parâmetro para cálculo do IQA.

Parâmetro Peso “w”


OD 0,17
Ph 0,12
DBO 0,10
Temperatura 0,10
Nitrogênio Total 0,10
Fósforo 0,10
Turbidez 0,08
Sólidos totais 0,08
Coliformes 0,15
FONTE: ANA, s.d. (c).

Após o cálculo do IQA deve ser feito o enquadramento do resultado conforme o


estipulado pela Agência Nacional de Águas.

Tabela 49 - Avaliação da Qualidade da Água segundo o IQA.

Faixa de IQA Avaliação da Qualidade da Água


91-100 Ótima
71-90 Boa
51-70 Razoável
26-50 Ruim
0-25 Péssima
FONTE: ANA, s.d. (c).

O IQA das águas do Rio Guarani para os pontos P1 e P2 dos respectivos dias de
amostragem, bem como os valores dos parâmetros usados para o cálculo podem ser
encontrados na tabela 50.

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Tabela 50 - IQA dos pontos amostrados no Rio Guarani.

15/02/2022 09/05/2022
Parâmetro
P1 P2 P1 P2
OD (mg/L) 6,63 6,5 6,1 7,4
pH 8,13 7,98 6,24 6,27
DBO (mg/L) 3,0 3,0 3,0 3,0
Temperatura (°C) 28,9 28,9 18,0 18,0
Nitrogênio Total (mg/L) 0,51 0,60 0,99 1,28
Fósforo total (mg/L) 0,02 0,02 0,111 0,111
Turbidez (UNT) 6,1 9,6 5,3 4,3
Sólidos totais (mg/L) 152 220 54 72
Coliformes (/100mL) 8 1 8 6
IQA 75,6 87,6 77,4 80,9
Avaliação Boa Boa Boa Boa
Obs.: Os valores apresentados na tabela são referentes ao “q” calculado com f(x) específica para cada
parâmetro, onde “x” é o resultado analítico do parâmetro na amostra realizada.

Em todos os pontos em ambas as campanhas se obteve um IQA dentro das referências


indicadas para a classificação boa – uma exemplificação gráfica dos valores de IQA
encontrados podem ser analisados abaixo.

Gráfico 12 - Resultados do IQA.

IQA
100
80
60
IQA

40
20
0
01 02 01 02

Péssima Ruim Razoável Boa Ótima IQA

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8.1.3.1.7.5 Vetores de Doenças de Veiculação Hídrica

Pelas características do empreendimento, não se observa qualquer evidência de que


o mesmo irá causar interferência (aumento ou redução) no quesito vetores de doenças de
veiculação hídrica.

8.1.3.1.7.6 Flora Aquática (Hidrófila)

A existência de flora aquática na ADA e AID do empreendimento não é densa. O trecho


de drenagem atingido pela CGH Guarani é um ambiente mais lótico, sendo assim, a existência
de hidrófilas e macrófitas – cuja ocorrência é maior em ambientes lênticos – é mínima.

A qualidade da água é também um fator que interfere no processo de surgimento


destas – quantidades altas de nitrogênio e fósforo, presentes em esgoto doméstico por
exemplo, facilitam a proliferação das mesmas. Porém, o Rio Guarani, no trecho analisado,
possuí um IQA considerado bom e IET ultraoligotrófico, além de ter os parâmetros referidos
dentro das conformidades consideradas em legislação.

8.1.3.1.8 Identificação de fontes de contaminação

Através de dados de outorgas publicadas disponibilizados pelo Instituto Água e Terra


(IAT) do estado de Paraná é possível identificar que, na ADA e na AID da CGH Guarani não há
outorgas de lançamentos de efluentes autorizadas. Na AII do empreendimento – a Bacia
Hidrográfica do Rio Guarani – existem três outorgas de lançamentos de efluentes vigentes,
sendo duas com finalidade de diluição e uma de esgoto sanitário – o mais próximo encontra-
se a um raio de 9km do empreendimento.

Ressalta-se que também podem haver lançamentos clandestinos, que não podem ser
contabilizados no levantamento de outorgas emitidas, porém, a julgar pelas análises da água
apontam que poucos parâmetros apresentaram desconformidade com a legislação, e que o
IQA permaneceu na categoria boa e o IET na categoria Ultraoligotrófico – não tendo
interferência direta destes na qualidade da água.

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8.1.3.1.9 Usos da Água

É possível determinar os usos da água nas áreas de influência do empreendimento


analisando os dados referentes a outorgas emitidas pelo órgão ambiental. As informações
destacam que, na AII do empreendimento, em junho de 2022, existiam 14 captações
outorgadas na bacia do Rio Guarani – sendo 12 captações subterrâneas e 2 captações
superficiais. O gráfico 13 apresenta as captações por uso para AII – não há outorgas emitidas
na ADA e na AID.

Gráfico 13 - Outorgas de Captação por uso na Bacia do Rio Guarani.

Outros
7%
Comércio /
Industria Serviço
14% 22%

Saneamento
14%
Agropecuária
43%

FONTE: IAT, 2022.

Das outorgas de captação associadas ao uso agropecuário, estão as finalidades de


dessedentação de animais e irrigação; para usos de comércios e serviços são lavagem de
veículos e limpeza; e em saneamento, a utilização para abastecimento público. Compreende-
se que, os usos não consultivos estão associados a prática de atividade de lazer como pesca,
banho e navegação de pequenas embarcações.

Para avaliação dos usos futuros, entende-se que continuará havendo captações para
as finalidades já outorgadas. Considerando a característica agrícola da região, estima-se a
ocorrência de solicitações de outorgas para esta finalidade. As outorgas de lançamento de
efluentes na AII são apenas 3, sendo estas – como já indicado – distante da ADA. Existem duas
outorgas de obras e intervenções nos limites da bacia, nos municípios de Catanduvas e
Guaraniaçu – distantes da CGH Guarani.

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A única outorga de aproveitamento hidrelétrico na bacia é dada pela outorga prévia
da CGH Guarani. Os usos não consultivos permanecem os mesmos dos citados anteriormente.
A figura 69 especializa os pontos de poços de abastecimento mais próximos da ADA e AID do
empreendimento. A figura 70 configura as mesmas informações porém na escala da AII. A
figura 71 apresenta os poços de captação na AII da CGH Guarani, além das outorgas de
lançamento de efluentes.

Figura 69 - Poços de Abastecimento próximos a ADA e AID da CGH Guarani.

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Figura 70 - Poços de Abastecimento na AII da CGH Guarani.

Figura 71 - Poços de Captação e Lançamento de Efluentes na AII da CGH Guarani.

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8.1.3.1.10 Áreas de Manancial

Conforme dados de outorgas de captação disponibilizados pelo Instituto Água e Terra-


referentes ao mês de maio de 2022 - apontam que não há captações destinadas a
abastecimento público – classificando assim suas áreas de drenagem como áreas de
manancial e estabelecendo restrições de uso e ocupação – bem como captações significativas
na AID, ADA e AII.

8.1.3.1.11 Sedimentos

A CGH Guarani encontra-se no Grupo Serra Geral, esta, apresenta intensas


manifestações intrusivas e extrusivas causadas por seus magmatimos. Nesta formação são
encontradas intercalações de sedimentos que representam ocasionais casos de
sedimentação eólica.

Devido à região apresentar formação de vales, com declives acentudados, tem-se o


transporte de sedimentos ao corpo hídrico, principalmente na incidência de chuvas, no
entanto, este transporte é amenizado pela presença das áreas de preservação permanentes,
que fazem o trabalho de conter os sedimentos para que os mesmos não cheguem ao corpo
hídrico.

Não foram identificados in loco transportes significativos de sedimentos.

8.1.3.1.12 Áreas Úmidas ou alagáveis

Na AID do empreendimento não há a ocorrência de áreas úmidas como várzeas e


brejos. Quanto às áreas alagáveis, a morfologia do terreno com vales em forma de “V” reduz
fortemente a ocorrência de alagamentos. Ou seja, a própria calha do rio tem condições de
suportar cheias e enxurradas sem causar grandes alagamentos. Não se prevê alteração nesse
cenário após a implantação do empreendimento.

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8.1.3.2 Águas Subterrâneas
A CGH Guarani está sobre um dos principais aquíferos existentes no estado do Paraná,
o aquífero Serra Geral. Sobre o aquífero, a maior parte das outorgas de captação são
relacionadas ao consumo humano e alguns usos associados – como limpeza, processo
industrial e dessedentação e animais. Este consumo não é, necessariamente, por autarquias
governamentais, mas sim de chácaras de lazer e condomínios.

Por sua situação estratigráfica, a Formação Serra Geral aflora em todo o curso principal
do rio Guarani e de seus afluentes.

O Aquífero Serra Geral, estabelecido nas rochas vulcânicas da formação geológica


homônima e com composição predominantemente basáltica, é o responsável pelo
abastecimento dos principais núcleos urbanos da bacia hidrográfica. A área em questão está
na sub-província hidrogeológica Serra Geral Sul, entendida como a porção abrangida pela
bacia do rio Iguaçu e zonas de bordo da formação (Fraga, 1986).

As águas típicas de contato com os basaltos do aquífero Serra Geral são


bicarbonatadas cálcicas e, em menor frequência, bicarbonatadas cálcio-sódicas.
Características mais sódicas são impostas provavelmente por influência de contribuições
provenientes de aquíferos subjacentes. Esta influência se processaria por meio da mistura de
águas de diferentes aquíferos, em razão de conectividades entre os basaltos do aquífero Serra
Geral com as rochas sedimentares subjacentes.

A concentração de sólidos totais dissolvidos das águas típicas dos basaltos varia de 100
a 150 mg/L, o pH varia entre 6,6 a 7,2 e a dureza gira em torno de 40 mg-CaCO3/L. A
concentração média de cálcio é 9mg/L, de magnésio entre 3,5 e 6,5 mg/L, de sódio entre 1,2
e 3,7 mg/L e de potássio entre 1,5 a 3 mg/L. A concentração média de bicarbonato é 38 mg/L,
a de cloreto, 1,5 mg/L e a de sulfato, 2,5 mg/L.

A composição mineralógica dos basaltos, formados por plagioclásios e minerais


ferromagnesianos, leva a que estas rochas sejam altamente sucetíveis a intemperismo
relativamente rápido sob clima inter-tropical. Tal comportamento faz com que seja formado
um manto de intemperismo que pode chegar localmente a duas dezenas de metros, em não

www.forteamb.com 170
havendo erosão intensa. Estas espessuras podem ser ainda mais incrementadas por processo
locais de coluvionamento.

O manto intemperisado é formado dominantemente por argilominerais do grupo da


caulinita, se constituindo por um lado em uma reserva provisória de água infiltrada, antes de
recarregar o aquífero Serra Geral e por outro em importante filtro, implementando a boa
qualidade das águas do aquífero.

Pelas características do empreendimento, entende-se que o mesmo não é capaz de


provocar alterações na quantidade e na qualidade das águas subterrâneas da região, assim
como a interferência da mesma na CGH é irrelevante, uma vez que esta utiliza apenas águas
superficiais, com mínimo impacto sobre esta. Por esses motivos, o diagnóstico das águas
subterrâneas não se aplica a esse contexto. A figura 72 apresenta o empreendimento em
relação ao aquífero Serra Geral.
Figura 72 – AII do empreendimento em relação ao Aquífero Serra Geral.

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8.1.3.3 Análises – Hidrologia

8.1.3.3.1 Análise de interferência do empreendimento na capacidade de


autodepuração do rio

A CGH não irá realizar interferências que vão alterar a velocidade do Rio Guarani –
condição que gera alterações na autodepuração – bem como no volume de água, tendo em
vista que o mesmo retornará para o curso de drenagem. Sendo assim, considerando ainda os
índices de qualidade da água (boa) e o estado trófico (ultraoligotrófico) – além da ausência
de lançamentos de efluentes próximos ao empreendimento - entende-se que tal redução não
comprometerá a capacidade de autodepuração do rio, ou seja, o corpo hídrico manterá sua
capacidade de assimilar matéria orgânica sem comprometer sua qualidade.

8.1.3.3.2 Análise da possibilidade da ocorrência de eutrofização em função da carga


de poluidora identificada

Conforme o Índice de Estado Trófico calculado para o Rio Guarani no local do


empreendimento, os ambientes estão enquadrados no nível ultraoligotrófico. Dado o
exposto, ainda segundo a CETESB (2007) e Lamparelli (2004) apud ANA (s.d b), o ambiente
ultraoligotrófico constitui-se de corpos d’água limpos, de produtividade muito baixa e
concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam em prejuízos aos usos da
água.
Conforme já relatado, o empreendimento não possui área alagada e não irá lançar
efluentes, ou seja, não provocará aumento nos índices de fósforo e clorofila e não irá interferir
na condição do estado trófico. Dessa forma, não há possibilidade de o mesmo causar
eutrofização do rio.

8.1.3.3.3 Análise da correlação entre o empreendimento e os usos da água atuais e


futuros

Em relação as outorgas de direito e prévias emitidas nas áreas de influência da CGH, a


maioria está associada as captações para uso agropecuário e saneamento. Existem poucas
outorgas para lançamento de efluentes e de obras e intervenções, e não há outorgas de
aproveitamento hidrelétrico além da CGH Guarani. As outorgas já publicadas bem como as

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prospecções futuras não conflitam com a instalação do empreendimento – devendo-se
manter nas finalidades já existentes na região.

8.1.3.3.4 Qualidade da água e a área alagada – degradação da matéria orgânica e


proliferação de macrófitas

Considerando a qualidade do curso hídrico bem como a inexistência de barramento e


reservatório, não haverá alterações em função da degradação da matéria orgânica em área
alagada nem associada a proliferação de macrófitas.

8.1.4 Prognóstico – Meio Físico

8.1.4.1 Geologia e Geomorfologia

8.1.4.1.1 Descaracterização das condições geológicas

Neste processo, mesmo com a escavação do túnel de adução, não haverá


descaracterização geológica. Essa atividade não gerará modificações na estrutura geológica
da ADA e AID.

8.1.4.1.2 Mudança de paisagem

O empreendimento não apresenta barramento ou interferências expressivas na


paisagem da ADA e da AID. A única mudança prevista - além da construção das infraestruturas
necessárias ao funcionamento da CGH Guarani – é a supressão vegetal de 1,324 ha que será
realizada na propriedade, cuja compensação já está prevista.

Tabela 51 - Prognóstico da Mudança de Paisagem.

Item Atributos
Área de Influência ADA/AID
Fase de Ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato

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Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

8.1.4.1.3 Alteração das características dinâmicas do relevo

Estima-se que não haverá alterações das características da dinâmica do relevo.

8.1.4.1.4 Instabilização de taludes

Analisando as características geológicas-geotécnicas o surgimento de processo de


instabilidade é de pequena escala. Podem-se desenvolver na fase construtiva ao qual podem
surgir processos erosivos e de escorregamentos.
Para mitigar esse impacto na fase construtiva deve-se promover projetos de
revegetação dos taludes, utilizar de técnicas com a implantação de retentores de
sentimentos, e outras técnicas conservacionistas de baixo custo.

Tabela 52 - Prognóstico de Instabilização de Taludes.

Item Atributos
Área de Influência ADA
Fase de Ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

8.1.4.1.5 Instabilização da margem do rio ou reservatório

Por não possuir barragem ou alagamento, estima-se a inexistência de instabilização da


margem do rio.

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8.1.4.1.6 Desenvolvimento de processos erosivos

Processos erosivos podem se desenvolver na área diretamente afetada (ADA) durante


a abertura de estradas e acesso e na construção do canteiro de obras – devendo atentar-se a
um eficiente sistema de drenagem, utilizando técnicas para amenizar os efeitos erosivos
como caixas de contenção ou trincheiras instaladas na lateral das estradas com o objetivo de
reter sedimento e água.

Tabela 53 - Prognóstico de desenvolvimento de processos erosivos.

Item Atributos
Área de Influência ADA
Fase de Ocorrência Implantação | Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

8.1.4.1.7 Comprometimento de jazidas minerais

A ADA e AID da CGH Guarani não possuem jazidas minerais que possam ser
comprometidas pela implantação e operação do empreendimento – mesmo considerado a
escavação do túnel de adução.

8.1.4.1.8 Comprometimento de cavidades naturais

Não existem cavidades naturais que possam ser afetadas na ADA e AID do
empreendimento.

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8.1.4.1.9 Propagação de vibrações

As turbinas utilizadas em empreendimentos do tipo central geradora hidrelétrica não


possuem potencial de propagar vibrações além dos limites da própria casa de força.

8.1.4.2 Solo

8.1.4.2.1 Alteração da fertilidade do solo

A CGH Guarani não possui o potencial de alterar a qualidade do solo utilizado para
agricultura em seu entorno.

8.1.4.2.2 Contaminação do solo – poluentes orgânicas, inorgânicas, resíduos e


efluentes

A CGH Guarani não possui potencial de contaminação do solo seja por poluentes
orgânicos ou inorgânicos. Embora seja feita manutenção das turbinas e geradores com óleos
lubrificantes, a casa de máquinas é por inteiro impermeabilizada, inviabilizando a percolação
de qualquer tipo de vazamento.

Quanto à contaminação por resíduos ou efluentes, desde a fase de implantação o


empreendimento será equipado com fossa séptica e sumidouro devidamente dimensionados
a fim de evitar contaminação.

O gerenciamento dos resíduos na implantação e operação da CGH excluirão a


possibilidade de contaminação por tal via.

8.1.4.2.3 Impermeabilização

A CGH Guarani possui apenas impermeabilização na à área correspondente a casa de


força, não apresentando assim grandes alterações no grau de permeabilidade da
propriedade.

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8.1.4.2.4 Aumento de temperatura do solo

Considerando que a ADA e AID já possuem características antropizadas de uso e


ocupação – principalmente destinada ao uso do agronegócio – não haverá grandes impactos
na realidade da temperatura e evapotranspiração do solo com a instalação da CGH Guarani.

8.1.4.2.5 Acidificação do solo (pH)

A CGH Guarani não possui capacidade de causar acidificação do solo.

8.1.4.2.6 Decomposição acelerada

A CGH Guarani não possui capacidade para interferir nos parâmetros aqui destacados.

8.1.4.3 Ar

8.1.4.3.1 Poluição atmosférica por fontes móveis

A CGH Guarani não possui potencial poluidor por fontes móveis, a exceção ocorre na
fase de implantação devido ao maquinário movido a diesel. É inevitável que tal poluição
ocorre em função dos combustíveis utilizados no maquinário.
A mitigação é realizada através da utilização de equipamentos homologados e de
acordo com as legislações nacionais vigentes, além de manutenção em dia.

Tabela 54 - Prognóstico da Poluição Atmosférica por Fontes Móveis.

Item Atributos
Área de Influência ADA
Fase de Ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

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Item Atributos
Possibilidade de compensação Não

8.1.4.3.2 Poluição sonora

Os ruídos provenientes da CGH Guarani - tanto na fase de implantação quanto ao


longo de sua operação - não serão perceptíveis em áreas de residências, hospitais, escolas ou
demais comunidades, estando restritos ao entorno da usina (ADA) onde não há circulação de
pessoas.
Os funcionários da usina estarão sempre equipados com os devidos equipamentos de
proteção individual.

Tabela 55 - Prognóstico da Poluição Sonora.

Item Atributos
Área de Influência ADA
Fase de Ocorrência Implantação | Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

8.1.4.4 Água

8.1.4.4.1 Alteração da qualidade de água superficial

O aproveitamento energético das águas superficiais em centrais geradoras


hidrelétricas não é causador de alteração na qualidade da água superficial – considerando as
características do Rio Guarani (IQA bom e IET ultraoligotrófico), considera-se ainda menor a
probabilidade de ocorrência de degradação.

De toda maneira serão empregadas análises de qualidade de água periodicamente, a


fim de assegurar sua manutenção.

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Tabela 56 - Prognóstico da Alteração da Qualidade de Água Superficial.

Item Atributos
Área de Influência ADA
Fase de Ocorrência Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Incerta
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

8.1.4.4.2 Alteração da quantidade de água superficial

A construção da CGH não será capaz de alterar a quantidade de água superficial do


Rio Guarani, tendo em vista que, a água que será captada para geração de energia será
totalmente devolvida ao rio pelo canal de restituição (uso não consultivo).

8.1.4.4.3 Alteração da quantidade de água subterrânea

A CGH Guarani não possui potencial de alterar a quantidade de água subterrânea.

8.1.4.4.4 Alteração nos usos da água

Os usos da água nas áreas de influência do empreendimento estão concentrados na


agropecuária, comércios e serviços e no saneamento – uma vez implantada a CGH Guarani,
ocorrerá a alteração do uso em relação ao aproveitamento hidrelétrico do trecho de
drenagem. Esta alteração, entretanto, não se apresenta como significativa, tendo em vista
que não haverá construção de barragens e toda a água utilizada dentro do sistema da CGH
irá retornar ao rio.

Julga-se assim uma alteração positiva por se tratar de um aproveitamento a partir de


um uso não consultivo e por acrescentar benefícios a cidade.

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Tabela 57 - Prognóstico de Alteração nos Usos da Água.

Item Atributos
Área de Influência AII
Fase de Ocorrência Operação
Natureza Positiva
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.1.4.4.5 Aumento do assoreamento de corpos hídricos

A instalação da CGH Guarani não tem como previsão alteração nas características já
existentes no rio. O trecho de vazão reduzida não será capaz de provocar mudanças. A
construção do empreendimento não prevê áreas facilitadoras de escoamento materiais
particulados, bem como diminuição na velocidade de escoamento do rio.

8.1.4.4.6 Aumento de eutrofização e floração

As análises hidrográficas realizadas no Rio Guarani demonstram que não há condições


propícias para eutrofização e floração - mesmo após a instalação da CGH Guarani.

8.1.4.4.7 Poluição por efluentes líquidos ou resíduos sólidos

O empreendimento não causa poluição dos corpos hídricos por efluentes líquidos ou
resíduos sólidos. As instalações da usina são equipadas com fossa séptica e sumidouro e tem
seu resíduo sólido devidamente gerenciado.

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8.1.4.4.8 Represamento de resíduos sólidos sobrenadantes

A CGH Guarani não prevê represamento. Há uma diferença de nível em relação ao


fosso de captação e o canal de adução que tem como objetivo interceptar e acumular algum
material flutuante.

Nas tomadas de água de baixa e alta pressão serão instaladas grades (finas e grossas)
à fim de reter detritos provenientes da captação e do canal de adução. Estes apontamentos
caracterizam-se como condições de preservação a infraestrutura da CGH e não influenciam
no curso hídrico. Os resíduos resultantes da limpeza das mesmas terão destinação correta.

8.1.5 Medidas Mitigadoras e Programas Ambientais

8.1.5.1 Programa de Gestão de Resíduos Sólidos

8.1.5.1.1 Considerações Iniciais

A implantação de alojamentos para os funcionários, almoxarifados, áreas de


armazenamento de equipamentos e áreas administrativas na área de instalação do
empreendimento ocasiona a geração de resíduos sólidos, cuja destinação deve ser realizada
de maneira correta e efetiva.

A separação dos resíduos de maneira definida será importante para realizar uma
destinação adequada aos mesmos – sendo os mesmos facilmente definidos, é possível
determinar procedimentos específicos para o seu correto acondicionamento temporário e
destinação final.

A gestão dos resíduos deverá contemplar as seguintes etapas: a primeira trata-se da


implementação de dispositivos de acondicionamentos e métodos de coleta e disposição final;
a segunda deverá orientar os funcionários sobre a importância do correto acondicionamento
e destino final dos resíduos.

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8.1.5.1.2 Justificativa

A implantação e operação do empreendimento em questão acaba por gerar uma série


de resíduos, sobretudo na etapa de obras, sendo que se faz necessário a correta gestão destes
a fim de evitar os impactos adversos causados por estes no meio ambiente.

Os mesmos podem ser caracterizados como: orgânicos, recicláveis, sucatas,


contaminados e resíduos da construção civil - além de restos de madeira e não recicláveis em
geral. Devido à gama variada e quantidade de resíduos a serem gerados pela obra da CGH
Guarani, justifica-se elaborar um Plano Ambiental de Gerenciamento dos resíduos sólidos.

8.1.5.1.3 Objetivos Gerais e Específicos

O Programa Ambiental de Gestão de Resíduos Sólidos tem como objetivo principal


reduzir a geração de resíduos sólidos resultantes das obras da CGH Guarani, além de
implantar instalações adequadas para o armazenamento e garantir a destinação correta para
cada resíduo do empreendimento. Especificamente, o programa objetiva:

• Reduzir a geração na fonte;


• Reutilizar ou reciclar os resíduos ou reaproveita-los sem que haja modificações na sua
estrutura;
• Implantar instalações adequadas para o armazenamento temporário dos resíduos;
• Sensibilizar os funcionários sobre a redução na geração dos resíduos e sua separação
adequada;
• Apresentar plano de destinação para todos os tipos de resíduos produzidos;
• Definir boas práticas de gestão;
• Criar ferramentas para o controle interno e externo dos resíduos segregados, através
de ferramentas de controle e gestão;
• Evitar a contaminação das águas superficiais.

8.1.5.1.4 Descrição das Atividades

No manejo dos resíduos, devem esta incluídas as seguintes etapas:

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• Segregação: consiste na triagem dos resíduos da construção civil no local de origem
ou em áreas licenciadas para esta atividade segundo a classificação exigida por norma
regulamentadora;
• Acondicionamento: consiste no ato de armazenar os resíduos segregados em local
apropriado que evitem vazamentos e resistam às ações de ruptura;
• Identificação: os resíduos são colocados nos locais de acondicionamento,
devidamente identificados com as cores correspondentes a cada tipo de resíduo;
• Armazenamento temporário: consiste na guarda temporária contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração;
• Coleta, transporte externo: consiste na remoção dos RCC do local de armazenamento
temporário, até a unidade de tratamento, utilizando técnicas que garantam as
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do
meio ambiente, estando de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

A seguir, exemplos de armazenamento temporários de resíduos de construção civil.

Figura 73 - Exemplos de Área de Armazenamento Temporário de Resíduos da Construção Civil.

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Destaca-se que deverão estar previstos também coletores para resíduos orgânicos e
recicláveis, bem como área para fumantes com coletor de bitucas, conforme exemplos
apresentados a seguir:

Figura 74 - Exemplos de Coletores e Fumódromo instalados em Canteiro de Obras.

A tabela a seguir apresenta um resumo das ações a serem executadas por tipo de
resíduos.

Tabela 58 - Resumo das Ações a Serem Executadas por Fase e Ripo de Resíduo.

Fase da Obra Resíduos Gerados Destinação


- Solo escavado (Resíduos Classe A); - Utilizar na própria obra;
- Resíduos contaminados oriundos do - Depositar resíduos pós-consumo
Escavação e maquinário de escavação (Resíduos em área de descarte específica para
Fundação Classe D). coleta do mesmo por empresa
devidamente licenciadas pelo órgão
ambiental.
- Embalagens de cimento e argamassa, - Depositar resíduos em áreas
concreto, tubos, isopor, fios, madeira, destinada após a separação;
papel, vidro e etc (Resíduos Classe A e - Armazenar materiais não
B). reutilizáveis ou não recicláveis como
Estrutura e o isopor em local específico –
Concreto material não reciclável;
- Disponibilizar resíduos recicláveis
para terceiros e disponibilizar os
não-utilizáveis ou não-recicláveis
para coleto do mesmo por empresa

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Fase da Obra Resíduos Gerados Destinação
devidamente licenciadas pelo órgão
ambiental;
- Blocos, tijolos, concreto, argamassa, - Segregar os resíduos gerados;
papelão, isopor, mangueiras PC, - Depositar em locais destinados
cerâmica, madeiras, vidro, latas etc. após a separação;
(Resíduos Classe A e B); - Armazenar materiais não
- Tintas, solventes, óleos (Resíduos reutilizáveis ou não em local
Classe D). específico;
- Destinação para usinas
recicladoras de resíduos de
Alvenaria,
construção civil ou para aterros
Revestimentos e
licenciados pelo órgão ambiental;
Acabamento
- Quando existente os resíduos de
Classe D deverão ser enviados para
a Central de Suprimentos para que
outra obra venha a utilizá-los – caso
não seja possível, deverá ser
destinado para coletor especifico
devidamente licenciado pelo órgão
ambiental.
- Mangueiras, fios de cobre, alvenaria, - Depositar em locais destinados
papel, metal, etc (Resíduos Classe A e após a separação;
B). - Disponibilizar resíduos recicláveis
Instalações para terceiros e disponibilizar os
Elétricas não-utilizáveis ou não-recicláveis
para coleta do mesmo por empresas
devidamente licenciadas pelo órgão
ambiental;
- Recipientes de material de limpeza. - Depositar em recipiente específica;
- Disponibilizar resíduos para coleta
Limpeza Final e
do mesmo por órgãos licenciados ou
Entrega da Obra
para terceiros quando possíveis de
reciclagem.
FONTE: Adaptado de Surya, 2008.

Destaca-se que todos os resíduos só podem ser encaminhados para empresas


devidamente licenciadas para este fim.
A seguir são listados os possíveis resíduos a serem gerados no empreendimento,
entretanto, a sua quantificação deverá ser aferida durante as obras:

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Tabela 59 - Tipos Possíveis de Resíduos Sólidos a Serem Gerados pela Implantação da CGH.

Tipos de
resíduos Pontos possíveis Destinação final
Exemplos
sólidos de geração adequada
gerados
Resíduos Restos de frutas, verduras, carnes e Compostagem |
Refeitórios;
Orgânicos grãos, sobras; Aterro Sanitário;
Refeitórios,
Resíduos Papel, papelão, plástico, vidro, metais
escritórios, Reciclagem;
Recicláveis (embalagens);
vestiários;
Banheiros,
Resíduos de banheiros, resíduos
Resíduos Não- escritórios,
contendo restos de alimentos e resíduos Aterro Sanitário;
Recicláveis vestiários, frente
de limpeza;
de trabalho;
Resíduos de Linha de frente da Reutilização|
Tábuas e caixarias;
Madeiras obra; Reciclagem;
Setor de
Sucatas Resíduos metálicos de grande porte; Reciclagem;
ferragens;
Estopas, panos e materiais absorventes
contaminados com óleos, graxas e
Resíduos Manutenção de Aterro Industrial
produtos químicos, embalagens de
Contaminados equipamentos; Classe I;
tintas, solventes, desengraxantes e
demais produtos químicos;
Resíduos de
Concreto, tijolos, pedras, areia, cimento Linha de frente da
Construção Reutilização.
e rebocos. obra.
Civil

O primeiro fator importante ao gerenciamento de resíduos será o de informar aos


trabalhadores a necessidade de se proceder a separação adequada, dentro da possibilidade
de se reciclar o máximo possível, inclusive dotando de locais compatíveis e diferenciados para
a disposição destes recicláveis, sendo que posteriormente estes poderiam ser transferidos
para a unidade de reciclagem municipal e os resíduos orgânicos depositados em uma vala em
local adequado na área para esta finalidade. Um outro aspecto instrucional seria o de proibir
a disposição de resíduos aleatoriamente na área da obra. Com estas medidas preventivas, visa
tornar mínima a atração de animais peçonhentos, bem como a geração de vetores que
poderiam contribuir para a geração de doenças.

Ainda, os resíduos classificados como perigosos, como embalagens de óleos e


lubrificantes, deverão ser estocados adequadamente para posterior destinação adequada

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(reciclagem ou aterro industrial). Já com relação à geração de efluentes líquidos e de esgotos,
os mesmos deverão ser tratados por sistemas compatíveis com a sua caracterização.

Como será necessário um número razoável de operários para a construção da usina,


deverá ser instalada uma área para a refeição, bem como de sanitários e banheiros. Estas
atividades gerarão efluentes líquidos e resíduos sólidos. Estes deverão ser tratados para não
contribuir para mudanças na qualidade ambiental e também nos aspectos relacionados à
saúde no local.

Faz-se necessária a geração de um processo de informação visando padronizar


procedimentos para sua minimização e eliminação, que estará presente no Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS.

O PGRS deverá conter as seguintes etapas:

8.1.5.1.4.1 Classificação e Coleta dos Resíduos

Classificar e coletar os resíduos de acordo com as suas características físicas,


identificando-os.

8.1.5.1.4.2 Segregação

Consiste na separação do resíduo visando a melhor forma de acondicioná-los


temporariamente até sua destinação final, evitando a mistura dos resíduos, garantindo a
possibilidade de reutilização, reciclagem e destinação.

Alerta-se que para o manuseio dos resíduos é indicado o uso de equipamento de


proteção individual, principalmente luvas impermeáveis evitando o contato direto com os
produtos e lesões por perfuro cortantes.

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8.1.5.1.4.3 Armazenamento temporário

O armazenamento temporário deve ser um local apropriadamente construído, possuir


cobertura e bacia de contenção para conter eventuais vazamentos - evitando assim a
contaminação da água e do solo. Este local deverá armazenar os resíduos até a sua coleta,
tratamento ou destinação final em locais adequados e ambientalmente corretos.

8.1.5.1.4.4 Transporte interno

Consiste na transferência dos resíduos do seu local de geração, até o seu


armazenamento temporário.

8.1.5.1.4.5 Transporte externo

Os resíduos de classe I (perigosos), geralmente necessitam de transporte adequado


por empresas especializadas e que possuam licenciamento pelo órgão de proteção ambiental.
Para os demais, devem ser utilizados recipientes adequados, devidamente tampados e
resistentes. Outrossim, é exigido que os resíduos recicláveis também sejam entregues a
empreendimentos com licenciamento, assim, garante-se o destino adequado para estes
materiais.

8.1.5.1.4.6 Destinação final

A destinação final deve contemplar a reciclagem, reutilização, co-processamento,


incineração, refino e disposição em aterros sanitários, dependendo das características dos
resíduos gerados.

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8.1.5.1.4.7 Política para implantação

A empresa deve se comprometer em atender as normas e leis ambientais referentes


a resíduos sólidos, visando, além da destinação correta de todos os resíduos, o treinamento
e conscientização dos funcionários.

Com a implantação do PGRS, a empresa visa adotar soluções técnicas que objetivem
ganhos de eficiência, redução de perdas e de custos.

O plano deverá ser implantado proporcionando o gerenciamento mais adequado dos


resíduos quanto aos sistemas de tratamento e acondicionamento apropriado.

8.1.5.1.4.8 Estrutura organizacional

A coleta interna, transporte interno e armazenamento temporário dos resíduos serão


realizados por funcionários da empresa, e supervisionados pelos técnicos em meio ambiente,
os quais deverão manter uma planilha de registros atualizada.

O contato direto com as empresas especializadas em coleta de resíduos recicláveis e


perigosos deverá ser realizado pelo empreendedor e técnicos consultores.

O transporte externo dos resíduos contaminados será de responsabilidade da


empresa coletora, a qual deverá apresentar as devidas licenças ambientais e os comprovantes
de destinação; os resíduos não recicláveis serão destinados ao aterro sanitário municipal,
sendo transportados pela empresa até um ponto de coleta ou diretamente ao aterro caso
seja autorizada a entrada. No caso dos resíduos recicláveis e sucatas o transporte externo será
feito pela própria empresa e destinado a uma empresa licenciada, além disso, existe a opção
de se enviar tais resíduos para associações de catadores, assim pode-se promover uma ação
social, além de destinar os resíduos de forma correta.

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8.1.5.1.4.9 Tipo de armazenamento dos resíduos

8.1.5.1.4.9.1 Resíduos Orgânicos

Estes rejeitos são compostos por restos de alimentos (caso seja instalado no
refeitório), podendo ser armazenados em composteiras, a serem instaladas nos pátios de
obras, seguindo projeto de compostagem específico.

8.1.5.1.4.9.2 Resíduos recicláveis

Todos os resíduos recicláveis como papel, papelão, embalagens plásticas, embalagens


de alumínio serão armazenadas na central de armazenamento até obter a quantidade
adequada para transporte, ou até alcançar uma periodicidade específica.

8.1.5.1.4.9.3 Resíduos não recicláveis

Assim como os resíduos recicláveis, os não recicláveis serão armazenados


temporariamente na central de resíduos, em recipientes fechados, até a quantidade
adequada para se realizar o transporte e encaminhamento para o aterro sanitário, ou até
alcançar uma periodicidade específica.

8.1.5.1.4.9.4 Resíduos contaminados

Serão armazenados na central de resíduos, dotado de piso impermeável, cobertura e


bacia de contenção contra vazamentos.

8.1.5.1.4.9.5 Armazenamento

Deverão ser utilizadas lixeiras para os resíduos menores, identificadas com etiquetas
e padrão de cores para estocar temporariamente os resíduos, até serem retirados e
destinados, com as cores: Azul: Papel/Papelão, Verde: Vidro, Vermelho: Plástico e Amarelo:
Metais.

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A distribuição dos kits de acondicionadores deverá ser nos seguintes pontos da obra:
Refeitório, Escritórios, Vestiários, Depósitos de Explosivos, Setor de Oficina e Setor de
Ferragens.

Figura 75 - Modelo de Lixeira de Separação.

8.1.5.1.4.9.6 Roteiros de coleta

Todos os resíduos deverão coletados diariamente ou sempre que for constatado que
estão com sua capacidade esgotada. Serão transportados internamente por funcionários da
empresa.

8.1.5.1.4.9.7 Recurso humano

Deverão ser designados como coordenadores a gerência e os responsáveis


ambientais, sendo que todos os funcionários devem colaborar para o correto funcionamento
do plano. O ideal é, em conjunto com o setor de segurança do trabalho da obra, elaborar uma
programação para treinamento dos colaboradores, através de palestras com o Diálogo Diário
de Segurança – DDS (caso venha a ser feito) ou outra forma de comunicação entre empresa
e prestadores de serviço.

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8.1.5.1.5 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.1.5.2 Programa de Gestão de Efluentes

8.1.5.2.1 Considerações Iniciais

A implantação de uma CGH exige que sejam instaladas diversas unidades de apoio,
tais como escritório, banheiros, refeitórios, almoxarifados, alojamentos entre outros, sendo
que, como estas unidades são estabelecidas junto ao canteiro de obra, em local afastado dos
centros urbanos, não existem nestes pontos sistemas de saneamento.

As fontes de geração de efluentes líquidos na fase de implantação serão de dois tipos:


os efluentes de origem domésticas, provenientes das instalações sanitárias do canteiro de
obras e os pluviais devido à possível intervenção nas áreas próximas ao Rio Chopim e a
necessidade de se adotar técnicas para reduzir o lançamento de partículas sólidas para o leito
do rio.

O serviço de saneamento e todos os subserviços que o engloba são plenamente


reconhecidos como essenciais para a saúde dos trabalhadores e também para a boa qualidade
ambiental, assim sendo, se faz necessária a execução de um programa de monitoramento de
efluentes líquidos objetivando garantir que a geração destes devido às obras deste
empreendimento não causem impactos ambientais locais.

8.1.5.2.2 Justificativa

Por se tratar de um empreendimento locado em área rural, onde não se tem rede
coletora de esgoto sanitário, a ABNT NBR 7229/93 indica a implantação de um sistema
fossa/sumidouro, sendo que deverá ser drenada e desativada ao final das obras.

Os sanitários, chuveiros e cozinha geram águas servidas e, por sua natureza poluidora,
não podem ser lançadas diretamente no corpo hídrico ou no solo. As águas residuais possuem

www.forteamb.com 192
elevada carga orgânica e coliforme termotolerantes, que podem contaminar as águas dos
corpos hídricos, fazendo-se necessário o tratamento destes de forma a evitar os seus possíveis
impactos negativos.

Os efluentes líquidos gerados durante a fase de instalação são os provenientes dos


banheiros, refeitório e usina de concreto, sendo que para todos haverá um sistema de
tratamento específico, bem como o lodo gerado nestas será coletado e destinado junto a
empresas devidamente licenciadas. Por sua vez, durante a fase de operação haverá apenas
geração de efluentes sanitários, sendo que estes podem ser tratados com algum sistema de
tratamento adequado, como por exemplo o de biorreator e biofiltro, o qual garante eficiência
de até 85%, conforme imagem a seguir:

Figura 76 - Biorreator e Biofiltro.

8.1.5.2.3 Objetivos Gerais e Específicos

O programa de gerenciamento de efluentes na instalação e operação do


empreendimento tem como objetivos:

• Minimizar os impactos ao meio ambiente;


• Promover o adequado saneamento do local das obras, incluindo nestas suas
estruturas de apoio, especialmente ao solo e águas superficiais, decorrentes
da geração de efluentes nas fases da CGH;

www.forteamb.com 193
• Realizar o monitoramento periódico destas instalações para garantir a
utilização adequada das estruturas a serem instaladas e evitar possíveis
impactos relacionados ao meio ambiente.

8.1.5.2.4 Descrição das atividades

O planejamento da obra detalhará a implantação das estruturas de fornecimento de


água potável e destinação dos efluentes, localizando estas instalações de forma a se obter os
melhores benefícios ambientais. Com a implantação das estruturas de apoio definitivas
(escritório definitivo, sanitários, etc), as atuais instalações serão ajustadas onde for
necessário, para transformar-se em instalações definitivas. Nestas, se prevê implantar os
serviços sanitários para atender às pessoas que ali prestarão serviços - e visitantes ocasionais
– este sistema em definitivo irá lançar os efluentes líquidos (tratados em biorreator ou
biofiltro) em corpo hídrico.

Serão providenciados para cada unidade geradora de efluentes líquidos (refeitório,


banheiros, entre outros) a devida estação de tratamento, bem como deverá ser realizado o
acompanhamento a fim de verificar necessidade de manutenção e retirada de lodo destes.

A destinação do lodo das estações de efluentes deverão ser realizadas em empresas


devidamente licenciadas para este fim.

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Figura 77 - Exemplo de um biorreator a ser implantado em uma CGH.

8.1.5.2.5 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano, durante as fases de instalação e operação da
CGH.

8.1.5.3 Programa de Monitoramento e Gestão de Processos Erosivos

8.1.5.3.1 Considerações Iniciais

As obras de implantação de CGHs alteram algumas dinâmicas associadas aos regimes


hidrológicos, hidráulicos e sedimentológicos e, com esta nova dinâmica, o corpo d’água, bem
como o solo, procuram alcançar um novo equilíbrio, possibilitando assim, por vezes, a
formação de erosões (CHRISTOFOLETTI, 1981).

Conforme planejamento e análise da CGH Guarani, não estão previstas formação de


processos erosivos e/ou formação de voçorocas ou deslocamento de sedimentos – porém, a
escavação do túnel, a movimentação de maquinário e a construção dos acessos pode ser
facilitador para estas condições. Assim, será necessário tomar medidas para que haja a
minimização destes fatores e consequentemente a devida correção.

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Os processos erosivos consistem no desgaste, afrouxamento do material rochoso e
remoção de detritos na superfície da Terra, sendo este um fenômeno natural (BIGARELLA,
2003), influenciado pelo clima (regime de chuvas), características do solo (físicas e químicas),
relevo (declividade, comprimento de rampa e forma de encosta), entre outros fatores.
Todavia esta ação pode ser acelerada por ações antrópicas, entre as quais se destacam o
desmatamento e uso inadequado do solo (BIGARELLA, 2003).

Figura 78 - Exemplo de erosão em meio rural.

Durante o processo de elaboração da obra e da escavação do túnel, será necessário


avaliar o comportamento do solo e projetar as interações de maneira com que confira
segurança às obras e reduza os impactos ao meio – devem ser considerados o
dimensionamento de eventuais contenções, estabilidade dos taludes de corte, estimativa de
recalques e a verificação da suscetibilidade à erosão do solo.

Sabendo disso, faz-se necessário o monitoramento de encostas e taludes, a fim de


prevenir possíveis deslizamentos, observar o surgimento de processos erosivos, e, caso
surjam, realizar ações de mitigação e controle destes logo no início no empreendimento da
CGH Guarani.

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8.1.5.3.2 Justificativa

A erosão é um processo que faz com que as partículas do solo sejam desprendidas e
transportadas pelo vento, pela água, ou, pelas ingerências do homem. Quando há intervenção
antrópica - seja pela não observância de técnicas agrícolas para preparação do solo (nas
adjacências), na preparação dos acessos, etc. - pode-se lançar materiais dentro do corpo
hídrico, causando a alteração no regime do corpo d’água, potencializando o risco do
assoreamento do corpo d’água e da modificação da qualidade da água, tendo como resultado
imediato, além da redução no volume do trecho de drenagem, a perda de qualidade
ambiental e possível impacto sobre a ictiofauna.

No âmbito antrópico, assim que as obras de instalação da CGH Guarani se iniciarem, a


empresa deverá implementar campanhas de proteção das áreas afetadas, atentar-se aos
efeitos do maquinário e da instalação da infraestrutura necessária ao funcionamento e, caso
seja identificado potenciais processos erosivos, os mesmos serem tratados com medidas
mitigadoras à sua evolução.

Assim sendo, justifica-se realizar um programa de controle de processos erosivos, com


o objetivo de constatar o surgimento de ocorrências semelhantes e, caso sejam identificadas,
realizar ações e controle destes logo no início.

8.1.5.3.3 Objetivos Gerais e Específicos

Os objetivos do programa são identificar os pontos mais críticos para ocorrência de


erosão, definindo assim técnicas para preservação, controle e estabilização dessas áreas.
Além disso, acompanhar o comportamento dos pontos de instabilidade, visando prevenir
futuras situações de risco, reconhecer as zonas mais críticas e aplicar medidas efetivas para
sua recuperação, manutenção e fortalecimento.

8.1.5.3.4 Descrição das Atividades

A execução deste programa consiste na realização de vistorias contínuas a fim de


verificar ocorrências de possíveis fenômenos erosivos, caso estes sejam identificados serão

www.forteamb.com 197
indicadas ao empreendedor planos de ação para mitigá-los, sendo que estes serão
acompanhados até resolução do evento erosivo.

Além disso, serão verificadas se as boas práticas ambientais relacionadas a este


programa estão sendo adotadas, sendo estas indicadas a seguir:

• Realizar a retirada da cobertura vegetal somente quando necessário, iniciando


o processo construtivo logo em seguida, evitando deixar o solo exposto;
• Definir medidas de controle e estabilização dos solos e serem adotadas na
operação da usina como plantio de gramíneas em taludes e área não utilizadas.

8.1.5.3.5 Parâmetros

Os resultados obtidos deverão ser registrados através de relatórios fotográficos e, em


caso de identificação de fenômenos erosivos, estes devem ser classificados segundo
conceitos geomorfológicos sugeridos por Lourenço et al, 2012 (p.7):

• Sulcos: quando são formados canais de até 10 cm de profundidade, que transportam


grãos finos de areia, silte e argila. São feições geradas pelo fluxo de superfície que podem
evoluir para uma ravina;

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Figura 79 - Exemplo de erosão em sulcos. Figura 80 - Exemplo de erosão em sulcos.

• Ravinas: quando são formados canais de até 50 cm de profundidade, mais fundas e


estruturadas que os sulcos. Alimentados pelo fluxo superficial das chuvas, estes já carreiam
um material mais grosseiro e, dependendo do fluxo hídrico concentrado nesta feição a mesma
poderá evoluir para uma voçoroca;

Figura 81 - Exemplo de erosão em ravina em meio rural.

• Voçorocas: quando são formados canais com mais de 50 cm de profundidade com


estruturas de exfiltração como pipes e canais subsuperficiais, além da queda do teto do canal
e o aumento da taxa de transporte dos sedimentos;

www.forteamb.com 199
Figura 82 - Exemplo de processo de Erosão Figura 83 - Exemplo de processo de Erosão
Voçoroca. Voçoroca.

• Erosão Laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície, transportando


as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é
responsável por causar grande prejuízo às terras agrícolas e fornece grande quantidade de
sedimento que acaba por assorear rios, lagos e represas (Figura 84 e 85);
• Desprendimento e escorregamento: quando uma porção de maciço terroso se destaca
ou se rompe de todo caindo livremente ao longo da superfície e acumulando onde estaciona
(Figura 86);

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Figura 84 - Exemplos de processos de erosão laminar. Figura 85 - Exemplos de processos de erosão laminar.

Figura 86 - Exemplos de processos de erosão de


desprendimento e/ou escorregando.

www.forteamb.com 201
Além disso, o programa prevê a implantação de sistemas de drenagem visando
minimizar os efeitos da erosão superficial e estabelecer um monitoramento das áreas de
instabilidade.

Serão verificadas se as boas práticas ambientais relacionadas a este programa estão


sendo adotadas, sendo estas indicadas a seguir:

• Realizar a retirada da cobertura vegetal somente quando necessário, iniciando o


processo construtivo logo em seguida, evitando deixar o solo exposto;
• Uso de taludes de estabilização;
• Cortinas com tirantes;
• Rip-rap;
• Uso de cobertura vegetal;
• Uso de técnicas de curva de nível;
• Entre outros que se fizerem necessários (ex.: hidrossemeadura).

8.1.5.3.6 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.1.5.4 Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

8.1.5.4.1 Considerações Iniciais

Por objeto do estudo do inventário hidrelétrico é necessário ter a ciência da história


do rio em termos de regime de vazões, pluviometria, e de qualidade das águas superficiais.
Por ocasião do início das obras serão necessários alguns procedimentos - como retirada da
vegetação onde será feita a interferência, bem como a implantação de acessos e
infraestrutura, através de equipamentos pesados, os quais poderão alterar a qualidade das
águas superficiais.

www.forteamb.com 202
Além das interferências que podem influenciar na qualidade do rio relacionados a
instalação da CGH, as atividades agropecuárias a montante do empreendimento têm
potencial para ocasionar aporte de sedimentos e nutrientes que podem afetar a qualidade
destas águas. Desta forma, o monitoramento da qualidade da água e dos organismos
aquáticos servirá, fundamentalmente, para que se possa rapidamente acompanhar as
alterações, identificar eventuais danos ao ecossistema aquático e assim minimizar os
impactos negativos.
Será necessária a implantação de um sistema de monitoramento da qualidade das
águas superficiais, visando garantir uma determinada qualidade para os usuários a jusante da
CGH. Essa qualidade pode ser ainda mais positiva pois com a implementação de regramentos
e uso do solo no entorno, poderá trazer benefícios do corpo hídrico do Rio Guarani – cabe
ressaltar que o mesmo se encontra em área de amortecimento, se fazendo necessário a
regulação e acompanhamento a fim de garantir a qualidade deste trecho. Como o resultado
das análises mostram um sistema equilibrado e com boa qualidade, o monitoramento apenas
garantiria a manutenção e conservação desta condição.

8.1.5.4.2 Justificativa

Com o início das atividades, quando da implantação do túnel de captação, casa de


força, implantação do canteiro de obras, acessos, etc. poderá gerar impactos ao corpo hídrico
decorrente de carreamento de materiais para dentro deste, pela mudança do regime
hidráulico.

Segundo Chapman (1996), a tomada de amostras deve ser replicada para se ter
certeza de sua representatividade. Este procedimento seria importante para confirmar a
variabilidade temporal (em um determinado ponto do curso hídrico em intervalo de tempo
previamente definido), e também para verificar a variabilidade espacial (coletando-se águas
em pontos distintos do curso hídrico de forma simultânea). Por conseguinte, pode-se
considerar o monitoramento de qualidade das águas superficiais como uma correlação de
causa-efeito necessária entre diferentes atributos e impactos sobre a qualidade da água, a
quantidade de água (deflúvio), o regime de vazão – fatores importantes para determinar a
sustentabilidade da bacia.

www.forteamb.com 203
Desta forma, um monitoramento da qualidade da água e dos organismos aquáticos é
fundamental para que se possa rapidamente identificar danos ao ecossistema aquático e
assim minimizar os impactos negativos.

8.1.5.4.3 Objetivos Gerais e Específicos

• Levantamento de dados sobre a qualidade das águas superficiais durante as fases de


instalação e operação realizando monitoramento em pontos estratégicos;
• Realizar coleta de amostras nos pontos estabelecidos e efetuar análise dessas
amostras de acordo com as normas estabelecidas pela legislação;
• Elaborar relatórios de monitoramento com o cunho de identificar eventuais processos
degradadores ou alterações na qualidade da água, no âmbito físico, químico e biológico, na
ADA, avaliar os resultados dos monitoramentos identificando alterações nos resultados e a
sua origem, antrópica ou natural;
• Identificar os pontos geradores de poluição e a abrangência destes, de forma a evitar
uma redução significativa na qualidade do corpo hídrico, o que viria a prejudicar a
sobrevivência da fauna aquática.
• Criar um cenário do uso da água, com os adventos ocorridos antes, durante e após a
instalação do empreendimento;
• Monitorar e identificar focos poluidores e criar ferramentas para mitigação;
• Subsidiar ações para a manutenção ou melhoria da qualidade das águas.

8.1.5.4.4 Descrição das Atividades

Será realizada campanha em branco antes das obras, a fim de levantamento de dados
para comparação às análises após o início das obras de instalação e na operação do
empreendimento.

As coletas deverão ser realizadas com frequência trimestral durante a construção das
obras e semestral após o término, estas coletas serão realizadas por técnico devidamente

www.forteamb.com 204
qualificado, sendo de responsabilidade deste a preservação da integridade da amostra até o
laboratório. Pode-se contratar um laboratório especializado para as coletas e análises.

As amostras coletadas deverão se acondicionadas em caixa térmicas e resfriadas,


devendo ser entregues no laboratório em no máximo 24 horas contados a partir do horário
da coleta.

Figura 87 - Exemplo de Acondicionamento Correto de Amostras.

É possível ressaltar alguns critérios para escolha dos pontos amostrais:

• Proximidade à fonte poluidora;


• Facilidade de acesso;
• Representatividade do ponto escolhido;
• Presença de estações medidoras de nível e vazão;
• Disponibilidade de pessoal e infraestrutura, tais como: equipamentos, laboratório e
recursos humanos qualificados.

Desta forma, a proposta que mais se adaptou à realidade da CGH Guarani foi baseada
nas instalações das estruturas hidráulicas, sendo o primeiro ponto a montante do fosso de
captação e do canal de adução, e o segundo a jusante da casa de força – sendo possível uma
análise geral do impacto na qualidade da água antes e depois do empreendimento.

www.forteamb.com 205
As coletas deverão ser trimestrais a partir do início das obras. Após a implantação,
consolidando-se as obras a frequência de amostragem passa a ser semestral.

Os parâmetros a serem analisados são aqueles estipulados e exigidos pela Resolução


CONAMA 357 de 2005, sendo que estes, junto com a metodologia de análise estão
apresentadas na tabela a seguir, devendo os resultados estar dentro dos limites para Rio
Classe II.

Tabela 60 - Parâmetros Analisados e Metodologia Analítica.

Parâmetro Metodologia Analítica


Alcalinidade Total SM 2320
Cálcio Total SM 3500-Ca/B
Cádmio Total SM 3500-Cd
Cloreto SM 4500-Cl/b
Condutividade Elétrica SM 2510
Clorofila SM 10200/H
Cobre Total SM 3500-Cu
Demanda Bioquímica de Oxigênio SM 5210/B
Demanda Química de Oxigênio SM 5220/D
Fenol Total SM 6420
Mercúrio Total SM 3111
Potássio SM 3500-K/B
Magnésio Total SM 2012
Nitrogênio Amoniacal SM 4500-NH/F
Nitrogênio Kjeldahl SM 4500-N
Nitrogênio Orgânico SN 4500-N
Nitrogênio Total SM 4500-N
Oxigênio Dissolvido SM 4500-O/G
Óleos e Graxas Totais SM 5520/B
Chumbo Total SM 3500-Pb
pH SM 4500-H/B+
Fósforo Total SM 4500-P/E
Sólidos Dissolvidos Totais SM 2540/C
Sulfato SM 4500-SO-2/E
Sólidos Suspensos Totais SM 2540/D
Sólidos Totais SM 2540/B
Turbidez SM 2130
Coliformes Termotolerantes SM 9225
Escherichia coli SM 9260/F
SM: Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater

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O certificado de calibração do laboratório que realizará as análises deverá ser
apresentado em anexo, bem como o certificado de cadastramento de laboratório.

A referida resolução estabelece como limite os seguintes valores para cada


parâmetros:

Tabela 61 - Limites Máximos para os Parâmetros Analisados.

Parâmetro Unidade LQ CONAMA 357/2005


Alcalinidade mg/L 1,0 N.R.
Cálcio mg/L 0,40 N.R.
Cádmio mg/L 0,001 0,001
Cloretos mg/L 5 250
Condutividade µS/cm 0,1 N.R.
Cor uH 0,2 75 mg Pt/L
Cobre mg/L 0,005 0,009
DBO mg/L O2 2 5
DQO mg/L O2 5,0 N.R.
Fenol mg/L 0,01 0,003
Mercúrio mg/L 0,0001 0,0002
Magnésio mg/L 0,05 N.R.
3,7mg/L N, para pH ≤ 7,5;
2,0 mg/L N, para 7,5 < pH ≤ 8,0;
Nitrogênio Amoniacal mg/L 0,1
1,0 mg/L N, para 8,0 < pH ≤ 8,5;
0,5 mg/L N, para pH > 8,5
Nitrogênio Kjeldahl mg/L 0,05 N.R.
Nitrogênio Orgânico mg/L 0,5 N.R.
Nitrogênio Total mg/L 0,5 N.R.
Oxigênio Dissolvido mg/L 0,1 >5,0
Óleos e Graxas mg/L 5,00 Virtualmente ausente
Chumbas mg/L 0,01 0,01
Unidades de 0,1
pH 6a9
pH
Fósforo Total mg/L 0,0 0,05
Sólidos Dissolvidos mg/L 10,0 500
Sulfatos mg/L 5 250
Sólidos Suspensos mg/L 10 N.R.
Sólidos Totais mg/L 10,0 N.R.
Turbidez mg/L 2,00 100
Coliformes UFC/100 ml 100
1000
Termotolerantes
Escherichia coli UFC/100 ml 100,00 1000
Clorofila µS/cm 1 30

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N.R.: não referenciado; DBO: demanda bioquímica de oxigênio; DQO: demanda química de oxigênio; pH:
potencial hidrogênionico; LQ: limite de quantificação; mg: miligrama; L: litro; O2: gás oxigênio; mL: mililitro; cm:
centímetros; Hz: Hertz. Valores orientativos para corpos hídricos de água doce classe 2.

Além do enquadramento segundo o CONAMA 357/05, será calculado o IQA para as


amostras conforme apresentado anteriormente.

8.1.5.4.5 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.1.5.5 Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar


Considerando que a alteração na qualidade do ar provocada pelo empreendimento é
apenas na ADA e durante as obras, o programa de monitoramento da qualidade do ar
proposto se resume a, caso constatada uma visível emissão fora dos padrões pelos veículos,
o mesmo deve parar imediatamente sua operação e só deve retornar depois de executadas
as devidas manutenções.

O monitoramento de fumaça preta pela Escala de Ringelmann deve ser feito, porém
sem frequência e amostragem definidas.

8.1.5.6 Programa de Monitoramento de CO2 e CH4


Considerando as características da CGH Guarani, por ser de operação a fio d’água,
tempo de permanência e capacidade geradora, não se faz necessária a elaboração e aplicação
do programa de monitoramento de emissões de CO2 e CH4.

www.forteamb.com 208
8.1.5.7 Programa de Compensação Ambiental

8.1.5.7.1 Considerações Iniciais

A compensação ambiental é um mecanismo para contrabalancear os impactos


ambientais de uma atividade ou empreendimento. Ao usar a compensação ambiental, uma
empresa está direcionando recursos para uma iniciativa que tem impacto ambiental positivo
comprovado de maneira equivalente ao impacto ambiental da sua atividade econômica.

No Brasil, o atendimento à função socioambiental da propriedade instrumentaliza-se


na Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, que fixa a Política Nacional do Meio Ambiente e
visa a promover, dentre outros objetivos, "à imposição, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins econômicos" e "à imposição ao poluidor e ao
predador" da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados" (art. 4°, VII). Também
o art. 36 da Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000 (que institui o Sistema Nacional das Unidades
de Conservação – SNUC), dispõe no mesmo sentido, com a compensação ambiental.

A execução da compensação ambiental pode ser realizada de forma direta, quando


executada pelo próprio empreendedor, implementando ações de implantação e manutenção
de unidades de conservação, ou indireta, quando executada pelo órgão gestor das unidades
de conservação, utilizando recursos do empreendedor, previamente destinados para essa
finalidade.

Em relação a CGH Guarani, a mesma encontra-se em área de amortecimento da Unidade


de Conservação do Parque Estadual Rio Guarani, sendo então considerada diante da Lei n°
20.929 de 17 de dezembro de 2021 – que dispõe sobre a obrigatoriedade da compensação
ambiental para empreendimentos geradores de impacto ambiental negativo não mitigável,
no âmbito do Estado do Paraná – que define que, quando o empreendimento afetar unidade
de conservação ou zona de amortecimento, mesmo que não pertencente ao Grupo de
Proteção Integral, está deverá ser uma das beneficiárias da compensação ambiental.

www.forteamb.com 209
8.1.5.7.2 Justificativa

Conforme legislação específica, quando há ocorrência de empreendimentos com


impactos negativos ao meio ambiente onde serão instalados, deve ser adquirida área
equivalente à extensão da área suprimida, com as mesmas características ecológicas como
forma de compensação ambiental. Diante da área da CGH Guarani, devem ser respeitadas os
critérios da Lei da Mata Atlântica e da Lei Estadual n°20.929. Serão suprimidas um total de
1,324 hectares, totalizando 388 indivíduos arbóreos.

8.1.5.7.3 Objetivos gerais e específicos

Este programa tem como objetivo realizar o atendimento à legislação acerca da


compensação ambiental, além de cumprir com a preservação do meio ambiente, com a
recuperação e reestabelecimento da vegetação nativa.

8.1.5.7.4 Descrição das atividades

Um programa de recuperação, reabilitação ou melhoria ambiental pode ser planejado


segundo diferentes conceitos e com etapas distintas, mas sempre deve haver uma fase de
avaliação das condições atuais da área a ser melhorada. A avaliação é uma das principais fases
dentro de um programa, pois somente a partir de um profundo conhecimento das
características da área propriamente dita, é que poderão ser identificadas as dificuldades e
definidas as estratégias a serem empregadas para recuperação da área. O conjunto das
informações recolhidas nesta fase deve ser suficiente para avaliar se os objetivos pretendidos
com a melhoria, poderão ser alcançados em todas as situações, permitindo a escolha do tipo
de recuperação pretendida para cada situação de alteração da área em questão.

O método proposto é composto por quatro etapas: (i) seleção da área para
compensação ambiental; (ii) diagnóstico ambiental; (iii) zoneamento ambiental; e (iv) projetos
de compensação ambiental. Sendo assim, serão distribuídas as atividades nos seguintes
tópicos:

• Apresentação dos objetivos do projeto;

www.forteamb.com 210
• Caracterização da área de intervenção ambiental;
• Critérios para definição da medida compensatória;
• Caracterização da área destinada à compensação;
• Informação sobre a cobertura florestal;
• Plano de recuperação de área degradada;
• Cronograma.

O projeto deverá ser protocolado junto ao Instituto Água e Terra para sua aprovação
e execução.

8.1.5.7.5 Responsável pela implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.2 Meio Biótico

8.2.1 Fauna

8.2.1.1 Levantamento de dados

8.2.1.1.1 Levantamento prévio de dados secundários

Para obtenção dos dados secundários, foram realizados levantamentos bibliográficos


e entrevistas livres com os moradores da AID.

8.2.1.1.1.1 Levantamento bibliográfico

Visando compor o referencial bibliográfico do presente estudo, bem como


proporcionar o levantamento de espécies componentes da fauna local através de dados
secundários, foi realizado uma extensa pesquisa bibliográfica (livros, artigos, trabalhos

www.forteamb.com 211
acadêmicos, trabalhos técnicos, etc.), acerca de conteúdos publicados sobre a composição
faunística da região do empreendimento.

8.2.1.1.1.2 Entrevista com moradores

Foram realizadas entrevistas com moradores residentes na área de influência direta


do empreendimento – sendo estes, questionados com relação a avistamentos de elementos
faunísticos já presenciaram no local nos últimos anos, procurando ainda avaliar através do
conhecimento empírico (popular) a composição faunística local, bem como as modificações
ocorridas em sua composição no decorrer do gradiente temporal. Os dados obtidos foram
trabalhados cuidadosamente, visando apresentar informações reais e fidedignas, que
expressem a composição real da fauna local. A metodologia foi empregada aos moradores
residentes nas áreas lindeiras ao empreendimento, bem como nas comunidades mais
próximas.

8.2.1.1.2 Levantamento de dados primários

Duas campanhas de levantamento de fauna foram realizadas na área de influência da


CGH Guarani, sendo no mês de março/abril e maio de 2022, com duração de 72 horas cada
(04 dias e 03 noites). Todas as metodologias utilizadas estão em consonância com a
Autorização Ambiental n°56971, do Instituto Água e Terra (IAT). As saídas a campo para
registro e identificação da fauna ocorreram em períodos variados, em diversos horários,
adaptando-se a equipe ao melhor horário para registro e identificação de cada grupo
taxonômico específico.

É válido salientar que, embora as armadilhas sejam mais adequadas para um


determinado grupo taxonômico (onde serão apresentadas com maior detalhamento),
frequentemente capturam indivíduos de outros grupos. Uma síntese das metodologias de
amostragem utilizadas para o levantamento de dados primários e secundários é apresentada
na Tabela 62.

www.forteamb.com 212
Tabela 62 - Metodologias de Amostragem para levantamento de dados primários e secundários.

INVERTEBRADOS
MÉTODO ICTIO HERPETO AVES MASTO
AQUÁTICOS TERRESTRES
Dados primários
Armadilhas de contenção viva * X X
Rede entomológica * X
Iscas para abelhas * X
Redes de neblina * X
Redes de espera * X X
Tarrafa * X
Puçá * X
Armadilha fotográfica X X
Amostragem em sítio
X
reprodutivo
Animais atropelados X X X
Busca ativa visual X X X X X
Encontro ocasional X X X X X X
Observação direta X
Procura com veículo X X X
Dados secundários
Entrevista X X X X
Bibliografia X X X X X X

A obtenção de dados secundários para compor este levantamento foi realizada


através da literatura e entrevistas com moradores. Foram utilizados dados de levantamentos
de outros empreendimentos instalados na mesma região, visando a obtenção de resultados
mais realísticos e completos sobre a fauna local.

Detalhes metodológicos para cada grupo taxonômico são apresentados em seus


respectivos itens, a seguir.

8.2.1.1.2.1 Invertebrados terrestres

No decorrer das amostragens de invertebrados terrestres na área de estudo, foi dada


ênfase às abelhas nativas (Classe Insecta, Ordem Hymenoptera, Família Apidae, tribo
Meliponini), especialmente aquelas consideradas ameaçadas no estado do Paraná.

www.forteamb.com 213
8.2.1.1.2.1.1 Busca ativa

A busca ativa de himenópteros é, provavelmente, o método mais indicado para uma


amostragem completa da riqueza de uma localidade, porque permite ao profissional buscar
e selecionar visualmente as espécies alvo, que nesse caso são as abelhas nativas (SILVA;
SILVEIRA, 2009). Nesta metodologia foram utilizadas redes entomológicas, para a coleta de
abelhas adultas em voo ou pousadas em flores. Essa metodologia foi realizada durante 20
minutos em cada um dos pontos amostrais, totalizando 1 hora de esforço amostral.

8.2.1.1.2.1.2 Pan traps

Nesse método foram instaladas armadilhas coloridas de água (Pantraps), constituídas


por pratos de diversas cores (rosa, vermelho, azul e branco) para atrair as abelhas, juntamente
com outros insetos. Nos pratos foi colocada água e um pouco de detergente para quebrar a
tensão superficial e, assim, abater os insetos por afogamento.

Em cada área amostral foram utilizados 03 kit’s, sendo que cada kit possui 04 pratos,
totalizando 12 pratos por ponto amostral, organizados em conjuntos. Cada conjunto foi
composto por um prato de cada cor e instalados com distanciamento de aproximadamente
20 metros entre si, ficando expostos por 24 horas em cada um dos pontos, o que totaliza em
72 horas de esforço amostral (Figura 88).

Figura 88 - Instalação das Armadilhas pan traps e busca ativa por himenóptero, metodologias utilizadas para
amostragem de fauna da AID e AII da CGH Guarani no município de Três Barras do Paraná - PR.

www.forteamb.com 214
Os exemplares amostrados foram acondicionados e transferidos para frascos
contendo álcool a 70%. Em laboratório, triados e montados para posteriormente serem
identificados sob microscópico estereoscópico binocular. As formigas foram identificadas de
acordo com as chaves propostas por utilizando-se as chaves propostas por Gonçalves (1961),
Kempf (1964), Kempf (1965), Watkins (1976), Della Lucia (1993), Lattke (1995), Taber (1998),
Fernández (2003), Longino (2003), Longino e Fernández (2007) e Wild (2007). A identificação
dos demais invertebrados amostrados foi realizada comparando o material com os
exemplares da coleção entomológica da Universidade Comunitária Regional de Chapecó.

Para a tabulação e tratamento dos dados obtidos, foram analisados em escritório os


seguintes parâmetros:

A riqueza foi definida como o número de espécies de formigas que ocorreram em cada
uma das amostras. A abundância foi definida com base na frequência relativa (número de
registros de uma dada espécie em cada armadilha) e não com base no número de indivíduos
(TAVARES et al., 2008). O número de registros minimiza o efeito dos hábitos de
forrageamento e do tamanho das colônias e é mais apropriado para estudos de comunidades
de formigas (ROMERO; JAFFE 1989). As figuras abaixo apresentam as análises realizadas em
laboratório.

www.forteamb.com 215
Figura 89 - Realização da triagem de laboratório das espécies coletadas na CGH Guarnai.

A avaliação da diversidade (riqueza e abundância) foi realizada através do Índice de


diversidade de Shannon-Weaver, cuja fórmula é H’ = Σpi(loge pi). Esta análise foi obtida
através do software EstimateS 8.0 (COLWELL 2006). Tal índice permite estimar a diversidade
de espécies local. A equitabilidade representa a participação de cada táxon na comunidade e
foi estimada pelo índice de Pielou (MAGURRAN, 1988), cuja fórmula é J´= H’/Hmáx, onde
Hmáx = loge(S). Esta análise também foi obtida através do software PAST (HAMMER et al.,
2001).

As espécies amostradas foram caracterizadas segundo os parâmetros da frequência,


constância e dominância. A frequência de cada espécie foi definida pela frequência relativa
nas amostras, ou seja, a frequência da espécie dividida pela soma das frequências. Já para a
classificação da constância, as taxas foram separadas em categorias, sendo consideradas:
constantes, quando presentes em mais de 50% das coletas; acessórias, quando presentes em
25 – 50% das coletas; acidentais, quando presentes em menos de 25% das coletas. A
dominância dos táxons encontrados na área de estudo foi determinada através do limite de
dominância considerando “dominantes” as espécies com frequência relativa superior a 0,1
(10%) (NOVOTNÝ; BASSET 2000).

Para avaliar a suficiência amostral (táxons em função do espaço amostral), foi


construída uma curva de acumulação, onde o número de amostras é representado na abscissa
e o número de gêneros no eixo das ordenadas. Também foi obtida uma estimativa de riquezas

www.forteamb.com 216
para cada estação e para cada ponto amostrado e comparada com a respectiva riqueza
observada. Para tal, foi utilizado o estimador Chao 1 e as estimativas foram geradas com o
programa EstimateS 8.0 (COLWELL 2006). O estimador usa essencialmente informações sobre
as espécies que ocorrem em uma amostra (unicatas) e aquelas que ocorrem em duas
amostras (duplicatas) (CHAO, 1987).

Foi construída uma análise de Clusters para testar se a abundância e a composição das
assembleias de formigas diferem em um mesmo ponto quando amostrado nas diferentes
estações. Foi utilizado Bray-Curtis como índice de associação e a análise foi realizada com o
programa estatístico Primer 6.1.9. (CLARKE; GORLEY, 2005).

Para comparar a riqueza em cada evento amostral de cada ponto amostrado, foi
utilizada uma análise de rarefação baseada no número de ocorrências (GOTELLI; COLWELL,
2001). Essas análises foram obtidas utilizando-se o programa EcoSim 7 (GOTELLI;
ENTSMINGER, 2001), que permite comparações de riqueza entre assembleias que diferem
quanto à ocorrência de espécies (MELO et al., 2003).

8.2.1.1.2.2 Herpetofauna

8.2.1.1.2.2.1 Busca ativa e auditiva

• Amostragem em sítio de reprodução

Ao anoitecer, período no qual é iniciado o turno de vocalização dos anfíbios, foram


amostrados corpos d’água estimando a abundância de cada espécie através do número de
machos vocalizando.

www.forteamb.com 217
Este método consiste em percorrer lentamente o perímetro de cada lagoa ou açude,
poça temporária e trechos com 100 m de comprimento ao longo das margens dos córregos e
rios, a fim de registrar as espécies encontradas em atividade de vocalização e/ou forrageio
(SCOTT JR.; WOODWARD, 1994). Na AID da CGH Guarani foram encontrados alguns sítios de
reprodução que podem ser analisados nas imagens abaixo.

Figura 90 - Sítios reprodutivos de anuros amostrados.

www.forteamb.com 218
• Busca ativa visual

A busca ativa consiste na inspeção de tocas, serapilheira, locais abrigados sob pedras,
troncos caídos e nos mais variados ambientes durante o deslocamento nas áreas. Foi realizada
nas áreas amostrais e nas estradas de acesso, sendo os transectos percorridos a pé no período
diurno e noturno.
Figura 91 - Busca ativa da herpetofauna em troncos caídos e pedras.

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• Animais atropelados

Algumas das estradas da região do empreendimento foram percorridas em varredura


na procura por animais da herpetofauna atropelados. Também durante o deslocamento entre
os diferentes pontos amostrais foi observado se havia presença de animais mortos nas vias
de acesso ao empreendimento.

• Encontros ocasionais

Foram registrados animais encontrados ocasionalmente, ou seja, avistados nas


proximidades, durante outras atividades, que não a amostragem dos demais métodos.

8.2.1.1.2.3 Avifauna

A lista de espécies de aves que potencialmente podem ser encontradas na região de


instalação da CGH Guarani foi baseada em dados secundários obtidos através da bibliografia
disponível para o local (PICHORIM et al.,2001; IAT, 2002).

As campanhas de levantamento tiveram duração de 04 dias e 03 noites, foram


realizadas contemplando duas estações distintas (verão e outono). Foram considerados três
sítios amostrais.

8.2.1.1.2.3.1 Observação direta e registro de vocalização

Todos sítios amostrais e os percursos realizados buscaram abranger as áreas


diretamente e indiretamente atingidas pelo empreendimento, principalmente as margens do
rio Guarani. As observações realizadas para o levantamento da avifauna foram diárias,
ocorrendo durante as quatro primeiras horas da manhã (05:30 hs – 9:30 hs) e durante o
período noturno (18:00 h – 22:00 h). As espécies registradas foram anotadas em listas de
Mackinnon. A identificação das espécies foi feita com base em Sigrist (2015) e a nomenclatura
das espécies de aves estão de acordo com Pacheco et al., (2021). Para o registro dos contatos

www.forteamb.com 220
visuais foram utilizadas duas câmeras: Canon (SX50 HS) e Sony (DSC HX400V) e binóculos Seise
Luminous (10 x 50 mm). Para as vocalizações, para as quais as espécies não puderam ser
prontamente reconhecidas, foram gravadas para posterior identificação através do programa
BirdNET Identificação de sons de aves.

As análises estatísticas foram realizadas através do software Past -PAleontological


STatistics 3.25, e foram utilizados dados obtidos apenas através das listas de Mackinnon para
avaliar a diversidade (Shannon-H), a similaridade entre pontos amostrais (Jaccard), a Riqueza
observada e a frequência de espécies de acordo com o Índice de Frequência nas Listas (IFL).

Figura 92 - Observação direta e registro de vocalização de aves.

Figura 93 - Registro da avifauna com utilização de binóculos e elaboração da Lista de Mackinnon.

8.2.1.1.2.4 Mastofauna (terrestre, alada e de hábito semiaquático)

De um modo geral, os mamíferos silvestres brasileiros apresentam uma grande


variedade de tamanho corpóreo, hábitos comportamentais e preferências de habitat. Ainda,
os representantes deste grupo são raramente visualizados em seu habitat natural, fator este

www.forteamb.com 221
que está principalmente relacionado aos seus hábitos discretos e predominantemente
noturnos (EMMONS; FEER, 1997; BECKER; DALPONTE, 2015). Somado a isso, a maioria das
espécies apresenta extensas áreas de vida e ocorre em baixas densidades, seja ela natural ou
diretamente influenciada por ações antrópicas, o que dificulta ainda mais as taxas de
encontro. Com base nestas características, a amostragem da mastofauna costuma ser dividida
em: médios e grandes mamíferos (com mais de 1 kg), pequenos mamíferos não voadores
(grande parte das espécies de marsupiais e roedores) e mamíferos voadores (morcegos).

Neste contexto, para o levantamento dos mamíferos na região do empreendimento


foi realizada uma combinação de métodos diretos e indiretos seguindo o plano de trabalho
de levantamento de fauna protocolado junto ao Instituto Água e Terra (IAT) para a obtenção
da licença prévia (LP) do empreendimento.

As campanhas de levantamento de fauna na região da futura CGH Guarani tiveram


duração de 72 horas (4 dias e 3 noites). Para o levantamento, foram utilizados 3 pontos de
estudo de fauna terrestre (FAU 01, FAU 02 e FAU 03).

Em cada unidade amostral foram utilizadas diferentes metodologias de levantamento,


visando contemplar o registro de espécies de diversos hábitos, conforme descrito a seguir:

• Armadilhas Shermann e Tomahawk

Este método foi utilizado para a amostragem de pequenos mamíferos não voadores.
Foram utilizadas armadilhas de captura e contenção viva dos modelos Sherman e Tomahawk
(Figura 66), instaladas em bordas de trilhas sobre o solo e em árvores de sub-bosque de
florestas. Em cada área amostral foram instaladas 15 armadilhas de aço galvanizado modelo
Sherman (25,5x9x7,5cm) para roedores e 15 armadilhas modelo Tomahawk (45x14,5x18,5 e
50x19,5x24) para espécies de médio porte. As armadilhas foram instaladas, buscando-se
locais estratégicos de passagem de animais, com o objetivo de capturar as espécies com
ocorrência na área de instalação do empreendimento. No local de instalação das armadilhas
foram anotadas as coordenadas UTM, o microambiente e registro fotográfico. As armadilhas
permaneceram instaladas por 4 dias/campanha, com esforço amostral médio diário de 24
horas/armadilhas, sendo revisadas diariamente no período matutino entre 07:00h e 09:00h,

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perfazendo um total de 96h/campanha. Para que os animais fossem atraídos para perto da
armadilha, foram utilizadas iscas variadas (banana, maçã, mamão, bacon, etc.).

Figura 94 - Armadilhas de captura e contenção viva tipo Sherman (esq.) e Tomahawk (dir.).

Figura 95 - Iscas utilizadas nas armadilhas de captura. Figura 96 - Armadilhas sendo iscadas.

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Figura 97 - Armadilhas dispostas nas unidades amostrais.

• Armadilhas fotográficas

Técnicas de armadilhas fotográficas vem sendo cada vez mais utilizadas em trabalhos
de campo envolvendo mamíferos de médio e grande porte nos últimos anos. O uso deste
equipamento fotográfico automático pode ser utilizado na amostragem qualitativa da
mastofauna, como também em estudos populacionais, como complemento na obtenção de
dados ecológicos ou quando os rastros não puderem ser encontrados facilmente (SRBEK-
ARAÚJO et al., 2007). O equipamento utilizado constitui-se de uma câmera fotográfica digital
munida de um sensor de infravermelho programada para disparar quando algum animal
interromper o feixe do sensor. Estes aparelhos não causam impacto no ambiente, gerando o
mínimo de estresse aos animais e permite que grandes áreas sejam monitoradas
simultaneamente por poucas pessoas.

Para a realização deste levantamento foi utilizada uma armadilha fotográfica da marca
Bushnell (Figura 96) por área amostral. As armadilhas fotográficas foram estrategicamente
instaladas em árvores a uma altura de aproximadamente 50 cm do solo, onde se verificou a
presença de indícios indiretos como tocas, pegadas, latrinas e restos de alimentação. Com o
intuito de potencializar a chance de obter os registros, utilizou-se como isca: sardinha,
banana, laranja e baunilha, etc. Durante as campanhas, as armadilhas fotográficas foram
instaladas por um período de 04 (quatro) dias consecutivos e vistoriadas diariamente, sendo
que as armadilhas fotográficas realizaram um esforço amostral médio diário de 24
horas/armadilha. Ao término da amostragem totalizou um esforço amostral de 96
horas/campanha.

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Figura 98 - Armadilha fotográfica instalada na área de estudo.

Figura 99 – Iscas que foram utilizadas para atrais os animais para as armadilhas fotográficas.

• Busca ativa visual e por vestígios

O censo visual (avistamento) é considerado um dos métodos mais tradicionais para o


levantamento faunístico de mamíferos de médio e grande porte (> 1 kg), sendo utilizado para
registrar e identificar animais avistados durante o percurso de trilhas ou estradas (CULLEN
JUNIOR et al, 2003). Este método foi aplicado simultaneamente ao método da busca por
vestígios de mamíferos, com exceção do período noturno, em que o objetivo principal foi
visualizar diretamente as espécies.

Observações de vestígios, como rastros, fezes, tocas, carcaças de animais, padrão de


mordidas em sementes, marcas odoríferas, tocas e restos alimentares, devido ao fácil acesso
e ao baixo custo, é uma das principais formas de estudo para médios e grandes mamíferos,

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pois, se corretamente interpretados, podem fornecer uma identificação segura do animal que
os produziu, além de informações úteis sobre sua ecologia (BECKER; DALPONTE, 2015).

Os registros foram obtidos através de transecções nas áreas amostrais a pé ou com


veículo automotor, em diferentes horários. Para cada caso foram anotados os dados
pertinentes, como: tipo de vestígio, espécie ou gênero, data, local de registro etc. Além disso,
sempre que possível, foram tomadas fotografias do vestígio com uma escala de referência. O
método de busca ativa teve um esforço amostral de aproximadamente 8 horas/campo diurno
por 4 dias/campo/campanha e 2 horas/campo noturno, por 3 dias/campo, totalizando 38
horas/campanha.

Figura 100 – Busca ativa através de vestígios (rastros e fezes) nas áreas de amostragem.

• Rede de neblina

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Para levantamento de quirópteros foi aplicada a metodologia com a utilização de
redes de neblina, que consistem em interceptar o voo dos indivíduos, capturando os
espécimes vivos, com posterior identificação e soltura.

Para o local da CGH Guarani, as redes foram instaladas no final da tarde em locais
estratégicos de possível presença destes animais, como corredores de voo (trilhas, clareiras,
cursos d’água) ou próximas a fontes de recurso alimentar (pomares ou plantas nativas com
flores ou frutos utilizados pelos morcegos) e abrigos (casas abandonadas, grutas).

Em cada área amostral foi instalada uma rede de neblina (mist-nets), com 9 metros de
extensão, 3 metros de altura e malha de 2,0 cm resultando em 81 m² de malha exposta. As
atividades iniciaram às 19h00min estendendo-se até às 21h00min, sendo revisadas a cada
meia hora. Após o término, as redes foram fechadas e reabertas no dia seguinte, por um
período de 03 (três) dias, totalizando 06 horas/campanha de esforço amostral para este grupo
de fauna.

A triagem dos morcegos capturados consistiu em identificação, mensuração da massa


corpórea e do antebraço direito, determinação do estágio de desenvolvimento através do
grau de ossificação das epífises, determinação de sexo e condição reprodutiva e registro
fotográfico. Quando necessário para identificação, foram realizadas outras medições, de
acordo com o táxon. Os animais foram soltos após a triagem.

Figura 101 – Montagem, revisão e retirada de morcegos capturados na Rede de Neblina.

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• Procura com veículo

Visando principalmente o registro de espécies de médio e grande porte, a procura


com veículo foi feita durante os deslocamentos na região, dentro da área e no entorno,
especialmente à noite (período de maior atividade dos mamíferos e serpentes), com auxílio
de lanternas focais. O deslocamento com o uso de automóvel foi feito todos os dias, ao
término das atividades de campo, em velocidade máxima de 40 km/h.

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Figura 102 – Busca ativa noturna com auxílio do veículo.

• Registro de animais mortos

Todos os pontos amostrais foram percorridos em varredura na procura por animais


mortos. Também durante o deslocamento entre os diferentes pontos amostrais foi observado
se havia presença de animais mortos nas vias de acesso utilizadas na CGH Guarani. Os animais
que porventura fossem encontrados mortos, têm seus dados coletados e se, possível
recolhidos e entregues à instituição parceira UNOCHAPECÓ (Universidade Comunitária da
Região de Chapecó – Chapecó/SC).

• Encontros ocasionais

Também foram registrados animais encontrados ocasionalmente, ou seja, que foram


avistados nas proximidades durante outras atividades que não a amostragem dos demais
métodos (sensu SAWAYA, 2004).

8.2.1.1.2.5 Invertebrados aquáticos

• Coletor tipo surber

No levantamento de macroinvertebrados foi utilizado o coletor tipo surber, realizados


em duas campanhas em 3 pontos amostrais, localizados na área de reservatório, trecho de
vazão reduzida e casa de força do projeto da CGH. O amostrador tipo surber possui área

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amostrador de 900cm² e abertura de malha utilizada foi de 250 micrômetros. A abertura de
malha foi posicionada contra o fluxo de água, fixada a área de amostragem, revolvido o
substrato manualmente para que ocorra a liberação dos organismos que são capturados pelo
amostrador (KLEMM et al., 2002; ROSENBERG; RESH, 1993). Conforme Silveira (2004). Nos
pontos amostrais foi observado o número de substratos e realizado a coleta abrangendo a
maior parte da heterogeneidade ambiental no trecho amostrado. O material coletado foi
acondicionado em potes plásticos, fixados em álcool 70% e foram transportados para o
laboratório.

Figura 103 – Profissionais realizam a coleta de macroinvertebrados terrestres na área da CGH Guarani, no
município de Três Barras do Paraná – PR.

A triagem e identificação dos macroinvertebrados foram realizadas com auxílio de


microscópio estereoscópico com aumento de 0.7 a 4.5 vezes. A triagem do material consiste
em separar os organismos do substrato (ROSEMBERG; RESH, 1993). Os macroinvertebrados
coletados foram identificados até o nível taxonômico de família. O nível taxonômico de família

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para macroinvertebrados aquáticos elucida a diversidade do grupo, sendo adotado em
diversos protocolos de qualidade ambiental, caracterização e monitoramento de
ecossistemas aquáticos (BUSS, 2003; MELO 2005). Foram utilizadas bibliografia especializada
para identificação dos organismos coletados (BOUCHARD, 2004; COSTA; IDE; SIMONKA, 2006;
DOMÍNGUEZ; FERNÁNDEZ, 2009b; HAMADA; NESSIMIAN; QUERINO, 2014; MAGALHÃES;
MELO, 2003; MERRITT; CUMMINS; BERG, 2008).

Os organismos foram preservados em solução de álcool 70%, acondicionados em


frascos de 20 mL, devidamente identificados com etiquetas com as informações da amostra.

Figura 104 – Realização da triagem em laboratório, das espécies coletadas na área da CGH Guarani,
municípios de Lobato e Paranacity – PR.

Os dados obtidos foram armazenados e organizados em planilhas eletrônicas


considerando-se as espécies encontradas, conforme o ponto de coleta (unidades amostrais)
e campanha. Para elaboração de tabelas, gráficos e a exportação das informações para
pacotes estatísticos.

A diversidade foi determinada utilizando os parâmetros de riqueza (número absoluto


de taxa) e abundância absoluta (número de indivíduos). Foi também definida a equitabilidade
PIE de Hurlbert (1971) por unidade amostral, atributos que, em conjunto com a abundância

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absoluta ou relativa, são indicadores de estrutura de comunidades. O índice PIE de Hurlbert
(1971), calcula a probabilidade de um encontro interespecífico, ou seja, expressa a
probabilidade de que dois indivíduos escolhidos aleatoriamente na amostra sejam espécies
diferentes. O índice PIE é interpretado como uma probabilidade e não é influenciado pelo
tamanho da amostra, embora a variância aumente, quanto menor for o tamanho desta. O
valor deste índice varia de zero a um, sendo que, quando tende a um tem-se a indicação de
que as abundâncias das espécies que compõem esta comunidade encontram-se distribuídas
de forma equitativa, sem a presença de uma ou mais espécies dominantes. Isto significa que
tanto os aspectos abióticos do meio, quanto às interações biológicas da comunidade
encontram-se estáveis, indicando integridade ambiental (LAMPERT; SOMMER, 2007).

Para inferir a suficiência amostral e caracterizar a diversidade de espécies nas áreas


estudas, foram utilizadas curva de rarefação com auxílio do pacote “iNEXT” iNEXT (CHAO et
al., 2014; HSIEH; MA; CHAO, 2016), realizado em ambiente R (R CORE TEAM, 2022). O método
é baseado em modelos de distribuição de probabilidade multinomial dos números de Hill, que
são famílias matematicamente unificadas de índices de diversidade, que se diferenciam
apenas pelo expoente “q”, sendo utilizado q=0 para os dados de riqueza de espécies (CHAO
et al. 2014). As curvas foram padronizadas com um mesmo tamanho para extrapolação, e
foram gerados valores de intervalo de confiança de 95% através do método “bootstrap”,
podendo-se comparar a ictiofauna coletada com as amostras extrapoladas (CHAO et al. 2014).
A curva em assíntota indica possível suficiência amostral nas áreas amostradas e, separação
visual entre as curvas indica possível diferenciação da diversidade entre as áreas avaliadas.
Foram utilizadas as curvas de diversidade por campanha, utilizando a somatória de
abundância das duas campanhas.

Foi utilizado o Índice Biológico de Qualidade de Água EPT, e o percentual da família


Chironomidae. No índice EPT são considerados e identificados todos os organismos das
ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera sendo calculada a abundância relativa
destas ordens em relação ao número total de organismos da amostra. A qualidade da água é
maior quanto maior for à abundância relativa desses taxa no local (Tabela 63). Essa medida é
baseada no conhecimento de que, em geral, a maioria dos organismos dessas ordens é mais
sensível à poluição orgânica (CARRERA; FIERRO, 2001; RESH; JACKSON, 1993). O percentual

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de Chironomidae atua de maneira inversa, a abundância relativa desta família está associada
a poluição orgânica (TRIVINHO-STRIXINO & STRIXINO, 1995; CALLISTO et al., 2001).

Tabela 63 - Classificação e Qualidade da Água de acordo com o Índice Biológico EPT.

Percentual EPT Classe Qualidade da Água

75 – 100% I Muito Boa


50 – 74% II Boa
25 - 49% III Regular
0 -24% IV Ruim

A classificação e avaliação dos pontos amostrais quanto à tolerância dos organismos à


poluição foi realizada com base no índice biológico BMWP’ (Biological Monitoring Working
Party). O índice foi proposto por Armitage et. al (1989) e no presente estudo será utilizada a
adaptação de Loyola (2000). Foi atribuído a cada família um score específico que varia de 1 a
10, dependendo do grau de tolerância dos organismos quanto à poluição (Tabela 64). Famílias
sensíveis a altos níveis de poluentes recebem valores mais altos, enquanto famílias tolerantes
recebem valores mais baixos. O resultado da pontuação foi utilizado para classificação da
qualidade dos pontos amostrais, segundo tabela do índice BMWP’ (Tabela 65). As pontuações
nas tabelas são feitas qualitativamente e não quantitativamente, ou seja, os valores são
contados em função dos exemplares das famílias encontradas e não com relação à quantidade
encontrada.

Tabela 64 - Pontuações atribuídas para as diferentes famílias de macroinvertebrados no cálculo do Índice


BMWP.

FAMÍLIAS PONTUAÇÃO
Siphlonuridae, Heptageniidae, Leptophlebiidae, Potamanthidae, Ephemeridae,
Taeniopterygidae, Leuctridae, Capniidae, Perlodidae, Perlidae,Chloroperlidae,
Aphelocheiridae, Phryganeidae, Molannidae, Beraeidae, Odontoceridae, Leptoceridae, 10
Goeridae, Lepidostomatidae, Brachycentridae, Sericostomatidae, Calamoceratidae,
Helicopsychidae, Megapodagrionidae, Athericidae, Blephariceridae
Astacidae, Lestidae, Calopterygidae, Gomphidae, Cordulegastridae, Aeshnidae,
8
Corduliidae, Libellulidae, Psychomyiidae, Philopotamidae, Glossosomatidae
Ephemerellidae, Prosopistomatidae, Nemouridae, Gripopterygidae, Rhyacophilidae,
Polycentropodidae, Limnephelidae, Ecnomidae, Hydrobiosidae, Pyralidae, Neritidae, 7
Viviparidae, Ancylidae, Thiaridae, Psephenidae, Hydroptilidae
Unionidae, Mycetopodidae, Hyriidae, Corophilidae, Gammaridae, Hyalellidae, Atyidae,
6
Palaemonidae, Trichodactylidae, Platycnemididae, Coenagrionidae, Leptohyphidae,

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FAMÍLIAS PONTUAÇÃO
Oligoneuridae, Polymitarcyidae, Dryopidae, Elmidae, Helophoridae, Hydrochidae,
Hydraenidae, Clambidae
Hydropsychidae, Tipulidae, Simuliidae, Planariidae, Dendrocoelidae, Dugesiidae,
5
Aeglidae, Baetidae, Caenidae, Haliplidae, Curculionidae, Chrysomelidae
Tabanidae, Stratyiomyidae, Empididae, Dolichopodidae, Dixidae, Ceratopogonidae,
Anthomyidae, Limoniidae, Psychodidae, Sciomyzidae, Rhagionidae, Sialidae, 4
Corydalidae, Piscicolidae, Hydracarina
Mesoveliidae, Hydrometridae, Gerridae, Nepidae, Naucoridae (Limnocoridae), Pleidae,
Notonectidae, Corixidae, Veliidae, Helodidae, Hydrophilidae, Valvatidae, Hydrobiidae,
Lymnaeidae, Physidae, PlanorbidaeHygrobiidae, Dytiscidae, Gyrinidae, Bithyniidae, 3
Bythinellidae, Sphaeridae, Glossiphonidae, Hirudidae, Erpobdellidae, Asellidae,
Ostracoda
Chironomidae, Culicidae, Ephydridae, Thaumaleidae 2
Oligochaeta (toda a classe), Syrphidae 1

Tabela 65 - Classes de qualidade, significado dos valores do BMWP (ALBA-TECEDOR, 1996), e cores para serem
utilizadas nas representações.

QUALIDADE VALOR SIGNIFICADO


CLASSE COR
I Ótima >150 Águas muito limpas (águas pristinas) LILÁS
Boa 121-149 Águas limpas, não poluídas ou
AZUL
II sistema perceptivelmente não
ESCURO
alterado
Aceitável 101-120 Águas muito pouco poluídas, ou
III sistema já com um pouco de AZUL CLARO
alteração
Duvidosa 61-100 São evidentes efeitos moderados de
IV VERDE
poluição
Poluída 36-60 Águas contaminadas ou poluídas
V AMARELO
(sistema alterado)
Muito Poluída 16-35 Águas muito poluídas (sistema muito
VI LARANJA
alterado)
Fortemente Poluída <15 Águas fortemente poluídas (sistema
VII VERMELHO
fortemente alterado)

8.2.1.1.2.6 Ictiofauna

Para uma melhor compreensão da diversidade ictiofaunística na região do


empreendimento, foram utilizadas as informações de cunho técnico científica, assim como
dados oriundos de entrevistas com pescadores locais. Já para captura das espécies, utilizamos
equipamentos de pesca diversificados como redes de espera (captura passiva), tarrafas e
puçás (captura ativa), buscando amostrar a riqueza de espécies da comunidade de peixes do
trecho de influência do empreendimento. Os petrechos utilizados foram idênticos em todos

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os pontos amostrais, sempre respeitando as particularidades de cada ponto, e o esforço de
pesca padronizado, possibilitando a comparação entre os dados.

Os exemplares capturados foram separados em recipientes apropriados. Os dados


biométricos (peso e comprimento total) foram obtidos ainda no local, sendo que os
exemplares foram devolvidos ao rio imediatamente após a obtenção dos dados. Foi realizado
o registro fotográfico a fim de, documentar a diversidade específica, não sendo necessário o
envio de nenhuma espécie para coleções zoológicas.

A identificação das espécies foi realizada seguindo os manuais apresentados por


Zaniboni-Filho et al. (2004); Graça e Pavanelli (2007); Nakatani et al. (2001); Baumgartner
(2012); Orsi, M.L. et al. (2016); “fishbase.se”.

A seguir são descritas as metodologias e artes de pesca utilizadas para cada ponto
amostral.

• Redes de espera

As redes de espera foram utilizadas, armadas paralelamente à margem, em trechos


lóticos e de maneira perpendicular à margem em trechos lênticos, sendo expostas por 12
horas. Cada ponto amostral recebeu um conjunto contendo:

• 01 rede de malha 1,5 cm com 10m de comprimento x 1,45 m de altura,


totalizando 14,5m² de malha exposta;
• 01 rede de malha 3,0 cm com 10 m de comprimento x 1,50 m de altura,
totalizando 15 m² de malha exposta;
• 01 rede de malha 5,0 cm com 10 m de comprimento x 2,40 m de altura,
totalizando 24 m² de malha exposta.

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Figura 105 – Profissionais realizando a instalação da rede de espera nos pontos de amostragem.

• Tarrafa

Visando contribuir qualitativamente com a amostragem da ictiofauna, em cada ponto


amostral de fauna aquática foram realizados 10 lances de tarrafa de malha 1,5 cm e 08 metros
de circunferência.

Todos os exemplares capturados tiveram seu peso, comprimento padrão e


comprimento total mensurados, sendo imediatamente liberados nos locais de amostragem,
evitando sacrifícios desnecessários e contribuindo para a manutenção da diversidade
genética das populações locais.

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Figura 106 – Profissional realizando os lances de tarrafa.

• Puça

Este método consiste na utilização de armadilha em forma de cesto com um cabo. O


profissional realizou lances com o puçá na água, em locais propícios para a captura de
ictiofauna ou remexendo-se as pedras na corredeira e coletando exemplares escondidos. Esta
metodologia foi utilizada por cerca de uma hora em cada ponto amostral para captura de
peixes, totalizando 03h/campanha.

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Figura 107 – Profissionais realizando a amostragem com auxílio de puçá..

Todos os exemplares capturados tiveram seu peso, comprimento padrão e


comprimento total mensurados, após a biometria os indivíduos foram imediatamente
liberados nos locais de amostragem, evitando sacrifícios desnecessários e contribuindo para
a manutenção da diversidade genética das populações locais.

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Figura 108 – Biometria dos exemplares capturados.

Figura 109 – Profissional realizando a soltura dos exemplares capturados.

8.2.1.1.2.7 Metodologias para obtenção dos índices ecológicos

As análises foram realizadas visando à obtenção de informações sobre a estrutura das


taxocenoses que permitam uma avaliação futura sobre os impactos ocasionados por
alterações ambientais na composição faunística local. Foi determinada a riqueza de espécies
e a abundância absoluta e relativa de cada uma, além da obtenção de índices de diversidade
apresentados a seguir, calculados através do software Past. Índice de Shannon-Wiener,
baseado em Krebs (1989), que permite estimar a diversidade de espécies no local amostrado
a partir da seguinte fórmula:

𝐇′ = − ∑ 𝒑𝒊 𝐥𝐧(𝒑𝒊)

www.forteamb.com 239
Sendo H’ o índice de diversidade de Shannon-Wiener; pi a abundância relativa de
espécies e ln o logaritmo natural. Índice de Pielou (Magurran, 1988), que informa sobre a
equidade na distribuição dos indivíduos entre as espécies a partir da equação:

𝑬 = 𝑯′/ 𝒍𝒐𝒈𝑺

Sendo H’ é o Índice de Shannon-Wiener e S é o número total de espécies.

A análise de similaridade entre os pontos amostrais foi efetuada a partir do Índice de


Jaccard, que indica a proporção de espécies compartilhadas entre duas amostras em relação
ao total, com dados de presença e ausência, por meio da fórmula:

𝑱 = 𝑺𝒄𝒐𝒎/ 𝑺

Onde Scom é o número de espécies em comum nas duas amostras e S é o total de


espécies no conjunto de amostras.

A utilização deste índice permite comparações entre a composição faunística de áreas


com diferentes coberturas vegetais (áreas degradadas ou atropizadas, áreas em recuperação
ambiental e áreas florestadas remanescentes).

Foi gerada a curva do coletor (ou curva de acumulação de espécies), como indicativo
da suficiência amostral, ou seja, para verificar se a amostragem realizada foi suficiente para
registrar o número de espécies total da comunidade faunística. Tal análise contribui para a
determinação da continuidade e intensidade dos estudos para a fase posterior deste
empreendimento.

As espécies coletadas foram classificadas conforme a sua constância na comunidade


amostrada. O critério para esta classificação foi o percentual do número de amostragens em
que a espécie foi registrada em relação ao número total de amostragens. Assim, a constância
de cada espécie na amostra é dada pela expressão:

𝑪 = (𝒑 𝒙 𝟏𝟎𝟎)/ 𝑷

Onde p é o número de coletas contendo a espécie e P é o número total de coletas.

www.forteamb.com 240
As espécies que obtiveram valor de C > 50% são consideradas constantes, com C entre
25% e 50% como acessórias e, aquelas com valor de C < 25%, consideradas acidentais.

Para a análise da composição ictiofaunística, além das metodologias apresentadas, foi


calculada a Captura por Unidade de Esforço (CPUE) com os resultados de capturas efetuadas
com redes de espera. A CPUE foi calculada para o número de exemplares e para a biomassa
de acordo com a equação:

𝑪𝑷𝑼𝑬 = 𝑵/ (𝒎² 𝒙 𝒉)

Na qual N é o número total de espécimes coletados ou biomassa total coletada (em


gramas), m² é a área total das redes de espera expostas e h é o tempo de exposição.

8.2.1.1.2.8 Pontos de amostragem

Os pontos de amostragem foram definidos de acordo com a análise e


geoprocessamento de ortofotografias obtidas com drone e base cartográfica oficial no
formato shapefile geoprocessada em software para Sistema de Informação Geográfica (SIG).
Através da compilação dos dados foi possível determinar o trecho do rio Guarani afetado pelo
empreendimento, bem como a caracterização da área de influência em ambas as margens. É
importante mencionar que os pontos foram alocados centralmente em uma área que foi
escolhida para a amostragem.

Foram determinados 03 pontos para levantamento de fauna aquática, sendo eles à


montante do empreendimento (ICTIO 01), no rio logo à jusante do ponto de captação de água
(ICTIO 02) e à jusante da casa de força (ICTIO 03). A definição dos pontos de amostragem na
área de influência da CGH Guarani levou em consideração a necessidade de abranger a maior
gama disponível de ambientes aquáticos no trecho de implantação do empreendimento no
rio Guarani.

Alocou-se também, 03 pontos para levantamento de fauna terrestre. O primeiro (FAU


01), a montante da captação da água, o segundo ponto (FAU 02) foi alocado no trecho de
vazão reduzida do empreendimento e o terceiro ponto (FAU 03) localizado a jusante da casa
de força.

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Os dados resumidos e as coordenadas geográficas dos pontos de levantamento de
fauna podem ser observados na Tabela abaixo.

Tabela 66 - Pontos amostrais para a fauna aquática e terrestre.

FAUNA AQUÁTICA
COORDENADAS UTM
PONTO LOCALIZAÇÃO DESCRIÇÃO
(SIRGAS 2000)
Local caracterizado com remanso, com locais
Localiza-se a
25°21'57.73"S semi-lóticos, com vegetação ciliar pouco
ICTIO 01 montante da
53° 5'35.88"O presente em ambas as margens, predomínio
captação da água
de plantação e pastagem.
Localiza-se à Consiste em trecho com características com
jusante do ponto 25°22'9.32"S remanso e corredeiras. A vegetação ciliar é
ICTIO 02
de captação de 53° 5'3.45"O praticamente ausente na margem direita e
água esquerda.
Caracteriza-se como um ambiente com
características semi-lóticas. Ficando as
Localiza-se a
25°22'46.63"S margens direita com uma área de app e
ICTIO 03 jusante da futura
53° 5'59.96"O posteriormente área de pastagem e na
casa de força
margem esquerda praticamente área
florestada.
FAUNA TERRESTRE
COORDENADAS UTM
PONTO LOCALIZAÇÃO DESCRIÇÃO
(SIRGAS 2000)
Localizado a montante da captação da água, o
Montante da 25°22'1.51"S sítio amostral apresenta pequenas áreas
FAU 01
captação da água. 53° 5'40.45"O florestais, sendo a maior parte pastagem e
plantação.
Trecho de vazão Localizado no trecho de vazão reduzida,
25°22'30.85"S
FAU 02 reduzida do apresenta vegetação nativa e pequena área de
53° 4'49.42"O
empreendimento. pastagem.
Margem direita Localizado a jusante da casa de força,
25°22'53.30"S
FAU 03 localiza-se a casa apresenta vegetação nativa e pequena área de
53° 5'46.37"O
deforça. pastagem.

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Figura 110 - Localização dos pontos amostrais para o levantamento de fauna terrestre e aquática da CGH Guarani.

Figura 111- Área do Ponto 01 para o levantamento de fauna terrestre e aquático.

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Figura 112 - Imagem aérea do Ponto 02 para o levantamento da fauna terreste e aquática (FAU 02 e ICTIO 02).

Figura 113 - Imagem aérea do Ponto 03 para o levantamento da fauna terrestre e aquática (FAU 03 e ICTIO
03).

8.2.1.2 Caracterização faunística e paisagística

8.2.1.2.1 Caracterização da paisagem sob a perspectiva da fauna

Os tópicos elencados acima serão retratados no tópico 8.2.2 – flora - do presente


estudo.

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8.2.1.2.2 Caracterização da comunidade faunística

8.2.1.2.2.1 Invertebrados terrestres

• Introdução

As modificações dos ambientes vêm refletindo na simplificação de habitats e


consequentemente reduzindo a biodiversidade e até mesmo provocando a extinção local de
espécies (NEWBOLD et al., 2015). O estudo da riqueza e abundância de organismos tem sido
empregado para avaliar mudanças nos ecossistemas (SOLAR et al., 2016; PARR et al., 2017).
Os insetos são indicadores ecológicos para a avaliação de impactos que venham a ocorrer em
uma determinada região (PARR et al., 2017; FERNANDES; SOUZA, 2018). A crescente pressão
sobre habitats agrega maior importância às avaliações focadas na biodiversidade e nos
descritores ambientais associados (WILSON, 2000; SOLAR et al., 2016). Alterações ambientais
como a fragmentação dos remanescentes florestais (NEWBOLD et al., 2015), a implantação
de hidrelétricas para a produção de energia e o processo de urbanização têm sido apontados
como as maiores ameaças à conservação (LUTINSKI et al., 2017; FERNANDES; SOUZA, 2018).

O impacto do desmatamento, fragmentação de habitat, introdução de espécies


exóticas e práticas agrícolas irracionais estão entre as principais causas da diminuição das
populações nativas de polinizadores (KEVAN; PHILLIPS, 2001; KREMEN et al., 2002, STEFFAN-
DEWENTER et al., 2006). Suspeita-se que tal diminuição provoque a baixa produção de frutos
e sementes nas plantas agrícolas, com consequências econômicas generalizadas. A
reprodução de plantas nativas também pode ser afetada, e isso pode causar extinções locais
de populações de plantas, bem como dos animais dependentes das mesmas (PINHEIRO-
MACHADO; SILVEIRA, 2006). Assim como a maioria dos ecossistemas brasileiros a Mata
Atlântica sofre consequências das ações antrópicas praticadas no Sul do Brasil.

As hidrelétricas representam uma importante alternativa na geração de energia frente


ao uso de combustíveis fósseis, contudo, os impactos ambientais decorrentes da instalação e
operação das usinas ainda são pouco conhecidos sobre a entomofauna (BARBOSA FILHO,
2013). Durante a construção, os impactos conhecidos estão relacionados à supressão da
vegetação, remoção de terra e compactação do terreno por maquinas, alagamento e demais
ações que podem destruir remanescentes de vegetação e impossibilitar a permanência de

www.forteamb.com 245
espécies de animais (MEIRELES, 2008). Depois de implantada, a usina pode interferir na
dinâmica do ecossistema diretamente afetado (BARBOSA FILHO, 2013).

Na região sul do Brasil, 48 Usinas Hidrelétricas (UHE) e 146 Pequenas Centrais


Hidrelétricas (PCH) encontram-se em operação (ANEEL, 2016). Na matriz energética
brasileira, as hidrelétricas representam uma alternativa de menor impacto comparado às
usinas que utilizam combustíveis fósseis (KLIEMANN; DALARIVA, 2015). As alterações
decorrentes da implantação de hidrelétricas se traduzem na perda de habitats, no
deslocamento de espécies e em uma reestruturação do ecossistema adjacente ao lago
formado (BRASIL, 2012). O estado do Paraná se notabilizou por ser o primeiro dentre os
estados da Região Sul do Brasil a exigir o inventário da fauna de invertebrados em estudos de
impacto ambiental e relatórios de impacto ambiental (EIA/RIMA) e isso tem acrescentado
significativo conhecimento acerca da ocorrência e distribuição da entomofauna (LUTINSKI et
al., 2017).

O estudo de organismos tem sido umas das técnicas utilizadas para se avaliar
mudanças no ambiente. Alguns insetos são indicadores ecológicos para a avaliação do
impacto que venha a ocorrer em uma determinada região (NETO et al., 1995). Apesar da
dificuldade na seletividade de um determinado grupo, considerando os métodos de captura
disponíveis e a ocorrência de registros acidentais, os estudos têm dado ênfase à ordem
Hymenoptera. Para Lockwood et al. (1996), os Hymenoptera são indicadores de
biodiversidade, pois são de fácil amostragem, atingem um largo espectro de hospedeiros
herbívoros e indicam as condições das comunidades vegetais.

O número total de espécies de invertebrados conhecidas no mundo é de


aproximadamente 1.300.000. Estima-se que 96.660 a 129.840 ocorram no Brasil. Os
principais responsáveis por esses números são os insetos, dos quais se conhece
aproximadamente 950 mil espécies no mundo e cerca de 110.000 ocorrem no Brasil. No
Paraná, pioneiro com o levantamento de Sakagami et al. (1967), destacam-se os trabalhos
desenvolvidos por Laroca et al. (1982), Barbola e Laroca (1993), Bazilio (1997), Jambour e
Laroca (2004) e JAMBOUR Gonçalves e Melo (2005) no planalto paranaense.

www.forteamb.com 246
Dentre os Hymenoptera, Formicidae constitui uma das famílias mais comuns e melhor
estudadas em diversos aspectos (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990). A riqueza, juntamente com a
abundância e ampla distribuição geográfica, indica que as formigas estão entre os insetos
mais bem sucedidos (BUENO; CAMPOS-FARINHA, 1999). O papel ecológico diversificado das
formigas nos ecossistemas tem lhes conferido destaque. Como predadoras, dispersoras de
sementes, cultivadoras de fungos, polinizadoras (em alguns casos), promovendo ou inibindo
a herbivoria, a presença das formigas em um ambiente é um indicador de inúmeras interações
interespecíficas (SILVESTRE et al., 2003) e por consequência, da diversidade existente
(ARCILA; LOZANO-ZAMBRANO, 2003). Assim, o conhecimento da mirmecofauna se torna
importante para a sua conservação e dos ambientes em que elas se encontram.

A utilização de formigas como bioindicadores tem sido empregada com frequência


(PACHECO et al., 2013; SOLAR et al., 2016; LASTE et al., 2019). Parâmetros ecológicos como a
riqueza e frequência de ocorrências das formigas em um ambiente permitem inferir sobre o
grau de conservação de um dado ambiente, refletindo aspectos acerca da cobertura vegetal,
formação de serapilheira e riqueza e abundância de outros invertebrados (SILVESTRE et al.,
2003; PARR et al., 2017). Possibilitam ainda a caracterização e a comparação de assembleias
de diferentes ambientes (LASTE et al., 2019).

Frequentes na maioria dos ambientes, as formigas são reconhecidas como


bioindicadores, tornando-as uma ferramenta eficaz na avaliação das alterações ambientais,
no acompanhamento da recuperação de áreas degradadas, no monitoramento da
regeneração de áreas florestais e de ambientes impactados (SILVESTRE; BRANDÃO, 2001;
BACCARO et al., 2015). Em ambientes naturais, visto que muitos habitats foram e continuam
sendo transformados ou descaracterizados pela ação antrópica, o estudo das assembleias de
formigas possibilita avaliar o grau de impacto das atividades humanas nesses ambientes
(SILVA; LOECK, 1999; RIZZOTTO et al., 2019). Formigas cumprem essa função por
apresentarem uma ampla distribuição geográfica, serem localmente abundantes,
funcionalmente importantes nos diferentes níveis tróficos, susceptíveis às mudanças
ecológicas e possíveis de serem separados em morfo-espécies (LOUREIRO; QUEIROZ, 1990;
LUTINSKI; GARCIA, 2005).

www.forteamb.com 247
As abelhas são importantes agentes polinizadores e merecem destaque pela sua
importância econômica e ecológica. Delas, depende a reprodução e o fluxo gênico de muitas
espécies vegetais nos diferentes ecossistemas. As vespas representam um complexo grupo
de Hymenoptera, dentre os quais, importantes predadores e parasitoides que constituem
inimigos naturais de espécies potencialmente pragas que atacam pomares.

Neste contexto, o presente estudo objetivou inventariar a entomofauna que ocorre


na área de influência direta (AID) CGH Guarani, a ser implantada no rio Guarani, entre os
municípios de Três Barras do Paraná e Quedas do Iguaçu, antes da implantação do
empreendimento.

• Resultados e discussão

Estimativa de riqueza e abundância

Na área de influência direta (AID) da CGH Guarani, nas duas primeiras amostras, foram
registradas 179 ocorrências de himenópteros, sendo 94 na amostra realizada em março de
2022 (verão) e 85 na amostra realizada em maio de 2022 (outono). Foram identificados 33
táxons, sendo 23 espécies de formigas, cinco espécies de vespas e duas espécies de abelhas
e três de outros insetos. Dentre as formigas, Dorymyrmex brunneus Forel, 1908, Camponotus
atriceps Smith, 1858, Camponotus cameranoi Emery, 1894, Pheidole aberrans Mayr, 1868,
Pheidole laevifrons Mayr, 1887, Pheidole risii Forel, 1892, Pheidole sp. 1 e Odontomachus
chelifer (Latreille, 1802) se destacaram quanto à abundância. Epyris sp. (Bethylidae) se
destacou entre a fauna de vespas e Apis mellifera (Linnaeus, 1758). entre as abelhas. A maior
riqueza foi obtida no Ponto 2 (S = 23), seguida pelo Ponto 1 (S = 18) e o Ponto 3 (S = 16) (Tabela
67). A maior riqueza foi amostrada na amostra 2 (S = 24), seguida pela amostra 1 (S = 21).

Tabela 67 - Riqueza e abundância de formigas, vespas e abelhas amostradas em três pontos na área de
influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação.

Táxon Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Total


Formigas
Subfamília Dolichoderinae
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 7 2 4 13
Linepithema gallardoi (Brèthes, 1914) 0 1 0 1

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Táxon Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Total
Subfamília Ectatomminae
Ectatomma edentatum Roger, 1863 1 0 1 2
Gnamptogenys striatula Mayr, 1884 0 0 1 1
Subfamília Formicinae
Camponotus atriceps Smith, 1858 11 3 2 16
Camponotus cameranoi Emery, 1894 2 4 0 6
Camponotus lespesii Forel, 1886 0 1 0 1
Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 0 1 0 1
Subfamília Myrmicinae
Acromyrmex subterraneus (Forel, 1893) 0 0 2 2
Acromyrmex sp. 1 0 0 1
Crematogaster acuta Fabricius, 1804 1 1 0 2
Pheidole aberrans Mayr, 1868 2 2 4 8
Pheidole dyctiota Kempf, 1972 13 15 13 41
Pheidole laevifrons Mayr, 1887 3 1 5 9
Pheidole pubiventris Mayr, 1887 14 6 4 24
Pheidole risii Forel, 1892 7 7 5 19
Pheidole sp. 1 2 2 1 5
Pheidole sp. 4 1 0 0 1
Solenopsis saevissima (F. Smith, 1855) 0 1 0 1
Solenopsis stricta Emery, 1896 2 0 0 2
Subfamília Ponerinae
Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) 1 3 1 5
Pachycondyla striata Smith, 1858 1 3 0 4
Subfamília Pseudomyrmecinae
Pseudomyrmex sp. 1 0 1 0 1
Vespas
Agelaia sp. 0 0 1 1
Apanteles sp. 0 1 0 1
Cotesia sp. 2 0 1 0 1
Epyris sp. (Bethylidae) 2 0 0 2
Flacopimpla sp. 0 0 1 1
Abelhas
Apis mellifera (Linnaeus, 1758) 1 0 1 2
Ceratina sp. 1 0 1 0 1
Odonata sp. 0 1 0 1
Hemiptera sp. 0 1 0 1
Diptera (Musca sp.) 0 1 1 2
Riqueza das formigas 16 17 12 23
Riqueza das vespas 1 2 2 5
Riqueza das abelhas 1 1 1 2
Riqueza da outros insetos 0 3 1 3

www.forteamb.com 249
Tabela 68 - Riqueza e abundância de formigas, vespas e abelhas amostradas em duas amostras na área de
influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação.

Táxon Amostra 1 Amostra 2


Formigas
Subfamília Dolichoderinae
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 12 1
Linepithema gallardoi (Brèthes, 1914) 0 1
Subfamília Ectatomminae 0 0
Ectatomma edentatum Roger, 1863 0 2
Gnamptogenys striatula Mayr, 1884 0 1
Subfamília Formicinae 0 0
Camponotus atriceps Smith, 1858 6 10
Camponotus cameranoi Emery, 1894 6 0
Camponotus lespesii Forel, 1886 0 1
Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 1 0
Subfamília Myrmicinae 0 0
Acromyrmex subterraneus (Forel, 1893) 0 2
Acromyrmex sp. 0 1
Crematogaster acuta Fabricius, 1804 0 2
Pheidole aberrans Mayr, 1868 5 3
Pheidole dyctiota Kempf, 1972 25 16
Pheidole laevifrons Mayr, 1887 3 6
Pheidole pubiventris Mayr, 1887 9 15
Pheidole risii Forel, 1892 9 10
Pheidole sp. 1 2 3
Pheidole sp. 4 1 0
Solenopsis saevissima (F. Smith, 1855) 1 0
Solenopsis stricta Emery, 1896 1 1
Subfamília Ponerinae 0 0
Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) 2 3
Pachycondyla striata Smith, 1858 3 1
Subfamília Pseudomyrmecinae 0 0
Pseudomyrmex sp. 1 1 0
Vespas 0 0
Agelaia sp. 0 1
Apanteles sp. 0 1
Cotesia sp. 2 0 1
Epyris sp. (Bethylidae) 2 0
Flacopimpla sp. 0 1
Abelhas 0 0
Apis mellifera (Linnaeus, 1758) 1 1
Ceratina sp. 1 0 1
Odonata sp. 1 0
Hemiptera sp. 1 0
Diptera (Musca sp.) 2 0

Estimativa de frequência

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Quanto à constância nas amostras, a espécie Pheidole dyctiota Kempf, 1972 foi
constante e a espécie Pheidole pubiventris Mayr, 1887 foi acessória. Todas as demais foram
classificadas como acidentais. Quanto à dominância, Pheidole dyctiota Kempf, 1972, Pheidole
pubiventris Mayr, 1887, Pheidole risii Forel, 1892, Agelaia sp., Apanteles sp., Cotesia sp. 2,
Epyris sp. (Bethylidae), Flacopimpla sp., Apis mellifera (Linnaeus, 1758), Ceratina sp. 1,
Odonata sp., Hemiptera sp. e Diptera (Musca sp.) foram classificadas como dominantes. Todas
as espécies tiveram ocorrências acidentais (Tabela 69).

Tabela 69 - Frequência, constância e dominância da fauna de formigas, vespas e abelhas amostradas na área
de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação.

Táxon Frequência Constância Dominância


Formigas
Subfamília Dolichoderinae
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 7,8 Acidental Não dominante
Linepithema gallardoi (Brèthes, 1914) 0,6 Acidental Não dominante
Subfamília Ectatomminae
Ectatomma edentatum Roger, 1863 1,2 Acidental Não dominante
Gnamptogenys striatula Mayr, 1884 0,6 Acidental Não dominante
Subfamília Formicinae
Camponotus atriceps Smith, 1858 9,6 Acidental Não dominante
Camponotus cameranoi Emery, 1894 3,6 Acidental Não dominante
Camponotus lespesii Forel, 1886 0,6 Acidental Não dominante
Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 0,6 Acidental Não dominante
Subfamília Myrmicinae
Acromyrmex subterraneus (Forel, 1893) 1,2 Acidental Não dominante
Acromyrmex sp. 0,6 Acidental Não dominante
Crematogaster acuta Fabricius, 1804 1,2 Acidental Não dominante
Pheidole aberrans Mayr, 1868 4,8 Acidental Não dominante
Pheidole dyctiota Kempf, 1972 24,7 Constante Dominante
Pheidole laevifrons Mayr, 1887 5,4 Acidental Não dominante
Pheidole pubiventris Mayr, 1887 14,5 Acessória Dominante
Pheidole risii Forel, 1892 11,4 Acidental Dominante
Pheidole sp. 1 3,0 Acidental Não dominante
Pheidole sp. 4 0,6 Acidental Não dominante
Solenopsis saevissima (F. Smith, 1855) 0,6 Acidental Não dominante
Solenopsis stricta Emery, 1896 1,2 Acidental Não dominante
Subfamília Ponerinae
Odontomachus chelifer (Latreille, 1802) 3,0 Acidental Não dominante
Pachycondyla striata Smith, 1858 2,4 Acidental Não dominante
Subfamília Pseudomyrmecinae

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Pseudomyrmex sp. 1 0,6 Acidental Não dominante
Vespas
Agelaia sp. 16,7 Acidental Dominante
Apanteles sp. 16,7 Acidental Dominante
Cotesia sp. 2 16,7 Acidental Dominante
Epyris sp. (Bethylidae) 33,3 Acidental Dominante
Flacopimpla sp. 16,7 Acidental Dominante
Abelhas
Apis mellifera (Linnaeus, 1758) 66,7 Acidental Dominante
Ceratina sp. 1 33,3 Acidental Dominante
Odonata sp. 25,0 Acidental Dominante
Hemiptera sp. 25,0 Acidental Dominante
Diptera (Musca sp.) 50,0 Acidental Dominante

Estimativa de riqueza

A riqueza da subfamília Mymicinae predomina nas amostras da mirmecofauna do sul


do Brasil (ULYSSÉA et al., 2011; FLECK; CANTARELLI; GRANZOTTO, 2015; LUTINSKI et al., 2017;
RIZZOTTO et al., 2019). Formigas Myrmecíneas exercem uma variedade de funções
ecossistêmicas, ocupam diferentes nichos, colonizam diferentes estratos desde o subsolo,
serrapilheira até o topo do dossel e algumas espécies estabelecem relações com fungos,
plantas e até mesmo outras formigas (FERNÁNDEZ, 2003; BACCARO et al., 2015). Enquanto
formigas Atta (cortadeiras) se alimentam de fungos cultivados sobre folhas frescas, Pheidole
se caracterizam como generalistas (BACCARO et al., 2015).

A subfamília Myrmecinae é diversificada e abundante nos Biomas brasileiros como a


Mata Atlântica e Cerrado, tanto em número de gêneros quanto de espécies. Algumas
características são marcantes para o sucesso dessas formigas, entre elas destacam-se a
diversidade de hábitos alimentares e de nidificação (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990). A
predominância de Myrmicinae pode ser explicada pelo fato de ser um grupo adaptado às
alterações nas diferentes condições do ambiente podendo ocupar diversos nichos (FOWLER
et al., 1991).

O gênero Pheidole foi o mais rico no inventário. São descritas como formigas epígeas,
onívoras e dominantes (SILVESTRE et al., 2003). A diversidade de espécies deste gênero
descrito para o Brasil (BACCARO et al., 2015) faz com que seja comum o registro de dezenas

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de espécies em estudos localizados. A ampla distribuição geográfica e a grande habilidade de
dispersão fazem com que algumas espécies se tornem localmente abundantes. Silvestre et al.
(2003) associam a estes gêneros a nidificação no solo, formação de grandes colônias,
indivíduos pequenos, monomórficos ou dimórficos com comportamento generalista e
agressivo. São frequentemente encontradas em ambientes antropizados (LUTINSKI; GARCIA,
2005, LUTINSKI et al., 2014). Estes fatores contribuem para o sucesso das formigas deste
gênero colonizarem diferentes ambientes na AID.

Formigas dos gêneros Pheidole são conhecidas como dominantes onívoras de solo. A
ampla distribuição geográfica e a habilidade de dispersão fazem com que algumas dessas
espécies se tornem localmente abundantes. Esta condição de impacto ambiental se observa
na prática já que a AID é formada por um mosaico de ambientes ocupados pela agricultura,
restando apenas pequenos remanescentes de fragmentos florestais capazes de abrigar uma
entomofauna mais diversificada.

Formigas do gênero Acromyrmex são abundantes no sul do Brasil (LUTINSKI et al.,


2008; LUTINSKI et al., 2013). São assinaladas nove espécies com ocorrência na região oeste
de Santa Catarina (ULYSSÉA et al., 2011) e dez para o Estado do Rio Grande do Sul (LOECK et
al., 2003). Pertencem a este gênero algumas das espécies com o maior potencial de causar
danos econômicos, já que estão associadas aos desequilíbrios ambientais que resultam em
desequilíbrios populacionais destas formigas e levam ao aumento da massa vegetal cortada
(FERNÁNDEZ, 2003; BACCARO et al., 2015). São formigas polimórficas, endêmicas da região
neotropical, que exercem importante papel na manutenção do solo, lugar que usam para a
construção de seus ninhos. Suas galerias desempenham papel importante na aeração
enquanto que seus excrementos e resíduos vegetais residuais da ação dos fungos e têm
função de enriquecer o solo (SILVESTRE et al., 2003). Na AID foram amostradas duas espécies
deste gênero indicando elevado grau de impacto em que o ambiente se encontra
previamente a implantação da CGH.

A subfamília Formicinae é a segunda mais rica, dentre Formicidae, na região


Neotropical (MARTINS et al., 2020). Essa subfamília possui gêneros abundantes, são de fácil
amostragem, a maioria possui hábitos arborícolas, enquanto outras habitam o solo ou a
serapilheira (BACCARO et al., 2015). O gênero Camponotus é constantemente registrado em

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amostras na Mata Atlântica austral (CANTARELLI et al., 2015; LUTINSKI et al., 2017). Formigas
Camponotus são formigas generalistas, embora possam estabelecer relações estreitas com
outros insetos, como os afídeos que ocorrem em todos os biomas terrestres da região
Neotropical, ocupam diferentes nichos em ambientes conservados (SILVESTRE et al., 2003)
inclusive ambientes antropizados como áreas urbanas (VEIGA et al., 2015; LUTINSKI et al.,
2017).

O gênero Camponotus foi o segundo mais rico no inventário. Aproximadamente 400


espécies deste gênero são descritas para a região neotropical, dentre as quais se observa
acentuado polimorfismo e a onivoria é muito frequente. Podem ser observadas forrageando
desde o solo até a copa das árvores. A defesa química e o mutualismo são comumente
observados nas relações com outros organismos (SILVESTRE et al., 2003). Formigas deste
gênero são comuns estudos na região sul do Brasil (ULYSSÉA et al., 2011) e frequentes em
ambientes antropizados (LUTINSKI et al., 2013; LUTINSKI et al., 2014). Camponotus crassus e
C. rufipes são amplamente distribuídas em Santa Catarina (ULYSSÉA et al., 2011) e comuns
em ambientes antropizados.

A subfamília Ponerinae se destaca quanto à riqueza e a abundância nas amostras já


realizadas em Unidades de Conservação e fragmentos florestais da região Sul do Brasil
(LUTINSKI et al., 2018). O gênero Pachycondyla é frequentemente amostrado na região sul do
Brasil (CANTARELLI et al., 2015; RIZZOTTO et al., 2019). Formigas desse gênero são
encontradas no solo e serapilheira, onde constroem seus ninhos e forrageiam. São
predadoras especializadas e indicam a presença de uma fauna diversificada de pequenos
artrópodes que servem como suas presas.

Caracterizadas como predadoras grandes epígeas, as formigas do gênero


Pachycondyla apresentam como características em comum o hábito predador, colônias
pequenas e o comportamento agressivo (SILVESTRE et al., 2003). Segundo Lattke (2003),
embora sejam predadoras especializadas, aproveitam-se também de outras fontes de
carboidratos e proteínas que estejam à disposição no ambiente. As operárias são
monomórficas com pouca diferenciação em relação à rainha e possuem um aguilhão bem
desenvolvido que serve como mecanismo de defesa. A maioria das espécies está associada a
ambientes fechados e úmidos, embora algumas espécies possam ser encontradas em áreas

www.forteamb.com 254
abertas e secas. As formigas do gênero Pachycondyla são fáceis de serem observadas no
campo quando caçam sobre o solo. Constroem seus ninhos em locais variados desde o solo
até a copa das árvores (LATTKE, 2003).

Dolichoderinae é registrada de forma constante nas amostras realizadas no Bioma


Mata Atlântica. De maneira geral, costumam apresentar relações com algumas plantas, das
quais extraem líquidos açucarados dos nectários florais para sua alimentação (RODRIGUES et
al., 2008). O gênero Linepithema engloba formigas generalistas que suportam a fragmentação
e ambientes antropizados (LUTINSKI et al., 2017). O caráter onívoro verificado neste grupo,
as tornam fáceis de serem amostradas. Suas interações agressivas com outras espécies as
tornam importantes agentes causadores de danos tanto à fauna quanto à flora local.

Formigas pertencentes aos gêneros Ectatomma, Gnamptogenys, Odontomachus e


Pseudomyrmex encontram abrigo e alimento na serapilheira e/ou na vegetação (SILVESTRE
et al., 2003). Os registros das formigas destes gêneros nos pontos amostrados apontam a
relação dos remanescentes florestais (fragmentos) na conservação desta riqueza. A onivoria
é uma característica das formigas pertencentes aos gêneros Brachymyrmex, Crematogaster e
Nylanderia (SILVESTRE et al., 2003, LUTINSKI et al. 2014). O recrutamento massivo e o
tamanho diminuto destas espécies (SILVESTRE et al.; 2003) podem favorecer o domínio pelas
fontes de alimento e a colonização de diferentes ambientes, mesmo antropizados.

As vespas Braconidae consistem na segunda maior família dentro dos himenópteros


com pelo menos 40.000 espécies descritas (SHARKEY, 1993). Além da riqueza, são comuns e
abundantes em todos os ecossistemas terrestres desempenham papel importante no
equilíbrio destes ecossistemas devido à sua habilidade de regular populações de insetos
fitófagos. Isto os faz essenciais na manutenção do balanço ecológico e uma força
colaboradora para a diversidade de outros organismos (LA SALLE; GAULD, 1993).
Ichneumonidae é a maior família dos Hymenoptera, com mais de 35.000 espécies conhecida
apenas na região neotropical (GAULD et al., 2002). Essa família inclui grande número de
táxons, muitos monofiléticos (WAHL, 1993), quase todos ricos em gêneros e espécies com
diversas interações ecológicas, podendo apresentar padrões de diversidade biológica que
contribuem para a manutenção e evolução dos diversos ecossistemas terrestres (BUTIGNOL,
1992).

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As abelhas eussociais (Apidae, Apinae) constituem a principal biomassa de insetos que
visitam as flores de vários grupos de plantas em ecossistemas naturais e agrícolas nas regiões
tropicais (MICHENER, 1979). Essas abelhas apresentam longo período de atividade, colônias
perenes e sofisticados sistemas de comunicação (SEELEY, 1985). Apis mellifera se tornou o
visitante floral mais comum nos ambientes tropicais (ROUBIK, 2000).

Os parasitoides são os mais importantes agentes de controle biológico e responsáveis


pela maioria dos benefícios econômicos e ambientais produzidos pelos programas com essa
finalidade, podendo fornecer subsídios para os estudos de biologia e conservação. Como
agentes de controle biológico, eles reagem ao tamanho das populações de seus hospedeiros.
Sua ação de mortalidade aumenta com o aumento da população dos hospedeiros e diminui
com o decréscimo da mesma. As duas populações ligadas flutuam entre si de modo a impedir
tanto o aumento em massa como a extinção da população de hospedeiros (GREATHEAD,
1986).

As amostras da entomofauna realizada no outono foi um pouco mais rica e diversa


que a amostra realizada no verão. O índice de diversidade de Shannon (H’) para a amostra
realizada no outono foi de 2,61, em comparação a amostra realizada no verão foi de 2,51. O
índice de equitabilidade de Pielou (J´) foi de 0,82 em ambas as amostras. O estimador Chao 1
apontou que a fauna de Hymenoptera pode ser 39,8% maior do que a amostrada (Tabela 70).

Tabela 70 - Indicadores ecológicos da assembléia de formigas, vespas e abelhas na área de influência direta da
CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase de pré-implantação.

Índices Amostra 1 Amostra 2


Riqueza 21 24
Abundância 94 85
Shannon (H´) 2,51 2,61
Equitabilidade (J´) 0,82 0,82
Chao 1 26,6 43,5

Comparação dos índices calculados entre as áreas amostrais e entre os índices obtidos
para cada espécie registrada

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De forma semelhante ao que foi verificado entre as amostras, as dos pontos também
diferiram entre si. A diversidade de Shanon para o Ponto 2 foi de 2,69, enquanto para o Ponto
1, 2,41 e para o Ponto 3, 2,39. A Equitabilidade foi 0,84, 0,86 e 0,86 para os pontos 1, 2 e 3,
respectivamente. A maior estimativa Chao 1 (42,5) foi verificada para o Ponto 2 (Tabela 71).

Tabela 71 - Indicadores ecológicos de três pontos da assembleia de formigas, vespas e abelhas amostradas na
área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação.

Índices Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Total


Riqueza 18 23 16 33
Abundância 72 60 47 179
Shannon (H´) 2,41 2,69 2,39 2,73
Equitabilidade (J´) 0,84 0,86 0,86 0,78
Chao 1 21,5 42,5 25,3 46,1

O valor do índice de diversidade indica que a comunidade de insetos presente na AID


da PCH é pobre quanto comparada à entomofauna encontrada em áreas com características
semelhantes encontradas na região (LUTINSKI et al., 2008). Segundo Pinto-Coelho (2000), o
índice de equitabilidade varia entre zero e um, sendo o resultado maior que 0,5 é considerado
um indicativo de uniformidade na distribuição das espécies no local avaliado. A distribuição
das espécies de formigas nas quatro amostras foi homogênea (J’). A heterogeneidade nas
amostras realizadas nas três estações amostradas revela-se uma informação ecológica
importante (VARGAS et al., 2007), já que os insetos têm suas atividades reguladas pela
temperatura. Neste sentido, explica-se a menor riqueza observada na amostra realizada no
inverno, período de temperaturas mais baixas em relação às amostras realizadas na
primavera e no verão. Os indicadores ecológicos apresentam pequena variação entre as
amostras realizadas durante e a amostra após a implantação do empreendimento.

Curva de acumulação de espécies

As curvas de acumulação de espécies associadas ao método de rarefação indicaram


que o esforço amostral não amostrou completamente a entomofauna, nem nas amostras
(Gráfico 14) e nem nos pontos de amostragem (Gráfico 15), pois as curvas não alcançaram
assíntota. Quanto aos pontos, o Ponto 2 apresentou a maior riqueza. O padrão foi ratificado

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pelas estimativas (Chao 1) indicando que a riqueza de Hymenoptera pode ser maior do que
aquela amostrada. Chao et al. (2009) estimam que o esforço amostral adicional necessário
para coletar todas as espécies existentes em ambiente pode ser de até 10 vezes superior ao
esforço original.

Gráfico 14 - Comparativo pelo método de rarefação de duas amostras (verão e outono) da assembleia de
formigas, vespas e abelhas amostradas na área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de
2022, durante a fase pré implantação.

Gráfico 15 - Comparativo pelo método de rarefação da assembleia de formigas, vespas e abelhas amostradas na
área de influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação.

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Comparação dos índices calculados entre as áreas amostrais e entre os índices obtidos
para cada espécie registrada

A sazonalidade exerceu influência na composição e na abundância da fauna de


Hymenoptera, sobre as amostras, independentemente dos pontos de amostragem. Com uma
similaridade aproximada de 50%, as amostras obtidas no verão se assemelharam às amostras
do outono (Figura 91). Este resultado indica que, independentemente da cobertura vegetal e
da implantação da CGH os fatores climáticos podem ter sido determinantes para a abundância
e a composição das espécies nas amostras.

Figura 114 - Similaridade (Bray-Curtis) da assembleia de formigas, vespas e abelhas amostradas na área de
influência direta da CGH Guarani, março de 2022 e maio de 2022, durante a fase pré-implantação. Am: amostra.
P: ponto.

Considerações finais

A riqueza amostrada nas campanhas sazonais se mostrou em acordo com o esperado,


ou seja, a hipótese de regulação da atividade da entomofauna pelas temperaturas mais
elevadas da primavera (HÖLLDOBLER; WILSON 1990) se confirmou. Temperatura e umidade

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durante as campanhas de amostragem podem estar associadas ao resultado verificado.
Períodos de baixas temperaturas como as que são comuns na região, no período das amostras
(agosto e novembro) podem explicar as ocorrências de determinadas espécies nas amostras
e a ausência de outras.

Considerando riqueza, a abundância e a diversidade de Hymenoptera amostrados e


os indicativos de impacto antrópico existente na AID da CGH, verificados in loco, tais como o
uso do solo do entorno para a agricultura e a fragmentação dos ambientes, pode-se afirmar
que o impacto do empreendimento sobre a fauna de invertebrados será pequeno. A
ocorrência de espécies exclusivas em cada amostra é um indicativo de que a flutuação
populacional da fauna da entomofauna vem sendo impactada por fatores sazonais.

Em que pese pequenas variações espaciais na riqueza da entomofauna, a


biodiversidade de insetos amostrados se resume a espécies comuns, amplamente distribuídas
na região sul do Brasil e características de ambientes antropizados.

8.2.1.2.2.2 Invertebrados aquáticos

• Introdução

A ação antrópica sobre os corpos d´água vem impactando o ambiente, gerando


desestruturação da paisagem, alterações das características químicas que resultam em
alterações da dinâmica e estrutura das comunidades biológicas. A redução acentuada da
biodiversidade aquática é visivel, onde o uso de bioindicadores permite a avaliação dos efeitos
ecológicos nos ambientes (CALLISTO; MORENO; BARBOSA, 2001a). Os macroinvertebrados
aquáticos são excelentes bioindicadores, usados frequentemente em avaliações da qualidade
de ambientes aquáticos (QUEIROZ; SILVA; TRIVINHO-STRIXINO, 2008). As avaliações são
realizadas por meio do estudo dos parâmetros de comunidade dos macroinvertebratados
aquáticos utilizando aspectos ecológicos dos organismos, que permitem a avaliação do status
de qualidade de um determinado corpo d´água e do ambiente adjacente (DOMÍNGUEZ;
FERNÁNDEZ, 2009a).

www.forteamb.com 260
• Resultados e discussão

Estimativa de abundância

Nos ambientes amostrados, durante as duas campanhas, foram coletados e


identificados 339 organismos, distribuídos em 17 táxons (Tabela 72Erro! Fonte de referência n
ão encontrada.). Os macroinvertebrados aquáticos coletados nesse estudo são dos filos
Annelida, Arthropoda e Mollusca, sendo Arthropoda o de maior riqueza e abundância, assim
como a Classe Insecta. O filo Arthropoda é o grupo de invertebrados que abrange o maior
número de espécies encontradas em todos ambientes do planeta, suas características
adaptativas permitem a colonização de vários habitats e o preenchimento de diversos nichos
(RUPPERT; FOX; BARNES, 2005). A macrofauna quinal (superfície), pelagial (coluna d’água) e
bental (fundo), na maioria dos ecossistemas aquáticos é dominada numericamente e em
termos de biomassa pela Classe Insecta (HERSHEY et al., 2009).

Estimativa de riqueza

No estudo foram coletadas oito ordens e duas subclasses. Destacando-se as ordens


Diptera com 61,65% (n=209) com 3 famílias de riqueza específica, Oligochaeta com 14,16%
(n=48), e Ephemeroptera com 10,03% (n=34), da abundância total (Gráfico 16).

Gráfico 16 - Riqueza específica (barras claras) e abundância relativa (barras escuras) das Ordens e Subclasses de
macroinvertebrados aquáticos registrados nos ambientes investigados no Estudo Ambiental Simplificado (EAS)
da CGH Guarani.
Riqueza Taxonômica
0 1 2 3 4
Lepidoptera
Hirudinea
Architaeni…
Odonata
Trichoptera
Veneroida
Coleoptera
Ephemero…
Oligochaeta
Diptera
0 50 100
Abundância Relativa (%)
Abundância Relativa (%)

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Na primeira campanha foram identificados 209 organismos em 14 táxons (Tabela 72),
na segunda campanha 130 organismos distribuídos e 13 táxons (Tabela 73). Alguns
organismos encontrados durante o estudo estão ilustrados na Figura 115.
Figura 115 - Organismos encontrados nos ambientes investigados no Relatório Ambiental Simplificado
(RAS) da CGH Guarani. Sendo: (A) Baetidae; (B) Chironomidae; (C) Elmidae; (D) Cyrenidae.

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Tabela 72 - Composição taxonômica dos macroinvertebrados aquáticos registrada na primeira campanha nos ambientes investigados no Estudo Ambiental Simplificado (EAS) da CGH Guarani. AM: Amostra.

CGH Guarani
Composição Taxonômica
Campanha 1
Reservatório - P1 TVR - P2 Casa de Força - P3
Filo Classe Subclasse Ordem Família Total Ponto 01 Total Ponto 02 Total Ponto 03 TOTAL CAMPANHA 1
AM 1 AM 2 AM 3 AM 1 AM 2 AM 3 AM 1 AM 2 AM 3
Oligochaeta 8 2 6 16 3 1 4 8 2 2 26
Annelida Clitellata
Hirudinea 1 1 0 0 1
Coleoptera Elmidae 7 7 1 2 3 2 3 5 15
Ceratopogonidae 0 1 1 0 1
Diptera Chironomidae 17 10 31 58 13 17 10 40 11 8 15 34 132
Simuliidae 2 2 0 0 2
Baetidae 2 1 3 1 5 2 8 1 3 4 15
Arthropoda Insecta Ephemeroptera
Leptophlebiidae 1 1 1 2 1 4 2 2 7
Lepidoptera Pyralidae 0 0 1 1 1
Coenagrionidae 2 2 0 0 2
Odonata
Libellulidae 0 1 1 0 1
Trichoptera Hydropsychidae 1 1 0 2 2 3
Bivalvia Venerida Cyrenidae 1 1 0 0 1
Mollusca
Gastropoda Architaenioglossa Ampullarioidea 0 1 1 1 1 2
Riqueza Específica 5 6 4 10 6 6 5 8 2 7 3 8 14
Abundância Absoluta 29 18 45 92 20 27 19 66 13 17 21 51 209

Tabela 73 - Composição taxonômica dos macroinvertebrados aquáticos registrada na segunda campanha nos ambientes investigados no Estudo Ambiental Simplificado (EAS) da CGH Guarani. AM: Amostra.

CGH Guarani
Composição Taxonômica
Campanha 2
Reservatório - P1 TVR - P2 Casa de Força - P3
Filo Classe Subclasse Ordem Família Total Ponto 01 Total Ponto 02 Total Ponto 03 TOTAL CAMPANHA 2
AM 1 AM 2 AM 3 AM 1 AM 2 AM 3 AM 1 AM 2 AM 3
Annelida Clitellata Oligochaeta 1 3 2 6 4 4 7 3 2 12 22
Elmidae 0 3 3 2 2 5
Coleoptera
Hydrophilidae 0 1 1 1 1 2
Ceratopogonidae 0 2 2 1 1 3
Diptera
Chironomidae 7 3 9 19 1 4 3 8 18 12 14 44 71
Arthropoda Insecta Baetidae 3 3 2 2 1 1 6
Ephemeroptera
Leptophlebiidae 2 2 3 3 1 1 6
Coenagrionidae 0 1 1 1 1 2
Odonata
Libellulidae 1 1 0 0 1
Trichoptera Hydropsychidae 0 0 2 2 2

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Leptoceridae 1 1 1 1 0 2
Cyrenidae 2 1 3 0 0 3
Mollusca Bivalvia Venerida
Sphaeriidae 1 1 2 2 2 2 5
Riqueza Específica 5 4 4 8 5 5 2 10 4 8 2 10 13
Abundância Absoluta 13 8 15 36 10 12 5 27 28 23 16 67 130

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O táxon com maior abundância nas duas campanhas foi Chironomidae com 59,88% de
abundância relativa (n= 203), seguindo de Oligochaeta com 14,16% (n= 48), Baetidae 6,19%
(n= 21), Elmida com 5,90%e Leptophlebiidae com 3,83%. Segundo o Gráfico 17.

Gráfico 17 - Táxons com maior abundância de macroinvertebrados aquáticos registrados nos


ambientes investigados.

Leptophlebiidae

Elmidae

Baetidae

Oligochaeta

Chironomidae

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Abundância Relativa (%)

Curva de acumulação de espécies

A curva de rarefação (Gráfico 18) para os táxons de macroinvertebrados aquáticos


coletados nas duas campanhas está tendendo à assíntota apenas para a segunda campanha
(C2), sugerindo sufiência amostral no número de organismos observados. A primeira
campanha possui ascendência nos valores extrapolados da curva, indicando possível aumento
de número de táxons em maior número de indivíduos coletados. As duas campanhas
apresentam interpolação, indicando similaridade entre as composições. Na segunda
campanha foram coletados menor número de táxons e indivíduos. Devido os valores de
abundância, riqueza e tendência à assíntota, as duas campanhas puderam gerar um
panorama da composição de macroinvertebrados aquáticos e possível avaliação com
comparação dos efeitos ambientais de um futuro empreendimento na área.

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Gráfico 18 - Curva de rarefação de macroinvertebrados aquáticos coletado na primeira campanha (C1) e
segunda campanha (C2) para CGH Guarani.

O ponto amostral com maior abundância foi o Ponto Amostral 01 – Reservatório na


primeira campanha, com 92 organismos, seguido do Ponto Amostral 03 – Casa de força na
segunda campanha com 67 organismos coletados e Ponto Amostral 02 – TVR da primeira
campanha com 66 organismos. Os pontos com maior riqueza foram Ponto Amostral 01 –
Reservatório na primeira campanha, Ponto Amostral 03 – Casa de força da segunda campanha
e Ponto Amostral 02 da segunda campanha, todos com 10 táxons cada. Os pontos amostrais
restantes foram registrados oito táxons em cada. Conforme gráfico 19.

Gráfico 19 - Abundância de acordo ponto amostral e campanha de macroinvertebrados aquáticos


registrados nos ambientes investigados.

Riqueza Específica
0 5 10 15
2º Campanha

P01

P02

P03

P01

P02
1º Campanha

P03

0 20 40 60 80 100
Abundância Total
Abundância Total Riqueza Específica

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Similaridade entre locais amostrados;

A equitabilidade nos pontos amostrais (Gráfico 20), foram calculados valores


relativamente altos para a segunda campanha, e valores medianos na primeira campanha. Os
maiores valores foram calculados para o Ponto 02 na com 0,90 e Ponto 01 com 0,72, ambos
na segunda campanha. No Ponto 03 da segunda campanha foi a menor equitabilidade, com
0,52 e no Ponto 01 com 0,55 na primeira campanha. Apesar dos valores altos para a segunda
campanha, a riqueza e abundância foi bem menor na segunda campanha comparado com a
primeira.

Gráfico 20 - Valores de Equitabilidade calculados para os pontos amostrais durante as duas campanhas.

1 Campanha 1
Campanha 2

0,8
Equitabilidae de PIE

0,6

0,4

0,2

0
P01 P02 P03
Pontos amostrais

O índice biológico de qualidade de água EPT (Gráfico 21) revelou que os pontos foram
enquadrados nas categorias “Ruim”. A maior incidência de indivíduos na utilização do índice
EPT foi da família do Ephemeroptera e Baetidae. Esses organismos são considerados pouco
sensíveis as alterações ambientais, sendo encontrados em locais com níveis intermediários de
degradação, mesmo assim, há espécies nessa família que possuem exigências quanto à locais,
exigindo maior integridade ambiental e tipo de substratos associados (BUSS et al., 2002; BUSS;
SALLES, 2007a; DOMÍNGUEZ et al., 2006). Nos ambientes coletados não ocorreram possíveis
estruturação com presença de vegetação marginal e macrófitas, aumentando a complexidade
e heterogeneidade dos ambientes, possibilitando organismos suportes para a comunidade de
macroinvertebrados aquáticos.

www.forteamb.com 267
A análise do percentual de Chironomidae (Gráfico 21) obteve valores acima de 50% na
maioria das áreas amostradas. O táxon foi o dominante no estudo, onde foram coletados em
locais com folhiços e sedimento (silte, areia e argila). Destacando para o Ponto Amostral 03
da primeira campanha com 66,67% de abundância relativa do táxon. A família Chironomidae
é uma do mais abundante grupo presente em ecossistemas aquáticos, plasticidade
metabólica e alimentar permite uma elevada taxa de sobrevivência e permanência em
habitats com estresse elevado, sendo comumente o grupo dominante na fauna de
macroinvertebrados (CALLISTO; MORENO; BARBOSA, 2001b; TRIVINHO-STRIXINO; STRIXINO,
1995). Os Chironomidae foram o grupo dominante nos locais amostrados. Os trechos
possuíam depósitos de folhiços nas áreas coletadas, esses habitats constituem recurso para
larvas de Chironomidae (MERRITT; CUMMINS; BERG, 2008). Comparando com outros
substratos (e.g lajeado, rochas, areias), os acúmulos de folhiço em riachos de áreas
florestadas são o habitat preferencialmente ocupado por larvas de Chironomidae
(SANSEVERINO; NESSIMIAN, 2008). Deve-se levar em consideração a utilização de outros
indicadores (CARVALHO; UIEDA, 2004), como os descritos no presente estudo.

Gráfico 21 - Índice Biótico de Qua lidade de Água EPT (% EPT) e percentual de


Chironomidae dos macroinvertebrados aquáticos registrados nos ambientes investigados

A utilização de índice integradores com a comunidade de macroinvertebrados


aquáticos é essencial para identificar a qualidade ambiental. O índice BMWP’ engloba todos
os organismos de macroinvertebrados aquáticos e demonstra o panorama dos trechos

www.forteamb.com 268
investigados. Os cálculos do índice BMWP’ para as duas campanhas enquadrou os pontos
amostrais na classe “poluído. Os trechos amostrados possuem composição com pontuação
baixa, devido ao baixo número de táxons coletados, de acordo com o índice BMWP’. Os locais
de coleta das amostras influenciaram fortemente os resultados. Características específicas
influenciaram na variação pequena dos valores para cada ponto amostral e campanha.

Gráfico 22 - Índice BMWP’ dos macroinvertebrados aquáticos registrados nos


ambientes investigados.

As características ambientais nos locais coletados no estudo foram determinantes


para o favorecimento dos táxons Chironomidae (Diptera), Oligochaeta e Baetidae
(Ephemeroptera). A dominância de um ou poucos táxons indica que alguma condição
ambiental está favorecendo determinado grupo de organismos, ou seja, os recursos não estão
sendo particionados de maneira equitativa nesses locais (LAMPERT; SOMMER, 2007).

A família Chironomidae em alta abundância é indicadora de baixa qualidade ambiental


decorrente de alguma perturbação antrópica. Chironomidae é uma das famílias consideradas
tolerantes a poluição, é encontrada comumente em ambientes eutrofisados, pois apresentam
a habilidade de viver em condição de pouca oxigenação, onde se alimentam de matéria
orgânica em decomposição do sedimento (GOULART & CALLISTO, 2003).

Ainda, a família Baetidae é uma das famílias de Ephemeroptera que apresenta mais
tolerante a perturbação ambiental, sendo encontrada tanto em ambientes preservados como

www.forteamb.com 269
em ambientes perturbados (ZAMORA-MUÑOZ; ALBA-TERCEDOR, 1996). Os representantes
desta família têm a habilidade de sobreviver em ambientes com baixa oxigenação e altas
temperaturas, sendo indicadores de moderada à baixa qualidade ambiental (BUSS; SALLES,
2007b).

Diversos organismos podem indicar qualidade ambiental, alguns são mais sensíveis a
perturbações a alterações na paisagem, outros a mudanças na qualidade da água em termos
de qualidade da água, enquanto que outros ainda são abundantes em locais alterados e,
muitas vezes, até poluídos (QUEIROZ; SILVA; TRIVINHO-STRIXINO, 2008).

Os ambientes coletados estão em alto grau de perturbação. Todos os indivíduos


coletados da família de bivalves Cyrenidae, são do gênero Corbicula e são considerados
moluscos exóticos invasores. Foram coletados indivíduos em apenas no ponto amostral 01
nas duas campanhas. A espécie possui alta capacidade de dispersão em ambientes aquáticos,
com o rápido crescimento e alta capacidade reprodutiva (ILARRI et al., 2010). É um dos
moluscos bivalves com alto potencial para desestruturação de ambientes aquáticos de água
doce (MOUTHON, 2001).

Considerações finais

Com relação aos macroinvertebrados observa-se que os trechos do rio estudados


estão perturbados, indicado pelos parâmetros de comunidade observados. As oscilações na
diversidade de macroinvertebrados aquáticos está relacionado fortemente com os habitats e
ambientes coletados ao longo do trecho.

Ocorreu uma dominância do táxon Chironomidae (59,88% dos organismos coletados).


A família Chironomidae é o táxon com maior ocorrência em ambientes aquáticos de água
doce, quando sua abundância está alta, reflete uma indicação de matéria orgânica em excesso
no ambiente. Os valores calculados para o índice BMWP’ foram baixos nas duas campanhas,
classificando os pontos amostrais entre os grupos “poluído”. Além disso, durante as coletas
fora registrado no Ponto Amostral 01 indivíduos da família Cyrenidae, com moluscos do
gênero Corbicula, considerada espécie exótica invasora. As espécies do gênero possuem alta

www.forteamb.com 270
capacidade de dispersão em ambientes aquáticos e devem ser monitoradas nos ambientes
registrados.

8.2.1.2.2.3 Ictiofauna

• Introdução

Em geral, as comunidades tropicais são muito ricas, possuindo grande número de


espécies e interações complexas. Os peixes são os vertebrados mais antigos, abundantes e
especiosos, sendo que a maioria das espécies atuais vive em águas tropicais. O isolamento
geográfico e reprodutivo, além da história evolutiva de cada população, são fatores que
influenciam na fauna com isso em cada bacia apresentam características próprias, divergindo
mais ou menos entre si (MENEZES et al.,1996).

O conhecimento sobre a ictiofauna de águas continentais tem sido objeto de amplos


estudos em zonas tropicais, subtropicais e temperadas. Porém, em termos comparativos e
em função da riqueza de espécies, os dados obtidos no Brasil são insuficientes, indicando que
maiores esforços em levantamentos certamente revelarão espécies desconhecidas pela
ciência (MENEZES et al.,1996).

Neste sentido faz-se necessário um grande investimento em levantamentos,


catalogação e identificação da taxocenose de peixes, principalmente em rios ameaçados. No
Brasil, são registradas aproximadamente 2.500 espécies (BUCKUP et al.,2007). Isso representa
quase 50% das 6.025 espécies dulcícolas neotropicais estimadas por Reis et al.,(2003) e mais
da metade das 5.000 espécies estimadas por Böhlke et al.(1978) somente para a América do
Sul.

A estimativa mais realista para a região neotropical, no entanto, pode ser a de


Schaeffer (1998) que, baseado na compilação do número de espécies nominais descritas nas
últimas décadas do século XX, considera que o número total de espécies dessa região
biogeográfica poderia chegar a 8.000, representando quase um quarto de todas as espécies
do mundo e um oitavo da diversidade global de vertebrados. Sendo assim, e considerando o
número de 4.475 espécies válidas descritas até 2003 (REIS et al.,2003), boa parte destas 8.000

www.forteamb.com 271
espécies estão ainda por serem descritas. Sendo reconhecido o predomínio de espécies de
Characiformes e Siluriformes na região neotropical (LOWE-MCCONNELL, 1999).

O rio Iguaçu é, entre os rios paranaenses, o de maior bacia hidrográfica, abrangendo


uma área de aproximadamente 72.000 km², da qual 79% pertencem ao Estado do Paraná,
19% ao Estado de Santa Catarina e 2% à Argentina (ELETROSUL, 1978). Os primeiros trabalhos
envolvendo espécies do rio Iguaçu foram conduzidos por Hasemann (1911a, 1911b), que
descreveu 13 espécies de peixes em sua expedição ao rio Iguaçu para descrição de espécies
da flora e fauna. Severi e Cordeiro (1994) encontraram 47 espécies em um catálogo de peixes
da bacia, seguidos por Garavello, Pavanelli e Suzuki (1997), que encontraram 52 espécies na
região do reservatório de Segredo. Já os pesquisadores Baumgartner, Baumgartner, Pavanelli,
Silva, Frana, Oliveira e Michelon (2006) registraram 41 espécies na área de influência do
reservatório de Salto Osório. Em contrapartida, Ingenito, Duboc e Abilhoa (2004), além de
registrar 41 espécies em seu estudo de peixes da região do alto Iguaçu, relataram a existência
de 84 espécies conhecidas nessa bacia hidrográfica.

• Dados secundários

A seguir são apresentadas as espécies da bacia do baixo rio Iguaçu seguindo Nelson
(2006) para ordens, Cyprinidae, Centrarchidae e famílias de Siluriformes. Já os pesquisadores
Reis, Kullander e Ferraris (2003) apresentam para demais famílias, com exceção de
Characidae e Serrasalmidae, que seguem Mirande (2009). E as espécies ameaçadas seguem
BRASIL (2018).

Tabela 74 - Espécies encontradas no bacia do Baixo do Rio Iguaçu com base em Nelson (2006).

Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
CYPRINIFORMES
Cyprinidae
Ctenopharyngodon idella (Valenciennes, 1844)
Cyprinus carpio Linnaeus,1758
Hypophthalmichthys molitrix (Valenciennes, 1844)
Hypophthalmichthys nobilis (Richardson, 1845)

www.forteamb.com 272
Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
CHARACIFORMES
Parodontidae
Apareiodon vittatus Garavello, 1977
Curimatidae
Cyphocharax cf. santacatarinae (Fernández-Yépez,
1948)
Steindachnerina brevipinna (Eigenmann &
Eigenmann, 1889)
Prochilodontidae
Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836)
Anostomidae
Leporinus aff. elongatus Valenciennes, 1850
Leporinus friderici (Bloch, 1794)
Leporinus macrocephalus Garavello & Britski, 1988
Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1837)
Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915
Crenuchidae
Characidium sp. 1
Characidium sp. 2
Serrasalmidae
Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887)
Characidae
Astyanax bifasciatus Garavello & Sampaio, 2010
Astyanax dissimilis Garavello & Sampaio, 2010
Astyanax gymnodontus (Eigenmann, 1911)
Astyanax gymnogenys Eigenmann, 1911 VU EN
Astyanax jordanensis Alcaraz, Pavanelli & Bertaco,
VU
2009
Astyanax longirhinus Garavello & Sampaio, 2010
Astyanax minor Garavello & Sampaio, 2010
Astyanax serratus Garavello& Sampaio, 2010
Astyanax sp. 1
Astyanax sp. 2
Gênero indeterminado sp.
Hyphessobrycon reticulatus Ellis, 1911
Oligosarcus longirostris Menezes & Géry, 1983
Salmininae
Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816)
Bryconinae
Brycon hilarii (Valenciennes, 1850)

www.forteamb.com 273
Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
Stevardiinae
Bryconamericus ikaa Casciotta, Almirón &
Azpelicueta, 2004
Bryconamericus pyahu Azpelicueta, Casciotta & Almirón, 2003
Bryconamericus sp.
Cyanocharax aff. alburnus (Hensel, 1870)
Mimagoniates microlepis (Steindachner, 1877)
Erythrinidae
Hoplias sp. 1
Hoplias sp. 2
SILURIFORMES
Trichomycteridae
Trichomycterus castroi de Pinna, 1992
Trichomycterus crassicaudatus Wosiacki & de
EN
Pinna, 2008
Trichomycterus davisi (Haseman, 1911)
Trichomycterus igobi Wosiacki &de Pinna, 2008 EN
Trichomycterus mboycy Wosiacki & Garavello,
EN
2004
Trichomycterus papilliferus Wosiacki & Garavello,
EN
2004
Trichomycterus plumbeus Wosiacki & Garavello,
2004
Trichomycterus stawiarski (Miranda Ribeiro, 1968)
Trichomycterus taroba Wosiacki & Garavello, 2004
Trichomycterus sp. 1
Trichomycterus sp. 2
Callichthyidae
Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758)
Corydoras carlae Nijssen & Isbrücker, 1983
Corydoras ehrhardti Steindachner, 1910
Corydoras aff. paleatus (Jenyns, 1842)
Hoplosternum littorale (Hancock, 1828)
Loricariidae
Neoplecostominae
Neoplecostomus sp.
Pareiorhaphis cf. parmula Pereira, 2005
Hypoptopomatinae
Hisonotus yasi (Almirón, Azpelicueta & Casciotta,
2004)

www.forteamb.com 274
Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
Hisonotus sp.
Loricariinae
Loricariichthys cf. melanocheils Reis & Pereira,
2000
Loricariichthys cf. rostratus Reis & Pereira, 2000
Rineloricaria maacki Ingenito, Ghazzi, Duboc & Abilhoa, 2008
Hypostominae
Ancistrus abilhoai Bifi, Pavanelli & Zawadzki, 2009
Ancistrus agostinhoi Bifi, Pavanelli & Zawadzki,
2009
Ancistrus mullerae Bifi, Pavanelli & Zawadzki, 2009
Ancistrus sp.
Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908)
Hypostomus commersoni Valenciennes, 1836
Hypostomus derbyi (Haseman, 1911)
Hypostomus myersi (Gosline, 1947)
Heptapteridae
Heptapterus sp.
“Pariolius” hollandi (Haseman, 1911)
“Pariolius” sp.
Rhamdia branneri Haseman, 1911
Rhamdia voulezi Haseman, 1911
Rhamdia sp.
Ictaluridae
Ictalurus punctatus (Rafinesque, 1818)
Auchenipteridae
Glanidium ribeiroi Haseman, 1911
Tatia jaracatia Pavanelli & Bifi, 2009
Clariidae
Clarias gariepinus (Burchell, 1822)
Pimelodidae
Pimelodus britskii Garavello & Shibatta, 2007
Pimelodus ortmanni Haseman, 1911
Pseudoplatystoma corruscans (Spix & Agassiz,
1829)
Pseudoplatystoma reticulatum Eigenmann & Eigenmann, 1889
Steindachneridion melanodermatum Garavello,
EN
2005
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae

www.forteamb.com 275
Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
Gymnotus inaequilabiatus (Valenciennes, 1839)
Gymnotus sylvius Albert & Fernandes-Matioli,
1999
Apteronotidae
Apteronotus ellisi (Arámburu, 1957)
Apteronotus sp.
ATHERINIFORMES
Atherinopsidae
Odontesthes bonariensis (Valenciennes, 1835)
CYPRINODONTIFOR
MES
Poeciliidae
Cnesterodon omorgmatos Lucinda & Garavello,
EN
2001
Phalloceros harpagosLucinda, 2008
Anablepidae
Jenynsia diphyes Lucinda, Ghedotti & Graça, 200 EN
Jenynsia eigenmanni (Haseman, 1911)
SYNBRANCHIFORME
S
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795
PERCIFORMES
Centrarchidae
Micropterus salmoides (Lacépede, 1802)
Cichlidae
Australoheros angiru Říčan, Piálek, Almirón & Casciotta, 2011
Australoheros kaaygua Casciotta, Almirón &
Gómez, 2006
Cichla kelberi Kullander& Ferreira, 2006
Cichlasoma paranaense Kullander, 1983
Crenicichla iguassuensis Haseman, 1911
Crenicichla tesay Casciotta & Almirón, 2008
Crenicichla yaha Casciotta, Almirón & Gómez,
2006
Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824)
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758)
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897)

www.forteamb.com 276
Status de
Ordem/ Família Espécie Conservação
PR BR
Fonte: BRASIL.INSTITUTO CHICO MENDES ICMBIO, 2018. BAUMGARTNER, 2012. Legenda: CR –Criticamente em Perigo;
EN-Em Perigo; LC –Menos Preocupantes; NT –Quase Ameaçada; VU –Vulnerável.Portaria MMA No 445/2014; **Lista
Vermelha da Fauna do Estado do Paraná, 2004 e Decreto Estadual No 7264 -01 de junho de 2010.

• Resultados e discussão

Estimativas de abundância e riqueza

O levantamento da ictiofauna nas áreas de influência da CGH Guarani conforme tabela


75, resultou no registro de 12 espécies durante as duas campanhas amostrais, a campanha
com maior riqueza de espécie registrada foi a 1ª, com 11 espécies registradas, na 2ª
campanha, foram registradas 05 espécies.

As espécies registradas no presente estudo equivalem a 11,42% das espécies citadas


nos dados secundários, que compreendem um total de 105 espécies de possível ocorrência
para a região do empreendimento.

Classificação taxonômica

De acordo com os dados obtidos durante as campanhas amostrais de levantamento


da ictiofauna realizadas no rio Guarani, nas áreas de influência da CGH Guarani, o presente
estudo resultou em um total de 43 indivíduos amostrados, distribuídos em 12 espécies, 05
famílias e 03 ordens, conforme gráfico 23.

www.forteamb.com 277
Tabela 75 - Registro de espécies da ictiofauna nas áreas de influência da CGH Guarani.

Status de
Campanhas
ORDEM/Família/Espécie Nome popular Conservação Região de Endemismo Guilda Trófica Interesse Comercial Número Biomassa Local de captura FO% por Estudo
IUCN BBR PPR 1º 2º
CHARACIFORMES
Characidae
Astyanax bifasciatus Lambari-rabo-vermelho - - - Bacia Iguaçu Her - 8 105 X X P1,P2, P3 100%
Astyanax sp Lambari - - - x - - 1 10 X - P2 50%
Astyanax gymnodontus Lambari-rabo-vermelho - - - Bacia Iguaçu Ins - 5 55 X X P1, P3 100%
Oligosarcus longirostris Peixe-cachorro LC - - Bacia Iguaçu Pis - 3 153 X - P3 50%
Astyanax lacustris Lambari-rabo-amarelo - - - x Oni X 9 108 X X P2, P3 100%
Erythrinidae
Hoplias malabaricus Traíra LC - - x Pis X 2 1156 - X P2 50%
CICHLIFORMES
Cichlidae
Geophagus brailiensis Cará - - - x Ins - 7 406 X X P1,P2, P3 100%
Crenicichla sp. Joaninha - - - x Pis - 2 58 X - P1
Crenicichla iguassuensis Joaninha - - - Bacia Iguaçu Pis - 1 31 X - P1 100%
SILURIFORMES
Loricariidae
Hypostomus albopunctatus Cascudo - - - x Det - 2 96 X - P2 50%
Ancistrus sp Cascudo-roseta - - - x Det - 1 35 X - P2 50%
Pimelodidae
Pimelodus britskii Mandi - - - Bacia Iguaçu Oni X 2 305 X - P3 50%
Total 12 2 0 0 43 2518 11 6

www.forteamb.com 278
Gráfico 23 - Número de espécies registradas por família e ordem taxonômica.

1
Characidae Charafiformes
1 3
Cichlidae
5
Cichliformes
2 Loricariidae 6

Pimelodidae
Siluriformes
3
Erythrinidae
3

A ordem mais representativa foi Characiformes, com 06 espécies registradas, seguida


dos Siluriformes e Characiformes, com 03 espécies registradas por ordem. Segundo Lowe-
McConnell (1987), as ordens Characiformes, Siluriformes compõe a maioria das espécies
componentes da ictiofauna neotropical sendo estas as ordens que mais contribuíram no
presente estudo.

A família mais representativa, foi a Characidae, com 05 espécies registradas, seguida


dos Cichlidae, com 03 espécies registradas, Loricaridae foi representada por 02 espécies, já
Pimelodidae e Erythrinidae foram representadas por apenas uma espécie cada.

Resultados Através de Metodologias Qualitativas

Durante as campanhas de levantamento da ictiofauna foram utilizadas redes de


espera, tarrafa e puçá, as espécies registradas por cada metodologia são apresentadas na
tabela abaixo:

Tabela 76 - Metodologias utilizadas para o registro de cada espécie.

Métodos de Registro
Espécie Nome Popular
Rede de Espera Tarrafa Puçá
Geophagus brailiensis Cará X X X
Astyanax gymnodontus Lambari-rabo-vermelho X X -
Hypostomus albopunctatus Cascudo X - -

www.forteamb.com 279
Ancistrus sp Cascudo-roseta X - -
Pimelodus britskii Mandi X - -
Astyanax bifasciatus Lambari-rabo-vermelho X - -
Oligosarcus longirostris Peixe-cachorro X - -
Astyanax lacustris Lambari-rabo-amarelo X - -
Hoplias malabaricus Traíra X - -
Crenicichla sp. Joaninha - X -
Crenicichla iguassuensis Joaninha - X -
Astyanax sp Lambari - - X

A metodologia mais efetiva foi rede de espera, com o registro de 09 espécies, seguida
de tarrafa, que foi responsável pelo registro de 04 espécies, a metodologia menos efetiva para
o presente levantamento foi puçá, com o registro de apenas 02 espécie. Apenas a espécie
Geophagus brasiliensis (Cará) foi capturada em todas as metodologias.

Espécies Migradoras

Das espécies registradas, segundo o livro Peixes do baixo rio Iguaçu (2012), nenhuma
realiza migrações reprodutivas de grande amplitude.

As espécies que realizam migração (reofílicas) são as mais afetadas pela criação de
barramentos, que dificultam ou inviabilizam os movimentos ascendentes e descendentes
necessários para a reprodução das mesmas, diminuindo os estoques pesqueiros destas
espécies e causando o isolamento de populações que antes encontravam-se em contato
(Souza, 2000).

Espécies Endêmicas

As barreiras naturais exercem isolamentos geográfico eficaz para a ictiofauna, o que


pode trazer, um elevado grau de endemismo de sua ictiofauna. Durante as campanhas
realizadas, não foram registradas espécies consideradas endêmicas para a bacia do rio
Guarani. Das espécies registradas 05 são endêmicas da bacia do baixo Iguaçu, e as demais,
sem grau de endemismo.

www.forteamb.com 280
Status de Conservação

Das espécies registradas, nenhuma encontra-se sob algum grau de ameaça segundo a
portaria do MMA nº 445 (2014) e segundo o livro vermelho da fauna ameaçada de extinção
do estado do Paraná (2004). Para a IUCN as espécies Oligosarcus longirostris e Hoplias
malabaricus, estão enquadrados no nível LC (pouco preocupante) de ameaça. Cabe ressaltar
que a espécie Astyanax sp., não apresenta semelhanças morfológicas com Astyanax
gymnogenys, este listado como ameaçado para o estado do Paraná.

Espécies com importância comercial

A utilização de animais da fauna silvestre para alimentação tem importância


fundamental na manutenção de comunidades tradicionais de diferentes áreas,
principalmente as que vivem em locais isolados. A atividade de piscicultura, por exemplo,
pode significar geração de lazer, valor econômico agregado e ser uma medida de preservação
da natureza (GARUTTI, 2003).

Das espécies registradas, algumas apresentam importância comercial, seja para a


pesca profissional ou para a piscicultura, são elas: Astyanax lacustis, Hoplias malabaricus e
Pimelodus britskii.

Espécies exóticas

A introdução de espécies exóticas nos ambientes é um dos piores problemas


ecológicos atuais. Uma vez que essas espécies podem dominar o ambiente e causar danos às
espécies nativas e ao próprio funcionamento dos ecossistemas, em muitos casos levando até
a extinção (PIVELLO, 2011).

Durante as campanhas de levantamento da ictiofauna, não foram registradas espécies


consideradas exóticas/invasoras para a região do empreendimento segundo a Portaria IAP nº
59, de 15 de abril de 2015.

www.forteamb.com 281
Classificação trófica

Com relação à distribuição das espécies em suas respectivas guildas tróficas, pode-se
dizer que em todos os ambientes as espécies variaram no que tange a questão de sua posição
na cadeia trófica. Tivemos a presença de espécies que exploram as mais diversas gamas de
recursos alimentares disponíveis no ambiente, especializadas nas mais diversas formas de
forrageamento, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:

Gráfico 24 - Distribuição das espécies por guilda trófica.

1
Piscívora

2 4 Onívora

Detritívora

Insetívora
2
Herbívora
2

A guilda trófica de cada espécie é apresentada na Tabela 87. Cabe ressaltar que não
foi possível definir a guilda trófica da espécie Astyanax sp., portanto é apresentada a
distribuição das 11 demais espécies por guilda trófica.

Índices ecológicos

A utilização e aplicação de índices ecológicos em estudos de monitoramento


ictiofaunístico são uma importante ferramenta de trabalho, uma vez que possibilitam
comparações entre situações atuais e futuras, criando ferramentas para verificar o status de
conservação das espécies que habitam a região.

www.forteamb.com 282
Número de exemplares capturados e biomassa registrada

A espécie com maior número de exemplares registrados foi Astyanax lacustris, com
09 exemplares capturados, seguido de Astyanax bifasciatus, com 08 exemplares capturados.
Já as espécies que menos contribuíram com o número de exemplares registrados foram
Ancistrus sp., Crenicichla iguassuensis e Astyanax sp., com 01 exemplar registrado em cada
espécie.

Considerando o número de exemplares registrados por ponto amostral, durante as 02


campanhas, o Ictio-02 apresentou o maior número de captura, com 16 exemplares
capturados, seguido pelo ponto Ictio-03, com 15 exemplares capturado, o ponto amostral
com menor número de capturas foi o Ictio-01, com 12 exemplares capturados.

Para a biomassa, a espécie que mais contribuiu foi Hoplias malabaricus, com 1.156g,
seguida de Geophagus brasiliensis, com 406g. Já a espécie que menos contribuiu para a soma
da biomassa foi Astyanax sp., com 10g registrados.

Considerando a biomassa registrada por ponto amostral, durante as 02 campanhas, o


Ictio-02 apresentou o maior registro da biomassa, com 1.747g, seguido de Ictio-03, com 437g
o ponto que registrou a menor biomassa foi Ictio-01, com 334g registradas.

Os dados referentes ao número de exemplares capturados e a biomassa registrada


por espécie e por ponto amostral estão expressos nos gráficos abaixo:

Gráfico 25 - Número de exemplares capturados e biomassa registrada.


Número de Exemplares Número de Exemplares
Registrados por Espécie Registrados por Ponto Amostral
1
Crenicichla iguassuensis 1
1
Pimelodus britskii 2 Ictio 03 15
2
Hypostomus… 2
2 Ictio 02 16
Oligosarcus longirostris 3
5
Geophagus brailiensis 7 Ictio 01 12
8
Astyanax lacustris 9
0 5 10 15 20
0 2 4 6 8 10

www.forteamb.com 283
Distribuição da Biomassa Registrada Biomassa Registrada por Ponto
por Espécie Amostral
10
Crenicichla iguassuensis31
35
Astyanax gymnodontus 55 Ictio 03 437
58
Hypostomus… 96
105 Ictio 02 1747
Astyanax lacustris 108
153
Pimelodus britskii 305 Ictio 01 334
406
Hoplias malabaricus 1156
0 500 1000 1500 2000
0 500 1000 1500

Curva de acumulação de espécies

A curva do coletor iniciou com 11 espécies registradas durante a primeira campanha.


Com a realização da segunda campanha, uma nova espécie foi registrada, sendo ela Hoplias
malabaricus, elevando assim a curva do coletor para 12 espécies, com a realização de novas
campanhas de amostragem, possivelmente novas espécies serão registradas para a área de
estudo. A curva do coletor é apresentada na figura abaixo:

Gráfico 26 - Curva do coletor registrada para a ictiofauna.

13

12
12

11
11

10

8
1ª Campanha 2ª Campanha

Distribuição espacial

www.forteamb.com 284
Em relação aos pontos amostrais, no quesito riqueza e abundância, o ponto amostral
Ictio-02 demonstrou um maior número de espécie, com grande abundância. Isto pode estar
diretamente relacionado com o ambiente com características tanto lênticas quanto lóticas,
que pode atribuir uma melhor fonte recursos e habitats para espécies locais.

Gráfico 27 – Riqueza e abundância registradas por ponto amostral.


8 18 16
7
7 16 15
6
6 14 12
5 12
5
10
4
8
3
6
2 4
1 2
0 0
Ictio-01 Ictio-02 Ictio-03 Ictio 01 Ictio 02 Ictio 03

Estimativas de diversidade

Diversidade de Shannon (H’)

Considerando os três pontos amostrais agrupados, ou seja, a área de influência da


CGH Guarani, através do índice de Shannon – Wiener foi encontrada para o presente
levantamento uma diversidade de Shannon – Wiener de H' = 2,205.

www.forteamb.com 285
Gráfico 28 - Índice de Diversidade de Shannon (H') registrada por ponto amostral.
2,5
2,235 2,205

1,475
1,5

0,5

0
1ª Campanha 2ª Campanha Agrupado

Conforme apresentado no gráfico acima, a primeira campanha apresentou uma maior


diversidade quando comparada com a segunda campanha, quando analisados os dados de
forma agrupada, a diversidade de Shannon é elevada (2,205).

Equitabilidade de Pielou (J’)

Considerando os três pontos amostrais agrupados, ou seja, a área de influência da


CGH Guarani, através do índice de Pielou (1975,1977), podemos observar que para a área de
estudo temos uma equitabilidade de E=0,887.

A Equitabilidade de Pielou (J’) registrada durante todas as campanhas é considerada


elevada, indicando que a distribuição das espécies capturadas é uniforme, não apresentando
dominância por parte de uma ou mais espécies.

www.forteamb.com 286
Gráfico 29 - Índice de Equitabilidade de Pielou (J') registrada por ponto amostral.

0,94
0,932
0,93

0,92 0,916

0,91

0,9

0,89 0,887

0,88

0,87

0,86
1ª Campanha 2ª Campanha Agrupado

Similaridade de Jaccard (J)

Os pontos que apresentaram uma maior similaridade ictiofaunística entre si foram os


pontos P1 e P3 (37,50%). Já os pontos que apresentaram menor similaridade foram P1 e P2
(20,00%), conforme pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 30 - Índice de Similaridade de Jaccard registrada por ponto amostral.

40,00% 37,50%

35,00%
30,00%
30,00%

25,00%
20,00%
20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%
P1 e P2 P1 e P3 P2 e P3

Constância de Ocorrência

www.forteamb.com 287
Com a realização de apenas duas campanhas de amostragem, a frequência de
ocorrência só pode variar entre 50% (espécies registradas em apenas uma campanha) e 100%
(espécies registradas nas duas campanhas de amostragem). Portanto, das espécies
registradas 05 foram consideras constantes e 06 consideradas acidentais para a área do
empreendimento, nenhuma foi considerada acidental. Novas campanhas de levantamento da
ictiofauna devem ser realizadas para verificar de forma mais precisa a constância das espécies
que habitam a área de influência da CGH Guarani.

Cálculo de Captura por Unidade de Esforço (CPUE)

Para a área de estudo, foi calculada ainda a Captura por Unidade de Esforço – CPUE
em termos de número de exemplares e biomassa. Considerando os 03 pontos amostrais, o
total de malha de redes de espera expostas na amostragem foi de 145 m².

A CPUE para o número de exemplares capturados foi de 0,010 capturas por m³ de


redes, a cada hora. Já o número de exemplares capturados por hora, durante o estudo, foi de
0,68 exemplares capturados por hora.

A CPUE para a biomassa capturada foi de 0,664 gramas por m³ de redes a cada hora.
Já a biomassa capturada por hora durante o estudo foi de 89,70 gramas por hora.

Avaliação dos impactos provocados pela construção do empreendimento

Para a fase de implantação da CGH Guarani dois impactos à ictiofauna são esperados,
conforme descritos a seguir.

Aumento da Pesca

Com a construção do empreendimento, haverá melhoria das estradas de acesso,


facilitando a chegada dos pescadores ao rio, além do aumento da circulação de pessoas
também ocasionado pela construção do empreendimento.

www.forteamb.com 288
Como medidas mitigadoras para este impacto, propõem-se:

Ações de educação ambiental junto moradores do entorno do empreendimento e


também aos colaboradores que atuarão no canteiro de obras, visando desencorajá-los com
relação à utilização de apetrechos de pesca proibidos (redes, tarrafas, espinhéis, etc) e
também orientá-los com relação ao período de reprodução dos peixes (piracema) por meio
de palestras e visitas às propriedades rurais.

Aprisionamento da Ictiofauna nas Ensecadeiras de Desvio de Rio

Durante a construção do fosso de captação e da casa de força, pode se fazer


necessário o desvio do rio através de ensecadeiras, nesse momento, exemplares da ictiofauna
podem ficar aprisionados na área a ser ensecada, causando a mortandade dos mesmos.

Como medidas mitigadoras para este impacto, propõem-se:

Ações de manejo da ictiofauna, incluindo o acompanhamento do processo de desvio


do rio e formação de ensecadeiras, deverá ser realizada por biólogo (s) e demais técnicos e
auxiliares de campo, os quais serão responsáveis por realizar o respectivo resgate e
salvamento da ictiofauna que porventura fique aprisionada dentro da ensecadeira ou em
poças ao longo do leito do rio Guarani, neste trecho, sendo que tais ações farão parte do
escopo do Programa de Monitoramento e Manejo da Ictiofauna.

Para a fase de operação da CGH Guarani estão os seguintes impactos diretos


relacionados à ictiofauna:

Formação de Trecho de vazão Reduzida e Fragmentação do Canal Fluvial

Com a entrada em operação da CGH Guarani formar-se-á um trecho de vazão reduzida


(TVR) com aproximadamente 5 quilômetros de extensão na calha do rio Guarani, entre o fosso
de captação e a saída d'água do canal de fuga do empreendimento. É um impacto negativo e

www.forteamb.com 289
de significativa importância, porém restrito à área de influência do empreendimento. Com
relação à fragmentação do canal fluvial, entende-se que pelas características do projeto, onde
não é prevista a formação de um reservatório, entende-se que não haverá fragmentação do
canal fluvial, ocorrendo apenas a diminuição da vazão neste trecho específico.

Como medidas mitigadoras para este impacto, propõem-se: Manter em 100% do


tempo a vazão sanitária aprovada pelo órgão ambiental.

Alteração na Dinâmica e Composição da Ictiofauna

Alterações na estrutura das comunidades biológicas à jusante do fosso de captação


(no trecho de vazão reduzida), também ocorrerão ao longo dos 5 quilômetros que comporão
o TVR - trecho de vazão reduzida, por onde escoará na maior parte do tempo apenas a vazão
sanitária além do acréscimo de pequenos afluentes contribuintes. Com a redução do fluxo no
TVR, uma menor disponibilidade de hábitats ocorrerá, associado a uma maior pressão de
predação, e maior competição intra e interespecífica por hábitats e alimento, podendo ainda
haver uma maior concentração de poluentes nas águas, todos estes fatores impactarão as
comunidades aquáticas locais.

Como medidas mitigadoras para estes impactos, propõem-se:

• Manter em 100% do tempo a vazão sanitária aprovada pelo órgão ambiental;


• Executar o Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais, o qual
será responsável por verificar se as condições físico-químicas e microbiológicas das águas do
rio Guarani na área do empreendimento encontram-se adequadas à manutenção das
comunidades aquáticas localmente estabelecidas;
• Executar o programa de Monitoramento da Ictiofauna, o qual será responsável por
avaliar eventuais alterações na composição e dinâmica das populações das diferentes
espécies de peixes que habitam as águas do rio Guarani na área do empreendimento, bem
como verificar a estabilização das populações após submetidas às novas condições ambientais
criadas após a construção do empreendimento. Caso, a qualquer tempo, se verifique a
necessidade de ações de manejo de populações, estas poderão ser empregadas após a devida
justificativa técnica e aceite por parte do IAT, sempre voltadas para fins conservacionistas.

www.forteamb.com 290
• Considerações finais

Através dos dados apresentados durante o presente relatório de levantamento da


ictiofauna pode-se afirmar que a região do empreendimento apresenta boa riqueza de
espécies, onde até o momento foram registradas 12 espécies, contudo o crescimento da
curva do coletor sugere um número ainda maior.

Das espécies registradas, nenhuma é listada como ameaçada de extinção para o


estado do Paraná e Ministério do Meio Ambiente. Para a IUCN, as espécies Oligosarcus
longirostris e Hoplias malabaricus são categorizadas como pouco preocupantes (LC), as
demais espécies não são citadas.

Não foram registradas espécies endêmicas ou exóticas ou reofílicas para a região do


empreendimento, porém esse fato deve ser verificado durante as campanhas de
monitoramento da ictiofauna na fase de implantação do empreendimento.

Portanto, através dos dados acima citados, a equipe técnica dá o parecer positivo para
a implantação da CGH Guarani, sem demais considerações.

8.2.1.2.2.4 Herpetofauna

• Introdução

A herpetofauna é um grupo constituído por anfíbios e répteis, proeminente em quase


todos os ambientes terrestres (DIXO; VERDADE, 2006). Por suas características físicas e
fisiológicas, estes animais são sensíveis a alterações nos hábitats e fatores bióticos e abióticos
exercem influência na estruturação das suas comunidades (ZANELLA et al., 2013).

Várias espécies da herpetofauna apresentam alta especificidade de habitat e em geral


pouca capacidade de deslocamento (DUELLMAN; TRUEB, 1994). Ainda, a pele permeável e o
ciclo de vida em ambiente aquático e terrestre dos anfíbios os tornam suscetíveis a alterações
no ambiente, tanto físicas, como umidade e temperatura, como químicas, como a poluição
(VERDADE; DIXO; CURCIO, 2010). Também, as ninhadas de répteis, especialmente de lagartos

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e algumas serpentes, são de tamanho relativamente reduzido (PIANKA; VITT, 2003). Assim,
anfíbios e répteis podem ser considerados indicadores ecológicos de qualidade ambiental.

A classe Amphibia é caracterizada por apresentar a pele úmida e rica em glândulas e


é divida em três ordens: Anura (sapos, rãs e pererecas), Gymnophiona (cobras-cegas) e
Caudata (salamandras) (BERNARDE, 2012). No Brasil, são conhecidas 1.188 espécies de
anfíbios, sendo a maioria pertencente à ordem Anura, com 1.144 espécies distribuídas em 20
famílias e 107 gêneros. A segunda ordem com maior número de espécies é Gymnophiona,
com 39 espécies em quatro famílias e 13 gêneros. Por fim, a ordem Caudata, com 05 espécies
em um único gênero (SEGALLA et al., 2021). Para o estado do Paraná, a riqueza de anfíbios
registrada é de 142 espécies (CONTE et al., 2010).

A classe Reptillia apresenta o corpo recoberto por escamas, com poucas glândulas na
pele, e compreende quatro grupos: Crocodylia (jacarés e crocodilos), Testudines (quelônios),
Squamata (lagartos, anfisbenas e cobras) e Sphenodontia (tuataras da Nova Zelândia)
(BERNARDE, 2012). Atualmente são conhecidas mais de 10.700 espécies de répteis no mundo,
das quais 795 ocorrem no Brasil (COSTA; BÉRNILS, 2018). Desse total de espécies ocorrentes
no território brasileiro, 36 pertencem à ordem Testudines, 6 à ordem Crocodylia e 753 à
ordem Squamata, das quais são 72 anfisbenas, 276 “lagartos” e 405 serpentes. Com essa
riqueza de espécies, o país atualmente ocupa a terceira colocação na relação de países, atrás
da Austrália e do México, com 1.057 e 942 espécies registradas, respectivamente. Para o
estado do Paraná, Costa e Bérnils (2018) indicam uma riqueza de 149 espécies de répteis
(excluindo tartarugas marinhas).

• Resultados e Discussão

Anfíbios

A Tabela 77 apresenta as espécies de anfíbios registradas ou de possível ocorrência


para a área de influência da CGH Guarani. Nela constam dados obtidos durante as duas
campanhas de levantamento de fauna na área do empreendimento em questão e dados de
outras do Plano de Manejo do Parque Estadual Rio Guarani.

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Tabela 77 - Lista das espécies de anfíbios registradas para a área de influência da CGH Guarani.

1ª 2ª STATUS
Ordem Família Nome científico Nome popular R.B. Hábito Hábitat
Campanha Campanha PR IUCN MMA
Alsodidae Limnomedusa macroglossa Rã-olho-de-gato X TER AB --- --- CR LC -
Brachycephalidae Ischnocnema guentheri Rã-de-chão-da-mata X TER AF --- --- - DD -
Rhinella crucifer Sapo-galinha X TER AB/AF --- --- NC LC NC
Bufonidae Rhinella schneideri Sapo-cururu X TER AB --- --- NC LC NC
Rhinella sp. Sapo-cururu --- TER AB RV --- NC LC NC
Centrolenidae Vitreorana uranoscopa Pereca-de-vidro X --- --- DD DD -
Craugastoridae Haddadus binotatus Rã-de-chão-da-mata X TER AF --- --- - - -
Aplastodiscus perviridis Perereca-verde X ARB AF --- --- - - -
Boana albopunctata Perereca-de-pontos-brancos X ARB AB --- --- NC LC NC
Boana caingua Perereca-rajada X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
Boana faber Perereca-ferreira X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
Boana raniceps Perereca-marrom X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
ANUROS Boana semiguttata Perereca-da-mata X AQ AB --- --- - - -
Boana prasina Perere-verde X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
Hylidae Dendropsophus minutus pererequinha-do-brejo X ARB AB V V NC LC NC
Dendropsophus nanus pererequinha-do-brejo X ARB AB RV,V V NC LC NC
Itapotihyla langsdorffii Perereca-castanhola X ARB AF --- --- - LC -
Ololygon berthae Perereca-pequena-rizonha X ARB AF --- --- NC LC -
Ololygon catharinae Perereca-rizonha X ARB AF --- --- NC LC -
Scinax fuscovarius Perereca-das-casas X ARB AB --- --- NC LC NC
Scinax perereca Perereca-esverdeada X AQ AB --- --- NC LC NC
Trachycephalus venulosa Perereca-resinosa X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
Crossodactylus sp. Rã-de-riacho-de-floresta X AQ AF --- --- - - -
Leptodactylus fuscus rã-assobiadora X TER AB V V NC LC NC
Leptodactylidae
Leptodactylus gracilis rã-assobiadora CRIP AB V V NC LC NC

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Leptodactylus labyrinthicus Rã-pimenta X TER AB/AF --- --- NC LC NC
Leptodactylus latrans rã-manteiga X TER AB/AF RV,V RV,V NC NC NC
Leptodactylus mystacinus Rã-das-tocas X TER AB --- --- NC NC NC
Leptodactylus podicipinus Rã-goteira X CRIP AB --- --- DD LC NC
Physalaemus cuvieri rã-cachorro X TER AB V V NC LC NC
Physalaemus gracilis Rã-chorona X TER AB/AF --- --- NC LC NC
Microhylidae Elachistocleis ovalis Rã-guardinha X FOS AB --- --- NC LC NC
Proceratophrys avelinoi Rã-boi X TER AB --- --- NC NC NC
Odontophrynidae
Odontophrynus americanus Rã-boi X TER AB --- --- NC NC NC
Phyllomedusidae Phyllomedusa tetraploidea Perereca-macaco X ARB AB/AF --- --- NC LC NC
Ranidae Lithobates catesbeianus (ex) rã-touro X S-AQ AB/AF RV,V RV,V NC LC NC
Total de Espécies Registradas Por Campanha Amostral 8 7
Total de espécies Registradas 8
Total de espécies Levantadas 36

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Ao todo, foram registradas 08 espécies de anfíbios durante o levantamento da
herpetofauna para a CGH Guarani. Estas são distribuídas em quatro famílias, sendo que a
maior contribuição em número de espécies se deu pela família Leptodactylidae (n = 4; Gráfico
31), um grupo de anfíbios com representantes de tamanhos pequenos a grandes, muito
diverso e cosmopolita, agrupando rãs de médio a grande porte que ocupam principalmente
ambientes terrestres. A segunda família com maior contribuição foi Hylidae (n = 10), que
também apresenta uma grande diversidade de espécies, sendo a maioria das espécies
arborícolas.

Gráfico 31 - Percentual de anfíbios registrados por família com base em estudos de campo e bibliografia para a
área de implantação da CGH Guarani.

Ranidae 13%

Bufonidae 13%
FAMILIA

Hylidae 25%

Leptodactylidae 50%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Considerando os dados dos estudos de campo e bibliografia (Tabela 77), as espécies


registradas são frequentes, ou seja, são comuns e com populações abundantes, apresentam
atividade predominantemente noturna e, além do hábito arborícola e terrícola, se distribuem
em hábito criptozóico, fossorial, aquático, semi-aquático e reofílico (Gráfico 32). As espécies
arborícolas são geralmente encontradas em troncos e folhagens de árvores e arbustos, as
terrícolas no solo ou em meio ao folhedo depositado no chão da floresta, as criptozóicas
escondidas em galerias ou pequenas cavidades naturais ou escavadas no solo e em barrancos
ou sob o folhiço, as fossoriais em galerias subterrâneas geralmente escavadas, as aquáticas
em ambiente aquático, geralmente associada a plantas aquáticas, as semi-aquáticas na

www.forteamb.com 295
interface entre a água e a terra e as reofílicas, sobre pedras em pequenos riachos ou
corredeiras (HADDAD et al., 2013). Sobre o hábitat e, considerando apenas as identificações
ao nível específico, 17 espécies vivem em áreas abertas, 08 em áreas florestais e 11 podem
viver em ambas essas áreas, sendo denominadas eurióicas (generalistas).

Gráfico 32 - Hábito das espécies de anfíbios registradas com base em estudos de campo e bibliografia para a
área de implantação da CGH Guarani.

3% 3%0%
8%

5% Arborícola
Terrícula
42%
Criptozóico
Aquático
Fossorial
Semi-aquático
Reofílico

39%

Espécies ameaçadas

As principais ameaças aos anfíbios são a perda de habitat, decorrente, em sua maior
parte, de atividades agropecuárias e expansão urbana, e a poluição, seja ela urbana, industrial
ou agrícola (ICMBio, 2018).

Para o estado do Paraná, três anfíbios estão criticamente ameaçados (Brachycephalus


pernix, Dendropsophus anceps e Limnomedusa macroglossa) e um está em perigo
(Ischnocnema paranaensis) e, em nível nacional, são 41 espécies de anfíbios ameaçadas,
todas com distribuição restrita, sendo a maioria exclusiva da Mata Atlântica (37 espécies).

De acordo com a Tabela 77, uma espécie listada para a CGH Guarani é ameaçada para
o estado, Limnomedusa macroglossa (Rã-olho-de-gato), classificada como “Criticamente em
perigo”, já nas listas do MMA e IUCN não há registro de ameaça para a espécie.

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Espécies endêmicas

Para o bioma Mata Atlântica, são conhecidas cerca de 540 espécies de anfíbios, das
quais aproximadamente 85% são endêmicas, sendo o grupo com o mais elevado grau de
endemismo (HADDAD et al., 2013).

Das espécies de anfíbios registradas na área de influência da CGH Guarani são


endêmicas da Mata Atlântica (Tabela 77): Boana faber (sapo-martelo) e B. prasina (perereca-
verde) porém, ambas são consideradas frequentes na natureza, ou seja, espécies comuns que
apresentam populações abundantes (HADDAD et al., 2013).

Espécies exóticas

Em relação às espécies exóticas do estado do Paraná, a única conhecida é a rã-touro,


Lithotates catesbeianus, listada como ocorrente na área de influência da CGH Guarani.
Originária da América do Norte, a espécie foi introduzida em vários países para criação
comercial, estabelecendo populações invasoras ao longo deste processo. Devido à predação,
competição interespecífica e possível transmissão de patógenos, o estabelecimento da rã-
touro é apontado como uma das causas de declínios populacionais de anfíbios em regiões
onde a espécie foi introduzida.

Registro Fotográfico

Registros fotográficos de algumas espécies observadas nas áreas do empreendimento


CGH Guarani.

www.forteamb.com 297
Figura 116 - Exemplar de Dendropsophus nanus (pererequinha-do-brejo) vocalizando (esq.).

Figura 117 - Indivíduo de Rhinella sp. (Sapo-cururu) (esq.) e de Leptodactylus latrans (rã-manteiga) (dir.).

• Répteis

Para o levantamento da Herpetofauna (répteis) foram considerados os dados obtidos


através das 2 amostragens de campo realizadas nas áreas amostrais da CGH Guarani. Sendo
considerados dados obtidos através de levantamentos bibliográficos (Plano de Manejo
Parque Estadual Rio Guarani (2002)).

No total, foram registradas 04 espécies durante os dois estudos realizados na área de


influência do futuro empreendimento, sendo que destas 04 espécies, 02 foi através das
entrevistas com moradores locais. Juntamente aos dados secundários, a lista apresenta 41
espécies, conforme podemos observar na tabela abaixo.

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Tabela 78 - Classificação taxonômica de répteis registrados na CGH Guarani.

REF. 1ª 2ª STATUS
Ordem Família Nome científico Nome popular Hábito
BIB. Campanha Campanha PR IUCN MMA
jacaré-de-papo-
CROCODILYA Alligatoridae Caiman latirostris X Aqu --- --- - LC -
amarelo
Hydromedusa tectifera cágado-pescoçudo X Aqu --- --- - LC -
TESTUDINES Chelidae Phrynops geoffroanus cágado-de-barbicha - Aqu CAP/AM --- - LC -
Phrynops williamsi cágado-rajado X Aqu --- --- - DD -
papa-vento-de-
Polychrotidae Urostrophus vautieri X Arb --- --- - LC -
barriga-lisa
Tropiduridae Tropidurus torquatus calango X Arb --- --- - LC -
Gekkonidae Hemidactylus mabouia lagartixa-das-casas X Arb --- --- - - -
Anguidae Ophiodes fragilis cobra-de-vidro X Ter --- --- - - -
Scincidae Notomabuya frenata lagartixa-dourada X Ter --- --- - LC -
Teiidae Salvator merianae teiú X Ter RV --- - LC -
Gymnophthalmidae Cercosaura schreibersii lagartinho-do-chão X Ter --- --- - LC -
Amphisbaena mertensii cobra-de-2-cabeças X Sub --- --- - LC -
SQUAMATA Amphisbaena prunicolor cobra-de-2-cabeças X Sub --- --- - LC -
Amphisbaenidae
Leposternon
cobra-de-2-cabeças X Sub --- --- - LC -
microcephalum
Anomalepididae Liotyphlops beui cobra-cega X Sub --- --- - LC -
Chironius bicarinatus cobra-cipó X Arb --- --- - LC -
Clelia plumbea muçurana X Ter --- --- - LC -
Clelia rustica muçurana X Ter --- --- - LC -
Colubridae
Dipsas indica dormideira X Ter --- --- - LC -
Echinanthera
cobrinha-cipó X Arb --- --- - LC -
cephalostriata

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Echinanthera
cobrinha-cipó X Arb --- --- - LC -
cyanopleura
Helicops infrataeniatus cobra-d'água X Aqu --- --- - LC -
Leptophis ahaetulla cobra-verde X Arb --- --- - LC -
Liophis miliaris cobra-lisa X Ter --- --- - - -
Liophis poecilogyrus cobra-de-capim X Ter --- --- - - -
Liophis reginae jabutibóia X Ter --- --- - - -
Oxyrhopus clathratus falsa-coral X Ter --- --- - LC -
Oxyrhopus guibei falsa-coral X Ter --- --- - LC -
Philodryas olfersii cobra-verde X Ter --- --- - LC -
Pseudoboa haasi falsa-muçurana X Ter --- --- - LC -
Sibynomorphus
dormideira X Ter --- --- - LC -
ventrimaculatus
Spilotes pullatus caninana X Arb --- --- - LC -
Thamnodynastes
corredeira-lisa X Ter --- --- - LC -
strigatus
cobra-espada-
Tomodon dorsatus X Ter --- --- - LC -
comum
Xenodon merremii boipeva X Ter --- --- - LC -
Micrurus altirostris coral-verdadeira X Ter --- --- - LC -
Elapidae
Micrurus corallinus coral-verdadeira X Ter --- --- - LC -
Bothrops jararaca jararaca X Ter E E - LC -
Bothrops jararacussu jaracuçu X Ter --- --- - LC -
Viperidae
Bothrops neuwiedi jararaca-cruzeira X Ter --- --- - LC -
Crotalus durissus cascavel X Ter E E - LC -
Total de Espécies Registradas por Ponto 4 2
Total de espécies Registradas 4

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Legenda: em: Endêmica da Mata Atlântica; ex: Exótica. Status de ameaça: LC: Pouco
Preocupante; nc: não consta. Método: RV: Registro Visual; E: Entrevista; V:Vestigio; AT:
Armadilha Tomahawk; AM: Animal morto. Hábito: Sub:Subterrâneo; Ter: Terrícola; Arb:
Arborícola; Aqu:Aquático.

*Phrynops geoffroanus: 25°21’57,3”S / 53° 05’36.1”W

Na Tabela 78 são apresentadas as espécies de répteis registradas ou de possível


ocorrência para a CGH Guarani, baseado nos dados obtidos nas campanhas de levantamento
de fauna na área do empreendimento em questão e nos dados obtidos do Plano de Manejo
Parque Estadual Rio Guarani (2002).

Os registros visuais são raros e ocasionais na natureza e que, por sua natureza
ectotérmica, também dependem de condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento
de suas atividades, sendo que épocas mais frias do ano dificultam ainda mais seu avistamento.

Assim, foram registradas 41 espécies de répteis para a CGH Guarani, o que


corresponde a aproximadamente 27,5% da riqueza do estado Paranaense. Estas espécies são
distribuídas em duas ordens (Squamata e Testudines) e treze famílias, sendo Colubridae a
mais representativa, com 20 espécies, que compreende o maior grupo de serpentes,
incluindo espécies peçonhentas e não peçonhentas, com representantes cosmopolitas
ocupando os mais variados ecossistemas. Viperidae é a segunda família com maior
contribuição em número de espécies (n = 4), e é formada por serpentes peçonhentas
consideradas de alta relevância médica por causar acidentes ofídicos, mas por meio das quais
são produzidos diversos medicamentos de extrema importância para a saúde pública,
especialmente para o tratamento de hipertensão.

Levando em conta apenas os dados dos levantamentos faunísticos na CGH Guarani,


foram registradas 4 espécies de répteis, por meio de entrevistas, registros visuais e vestigios,
que são distribuídas em 4 famílias, sendo a maior contribuição da família Viperidae.

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Gráfico 33 - Percentual de espécies de répteis registradas por família com base em estudos de campo e
bibliografia para a área de implantação da CGH Guarani.

Chelidae 25%
FAMILIA

Teiidae 25%

Viperidae 50%

Testudines 25%
ORDEM

Squamata 75%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

De acordo com a classificação de Marques, Eterovic e Sazima (2019), 50% das espécies
registradas para a CGH Guarani são ocasionais na natureza e os outros 50% são consideradas
raras. A cascavel (Crotalus durissus), que foi relatada por pessoas da região como sendo
comum, é considerada rara para a Mata Atlântica, entretanto, apresenta caráter oportunista,
estando presente em diversas situações onde se observa significativa alteração ambiental.
Essa espécie é uma exceção entre a grande maioria dos répteis das florestas tropicais
brasileiras, que não conseguem sobreviver em ambientes alterados, pois ela parece se
beneficiar da alteração de habitats pela ação humana, sendo capaz de invadir áreas abertas
criadas pela derrubada de florestas (MARQUES et al., 2004). Moura-Leite, Bérnils e Morato
(1993) relatam que a espécie vem aumentando suas populações em áreas de agricultura
intensiva, dada a maior oferta de roedores, microclima mais seco e diminuição das
populações de potenciais competidores.

Com relação ao hábito, os répteis registrados são principalmente terrícolas, seguidos


por arborícolas, subterrâneos e aquáticos, conforme apresenta a Gráfico 34.

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Gráfico 34 - Hábito das espécies de répteis registradas com base em estudos de campo e bibliografia para a
área de implantação da CGH Guarani.

10%

12%

Terrícula
Arborícola
Aquático

59% Subterrâneos
19%

Quanto à herpetofauna aquática, foram registrados dois exemplares de Phrynops


geoffroanus (cágado-de-barbicha).

Espécies ameaçadas

Assim como para os anfíbios, as principais ameaçadas aos répteis são perda e
alteração do habitat provocadas por atividades agropecuárias e expansão urbana, além de
mineração, produção e distribuição de energia e turismo desordenado (ICMBio, 2018).

Para o estado do Paraná, três répteis são vulneráveis (Phrynops williamsi, Ditaxodon
taeniatus e Contomastix vacariensis). Em nível nacional, são 80 espécies ameaçadas,
contando com as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país. Na lista da CGH
Guarani não foi encontrada nenhuma espécie ameaçada de extinção.

Espécies endêmicas

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Para o bioma Mata Atlântica, são conhecidas cerca de 200 espécies de répteis
(MARTINS; MOLINA, 2008), sendo em torno de 45% endêmicas. Na listagem da CGH Guarani
não há registro de espécies endêmicas.

Espécies exóticas

As espécies consideradas exóticas invasoras no Paraná são Trachemys dorbigni (tigre-


d'água) e Trachemys scripta elegans (tartaruga-de-orelha-vermelha), não são listadas como
ocorrentes na área de influência da CGH Guarani.

Registros fotográficos de algumas espécies observadas nas áreas do empreendimento


CGH Guarani.

Figura 118 - Exemplares de Phrynops geoffroanus (Cágado-de-barbicha) capturados nas coordenadas geográficas:
25°21'57.3"S / 53°05'36.1"W – Número do tombamento - CRUC 228.

Resultados para a herpetofauna

Durante os quatro estudos realizados para o levantamento da Herpetofauna nas áreas


amostrais da CGH Guarani, foi possível registrar 12 espécies, sendo 08 anfibios e 04 répteis.
Ao combinar os dados obtidos a partir dos dados de campo e das referências bibliográficas,
foram identificados 36 anfíbios e 41 répteis.

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Estimativa de abundância

Baseado nos dados obtidos a campo e dados bibliográficos de amostragens realizadas


na região de inserção do empreendimento, conseguimos realizar um comparativo entre eles.

Gráfico 35 - Número de espécies registradas por campanha – Herpetofauna.

45 41
40 36
35
30
25
20
15
10 8 7
4 3
5
0
1ª Campanha 2ª Campanha BB
Levantamento Primario Levantamento Secundario

Répteis Anfíbios

Classificações taxonômicas

A comunidade de répteis e anfíbios registrada durante o levantamento nos sítios


amostrais e áreas de influência fazem parte de 03 e 04 famílias respectivamente, sendo
registradas 04 e 08 espécies respectivamente. A maioria das espécies da família
Leptodactylidae possui uma maior resistência a alterações ambientais produzidas pelo
homem e os girinos parecem suportar um grau de poluição não aceitável por espécies de
outras famílias de anuros (Izecksohn e Carvalho-Silva, 2001; Maneyro et al., 2004). Já os
hilídeos possuem adaptações evolutivas, discos ou lamelas adesivas, que lhes permitem
ocupar com sucesso um maior número de microhabitats disponíveis no ambiente (Cardoso et
al., 1989), como por exemplo gramíneas e árvores presentes na margem dos corpos d’água
encontradas na área de influência da usina. Hylidae desponta como a maior família de anuros
brasileira com 369 espécies e Leptodactylidae é a segunda com 151, em um total de 19
famílias de anuros reconhecidas em todo Brasil (SEGALLA et al., 2014).

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É válido mencionar que, durante a segunda campanha in loco na CGH Guarani,
realizada na estação de outono, foram registrados poucos indivíduos, o que era esperado
devido às temperaturas baixas e grande volume de chuvas. O êxito no registro dos anfíbios
depende, além de outros fatores, das condições climáticas dos dias de realização das
campanhas, sendo a temperatura do ar e a umidade os fatores físicos que mais interferem. O
aumento da temperatura associada com o aumento de chuvas, aumenta a ocorrência da
maioria das espécies (JIM, 1980). A permeabilidade da pele dos anfíbios os expõe à perda de
água, limitando sua atividade a microambientes úmidos (POUGH; JANIS; HEISER, 2008), por
esses permitirem a manutenção da homeostase e possibilitarem a reprodução, de acordo
com características fisiológicas e ecológicas de cada espécie (POUGH et al., 1977). Com
relação à temperatura, sabe-se que ela exerce efeitos importantes sobre todos os aspectos
da vida dos anfíbios, como metabolismo energético, alimentação, locomoção e reprodução
(BOVO, 2015).

Gráfico 36 - Percentual de espécies por família, registradas durante o levantamento


da CGH Guarani.

Ranidae 13%

Bufonidae 13%
Anfíbios

Hylidae 25%

Leptodactylidae 50%

Chelidae 25%
Répteis

Teiidae 25%

Viperidae 50%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Estimativa de Frequência de Ocorrência

A verificação da Frequência de Ocorrência (FO) das espécies de anfíbios e répteis


considerando os métodos empregados para registro das mesmas, excluindo-se os registros
por entrevista, foi calculada através da fórmula: FO=A/n.100, onde A é o número de vezes em

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que a espécie foi registrada e n o número total de amostragens realizadas. Foi definido
também o status de ocorrência das espécies, baseados nas definições a seguir: 76 - 100%
(muito frequente); 51 - 75% (frequente); 26 - 50% (ocasional); 1 - 25% (rara).

Tabela 79 - Frequência de ocorrência.

TAXON Nome científico FO Critérios de Classificação


Rhinella sp. 13% Rara
Dendropsophus minutus 25% Rara
Dendropsophus nanus 38% Ocasional
Leptodactylus fuscus 25% Rara
ANFÍBIOS
Leptodactylus gracilis 25% Rara
Leptodactylus latrans 38% Ocasional
Physalaemus cuvieri 25% Rara
Lithobates catesbeianus (ex) 25% Rara
Salvator merianae 25% Rara
Bothrops jararaca 13% Rara
RÉPTEIS
Crotalus durissus 13% Rara
Phrynops geoffroanus 13% Rara

Curva de acumulação de espécies

A curva de acumulação de espécies é apresentada pelo acúmulo de espécies


registradas ao longo do levantamento, esta demonstra em forma de gráfico uma curva que
estabilizará a partir do momento em que a amostragem do grupo da fauna for totalmente
registrada. Deve-se levar em consideração que a riqueza de espécies é diretamente
proporcional ao número de amostragens de campo realizadas.

Podemos observar que para o grupo dos répteis a curva de acumulação (coletor) e de
rarefação mantém-se em acensão. Já para o grupo dos anfíbios, a curva se mantém estável
do 4º ao 8º dia, isso não significa que a maioria das espécies deste grupo foram registradas,
como podemos observar na curva de rarefação. A curva de rarefação indica que as suficiências
amostrais para ambos os grupos não foram atingidas, visto que a curva não apresenta uma
assíntota bem definida.

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Gráfico 37 - Curva de coletor e de rarefação da herpetofauna para a área do empreendimento.

Anfíbios
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
1ª Campanha 2ª Campanha

Curva do coletor Curva de Rarefação

Répteis
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
1ª Campanha 2ª Campanha

Curva do coletor Curva de Rarefação

Estimativas de Diversidade. Equidade, Riqueza, Abundância relativas e Similaridade


entre os locais

Os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J) foram


calculados separadamente para cada campanha realizada. Podemos observar que os valores
de diversidade encontrados variaram de acordo com o número de espécies registradas e
grupo taxonômico. Para os repteis não foi possível realizar os cálculos da segunda campanha,
pois não obteve números suficientes para a realização dos cálculos.

www.forteamb.com 308
Os valores do índice de Shannon-Wiener para os anfíbios variaram entre as
amostragens, sendo que a 1ª campanha obteve o valor de 1,224, já para a segunda campanha
obteve o valor de 0,6365, conforme podemos observar abaixo.
Gráfico 38 - Índices de diversidade de Shannon-Wiener.

1,6000
1,3340

1,4000
1,1370
0,9621

1,2000

0,9183

0,9183
0,9102

0,9102
1,0000

0,6365
0,6365

0,8000

0,6000

0,4000

0,0000

0,0000

0,0000
0,2000

0,0000
Anfíbios Répteis Anfíbios Répteis
1ª Campanha 2ª Campanha

Índice Diversidade de Shannon-Wiener Índice Equidade de J (Pielou)


Riqueza de espéceis - Margalef

Nota-se que quanto mais alto o valor do Shannon maior é a diversidade biológica da
comunidade amostrada, e quanto mais próximo de 1 for o valor da equitabilidade, mais
homogênea é a distribuição de indivíduos dentro da comunidade. Já para a equitabilidade, os
valores para ambos os grupos foram altos, chegando a 1.

A riqueza de espécies foi observada constando o índice de Margalef, 1958. O Índice


de Margalef, ou Índice de biodiversidade de Margalef, é uma medida utilizada em ecologia
para estimar a biodiversidade de uma comunidade com base na distribuição numérica dos
indivíduos das diferentes espécies em função do número total de indivíduos existentes na
amostra analisada. Valores inferiores a 2,0 são considerados como denotando áreas de baixa
diversidade (em geral em resultado de efeitos antropogênicos) e valores superiores a 5,0 são
considerados como indicador de grande biodiversidade (áreas de importância
ecológica/preservadas). Nas amostragens da CGH Guarani obtivemos índices baixos,
demostrando assim uma baixa riqueza de espécies.

www.forteamb.com 309
A análise dos índices de diversidade utilizados demonstra que quanto maior a riqueza
específica encontrada, menores tendem a ser os valores de dominância e de equidade na
composição da diversidade de espécies.

Tabela 80 - Índices de diversidade.

Índices 1ª Campanha 2ª Campanha


Anfíbios Índice Diversidade de Shannon-Wiener 1.334 0.6365
Índice Equidade de J (Pielou) 0.9621 0.9183
Riqueza de espéceis - Margalef 1.137 0.9102
Répteis Índice Diversidade de Shannon-Wiener 0.6365 0
Índice Equidade de J (Pielou) 0.9183 ---
Riqueza de espéceis - Margalef 0.9102 0

A abundância relativa das espécies registradas pode ser vista no Gráfico 39. Três
espécies de anfíbios tiveram abundância acima de 10%, já para répteis todos obtiveram
valores iguais ou superiores a 10%.

Gráfico 39 - Abundância relativa das espécies registradas na área do levantamento.

Physalaemus cuvieri 8%

Leptodactylus gracilis 8%

Leptodactylus fuscus 8%
Anfíbios

Dendropsophus minutus 8%

Rhinella sp. 8%

Leptodactylus latrans 16%

Dendropsophus nanus 16%

Lithobates catesbeianus (ex) 28%

Phrynops geoffroanus
Répteis

40%

Salvator merianae 60%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

www.forteamb.com 310
Com relação à similaridade das áreas amostradas os exemplares registrados nos
pontos amostrais avaliados foram agrupados representando 3 áreas amostrais.

Pela análise de agrupamento utilizando-se o Índice de Similaridade de Jaccard,


baseado na quantidade de indivíduos registrados por área amostral, observou-se uma maior
similaridade entre as áreas 1 e 3, devido as espécies e o número de indivíduos registrados em
cada área, conforme podemos observar na figura a seguir.

Figura 119 - Similaridade de Jaccard para as áreas da CGH Guarani.

• Considerações finais Herpetofauna

Durante a primeira campanha do levantamento da fauna terrestre, um exemplar de


Phrynops geoffroanus (Cágado-de-barbicha), ficou preso em uma das malhas para captura da
ictiofauna e foi encontrado já em óbito. O exemplar foi coletado e encaminhado para o Museu
de Ciências Naturais da Universidade Comunitaria da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ,
onde passou a fazer parte da coleção científica de Répteis da Unochapecó sob sigla e número:
CRUC 228.

www.forteamb.com 311
Durante as campanhas poucos exemplares foram registrados devido às temperaturas
baixas e grande volume de chuvas, a presença de animais domésticos nas áreas, algumas
espécies

A perda e alteração de habitat é uma das principais ameaças à herpetofauna, então


recomenda-se o monitoramento nas áreas de influência do empreendimento em questão e
ações efetivas de resgate e realocação de indivíduos quando necessário, a fim de preservar a
biodiversidade local. De modo geral, anfíbios e répteis são sensíveis a alterações nos habitats,
pois precisam de condições adequadas para seu desenvolvimento e apresentam pouca
capacidade de deslocamento, impedindo que busquem outras áreas

8.2.1.2.2.5 Avifauna

• Introdução

As aves possuem características únicas que as tornam bons organismos para descrever
o estado de conservação de ambientes naturais (BAGLIANO, 2012). As aves são excelentes
bioindicadores, pois ocupam as mais variadas guildas alimentares e nichos ecológicos,
podendo servir para avaliar o estado de conservação em que se encontra uma determinada
área (BIERREGAARD; LOVEJOY, 1989) tanto na avaliação de qualidade dos ecossistemas como
no registro e monitoramento de alterações provocadas no ambiente. Entre as vantagens da
utilização de aves como bioindicadores destacam-se a facilidade de serem observadas,
possuírem taxonomia e biologia bem definidas e serem extremamente móveis, podendo
responder de forma rápida às mudanças ambientais no tempo e no espaço (CAREY, 2009;
ISAKSSON 2018).

Segundo Pacheco et al., (2021), o Brasil possui 1.971 espécies de aves, representando
cerca de 19% das espécies ocorrentes no mundo, o que coloca o Brasil dentre os três países
detentores da maior diversidade de aves do mundo. Ainda, a Floresta Atlântica é um dos
biomas com maior número de endemismo do planeta, sendo conhecidas cerca de 690
espécies de aves, das quais aproximadamente 200 são endêmicas e cerca de 150 encontram-
se sob alguma categoria de ameaça devido, em especial, à destruição de habitats (STOTZ et
al. 1996). Contudo, a região sul do Brasil ainda é um campo fértil para pesquisas promissoras

www.forteamb.com 312
no âmbito do estudo sobre registros e a distribuição da avifauna (AMORIM; PIACENTINI,
2006). Os estudos sobre a avifauna do Paraná se destacam no país pela consistência e
constantes atualizações em listas para o estado, assim como a região sul como um todo. A
última lista de espécies atualizada contabilizou até o ano de publicação 744 espécies de aves
no estado (Scherer-Neto et al. 2011). Além disso a avaliação de fragmentos florestais no
Noroeste do Paraná contabiliza 217 espécies para a região (STRAUBE; URBEN-FILHO, 2005).

Resultados e discussão

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Tabela 81 - Classificação avifauna registradas na CGH Guarani.

Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Tachybaptus
Podicipediformes Podicipedidae Mergulhão-pequeno Aq R CAR x RV --- NC LC NC
dominicus
Nannopterum
Phalacrocoracidae Biguá Aq R PIS x --- --- NC LC NC
Suliformes brasilianum
Anhingidae Anhinga anhinga Biguatinga Aq R CAR x --- --- NC LC NC
Dendrocygna
Anatidae Irerê Aq R ONI --- RV --- NC LC NC
viduata
Anseriformes
Amazonetta
Pé-vermelho Aq R ONI x --- RV NC LC NC
brasiliensis
Pteroglossus
Ramphastidae Araçari-castanho Fl R ONI x RV RV NC LC NC
castanotis
Pteroglossus
Araçari-banana Fl R ONI x --- --- VU NT NC
bailloni
Selenidera
Araçari-poca Fl R ONI x --- --- NC LC NC
maculirostris
Ramphastos
Tucano-de-bico-verde Fl R ONI x V --- NC LC NC
Piciformes dicolorus
Melanerpes Benedito-de-testa-
Picidae Fl R INS x --- --- NC LC NC
flavifrons amarela
Melanerpes
Pica-pau-branco Fb R INS x --- --- NC LC NC
candidus
Veniliornis
Pica-pau-verde-carijó Fl R INS x --- --- NC LC NC
spilogaster
Picumnus cirratus Picapauzinho-barrado Fb R INS x --- --- NC LC NC

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Piculus
Pica-pau-dourado Fl R INS x --- --- NC NT NC
aurulentus
Campephilus
Pica-pau-rei Fl R INS x --- --- NC LC NC
robustus
Pica-pau-de cabeça-
Celeus flavescens Fl R INS x --- --- NC LC NC
amarela
Dryocopus Pica-pau-de-banda-
Fl R INS x --- --- NC NC NC
lineatus branca
Pica-pau-de-cara-
Celeus galeatus Fl R INS x --- --- EN VU EN
canela
Colaptes RV,
Pica-pau-do-campo Aa R INS x --- NC LC NC
campestris V
Trogonidae Trogon surrucura Surucuá-variado Fl R ONI x --- --- NC LC NC
Trogoniformes Surucuá-dourado-da-
Trogon rufus Fl R ONI x --- --- NC NC NC
amazônia
Martim-pescador-
Alcedinidae Ceryle torquata Aq R PIS x --- --- NC LC NC
grande
Chloroceryle Martim-pescador-
Aq R PIS x --- --- NC LC NC
americana pequeno
Chloroceryle Martim-pescador-
Aq R PIS x RV,V --- NC LC NC
Coraciiformes amazona verde
Baryphthengus
Momotidae Juruva Fl R ONI x RV,V --- NC LC NC
ruficapillus
Bucconidae Nystalus chacuru João-bobo Fb R INS x --- --- NC LC NC
Notharchus Macuru-de-pescoço-
Fb R INS x --- --- NC LC NC
macrorhynchos branco
Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani Anu-preto Aa R CAR x RV --- NC LC NC

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Crotophaga
Anu-coroca Aa R ONI x --- --- NC LC NC
major
RV,
Guira guira Anu-branco Aa R CAR x RV,V NC LC NC
V
Tapera naevia Saci-do-campo Fb R INS x --- --- NC LC NC
Dromococcyx
Peixe-frito-pavonino Fb R INS x --- --- NC LC NC
pavoninus
Piaya cayana Alma-de-gato Fb R INS x RV --- NC LC NC
Myiopsitta RV,
Psittacidae Caturrita Fb R FRU --- --- NC LC NC
monachus V
Psittacara
Periquitão-maracanã Fl R FRU x --- --- NC LC NC
leucophthalmus
Tiriba-de-testa-
Pyrrhura frontalis Fl R FRU x --- --- NC LC NC
vermelha
Psittaciformes Pionopsitta
Cuiú-cuiú Fl R FRU x --- --- NC LC NC
pileata
Papagaio-de-peito-
Amazona vinacea Fb R FRU x --- --- VU EM VU
roxo
Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro Fb R ONI x --- --- NC NT NC
Pionus
Maitaca-verde Fl R FRU x RV,V --- NC LC NC
maximiliani
Leucochloris Beija-flor-de-papo-
Trochilidae Fb R NEC x --- --- NC LC NC
albicollis branco
Thalurania Beija-flor-de-fronte-
Apodiformes Fl R NEC x --- --- NC LC NC
glaucopis violeta
Chlorostilbon Besourinho-de-bico-
Fb R NEC x --- --- NC LC NC
lucidus vermelho

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Stephanoxis
Beija-flor-de-topete Fl R NEC x --- --- NC LC NC
lalandi
Beija-flor-de-orelha-
Colibri serrirostris Fb R NEC x --- --- NC LC NC
violeta
Beija-flor-preto-e-
Florisuga fusca Fb R NEC x --- --- NC LC NC
branco
Phaethornis Rabo-branco-de-
Fl R NEC x --- --- NC LC NC
eurynome garganta-rajada
Chaetura Andorinhão-do-
Apodidae Aa MGT INS x --- --- NC LC NC
meridionalis temporal
Chaetura Andorinhão-de-sobre- N
Aa R INS x --- --- LC NC
cinereiventris cinzento C
Tytonidae Tyto furcata Suindara Fb R CAR x --- --- NC NC NC
Strigidae Megascops sp. Corujinha Fb --- CAR x --- --- --- --- ---
Megascops
Corujinha-do-mato Fb R CAR x --- --- NC LC NC
choliba
Glaucidium
Strigiformes Caburé Fb R CAR x --- --- NC LC NC
brasilianum
Strix hylophila Coruja-listrada Fl R CAR x --- --- NC LC NC
Asio clamator Coruja-orelhuda Fb R CAR x --- --- NC LC NC
Athene
Coruja-buraqueira Aa R CAR x RV,V --- NC LC NC
cunicularia
Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius griseus Urutau Fb R INS x --- --- NC LC NC
Nyctidromus
Caprimulgidae Bacurau Fb R INS x --- --- NC LC NC
albicollis
Caprimulgiformes
Nyctiphrynus
Bacurau-ocelado Fb R INS x --- --- EN LC NC
ocellatus

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Antrostomus Bacurau-rabo-de-
Fb R INS x --- --- VU LC NC
sericocaudatus seda
Hydropsalis
Bacurau-chintã Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
parvula
Lurocalis
Tuju Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
semitorquatus
Penelope
Cracidae Jacupemba Fl R FRU X --- --- NC LC CR
superciliaris
Penelope obscura Jacuguaçu Fl R FRU x --- --- NC LC NC
Galliformes
Aburria jacutinga Jacutinga Fl R FRU x --- --- EN EN EN
Odontophorus
Odontophoridae Uru Fl R FRU x --- --- NC LC NC
capueira
Columbina RV,
Columbidae Fogo-apagou Aa R FRU --- RV,V NC LC NC
squammata V
Columbina
Rolinha-roxa Aa R GRA x RV RV NC LC NC
talpacoti
Columbina picui Rolinha-picuí Aa R GRA x --- --- NC LC NC
Leptotila
Juriti-pupu Fl R GRA x V V NC LC NC
verreauxi
Columbiformes Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira Fl R GRA x --- --- NC LC NC
Patagioenas RV,
Pombão Fb R GRA x RV,V NC LC NC
picazuro V
Patagioenas
Pomba-galega Fb R HER x --- --- NC LC NC
cayennensis
Columba livia Pomba-doméstica Aa R GRA x --- --- NC LC NC
Geotrygon
Pariri Fl R GRA x --- --- NC LC NC
montana

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Zenaida
Avoante Aa ND GRA x RV RV NC LC NC
auriculata
Aramides RV,
Rallidae Saracura-do-mato Aq,Fb R ONI x --- NC LC NC
saracura V
Gruiformes Rallus nigricans Saracura-sanã Aq,Fb R ONI x --- --- NC LC NC
Frango-d'água-
Gallinula galeata Aq R HER x RV --- NC LC NC
comum
RV,
Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero Aa R ONI x RV,V NC LC NC
V
Charadriiformes
Jacanidae Jacana jacana Jaçanã Aq R INS x RV --- NC LC NC
Scolopacidae Tringa solitaria Maçarico Aq MGT INS x --- --- NC LC NC
Accipitridae Elanus leucurus Gavião-peneira Fb R CAR x --- RV NC LC NC
Elanoides
Gavião-tesoura Aa MPR CAR x --- --- NC LC NC
forficatus
Ictinia plumbea Sovi Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
Rupornis
Gavião-carijó Fb R CAR x RV,V --- NC LC NC
magnirostris
Leucopternis Gavião-pombo-
Accipitriformes Fl R CAR x --- --- NC NT NC
polionotus grande
Urubitinga
Gavião-preto Fb R CAR x --- --- NC LC NC
urubitinga
Spizaetus
Gavião-pato Fb R CAR x --- --- VU LC NC
melanoleucus
Gavião-de-cauda-
Buteo brachyurus Fb R CAR x --- --- NC NT NC
curta
Falconidae Caracara plancus Carcará Aa R ONI x RV RV NC LC NC
Falconiformes
Falco femoralis Falcão-de-coleira Aa R ONI --- RV --- NC LC NC

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Micrastur
Falcão-relógio Fl R CAR x --- --- NC LC NC
semitorquatus
Micrastur
Falcão-caburé Fl R ONI x --- --- NC LC NC
ruficollis
Herpetotheres
Acauã Fb R CAR x --- --- NC LC NC
cachinnans
Milvago
Carrapateiro Aa R CAR x --- RV NC LC NC
chimachima
Falco sparverius Quiriquiri Aa R CAR x --- --- NC LC NC
Ardeidae Ardea cocoi Garça-moura Aq R PIS x --- --- NC LC NC
Ardea alba Garça-branca-grande Aq R PIS x --- --- NC LC NC
Garça-branca-
Egretta thula Aq R PIS x --- --- NC LC NC
pequena
Bubulcus ibis Garça-vaqueira Aq R INS x RV RV NC LC NC
Pelecaniformes Butorides striata Socozinho Aq R ONI x --- --- NC LC NC
Nycticorax
Socó-savacu Aq R CAR x --- --- NC LC NC
nycticorax
Syrigma sibilatrix Maria-faceira Aa R CAR --- RV RV NC LC NC
Theristicus
Threskiornithidae Curicaca Aa R CAR --- --- RV NC LC NC
caudatus
Sarcoramphus
Cathartidae Urubu-rei Fb R SAP x --- --- NC LC NC
papa
Cathartiformes Coragyps atratus Urubu-cabeça-preta Aa R SAP x --- --- NC LC NC
Urubu-cabeça-
Cathartes aura Fb R SAP x RV --- NC LC NC
vermelha
Tinamus
Tinamiformes Tinamidae Macuco Fb R GRA x --- --- EN NT VU
solitarius

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Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Crypturellus
Inhambuguaçu Fl R GRA x --- --- NC LC NC
obsoletus
Crypturellus
Inhambu-chororó Fl R GRA x --- --- NC LC NC
parvirostris
Crypturellus
Inhambu-chintã Fl R ONI x --- --- NC LC NC
tataupa
Rhynchotus
Perdiz Aa R ONI x --- --- NC LC NC
rufescens
Nothura
Codorna-amarela Aa R GRA x --- --- NC LC NC
maculosa
Amaurospiza
Cardinalidae Negrinho-do-mato Fl R HER x --- --- NC LC NC
moesta
Cyanoloxia
Azulão-verdadeiro Aa R GRA x --- --- NC LC NC
brissonii
Habia rubra Tiê-do-mato-grosso Fl R INS x --- --- NC LC NC
Pyroderus
Cotingidae Pavão-do-mato Fb R FRU x --- --- NT LC NC
scutatus
Cyanocorax RV,
Passeriformes Corvidae Gralha-picaça Fl R INS x RV,V NC LC NC
chrysops V
Furnariidae Synallaxis spixi João-teneném Fb R INS x --- --- NC LC NC
Synallaxis
Pichororé Fl R ONI x --- --- NC LC NC
ruficapilla
Synallaxis
Pi-puí Fb R --- x --- --- NC LC NC
cinerascens
Cranioleuca
Arredio-oliváceo Fl R INS x --- --- NC LC NC
obsoleta

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Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Clibanornis
dendrocolaptoide Cisqueiro Fl R INS x --- --- NC LC NC
s
Syndactyla
Trepador-quiete Fl R INS x --- --- NC LC NC
rufosuperciliata
Anabacerthia
Limpa-folha-ocráceo Fl R INS x --- --- NC LC NC
lichtensteini
Limpa-folha-de-testa-
Dendroma rufa Fl R INS x --- --- NC LC NC
baia
Automolus Barranqueiro-de-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
leucophthalmus olho-branco
Xenops rutilans Bico-virado-carijó Fl R INS x --- --- NC LC NC
Sclerurus scansor Vira-folha Fl R INS x --- --- NC LC NC
Lochmias
João-porca Fl R INS x --- --- NC LC NC
nematura
RV,
Furnarius rufus João-de-barro Aa R INS x RV,V NC LC NC
V
Molothrus
Icteridae Iraúna-grande Aa R ONI --- --- RV NC LC NC
oryzivorus
Molothrus
Chupim / Vira-bosta Aa R ONI x --- RV NC LC NC
bonariensis
Cacicus
Guaxe Fl R ONI x --- --- NC LC NC
haemorrhous
Cacicus
Tecelão Fl R FRU x --- --- NC LC NC
chrysopterus
Icterus
Inhapim Fl R FRU x --- --- NC LC NC
cayanensis

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Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Gnorimopsar
Pássaro-preto Aa R ONI x --- --- NC LC NC
chopi
Agelaioides
Asa-de-telha Aa R ONI RV --- NC LC NC
badius
Leistes
Polícia-inglesa-do-sul Aa R INS x RV --- NC LC NC
superciliaris
Basileuterus
Parulidae Pula-pula Fl R INS x V --- NC LC NC
culicivorus
Myiothlypis
Pula-pula-assobiador Fl R INS x --- --- NC LC NC
leucoblephara
Myiothlypis
Pula-pula-ribeirinho Fl R INS x --- --- NC LC NC
rivularis
Geothlypis
Pia-cobra Aa R INS x --- --- NC LC NC
aequinoctialis
Setophaga
Mariquita Fl R INS x RV,V --- NC LC NC
pitiayumi
Passer
Passeridae Pardal Aa R ONI x --- --- NC LC NC
domesticus
Ammodramus
Passerellidae Tico-tico-do-campo Aa R GRA x --- --- NC LC NC
humeralis
Zonotrichia RV,
Tico-tico Aa R ONI x RV,V NC LC NC
capensis V
Coryphospingus
Thraupidae Tico-tico-rei Fb R GRA x --- --- NC LC NC
cucullatus
Canário-terra- RV,
Sicalis flaveola Aa R GRA x RV,V NC LC NC
verdadeiro V
Sicalis luteola Tipio Aa R GRA x RV RV NC LC NC

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Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Sporophila
Coleirinho Aa MPR GRA x V --- NC LC NC
caerulescens
Rauenia
Sanhaçu-papa-laranja Fl R FRU x --- --- NC LC NC
bonariensis
Thraupis sayaca Sanhaçu-cinzento Fb R FRU x RV RV NC LC NC
Cissopis
Tietinga Fl R FRU x --- --- NC LC NC
leverianus
Tachyphonus
Tiê-preto Fb R FRU x --- --- NC LC NC
coronatus
Trichothraupis
Tiê-de-topete Fl R FRU x --- --- NC LC NC
melanops
Thlypopsis
Cabecinha-castanha Fb R FRU x --- --- NC LC NC
pyrrhocoma
Pipraeidea
Saíra-viuva Fl R FRU x --- --- NC LC NC
melanonota
Hemithraupis
Saíra-de-papo-preto Fb R FRU x --- --- NC LC NC
guira
Tangara seledon Saíra-sete-cores Fl R FRU x --- --- NC LC NC
Stilpnia cayana Saíra-amarela Fb R FRU x --- --- NC LC NC
Dacnis cayana Saí-azul Fl R ONI x --- --- NC LC NC
Tersina viridis Saí-andorinha Fb MPR ONI x --- --- NC LC NC
Conirostrum Figuinha-de-rabo-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
speciosum castanho
Haplospiza
Cigarra-bambu Fb R GRA x --- --- NC LC NC
unicolor
Asemospiza
Cigarra-do-coqueiro Fb R GRA x --- --- NC LC NC
fuliginosa

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Saltator
Bico-de-pimenta Fl R FRU x --- --- NC LC NC
fuliginosus
Saltator
Bico-grosso Fb R GRA x --- --- NC LC NC
maxillosus
Saltator similis Trinca-ferro Fl R FRU x --- --- NC LC NC
RV,
Volatinia jacarina Tiziu Aa R GRA x RV,V NC LC NC
V
Troglodytes
Troglodytidae Corruíra Aa R INS x --- RV NC LC NC
musculus
Tyrannidae Colonia colonus Viuvinha Fb R INS x RV --- NC LC NC
Machetornis
Suiriri-cavaleiro Aa R INS x --- RV NC LC NC
rixosa
Megarynchus
Neinei Fb R ONI x RV,V --- NC LC NC
pitangua
Pitangus RV,
Bem-te-vi Aa MPR ONI x RV,V NC LC NC
sulphuratus V
Myiodynastes
Bem-te-vi-rajado Fb MPR ONI x --- --- NC LC NC
maculatus
Legatus
Bem-te-vi-pirata Fb MPR FRU x --- --- NC LC NC
leucophaius
Myiozetetes Bentivizinho-de-
Fb R INS x --- --- NC LC NC
similis penacho-vermelho
Empidonomus
Peitica Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
varius
Tyrannus savana Tesourinha Aa MPR ONI x --- --- NC LC NC
Elaenia
Tuque Fl R FRU x --- --- NC LC NC
mesoleuca

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Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Elaenia sp. Guaracava Fb R ONI x --- --- NC LC NC
Elaenia Guaracava-de-
Fb R ONI x --- --- NC LC NC
flavogaster barrigaamarela
Myiopagis
Guaracava-de-orelhas Fb MPR ONI x --- --- NC LC NC
viridicata
Myiopagis
Guaracava-cinzenta Fb R INS x --- --- NC LC NC
caniceps
Serpophaga
Alegrinho Fb R INS x --- --- NC LC NC
subcristata
Euscarthmus
Barulhento Fb R INS x --- --- NC LC NC
meloryphus
Ramphotrigon
Maria-cabeçuda Fl R INS x --- --- NT LC NC
megacephalum
Capsiempis
Marianinha-amarela Fb R INS x --- --- NC LC NC
flaveola
Myophobus
Filipe Fb R INS x --- --- NC LC NC
fasciatus
Lathrotriccus
Enferrujado Fl MPR INS x --- --- NC LC NC
euleri
Contopus Papa-moscas-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
cinereus cinzento
Hirundinea
Gibão-de-couro Aa R INS x --- --- NC LC NC
ferruginea
Muscipipra vetula Tesoura-cinzenta Fb R INS x --- --- NC LC NC
Sirystes sibilator Gritador Fl R INS x --- --- NC LC NC
Myiarchus
Irrê Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
swainsoni

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Tyrannus RV,
Suiriri Aa MPR INS x RV,V NC LC NC
melancholicus V
Anambé-branco-de-
Tityridae Tityra cayana Fb R FRU x --- --- NC LC NC
rabo-preto
Anambé-branco-de-
Tityra inquisitor Fb R FRU x --- --- NC LC NC
bochecha-parda
Schiffornis
Flautim Fl R FRU x --- --- NC LC NC
virescens
Pachyramphus
Caneleiro Fb R INS x --- --- NC LC NC
castaneus
Pachyramphus
Caneleiro-preto Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
polychopterus
Pachyramphus
Caneleiro-verde Fb R INS x --- --- NC LC NC
viridis
Vireonidae Vireo chivi Juruviara Fb MPR INS x --- --- NC LC NC
Hylophilus
Verdinho-coroado Fb R INS x --- --- NC LC NC
poicilotis
Cyclarhis
Pitiguari Fb R INS x --- V NC LC NC
gujanensis
Turdus
Turdidae Sabiá-barranco Fl R ONI x RV RV NC LC NC
leucomelas
Turdus subalaris Sabiá-ferreiro Fl MPR FRU x --- --- NC LC NC
Turdus
Sabiá-poca Fl MPR FRU x --- --- NC LC NC
amaurochalinus
Turdus albicollis Sabiá-coleira Fl R ONI x --- --- NC LC NC
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira Fb R INS x RV,V RV NC LC NC

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Mimus
Mimidae Sabiá-do-campo Aa R ONI x RV RV NC LC NC
saturninus
Motacillidae Anthus chii Caminheiro-zumbidor Aa R INS x --- --- NC LC NC
Hypoedaleus
Thamnophilidae Chocão-carijó Fl R INS x --- --- NC LC NC
guttatus
Batara cinérea Matracão Fl R CAR x --- --- NC LC NC
Biatas
Choca-da-taquara Fb R INS x --- --- NT LC NC
nigropectus
Thamnophilus Choca-de-chapéu-
Aa R FRU x --- --- NC LC NC
caerulescens vermelho
Dysithamnus
Choquinha-lisa Fl R INS x --- --- NC LC NC
mentalis
Herpsilochmus Chorozinho-de-asa-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
rufimarginatus vermelha
Drymophila
Choquinha-dublê Fl R INS x --- --- NC LC NC
rubricollis
Drymophila
Choquinha-carijó Fb R INS x --- --- NC LC NC
malura
Pyriglena
Papa-taoca-do-sul Fl R INS x --- --- NC LC NC
leucoptera
Mackenziaena Borralhara-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
leachii assobiadora
Mackenziaena
Borralhara Fl R INS x --- V NC LC NC
severa
Formicariidae Grallaria varia Tovacuçu Fl R INS x --- --- NC LC NC
Cryptopezus
Tovaca-cantora Fl R INS x --- --- NC LC NC
nattereri

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Chamaeza
Tovaca-campainha Fl R INS x --- --- NC LC NC
campanisona
Conopophaga
Conopophagidae Chupa-dente Fl R INS x --- --- NC LC NC
lineata
Dendrocincla
Dendrocolaptidae Arapaçu-liso Fl R INS x --- --- NC LC NC
turdina
Xiphocolaptes Arapaçu-de-garganta-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
albicollis branca
Dendrocolaptes
Arapaçu-grande Fl R INS x --- --- NC LC NC
platyrostris
Xiphorhynchus
Arapaçu-rajado Fl R INS x --- --- NC LC NC
fuscus
Lepidocolaptes Arapaçu-escamoso-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
falcinellus do-sul
Campylorhamphu Arapaçu-de-bico-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
s falcularius torto
Sittasomus
Arapaçu-verde Fl R INS x RV,V --- NC LC NC
griseicapillus
Hirundinidae Progne sp. Andorinha Aa --- INS x --- --- --- --- ---
Progne chalybea Andorinha-grande Aa MPR INS x --- --- NC LC NC
Pygochelidon Andorinha-pequena-
Aa R INS x --- --- NC LC NC
cyanoleuca de-casa
Stelgidopteryx
Andorinha-serradora Aa MPR INS x --- --- NC LC NC
ruficollis
Tachycineta
Andorinha-do-rio Aq R INS x --- --- NC LC NC
albiventer

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Chiroxiphia
Pipridae Tangará Fl r ONI x --- --- NC LC NC
caudata
Pipritidae Piprites chloris Papinho-amarelo Fb R INS x --- --- VU LC NC
Platyrinchus
Platyrinchidae Patinho Fl R INS x --- --- NC LC VU
mystaceus
Polioptilidae Polioptila láctea Balança-rabo-leitoso Fb R INS x --- --- NT NT NC
Tolmomyias Bico-chato-de-orelha-
Rhynchocyclidae Fl R INS x --- --- NC LC NC
sulphurescens preta
Phylloscartes Borboletinha-do-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
ventralis mato
Mionectes Abre-asa-de-cabeça-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
rufiventris cinza
Leptopogon
Cabeçudo Fl R CAR x --- --- NC LC NC
amaurocephalus
Eleoscytalopus
Macuquinho Fl R INS x --- --- NC LC NC
indigoticus
Myiornis
Miudinho Fl R INS x --- --- NC LC NC
auricularis
Hemitriccus diops Olho-falso Fb R INS x --- --- NC LC NC
Poecilotriccus Ferreirinho-de-cara-
Fl R INS x --- --- NC LC NC
plumbeiceps canela
Psilorhamphus
Rhinocryptidae Tapaculo pintado Fl R INS x --- --- NC LC NC
guttatus
Euphonia
Fringillidae Fim-fim Fb R FRU x --- --- NC LC NC
chlorotica
Euphonia
Gaturamo-verdadeiro Fb R FRU x --- --- NC LC NC
violacea

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Campanhas
Ordem Família Nome científico Nome popular HAB END GUIL RB PR IUCN MMA
1ª 2ª
Euphonia
Cais-cais Fb R FRU x --- --- NC LC NC
chalybea
Euphonia
Ferro-velho Fb R FRU x --- --- NC LC NC
pectoralis
Chlorophonia
Bonito-do-campo Fb R FRU x --- --- NC LC NC
cyanea
Spinus
Pintassilgo Aa R GRA x --- --- NC LC NC
magellanicus
Total de Espécies
Registradas por 253 46 36
Estudo
Total de Espécies
59
Registradas
Fonte: Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Guarani, (IAT,2002). Os status de conservação são dados em nível estadual (Decreto 11797/2018), nacional (MMA 2018) e
mundial (IUCN 2021). O hábito migratório foi estabelecido com base na Revisão de Aves Migratórias do Brasil (Somenzari et al. 2018). Legenda: €: espécie endêmica de mata
atlântica, #: espécie exótica; Status: LC: Pouco Preocupante, NT: Quase Ameaçado, EN: Em Perigo, CR: Criticamente Ameaçado, VU: Vulnerável, nc: não consta, DD: dados
deficientes; Guilda Trófica: CAR: Carnívoro, HERB: Herbívoro, ONI: Onívoro, INS: Insetívoro, DET: Detritívoro, FRU: Frugívoro, GRA: Granívoro; Habitat: S: Solo, C: Copa, A: Aéreo,
SB: Sub-bosque, AB: Área aberta; RIP: Ripário, AQ: Aquático; Migração: MGT: Migrante, MPR: Migrante Parcial, ND: não definido, *:Há controvérsias; Registro: A: auditivo, V:
visual, S: dado secundário. 4Fonte: 1: Plano de Manejo do Parque estadual Rio Guarani.

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Estimativa de abundância

Durante os estudos realizados na CGH Guarani, foram registradas 45 espécies na


primeira campanha e 37 espécies na segunda campanha, totalizando 58 espécies registradas
ao longo dos estudos realizados. Unindo aos dados secundários obtidos (n=253) aos dados
primários, teremos 260 espécies, conforme gráfico a seguir.

Índice de frequência das listas registradas (IFL)

Com base nas espécies registradas através do método direto (i.e., listas de Mackinnon)
para a CGH Guarani, foram produzidas 21 listas de Mackinnon que resultaram no registro de
58 espécies, das quais as espécies com maior valor no Índice de Frequência nas Listas (IFL)
foram, Guira guira e Zenaida auriculata, conforme podemos observar na tabela a seguir.

Tabela 82 - Índice de Frequência nas Listas para cada espécie registrada através das listas de Mackinnon para a
área de instalação da CGH Guarani.

Espécies IFL Espécies IFL


Guira guira 0,524 Megarynchus pitanguá 0,095
Zenaida auriculata 0,524 Cyclarhis gujanensis 0,095
Patagioenas picazuro 0,429 Turdus leucomelas 0,095
Vanellus chilensis 0,429 Turdus rufiventris 0,095
Columbina talpacoti 0,381 Mimus saturninus 0,095
Sicalis flaveola 0,381 Tachybaptus dominicus 0,048
Sicalis luteola 0,333 Dendrocygna viduata 0,048
Furnarius rufus 0,286 Ramphastos dicolorus 0,048
Pitangus sulphuratus 0,286 Chloroceryle amazona 0,048
Baryphthengus
Pteroglossus castanotis 0,238 0,048
uficapillus

Leptotila verreauxi 0,238 Piaya cayana 0,048


Caracara plancus 0,238 Myiopsitta monachus 0,048
Bubulcus ibis 0,238 Pionus maximiliani 0,048
Cyanocorax chrysops 0,238 Aramides saracura 0,048

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Tyrannus melancholicus 0,238 Gallinula galeata 0,048
Zonotrichia capensis 0,190 Jacana jacana 0,048
Amazonetta brasiliensis 0,143 Elanus leucurus 0,048
Columbina squammata 0,143 Falco femoralis 0,048
Rupornis magnirostris 0,143 Milvago chimachima 0,048
Syrigma sibilatrix 0,143 Cathartes aura 0,048
Thraupis sayaca 0,143 Molothrus oryzivorus 0,048
Volatinia jacarina 0,143 Molothrus bonariensis 0,048
Colaptes campestris 0,095 Leistes superciliaris 0,048
Crotophaga ani 0,095 Basileuterus culicivorus 0,048
Athene cunicularia 0,095 Setophaga pitiayumi 0,048
Theristicus caudatus 0,095 Colonia colonus 0,048
Agelaioides badius 0,095 Machetornis rixosa 0,048
Sporophila caerulescens 0,095 Mackenziaena severa 0,048
Troglodytes musculus 0,095 Sittasomus griseicapillus 0,048

Estimativa de Riqueza

Entre os pontos amostrados a riqueza de espécies foi maior no ponto FAU 03 (39%),
apresentando 41 espécies, seguido por FAU 01 onde foram registradas 33 espécies (31%) e
32 espécies no ponto FAU 02 (30%) (Gráfico 40).

Este resultado demonstra a importância da mata ciliar com presença de corredores


ecológicos para o estabelecimento de espécies das aves, como é o caso da área FAU 03.
Contudo, por esse motivo, era esperado um número maior de espécies na área FAU 03, mas
é possível que sua estrutura e disponibilidade de recursos permitam que as aves estejam mais
dispersas pelo fragmento, concentrando-se em áreas de maior disponibilidade alimentar, ou
ainda, que utilizem o local como dormitório, mas busquem alimento em fragmentos próximos
ao rio.

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Com relação a FAU 01 e FAU 02, era esperado uma menor riqueza por se tratar de um
fragmento menor com função de corredor ecológico, dessa forma as aves utilizam a área para
transitar, mas não permanecem ali, visto que existem fragmentos maiores para buscar
recursos dentro do espectro do seu nicho ecológico, tal qual a área FAU 03. Outros fatores a
considerar para um menor número de registros foi devido às temperaturas baixas e grande
volume de chuvas ocorrido durante a 2ª campanha.

Gráfico 40 - Riqueza de espécies para os três pontos de levantamento de fauna da


CGH Guarani.

FAU 01
31%
FAU 03
39%

FAU 02
30%

Similaridade entre locais amostrados

A análise de similaridade foi realizada com base no índice de Jaccard, que determina
quão similar são dois conjuntos baseado no compartilhamento de espécies com relação ao
total de espécies registradas. Quanto mais próximo de 1 significa que os conjuntos são mais
similares, e quanto mais próximo de zero menos similares. A similaridade entre os pontos
FAU1 e FAU2 era esperada pela estrutura da vegetação ser muito parecida, pouca presença
de vegetação e grande áreas de plantio e pastagem. Mesmo assim, a similaridade entre todos
os pontos é considerada baixa e isso pode ser explicado pela dinâmica e alta capacidade de
deslocamentos das aves bem como a busca por recursos em diferentes áreas, devido a
fragmentação local.

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Figura 120 - Dendrograma da análise de similaridade entre os pontos amostrais
realizada com base no índice de Jaccard para a CGH Guarani.

Através da análise de diversidade de Shannon-H obtivemos resultados que pontuaram


as três áreas com valores de diversidade muito similares, e estatisticamente indiferentes,
mesmo assim a análise coloca a área FAU 03 como a mais diversa (H = 3,147), em seguida FAU
01 e FAU 02, respectivamente (H = 3,091 e H = 3,089). Esse resultado era esperado pois a área
possui uma área de vegetação maior que as demais áreas. Assim, as aves se concentram nas
áreas restantes de mata média a avançada disponível para a região.

Gráfico 41 - Índice de diversidade, equitabilidade e riqueza das áreas amostrais.

9
7,657

8
6,732

6,334

5
3,147
3,091

3,089

3
0,899
0,884

0,859

0
Índice Diversidade de Índice Equidade de J (Pielou) Riqueza de espéceis -
Shannon-Wiener Margalef

FAU 01 FAU 02 FAU 03

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Curva de acumulação de espécies

A curva de acumulação de espécies, como é chamado o gráfico a seguir; indica de


forma sucinta o número de espécies registradas nas áreas de estudo, ela demonstra uma
curva que oscila até o momento em que a avifauna for totalmente registrada. Nela podemos
observar que o número de espécies identificadas nas áreas de estudo, para a CGH Guarani
encontra-se em ascensão. Foram registradas 45 espécies de aves na primeira campanha e 36
espécies na segunda campanha, obtendo 58 espécies no total.

Os resultados alcançados indicam que o esforço amostral empregado não foi


suficiente para registrar a maior parte da comunidade de aves que habitam os sítios amostrais
avaliados no levantamento. Mediante realização de mais levantamentos, durante fases
posteriores do empreendimento, estes possivelmente sofrerão alterações com o registro de
novas espécies. A seguir é apresentado o gráfico da curva de acumulação das espécies
registradas na CGH Guarani.

Frequência de Ocorrência

A verificação da Frequência de Ocorrência (FO) das espécies da avifauna considerando


os métodos empregados para registro das mesmas, foi calculada através da fórmula:
FO=A/n.100, onde A é o número de vezes em que a espécie foi registrada e n o número total
de amostragens realizadas. Foi definido também o status de ocorrência das espécies,
baseados nas definições a seguir: 76 - 100% (muito frequente); 51 - 75% (frequente); 26 - 50%
(ocasional); 1 - 25% (rara).

Tabela 83 - Frequência de Ocorrência das espécies na área de implantação da CGH Guarani.

Nome científico FO Critério de Classificação


Tachybaptus dominicus 13% Raro
Dendrocygna viduata 13% Raro
Ramphastos dicolorus 13% Raro
Colaptes campestris 13% Raro
Chloroceryle amazona 13% Raro
Baryphthengus ruficapillus 13% Raro
Piaya cayana 13% Raro
Myiopsitta monachus 13% Raro

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Nome científico FO Critério de Classificação
Pionus maximiliani 13% Raro
Aramides saracura 13% Raro
Gallinula galeata 13% Raro
Jacana jacana 13% Raro
Elanus leucurus 13% Raro
Falco femoralis 13% Raro
Milvago chimachima 13% Raro
Theristicus caudatus 13% Raro
Cathartes aura 13% Raro
Molothrus oryzivorus 13% Raro
Molothrus bonariensis 13% Raro
Agelaioides badius 13% Raro
Leistes superciliaris 13% Raro
Basileuterus culicivorus 13% Raro
Setophaga pitiayumi 13% Raro
Colonia colonus 13% Raro
Machetornis rixosa 13% Raro
Mackenziaena severa 13% Raro
Sittasomus griseicapillus 13% Raro
Crotophaga ani 25% Raro
Athene cunicularia 25% Raro
Rupornis magnirostris 25% Raro
Syrigma sibilatrix 25% Raro
Sporophila caerulescens 25% Raro
Troglodytes musculus 25% Raro
Megarynchus pitangua 25% Raro
Cyclarhis gujanensis 25% Raro
Turdus leucomelas 25% Raro
Turdus rufiventris 25% Raro
Mimus saturninus 25% Raro
Amazonetta brasiliensis 38% Ocasional
Pteroglossus castanotis 38% Ocasional
Columbina squammata 38% Ocasional
Thraupis sayaca 38% Ocasional
Volatinia jacarina 38% Ocasional
Leptotila verreauxi 50% Ocasional
Caracara plancus 50% Ocasional
Bubulcus ibis 50% Ocasional
Cyanocorax chrysops 50% Ocasional
Zonotrichia capensis 50% Ocasional
Sicalis flaveola 63% Frequente
Sicalis luteola 63% Frequente

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Nome científico FO Critério de Classificação
Tyrannus melancholicus 63% Frequente
Guira guira 75% Frequente
Columbina talpacoti 75% Frequente
Patagioenas picazuro 75% Frequente
Zenaida auriculata 75% Frequente
Vanellus chilensis 75% Frequente
Furnarius rufus 75% Frequente
Pitangus sulphuratus 75% Frequente

Espécies Migratórias

A presença de espécies migratórias na região do empreendimento durante todo o


período de instalação e operação funciona como bioindicador sobre os impactos ambientais
locais e a interferência sobre espécies que utilizam a região. A lista de espécies migratórias foi
baseada na lista mais atual publicada para o Brasil (SOMENZARI et al. 2018) e informações
complementares para migratórios Neotropicais foram obtidas através de Jahn et al. 2020.

Com base nos dados primários e secundários levantados foram identificadas 24


espécies migratórias para a região de instalação da CGH Guarani, das quais 4 foram
registradas durante o campo. A família Tyrannidae em especial, se destaca por ser o principal
representante dentro dos grupos que realizam migrações intercontinentais. Espécies como
os suiriris e bem-te-vi (Tyrannus melancholicus e Pitangus sulphuratus) se deslocam para o
norte durante o inverno do Sul, mas podem ser avistadas durante os períodos de primavera,
verão e início do outono na região. Ainda, por serem parcialmente migratórios (MPR), parte
de sua população não migra, culminando em encontros ocasionais destas espécies mesmo
nos meses de inverno (Somenzari et al. 2018). Dentre as espécies migratórias identificadas
para a região nenhuma se encontra em grau de ameaça preocupante, e todas são classificadas
como “Pouco Preocupante” (LC) tanto para o estado do Paraná quanto nas listas nacional
(MMA) e mundial (IUCN Red List).

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Espécies Ameaçadas

As espécies de preocupação levantadas conforme as listas de espécies ameaçadas


para o estado, lista brasileira (MMA) e a lista vermelha (IUCN) foram o Pteroglossus bailloni
(Araçari-banana), Celeus galeatus (Pica-pau-de-cara-canela), Amazona vinacea (Papagaio-de-
peito-roxo), Nyctiphrynus ocellatus (Bacurau-ocelado), Antrostomus sericocaudatus (Bacurau-
rabo-de-seda), Aburria jacutinga (Jacutinga), Spizaetus melanoleucus (Gavião-pato), Tinamus
solitarius (Macuco), Platyrinchus mystaceus (Patinho) e Piprites chloris (Papinho-amarelo). As
classificações de cada espécie estão conforme a Tabela 84.

Nenhuma das espécies foram observadas em campo, contudo existe a possibilidade


de serem avistadas na região de acordo com o levantamento bibliográfico realizado.

Tabela 84 - Lista de espécies catalogadas em grau de ameaça com base na lista de espécies ameaçadas de
extinção do Paraná, do Brasil (MMA) e a lista vermelha da IUCN.

STATUS
ESPÉCIE NOME POPULAR 1
PR MMA2 IUCN3
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro nc# nc NT
Conopophaga lineata chupa-dente nc EN LC
Crax fasciolata mutum-de-penacho CR CR VU
Grallaria varia tovacuçu nc VU LC
Platyrinchus mystaceus patinho nc VU LC
Penelope superciliaris jacupemba nc CR LC
Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco CR nc LC
Pteroglossus bailloni araçari-banana VU nc NT
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata nc VU LC

Espécies Exóticas

Espécies exóticas identificadas para a região foram três, a garça vaqueira (Bubulcus
ibis), o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e o pardal (Passer domesticus). Porém apenas
Bulbucus ibis foi registrado durante as amostragens realizadas em campo na CGH Guarani.

A garça vaqueira é conhecida por competir por espaço e alimento com outras espécies
de garças e socós que também utilizam árvores como dormitórios e para a reprodução,
enquanto o papagaio-verdadeiro é considerado exótico para o estado do Paraná. Ambas as
espécies são categorizadas como tipo II, conforme a portaria 59/2015 do IAT, como espécies

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que podem ser utilizadas em condições controladas e sujeitas à regulamentação. O pardal é
uma espécie exótica e cosmopolita, após ser introduzida no Brasil se estabeleceu
rapidamente e hoje pode ser encontrada em quase todos os biomas. Alimenta-se de grãos e
se estabelece muito bem em áreas antropizadas e de cultivo. Compete com tico-ticos (e.g.,
Zonotrichia e Arremon) e outras espécies granívoras.

Espécies Endêmicas

Neste estudo não foram identificadas espécies endêmicas para a região. Contudo, foi
possível identificar a presença de 34 espécies endêmicas do bioma Mata Atlântica, que serão
elencadas a seguir: Ramphastos dicolorus, Veniliornis spilogaster, Piculus aurulentus,
Campephilus robustus, Trogon surrucura, Baryphthengus ruficapillus, Pionopsitta pileata,
Amazona vinacea, Leucochloris albicollis, Thalurania glaucopis, Stephanoxis lalandi,, Strix
hylophila, Odontophorus capueira, Aramides saracura, Synallaxis ruficapilla, Cranioleuca
obsoleta, Clibanornis dendrocolaptoides, Sclerurus scansor, Myiothlypis leucoblephara,
Tachyphonus coronatus, Schiffornis virescens, Hylophilus poicilotis, Drymophila rubricollis,
Drymophila malura, Pyriglena leucoptera, Mackenziaena leachii, Mackenziaena severa,
Conopophaga lineata, Xiphorhynchus fuscus, Lepidocolaptes falcinellus, Chiroxiphia caudata,
Mionectes rufiventris, Eleoscytalopus indigoticus e Myiornis auricularis.

Caracterização da avifauna

A região é predominada pela agricultura e pecuária (Figura 121 e 122Erro! Fonte de r


eferência não encontrada.), o que permite a adaptação de espécies de sub-bosque e com
preferência por clareiras. A presença de porções de floresta em estágio avançado subsidia a
presença de espécies frugívoras, como as da família Thraupidae e Psitacidae, bastante
avistadas na região. Contudo, elas não são a maioria.

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Figura 121 - Fitofisionomia da região onde será implantada a CGH Guarani.

Figura 122 - Imagem aérea da fitofisionomia da região onde será implantada a CGH Guarani, destacando a fragmentação, a
formação de bordas de mata e a presença de áreas para o plantio e pastagem.

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Guilda trófica

A caracterização quanto à guilda trófica da avifauna local se deu em sua maioria pela
presença de espécies onívoras, representadas principalmente pelas famílias Anatidae,

www.forteamb.com 342
Ramphastidae, Icteridae, Falconidae e Tyrannidae, mas também pelas espécies insetívoras,
representadas principalmente pelas espécies das famílias Tyrannidae e Parulidae.

O predomínio de aves onívoras em determinada área evidencia desequilíbrio


ambiental, uma vez que estas possuem hábitos generalistas e se alimentam de grande
variedade de recursos animais e vegetais (WILLIS, 1979). Segundo Almeida (1982), a
predominância de hábito alimentar insetívoro sugere um ambiente mais alterado. Motta
Junior (1990) relata que em altos índices de perturbação ambiental, existe uma tendência
cada vez maior das aves onívoras e, possivelmente insetívoras menos especializadas,
aumentarem sua representatividade, sucedendo o contrário no caso de frutívoros e
insetívoros mais ou menos especializados.

Resultados encontrados nos levantamentos realizados, a princípio confirmam este


fato; às categorias tróficas avaliadas nos estudos realizados da avifauna local, notamos
nitidamente espécies onívoras, insetívoras, granívoras, carnívoras e frutívoras em todas as
amostragens, como as mais representativas. Os Onívoros foram os que somaram a maior
média percentual 30%, seguido pelos Insetívoros 27%. Em regiões abertas essas espécies são
beneficiadas e se adaptam muito bem inclusive ao consumo de insetos derivados das
lavouras. Espécies de hábito granívoro foram destaque também e avistadas com frequência
na região, exemplos são os canários e tipios que utilizam ambientes abertos como as
plantações como áreas de alimentação, devido a abundância de grãos das lavouras. Outro
grupo de aves bastante observadas foram as carnívoras, sendo representadas principalmente
pelos anús e gaviões.

www.forteamb.com 343
Gráfico 42 - Guilda trófica por campanha realizada.

35%
31% 30%
29%
30% 28% 27%
27%
25%
19% 19%
20% 18%

13% 14% 14%


15%

10% 8% 8%
7%
5% 2% 2% 2%
1% 1% 1%
0% 0% 0% 0% 0% 0%
0%
1ª Campanha 2ª Campanha TOTAL

Onívoro Insetívoro Granívoro Carnívoro Frugívoro


Piscívoro Herbívoro Saprófago Nectarívoro

Gráfico 43 - Classificação da avifauna quanto à guilda trófica para a região de implantação da CGH Guarani.

Piscívoro Herbívoro Saprófago Nectarívoro


1% Frugívoro 1% 1% 0%
7%

Onívoro
Carnívoro 30%
14%

Granívoro
19%

Insetívoro
27%

Identificação e análise dos impactos

Através da análise do perfil da vegetação e das características da avifauna local,


podemos identificar os seguintes impactos:

• Supressão vegetal;

www.forteamb.com 344
• Perda e degradação de habitat;
• Adensamento populacional em fragmentos.

A etapa de supressão vegetal afeta diretamente as espécies de aves que utilizam as


árvores como dormitório e/ou para fazerem seus ninhos. A fragmentação e a supressão dos
ambientes florestais dificultam a sobrevivência de várias espécies de aves, mesmo tendo estes
organismos um poder de deslocamento, em geral, facilitado pelo voo. Aliado a isso, a falta de
ambientes florestados próximos, ou mesmo a sua severa redução, impõe a estas espécies um
poder de colonização maior que o esperado. Sendo assim, tendo sucesso, a nova área
ocupada irá possuir um adensamento de indivíduos com diversas consequências negativas,
em especial, na predação e competição intra e interespecífica (Wiens, 1989).

Do ponto de vista ecológico, as zonas ripárias são as áreas mais afetadas durante
inserção de empreendimentos de geração de energia hídrica. Estas são consideradas como
importantes corredores ecológicos para o fluxo da fauna. As espécies dependentes de
ambientes ripários registradas na região através de dados primários foram Chloroceryle
amazona, Amazonetta brasiliensis, Anhinga anhinga, Ardea alba, Ardea cocoi, Egretta thula,
Nycticorax nycticorax, Aramus guaraúna, Aramides saracura, Jacana jacana, Gallinula
galleata, Pardirallus nigricans, Nannopterum brasilianus, Podilymbus podiceps, Rostrhamus
sociabilis, Theristicus caudatus, Plegadis chihi e Phimosus infuscatus. Estas espécies estão
diretamente ligadas com ecossistemas de rio e córregos, porém as mesmas ocupam
ambientes de áreas abertas, como banhados, lagos e açudes encontrados na região, como
locais de forrageio. Algumas espécies não são capazes de se adaptar à reservatórios como o
martim-pescador, esta busca águas correntes para se alimentar.

Registro fotográfico

www.forteamb.com 345
Figura 124 - Exemplar de Columbina squammata
Figura 123 - Exemplar de Guira-guira (Anu-branco).
(Rolinha-fogo-apagou).

Figura 125 - Exemplar de Caracara plancus (Carcará). Figura 126 - Exemplares de Dendrocygna viduata (Irerê).

Figura 127 - Exemplar de Chloroceryle amazona Figura 128 - Exemplar de Pteroglossus castanotis
(Martim-pescador-verde). (Araçari-castanho).

www.forteamb.com 346
Figura 129 - Exemplar de Molothrus oryzivorus Figura 130 - Exemplar de Elanus Iecurus (Gavião-
(Iraúna-grande). peneira).

Considerações Finais

A área de abrangência onde será implantada a futura CGH Guarani, abriga


principalmente espécies especialistas de áreas abertas, onívoras e insetívoras, além de poucas
espécies ameaçadas. Essa caracterização está intrinsecamente ligada à fitofisionomia da área,
composta por cultivos de monocultura, pecuária e escassos fragmentos de floresta. A
presença de espécies insetívoras e generalistas como os tiranídeos reforça esse diagnóstico,
visto que são espécies com alta plasticidade e que se adaptam facilmente a modificações
ambientais (Padovezi et al. 2014). Ainda, deve-se atentar à presença de espécies migratórias
na região e que utilizam os fragmentos florestais durante as estações de verão. Espécies
migratórias de inverno não foram identificadas neste levantamento.

Estas características mostram que mesmo com a fragmentação e degradação de


habitat já existente na região devido a monocultura, a área tem potencial para garantir o
estabelecimento não só de espécies de alta plasticidade, mas também de espécies mais
exigentes. A conservação e recuperação de áreas é importante para garantir a permanência
dessas espécies e suportar o adensamento e chegada de novos grupos. Reforçamos ainda que
os principais impactos sobre a avifauna serão refletidos sobre as espécies ripárias e/ou que
utilizam as matas ciliares da região como berçário ou como áreas de descanso e dormitórios.
Para tal, medidas preventivas durante a supressão e mitigadoras com ênfase na recuperação
de áreas degradadas deverá ser adotado.

www.forteamb.com 347
8.2.1.2.2.6 Mastofauna

Introdução

Distúrbios ambientais são considerados um importante agente modelador da


estrutura e da função dos ecossistemas, refletindo diretamente na diversidade e abundância
de espécies (PERRY; AMARANTHUS, 1997). Diversas são as formas de pressão causada pelas
ações humanas nas comunidades naturais, entretanto, a descaracterização e fragmentação
de hábitat estão dentre as principais causas do aumento da taxa de extinção das espécies nos
últimos anos (PRIMACK; RODRIGUES, 2001). As altas pressões demográficas e demandas
econômicas têm gerado uma ocupação desordenada de áreas nativas na Mata Atlântica
brasileira, onde atualmente estima-se que somente 7% do bioma esteja preservado em
fragmentos superiores a 100 ha (MMA, 2015).

Apesar de todos os impactos que vem sofrendo ao longo das últimas décadas, a Mata
Atlântica abriga a segunda maior riqueza de mastofauna do país, com 321 espécies, sendo 89
endêmicas (GRAIPEL et al., 2017). Conhecido como um hotspot da biodiversidade, esse bioma
é um ecossistema complexo e extremamente heterogêneo em sua composição, fornecendo
habitat para muitas espécies (MYERS et al., 2000). Devido a isso, a Mata Atlântica é
considerada a segunda floresta tropical mais ameaçada do mundo (IUCN, 1990).

De acordo com Cole e Wilson (1996) os mamíferos de todo o planeta estão ameaçados
por uma série de fatores. A destruição, fragmentação e degradação de habitats, causadas
principalmente pelo desmatamento, são ameaças extremamente severas à sobrevivência dos
mamíferos silvestres nas mais diversas partes do globo. Tanto os pequenos mamíferos como
os de médio e grande porte têm aspectos de sua biologia e ecologia (hábitos, demografia,
relações tróficas, interações na comunidade) muito pouco conhecidos; os pequenos
mamíferos têm, ainda, muitos problemas quanto à sua taxonomia (VIVO, 1998).

Mares (1986) e Sechrest e Brooks (2002) citam que a alteração e a fragmentação dos
ambientes naturais são os principais fatores responsáveis pelo declínio de espécies de
mamíferos sul-americanos, sendo que, além disso, outros fatores que têm levado essas
espécies ao risco de extinção são a caça e a introdução de espécies exóticas.

www.forteamb.com 348
A região do empreendimento em questão está situada nos domínios da Mata
Atlântica, entretanto as áreas amostradas atualmente são constituídas por uma matriz
altamente antropizada, com aspecto rural e descaracterizada. Neste cenário, certas espécies
são mais resistentes às alterações do ambiente e conseguem se manter em uma matriz
composta por pequenos fragmentos (PRIMACK; RODRIGUES, 2001). No estado do Paraná são
listadas 180 espécies das quais 32 encontram-se ameaçadas e 24 não apresentam
classificação quanto à suas ameaças (REIS et al., 2006).

Neste contexto, o conhecimento dos aspectos biológicos e ecológicos da mastofauna


local evidencia a importância deste grupo em uma série de processos nos ecossistemas
(PARDINI et al., 2009). Dessa forma, uma área que permanece com a vegetação parcialmente
inalterada, mas tem grande parte da sua mastofauna extirpada constitui uma floresta
incompleta, cuja manutenção em longo prazo seria improvável (REDFORD, 1992). Portanto, o
estudo da composição dos mamíferos terrestres na região do empreendimento se justifica ao
elucidar variáveis ecológicas e suas possíveis implicações para a manutenção e manejo dos
ecossistemas naturais.

Dados secundários

Em adição aos dados primários levantados no estudo, foi realizado um levantamento


das espécies de provável ocorrência para a região do empreendimento, utilizando-se de
consulta a artigos científicos e acadêmicos cujos objetivos foram inventariar, contribuir,
revisar e sintetizar os registros da mastofauna. Utilizou-se o Plano de Manejo do Parque
Estadual Rio Guarani, para compor os dados secundários do estudo.

Resultados e discussão

Através dos dados bibliográficos (dados secundários) consultados para a região de


instalação do empreendimento, foram levantadas 54 espécies de mamíferos silvestres
distribuídos em 9 Ordens e 23 Famílias (Tabela 85).

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Tabela 85 - Lista de espécies registradas no levantamento da CGH Guarani.

REF. STATUS
Ordem Família Nome científico Nome popular GT GL 1ª Camp 2ª Camp
BIB. PR IUCN MMA
Caluromys philander Cuíca lanosa X FO AR --- --- DD - -
Chironectes minimus Cuíca d’água X OS AS --- --- DD - -
Didelphis albiventris Gambá-de-orelha-branca X FO SC AT,V,E V,E - - -
DIDELPHIMORPHIA DIDELPHIDAE Didelphis marsupialis Gambá-de-orelha-preta X FO SC --- --- - - -
Monodelphis scallops Cuíca X IO TE --- --- - - -
Monodelphis sorex Cuíca X IO TE --- --- - - -
Micoureus demerarae Cuíca X IO AR --- --- - - -
Artibeus lituratus Morcego X FO VO --- --- - - -
Carollia perspciillata Morcego X FO VO --- --- - - -
Chrotopterus auritus Morcego X CA VO --- --- VU - -
PHYLLOSTOMIDAE
Pygoderma bilabiatum Morcego X FO VO --- --- - - -
CHIROPTERA
Sturnira tildae Morcego X FO VO RN --- - - -
Sturnira lilium Morcego X FO VO RN --- - - -
VESPERTILIONIDAE Myotis ruber Morcego X IA VO --- --- DD VU -
Molossidae Molossus molossus Morcego X IA VO --- --- - - -
DASYPODIDAE Dasypus novemcinctus Tatu-galinha X IO TE --- --- - - -
CINGULATA
MYRMECOPHAGIDAE Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim X MY SC --- --- - - -
PRIMATES CEBIDAE Cebus apella Macaco-prego X FO AR --- --- - - -
Canidae Cerdocyon thous Cachorro-do-mato X IO TE V,E E - - -
Canis lúpus familiaris Cachorro doméstico X - - RV --- - - -
Eira barbara Irara X CA SC --- --- VU CR -
CARNIVORA MUSTELIDAE Galictis cuja Furão X CA TE --- --- - - -
Lontra longicaudis Lontra X OS AS --- --- VU - -
Nasua nasua Quati X FO SC RV,E V,E - - -
PROCYONIDAE
Procyon cancrivorus Mão-pelada X FO SC --- --- - - -

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Herpailurus yaguarondi Gato-mourisco X CA TE --- --- DD - -
Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno X CA SC --- --- - EN EN
FELIDAE Leopardus pardalis Jaguatirica X CA TE --- --- VU - -
Leopardus wiedii Gato-maracajá X CA SC --- --- VU VU -
Puma concolor Onça-parda X CA TE --- --- VU VU -
PERISSODACTYLA TAPIRIDAE Tapirus terrestris Anta X FH TE --- --- EN VU VU
Mazama guazoupira Veado catingueiro X FH TE --- --- DD - -
CERVIDAE Mazama americana Veado mateiro X FH TE --- --- DD - -
Cetartiodactyla Mazama nana Veado-pequeno X FH TE --- --- VU VU VU
Pecari tajacu Cateto X FH TE --- --- VU - -
TAYASSUIDAE
Tayassu pecari Queixada X FH TE --- --- CR VU VU
SCIURIDAE Sciurus aestuans Serelepe X FO SC --- --- - - -
Akodon sp. Rato-do-mato X IO TE --- --- - - -
Oryzomys sp. Rato-do-mato X FG TE --- --- - - -
Oryzomys ratticeps Rato-do-mato X FG TE --- --- - - -
Oxymycterus sp. Rato-focinhudo X IO TE --- --- - - -
MURIDAE Holochilus brasiliensis Rato-d’água X FH TE --- --- - - -
Mus musculus Camundongo X FO TE --- --- - - -
Nectomys squamipes Rato-d’água X FO AS --- --- - - -
RODENTIA Rattus norvegicus Ratazana X FO TE --- --- - - -
Rattus rattus Ratazana X FO TE --- --- - - -
ERETHIZONTIDAE Sphiggurus villosus Ouriço-caxeiro X FH AR --- --- - - -
Cavia aperea Preá X HG TE --- --- - - -
CAVIIDAE
Hydrochaeris hydrochaeris Capivara X HB AS V,E V,E - - -
CUNICULIDAE Cuniculus paca Paca X FH TE --- --- - - -
DASYPROCTIDAE Dasyprocta azarae Cutia X FH TE --- --- - - -
MYOCASTORIDAE Myocastor coypus Ratão-do-banhado X HB AS --- --- - - -
ECHIMYIDAE Kannabateomys amblyonyx Rato-da-taquara X HB TE --- --- - - -
LAGOMORPHA LEPORIDAE Lepus europaeus* Lebre européia X HB TE RV,E RV,E - - -

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Sylvilagus brasiliensis Tapiti X HB TE --- --- VU - -
Total de Espécies Registradas por Ponto 7 5
Total de espécies Registradas 7

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Estimativa de abundância

Para os estudos realizados na CGH Guarani para a Mastofauna, foram definidas 3 áreas
amostrais. Profissionais com vasta experiência em serviços semelhantes foram os
responsáveis pelas campanhas do levantamento em campo, bem como a tabulação dos dados
e confecção do relatório final.

Os mamíferos foram analisados quanto ao número de espécies, famílias e ordens,


número de indivíduos e número de registros observados em cada área amostral. A
classificação taxonômica e nomenclatura das espécies seguem Wilson & Reeder (2005) e
Paglia et al. (2012).

É importante salientar que muitas espécies ou mesmo gêneros de mamíferos,


principalmente quirópteros, roedores e marsupiais, apresentam características crípticas, o
que dificulta a determinação a partir de simples análise morfológica externa. É extremamente
necessária a coleta e exames crânio-dentários detalhados de alguns indivíduos capturados em
um contexto comparativo ou mesmo um estudo de caracteres moleculares para a correta
diagnose taxonômica. Isso ocorre porque é imperativo que estes espécimes sejam
comparados a exemplares depositados em coleções zoológicas, havendo em muitos casos, a
necessidade de comparação direta com o material tipo, espalhado em dezenas de coleções
nos continentes americano e europeu. Todo esse procedimento normalmente estende-se por
períodos incompatíveis com os prazos envolvidos no processo de licenciamento ambiental, o
que faz com que as imprecisões sejam tratadas da seguinte maneira:

Táxons cuja determinação genérica é reconhecida, mas sobre o qual não há


informações suficientes para diferenciação específica, serão considerados sob a denominação
“sp.” (e.g. Calomys sp.; Oligoryzomys sp.);

Táxons cuja amostra coletada é insuficiente para uma determinação segura, optou- se
em utilizar a abreviatura “cf.” relacionada ao epíteto específico de ocorrência geográfica
reconhecida para a região (e.g. Oecomys cf. bicolor; Marmosops cf. bishopi);

Incertezas quanto a registros fotográficos, visualizações e indícios indiretos que


impossibilitem a determinação das espécies, quando estas já são reconhecidas para a região
amostrada não serão inclusas nas referências de riqueza e abundância.

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Total de espécies registradas

Baseado nos dados obtidos a campo e dados bibliográficos de amostragens realizadas


na região de inserção do empreendimento, conseguimos realizar um comparativo entre eles.

Gráfico 44 - Número de espécies registradas por campanha e dados segundários.

60 57

50

40

30

20

10 7 7
5

0
1ª Campanha 2ª Campanha TOTAL BB

Classificações taxonômicas

Durante as duas campanhas realizadas foram registradas 08 espécies de mamíferos


pertencentes a 06 famílias diferentes, inseridos em 05 ordens foram registradas nos sítios
amostrais da CGH Guarani. O número observado ao longo das campanhas amostrais com
relação a classificação taxonômica das espécies pode ser observado no gráfico a seguir.

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Gráfico 45 - Representatividade de Mastofauna durante os levantamentos da CGH Guarani.

8
7
7
6
6
5 5 5
5
4
4

0
1ª Campanha 2ª Campanha

Ordens Famílias Espécies

Podemos observar que para o levantamento da mastofauna durante as duas


campanhas, as Ordens que obtiveram os maiores índices foram Carnivora e Chiroptera com
29% dos registros, já as famílias que obtiveram os maiores percentuais de registro foram os
Phyllostomidae (29%) conforme podemos observar nos gráficos a seguir.

Gráfico 46 - Percentual relativo as Ordens registradas.

DIDELPHIMORPHIA 14%

LAGOMORPHA 14%

RODENTIA 14%

CHIROPTERA 29%

CARNIVORA 29%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

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Gráfico 47 - Percentual relativo as Famílias registradas.

Procyonidae 14%

Leporidae 14%

Didelphidae 14%

Cavidae 14%

Canidae 14%

Phyllostomidae 29%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Estimativa de Frequência

A verificação da Frequência de Ocorrência (FO) das espécies da mastofauna


considerando os métodos empregados para registro das mesmas, excluindo-se os registros
por entrevista, foi calculada através da fórmula: FO=A/n.100, onde A é o número de vezes em
que a espécie foi registrada e n o número total de amostragens realizadas. Foi definido
também o status de ocorrência das espécies, Muito Frequente – espécie registrada entre 76
e 100% das amostragens de campo; Frequente – espécie registrada entre 51 e 75% das
amostragens de campo; Ocasionais – espécie registrada entre 26 e 50% das amostragens de
campo; Rara – espécie registrada em menos de 25% das amostragens de campo. Durante as
campanhas o percentual de classificação de frequência das espécies se enquadrou em “Rara”.
As espécies que foram analisadas são apenas aquelas que puderam ser quantificadas.

Tabela 86 - Frequência de ocorrência.

Nome científico FO Critérios De Classificação


Cerdocyon thous 13% Raro
Nasua nasua 13% Raro
Hydrochoerus hydrochaeris 25% Raro
Lepus europaeus* 25% Raro
Didelphis albiventris 13% Raro

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Nome científico FO Critérios De Classificação
Sturnira lilium 13% Raro
Sturnira tildae 13% Raro

Curva de acumulação de espécies

A curva de acumulação de espécies é apresentada pelo acúmulo de espécies


registradas ao longo do levantamento, esta demonstra em forma de gráfico uma curva que
estabilizará a partir do momento em que a amostragem do grupo da fauna for totalmente
registrada. Deve-se levar em consideração que a riqueza de espécies é diretamente
proporcional ao número de amostragens de campo realizadas.

Podemos observar que para o grupo dos mamíferos a curva de acumulação (coletor)
obteve uma estabilidade entre o 4ª dia a 8º, porém para a curva de rarefação mantém-se em
acensão, demostrando a necessidade de novos estudos.

Gráfico 48 - Curva de coletor e de rarefação.

8
7 7 7 7 7
7

5
4
4
3
3
2
2

0
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
-1
1ª Campanha 2ª Campanha

Estimativas de Diversidade, Equidade, Riqueza, Abundância relativas

Os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Equitabilidade de Pielou (J) foram


calculados separadamente para cada campanha realizada. Podemos observar que os valores

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de diversidade encontrados variaram de acordo com o número de espécies registradas e
grupo taxonômico.

Os valores do índice de Shannon-Wiener para mamíferos obtiveram uma variação


entre a 1ª campanha (1,44) e a 2ª campanha (0,6365). Nota-se que quanto mais alto o valor
do Shannon maior é a diversidade biológica da comunidade amostrada, e quanto mais
próximo de 1 for o valor da equitabilidade, mais homogênea é a distribuição de indivíduos
dentro da comunidade. A equitabilidade obteve-se variações parecidas com a do Shannon,
sendo que na 1ª campanha apresentou 0,8038 e para a 2ª campanha 0,9183.

A riqueza de espécies foi observada constando o índice de Margalef, 1958. O Índice


de Margalef, ou Índice de biodiversidade de Margalef, é uma medida utilizada em ecologia
para estimar a biodiversidade de uma comunidade com base na distribuição numérica dos
indivíduos das diferentes espécies em função do número total de indivíduos existentes na
amostra analisada. Valores inferiores a 2,0 são considerados como denotando áreas de baixa
diversidade (em geral em resultado de efeitos antropogênicos) e valores superiores a 5,0 são
considerados como indicador de grande biodiversidade (áreas de importância
ecológica/preservadas). Nas amostragens da CGH Guarani não obtivemos índices superiores
a 2, demostrando assim uma baixa riqueza de espécies, como podemos verificar a baixo.
Sendo assim a primeira campanha resultou em 1,803, já a segunda campanha resultou em
0,9102.
Gráfico 49 - Índices de diversidade, equitabilidade e riqueza de espécies, por
campanha amostral.

2
1ª Campanha 2ª Campanha 1,803
1,8
1,6
1,44
1,4
1,2
1 0,9183 0,9102
0,8038
0,8
0,6365
0,6
0,4
0,2
0
Índice Diversidade de Índice Equidade de J Riqueza de espéceis -
Shannon-Wiener (Pielou) Margalef

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A análise dos índices de diversidade utilizados demonstra que quanto maior a riqueza
especifica encontrada, menores tendem a ser os valores de dominância e de equidade na
composição da diversidade de espécies.

Tabela 87 - Índices de diversidade.

Índices 1ª Campanha 2ª Campanha


Índice Diversidade de Shannon-Wiener 1,44 0,6365
Índice Equidade de J (Pielou) 0,8038 0,9183
Riqueza de espéceis - Margalef 1,803 0,9102

A abundância relativa das espécies registradas pode ser vista no gráfico a seguir.
Podemos observar que todas as espécies obtiveram abundância superior 10%.

Gráfico 50 - Abundância Relativa das espécies registradas na área do levantamento.

Lepus europaeus* 11%

Hydrochoerus hydrochaeris 11%

Sturnira tildae 11%

Nasua nasua 11%

Cerdocyon thous 11%

Sturnira lilium 22%

Didelphis albiventris 22%

0% 5% 10% 15% 20% 25%

Similaridade entre os locais amostrados

Com relação à similaridade das áreas amostradas os exemplares registrados nos


pontos amostrais avaliados foram agrupados representando 3 áreas amostrais (FAU1, FAU2
e FAU3). Pela análise de agrupamento utilizando-se o Índice de Similaridade de Jaccard,
baseado na quantidade de indivíduos registrados por área amostral, observou-se uma maior
similaridade entre as áreas 2 e 3, devido as espécies e o número de indivíduos registrados em

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cada área, O dendrograma de similaridade demonstra que até então as áreas FAU2 e FAU3
são as mais próximas em relação à composição da comunidade de mamíferos na região,
conforme podemos observar na figura a seguir.

Figura 131 - Similaridade de Jaccard para as áreas da CGH Guarani.

As áreas FAU 02 e FAU 03 apresentam uma ligação da vegetação, diferentemente da


área FAU 01 que apresenta apenas a APP com vegetação densa.

Conforme os dados apresentados no Gráfico 51, a unidade amostral FAU02


apresentou maior diversidade em relação às outras áreas, seguida por FAU02 e FAU03. A
interpretação deste índice pode se dar através do registro exclusivo de algumas espécies para
FAU01, tais quais os morcegos Artibeus fimbriatus e Desmodus rotundus, e os mamíferos de
médio porte Lontra longicaudis, Tamandua tetradactyla e Leopardus pardalis. Na área FAU02
foram registrados exemplares de Dasyprocta azarae, Canis lupus familiaris e Felidae (vestígio).
A área FAU3 foi a única a registrar as espécies Nasua nasua e Sylvilagus brasiliensis. As
espécies Artibeus lituratus, Carollia perspicillata, Puma concolor, Tapirus terrestres e
Cerdocyon thous foram registradas em todas as áreas amostrais do empreendimento.

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Gráfico 51 - Índices de diversidade, equitabilidade e riqueza, por área amostral.

2,5

2,038
1,82
2

1,612

1,243
1,5
1,099
1,055

0,9602

0,8283
1
1

0,5

0
Índice Diversidade de Índice Equidade de J Riqueza de espéceis -
Shannon-Wiener (Pielou) Margalef

FAU01 FAU02 FAU03

Espécies ameaçadas

Para todas as espécies levantadas neste estudo foi conferido o status de conservação
em níveis estadual (SEMA, 2010), nacional (ICMBio/MMA, 2022) e mundial (IUCN, 2021),
resultando no registro de 18 espécies enquadradas sob algum grau de ameaça.

Tabela 88 - Espécies levantadas neste estudo que se enquadram sob algum grau de ameaça.

STATUS
Nome científico Nome popular
PR IUCN MMA
Caluromys philander Cuíca lanosa DD - -
Chironectes minimus Cuíca d’água DD LC DD
Chrotopterus auritus Morcego VU - -
Myotis ruber Morcego DD VU -
Eira barbara Irara VU CR -
Lontra longicaudis Lontra VU NT NT
Herpailurus yaguarondi Gato-mourisco DD LC VU
Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno - EN EN
Leopardus pardalis Jaguatirica VU - -
Leopardus wiedii Gato-maracajá VU VU -
Puma concolor Onça-parda VU VU VU
Tapirus terrestris Anta EN VU VU
Mazama guazoupira Veado catingueiro DD - -

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Mazama americana Veado mateiro DD DD DD
Mazama nana Veado-pequeno VU VU VU
Pecari tajacu Cateto VU LC LC
Tayassu pecari Queixada CR VU VU
Sylvilagus brasiliensis Tapiti VU EN LC
Legenda: (*) Espécies registradas em campo.

Em nível estadual destaca-se a presença da espécie Tayassu pecari como criticamente


ameaçada de extinção (CR). Outras 09 espécies são classificadas como vulneráveis à extinção
(VU), sendo que nenhuma das espécies registradas em campo se enquadra como vulnerável.

Já em nível nacional, uma espécie enquadra-se como quase ameaçadas, Lontra


longicaudis. Nenhuma das 02 espécies deficientes em dados foi registrada em campo. Das
espécies que constam como vulneráveis à extinção Puma concolor, Herpailurus yaguarondi e
Tapirus terrestres, nenhuma delas foram registradas durante as campanhas de levantamento
de fauna na área do empreendimento.

Alguns fatores como a fragmentação e perda de hábitat, a competição e transmissão


de doenças por espécies exóticas, a pressão de caça para consumo ou como represália a
prejuízos causados às criações domésticas e os atropelamentos, podem explicar o alto
número de espécies de mamíferos ameaçadas de extinção na área do empreendimento.

Mamíferos de médio e grande porte tendem a viver em baixas densidades


populacionais e a percorrer grandes distâncias diariamente em busca de abrigo, alimento ou
até mesmo de parceiros sexuais. Esta característica torna este grupo extremamente
vulnerável a atropelamentos em rodovias, podendo representar até 91% de toda a fauna
atropelada registrada (MAGIOLI et al, 2019). Um estudo desenvolvido durante 10 anos no
estado de São Paulo (Abra et al, 2021) ilustra bem a grave realidade que as estradas impõem
sobre a mastofauna brasileira. Neste estudo, os autores registraram 37.444 mamíferos de
médio e grande porte atropelados em rodovias do estado ao longo de dez anos. Diante deste
cenário torna-se extremamente relevante a adoção de medidas que visem monitorar, mitigar
e diminuir o risco de acidentes envolvendo animais silvestres nas rodovias marginais ao
empreendimento, uma vez que a sua implantação tende a provocar o afugentamento da
fauna nas proximidades do local. Portanto, recomenda-se a instalação de sinalização de alerta

www.forteamb.com 362
e de redutores de velocidade, assim como a construção de passagens seguras para fauna da
região, levando-se em conta os corredores florestais remanescentes bem como os que serão
formados com a mata ciliar do futuro reservatório.

Durante a coleta de dados primários não foram observados animais atropelados nas
rodovias marginais ao empreendimento.

Fauna cinegética

Apesar da caça de animais silvestres ser uma atividade proibida em todo território
brasileiro segundo a Lei de Proteção à Fauna nº 5.197/1967, esta prática é ainda muito
presente, principalmente no cotidiano de populações rurais. Dentre os mamíferos
registrados, destacam-se como alvo de caçadores principalmente as espécies de médio e
grande porte das famílias Cervidae, Tayassuidae, Tapiridae, Dasypodidae, Cuniculidae e
Dasiproctidae. Espécies destas famílias são comumente visadas para o comércio de consumo
ilegal, enquanto os mamíferos das famílias Canidae, Felidae e Mustelidae costumam ser
abatidos por retaliação, devido aos supostos prejuízos que causam as criações domésticas
(BROCARDO, JUNIOR 2012).

Os prejuízos causados pelas predações de carnívoros sobre criações de animais


domésticos motivam, principalmente, os produtores rurais a perseguirem e abaterem estes
animais. Os carnívoros de modo geral, por estarem no topo da cadeia alimentar, são
responsáveis pela regulação das populações de presas naturais, influenciando a dinâmica dos
ecossistemas onde vivem. A ausência destes predadores e, consequentemente desta
regulação, faz com que mamíferos herbívoros, roedores, aves, répteis e insetos multipliquem
suas populações exponencialmente, podendo acarretar grandes prejuízos à agricultura. Assim
sendo, a caça dos grandes carnívoros no primeiro momento pode parecer preventiva, para
que não ocorra mais prejuízos nas criações domésticas, mas a longo prazo o prejuízo será
sentido em outro setor produtivo rural.

Ainda, estes animais na maioria das vezes evitam o contato com habitações humanas
e suas criações se o ambiente em que vivem fornece condições de sobrevivência (AZEVEDO
& CONFORTI 2002), demonstrando o quanto nós, como sociedade, estamos invadindo e

www.forteamb.com 363
antropizando importantes áreas para manutenção e conservação das populações de grandes
carnívoros.

Espécies exóticas

Durante as campanhas de campo foram registradas duas espécies de mamíferos


exóticos na área de influência do empreendimento, a lebre-europeia (Lepus europaeus) e o
cão-doméstico (Canis lupus familiaris).

A lebre-europeia é originária da Alemanha e foi introduzida na América do Sul no final


do século XIX através do chile. A transformação de florestas nativas em monoculturas, assim
como a prática ilegal de caça de possíveis predadores nativos, favoreceu o estabelecimento e
a ampliação da distribuição geográfica desta espécie. Ainda não se conhece o real impacto
desta espécie sobre os ecossistemas em que está inserida, contudo acredita-se que ela possa
agir como vetor para a disseminação de doenças e parasitos para as espécies nativas (DA
ROSA et al, 2017), tal como o tapiti (Sylvilagus brasiliensis). A lebre foi comumente avistada
ao percorrer no período noturno as estradas de acesso às áreas de monitoramento.

O cães-domésticos embora sejam considerados domésticos devido a sua associação


com humanos por milhares de anos, alguns indivíduos podem ser encontrados em vida livre
e em estado feral, agindo como caçadores e dispersores de zoonoses para as populações de
espécies nativas (GOMPPER, 2014).

O homem sempre alterou o ambiente em que vive a fim de adequá-lo às suas


necessidades. Ao longo do tempo essa atividade veio se tornando cada vez mais frequente
como consequência do crescimento desenfreado da população humana e com o aumento e
desenvolvimento das cidades. Um grande problema relacionado a essas alterações é a
modificação da distribuição das espécies no planeta, ação que tem aumentado em taxas
crescentes e incomparáveis aos eventos naturais graças à fatores, como transformação de
paisagens, domesticação de espécies e comércio internacional (LOCKWOOD et al. 2007;
GOZLAN 2010; VITULE et al. 2012). Aliada às alterações globais causadas pelas ações
antrópicas, a introdução de espécies não nativas tornou-se um dos principais desafios para a
ecologia e para a sociedade (SOULÉ 1990; VITULE et al. 2012), especialmente devido aos

www.forteamb.com 364
impactos negativos causados, os quais ameaçam a conservação da biodiversidade como um
todo.

Registros fotográficos

Figura 132 – Exemplar de Sturnira tildae (morcego) registrados durante o levantamento de fauna na região
do empreendimento.

Figura 133 - Exemplare de Sturnira lilium (morcego) registrados durante o levantamento de fauna na região
do empreendimento.

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Figura 134 – Exemplar de Nasua nasua (quati) registrados durante o levantamento de fauna na região do
empreendimento.

Considerações finais

Muito embora a paisagem na região do empreendimento seja um reflexo da intensa


produção agrícola e pastagem para o gado, este levantamento apresentou registros
relevantes em consideração à mastofauna local, trazendo informações importantes em
relação a sua composição atual. Ressalta-se também a importância do estabelecimento de
um programa específico para o monitoramento dos mamíferos de médio e grande porte
ameaçados de extinção registrados na área do empreendimento.

Este programa deve ter o objetivo de aumentar o conhecimento acerca dos padrões
de distribuição, movimentação, abundância e condições demográficas destas espécies, a fim
de obter informações que auxiliem a tomada de decisões em pró da conservação da
mastofauna na área de influência do empreendimento

De forma geral, as campanhas de levantamento de fauna apresentaram registros


importantes para a compreensão da situação atual da comunidade de mamíferos na região
do empreendimento, elucidando a sua importância e demonstrando a necessidade de adoção
de medidas de mitigação de impacto sobre a mastofauna local.

www.forteamb.com 366
8.2.1.3 Análises – Fauna

8.2.1.3.1 Apresentar comparação entre os dados secundários e os resultados do


levantamento, apontando para as ausências ou presenças de espécies

Avifauna

Ao analisar a tabela abaixo obseva-se que as espécies Guira guira, Vanellus chilensis e
Zenaida auriculata ambas apresentaram frequência relativa de 5,70% da avifauna da CGH
Guarani sendo as espécies mais registradas no estudo (Tabela 89).

Das espécies registradas, sete foram consideradas exclusividade para o levantamento


da avifauna do empreendimento em questão, pois não haviam sido registradas em dados
secundários: Dendrocygna viduata, Myiopsitta monachus, Columbina squammata, Falco
femoralis, Syrigma sibilatrix, Theristicus caudatu e Molothrus oryzivorus.

Contudo, o estudo da CGH Guarani não amostrou nenhum representante para as


seguintes ordens taxonômicas: Trogoniformes, Apodiformes, Nyctibiiformes,
Caprimulgiformes, Galliformes, e Tinamiformes.

Também foram registradas nove espécies ameaçadas no compilado do estudo


bibliográfico, porém nenhuma destas espécies foram observadas em campo, contudo existe
a possibilidade de serem avistadas na região de acordo com o levantamento bibliográfico
realizado.

Tabela 89 - Frequência relativa das espécies que compõe a avifauna da CGH Guarani.

Aves FR Aves FR
Agelaioides badius 0,63 Sicalis luteola 3,16
Amazonetta brasiliensis 1,90 Sittasomus griseicapillus 0,63
Aramides saracura 0,63 Sporophila caerulescens 1,27
Athene cunicularia 1,27 Syrigma sibilatrix 1,27
Baryphthengus ruficapillus 0,63 Tachybaptus dominicus 0,63
Basileuterus culicivorus 0,63 Theristicus caudatus 1,27
Bubulcus ibis 3,16 Thraupis sayaca 1,90
Caracara plancus 2,53 Troglodytes musculus 1,27
Cathartes aura 0,63 Turdus leucomelas 1,27
Chloroceryle amazona 0,63 Turdus rufiventris 1,27
Colaptes campestris 1,27 Tyrannus melancholicus 3,16
Colonia colonus 0,63 Vanellus chilensis 5,70

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Aves FR Aves FR
Columbina squammata 1,90 Volatinia jacarina 1,90
Columbina talpacoti 4,43 Milvago chimachima 0,63
Crotophaga ani 1,27 Mimus saturninus 1,27
Cyanocorax chrysops 3,16 Molothrus bonariensis 0,63
Cyclarhis gujanensis 1,27 Molothrus oryzivorus 0,63
Dendrocygna viduata 0,63 Myiopsitta monachus 0,63
Elanus leucurus 0,63 Patagioenas picazuro 4,43
Falco femoralis 0,63 Piaya cayana 0,63
Furnarius rufus 3,80 Pionus maximiliani 0,63
Gallinula galeata 0,63 Pitangus sulphuratus 3,80
Guira guira 5,70 Pteroglossus castanotis 1,90
Jacana jacana 0,63 Ramphastos dicolorus 0,63
Leistes superciliaris 0,63 Rupornis magnirostris 1,90
Leptotila verreauxi 2,53 Setophaga pitiayumi 0,63
Machetornis rixosa 0,63 Sicalis flaveola 3,80
Mackenziaena severa 0,63 Zenaida auriculata 5,70
Megarynchus pitangua 1,27 Zonotrichia capensis 2,53

Herpetofauna

O estudo em questão amostrou 12 espécies para grupo da herpetofauna como um


todo, sendo que as espécies Bothrops jararaca, Crotalus durissus, Dendropsophus nanus e
Leptodactylus latrans ambas representam 12,5% da herpetofauna da CGH Guarani.

Para o estudo da CGH Guarani foi observado que a espécie Rhinella sp. e Leptodactylus
gracilis são espécies exclusivas para o estudo, pois não haviam sido amostradas no Plano de
Manejo do Parque Estadual Rio Guarani.

Leptodactylus gracilis é comumente conhecido como rãzinha-assobiadora, esta


espécie apresenta distribuição geográfica restrita à região sul do Brasil, sendo uma espécie
frequentemente encontrada em amostragens de fauna. Apresenta habitat de áreas abertas
desprovidas de árvores, além de ter preferência por sítios de canto em brejos ou lagos
(Haddad et al., 2013).

Já com relação aos répteis, Phrynops geoffroanus foi a única espécie exclusiva para o
levantamento da herpetofauna da CGH Guarani. Este é conhecido como cágado-de-barbicha.
Este apresenta ampla distribuição no país, utilizando uma variedade de corpos d’água, como

www.forteamb.com 368
riachos, floresta alagada, lagos com bastante vegetação, pequenos córregos, lagoas, açudes,
grandes rios com correnteza e até mesmo em canais poluídos nos centros urbanos
(UFRGS,2022).

Gráfico 52 - Frequência relativa das espécies amostradas para a herpetofauna da CGH Guarani.

14
12,5 12,5 12,5 12,5
12

10 9,38 9,38

8
6,25 6,25 6,25 6,25
6

4 3,13 3,13

Ictiofauna

Ao considerar as 12 espécies de peixes amostradas, percebe-se que Astyanax lacustris


representou 20,93% da ictiofauna da CGH Guarani e, em seguida, a espécie Astyanax
bifasciatus que corresponde à 18,60% (Gráfico 53).

O peixe Astyanax lacustris é conhecido popularmente como Lambari-rabo-amarelo,


sendo classificado na guilda alimentar onívora e encontra-se em status de ameaça pouco
preocupante na lista internacional (IUCN). Esta espécie foi exclusividade do estudo não sendo
encontrada na revisão dos dados secundários.

Já Astyanax bifasciatus é uma espécie endêmica da Bacia do Baixo Iguaçu, assim como
as espécies Astyanax gymnodontus, Oligosarcus longirostris, Crenicichla iguassuensis e
Pimelodus britskii.

www.forteamb.com 369
Gráfico 53 - Frequência relativa das espécies amostradas na área de estudo da CGH Guarani.

Ancistrus sp.
5% 2%
7% Astyanax bifasciatus
18% Astyanax gymnodontus
5%

5% Astyanax lacustris

Astyanax sp.

12% Crenicichla iguassuensis


16%
Crenicichla sp.

Geophagus brasiliensis

5% Hoplias malabaricus
21%
Hypostomus albopunctatus
2%
2%
Oligosarcus longirostris

Pimelodus britskii

Ao considerar as 12 espécies amostradas comparada aos dados secundários obtidos a


partir do levantamento bibliográfico que computaram 105 espécies de possível ocorrência
para a região do empreendimento, percebe-se que as espécies amostradas no estudo
equivalem a 11,42% das espécies citadas nos dados secundários.

Mastofauna

Ao considerar a mastofauna da CGH Guarani foram amostradas oito espécies no total,


observa-se que a capivara: (Hydrochoerus hydrochaeris) representa 25% da amostragem, já
as espécies Cerdocyon thous e Didelphis albiventris correspondem à 16,67% da mastofauna
do empreendimento em questão.

Já os dados secundários obtidos a partir do Plano de Manejo do Parque Estadual Rio


Guarani registraram 54 espécies de mamíferos.

www.forteamb.com 370
Ao comparar as espécies amostradas no estudo de levantamento de fauna com os
dados secundários observa-se que todas as espécies registradas no levantamento
mastofaunístico encontraram-se também amostradas no estudo secundário.

Ao passo que o presente estudo de levantamento não amostrou representantes das


ordens Cingulata, Primates, Perissodactyla e Cetartiodactyla, os quais possuem ocorrência na
região do empreendimento de acordo com os dados bibliográficos.

Destaca-se também que foram contabilizadas 19 espécies para a área de influência do


estudo, porém nenhuma foi efetivamente registrada em campo.

Gráfico 54 - Frequência relativa das espécies amostradas no levantamento mastofaunístico da CGH Guarani.

4% 8%
4%

Canis lupus familiaris


13%
17% Cerdocyon thous
Didelphis albiventris
Hydrochoerus hydrochaeris

12% Lepus europaeus


Nasua nasua
17% Sturnira lilium
Sturnira tildae

25%

Invertebrados aquáticos

Os bivalves constituem a maior biomassa de uma comunidade bentônica, atuam como


removedores de detritos, em suspensão em corpos hídricos. No entanto, devido às ações
humanas as populações desse grupo vêm sofrendo redução. Além disso, as espécies invasoras
desse grupo vêm sendo motivo de preocupação, causando grande impactos ambientais
(PEREIRA, 2014).

www.forteamb.com 371
De acordo com Pereira, Mansur & Pimpão (2012) já foram encontradas
aproximadamente 51 espécies, representando 22% das espécies de bivalves límnicos do
Brasil.

O levantamento em questão apontou que todos os indivíduos coletados da família de


bivalves Cyrenidae, são do gênero Corbicula e são considerados moluscos exóticos invasores.
Este gênero possui alta capacidade de dispersão em ambientes aquáticos, com o rápido
crescimento e alta capacidade reprodutiva (ILARRI et al., 2010). Além de serem considerados
moluscos bivalves com alto potencial para desestruturação de ambientes aquáticos de água
doce (MOUTHON, 2001).

Destaca-se que devido à insuficiência de dados secundários e ausência de lista de


espécies de invertebrados aquáticos no Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Guarani
não foi possível realizar uma comparação precisa para as análises do tópico em questão.

Gráfico 55 - Frequência relativa das espécies de invertebrados aquáticos amostrados na CGH Guarani.

100,00

90,00

80,00

70,00
59,88
60,00

50,00

40,00

30,00

20,00 14,16
10,00 6,19 5,90 3,83
0,59 1,18 1,18 1,18 0,29 0,59 1,47 0,59 0,59 0,29 0,59 1,47
0,00

Invertebrados terrestres

www.forteamb.com 372
Ao observar os dados obtidos em campo, percebeu-se que Pheidole dyctiota Kempf,
1972 foi a espécie mais amostrada no estudo representando 22,91% dos registros.

Esta espécie é uma representante do gênero que compõem as formigas epígeas as


quais possuem hábito onívoro. Também apresentam ampla distribuição geográfica e alta
capacidade de dispersão, sendo frequentemente encontradas em ambientes antropizados, o
que explica o seu encontro frequente na amostragem do empreendimento em questão.

De modo geral a composição faunística do grupo em questão apresenta algumas


espécies exclusivas o que pode indicar que a flutuação sazonal vem sofrendo impactos, porém
a maioria das espécies são comuns o que já era esperado, já que a área de influência em
questão encontra-se fragmentada e possui atividade antrópica.

Ressalta-se que devido à insuficiência de dados secundários e ausência de lista de


espécie no Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Guarani não foi possível realizar uma
comparação precisa para as análises do tópico em questão.

Tabela 90 - Frequência relativa das espécies que compõe o grupo dos invertebrados terrestres da CGH
Guarani.

Invertebrados terrestres FR Invertebrados terrestres FR


Acromyrmex sp. 0,56 Hemiptera sp. 0,56
Acromyrmex subterraneus (Forel, 1893) 1,12 Linepithema gallardoi (Brèthes, 1914) 0,56
Agelaia sp. 0,56 Nylanderia fulva (Mayr, 1862) 0,56
Apanteles sp. 0,56 Odonata sp. 0,56
Apis mellifera (Linnaeus, 1758) 1,12 Odontomachus chelifer (Latreille, 2,79
1802)
Camponotus atriceps Smith, 1858 8,94 Pachycondyla striata Smith, 1858 2,23
Camponotus cameranoi Emery, 1894 3,35 Pheidole aberrans Mayr, 1868 4,47
Camponotus lespesii Forel, 1886 0,56 Pheidole dyctiota Kempf, 1972 22,91
Ceratina sp. 1 0,56 Pheidole laevifrons Mayr, 1887 5,03
Cotesia sp. 2 0,56 Pheidole pubiventris Mayr, 1887 13,41
Crematogaster acuta Fabricius, 1804 1,12 Pheidole risii Forel, 1892 10,61
Diptera (Musca sp.) 1,12 Pheidole sp. 1 2,79
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 7,26 Pheidole sp. 4 0,56
Ectatomma edentatum Roger, 1863 1,12 Pseudomyrmex sp. 1 0,56
Epyris sp. (Bethylidae) 1,12 Solenopsis saevissima (F. Smith, 0,56
1855)
Flacopimpla sp. 0,56 Solenopsis stricta Emery, 1896 1,12
Gnamptogenys striatula Mayr, 1884 0,56

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8.2.1.3.2 Em relação à caracterização faunística e paisagística, as métricas
quantificadas deverão ser comparadas com os cenários “atual – sem o
empreendimento” e “pós-implantação – com o empreendimento”.

A etapa de supressão vegetal afeta diretamente as espécies de aves que utilizam as


árvores como dormitório e/ou para fazerem seus ninhos. A fragmentação e a supressão dos
ambientes florestais dificultam a sobrevivência de várias espécies de aves, mesmo tendo estes
organismos um poder de deslocamento, em geral, facilitado pelo voo.

Aliado a isso, a falta de ambientes florestados próximos, ou mesmo a sua severa


redução, impõe a estas espécies um poder de colonização maior que o esperado. Sendo
assim, tendo sucesso, a nova área ocupada irá possuir um adensamento de indivíduos com
diversas consequências negativas, em especial, na predação e competição intra e
interespecífica (Wiens, 1989).

Do ponto de vista ecológico, as zonas ripárias são as áreas mais afetadas durante
inserção de empreendimentos de geração de energia hídrica. Estas são consideradas como
importantes corredores ecológicos para o fluxo da fauna. As espécies dependentes de
ambientes ripários registradas na região através de dados primários foram: Chloroceryle
amazona, Amazonetta brasiliensis, Anhinga anhinga, Ardea alba, Ardea cocoi, Egretta thula,
Nycticorax nycticorax, Aramus guaraúna, Aramides saracura, Jacana jacana, Gallinula
galleata, Pardirallus nigricans, Nannopterum brasilianus, Podilymbus podiceps, Rostrhamus
sociabilis, Theristicus caudatus, Plegadis chihi e Phimosus infuscatus.

Estas espécies estão diretamente ligadas com ecossistemas de rio e córregos como
local de abrigo e nidificação, porém as mesmas ocupam ambientes de áreas abertas, como
banhados, lagos e açudes encontrados na região, como locais de forrageio.

Com relação à herpetofauna observou-se um baixo registro de espécies endêmicas


e/ou ameaçadas, sendo a maioria frequente e eurióica, que se adapta a diferentes ambientes.

Apesar deste cenário, a perda e alteração de habitat é uma das principais ameaças à
herpetofauna. De modo geral, anfíbios e répteis são sensíveis a alterações nos habitats, pois
precisam de condições adequadas para seu desenvolvimento e apresentam pouca capacidade
de deslocamento, impedindo que busquem outras áreas. Portanto, recomenda-se o

www.forteamb.com 374
monitoramento nas áreas de influência do empreendimento em questão e ações efetivas de
resgate e realocação de indivíduos quando necessário, a fim de preservar a biodiversidade
local.

Além disso, destaca-se que foram registradas algumas espécies ameaçadas, espécies
guarda-chuva e espécies-paisagem durante a revisão bibliográfica, as quais possuem possível
ocorrência para a área de influência do empreendimento. Estas são mais sensíveis a
alterações ambientais, principalmente, ao considerar a perda de habitat, fragmentação de
ambientes naturais, ruptura de corredores ecológicos, que poderão ocorrer durante a
implantação do empreendimento. Portanto, devem ser salientadas durante o período de
execução do programa de monitoramento de fauna.

Com relação à entomofauna observou-se que em sua grande maioria é composta por
espécies comuns e amplamente distribuídas no Brasil, caracterizada pela presença de
ambientes antropizados. Portanto, após a implantação do empreendimento os impactos à
entomofauna serão pequenos, não ocasionando severas oscilações em indicativos de riqueza
e abundancia de espécies.

Já em relação ao grupo dos invertebrados aquáticos, também se percebeu a


ocorrência e elevada abundância de espécies comuns, adaptadas à ambientes perturbados e
poluídos, os quais são caracterizados por apresentar maior plasticidade ecológica. Portanto,
após a implantação da CGH, espera-se a manutenção da incidência desses organismos no
ambiente.

Contudo, destaca-se a presença da uma espécie exótica do gênero Corbicula


amostrada no levantamento de fauna, a qual possui alta capacidade de dispersão em
ambientes aquáticos, com o rápido crescimento e alta capacidade reprodutiva (ILARRI et al.,
2010). Além de possuir potencial para desestruturação de ambientes aquáticos de água doce
(MOUTHON, 2001). Por isso, recomenda-se que esta espécie seja monitorada durante as
etapas de instalação e operação da CGH Guarani, com o intuito de mitigar maiores impactos.

Além disso, observou-se a maior incidência de indivíduos da família Baetidae. Estes


são organismos considerados pouco sensíveis as alterações ambientais, sendo encontrados
em locais com níveis intermediários de degradação, mesmo assim, há espécies nessa família

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que possuem exigências quanto à locais, exigindo maior integridade ambiental e tipo de
substratos associados (BUSS et al., 2002; BUSS; SALLES, 2007a; DOMÍNGUEZ et al., 2006).

Já o índice BMWP enquadrou os pontos de amostrais como “poluído”, o que pode ser
explicado devido ao baixo registros de indivíduos amostrados, além da abundância de táxons
com alta plasticidade e tolerantes à perturbações ambientais.

Nesse sentido, os índices utilizados acima são indicativos de que o ambiente se


encontra perturbado, com espécies altamente adaptadas ao meio. Portanto, o
empreendimento em questão não será capaz de modificar os parâmetros do corpo hídrico.

A ictiofauna será a mais impactada, pois o empreendimento irá alterar as


características físicas e biológicas do corpo hídrico. Com a construção do empreendimento
várias espécies serão afetadas pelo processo de isolamento de populações.

Além de que, após a construção do empreendimento, várias espécies migratórias e/ou


com exigência de qualidade de água corrente poderão ser afetadas de alguma forma em
alguma fase do seu ciclo de vida, principalmente durante os processos reprodutivos. Contudo,
das espécies registradas, segundo o livro Peixes do baixo rio Iguaçu (2012), nenhuma realiza
migrações reprodutivas de grande amplitude, o que é um ponto positivo, ocasionando em
menores consequências a este grupo em específico.

8.2.1.3.3 Apresentar descrição e análise crítica sobre a caracterização da comunidade


faunística, considerando, para tanto, a integração de todos os dados obtidos
nos estudos dos grupos faunísticos avaliados, ou seja, caracterização e
análise zooecológica da área de influência do empreendimento em relação
a riqueza e diversidade totais e particularidades da fauna local.

Durante o levantamento de fauna da CGH Guarani realizado para a elaboração desse


estudo foram registrados ao todo 775 indivíduos, gerando uma riqueza de 140 espécies para
a comunidade faunística. Além disso, a comunidade apresentou diversidade de Shannon de
H’=4,941 e equabilidade de Pielou de J’= 0,762 (Tabela 91).

Ao considerar a abundância de indivíduos por grupo taxonômico, o grupo dos


invertebrados aquáticos contribuiu com o maior número 339 indivíduos, já os invertebrados

www.forteamb.com 376
terrestres contribuíram com 179, em seguida a avifauna resultou em 158 espécimes, a
ictiofauna ficou com 43, a herpetofauna com 32 indivíduos e 24 para a mastofauna.

Ao considerar a riqueza de espécies, o grupo da avifauna foi o que mais contribuiu,


representando 58 espécies, em seguida os invertebrados terrestres aparecem com 33
espécies, posteriormente, o grupo dos invertebrados aquáticos resultou em 17 espécies, já a
herpetofauna e a ictiofauna, ambas contribuíram com 12 espécies e a mastofauna ficou com
a menor representatividade, com a listagem de apenas 8 espécies.

Ao levar em consideração o índice de Shannon-Winer observou-se que a avifauna da


CGH Guarani foi a que representou maior índice (H’=3,771), em seguida, a herpetofauna
(H’=2,393), a ictiofauna ficou com diversidade de H’=2,205, posteriormente, a mastofauna
resultou em H’= 1,936 e o grupo dos invertebrados aquáticos e terrestres, ambos
apresentaram H’= 1,516.

Com relação ao Índice de diversidade de Pielou, observou-se que o maior percentual


se deu para o grupo da herpetofauna (J’= 0,963), em seguida o grupo da mastofauna ficou
com J’=0,931, a avifauna representou J’= 0,929, a ictiofauna com J’= 0,887, os invertebrados
aquáticos J’=0,535 e, por fim, os invertebrados terrestres J’= 0,433 (Tabela 91).

Tabela 91 - Índices ecológicos de abundância, riqueza, diversidade Shannon-Winer e equabilidade de Pielou.

Diversidade
Equabilidade
Táxon Abundância Riqueza (S) de Shannon
de Pielou (J')
(H')
Avifauna 158 58 3,771 0,929
Mastofauna 24 8 1,936 0,931
Herpetofauna 32 12 2,393 0,963
Ictiofauna 43 12 2,205 0,887
Invertebrados aquáticos 339 17 1,516 0,535
Invertebrados terrestres 179 33 1,516 0,433
Total 775 140 3,766 0,762

Com relação à representatividade dos grupos taxonômicos no estudo, observou-se


que a avifauna foi a mais representativa tanto para os dados secundários (22,92%), quanto
para o Estado do Paraná (7,80%). Em seguida, a herpetofauna representou 16% dos dados
secundários e 4,12% das espécies da herpetofauna do Paraná. Outro assim, a mastofauna

www.forteamb.com 377
compôs 14,91% dos dados secundários e 4,55% do Estado. Por fim, a ictiofauna representou
11,42% dos dados secundários e 2% da Bacia do Paraná (Tabela 92).

Tabela 92 - Representatividade dos grupos taxonômicos com relação aos dados secundários e para o PR.

Grupo taxonômico Representatividade de dados secundários Representatividade para o Paraná


Avifauna 22,92% 7,80%
Mastofauna 14,81% 4,55%
Ictiofauna 11,42% 2%
Herpetofauna 16% 4,12%

8.2.1.3.4 Apresentar as áreas relevantes para a conservação da fauna local

8.2.1.3.4.1 Áreas de Interesse ecológico

Figura 135 - Áreas de interesse ecológico, destacando o Parque Estadual do Rio Guarani.

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8.2.1.3.4.2 Corredores da Biodiversidade

Figura 136 - Corredores ecológicos presentes na área de influência da CGH Guarani.

8.2.1.3.4.3 Áreas prioritárias para Conservação de Cavernas

Não se aplica.

8.2.1.3.4.4 Sítios Ramsar

Não se aplica.

8.2.1.3.4.5 Reservas da Biosfera

Não se aplica.

8.2.1.3.4.6 Unidades de Conservação;

O Parque Estadual Rio Guarani está localizado no município de Três Barras do Paraná
– PR e é classificado como uma Unidade de Conservação, categorizado como área de Proteção

www.forteamb.com 379
Integral (SNUC). Este fica a aproximadamente 8 km do empreendimento e pode ser
considerado um importante ambiente para a colonização e estabelecimento da fauna, que
atualmente habita a área do empreendimento em questão.

8.2.1.3.5 Uso e ocupação do solo na AID – destaque às manchas nativas que serão
suprimidas
Figura 137 - Mapa de uso e ocupação do solo na AID.

8.2.1.4 Prognóstico – Fauna

8.2.1.4.1 Perda de habitats naturais

A construção de usinas hidrelétricas promove significativa alteração da paisagem e,


consequentemente, perda de habitats. Esse fator pode ser responsável pela redução no
número de espécies, que futuramente pode vir a compor listas de extinção de espécies
(Primack, 1992). Portanto, salienta-se a importância da proteção e recuperação de áreas
adjacentes, da área de APP e da compensação ambiental da área prevista nesse estudo.

www.forteamb.com 380
Tabela 93 - Prognóstico de Perda de habitats naturais.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Sim

8.2.1.4.2 Fragmentação de habitats naturais

Como mencionado em tópicos anteriores, a supressão prevista para instalação do


empreendimento acarretará no isolamento de pequenos fragmentos florestais ao longo da
área de alagamento. A fragmentação de habitats representa uma das principais ameaças a
muitos ecossistemas e envolve a conversão de ambientes naturais em um mosaico de
ambientes, o que reduz a disponibilidade de habitats e compromete o fluxo gênico das
espécies (McKINNEY, 2002).

Além disso, sabe-se que a fragmentação causa consequências às espécies,


principalmente, para a aves, mamíferos e para os insetos, alterando processos de dispersão e
colonização de espécies a esses ambientes, dificultam a sobrevivência de várias espécies de
aves, mesmo tendo estes organismos um poder de deslocamento, em geral, facilitado pelo
voo (Primack e Rodrigues, 2001).

Portanto, recomenda-se a proteção e recuperação de áreas degradadas da APP e mata


ciliar, bem como da área de compensação ambiental. Bem como a proposição de medidas
mitigatórias para promover a conservação das espécies.

Tabela 94 - Prognóstico de Fragmentação de habitats naturais

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa

www.forteamb.com 381
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Sim

8.2.1.4.3 Ruptura de corredores ecológicos

Como mencionado no tópico anterior, a supressão prevista para instalação do


empreendimento acarretará no isolamento de pequenos fragmentos florestais ao longo da
área de alagamento, rompendo corredores ecológicos, que são importantes para o
estabelecimento e fluxo de espécies de todos os grupos faunísticos. Portanto, recomenda-se
a proteção, recuperação de áreas de mata ciliar e da APP para manutenção de processos
ecológicos.

Tabela 95 - Prognóstico da ruptura de corredores ecológicos.

Item Atributos
Área de influência ADA e AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Sim

8.2.1.4.4 Constituição de barreiras para o deslocamento dos animais

Devido ao fato de estar inserida próxima ao Parque Estadual Rio Guarani, a região do
empreendimento constitui um importante local de deslocamento à fauna local. Portanto, a
fragmentação dos ambientes poderá constituir uma barreira para esse processo. Nesse
sentido, recomenda-se a proteção e recuperação de área de APP e de áreas adjacentes para
garantir a manutenção desse processo.

www.forteamb.com 382
Tabela 96 - Prognóstico da constituição de barreiras para deslocamento dos animais.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.5 Alteração das condições ambientais dos corpos hídricos com a


transformação de ambientes lóticos para lênticos

Com a construção do empreendimento haverá a mudança do ecossistema aquático


de lótico para lêntico, o que poderá afetar na dinâmica e estrutura ecológica das espécies,
especificamente para a ictiofauna.

Tabela 97 - Prognóstico da transformação de ambientes de corpos hídricos de lóticos para lênticos.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID e AII
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não

8.2.1.4.6 Alteração de parâmetros físicos e químicos do corpo hídrico – temperatura,


oxigenação, pH, assoreamento, luminosidade, poluição entre outros

Os organismos aquáticos são utilizados como bioindicadores de qualidade de água,


permitindo a avaliação de efeitos ao ambiente.

De acordo com índice biológico de qualidade de água EPT utilizado para a amostragem
dos invertebrados aquáticos da CGH Guarani os pontos amostrais do estudo foram

www.forteamb.com 383
enquadrados nas categorias “Ruim”, sendo considerado um ambiente altamente perturbado
e categorizados como poluídos.

Além disso, observou-se a maior incidência de indivíduos da família Baetidae. Estes


são organismos considerados pouco sensíveis as alterações ambientais, sendo encontrados
em locais com níveis intermediários de degradação, mesmo assim, há espécies nessa família
que possuem exigências quanto à locais, exigindo maior integridade ambiental e tipo de
substratos associados (BUSS et al., 2002; BUSS; SALLES, 2007a; DOMÍNGUEZ et al., 2006).

Já o índice BMWP enquadrou os pontos de amostrais como “poluído”, o que pode ser
explicado devido ao baixo registros de indivíduos amostrados, além da abundância de táxons
com alta plasticidade e tolerantes à perturbações ambientais.

Nesse sentido, os índices utilizados acima são indicativos de que o ambiente se


encontra perturbado, com espécies altamente adaptadas ao meio. Portanto, o
empreendimento em questão não será capaz de modificar os parâmetros do corpo hídrico.

Tabela 98 - Prognóstico de parâmetros físicos e químicos do corpo hídrico.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Incerta
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Improvável
Início Incerto
Duração -
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.7 Emissão de ruídos e vibrações

A construção do empreendimento poderá emitir ruídos provenientes da circulação do


maquinário. No entanto, os impactos provenientes à fauna serão mínimos, sendo que a
emissão dos ruídos causará o afugentamento dos animais para áreas adjacentes.

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Tabela 99 - Prognóstico da Emissão de ruídos e vibrações.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.8 Pronunciamento do efeito de borda devido a alteração no microclima


beneficiando espécies mais generalistas

O efeito de borda pode ser definido como a alteração na composição das espécies de
um ambiente, em consequência de alterações ambientais recorrentes de atividades
antrópicas.

O empreendimento em questão é considerado pequeno porte, além de que a


supressão vegetal será pequena.

Também é válido ressaltar que o ambiente em questão já se encontra fragmentado


devido à presença de atividade de produção agrícola, principalmente de pastagens.

Nesse sentido, pode-se esperar o surgimento do efeito de borda, contudo o


empreendimento em si não será capaz de interferir em fatores do microclima, tais como
aumento de incidência de ventos, variação na temperatura, luminosidade ou umidade do
ambiente e, assim beneficiar espécies generalistas (COMPARSI et al., 2021).

Contudo, ressalta-se que a presença de espécies generalistas encontradas na região


somada ao processo de efeito de borda pode interferir na abundância de espécies endêmicas
e raras da área de influência do estudo.

Tabela 100 - Prognóstico da alteração no microclima.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência -

www.forteamb.com 385
Item Atributos
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Incerto
Duração -
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.9 Alteração da diversidade e abundância das espécies

Com a fragmentação de habitats a estrutura ecológica da comunidade faunística será


afetada, podendo ocorrer alteração nos índices de diversidade e de abundância de espécies.
Contudo, não é possível estimar o impacto na alteração desses índices apenas com a
amostragem do levantamento faunístico.

Portanto, recomenda-se a implementação do programa ambiental de monitoramento


de fauna durante as etapas que compõem a implantação do empreendimento. Além disso,
recomenda-se a recuperação de áreas já mencionadas e a compensação ambiental da uma
área já prevista no estudo.

Tabela 101 - Prognóstico da alteração da diversidade e abundância das espécies.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.10 Alteração na estrutura ecológica da comunidade (guildas e nichos tróficos)

O processo de implantação do empreendimento poderá ocasionar em alterações na


estrutura ecológica da comunidade afetando na dinâmica da fauna.

www.forteamb.com 386
Contudo, observou-se a presença de uma guilda trófica predominantemente onívora
e generalista para a avifauna da CGH Guarani, o que pode ser consequência da caracterização
de um ambiente perturbado. Nesse sentido, a implantação do empreendimento não será
capaz de ocasionar maiores alterações nesta guilda.

Por fim, destaca-se que a compensação ambiental de uma área prevista nesse estudo
será essencial para a manutenção dos processos ecológicos necessários para a sobrevivência
da fauna.

Tabela 102 - Prognóstico de alteração na estrutura ecológica da comunidade.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Irreversível
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.11 Aumento da diversidade, riqueza e abundância de vetores

A construção da CGH Guarani poderá ocasionar o aumento de vetores, devido ao


processo de fragmentação dos ambientes, porém não foram encontrados indícios de
zoonoses ou doenças epidemiológicas na região. Com isso, o aumento da diversidade, riqueza
e abundância de vetores será improvável.

Tabela 103 - Prognóstico do aumento da diversidade, riqueza e abundância.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID, AII
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Incerto
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

www.forteamb.com 387
8.2.1.4.12 Beneficiamento de espécies exóticas e invasoras

Com relação às espécies exóticas foram registradas espécies para o grupo da


mastofauna e dos invertebrados aquáticos na área de influência durante o levantamento da
CGH Guarani. Além de espécies de possível ocorrência amostradas em estudos secundários.

Nesse sentido, essas espécies podem acarretar em impactos a comunidade faunística


do local, ocasionando a redução da riqueza, abundancia de espécies, inclusive, as ameaçadas,
endêmicas e raras ocorrentes na região.

Tabela 104 - Prognóstico de beneficiamento de espécies exóticas e invasoras.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Tardio
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.13 Desaparecimento de espécies endêmicas, raras ou ameaçadas

O processo de fragmentação de habitats é responsável perda de biodiversidade, as


espécies endêmicas, raras e ameaçadas são mais sensíveis a alterações ambientais e,
portanto, podem ser suscetíveis ao desaparecimento. Portanto, é recomendado a
recuperação e conservação de áreas da APP e áreas adjacentes da região, bem como o
continuo monitoramento de fauna durante as fases de instalação e operação do
empreendimento.

Tabela 105 - Prognóstico do Desaparecimento de espécies endêmicas, raras ou ameaçadas.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Tardio
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não

www.forteamb.com 388
Item Atributos
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.14 Desequilíbrio de processo ecológicos intensificando as competições intra e


Interespecíficas

O processo de fragmentação de habitats tem como consequência o desequilíbrio de


processos ecológicos, tais como as competições intra e interespecíficas. Contudo a presença
do Parque Estadual Rio Guarani e de áreas conservadas adjacentes, espera-se que a fauna
colonize esses locais, portanto, o desequilíbrio nos processos ecológicos, embora inestimável
nesse estudo, será mínimo.

Tabela 106 - Prognóstico do desequilíbrio de processos ecológicos.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Tardio
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não

8.2.1.4.15 Isolamento de populações e empobrecimento genético

O processo de fragmentação de habitats pode ocasionar no isolamento de


populações, o que pode modificar a variabilidade genética das espécies e, futuramente,
interferir no empobrecimento genético dessas populações. No entanto, sabe-se que este é
um processo de difícil acontecimento para a região devido ao mínimo impacto do
empreendimento e por ser uma área que já se encontra em estágio de fragmentação
avançado.

Tabela 107 - Prognóstico de isolamento de populações e empobrecimento genético.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID

www.forteamb.com 389
Item Atributos
Fase de ocorrência Incerta
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Tardio
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não

8.2.1.4.16 Limitação ou expansão das áreas de ocorrência das espécies

A implantação da CGH Guarani poderá limitar a ocorrência de espécies nativas e


expandir a abrangência de espécies exóticas, amostradas no levantamento faunístico.
Portanto, sugere-se a proteção e recuperação das áreas de APP e mata ciliar da área de
influência.

Tabela 108 - Prognóstico da Limitação ou Expansão das áreas de ocorrência de espécies.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência -
Início Tardio
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.17 Comprometimento do desempenho reprodutivo de espécies que


dependem da comunicação vocal (aves e anfíbios)

O processo de implantação do empreendimento poderá afetar no ciclo reprodutivo


de espécies. Nesse sentido, recomenda-se realizar a supressão vegetal fora do período
reprodutivo das aves (primavera/verão); ou ainda, caso não seja possível, monitorar as áreas
de ninhos durante a supressão vegetal para que a supressão de árvores com ninhos seja feita
após a saída no ninhego.

www.forteamb.com 390
Tabela 109 - Prognóstico do comprimento do desempenho reprodutivo de espécies que dependem da
comunicação vocal.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.18 Perda de locais para abrigo e nidificação

Com a redução da vegetação, previsivelmente haverá a redução de habitats, sítios


reprodutivos e também de locais de nidificação à fauna. Porém, as áreas adjacentes próximas
do local e a área de compensação ambiental, bem como a presença de áreas florestadas
próximas à área de implantação do empreendimento serão capazes de dispor de novos locais
de habitat e nidificação necessários para a sobrevivência da fauna o local.

Tabela 110 - Prognóstico da perda de locais para abrigo e nidificação.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.19 Redução do estoque de itens alimentares

Com o processo de construção da CGH Guarani, haverá modificação do ambiente


natural, devido à fragmentação de habitats e também pela construção da barragem. O que,
consequentemente, poderá inferir na redução de recursos alimentares à fauna local.

www.forteamb.com 391
No entanto, ressalta-se que esse estudo prevê a compensação ambiental de uma área
além da presença do Parque Estadual Rio Guarani, os quais poderão servir como fonte de
obtenção de recursos alimentares à fauna.

Tabela 111 - Prognóstico da redução de estoque de itens alimentares.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.20 Interferência nos processos migratórios e reprodutivos da ictiofauna

A implantação e operação da CGH Guarani possivelmente modificará as estratégias


ecológica da ictiofauna. Pois, a construção do empreendimento ocasiona em uma barreira,
impedindo a movimentação de peixes para as partes superiores da bacia, podendo afetar nos
processos de migração e reprodução das espécies.

Tabela 112 - Prognóstico de interferência nos processos mitigatórios e reprodutivos da ictiofauna.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID, AII
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.21 Afugentamento da fauna

Durante a implantação do empreendimento poderá ocorrer o processo de


afugentamento de fauna devido aos distúrbios causados durante a movimentação do

www.forteamb.com 392
maquinário e equipamentos de obra. Com isso, a fauna possivelmente irá colonizar áreas
adjacentes, em remanescentes de florestas, como é o caso do Parque Estadual Rio Guarani.
Este processo evitará o acontecimento de acidentes, lesionamentos e mortalidade desses
animais, contudo poderá ocasionar perturbação aos animais.

Tabela 113 - Prognóstico de afugentamento da fauna.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Positiva
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.22 Lesionamento de animais silvestres com implicações à sua destinação

O processo de implantação do empreendimento porventura poderá ocasionar em


processos de lesionamento aos animais silvestres do local. Nesse sentido, uma equipe de
profissionais realiza o processo de acompanhamento durante as etapas de supressão vegetal
e enchimento do reservatório (conforme o plano de trabalho de resgate de fauna). Com isso,
caso ocorra algum acidente, a equipe estará disponível para realizar o atendimento à fauna
injuriada e realizará sua destinação a uma clínica veterinária próxima do empreendimento.

Tabela 114 - Prognóstico de lesionamento de animais silvestres com implicações à sua destinação.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

www.forteamb.com 393
8.2.1.4.23 Mortandade de animais por atropelamento

O grupo dos Mamíferos de médio e grande porte é vulnerável a atropelamentos.


Desse modo, torna-se extremamente relevante a adoção de medidas que visem monitorar,
mitigar e diminuir o risco de acidentes envolvendo animais silvestres nas rodovias marginais
ao empreendimento, uma vez que a sua implantação tende a provocar o afugentamento da
fauna nas proximidades do local.

Portanto, recomenda-se a instalação de sinalização de alerta e de redutores de


velocidade, assim como a construção de passagens seguras para fauna da região, levando-se
em conta os corredores florestais remanescentes bem como os que serão formados com a
mata ciliar do futuro reservatório.

Tabela 115 - Prognóstico de mortandade de animais por atropelamento.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.24 Aumento nos casos de episódios epidemiológicos e consequente


comprometimento da fauna local

Destaca-se que não foi observada a incidência de animais sentinelas, ou mesmo a


ocorrência de zoonoses na área de influência em questão, portanto será raro o aparecimento
de episódios epidemiológicos no local em decorrência da alteração ambiental.

Tabela 116 - Prognóstico do aumento dos casos epidemiológicos e comprometimento da fauna.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência -
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Incerta

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Item Atributos
Início Incerto
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.25 Acidentes com animais peçonhentos

Nesse estudo foi evidenciado através de entrevistas com moradores da região a


presença de espécies de serpentes consideradas peçonhentas, incluídas na família Viperidae.
Com isso é provável que a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos pode ocorrer
na área de influência do empreendimento durante a implantação e operação da CGH Guarani.

Por isso, recomenda-se ações de educação ambiental para orientação dos


trabalhadores da obra a respeito da grande possibilidade de encontro com esses animais, do
papel ecológico que elas exercem no ambiente e da importância do uso de equipamentos de
proteção individual (EPIs) para evitar acidentes ofídicos.

Tabela 117 - Prognóstico de Acidentes com animais peçonhentos.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.4.26 Predação (captura e abate de animais)

Com a construção do empreendimento certamente haverá maior probabilidade de


ocorrer eventos de captura e abate de animais, pois estes estarão mais vulneráveis. No
entanto, pode-se propor a inserção de programas de educação ambiental com o intuito de

www.forteamb.com 395
orientar a população sobre os riscos e consequências de atitudes como estas e, assim,
minimizar os impactos à fauna.

Tabela 118 - Prognóstico de Predação.

Item Atributos
Área de influência ADA, AID
Fase de ocorrência Implantação, Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Curto prazo
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

8.2.1.5 Medidas Mitigadoras - Fauna

8.2.1.5.1 Programas de monitoramento de fauna

De acordo com Primarck e Rodrigues (2001), o monitoramento de comunidades que


compõem um ambiente é um meio de conhecer a biodiversidade do local, como também
interpretar como esses organismos se comportam frente às modificações no ambiente.
Portanto, o monitoramento é imprescindível para a conservação e desenvolvimento de novos
projetos para a proteção da biodiversidade.

Nesse sentido, o programa de monitoramento de fauna terá o objeto de executar o


monitoramento da fauna terrestre, aquática (ictiofauna e invertebrados aquáticos), e
entomofauna na área de implantação do empreendimento CGH Guarani com a finalidade de
conhecer a diversidade local (diagnóstico) e acompanhar potenciais alterações que possam
vir a ocorrer sobre a comunidade faunística devido à instalação do empreendimento, para
auxiliar na composição de medidas mitigadoras passíveis de implantação

Este contempla os subprogramas de: monitoramento da fauna terrestre,


monitoramento da fauna semiaquática, monitoramento da fauna aquática, monitoramento
da fauna ameaçada, endêmica e bioindicadora.

www.forteamb.com 396
Os resultados obtidos durante as três etapas do projeto irão auxiliar na identificação
dos possíveis impactos decorrentes do processo de implantação do empreendimento e
subsidiarão a formulação de medidas mitigadoras capazes de atenuar os impactos negativos
e assegurar a manutenção e conservação da biodiversidade em patamares sustentáveis.

8.2.1.5.2 Programa de resgate de fauna

O programa de resgate de fauna é indispensável para assegurar a manutenção e


conservação da biodiversidade local em patamares sustentáveis durante sua implantação.

O programa possui o intuito de realizar o salvamento brando da fauna na área de


implantação do empreendimento CGH Pastore durante a supressão vegetal e enchimento do
reservatório, a fim de garantir a sobrevivência da fauna diretamente afetada com ênfase às
atividades de migração ativa. Além disso, neste plano estão inseridos os subprogramas de
afugentamento, resgate e salvamento de fauna e monitoramento de fauna realocada
especificando todos os procedimentos metodológicos realizados pela equipe profissional
responsável.

Com isso, os dados acerca da fauna local obtidos durante o plano de resgate serão
apresentados em programa ambiental específico que acompanha a execução da obra, sendo
que estratégias de cunho conservacionista deverão ainda ser expressas no relatório final
conclusivo da obra.

8.2.1.5.3 Programa de manejo de fauna para fins de recuperação da comunidade


faunística (quando aplicável)

Não se aplica.

8.2.1.5.3.1 Programa de monitoramento da paisagem com foco nas interrelações


fauna-habitat

Não se aplica.

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8.2.1.5.4 Programa de monitoramento da recolonização da fauna nas áreas em
recuperação (relacionado ao PRAD)

Não se aplica.

8.2.1.5.5 Programa de atendimento a desastres naturais e tecnológicos com


impactos relacionados à fauna

Não se aplica.

8.2.1.5.6 Monitoramento de ruídos

Não se aplica.

8.2.1.5.7 Monitoramento de qualidade da água


Não se aplica.

8.2.1.5.8 Monitoramento de impactos ocasionados em corpos hídricos devido à


contaminação por resíduos sólidos e demais efluentes

Não se aplica.

8.2.1.5.9 Educação ambiental

Os programas ambientais citados anteriormente estão incluídos no item de programas


de educação ambiental do meio socioeconômico.

www.forteamb.com 398
8.2.2 Flora

8.2.2.1 Flora Terrestre

8.2.2.1.1 Formação Florestal

A região onde será instalado o empreendimento se encontra no bioma Mata Atlântica,


uma das maiores áreas de floresta tropical no planeta e que ocupa a segunda posição em
extensão nas Américas, atrás somente da Floresta Amazônica. Por ser um bioma com altíssima
biodiversidade no qual a área original foi drasticamente reduzida colocando em risco a
sobrevivência de inúmeras espécies de animais e plantas, atualmente é considerado como
um dos principais “hotspots”, áreas que são consideradas como prioritariamente estratégicas
para a preservação da biodiversidade e prevenção ao risco de extinção das espécies (MYERS
et al., 2000). A Mata Atlântica, que atualmente cobre apenas 8% da sua abrangência original,
é reconhecida como a quinta área mais ameaçada em espécies endêmicas do mundo, pois
apresenta uma quantidade alta de espécies de plantas vasculares endêmicas, cerca de oito
mil. (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2008). Apesar de toda a devastação a que foi
submetido, o bioma ainda abriga altíssimos níveis de riqueza e endemismos.

A Floresta Ombrófila Mista - também conhecida como floresta com araucárias - foi
reduzida a aproximadamente 3% de sua área original devido à expansão das atividades
econômicas nos últimos dois séculos, sendo que menos de 1% mantêm as condições e
características originais, ou seja, se encontram em estágio avançado de regeneração. Logo, a
maior parte dos remanescentes da Floresta Ombrófila Mista se encontra fragmentada e
dispersa, o que acarreta na diminuição da variabilidade genética de suas espécies e as coloca
sob efetivo risco de extinção (APREMAVI, 2021).

A formação florestal local é denominada Floresta Ombrófila Mista Montana,


caracterizada por um estrato dominante de Araucária angustifólia acima de 30 metros de
altura, além da presença de diferentes espécies, listadas na tabela abaixo, que ocorrem de
forma associada (RODERJAN, 2002). Espécies epífetas estão presentes, mas em menor
quantidade do que na Floresta Ombrófila Densa (RODERJAN, 2002).

www.forteamb.com 399
Figura 138 - Fitofisionomia.

www.forteamb.com 400
Figura 139 - Perfil esquemático destacando a estrutura de um segmento de Floresta Ombrófila Mista no
município de Irati – PR, com predominância de Araucária, Ocotea, Cedrela, Casearia, Sloanea, Podocarpus,
Campomanesia, Ilex e Capsicoderdron (RODERJAN, 2002).

8.2.2.1.2 Principais espécies recorrentes na região

Em uma revisão bibliográfica e levantamento florístico realizado por Viani (2011) no


município de Quedas do Iguaçu, no sudoeste paranaense, foram encontradas mais de 120
espécies nativas. Entre as espécies encontradas haviam espécies de valor comercial,
endêmicas do Brasil, e algumas ameaçadas de extinção. O município de Três Barras do Paraná
– onde será instalado o empreendimento – faz parte da mesma região do município analisado
na bibliografia proposta e, em ambos, a fitofisionomia predominante é a Floresta Ombrófila
Mista Montana.

As informações referentes a análise em questão serão analisadas de maneira mais


detalhada – através de um levantamento quali-quantitativo – no tópico 8.2.2.1.4 deste
mesmo capítulo.

8.2.2.1.3 Levantamento Florístico

8.2.2.1.3.1 Análise da estrutura horizontal

Segundo Lamprecht (1990), a estrutura horizontal indica a participação de cada


espécie na comunidade, bem como a forma pela qual ela se encontra distribuída
espacialmente na área. Para o estudo dessa estrutura são determinados os seguintes índices:

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densidade absoluta e relativa, dominância absoluta e relativa, frequência absoluta e relativa,
índice de valor de importância e índice de valor de cobertura.

8.2.2.1.3.1.1 Número de Indivíduos e densidade absoluta e relativa

A densidade reflete quantos indivíduos de cada espécie compõem uma comunidade


vinculada a área onde são encontradas. A densidade absoluta é dada pelo número total de
indivíduos de uma espécie por unidade de área (SANQUETTA et al.., 2014) enquanto a
densidade relativa manifesta, em percentual, a cota de espécie referente ao total de
indivíduos da comunidade.

em que: 𝐷𝐴𝑖 = Densidade Absoluta (árvores/ha); 𝐷𝑅𝑖 = Densidade Relativa (%); e 𝑛𝑖=
número de indivíduos de cada espécie por hectare (árvores/ha).

A espécie exótica invasora Hovenia dulcis Thunb. apresentou a maior densidade


absoluta (DA) com 133,33 árvores por hectare, assim como maior densidade relativa (DR) com
20%. Por sua vez, a espécies Ocotea puberula (Rich.) Nees e outras quatro espécies
apresentaram os menores valores para tais parâmetros, com DA igual à 16,67 e DR igual à
2,50

8.2.2.1.3.1.2 Frequência absoluta e relativa

As frequências absolutas e relativa definem a presença de uma determinada espécie


em unidades amostrais de uma comunidade. Esses parâmetros estão relacionados com a
uniformidade do arranjo das espécies nas unidades amostrais.

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em que: 𝐹𝐴i = Frequência Absoluta (%); e 𝐹𝑅i = Frequência Relativa (%).

Hovenia dulcis Thunb. e Xylopia aromatica (Lam.) Mart. apresentaram as maiores


frequência absoluta (FA) e frequência relativa (FR), ambas com FA igual à 100 % e FR igual à
12,00%. Os menores valores para FA e FR foram encontrados para Ocotea puberula (Rich.)
Nees, e outras quatro espécies, com valores de 33,33% e 4,00%, respectivamente.

8.2.2.1.3.1.3 Dominância absoluta e relativa

A dominância absoluta de uma espécie é dada pelo montante da área basal de todos
os seus indivíduos, enquanto a dominância relativa se dá pela razão desse montante pela área
basal total da área, levando em conta todas as espécies presentes (SANQUETTA et al., 2014).

em que: 𝐷𝑜𝐴i = Dominância Absoluta (m²/ha); 𝐷𝑜𝑅𝑖 = Dominância Relativa (%); e


∑𝐷𝑜𝐴= somatório das áreas transversais de cada espécie por hectare (m²/ha)

Em relação a dominância, a espécie Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan apresentou


a maior dominância absoluta (DoA) e relativa (DoR) com valores de 6,25 e 19,57%
respectivamente. Por outro lado, Ocotea puberula (Rich.) Nees. apresentou os menores
valores para DoA e DoR, com 0,22 e 0,70% respectivamente.

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8.2.2.1.3.1.4 Índice de valor de importância e cobertura

O valor de importância de uma espécie integra os parâmetros da estrutura horizontal


apresentados anteriormente (SANQUETTA et al., 2014).

𝑉𝐼𝑖 = 𝐷𝑅𝑖 + 𝐷𝑜𝑅𝑖 + 𝐹𝑅𝑖

em que: 𝑉𝐼𝑖 = Valor de Importância; 𝐷𝑅𝑖 = Densidade Relativa (%); 𝐷𝑜𝑅𝑖 = Dominância
Relativa (%); e 𝐹𝑅𝑖 = Frequência Relativa (%).

Indica a importância que uma espécie adquire na floresta, é caracterizada pelo


número de árvores e suas dimensões (densidade e dominância), que determinam o espaço
dentro da biocenose, não importando muito se as árvores aparecem isoladas ou em grupos
(frequência). A densidade e a dominância são os elementos determinantes e a frequência só
terá influência, quando as espécies aparecem agrupadas.

VCi = DRi + DoRi

em que: 𝐷𝑅𝑖 = Densidade Relativa (%); 𝐷𝑜𝑅𝑖 = Dominância Relativa (%).

Novamente, devido aos altos valores de frequência relativa (FR), densidade relativa
(DR) e dominância relativa (DoR), a espécie Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan apresentou
os maiores valores de importância (VI) e cobertura (VC) com 40,07% e 32,07%,
respectivamente. Por outro lado, a espécie com menor VI e menor VC foi Ocotea puberula
(Rich.) Nees. com valores de 7,20% e 3,20% respectivamente.

8.2.2.1.3.2 Análise da estrutura horizontal da floresta amostrada

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Tabela 119 - Análise da estrutura horizontal da floresta amostrada.

Espécie DA (arv/ha) DR (%) FA (%) FR (%) DoA (arv/ha) DoR (%) VI VC


Hovenia dulcis Thunb. 133,3 20,00 100,00 12,00 0,41 1,30 33,30 21,30
Nectandra grandiflora
100,00 15,00 100,00 12,00 2,93 9,19 36,19 24,19
Nees
Parapiptadenia rigida
83,33 12,50 66,67 8,00 6,25 19,57 40,07 32,07
(Benth.) Brenan
Alchornea triplinervia
66,67 10,00 66,67 8,00 093 2,91 20,91 12,91
(Spreng.) Müll. Arg.
Myrcia guianensis (Aubl.)
50,00 7,50 66,67 8,00 1,53 4,80 20,30 12,30
DC.
Cecropia pachystachya
33,33 5,00 66,67 8,00 0,53 1,65 14,65 6,65
Trécul
Casearia sylvestris Sw. 33,33 5,00 33,33 4,00 7,29 22,81 31,81 27,81
Cedrela fissilis Vell. 33,33 5,00 66,67 8,00 0,27 0,84 13,84 5,84
Sebastiania
commersoniana (Baill.) 33,33 5,00 66,67 8,00 2,75 8,61 21,61 13,61
L.B. Sm. & Downs
Allophylus edulis (A.St.-Hil.
16,67 2,50 33,33 4,00 0,36 1,14 7,64 3,64
et al.) Hieron. ex Niederl.
Campomanesia
16,67 2,50 33,33 4,00 0,60 1,86 8,36 4,36
xanthocarpa O.Berg
Cordia trichotoma (Vell.)
16,67 2,50 33,33 4,00 0,97 3,04 9,54 5,54
Arráb. ex Steud.
Cupania vernalis Cambess. 16,67 2,50 33,33 4,00 5,38 16,84 23,34 19,34

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Espécie DA (arv/ha) DR (%) FA (%) FR (%) DoA (arv/ha) DoR (%) VI VC
Esenbeckia febrifuga
(A.St.-Hil.) A. Juss. ex 16,67 2,50 33,33 4,00 1,52 4,75 11,25 7,25
Mart.
Ocotea puberula (Rich.)
16,67 2,50 33,33 4,00 0,22 0,70 7,20 3,20
Nees
Total 666,67 100,00 833,33 100,00 31,95 100,00 300,00 200,00

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8.2.2.1.4 Principais espécies recorrentes na região (quali-quantitativo)

Na região do empreendimento podem ser encontradas muitas espécies diferentes de


plantas. A tabela a seguir evidência as famílias e espécies da flora da região, encontradas em
estudos realizados por Viani (2011).

Tabela 120 - Espécies recorrentes na região.

Família Espécie Ameaça Origem Endêmica


Annonaceae Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer Nativa não
Annonaceae Rollinia sericea (R.E.Fr.) R.E.Fr Nativa sim
Apocynaceae Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. EN Nativa não
Apocynaceae Rauvolfia sellowii Müll.Arg. Nativa sim
Apocynaceae Tabernaemontana catharinensis A.DC. Nativa não
Aquifoliaceae Ilex brevicuspis Reissek Nativa não
Aquifoliaceae Ilex paraguariensis A. St.-Hil. Nativa não
Araliaceae Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi Nativa não
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Nativa não
Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze X, CR Nativa não
Arecaceae Euterpe edulis Mart. X Nativa não
Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Nativa não
Asparagaceae Cordyline spectabilis Kunth & Buoché Nativa não
Asteraceae Vernonanthura divaricata (Spreng.) H.Rob. Nativa não
Asteraceae Vernonanthura petiolaris (DC.) H.Rob Nativa sim
Bignoniaceae Jacaranda puberula Cham. Nativa sim
Bignoniaceae Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. Nativa não
Boraginaceae Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill. Nativa não
Boraginaceae Cordia ecalyculata Vell. Nativa não
Boraginaceae Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. Nativa não
Cannabaceae Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Nativa não
Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume Nativa não
Cardiopteridaceae Citronella paniculata (Mart.) R.A. Howard Nativa não
Celastraceae Maytenus aquifolia Mart. Nativa não
Clethraceae Clethra scabra Pers. Nativa não
Clusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Nativa não
Cyatheaceae Alsophila setosa Kaulf. Nativa não
Cyatheaceae Cyathea sp. Nativa não
Erythroxyllaceae Erythroxylum sp. Nativa não
Euphorbiaceae Actinostemon concolor (Spreng.) Müll. Arg. Nativa não
Euphorbiaceae Alchornea glandulosa Poepp. Nativa não
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. Nativa não
Euphorbiaceae Manihot grahamii Hook Nativa sim
Euphorbiaceae Sebastiania brasiliensis Spreng. Nativa sim

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Família Espécie Ameaça Origem Endêmica
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. &
Euphorbiaceae Nativa não
Downs
Fabaceae Bauhinia forficata Link Nativa não
Fabaceae Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Nativa não
Fabaceae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. Nativa não
Fabaceae Erythrina falcata Benth. Nativa não
Fabaceae Holocalyx balansae Micheli Nativa não
Fabaceae Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Nativa não
Fabaceae Luetzelburgia guaissara Toledo Nativa sim
Fabaceae Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Nativa não
Fabaceae Machaerium sp. Nativa não
Fabaceae Machaerium stipitatum Vogel Nativa não
Fabaceae Myrocarpus frondosus Allemão Nativa não
Fabaceae Calliandra foliolosa Benth. Nativa não
Fabaceae Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Nativa não
Fabaceae Inga marginata Willd. Nativa não
Fabaceae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Nativa não
Fabaceae Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose Nativa não
Lamiaceae Aegiphilla mediterranea Vell. Nativa não
Lauraceae Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. Nativa não
Lauraceae Nectandra lanceolata Nees Nativa sim
Lauraceae Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Nativa não
Lauraceae Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez Nativa não
Lauraceae Ocotea indecora (Schott) Mez Nativa sim
Lauraceae Ocotea puberula (Rich.) Nees Nativa não
Lauraceae Ocotea silvestris Vattimo-Gil Nativa sim
Lauraceae Ocotea sp. Nativa [S.I.]
Loganiaceae Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. Nativa não
Malvaceae Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl. Nativa não
Malvaceae Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Nativa não
Malvaceae Guazuma ulmifolia Lam. Nativa não
Malvaceae Luehea divaricata Mart. Nativa não
Melastomataceae Miconia hymenonervia (Raddi) Cogn. Nativa não
Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Nativa não
Meliaceae Cedrela fissilis Vell. EN Nativa não
Meliaceae Guarea kunthiana A.Juss. Nativa não
Meliaceae Guarea macrophylla Vahl Nativa não
Meliaceae Trichilia clausseni C.DC. Nativa não
Meliaceae Trichilia elegans A.Juss. Nativa não
Monimiaceae Hennecartia omphalandra Poiss. Nativa não
Monimiaceae Mollinedia elegans Tul. Nativa sim
Moraceae Ficus adhatodifolia Schott in Spreng. Nativa não

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Família Espécie Ameaça Origem Endêmica
Moraceae Ficus glabra Vell. Nativa sim
Moraceae Ficus guaranitica Chodat Nativa não
Moraceae Ficus sp. Nativa [S.I.]
Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. Nativa não
Moraceae Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. Nativa não
Myrsinaceae Myrsine balansae (Mez) Otegui Nativa não
Myrsinaceae Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. Nativa não
Myrsinaceae Myrsine umbellata Mart. Nativa não
Myrtaceae Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. Nativa não
Myrtaceae Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg. Nativa não
Myrtaceae Eugenia blastantha (O. Berg) D. Legrand Nativa sim
Myrtaceae Eugenia burkartiana (D. Legrand) D. Legrand Nativa não
Myrtaceae Eugenia uniflora L. Nativa não
Myrtaceae Myrcia retorta Cambess. Nativa sim
Myrtaceae Myrcia sp. Nativa [S.I.]
Phytolacaceae Seguieria americana L. Nativa não
Polygonaceae Ruprechtia laxiflora Meisn. Nativa não
Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. Nativa não
Rubiaceae Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. Nativa não
Rubiaceae Cordiera concolor (Cham.) Kuntze Nativa não
Rubiaceae Psychotria sp. Nativa não
Rubiaceae Simira corumbensis (Standl.) Steyerm. Nativa não
Rutaceae Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. EN Nativa não
Rutaceae Pilocarpus pennatifolius Lem. Nativa não
Rutaceae Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. Nativa não
Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. Nativa não
Rutaceae Zanthoxylum riedelianum Engl. Nativa não
Salicaceae Casearia decandra Jacq. Nativa não
Salicaceae Casearia obliqua Spreng. Nativa sim
Salicaceae Casearia sylvestris Sw. Nativa não
Salicaceae Prockia crucis P.Browne ex L. Nativa não
Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex
Sapindaceae Nativa não
Niederl.
Sapindaceae Allophylus guaraniticus (St. Hil.) Radlk. Nativa não
Sapindaceae Cupania vernalis Cambess. Nativa não
Sapindaceae Diatenopteryx sorbifolia Radlk. Nativa não
Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk. Nativa não
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex
Sapotaceae Nativa não
Miq.) Engl
Sapotaceae Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. Nativa não
Simaroubaceae Picrasma crenata (Vell.) Engl. in Engl. & Prantl Nativa não
Solanaceae Cestrum intermedium Sendtn. Nativa não

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Família Espécie Ameaça Origem Endêmica
Solanaceae Cestrum sp. Nativa [S.I.]
Solanaceae Solanum mauritianum Scop. Nativa não
Solanaceae Solanum pseudoquina A.St.-Hil. Nativa não
Solanaceae Solanum sanctae-catharinae Dunal Nativa não
Solanaceae Solanum sp. Nativa não
Solanaceae Solanum variabile Mart. Nativa não
Styracaceae Styrax acuminatus Pohl Nativa não
Styracaceae Styrax leprosus Hook. & Arn. Nativa não
Symplocaceae Symplocos tetrandra Mart. Nativa não
Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul Nativa não
Urticaceae Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. Nativa não
Verbenaceae Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. Nativa não
Ameaça indica o “status”de ameaça da espécie junto à lista de espécies ameaçadas de extinção. O “X” representa
que a espécie consta na lista oficial de espécies ameaçadas do Brasil. Para as listadas pela IUCN (2009), CR: em
perigo crítico, EN: em perigo. FONTE: adaptado de Viani (2011).

8.2.2.1.4.1 Espécies endêmicas

Em um levantamento florístico realizado por Viani (2011), foram encontradas 15


espécies endêmicas do Brasil presentes na região de Quedas do Iguaçu - município vizinho ao
local da área de estudo desse trabalho -, e que apresenta a mesma fitofisionomia de Três
Barras do Paraná. A tabela abaixo lista as espécies encontradas em tal estudo.

Tabela 121 - Espécies endêmicas encontradas na região.

Família Espécie
Annonaceae Rollinia sericea (R.E.Fr.) R.E.Fr
Apocynaceae Rauvolfia sellowii Müll.Arg.
Asteraceae Vernonanthura petiolaris (DC.) H.Rob
Bignoniaceae Jacaranda puberula Cham.
Euphorbiaceae Manihot grahamii Hook
Euphorbiaceae Sebastiania brasiliensis Spreng.
Fabaceae Luetzelburgia guaissara Toledo
Lauraceae Nectandra lanceolata Nees
Lauraceae Ocotea indecora (Schott) Mez
Lauraceae Ocotea silvestris Vattimo-Gil
Monimiaceae Mollinedia elegans Tul.
Moraceae Ficus glabra Vell.
Myrtaceae Eugenia blastantha (O. Berg) D. Legrand
Myrtaceae Myrcia retorta Cambess.
Salicaceae Casearia obliqua Spreng.

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8.2.2.1.4.2 Espécies de valor ecológico e econômico

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou em 2011 um compilado das espécies


vegetais do sul do Brasil com valor econômico ou potencial. Tal trabalho apresenta de forma
detalhada 149 espécies da flora da região por meio de portfólios. A tabela a seguir expõe
espécies com valor econômico ou potencial encontradas na região do empreendimento e que
estão contempladas na lista do MMA.

Tabela 122 - Espécies de valor econômico encontradas na região do empreendimento.

Família Espécie Utilidade


Apocynaceae Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. Madeira; medicinal; ornamental
Aquifoliaceae Ilex brevicuspis Reissek Melífera
Aquifoliaceae Ilex paraguariensis A. St.-Hil. Medicinal; alimentícia
Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Alimentação/Madeira
Ornamental; madeira; alimentícia;
Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
melífera
Alimentícia; melífera; madeira;
Arecaceae Euterpe edulis Mart.
medicinal; ornamental
Bignoniaceae Jacaranda puberula Cham. Madeira; ornamental
Melífera; madeira; medicinal;
Boraginaceae Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
ornamental
Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume Melífera
Clethraceae Clethra scabra Pers. Melífera
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.
Euphorbiaceae Melífera
Sm. & Downs
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. Melífera
Fabaceae Bauhinia forficata Link Melífera; medicinal;
Fabaceae Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Madeira
Fabaceae Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Melífera
Fabaceae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. Melífera; madeira
Fabaceae Erythrina falcata Benth. Melífera
Fabaceae Myrocarpus frondosus Allemão Melífera
Fabaceae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Madeira; melífera; energia
Fabaceae Calliandra foliolosa Benth. Melífera
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Melífera; forrageira; madeira;
Fabaceae
Morong ornamental
Fabaceae Inga marginata Willd. Melífera
Lauraceae Ocotea puberula (Rich.) Nees Madeira
Lauraceae Nectandra lanceolata Nees Madeira; ornamental
Malvaceae Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Melífera
Malvaceae Luehea divaricata Mart. Melífera

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Família Espécie Utilidade
Melífera; madeira; medicinal;
Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
ornamental
Sorocea bonplandii (Baill.) W.C. Burger,
Moraceae Medicinal
Lanj. & Wess. Boer
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &
Myrsinaceae Melífera
Schult.
Campomanesia guazumifolia (Cambess.)
Myrtaceae Melífera
O. Berg.
Alimentícia; Melífera; madeira;
Myrtaceae Eugenia uniflora L.
medicinal; ornamental
Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. Melífera
Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. Melífera
Rutaceae Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. Madeira; ornamental
Salicaceae Casearia decandra Jacq. Melífera
Salicaceae Casearia sylvestris Sw. Medicinal
Salicaceae Casearia obliqua Spreng. Melífera
Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A.
Sapindaceae Melífera
Juss.) Radlk.
Sapindaceae Cupania vernalis Cambess. Melífera
Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk. Melífera
Solanaceae Solanum mauritianum Scop. Forrajeira; medicinal
Solanaceae Solanum variabile Mart. Alimentícia; fibra; medicinal
FONTE: Adaptado de Ministério do Meio Ambiente (2011).

8.2.2.1.4.3 Espécies raras e ameaçadas de extinção

Referente as espécies ameaçadas de extinção, o levantamento florístico realizado por


Viani (2011) encontrou quatro espécies da flora que apresentam algum risco de extinção ou
estão presentes na lista de espécies ameaçadas do Brasil. Uma dessas espécies é a Araucaria
angustifolia, espécie que sofreu grande pressão nos últimos dois séculos devido ao seu ótimo
potencial madeireiro, e que hoje apresenta uma variação genética muito reduzida em sua
população.

Tabela 123 - Espécie raras ou ameaçadas de extinção na região.

Família Espécie Ameaça


Apocynaceae Aspidosperma polyneuron Müll. Arg. EN
Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze X, CR
Arecaceae Euterpe edulis Mart. X

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Família Espécie Ameaça
Meliaceae Cedrella fissilis Vell. EN
Rutaceae Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. EN
FONTE: Adaptado de Viani (2011).

8.2.2.1.4.4 Espécies exóticas e invasoras

Segundo Higa (2003) as espécies exóticas mais comuns presentes na região são o Pinus
elliotti, Pinus taeda e Hovenia dulcis (uva-do-Japão). Ressalta-se que essas três espécies
apresentam comportamento de plantas invasoras devido a sua alta adaptabilidade,
rusticidade e capacidade de impedir o crescimento de outras plantas ao seu redor.

8.2.2.1.4.5 Espécies protegidas por legislação específica

A espécie Araucaria angustifolia, encontrada na região de interesse, é protegida no


Paraná pela Lei Nº 20.223 de 26 de maio de 2020. Tal lei estabelece regras de estímulo, plantio
e exploração da espécie.

8.2.2.1.4.6 Epífitas e outras

Por meio do levantamento florístico realizado durante o inventário florestal, foi


possível identificar três gêneros de epífitas que ocorrem no local: Vriesea sp., Tillandsia sp. e
Canistrum sp.

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Figura 140 - Vriesea sp., vriésia Figura 141 - Vriesea sp., vriésia (epífita). Destaque
(epífita). para o escapo e inflorescência do indivíduo.

Figura 142 - Tilandsia sp., tilândsia (epífita). Figura 143 - Canistrum sp, canistrum (epífita).

8.2.2.1.5 Supressão Vegetal

8.2.2.1.5.1 Variáveis dendrométricas mensuradas

Os dados coletados foram processados por meio de cálculos e posteriormente


analisados, com o objetivo de quantificar e caracterizar a população em estudo, podendo

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analisar quais espécies florestais compõe o fragmento. Abaixo são apresentadas as fórmulas
utilizadas para os cálculos dos parâmetros dendrométricos.

Diâmetro à altura do peito ou 1,30 cm do solo:

𝑐
𝐷𝐴𝑃 =
𝜋

Onde: DAP = diâmetro à 1,30 cm do solo (cm); c = circunferência a 1,30 cm do solo


(cm); π = 3,1416

Área Basal:

𝜋 ∗ 𝐷𝐴𝑃2
𝑔=
40000

Em que: g = área transversal por espécie (m²); DAP em centímetros e π = 3,1416.

Área Basal da População:

𝐺 = ∑ 𝑔𝑖
𝑖=1

Em que: G = área basal da população (m²/ha); gi= área basal individual (m²)

Volume:

𝑣 =𝑔∗ℎ∗𝑓

Em que: v = volume individual (m³); h = altura (m); f = fator de forma; g definido


anteriormente.

8.2.2.1.5.1.1 Fator de forma

A determinação do fator de forma artificial se constitui numa importante prática,


quando se pretende estimar volume individual de árvores, principalmente quando se trata de
florestas inequiâneas e, nessa situação, o estudo do fator de forma torna-se importante para
detectar e corrigir as irregularidades externas do fuste na estimativa de volume, tendo em
vista que os fatores mensuráveis (diâmetro, altura, tamanho da copa) são mais facilmente

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mensuráveis dentro da floresta. Devido a isso, na prática e cientificamente, o fator de forma
é expresso em função dos fatores mensuráveis (DRESCHER et al., 2001).

Embora seja conhecido que o fator de forma varia conforme a espécie, classe
diamétrica, altura do fuste, idade, densidade/espaçamento, entre outros, para este trabalho
foi utilizado o valor de fator de forma igual a 0,7 (Heinsdijk, 1965) para todos os indivíduos.

8.2.2.1.5.2 Estatísticas do inventário

A realização do inventário florestal possibilita estimar com determinada precisão


(neste caso, com 20% de erro e 95% de probabilidade) o potencial volumétrico das áreas que
serão afetadas diretamente pelo empreendimento. Assim, a seguir são apresentados os
principais parâmetros estatísticos dos remanescentes florestais estudados, inclusive o volume
total, de tora e de lenha.

Tabela 124 - Estatísticas do inventário amostral.

Parâmetros Resultados Unidades


Área Total 0,407 Hectares
Parcelas 3 Unidade
Intensidade Amostral Total 0,91 Unidade
Intensidade Amostral Comercial 9,58 Unidade
Volume Médio Total 4,4675 m³/parcela
Volume Médio Comercial 1,6331 m³/parcela
Desvio Padrão Total 0,3811 m³/parcela
Desvio Padrão Comercial 0,61204 m³/parcela
Variância Total 0,1452 (m³/parcela)²
Variância Comercial 0,3746 (m³/parcela)²
Variância da Média Total 0,4116 (m³/parcela)²
Variância da Media Comercial 0,1061 (m³/parcela)²
Erro Padrão Total 0,2028 m³/parcela
Erro Padrão Comercial 0,3257 m³/parcela
Coeficiente de Variação Total 8,53 %
Coeficiente Variação Comercial 37,47 %
Valor T Tabelado 4,3 -
Erro de Amostragem Absoluto Total +/- 0,8729 m³/parcela
Erro de Amostragem Absoluto Comercial +/- 1,4018 m³/parcela
Erro de Amostragem Relativo Total 19,54 %
Erro de Amostragem Relativo Comercial 85,83 %

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Parâmetros Resultados Unidades
IC para a Média (95%) Total (4,3901 ≤ x̅ ≤ 5,3404) m³
IC para a Média (95%) Comercial ( 1,4337 ≤ x̅ ≤ 3,0350) m³
IC para o Total (95%) (71,8895 ≤ x̅ ≤ 106,8092) m³
Ic Para O Comercial (95%) (4,6257 ≤ x̅ ≤ 60,7002 ) m³
Volume Total 89,3494 m³
Volume De Tora 32,6629 m³
Volume De Lenha 56,6864 m³
Legenda: Área total amostrada; N° de parcelas instaladas; Número de parcelas calculado;
Volume médio total, volume médio do total amostrado nas parcelas instaladas; Volume médio
comercial, volume comercial amostrado nas parcelas instaladas; Desvio Padrão para o volume
total e comercial, por parcela; Variância do volume total e comercial por parcela; Variância da
média do volume total e comercial por parcela; Erro Padrão da Média do volume total e
comercial por parcela; Coeficiente de variação para os volumes totais e comerciais por parcela;
Valor t crítico para o nível de significância definido (20% de erro e 95% de probabilidade); Erro
de Amostragem para o volume total e comercial por parcela; Erro de Amostragem em %,
estimado para o nível de 95% de probabilidade; IC, intervalo de confiança para a média do
volume e para a média total e comercial do volume por hectare; Volume total, de tora e de
lenha expresso em m³; IC, intervalo de confiança para a estimativa do volume total e comercial
da população.

A curva de acumulação de espécies (curva coletora) é uma maneira de se avaliar a


suficiência amostral de um levantamento fitossociológico. A suficiência amostral é dita
satisfatória quando a curva espécies x área atinge a assíntota, uma vez que a relação custo x
benefício entre o esforço amostra e o registro de novas espécies é desvantajoso.

Porém, como salientam os autores, na prática a assíntota dificilmente é observada.


Diante disso uma alternativa rigorosa é considerar que a suficiência amostral foi atingida
quando o aumento no número de espécies, seja inferior a 50% em relação ao aumento da
área (SANQUETTA et al., 2014). Observa-se que tal afirmação foi constatada a partir da parcela
08 até a parcela 14 com exceção apenas da parcela 3, onde o aumento de 200 m² (aumento
de 50% da área amostrada) não resultou na identificação de novas espécies que não tivessem
sido amostradas anteriormente.

www.forteamb.com 417
Gráfico 56 - Curva de acumulação de espécies (curva coletora).

16 15 15

14
N° de espécies encontradas

12

10
8
8

0
0 100 200 300 400 500 600 700
Área amostrada (m²)

8.2.2.1.5.3 Volume (m³) de produção de lenha e toras

Considerando a supressão dos remanescentes florestais existentes na ADA da CGH


Guarani, principalmente na área da futura casa de força, a área de supressão corresponde à
1,3241 ha. Estima-se que serão suprimidos 388 indivíduos arbóreos, com um volume total de
126,3312 m³ de material lenhoso. Os dados detalhados podem ser observados na tabela a
seguir.

Tabela 125 - Volumetria estimada por espécie na área a ser suprimida para instalação da casa de força.

Volume(m³)
Espécie
Lenha Tora Total
Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. 1,5456 0,0000 1,5456
Campomanesia xanthocarpa O.Berg 0,8696 0,0000 0,8696
Cecropia pachystachya Trécul 3,2879 0,0000 3,2879
Hovenia dulcis Thunb. 15,7719 2,7770 18,5488
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. 2,9984 0,0000 2,9984
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 10,3639 13,3195 23,6833
Casearia sylvestris Sw. 0,6362 0,0000 0,6362
Cedrela fissilis Vell. 2,3996 0,0000 2,3996
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. 0,5705 0,0000 0,5705
Cupania vernalis Cambess. 0,3157 0,0000 0,3157
Esenbeckia febrifuga (A.St.-Hil.) A. Juss. ex Mart. 0,2171 0,0000 0,2171

www.forteamb.com 418
Volume(m³)
Espécie
Lenha Tora Total
Nectandra grandiflora Nees 10,4804 4,9890 15,4694
Ocotea puberula (Rich.) Nees 4,8678 5,5169 10,3847
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan 6,8090 0,9279 7,7369
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs 0,6856 0,0000 0,6856
Total Geral 61,8191 27,5302 89,3494

Tabela 126 - Volumetria por espécie alvo do censo.

Volume(m³)
Espécie
Lenha Tora Total
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 1,3661 0,0000 1,3661
Campomanesia xanthocarpa O.Berg 2,8690 0,4712 3,3402
Casearia decandra Jacq. 0,4434 0,0000 0,4434
Casearia sylvestris Sw. 0,3465 0,0000 0,3465
Cecropia pachystachya Trécul 0,3924 0,0000 0,3924
Cedrela fissilis Vell. 0,4855 0,5349 1,0204
Cinnamomum sellowianum (Nees & C. Martius ex
0,1525 0,0000 0,1525
Nees) Kosterm.
Citrus sp. 0,3113 0,0000 0,3113
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. 1,3507 0,3472 1,6979
Cupania vernalis Cambess. 0,1373 0,0000 0,1373
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton 2,8667 0,0000 2,8667
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. 4,6907 0,8453 5,5360
Hovenia dulcis Thunb. 1,5226 0,0000 1,5226
Jacaranda micrantha Cham. 0,8851 0,0000 0,8851
Lonchocarpus nitidus (Vogel) Benth. 0,4981 0,0000 0,4981
Luehea divaricata Mart. & Zucc. 0,2983 0,0000 0,2983
Machaerium brasiliense Vog. 1,1628 0,3125 1,4752
Matayba elaeagnoides Radlk. 0,7167 0,0000 0,7167
Morta . 1,6051 0,0000 1,6051
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. 2,4948 0,0000 2,4948
Myrcia hartwegiana (O.Berg) Kiaersk. 0,4104 0,0000 0,4104
Myrcia hatschbachii D. Legrand 0,5279 0,0000 0,5279
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. 0,0727 0,0000 0,0727
Myrsine umbellata Mart. 0,0902 0,0000 0,0902
Nectandra grandiflora Nees 0,2677 0,0000 0,2677
Ocotea puberula (Rich.) Nees 0,0500 0,0000 0,0500
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan 1,4607 0,3930 1,8537
Sapium glandulosum (L.) Morong 0,3305 0,0000 0,3305
Schinus terebinthifolius Raddi 0,0414 0,0000 0,0414

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Volume(m³)
Espécie
Lenha Tora Total
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs 1,2247 0,0000 1,2247
Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose 3,7379 0,7007 4,4386
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman 0,4545 0,0000 0,4545
Zanthoxylum kleinii (R.S.Cowan) P.G.Waterman 0,1127 0,0000 0,1127
Total 33,3769 3,6049 36,9818

Tabela 127 - Resumo das informações sobre a supressão vegetal.

Área Fitofisionomia ES Área Área em N° de VT (m³) VTot


(ha) APP (ha) indivíduos (m³)
Amostragem FOM EM 0,407 0,320 267
27,5302 89,3494
(CF)
Censo FOM EI 0,917 0,492 121 3,6049 36,9818
Total 1,324 0,812 388 31,1351 126,3312

8.2.2.2 Análises – Flora

8.2.2.2.1 Comparação entre os dados de campo em relação aos dados secundários

O inventário florestal permitiu a identificação de 15 espécies e 8 gêneros (não


identificado a nível de espécie) em comum com os levantamos florísticos anteriores realizados
por Viani (2011) e estão expostos na tabela a seguir.

Tabela 128 - Espécies encontradas no levantamento florístico e nos dados secundários.

Família Espécie
Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
Bignoniaceae Jacaranda sp.
Boraginaceae Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.
Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs
Fab.- Caesalpinoideae Bauhinia forficata Link.
Fab.- Papilionoideae Lonchocarpus sp.
Fab.- Papilionoideae Machaerium sp.
Fab.-Mimosoideae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan
Fab.-Mimosoideae Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose
Lauraceae Cinnamomum sp.
Lauraceae Nectandra sp.
Lauraceae Ocotea puberula (Rich.) Nees

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Família Espécie
Malvaceae Luehea divaricata Mart.
Meliaceae Cedrela fissilis Vell.
Moraceae Ficus sp.
Moraceae Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al.
Myrtaceae Myrcia sp.
Rutaceae Zanthoxylum sp.
Sapindaceae Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl.
Sapindaceae Cupania vernalis Cambess.
Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk.
Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul

O índice de diversidade de Shannon (H’max) foi de 3,26, inferior ao valor de 3,55


encontrado por Sawczuk et al. (2012) na região. O mesmo autor encontrou um valor de
uniformidade (J, índice de Pielou) igual à 0,75, enquanto o presente trabalho encontrou um
valor de 0,64. Apesar de próximos, os valores indicam que a área estudada e representada no
neste trabalho apresentou menor diversidade e um menor equilíbrio entre espécies.

8.2.2.2.2 Configuração da paisagem

8.2.2.2.2.1 Diversidade biológica

Há diversos métodos de destacar distintos aspectos da relação de diversidade de


espécies, em que a quantidade de possíveis índices de diversidade é vasto. Apesar da
existência de inúmeros índices, cada um necessita ressaltar a riqueza ou a uniformidade da
floresta, não possibilitando a existência de um índice plenamente unificado, como afirma
Magurran (2019). Neste trabalho, foram utilizados os índices de Diversidade Máxima,
Shannon e Pielou.

8.2.2.2.2.1.1 Diversidade Máxima

A diversidade máxima de uma comunidade vegetal pode ser encontrada por meio da
seguinte expressão (SANQUETTA et al., 2014):

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𝐻′ 𝑚𝑎𝑥 = 𝑙𝑛(𝑆)

em que: 𝐻′𝑚𝑎𝑥 = diversidade máxima; 𝑆 = número total de espécies amostradas; e 𝑙𝑛


= logaritmo natural.

A diversidade máxima de uma comunidade vegetal ocorre se todas as espécies tiverem


abundância igual (MAGURRAN, 2019), ou seja, quando 𝐻′ = 𝐻′ 𝑚𝑎𝑥 = 𝑙𝑛(𝑆).

8.2.2.2.2.1.2 Índice de Shannon

O índice de Shannon, foi publicado em 1949 por Weaver e Shannon, está


fundamentado no argumento de que indivíduos são aleatoriamente amostrados de uma
comunidade infinitamente grande, em que todas as espécies possuem representantes
(indivíduos) nas amostras (MAGURRAN, 2019). Esse índice foi calculado pela seguinte
expressão:

𝐻’ = − ∑ 𝑝 𝑙𝑛 𝑝𝑖

em que: 𝐻′ = índice de Shannon; e 𝑝𝑖 = proporção de indivíduos encontrados na “i-


ésima” espécie, ou seja, número de indivíduos amostrados de uma espécie, dividido pelo
número total de indivíduos amostrados.

O presente estudo encontrou o valore de diversidade máxima (H’ max) igual à 5,11 e
índice de Shannon (H’) de 3,26. A riqueza de espécies é baixa em relação a outros estudos
sobre fitofisionomias semelhantes. Em um estudo de uma Floresta Ombrófila Mista Montana
no centro-sul do Paraná, Sawczuk et al. (2012) encontrou valores de diversidade superiores,
com H’ igual à 3,55.

www.forteamb.com 422
Gráfico 57 - Comparação do índice de diversidade de Shannon (H')
encontrado com dados secundários.

0
H' H' (Sawczuk et al.)

8.2.2.2.2.2 Cobertura vegetal nativa - Fragmentação, descontinuidade e isolamento

A antropização da região de implantação da CGH Guarani é evidente. Em seu entorno


a maior parte da vegetação original foi substituída por plantio de culturas rotativas. Os
remanescentes florestais da área de implantação do empreendimento limitam-se a vegetação
ripária ao longo do curso do rio Guarani, apesar de haver alguns outros fragmentos florestais
que não pertencem às áreas de preservação permanente.

8.2.2.2.3 Corredores biológicos

8.2.2.2.3.1 Conexão entre fragmentos florestais

Os fragmentos florestais próximos ao empreendimento não apresentam muitas


conexões entre si. Há, contudo, espaços abertos com árvores isoladas entre tais fragmentos.

8.2.2.2.4 Equilíbrio ecológico das espécies – Índice de Equabilidade de Pielou

Para medir o equilíbrio ecológico das espécies, usou-se o Índice de Equabilidade de


Pielou, que estabelece uma razão entre o índice de Shannon e a Diversidade Máxima,

www.forteamb.com 423
permitindo obter uma medida de uniformidade de comunidades vegetais (SANQUETTA et al.,
2014), também conhecido como medida de uniformidade de Shannon (MAGURRAN, 2019).

em que: 𝐽′ = índice de Pielou; 𝐻′ = índice de Shannon; 𝐻′ 𝑚𝑎𝑥 = diversidade máxima;


𝑆 = número total de espécies amostradas; e 𝑙𝑛 = logaritimo neperiano.

O estudo encontrou um índice de equabilidade de Pielou (J) igual à 0,64. Apesar do


índice de Pielou indicar que há uma distribuição relativamente uniforme da floresta, ele é
menor do que em relação a outros estudos sobre fitofisionomias semelhantes. Em um estudo
de uma Floresta Ombrófila Mista Montana no centro-sul do Paraná, Sawczuk et al. (2012)
encontrou valores maiores, com J igual à 0,75.

Gráfico 58 - Comparação do índice de equabilidade de Pielou (J)


encontrado com dados secundários.

1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
J J (Sawczuk et al.)

8.2.2.2.5 Contaminação biológica por espécies invasores (exótica e/ou nativa)

A Portaria IAP n° 59/2015 reconhece a lista de espécies exóticas invasoras para o


Estado do Paraná e, das listadas pela mesma, a única espécie encontrada na região de estudo
foi a Hovenia dulcis Thunb.

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8.2.2.2.6 Valor/importância ecológica e econômica da flora remanescente

A floresta estudada apresenta consideráveis valores de volume de madeira, embora


as áreas sejam nitidamente antropizadas e são claros os sinais de exploração madeireira em
épocas anteriores, ainda assim, permanecem alguns indivíduos de valor econômico e grande
interesse comercial.

8.2.2.3 Materiais Cartográficos - Flora

8.2.2.3.1 Localização da supressão vegetal

Figura 144 - Uso do solo e supressão vegetal da ADA da CGH Guarani.

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8.2.2.3.2 Localização das parcelas
Figura 145 - Localização das parcelas.

8.2.2.3.3 Unidades Fitossociológicas


Figura 146 - Unidades Fitossociológicas.

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8.2.2.3.4 Supressão e Fitossionomia
Figura 147 - Fitossionomia da ADA da CGH Guarani e área de supressão.

8.2.2.4 Prognóstico – Flora

8.2.2.4.1 Mudança de paisagem (ambiente)

A implantação da usina causará alterações na paisagem natural da ADA e AID do


empreendimento devido às interferências necessárias para implantação do próprio
empreendimento, como a supressão vegetal necessária e instalações. É uma alteração que
pode ser compensada pelo projeto de compensação ambiental, o qual prevê que o
empreendedor compense a área suprimida na mesma proporção em áreas com
características semelhantes.

Tabela 129 - Prognóstico de Mudança de Paisagem.

Item Atributos
Área de influência ADA e AID

www.forteamb.com 427
Item Atributos
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

8.2.2.4.2 Fragmentação de habitats – isolamento

Como mencionado em tópicos anteriores, a supressão prevista para instalação do


empreendimento acarretará no isolamento de pequenos fragmentos florestais ao longo da
área de alagamento. Contudo, essas áreas farão parte da futura APP do reservatório, portanto
será possível o seu reestabelecimento com as demais áreas após o plantio e desenvolvimento
florestal nessa área.

Tabela 130 - Prognóstico de Fragmentação de Habitats.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Não
Sim
Possibilidade de compensação

8.2.2.4.3 Perda de conexão entre fragmentos

A supressão prevista para instalação do empreendimento acarretará no isolamento de


pequenos fragmentos florestais ao longo da área de alagamento. Isso significa a perda de
conexão entre alguns fragmentos florestais, evidenciado no mapa de localização de
supressão. Contudo, a criação de uma nova APP ao redor da área inundada irá possibilitar a

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conexão entre muitos fragmentos florestais, podendo apresentar condições ambientes
melhores do que as existentes atualmente no local.

Tabela 131 - Prognóstico de Perda de Conexão entre Fragmentos.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

8.2.2.4.4 Perda de áreas por diminuição de cobertura vegetal nativa

Para a instalação do empreendimento será necessária a supressão da vegetação na


área diretamente afetada pelo empreendimento conforme já mencionado acima, o que irá
acarretar na diminuição de área com cobertura vegetal nativa no local. Porém, deverá ser
realizada a compensação ambiental pela supressão vegetal a ser realizada, na mesma
proporção da vegetação suprimida. Ressalta-se que a compensação será realizada na mesma
propriedade do empreendimento.

Tabela 132 - Prognóstico Perda das Áreas por Diminuição de Cobertura Vegetal Nativa.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

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8.2.2.4.5 Alterações em áreas de ocorrência de espécies endêmicas, raras ou
ameaçadas

Com a supressão prevista na área de instalação da CGH Guarani, será necessário o


corte de exemplares da espécie Cedrella fissilis Vell, espécie em perigo de extinção (EN).
Contudo, há a possibilidade da compensação dessa alteração pelo plantio de exemplares
dessa espécie em projetos de recuperação na área de compensação ambiental ou na APP a
ser estabelecida no próprio empreendimento.

Tabela 133 - Prognóstico das Alterações das espécies endêmicas, raras ou ameaçadas.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

8.2.2.4.6 Contaminação biológica (exóticas)

A contaminação biológica por espécies exóticas é certa devido ao alto grau de


antropização da região e cultivo de diferentes espécies agronômicas e silvícolas. Ressalta-se
que a instalação da CGH Guarani não vai ter influência capaz de potencializar ou reduzir a
probabilidade de tal contaminação acontecer.

Tabela 134 - Prognóstico da Contaminação Biológica.

Item Atributos
Área de influência ADA/AID/AII
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

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8.2.2.4.7 Extinção de espécies

A implantação da CGH Guarani necessita da supressão vegetal de uma área muito


pequena e não acarretaria na extinção de alguma espécie vegetal. Apesar de existir no local
alguns indivíduos de espécies arbóreas em risco de extinção, a medida compensatória de
plantio dessas espécies na área de compensação ambiental anulará qualquer risco, por menor
que seja, de contribuição para a extinção de alguma espécie vegetal.

Tabela 135 - Prognóstico de Extinção de espécies.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Improvável
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Não
Possibilidade de compensação Sim

8.2.2.4.8 Alteração da população macrófitas

A implantação da CGH Guarani não prevê um reservatório ou represamento d’água


para seu funcionamento. Dessa forma, não haverá uma redução da velocidade da correnteza
do rio, condição necessária para transforma-lo de um sistema aquático lótico para lêntico e,
consequentemente, possibilitar a proliferação de macrófitas.

Tabela 136 - Prognóstico da Alteração da população de macrófitas.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Improvável
Início Médio prazo
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

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8.2.2.4.9 Recomposição de áreas de preservação permanente

Para a instalação da usina, será necessário recompor toda a área de APP conforme
descrito neste estudo. Considerando que a referida área já se encontra fragmentada
atualmente, a instalação do empreendimento será importante para aumentar a cobertura
vegetal existente no local.

Tabela 137 - Prognóstico da Recomposição de APP.

Item Atributos
Área de influência ADA e AID
Fase de ocorrência Implantação
Natureza Positiva
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Curto prazo
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.2.2.4.10 Contribuição para insularização (formação de áreas isoladas)

A supressão da vegetação irá contribuir, inicialmente, para a insularização (formação


de áreas isoladas) onde era a área de preservação permanente. Contudo, a nova área de
preservação permanente a ser recuperada irá, com o tempo, reverter essa situação e até
mesmo criar uma situação ambiental com menos áreas isoladas do que existem atualmente
no local.
Tabela 138 - Prognóstico para Insularização.

Item Atributos
Área de influência ADA
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim

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Item Atributos
Possibilidade de compensação Sim

8.2.2.4.11 Invasão de espécies mais adaptadas (exóticas)

Assim como descrito no prognóstico “Contaminação biológica”, a contaminação


biológica por espécies exóticas é certa devido ao alto grau de antropização da região e cultivo
de diferentes espécies agronômicas e silvícolas. Ressalta-se que a instalação da CGH Guarani
não vai ter influência capaz de potencializar ou reduzir a probabilidade de tal contaminação
acontecer.
Tabela 139 - Prognóstico de espécies mais adaptadas (exóticas).

Item Atributos
Área de influência ADA/AID/AII
Fase de ocorrência Implantação/Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão Não
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Não

8.2.2.5 Medidas Mitigadoras – Flora

8.2.2.5.1 Programa de recuperação das áreas de preservação permanente

8.2.2.5.1.1 Justificativa

Após a supressão vegetal necessária para a formação do alagamento e abertura do


canteiro de obras e acessos, deve-se iniciar o programa de recomposição e isolamento da
APP. Este programa apresentará a metodologia necessária para implantação da recuperação
da área.

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8.2.2.5.1.2 Objetivos Gerais e Específicos

Apresentar medidas para a recuperação e isolamento da Área de Preservação


Permanente.

8.2.2.5.1.3 Descrição das Atividades

8.2.2.5.1.3.1 Isolamento da Área

As áreas destinadas à preservação permanente devem ser cercadas para evitar a


entrada de animais, principalmente bovinos e equinos. Nas áreas destinadas à preservação
permanente não devem ser realizadas quaisquer práticas que impeçam o desenvolvimento
da vegetação nativa de maneira natural, portanto nestas áreas não devem ser realizadas
práticas agropecuárias (preparo do solo, roçado, aplicação de agrotóxicos).

As áreas de APP que atualmente estão sendo utilizadas para pastos deverão ser
abandonadas e não mais realizados manejos pecuários que impeçam ou dificultem a
regeneração natural das espécies nativas.

As cercas poderão ser de 4 fios de arame liso distanciados 42 cm e com palanques com
1,70 m acima do solo, espaçados a cada 5 m.

8.2.2.5.1.3.2 Manejo de Exóticas

Durante o acompanhamento técnico, em cada visita deve-se atentar a possíveis


indivíduos (plântulas) de espécies exóticas que sejam trazidas por dispersores naturais. Estas
plantas devem ser retiradas e alocadas em alguma superfície sem acesso ao substrato natural,
de maneira a inviabilizar um novo desenvolvimento da mesma.

Espécimes exóticos que já se encontrem na fase adulta e com porte e volume de


madeira grandes não necessitam ser retirados na fase de plantio, após formar-se um dossel
estes devem ser retirados de maneira gradual, evitando-se ao máximo a formação de
clareiras.

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8.2.2.5.1.3.3 Favorecimento de Dispersores Naturais

Pode-se ofertar, por toda a área de vegetação ciliar a ser recuperada, poleiros
artificiais construídos a partir de galhos das árvores exóticas, e ainda pode-se disponibilizar
núcleos de enleiramento de produtos florestais da própria área de forma a disponibilizar
abrigos a fauna silvestre.

Tanto o enleiramento quanto os poleiros artificiais poderão ser distribuídos de


maneira artificial.

8.2.2.5.1.3.4 Monitoramento Botânico

Recomenda-se um monitoramento das espécies plantadas (marcadas) e das trazidas


pelos dispersores, estimando-se a taxa de sobrevivência (número de indivíduos por espécie
que se desenvolveram / número total de indivíduos). Pode-se ainda medir a altura das
mesmas e acompanhar os períodos das fenofases das espécies.

8.2.2.5.1.3.5 Plantio de Espécies Recomendadas

As espécies recomendadas deverão ser estipuladas após o inventário florestal e seguir


as recomendações para o plantio expostas.

Nas áreas onde há formação florestal, deve-se trabalhar com o enriquecimento do


sub-bosque, com o plantio, sem espaçamento definido, de espécies pioneiras nas áreas com
maior incidência de luz, com espécies que necessitam sombra, nas áreas onde já existe um
dossel que promova sombreamento.

Nas áreas onde não há formação florestal devem ser utilizadas espécies pioneiras,
plantadas com espaçamento de 10m x 10m, e covas adequadas ao tamanho das mudas
utilizadas, sendo preparada a cova com compostagem orgânica ou húmus de minhoca.

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8.2.2.5.1.3.6 Controle de Espécies Problema

Formigas cortadeiras podem ser manejadas apenas na área de plantio com


espaçamento, através de roçados seletivos e a realização de coroas, caso seja necessário.
Demais espécies que possam vir a prejudicar onde anteriormente não existia ambiente
florestal podem ser estudadas separadamente, encontrando a solução correta para cada caso
de maneira a não comprometer o desenvolvimento das mudas.

8.2.2.5.1.4 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.2.2.5.2 Programa de relocação de reserva legal (quando aplicável)

Não se aplica.

8.2.2.5.3 Programa de coleta de sementes/material genérico

8.2.2.5.3.1 Introdução

As sementes são unidades portadoras de variabilidade genética, de perpetuação e


dispersão dos vegetais, exercendo papel fundamental na manutenção da diversidade e
suporte da vida animal, sendo fonte primária de alimento para inúmeras espécies (EMBRAPA,
2013).

O estoque de sementes no solo está relacionado às diversas maneiras de dispersão


que existem, de acordo com a estrutura do ecossistema em que as espécies estão inseridas e
das faixas agrícolas e diferentes tipos de uso de solo (DEMINICIS et al., 2009). A dispersão
ocasionada pela chuva de sementes pode ser de diversas maneiras, como pela expulsão pela
própria planta-mãe (autocoria); pelo peso do fruto (barocoria); pelo vento (anemocoria); pela

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chuva (hidrocoria); pelos animais (zoocoria) e por ação humana (hemerocoria). Uma vez
dispersas, são formados os chamados banco de sementes.

Os bancos de sementes representam a capacidade da regeneração natural de um


ecossistema, pois têm papel importante no suprimento de novos indivíduos para as
comunidades vegetais ao longo do tempo. A presença de sementes de espécies nativas
pioneiras é capaz de fazer uma rápida cobertura no solo e assim dar início ao processo
sucessional (SILVA et al., 2012). Os bancos de sementes in situ podem também ser
classificados como um dos tipos de banco de germoplasma.

Os germoplasmas podem ser definidos como o conjunto de genótipo de uma espécie,


sendo a fonte de variabilidade genética disponível para o melhoramento de plantas. A
conservação dos germoplasmas permite que esse seja utilizado como um reservatório de
genes aos quais os melhoristas podem ter acesso para resolver problemas específicos, como
a resistência a uma doença.

Os bancos de germoplasmas têm como atividades a coleta, preservação,


caracterização, avaliação e intercâmbio do conjunto de genótipos de uma determinada
espécie (BESPALHOK et al., 2019).

O resgate de germoplasma está relacionado à coleta de material com capacidade de


propagação (sementes e frutos) das plantas para produção dessas espécies de maneira
controlado em viveiro.

8.2.2.5.3.2 Metodologia

O processo de resgate de germoplasma visa coletar as sementes e plântulas das


espécies-alvo, podendo ocorrer nas seguintes etapas: Planejamento; Pré-supressão; Pós-
supressão; Beneficiamento e Cultivo em Viveiro.

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8.2.2.5.3.3 Planejamento

A fase de planejamento no resgate consiste na definição das espécies-alvo para


formação do banco de germoplasma, a qual pode ser realizada por meio da consulta do
levantamento florístico realizado. Deve-se dar ênfase no resgaste de germoplasma de
espécies ameaçadas e em risco de extinção, as quais podem ser consultadas pela Portaria n°
443/2014 do Ministério de Meio Ambiente, a qual estabelece as espécies da flora ameaçadas
por extinção no país; nos Decretos Federais nº 6.472/2008 e nº 5.975/2006 e na Portaria
Normativa IBAMA nº 083/1991, como uma base legal aplicável a todos projetos realizados no
território nacional. É indicado a consulta de listas de espécies regionais incidentes na área de
supressão vegetal, se disponíveis.

No caso do empreendimento em questão, as espécies consideradas ameaçadas e que


foram encontradas na área de supressão de acordo com o inventário florestal são: Syagrus
romanzoffiana (Cham.) Glassman, Pterogyne nitens Tul., Campomanesia xanthocarpa (Mart.)
O.Berg, Ocotea puberula (Rich.) Nees.

Recomenda-se, portanto, uma análise da lista das espécies apresentadas e


identificação daquelas que se enquadram nos critérios citados anteriormente. Aquelas
definidas como espécie-alvo serão objetivo da etapa de coleta de plântulas e sementes.

8.2.2.5.3.4 Marcação de Matrizes

8.2.2.5.3.4.1 Introdução

A marcação de matrizes será necessária para a produção de mudas da própria área do


empreendimento para utilização nas áreas de recuperação previstas.

A escolha da árvore para coleta de sementes deve ser feita de árvores selecionadas,
pensando no objetivo do plantio florestal que será estabelecido. As árvores matrizes
normalmente apresentam características superiores às demais, no diâmetro e forma do
tronco, vigor da planta, tamanho e forma da copa, frutificação e produção de sementes e
qualidade da madeira (REMADE, 2013).

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No caso de seleção de matrizes para restauração de áreas degradas, pode ser realizada
uma seleção aleatória das árvores, para que a futura florestal mantenha a maior variabilidade
genética possível. Quando se trata de espécies ameaçadas de extinção, frutos e sementes
devem ser recolhidos de todas as árvores, independentemente de suas características
(REMADE, 2013).

8.2.2.5.3.4.2 Metodologia

A marcação de matrizes consiste na seleção de indivíduos de interesse para a


elaboração de um mapa contendo a localização das árvores para produção de mudas a serem
utilizadas nas futuras áreas de APP do reservatório e de conexão com essa.

A equipe deve percorrer as áreas com floresta nos remanescentes limítrofes do


empreendimento, principalmente naqueles mapeados pela Resolução nº 05/2019, para
reconhecimento das matrizes. A escolha do número de espécies pode ser feita de acordo com
o inventário realizado, utilizando da mesma proporção para selecionar o número de matrizes
para cada espécie.

As matrizes de espécies consideradas ameaçadas devem ser identificadas em campo


com plaquetas permanentes e terão suas coordenadas registradas para elaboração do mapa.
É importante conhecer a fenologia de cada espécie, para que a coleta de suas sementes
ocorra na época correta.

8.2.2.5.3.4.3 Pré-Supressão

O resgate de plântulas para formação de germoplasma ocorre durante essa etapa,


pois, após a derrubada das árvores, a coleta dessas pode ser inviável devido aos danos
sofridos pelo abate dos indivíduos arbóreos.

Serão consideradas para o resgate de germoplasma as plântulas das espécies-alvo com


porte de 10 a 50 cm e que possuírem no mínimo quatro folhas, visando garantir a sua
sobrevivência após o plantio na área determinada. As plântulas devem ser alocadas em sacos

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plásticos específicos para essa finalidade juntamente com o substrato que envolve as raízes,
sendo que se possível manter os musgos ou jornal úmido, durante o transporte, para retenção
da umidade.

Essas plântulas podem ter duas destinações após a sua coleta: serem levadas ao
viveiro da obra ou serem reintroduzidas na área de APP da barragem com formação florestal
já existente. A alocação no viveiro permitirá uma maior chance de sobrevivência a esses
indivíduos.

Deve ser anotado o número de indivíduos na condição de plântulas coletados, assim


como a identificação de sua espécie e coordenadas geográficas.

Ainda previamente à supressão, devem ser localizados os indivíduos arbóreos adultos


das espécies-alvo que possuem sementes e frutos para coleta após a supressão. A utilização
de um binóculo pode auxiliar nessa etapa.

8.2.2.5.3.4.4 Pós-Supressão

Após a supressão, a equipe terá mais facilidade em coletar as sementes e frutos dos
indivíduos pertencentes às espécies-alvo, coletando o máximo possível das espécies
consideradas ameaçadas.

De acordo com cada espécie, a coleta do germoplasma na fase de pós-supressão


poderá ser de sementes ou frutos, os quais devem ser alocados em pequenos sacos plásticos,
identificados por um código para conter as informações de espécie e coordenadas geográficas
do local da árvore de origem. Devem ser consideradas as condições fitossanitárias, vigor,
ataque de fungos ou insetos para garantir a qualidade do material a ser armazenado,
descartando qual se encontrar atacadas por fungos, deterioradas e quebradas.

Durante a coleta, a equipe pode usar de conhecimento prévio para determinação da


quantidade de sementes ou frutos a serem coletados de uma determinada espécie,
priorizando aquelas que possuem menos exemplares e representando a população do local.

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Após coletadas e transportadas para a área de apoio/viveiro, deve ser obtido o peso
bruto por coleta, ou seja, por cada saco plástico contendo um determinado número de
sementes. O preso bruto considera a casca, polpa e qualquer outro componente do fruto
onde a semente se situa.

8.2.2.5.3.4.5 Beneficiamento

Esta etapa ocorre na base de apoio/viveiro instalada nas proximidades da obra ou no


viveiro, sendo que a equipe responsável deve utilizar a técnica de beneficiamento de acordo
com as características e peculiaridades de cada espécie no que diz respeito à dispersão.
Portanto, é necessário realizar pesquisas bibliográficas especializadas para todas as espécies
contidas na lista alvo, para garantir a viabilidade da semente e assim promover o resgate do
germoplasma.

O processo objetiva promover a limpeza das sementes, pois essas podem apresentar
materiais indesejáveis, como restos de frutos, galhos, sementes chocas e de outras espécies,
aumentando a pureza física e a qualidade do germoplasma. Após o beneficiamento e
secagem, deve ser obtido o peso beneficiado do material.

A tabela abaixo apresenta uma descrição de como deve ser realizado o


beneficiamento das sementes de acordo com o tipo de fruto da espécie.

Tabela 140 - Beneficiamento de Sementes.

Tipo de Fruto Beneficiamento


Primeiramente, é feita a secagem dos frutos em ambiente protegido de
Fruto seco deiscente
chuva; posteriormente, é realizada a bateção e catação das sementes.
Por meio da utilização de facas, tesouras, peneiras, martelos, facões e
Fruto seco indeiscente
até mesmo machado.
Separação das impurezas; embebição dos frutos em água; despolpa e
lavagem das sementes, com o auxílio de uma peneira para o
Fruto carnoso
maceramento dos frutos; secagem das sementes em ambiente
sombreado e ventilado.

A figura abaixo ilustra o beneficiamento do fruto carnoso da espécie Sideroxylon


obtusifolium, para obtenção de sementes de acordo com as etapas citadas na tabela acima.

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Figura 148- Beneficiamento de Sementes – Fonte: (EMBRAPA, 2013).

8.2.2.5.3.5 Acondicionamento em Viveiro

Na área das obras do empreendimento da PCH Salto Pirapó será instalado um viveiro
de acordo com o avanço das etapas de supressão, as quais devem durar aproximadamente
60 dias cada.

Após a instalação do viveiro, devem ser preparados os substratos para recebimento


das sementes já beneficiadas. Podem ser utilizados substratos compostos por uma mistura
de 50 % de terra preta, 25 % de areia e 25% de esterco de gado, ou aqueles de fácil obtenção
na região. Se necessário, pode ser realizado o processo de fumigação ou expurgo para
combater nematoides, fungos e plantas invasoras no solo ou substrato a ser utilizado.

A semeadura deve ocorrer a uma profundidade e densidade de acordo com as


características da espécie, sendo necessário a aplicação de métodos de quebra-de-dormência
para aquelas que apresentem impermeabilidade no tegumento. As sementes devem ser
irrigadas para o seu desenvolvimento preferencialmente no final da tarde ou à noite, com
atenção para os dias mais secos e evitar o excesso de irrigação nos dias mais chuvosos.

Após a germinação das sementes, suas plântulas devem ser transplantadas para
recipientes maiores, a exemplo de sacos plásticos, para se desenvolverem em um local mais

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adequado. Essa etapa, chamada de repicagem, ocorre quando a plântula apresentar no
mínimo duas folhas definitivas.

Cerca de 20 a 30 dias antes do plantio definitivo, deve ser iniciado o processo de


aclimatização das mudas, sendo colocadas fora do viveiro e diminuindo-se gradativamente a
irrigação, mas não totalmente. As mudas aclimatizadas, com pelo menos 30 cm de altura,
podem ser transportadas para o plantio na área adequada.

8.2.2.5.4 Programa de compensação florestal (Lei da Mata Atlântica)

Será elaborado um projeto de compensação ambiental conforme a Lei Nº 11.428, de


22 de dezembro de 2006. (Lei da Mata Atlântica). Além de atender aos requisitos da
Resolução SEMA Nº 3 de 12/02/2019, a área de compensação ambiental será realizada na
mesma propriedade do empreendimento.

8.2.2.5.5 Programa de Controle e Monitoramento de Contaminantes Genéticos


(exóticos e nativos)
Não se aplica.

8.2.2.5.6 Programa de Remanejamento de Epífitas

8.2.2.5.6.1 Considerações Iniciais

As espécies epífitas são taxonomicamente bastante diversas e encontradas em todos


os grandes grupos de traqueófitas, sendo definidas como plantas que, não estando
conectadas com o solo, utilizam-se dos forófitos em que se apoiam para suporte em algum
estágio da sua vida, retirando os nutrientes diretamente da umidade atmosférica,
estabelecendo uma interação comensal entre as plantas (MADISON, 1977; BENNETT, 1986).
Podem, porém, em alguns casos, prejudicar os forófitos, como pela competição por luz e
aumento de peso nos galhos (KERSTEN, 2010).

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Quanto à diversidade de espécies, o grupo das epífitas representa cerca de 10% de
toda a flora vascular conhecida, incluído em pelo menos 876 gêneros e 84 famílias. Segundo
Kress (1986), o número de espécies existentes é de um total de 23.400, já Gentry e Dodson
(1987), estimam que esse número seja de 29.000. Ocorrem principalmente nos grupos de
angiospermas monocotiledôneas e pteridófitas, com rara presença nas gimnospermas.

Apesar de estarem presentes em diversas famílias botânicas, algumas poucas são


responsáveis por abrigarem a maior parte das epífitas, visto que 10 famílias somam cerca de
91% em números globais das espécies que vivem acima do solo. O destaque se da para a
Orchidaceae, onde duas de cada três espécies apresentam o epifitismo. As famílias Araceae e
Bromeliaceae também devem ser mencionadas, visto que aproximadamente 50% das suas
espécies também apresentam essa condição (MADISON, 1977; BENZING, 1990). Na Mata
Atlântica, as famílias que mais representam o ambiente epifítico se assemelham de modo
geral ao que é registrado no mundo, sendo a Orchidaceae, Bromeliaceae e Polypodiaceae as
principais, com 45,8, 12,9 e 5,5%, respectivamente (KERSTEN, 2010).

Nos estudos realizados sobre epífitas nas formações florestais brasileiras, 60,6%
dessas ocorrem em Floresta Ombrófila Densa, 42,4% em Formações Edáficas de Primeira
Ocupação, 25,5% em Florestas Estacionais e 22,5% em Floresta Ombrófila Mista. Nas
Florestas Estacionais (KERSTEN, 2010).

A presença das espécies epífitas nas formações florestais é de grande importância,


onde essas desempenham diversos papéis. A família Bromeliaceae, por exemplo, possui
tanques acumuladores que armazenam água e podem ser utilizados por diversos animais para
forrageamento, reprodução e refúgio contra predadores, de modo a ampliar a diversidade de
seu hábitat. As epífitas se destacam como importantes interceptadoras de íons provenientes
da precipitação devido à sua forma de obtenção de nutrientes e nutrição mineral,
apresentando um desproporcional papel “fertilizador” na floresta quando comparadas aos
demais grupos vegetais.

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8.2.2.5.6.2 Justificativa

A necessidade do resgate de epífitas consiste na manutenção da variabilidade genética


representada por esse grupo de plantas, que consta com várias espécies sob ameaça de
extinção, além de muitas delas terem sua ocorrência restrita à Mata Atlântica.

8.2.2.5.6.3 Objetivos Gerais e Específicos

O principal objetivo do programa é o resgate de epífitas durante a fase de supressão


nas áreas do empreendimento, sendo os objetivos específicos desse programa:

• Apresentar as etapas de realização das atividades;


• Determinar as metodologias de resgate em campo;
• Determinar equipamentos necessários para a execução do plano;
• Apresentar os responsáveis pelas atividades.

8.2.2.5.6.4 Descrição das Atividades

8.2.2.5.6.4.1 Planejamento

Inicialmente, deve ser apresentado o programa de resgate de epífitas, descrevendo


todas as etapas necessárias. Como o resgate ocorre de acordo com o andamento da
supressão da área de interesse, é importante que o seu planejamento esteja de acordo com
as fases de supressão vegetal.

8.2.2.5.6.4.2 Pré-Supressão

O método recomendado para o resgate das espécies epífitas na área a ser suprimida
se dá pelo caminhamento para reconhecimento de áreas prioritárias na fase de pré-
supressão. Com o mapa das etapas da supressão vegetal em mãos, a equipe deve localizar as
epífitas a serem removidas dentro da área limite do reservatório.

www.forteamb.com 445
Uma vez localizadas, devem ser resgatados exemplares representantes das famílias
Orchidaceae, Bromeliaceae e Cactaceae. O processo de remoção das epífitas na fase de pré-
supressão pode ser realizado manualmente por meio da utilização de ferramentas como
facão, espátula ou foice, de modo a preservar o exemplar por inteiro preferencialmente com
seu suporte, para reduzir os danos sobre o seu sistema radicular e melhorar suas chances de
sobrevivência.

8.2.2.5.6.4.3 Pós-Supressão

A remoção das epífitas pode ocorrer tanto antes quanto após a derrubada da árvore,
dependendo da altura onde as mesmas se encontram. As espécies que não estiverem ao
alcance da equipe de acompanhamento podem ser removidas posteriormente à supressão
por questões de segurança e eficiência, facilitando o seu acesso. É importante que essa etapa
ocorra, pois espécies desse grupo que são consideradas ameaçadas, estão localizadas nas
copas das árvores.

8.2.2.5.6.4.4 Triagem do Material

Após a remoção das epífitas de seus respectivos forófitos, essas devem ser
identificadas por códigos e alocadas em sacos de ráfia para transporte para uma base de
apoio/viveiro, uma área nas proximidades do empreendimento que será utilizada para
armazenar todo o material coletado em caixas de madeira ou plástico por um determinado
período. É importante obter as coordenadas geográficas do local de remoção por indivíduo
ou grupo de epífitas, assim como o número de exemplares por espécie, para que seja possível
fazer a rastreabilidade do material quando houver a sua reintrodução em uma outra formação
florestal.

Durante a realização dessa etapa, recomenda-se a dedicação exclusiva da equipe para


triagem e identificação taxonômica das plantas coletadas, visto que muitas espécies possuem
caracteres específicos. Os indivíduos coletados devem ser identificados a nível de espécie em
função de suas características, sendo recomendada a utilização de chaves dicotômicas e

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comparação com exemplares encontrados na literatura. Lupas, estiletes, pinças e outros
utensílios podem ser úteis para a manipulação das plantas visando a sua identificação.

8.2.2.5.6.4.5 Realocação e Acompanhamento

Posteriormente, as epífitas devem ser acondicionadas em sacos de ráfia ou caixas para


o seu transporte correto até a localidade de realocação. Deve ser determinada uma área com
as mesmas características microclimáticas para inserção dos indivíduos recuperados, as quais
podem ser aquelas que estarão livres de interferências causadas pelo reservatório e
instalações do empreendimento, localizadas no entorno da região de supressão,
preferencialmente perto de córregos.

O transplante das plantas para um novo local ocorre logo após a coleta das mesmas,
sendo recomendado quando possível a alocação dessas em maneiras semelhantes às quais
elas se encontravam no local de origem. Por exemplo, epífitas que se desenvolviam em
troncos devem ser fixadas novamente em troncos de forófitos semelhantes, assim como para
galhos, etc. A fixação das espécies epífitas nos indivíduos arbóreos ocorre de maneira manual,
preferencialmente em forquilhas, cicatrizes de troncos caídos e depressões, assim como em
troncos de árvores cujo ritidoma apresente-se mais espesso e rugoso, sendo recomendada a
utilização de cordões biodegradáveis para esse procedimento, como barbantes de sisal,
visando manter a planta unida ao seu forófito por tempo suficiente para que ocorra sua
regeneração e fixação por conta própria.

Após o transplante, devem ser anotados os dados de localização das epífitas


transplantadas. Durante todos os procedimentos, é necessário o registro fotográfico para
posterior elaboração de relatório de campo.

8.2.2.5.6.5 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é da equipe de campo


disponível para realização das atividades, com acompanhamento por parte do empreendedor
e da empresa responsável pela elaboração do plano.

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8.2.2.5.7 Programa de monitoramento e controle de macrófitas

Não se aplica.

8.2.2.5.8 Programa de recuperação das áreas degradadas – PRAD

O presente plano apresenta as medidas necessárias para garantir a recuperação das


áreas que se encontram planas no local de instalação da CGH Guarani. Neste caso, tendo em
vista que mesmas não possuem inclinações, será recomendado o plantio de espécies arbóreas
nativas.

A definição das espécies a serem utilizadas é uma etapa importante para recuperação
de áreas, haja vista que uma escolha errada, ao invés de recuperar o ambiente, poderá trazer
uma série de impactos ambientais negativos, logo, são utilizadas sempre espécies nativas,
devido sobretudo aos motivos apresentados a seguir (EMBRAPA, 2016):

• Produzem a alimentação para espécies nativas de fauna local;


• Fazem parte de um sistema de sinergia no qual as diversas espécies nativas se
auxiliam;
• Dificilmente são exterminadas por pragas, pois possuem defesa para pragas da
região;
• A relação entre os nutrientes disponíveis e os necessários para as espécies é
harmoniosa;
• Fornecem habitat para espécies locais de fauna.
• Cabe destacar também quais são os impactos negativos que o plantio de
espécies não nativas pode causar (EMBRAPA, 2016):
• Por não ter predadores naturais podem se multiplicar sem controle;
• Competem de forma desarmônica com as outras espécies;
• Podem facilitar a proliferação de outras espécies não nativas tanto da flora
quanto da fauna.

A tabela a seguir apresenta espécies nativas recomendadas para a obtenção de mudas


para as áreas com necessidade de recuperação no local de instalação da CGH Guarani,
considerando a sua região bioclimática, segundo o IAT.

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Tabela 141 – Espécies recomendadas para recuperação de áreas degradadas na região.

Nome Popular Nome Científico Grupo Funcional Classe Sucessional Síndrome de Dispersão
Açoita-cavalo Luehea divaricata P P/NP ANE
aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolia P P ZOO
bracatinga Mimosa scabrella P P AUT
bracatinga-de-campo-
Mimosa flocculosa P P AUT/ZOO
mourão
bugreiro-graúdo Lithraea brasiliensis P P ZOO
cambará Moquiniastrum polymorphum P P ANE
capixingui Croton floribundus P P AUT
fumo-bravo Solanum granulosoleprosum P P ZOO
ingá-feijão Inga marginata P P/NP ZOO
juqueri Mimosa regnellii P P AUT
louro-branco Bastardiopsis densiflora P P AUT
maricá Mimosa bimucronata P P AUT
nhapindá Senegalia tenuifolia P P AUT
paineira Ceiba speciosa P NP ANE
pata-de-vaca Bauhinia forficata P P AUT
pau-de-sangue Croton celtidifolius P P AUT
salseiro Salix humboldtiana P P ANE
sarandi Calliandra brevipes P P AUT
tamboril Enterolobium contortisiliquum P P AUT
tapiá Alchornea triplinervia P P ZOO
Alchornea glandulosa subsp.
tapiá-açu P P ZOO
iricurana
umbu Phytolacca dioica P P AUT
vassourão-branco Piptocarpha angustifolia P P ANE

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Nome Popular Nome Científico Grupo Funcional Classe Sucessional Síndrome de Dispersão
vassourão-preto Vernonanthura discolor P P ANE
cabriuva Myrocarpus frondosus D NP ANE
angico-branco Anadenanthera colubrina D NP AUT
Anadenanthera peregrina var.
angico-do-cerrado D NP AUT
falcata
angico-gurucaia Parapiptadenia rigida D NP AUT
araticum-cagão Annona cacans D P ZOO
araucaria (pinheiro do
Araucaria angustifolia D NP AUT/ZOO
Paraná)
baguaçu, talauma Magnolia ovata D NP ZOO
branquilho Gymnanthes klotzschiana D P AUT
canafístula Peltophorum dubium D P AUT
canela-branca Nectandra lanceolata D NP ZOO
canela-de-veado Helietta apiculata D NP ANE
canela-guaicá Ocotea puberula D NP ZOO
canela-imbuia Nectanda megapotamica D NP ZOO
canelinha Ocotea pulchella D NP ZOO
canjarana Cabralea canjerana D NP ZOO
capororoca Myrsine coriacea D P ZOO
capororocão Myrsine umbellata D NP ZOO
casca-de-anta Drimys brasiliensis D NP ZOO
cerejeira-do-mato Eugenia involucrata D NP ZOO
embaúba-branca Cecropia pachystachya D P ZOO
embiruçu Pseudobombax grandiflorum D NP ANE
erva-mate Ilex paraguariensis D NP ZOO
farinha-seca Albizia polycephala D NP AUT

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Nome Popular Nome Científico Grupo Funcional Classe Sucessional Síndrome de Dispersão
figueira Ficus catappifolia D NP ZOO
grápia Apuleia leiocarpa D NP AUT
guabiroba Campomanesia xanthocarpa D NP ZOO
guajuvira Cordia americana D NP ANE
imbuia Ocotea porosa D NP ZOO
jerivá Syagrus romanzoffiana D NP ZOO
louro-pardo Cordia trichotoma D NP ANE
mandiocão Schefflera morototoni D P ZOO
pau-de-gaiola,
Aegiphila integrifolia D P ZOO
tamanqueiro
pau-de-leite Sapium glandulosum D P ZOO
pau-jacaré Piptadenia gonoacantha D P AUT
pau-marfim Balfourodendron riedelianum D NP ANE
pau-para-tudo Rauvolfia sellowii D NP ZOO
peito-de-pomba Tapirira guianensis D NP ZOO
peroba-rosa Aspidosperma polyneuron D NP ANE
pessegueiro-bravo Prunus brasiliensis D NP ZOO
pitanga Eugenia uniflora D NP ZOO
tarumã-preto Vitex megapotamica D NP ZOO
uvaia Eugenia pyriformis D NP ZOO
vacum Allophylus edulis D P ZOO
Classe Sucessional: P: pioneira; NP: não pioneira; Grupo Funcional: P: preenchimento; D: diversidade; Síndrome de dispersão: ANE: anemocórica; AUT:
Autocórica; HIDR: hidrocórica; ZOO: zoocórica FONTE: adaptado de Instituto Água e Terra (2022)

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A definição de quais espécies do quadro acima serão utilizadas dependerá da
disponibilidade de mudas dos viveiros da região, sendo que deverá ser respeitado a técnica
do plantio em quincôncio, apresentada na sequência.

Também devem ser priorizadas as espécies encontradas no inventário florestal


realizado na área de supressão da CGH Guarani e que constam na lista de espécies indicadas
para plantio na região.

8.2.2.5.8.1 Determinação das Espécies

A escolha do mix de espécies e as respectivas quantidades, quando realizada


corretamente, determina o sucesso da proteção ambiental e a redução de custos, eliminando
o empirismo e a escolha aleatória das espécies.

É necessário utilizar um grande número de espécies, pois isto contribui para aumentar
a biodiversidade, com a atração de pássaros e animais silvestres. É fundamental a escolha de
plantas de diferentes portes e a utilização de espécies de gramíneas e leguminosas para
manter a biodiversidade e a sustentabilidade da vegetação.

É imprescindível realizar, após a determinação das espécies a serem plantadas, a


avaliação da qualidade das espécies selecionadas, visando garantir o bom desenvolvimento
das mesmas, sendo necessário utilizar as mudas com boa fitossanidade características físicas,
descartando aquelas que apresentem doenças ou estejam debilitadas.

A regeneração natural é um processo importante, mas lento, que pode ser acelerado
pelo plantio de pelo menos algumas árvores que funcionem como núcleos iniciais, onde as
aves venham pousar, trazendo e levando sementes. O plantio de árvores também é
recomendado para interligar fragmentos e áreas de reserva, formando corredores ecológicos.
As aves e outros animais dispersores de sementes (morcegos, quatis, etc) ajudarão a
consolidar essas conexões.

A partir das tabelas apresentadas acima, serão utilizadas no mínimo 20 espécies


diferentes dentre as listadas para o plantio, a fim de garantir a biodiversidade e o sucesso da
revegetação.

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A disponibilidade dos viveiros da região varia, porém será respeitada a variabilidade
mínima de 20 espécies entre as apresentadas nas tabelas.

8.2.2.5.8.1.1 Procedimentos

8.2.2.5.8.1.1.1 Limpeza da Área

Escolhida as espécies, a próxima etapa é realizar a limpeza da área, conforme


procedimentos citados a seguir.

8.2.2.5.8.1.1.2 Isolamento

Para isolar a área a ser recuperada, recomenda-se realizar o cercamento da mesma,


para evitar ou dificultar a ocorrência de diversos fatores que podem inviabilizar o
desenvolvimento das mudas plantadas, tais como: incêndios, pisoteio por parte de animais e
vandalismo.

8.2.2.5.8.1.1.3 Combate às Formigas

Segundo a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a recomendação para o


controle de formigas para plantios florestais é descrita a seguir, e este programa optou por
aderir respectivas recomendações a fim de realizar um controle mais adequado de formigas
ao local, sem prejuízos econômicos e ambientais.

A distribuição do formicida deve ser de forma eficiente para controle de formigas e,


atribui-se através da disposição sistemática de iscas formicidas, pela área destinada ao plantio
florestal, aplicação de doses de 5 a 10 gramas (aproximadamente uma colher de sopa) a cada
5 metros. Com este procedimento será aplicado aproximadamente 3 kg de isca formicida por
hectare. Nas áreas de vegetação mais densa é importante intensificar o controle, aplicando
as doses a cada 3 metros, por se tratar de locais com maior concentração de formigueiros.

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8.2.2.5.8.1.1.4 Marcação e Covamento

Para a marcação das linhas de plantio e covas serão adotados procedimentos


diferenciais, procurando respeitar as características topográficas da área. Em áreas com
topografia plana, a demarcação das linhas e das covas deve ser feita diretamente no solo. É
interessante que se estaqueie o centro de cada cova para melhorar sua localização.

O espaçamento entre covas utilizadas depende do modelo de plantio adotado, que


está relacionado ao tipo de área e objetivo do projeto, neste caso, é sugerido o espaçamento
de 2,5 m x 2,5m utilizando o método do quincôncio, onde a distribuição das mudas é de
acordo com o estágio sucessional de cada espécie. Esse espaçamento confere taxa de plantio
de 1.600/hectare Esta metodologia define que as mudas de espécies secundárias-tardias e
clímax (NP), fiquem dispostas entre 4 mudas de espécies pioneiras ou secundárias- iniciais (P)
(NAPPO et. al., 1997).

Também é recomendado que na composição do quincôncio seja adotada pelo menos


uma espécie leguminosa, pois essas, quando associadas com rizóbios presentes no solo,
aumentam a eficiência no processo de fixação de nitrogênio do ar, o que permite um rápido
crescimento e consequentemente aumenta o conteúdo orgânico e atividade biológica no
solo, por meio da serapilheira. Com a rápida cobertura do solo, ocorre o aparecimento de
outras espécies mais exigentes em nutrientes, sombra e umidade, resultando no retorno dos
animais e reativação de processos biológicos originais.

Figura 149 - Esquema Representativo de Plantio em Quincôncio.

Pioneira (P)

Não pioneira (NP)

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As dimensões da cova adequadas são importantes por propiciarem um bom
desenvolvimento da muda. As covas serão confeccionadas manualmente, com o auxílio de
enxada e enxadão ou semi-mecanizada, através do emprego de motocoveadora.

As covas poderão ter as seguintes medidas: 50 × 50 × 50 cm para as mudas de maior


porte e 30 × 30 × 30 cm para as de menor porte. Os 10 a 15 cm iniciais do solo deverão ser
depositados no lado direito da cova, no sentido do coveamento. O restante do solo retirado
na abertura da cova deverá ser depositado no lado oposto. Essa medida se faz necessária para
que no ato do plantio possa ser utilizada a terra de superfície, que é de melhor qualidade e
fertilidade, no enchimento das covas. Ademais, tal cuidado garante a retenção de umidade
noturna na superfície próxima a muda.

Objetivando o melhor desenvolvimento radicular das mudas, será dada especial


atenção à prevenção da compactação do solo durante a abertura de covas, eventualmente
revolvendo manualmente a parede das mesmas. Esta compactação do solo pode ser
ocasionada pela própria ferramenta de abertura.

8.2.2.5.8.1.1.5 Coroamento

Deverá ser realizada a capina no entorno da cova, num raio de aproximadamente 50


cm, evitando o estabelecimento de plantas que competiriam por água, luz e nutrientes com
as mudas a serem implantadas.

8.2.2.5.8.1.1.6 Adubação

Pode ser preparado substrato a ser adicionado à cova juntamente com o plantio da
muda. Para tanto, devido à proximidade do corpo hídrico, sugere-se adubação orgânica
utilizando-se esterco bovino ou de galinha, cujas quantidades deverão ser determinadas pelo
engenheiro agrônomo ou florestal incumbido desta função, com base nos resultados das
análises de solo. Outras formas de adubação orgânica podem ser utilizadas de acordo com
critérios a serem levados em consideração pelo profissional responsável.

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Destaca-se que estudos realizados (SOUZA et. al., 2006; EMBRAPA, 2008) comprovam
a eficiência da utilização de adubação orgânica para replantio de espécies florestais nativas.

8.2.2.5.8.1.1.7 Espaçamento

O espaçamento a ser utilizado dependerá da fertilidade do solo, presença de espécies


remanescentes dos fragmentos florestais, mas de maneira geral as dimensões recomendadas
são de 2,5 x 2,5 m.

8.2.2.5.8.1.1.8 Plantio das Mudas

O plantio deverá ser realizado preferencialmente no período chuvoso (entre os meses


de setembro e fevereiro), com o objetivo de garantir a fixação das mudas e facilitar o manejo
e administração do crescimento adequado das mudas. Durante os meses de setembro a
fevereiro há maior intensidade de chuvas, temperaturas elevadas que contribuem para o
crescimento e adaptação satisfatórios das mudas. No entanto, para garantir a aplicação deste
plano em outros momentos do ano e contribuir para recuperação da área, o plantio será
realizado também em outras estações do ano, as mudas deverão ser plantadas,
preferencialmente, nas horas mais frescas do dia e a distribuição das mudas deverá ser
realizada manualmente nas covas, seguindo o modelo de plantio. A seguir são apresentados
importantes considerações para o plantio:

• Para a execução do plantio, as mudas deverão ser separadas em caixas plásticas,


identificadas por grupos ecológicos para facilitar a distribuição dentro da linha de
plantio;
• As mudas deverão ter em torno de 1 metro de altura e apresentar sistema radicular
íntegro. Somente serão utilizados indivíduos sadios para o plantio, ou seja, aqueles
que apresentarem sinal de danos ou alguma patologia serão descartados;
• Em caso de estiagem por um período que comprometa o processo de plantio e fixação
das mudas, deverá ser suspensa a atividade de plantio para que não haja perdas de
indivíduos. Ao redor da muda deverá ser cavada uma vala para acumulação de água
da chuva;

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• Nos períodos mais secos, pode ser adotada a utilização de hidrogel durante o
coveamento para o plantio das mudas, com o objetivo de reter umidade no solo para
garantir o desenvolvimento inicial das mesmas;
• A definição de fornecedor das mudas de espécies nativas ficará a cargo da execução
do reflorestamento, devendo ser priorizada a opção de fornecedores locais.

O plantio deverá ser realizado com um coroamento das covas num raio de 0,5m,
conforme já observado acima, para melhor sustentação das plantas deve ser realizado o
tutoramento (amarrar estaca de madeira ou bambu) nas mudas com tendência a se acamar.

A figura a seguir ilustra esta situação.

Figura 150 - Esquema de Plantio de Muda.

O próximo passo é abrir uma “coveta” no solo (já preparado, corrigido e adubado) com
as dimensões do torrão da muda a ser utilizada, tomando o cuidado para que esta seja
colocada na vertical no centro da cova. Após isso, com as mãos, deve se pressionar

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ligeiramente o solo no entorno da muda para evitar ar entre as raízes, conforme ilustra a
figura a seguir:

Figura 151 - Esquema "Coveta" e Disposição na Muda.

Destacam-se algumas ações que devem ser evitadas:

• Não utilizar enxada no plantio das mudas, pois pode abrir uma “coveta” que
deixe a planta inclinada;
• Não deixar o torrão sem cobrir de terra nem enterrar até o caule.

8.2.2.5.8.1.1.9 Manutenção

Considerando o rápido crescimento das gramíneas dominantes na área, é


fundamental a manutenção do povoamento florestal implantado, visando o seu
estabelecimento. A manutenção do povoamento plantado deverá ser de pelo menos dois
anos após o plantio, devendo seguir a periodicidade mensal. A manutenção deverá abranger
as operações de aceiramento, roçada (a cada três meses ou maior frequência se necessário),
coroamento e manejo de pragas e doenças que aparecerem.

Por sua vez, a manutenção de sobrevivência das mudas deverá ser iniciado 30 dias
após a implantação do plantio, devendo ser realizada a substituição das mudas mortas
(replantio) durante o período mínimo de dois anos, caso a mortalidade seja superior a 10%.
O controle e combate das formigas cortadeiras serão mantidos pelo período de dois anos,
com vistorias periódicas para verificação da necessidade de manejo. Caso necessite deverá

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ser promovida uma adubação em cobertura ao final do primeiro ano do plantio. Ao se
observar períodos longos de estiagem, e consequentemente sofrimento das mudas, sugere-
se a irrigação.

8.2.2.5.8.1.1.10 Controle de Formigas

O combate às formigas é um trabalho fundamental para o sucesso do plantio e


desenvolvimento de um povoamento vegetal. As formigas precisam ser combatidas em todas
as fases do desenvolvimento de uma floresta, pois o sucesso do plantio também depende
deste tipo de ação. Há três fases distintas de combate às formigas: o combate inicial, o repasse
e a ronda.

Durante o combate inicial, nas áreas onde se detectar a presença de formigas


cortadeiras sem, entretanto, se localizar os ninhos, deverão ser utilizadas iscas formicidas
(preferencialmente um produto de baixa toxicidade e dentro das normas do IBAMA). A
dosagem a ser aplicada dependerá do produto comercial que será adquirido e deve seguir
recomendação do fabricante do mesmo, a critério do técnico responsável pela supervisão do
reflorestamento. A aplicação do formicida deverá ser feita em dias não chuvosos e com baixa
umidade relativa. A área de combate deverá obrigatoriamente exceder em torno de 20 % do
total, a fim de se criar um sistema de defesa ao plantio realizado.

A operação de repasse é executada nas áreas já submetidas ao combate inicial e visa


localizar e eliminar os formigueiros que não foram extintos pelo combate inicial. Recomenda-
se repassar a área pelo menos 60 dias após o combate inicial de forma a se localizar os
formigueiros ainda ativos, aplicando diretamente nestes as iscas de formicida granulada.

A operação de ronda deve ser realizada durante todas as fases de crescimento do


povoamento. Ela é constante de seis em seis meses após o plantio, combatendo novos
formigueiros ou carreiros. Esse combate deve ser também realizado com aplicação de iscas
no formigueiro ou no carreiro.

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8.2.2.5.8.1.1.11 Coroamento

Tendo em vista que o solo estará adubado é possível que surjam espécies indesejáveis
de mato junto às mudas, logo, se faz necessária a capina e coroamento manual destas,
objetivando evitar a competição de água, luz e nutrientes.

Esta ação deve ser realizada sempre que necessário, obedecendo às medidas
estipuladas na etapa anterior, ou seja, coroamento de raio 50 cm, tomando cuidado para não
atingir as raízes das mudas.

8.2.2.5.8.1.1.12 Tutoramento e amarrio

Sempre que se observar necessidade, deverão ser tutoradas as mudas, ou até mesmo
substituir o tutoramento já existente, objetivando manter a planta ereta e com boa fixação
quando sujeita a ventos ou danos mecânicos.

Além disso, a fim de aumentar a eficiência desta ação, deve ser realizado também o
amarrio, que consiste no uso de tiras de borracha, sisal, entre outros para servir de fixação
desta planta.

Destaca-se que amarrios realizados incorretamente podem causar estrangulamentos


ou ferimentos nas mudas conforme apresentado na figura a seguir, o que deve ser evitado.

Figura 152 - Exemplo de Amarrio realizado incorretamente, ocasionando o Estrangulamento da Muda.

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8.2.2.5.8.1.1.13 Roçada

Nos dois primeiros anos deverá ser realizada a roçada da área em questão, utilizando
as diretrizes apresentadas, sendo que deverá ser tomado cuidado para não causar danos na
vegetação nativa regenerante.

8.2.2.5.8.1.1.14 Irrigação

A irrigação deve ser administrada e acompanhada semanalmente, sobretudo no


inverno, estação com baixo índice pluviométrico.

8.2.2.5.8.1.1.15 Podas

Para as espécies citadas ao plantio não é comum a utilização de podas, entretanto,


poderá ser realizada objetivando podar galhos doentes e secos, utilizando preferencialmente
serrote de poda ou podão.

8.2.2.5.8.1.1.16 Monitoramento

As atividades de manutenção deverão ser monitoradas por um profissional com


atribuição para tanto, sendo que este irá indicar quais as atividades de manutenção deverão
ser realizadas mensalmente.

Durantes os seis primeiros meses o monitoramento deverá ser realizado por meio de
vistoriais mensais, haja vista que esta é a etapa mais crítica da recuperação de áreas
degradadas, sendo que, após este período o monitoramento, deverá ser realizado em
vistorias trimestrais, na qual serão definidas as atividades a serem realizadas pela manutenção
até a próxima vistoria.

A partir de avaliações das informações geradas pelo monitoramento, pode-se redefinir


ações a serem executadas, a avaliação do sucesso de determinadas espécies e mudança de
estratégia de algumas áreas em que sejam identificadas dificuldades na implementação de
alguma fase do projeto. São preconizadas também ações para a manutenção das áreas

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intervencionadas, que consistem na substituição de mudas mortas, reaplicação de corretivos
e defensivos e as ações de capina e controle de competidores, descrita anteriormente.

A metodologia para o monitoramento será pela instalação de parcelas permanentes


de 10 x 10 m, para verificar a mortalidade e condições fitossanitárias das mudas plantadas.
Nestas também serão avaliados os seguintes indicadores:

• Cobertura do solo por espécies lenhosas

Deve ser avaliada a porcentagem da parcela que possui cobertura de copa.

• Estratificação

Avaliação visual dos estratos presentes, sendo inicialmente esperado encontrar


espécies pioneiras no estrato superior e tardias no estrato inferior, por apresentarem
crescimento mais lento. Após 10 anos, é esperado encontrar espécies nativas não plantadas
no estrato, provenientes de fontes externas de propágulos ou da dispersão de sementes.

• Fitofisionomia

Devem ser pré-estabelecidos parâmetros que caracterizem uma área recuperada no


local de interesse, como o arranjo das espécies que compõem a comunidade de acordo com
o número de indivíduos e suas formas e etapas do ciclo de vida, tamanho, forma e coloração
das copas e a apresentação das copas. É, portanto, avaliado um conjunto de propriedades da
área recuperada, tais como riqueza e diversidade.

• Espécies lenhosas invasoras

Deve ser verificada a presença das espécies definidas como invasoras e/ou exóticas na
área de recuperação.

Após a avaliação dos indicadores, a verificação da conformidade da recuperação das


áreas degradadas pode se dar de acordo com três categorias:

• Adequada

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Não será necessária a adição de tratamentos culturais além dos já previstos
inicialmente, dando continuidade na manutenção das áreas em recuperação de acordo com
o cronograma definido.

• Parcialmente adequada

Será necessária a revisão das técnicas de restauração para encontrar possíveis falhas
no planejamento, além de realizar os tratos culturais com maior frequência e de maneira mais
eficiente.

• Crítica

Será necessária a intervenção direta na área em recuperação, por meio de


enriquecimento e adensamento com o plantio de novas espécies e alteração dos tratos
culturais que foram adotados, que podem ter sido inadequados.

Além disso, sugere-se que sejam elaborados relatórios periódicos registrando as


atividades de monitoramento e um relatório final após três anos de acompanhamento para
apresentar os indicadores, conforme prevê a Portaria IAT 170/20, além de um relatório de
execução e manutenção, com registro fotográfico georreferenciado a cada trimestre nos dois
primeiros anos.

8.2.2.5.9 Programa de Acompanhamento de Supressão de Vegetação

8.2.2.5.9.1 Considerações Iniciais

Pequenas usinas geralmente utilizam-se de pontos de rios distantes dos grandes


centros urbanos e, quando localizadas em áreas rurais, se encontram em áreas com presença
de vegetação nativa, sendo necessária assim a supressão vegetal para abertura de acessos,
canteiro de obras e limpeza do reservatório. Contudo, devido ao grau de isolamento destes
locais, e a complexidade dos fragmentos que necessitam serem suprimidos, o corte deve ser
orientado para otimização da supressão, evitar a deposição de matéria orgânica no rio e
principalmente, promover o resgate e afugentamento da fauna durante o corte.

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O corte e a remoção da cobertura vegetal podem acarretar em efeitos diversos no
meio ambiente. Além da perda de qualidade e quantidade da diversidade florística e
supressão de áreas disponíveis para a fauna, a remoção da proteção natural do solo pode
levar ao surgimento de processos erosivos e, consequentemente, à intensificação do processo
de assoreamento do rio afetado, portanto o processo de supressão vegetal deve ser
acompanhado de monitoramento. Sendo assim, é proposto o Programa Ambiental de
Acompanhamento da Supressão Vegetal, a fim de evitar possíveis impactos ambientais
decorrentes da atividade de retirada do material florestal na região de implantação da PCH
Guarani.

8.2.2.5.9.2 Justificativa

O presente programa se faz necessário para que, quando ocorrer a supressão da


vegetação existente nas áreas para a instalação da PCH Salto Pirapó, as medidas corretas
sejam tomadas para que a operação seja realizada com sucesso.

A cobertura vegetal protege o terreno contra o impacto direto das gotas de chuva,
diminui a velocidade das águas de escoamento superficial, aumenta a infiltração e a
capacidade de retenção de água por ação das raízes e também da matéria orgânica.

A atividade de supressão vegetal é uma das ações que mais causam impacto ambiental
negativo de grande impacto quando da implantação de uma PCH. Assim sendo, se faz
necessário que esta etapa seja acompanhada para que todas as atividades sejam realizadas
de forma a minimizar este impacto, para evitar efeitos de erosão e para minimizar impactos
na possível fauna local.

8.2.2.5.9.3 Objetivos Gerais e Específicos

O objetivo deste programa é garantir a minimização dos impactos ambientais


negativos gerados durante a supressão vegetal através de acompanhamento ambiental, bem
como garantir que o material lenhoso seja devidamente acondicionado, além disso:

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• Apresentar ações e métodos para a supressão vegetal;
• Propiciar o afugentamento espontâneo da fauna local decorrente da
supressão vegetal para refúgios frente a linha de corte.

8.2.2.5.9.4 Descrição das Atividades

• Serão apresentadas algumas medidas para o corte e acompanhamento para as


áreas de supressão da PCH Salto Pirapó:
• Estar em dia com a documentação ambiental legal (autorização para
supressão) antes de iniciar a supressão;
• Dividir a supressão em parcelas iguais, no sentido da borda para o rio, de
maneira a retirar os materiais lenhosos conforme ocorre o corte;
• Não enleirar o material lenhoso na área do futuro reservatório;
• Não utilizar ferramentas de desmatamento agressivas, como correntão;
• Realizar treinamento de manejo da fauna a equipe de corte;
• Realizar fiscalização interna por parte da equipe ambiental e do empreendedor
de maneira a evitar ações de caça, pesca e coleta indevida de vegetais.

8.2.2.5.9.4.1 Delimitação da Área a ser suprimida

Cabe, antes do início da supressão, realizar a sinalização da área exata a ser suprimida,
com piquetes ou faixas, para evitar possíveis supressões em áreas não autorizadas. A
supressão deverá ser licenciada por meio de autorização específica.

8.2.2.5.9.4.2 Limpeza da Área de Sub-bosque

A limpeza prévia da área de sub-bosque é de fundamental importância para a


manutenção de elevados padrões de segurança dos operários responsáveis pela supressão
vegetal. A mesma consiste na retirada da vegetação de menor diâmetro do sub-bosque das
áreas florestadas (árvores e arvoretas com DAP < 15 cm), podendo ser realizada mediante a
utilização de foices, roçadeiras costais ou mesmo motosserras.

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8.2.2.5.9.4.3 Derrubada dos Exemplares Arbóreos de Maior Porte

Tal procedimento é também conhecido como abate, e consiste na ação de corte do


exemplar arbóreo próximo à superfície do solo, ou seja, o mais rente ao chão possível. O
processo de derrubada deve ser executado de forma a facilitar as ações posteriores, desta
forma, para que o processo de empilhamento/enleiramento da madeira dê-se mais
facilmente, é recomendável a derrubada dos exemplares arbóreos na direção de queda
correspondente à direção de arraste do fuste.

A operação de derrubada dos exemplares arbóreos deve ser realizada mediante a


utilização de motosserras, e de acordo com as seguintes etapas:

1ª Etapa: execução de limpeza na base do fuste (pé da árvore), desobstruindo o local


de artefatos que possam dificultar o corte do exemplar arbóreo;

2ª Etapa: execução de corte inclinado no fuste do lado da queda do exemplar arbóreo


(abertura de boca);

3ª Etapa: execução de corte plano no fuste do lado da queda do exemplar arbóreo


(finalização da boca);

4ª Etapa: execução do corte de abate no lado contrário ao de queda do exemplar


arbóreo, sendo que tal corte deve ocorrer em porção imediatamente superior ao corte plano
da boca, deixando-se um filete de ruptura no fuste.

As figuras a seguir apresentam uma ilustração esquemática dos procedimentos de


derrubada de exemplares arbóreos:

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Figura 153 - Ilustração dos Procedimentos para Derrubada de Exemplares Arbóreos.

Figura 154 - Detalhe do Processo de Derrubada de Exemplares Arbóreos.

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8.2.2.5.9.4.4 Desgalhamento dos Exemplares Arbóreos

O desgalhamento consiste no procedimento de retirada dos galhos da árvore abatida,


devendo ser realizada com a utilização de motosserras. É válido salientar que os
procedimentos de desgalhamento consistem na mais perigosa das operações em atividades
florestais, infelizmente resultando em frequentes acidentes de trabalho.

Para execução dos serviços deve-se atentar-se para o diâmetro e comprimento do


galho a ser cortado, adequando o método de trabalho utilizado em cada situação específica,
de modo a reduzir a possibilidade de acidentes.

O operador de motosserra deve iniciar o desgalhamento pela base do exemplar


arbóreo e seguir em direção à copa, cortando sempre os galhos mais próximos de si. Durante
o desgalhamento, é de fundamental importância, haja vista a necessidade de manutenção de
elevados padrões de segurança, que o operador se posicione sempre do lado oposto ao do
corte (sabre) e utilizando-se de todos os EPIs necessários e recomendados.

8.2.2.5.9.4.5 Destopamento dos Exemplares Arbóreos

O destopamento consiste na retirada da copa da árvore, sendo que tal procedimento


normalmente é realizado onde a copa possui de 3 a 5 cm de diâmetro. O destopamento
geralmente é executado em conjunto com a atividade de traçamento.

Ainda é válido salientar que o destopamento deve ocorrer de modo a minimizar as


perdas de material lenhoso, possibilitando ainda o máximo aproveitamento dos recursos
florestais suprimidos. A figura a seguir apresenta a maneira correta de realizar-se o
destopamento:

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Figura 155 - Técnica Correta de Destopamento.

8.2.2.5.9.5 Responsável pela Implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é da equipe de campo


definida para o acompanhamento da supressão.

8.2.2.6 Unidades de Conservação

8.2.2.6.1 Identificar, caracterizar e mapear unidades existentes e em processo de


criação com as respectivas zonas de amortecimento (ADA, AID e AII)

A unidade de conservação Parque Estadual do Rio Guarani, criada pelo Decreto


Estadual 2.322 de 19 de julho de 2000, de caráter de proteção integral encontra-se a 6 km de
distância do local do empreendimento.

A zona de amortecimento do Parque Estadual Rio Guarani limita-se ao sul pelo rio
Iguaçu, a oeste pela PR-471, desviando do centro urbano de Três Barras do
Paraná, confluindo com a PR-484, que define seu limite norte; o limite leste é definido a partir
do rio Iguaçu, no início do reservatório da Usina Hidrelétrica de Salto Osório, seguindo pela
PR-473 por um pequeno trecho, e confluindo até a PR-484 ao norte, limitando-se pelos
reflorestamentos da empresa Araupel, segundo o Plano de Manejo do Parque Estadual Rio
Guarani (2002).

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Figura 156 - Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Rio Guarani.

8.2.2.6.2 Identificar, caracterizar e mapear unidades existentes e em processo de


criação com as respectivas zonas de amortecimento no entorno de 10 km
do empreendimento

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Figura 157 - Mapa das unidades de conservação mais próximos.

8.2.2.6.3 Identificar, caracterizar e mapear áreas prioritária para conservação


conforme MMA

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o local do empreendimento está localizado


em uma área estratégica para recuperação das condições ambientais. Nota-se que há grande

www.forteamb.com 471
quantidade de fragmentos florestais na região demarcados como áreas de interesse para
conservação.

Figura 158 - Áreas Estratégicas para a Conservação.

8.2.2.6.4 Indicar as distâncias relativas ao empreendimento e suas áreas de


influência

O empreendimento está a 5,67 km de distância da unidade de conservação Parque


Estadual do Rio Guarani. A zona de influência indireta do empreendimento possui um raio de
5 km. Dessa forma, a unidade de conservação em questão encontra-se fora das áreas de
influência direta e indireta.

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8.2.2.6.5 Abordas as possíveis modificações e interferências que poderão ser
causadas nas UCs

Como o porte da central geradora hidroelétrica é pequena e sua área de supressão é


ínfima, não haverá modificações ou interferências causadas na unidade de conservação em
questão.

8.2.2.6.6 Considerar o plano de manejo

O plano de manejo da unidade de conservação Parque Estadual Rio Guarani não impõe
nenhuma restrição aos tipos de empreendimentos que podem ou não ser implantados em
sua zona de amortecimento. Tal plano apenas menciona que toda a margem do rio Guarani
está bem conservada e apresenta diversas espécies da flora e da fauna locais ameaçadas de
extinção, sendo ainda uma área de grande importância para a interatividade entre a flora e a
fauna. Ressalta-se que a área do empreendimento se encontra fora da Zona de
Amortecimento do Parque Estadual Rio Guarani e que a área de recomposição da APP e
compensação ambiental não afetariam negativamente a unidade de conservação.

8.3 Meio Socioeconômico

A Área Diretamente Afetada (ADA) para os aspectos socioeconômicos permanece a


mesma utilizada para os meios físico e biótico, que é a necessária para a implantação do
empreendimento, incluindo o fosso de captação, canal e túnel de adução, tomada de água,
casa de força e canal de fuga – considerando um raio de 10 metros.

Já a Área de Influência Direta (AID) para o meio socioeconômico irá considerar o


município no qual a CGH Guarani será implantada - Três Barras do Paraná – considerando que
o empreendimento se encontra na delimitação territorial deste.

www.forteamb.com 473
Figura 159 - AID Socioeconomico da CGH Guarani.

8.3.1 Características gerais da população

O município de Três Barras do Paraná pertence a Região Administrativa de Cascavel,


que é considerado um dos maiores polos agropecuários do Paraná – com uma área territorial
de 14.060,620 km² (IAT, 2021), possuí uma população de 910.085 mil habitantes (IBGE, 2021)
e uma densidade demográfica de 64,73 hab/km².

De acordo o Ministério do Trabalho e Emprego, em dezembro de 2015 o número de


empregos na microrregião de Cascavel chegou a 129.894 pontos (BRASIL, 2017). Na área
econômica, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da microrregião variou de 0,608 a
0,782 (Atlas Brasil, 2017) – o que indica um nível de desenvolvimento socioeconômico
moderado em todos os municípios componentes.

Entre os municípios que fazem parte da região administrativa, Cascavel é aquele com
maior PIB per capita (R$ 38.368,71 – IBGE, 2019), o que oferta mais empregos (mais de 99 mil
postos de trabalho) e o que apresenta maior desenvolvimento humano (IDH-M de 0,782),

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além de ser o mais populoso (projeção para 2021 – 336.073 habitantes) e com maior
densidade demográfica (136,23 hab/km²). Em comparação a ele, Três barras do Paraná
apresentou um PIB per capita de R$27.064,98 em 2019, um IDH de 0,681 e uma projeção de
população para 2021 de 12.036 habitantes – sua densidade demográfica é de 28 hab/km²,
80% menor do que a do município de Cascavel.

O município de Três Barras do Paraná tem uma população residente, para o ano de
2010 – conforme o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – de 11.824
habitantes, sendo destes 51% residentes de áreas urbanas (6.095 pessoas) e 49% residentes
de áreas rurais (5.729 pessoas). A densidade demográfica do município para os dados de 2010
– considerando a área territorial de 509,692 km² - era de 23,45 hab/km². A projeção do IBGE
para o ano de 2021 do município é de 12.036 habitantes, com uma densidade demográfica
de 23,61 hab/km².

O IBGE calculou ainda a taxa de crescimento geométrico populacional de 2,14% para


o meio urbano e -1,83% para o meio rural (2010).

No censo do ano 2000, foi apontado uma população total residente de 11.822 pessoas
– destes, 4.931 pessoas (41%) eram moradores urbanos e 6.891 (58%) moradores de área
rural. Estes dados demonstram uma inversão da população em relação a sua zona de
residência, quando em comparação com os dados de 2010. No ano de 1991, o censo do IBGE
apontou uma população 14.982 pessoas – 19,6% maior do que a projeção para 2021 do
mesmo órgão, demonstrando um possível processo de emigração da cidade nos anos
seguintes – a população rural neste ano era superior a 47% em relação a do ano de 2010,
totalizando 10.878 moradores na zona, e a área urbana totalizava 4.104 habitantes.

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Gráfico 59 - Evolução da População em Três Barras do Paraná/PR.
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
1990 2000 2010 2020 2030
População total Rural Urbana

Como o município foi instalado pela Lei nº 7.305 do dia 13 de maio de 1980, quando
foi desmembrado de Catanduvas, o ano de 1991 é o primeiro onde há contabilização de
população do município.

A proximidade do município com o principal polo econômico da região (Cascavel – 107


km), gera algumas relações de dependência entre eles. Configura-se como migração pendular
o movimento que os moradores de Três Barras do Paraná realizam para trabalhar em
Cascavel. Além deste, há dependência na área da saúde para atendimentos de urgências e
emergências de alta complexidade – na parte de lazer também a uma busca do polo, devido
a carência de Três Barras para com teatro, cinemas, clubes e pontos de diversão (Plano Diretor
de Três Barras do Paraná, 2008).

8.3.2 Características gerais da população diretamente afetada

8.3.2.1 Socioeconomia da População


O município de Três Barras de Iguaçu, tem uma população economicamente ativa
(PEA) de 6.782 pessoas, e destas 6.579 estão ocupadas – logo compreende-se que o índice de
desemprego não é alto. Da população ocupada (PO), 2.790 são da área urbana e 3.789
pertencem a área rural, reforçando a característica do município em relação a agricultura.

Esses dados correspondem ao censo de 2010, que apontam ainda que 3.779 pessoas
da população ocupada são do gênero masculino e, 2.800 pessoas, pertencem ao gênero

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feminino. Em comparação com o ano de 2000, a população ocupada era de 4.961 pessoas –
40% eram do meio urbano e 60% pertenciam ao meio rural e, 3.331 eram homens e 1.630
mulheres. A população economicamente ativa neste ano era de 5.374 – sendo uma diferença
de 413 pessoas em relação a PO. Em 1991 a PEA era de 5.346 onde, 1.455 pertenciam ao
meio urbano e 3.891 pertenciam ao meio rural.

As informações acerca da população ocupada segundo as atividades econômicas


apontam que 51% trabalham na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca ou
aquicultura; em segundo lugar com 11% está o comércio e reparação de veículos automotores
– com uma diferença de 2.651 trabalhadores para com o primeiro colocado; 7% são do setor
de indústrias de transformação; 6% construção – as demais atividades representam menos
de 5%.

O Gráfico 60 representa a distribuição desta população ocupada – as informações que


foram retiradas do IPARDES de 2022, confirmam a característica agrícola da região e dos
municípios que a compõe, tendo em vista que 3.388 pessoas de Três Barras do Paraná atuam
no setor.

Gráfico 60 - Distribuição da População Ocupada por Setores da Economia em Três Barras do Paraná (PR) -
(Fonte: BDEweb, IPARDES, 2022).

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 8


Industrias extrativistas 9
Informação e comunicação 16
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 24
Atividades profissionais, científicas e técnicas 24
Atividades administrativas e serviços complementares 31
Artes, cultura, esporte e recreação 37
Alojamento e alimentação 67
Outras atividades de serviços 82
Saúde humana e serviços sociais 84
Transporte, armazenagem e correio 152
Administração pública, defesa e seguridade social 169
Atividades mal específicadas 248
Educação 267
Serviços domésticos 318
Construção 402
Industrias de transformação 516
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas 737
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 3388

Conforme o IBGE (2019) o salário médio dos trabalhadores formais é de 2,3 salários
mínimos e, de acordo o IPARDES e o CAGED, apenas 511 tem emprego formal admitidos

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(2019). A população de Três Barras do Paraná tem 37,58% de vulneráveis a pobreza e 7,37%
da população extremamente pobres.

Em relação aos domicílios do município de Três Barras do Paraná, no ano de 1991


eram totalizadas 3.599 residências – destas, 1.079 eram urbanas e 2.520 eram rurais. No ano
2000, houve uma redução de 2,3% no total de municípios (3.515 residências) – sendo a
redução notada nas moradias rurais, que eram de 1.994 neste ano – 20% inferior a 1991. As
moradias urbanas aumentaram, alcançando os valores de 1.521, 442 moradias a mais em
relação ao censo anterior. Em 2010, as residências urbanas eram de 2.149 e as rurais de 2.044
– totalizando 4.193 domicílios.

Destes, 3.088 eram domicílios particulares permanentes – 2.490 eram próprios


(80,6%), 211 alugados (6,9%), 344 cedidos (11,2%) e 43 em outras condições (1,3%). Já em
2010, os domicílios tiveram um aumento total de 17,4% - sendo um aumento de quase 16%
nos domicílios próprios – a comparação geral pode ser analisada na Tabela 142

Tabela 142 - Relação da condição dos domicílios em Três Barras do Paraná - PR. (Fonte: IPARDES, 2000 -2010)

Domicílios Particulares Permanentes 2000 % 2010 %


Próprio 2.490 80,6 2.964 70,4
Alugado 211 6,9 400 10,8
Cedido 344 11,2 336 9
Outra Condição 43 1,3 27 0,8
Total 3.088 100 3.727 100
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2022.

As características de densidade familiar e residencial pode ser analisada na tabela 62,


apresentando os valores referentes a quantidade de pessoas por residência. A maior parte
dos domicílios (2000 e 2010), abrigam famílias de até 2 pessoas (2000: 26,5%; 2010: 32,1%).
O menor índice, tanto no ano de 2000 quanto no ano de 2010 foi o de famílias com 6 ou +
pessoas, tendo ainda uma diminuição significativa de 56% de um ano em relação ao outro.

Tabela 143 - Relação de famílias por domicílio no município de Três Barras do Paraná (PR)

Domicílios Particulares Permanentes 2000 2010

Domicílios Particulares Permanentes – Famílias - Total 3.321 3.513


Domicílios Particulares Permanentes – Famílias – até 2 pessoas 883 1.130
Domicílios Particulares Permanentes – Famílias – até 3 pessoas 807 1.075
Domicílios Particulares Permanentes – Famílias – até 4 pessoas 816 840

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Domicílios Particulares Permanentes 2000 2010

Domicílios Particulares Permanentes – Famílias – até 5 pessoas 490 324


Domicílios Particulares Permanentes – Famílias – até 6 ou + 325 144
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2022.

Os domicílios foram ainda analisados conforme a densidade de morador por


dormitório, apresentando a realidade de que, o município apresenta 129 domicílios que
abrigam mais de 3 pessoas por dormitório (IPARDES, 2010). Além da alta concentração de
pessoas/dormitório, 3.009 domicílios não tinham sanitários ligados a rede geral de esgoto e
31 domicílios não possuem esgotamento sanitário de qualquer maneira (rede geral ou fossa
séptica).

Já em relação ao abastecimento de água do município e das residências, 3.693


possuíam água encanada em 2010 – deste, 57% são ligados a rede geral de distribuição; 42,1%
a poços ou nascentes e 0,1% a outra forma de abastecimento. 32 domicílios não possuem
acesso a água canalizada – 0,8%.

Grande parte das moradias tem um rendimento mensal domiciliar de 1 a 2 salários


mínimos, representando 27,2% do total de domicílios. Dos 3.513 levantados ainda no ano de
2010, 4,5% não possuem qualquer tipo de rendimento – um aumento de 67% em relação ano
2000. A tabela 70 apresenta uma síntese dos dados acerca de moradores por dormitório no
ano 2000 e 2010. As tabelas 144 e 145 irão apresentar os valores de esgotamento sanitário e
rendimento mensal domiciliar, respectivamente.

Tabela 144 - Domicílios particulares permanentes - morador por dormitório (Fonte: IPARDES, 2000-2010)

Domicílios particulares permanentes 2000 2010

Um morador por dormitório 556 1.104


Dois moradores por dormitório 1.927 2.239
Três moradores por dormitório 429 255
Mais de três moradores por dormitório 175 129
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2022.

Tabela 145 - Domicílios Particulares Permanentes - Esgotamento Sanitário (Fonte: IPARDES, 2010)

Domicílios Particulares Permanentes 2010

Tinham banheiro ou sanitário 3.696


Tinham banheiro ou sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial 386
Tinham banheiro ou sanitário – fossa séptica 301
Tinham banheiro ou sanitário – outro escoadouro 3.009

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Domicílios Particulares Permanentes 2010

Não tinham banheiro ou sanitário 31


FONTE: BDEweb, IPARDES, 2022.

Tabela 146 - Domicílios Particulares Permanentes - Rendimento Mensal Domiciliar (Fonte: IPARDES, 2000-
2010)

Rendimento mensal domiciliar 2000 2010

Até 1 salário mínimo 754 729


1 a 2 salários mínimos 798 956
2 a 3 salários mínimos 352 632
3 a 5 salários mínimos 465 585
5 a 10 salários mínimos 361 471
10 a 20 salários mínimos 221 140
De mais de 20 salários mínimos 85 54
Sem rendimento 52 158
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2022.

A renda média domiciliar per capita em 1991 foi de R$ 170,49 – 53,2% menor do que
no ano 2000, que alcançou os R$365,07. No ano de 2010 a renda média chegou a R$ 542,28.

8.3.2.2 Contingente de trabalhadores na implantação


São previstos, para a implantação do empreendimento, um pico de 100
funcionários/mês. A fim de facilitar a implantação do empreendimento, diminuindo os
impactos referentes a transporte e moradia, será priorizado a contratação de mão de obra
local.

8.3.3 Caracterização do território (ADA e AID)

O território que circunscreve a ADA é constituído pela mesma propriedade fundiária


de onde será instalada a CGH Guarani – cujo número do registro de matrícula é 6750 – a
propriedade pode ser identificada na figura 160.

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Figura 160 - Propriedades fundiárias na ADA da CGH Guarani.

A ADA é composta por áreas antrópicas agrícolas e áreas de vegetação natural, sendo
responsáveis por apresentar pastagem e campo direcionados a pecuária e alguns refúgios
ecológicos – grande parte da vegetação que se pode identificar na área está associada a
presença do trecho de drenagem e a obrigatoriedade da existência das Áreas de Proteção
Ambiental (APP).

Nas áreas antrópicas agrícolas, ainda são encontradas agriculturas anuais, ou seja,
culturas de ciclo curto que se desenvolvem em parte do ano e, após a colheita, o solo
permanece em pousio até que as condições climáticas favoráveis se estabeleçam – podem
ser citadas como exemplo para agriculturas do tipo anual a soja, milho, feijão, algodão e trigo
(PEDROSA, 2014).

São notados ainda plantios florestais, associados a silvicultura de Pinus e Eucalyptus e


algumas porções com espécies nativas – como a Araucária. As áreas de floresta nativa –

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apresentadas com as cores verde escuro na figura 161 – e são registradas em grande parte
nas margens do recurso hídrico.
Figura 161 - Uso e Ocupação do solo na ADA da CGH Guarani.

Dentro da área diretamente afetada – que possuí uma área total de 2,15 km² - 49,3%
da área é comporta por pastagem e campo; 34,5% é de floresta nativa; 12,9% é agricultura
anual e 3,3% correspondem a corpos hídricos.

Em relação ao município que abrange a área de influência direta (AID), a maior parte
do município de Três Barras do Paraná é composta por zonas de influências antrópicas,
modificadas para serem campos e pastagens voltadas para a pecuária – o município tem uma
área de 509,912 km², destes 37,81% são ocupados por pastagem e campo e 28,27% por áreas
de floresta nativa. A tabela 147 irá apresentar uma análise do uso e ocupação do município
em relação a porcentagem ocupada por cada um deles.

2
Base de dados do Instituto Água e Terra para o ano de 2021.

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Tabela 147 - Uso e Ocupação do Solo no município de Três Barras do Paraná-PR3

TIPO DO USO ÁREA (km²) %


Agricultura Anual 120,31 23,59
Agricultura Perene 0,04 0,01
Área Construída 1,29 0,25
Área Urbanizada 2,76 0,54
Corpos d’Água 38,36 7,52
Floresta Nativa 144,13 28,27
Pastagem/Campo 192,81 37,81
Plantios Florestais 10,09 1,98
Solo Exposto/Mineração 0,07 0,02
Várzea 0,01 0,0
Total 509,91 100
FONTE: IAT, 2020.

Cabe destacar que, a unidade de conservação estadual “Parque Estadual Rio Guarani”
está inserida no município, responsável por uma área de mais de 22 km² de floresta nativa.

Figura 162 - Uso e Ocupação do Solo na AID da CGH Guarani.

3
Cálculo de área realizado na projeção SIRGAS 2000 22S.

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8.3.4 Interferência na infraestrutura existente

A usina se encontra em uma área onde não há infraestrutura estabelecida, sendo o


acesso realizado por caminhos internos às propriedades. A Rodovia mais próxima do
empreendimento é a PR-484 – a um raio de 2,3 km da casa de força do empreendimento.

Para a realização das obras e acesso a CGH Guarani será necessário a construção de
vias de circulação e, embora haja uma estrutura viária em terra interligando os locais com
estruturas civis próximas, as mesmas deverão ser ampliadas e recuperadas – sendo previstas
pequenas intervenções nos acessos já existentes para facilitar o fluxo.

O acesso à tomada d’água de alta pressão e casa de forço se dará por estrada já
existente, que necessitará de recuperação e de uma complementação, principalmente para
se aumentar a largura. Já o acesso para o fosso de captação e canal de adução também por
estrada de terra já existente, devendo ser complementada em aproximadamente 1,50 km.

Não há na proximidade da usina estradas ferroviárias, sendo a mais próxima em um raio


de 68 km – nas proximidades da divisa do município de Ibema e de Campo Bonito.

De acordo o mapa de compartilhamento de estruturas do estado do Paraná da Copel,


a ADA possuí poste de iluminação, sendo que a localização destes correspondem a extensão
das vias de circulação existentes. Também não existem redes de transmissão que passem na
propriedade ou próximo a área de instalação. A energia elétrica para a construção das obras
será obtida através de geradores portáteis movidos a óleo diesel.

Áreas de lazer também não são identificáveis nas proximidades do empreendimento.

8.3.5 Trabalho (AID)

O painel de informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CEGED)


disponibiliza mensalmente dados referentes as admissões e desligamentos de empregos
formais no Brasil por grandes grupos de atividade econômica. De acordo o CAGED do mês de
março de 2022 aponta que houveram 100 admissões e 87 desligamentos no município de
Três Barras do Paraná. A tabela 148 apresenta os saldos de admitidos e desligados no
município por grupo de atividade econômica para o mês de março.

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Tabela 148 - Dados de Admitidos e Desligados no município de Três Barras
do Paraná – PR em março de 2022.
Grande Grupamento Admitidos Desligados Saldo
Agropecuária 10 16 -6
Comércio 21 33 -12
Construção 22 1 21
Indústria 39 27 12
Serviços 8 10 -2
Total 100 87 13
Fonte: CAGED, 2022.

No mesmo mês do ano anterior (2021), as taxas de admissões foram inferiores em


relação aos dados de 2022 – totalizando 76 admissões. Os desligamentos também foram
superiores – 57 desligamentos.

Tabela 149 - Dados de admitidos e desligados no município de Três


Barras do Paraná – PR em março de 2021.
Grande Grupamento Admitidos Desligados Saldo
Agropecuária 4 6 -2
Comércio 9 21 -12
Construção 25 6 19
Indústria 29 14 15
Serviços 9 10 -1
Total 76 57 19
Fonte: CAGED, 2021.

Em relações anuais, o ano de 2020 teve 538 admissões e 468 desligamentos, sendo a
maioria deles no setor de indústria (38,8%). No ano de 2021 as admissões foram de 822 e os
desligamentos de 696 – sendo a maioria novamente no setor industrial (32,1%) que,
entretanto, também foi o setor que mais empregou no mesmo ano (256 admissões)
mantendo o saldo positivo em 22. A tabela 150 apresenta os dados no ano de 2020 e a tabela
151 no ano de 2021.

Tabela 150 - Dados de admitidos e desligados no município de Três Barras do Paraná-PR em 2020.

Grande Grupamento Admitidos Desligados Saldo


Agropecuária 20 13 7
Comércio 160 149 11
Construção 44 34 10
Indústria 212 182 30
Serviços 102 90 12
Total 538 468 70
Fonte: CAGED, 2020.

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Tabela 151 - Dados de admitidos e desligados no município de Três Barras do Paraná - PR em 2021.

Grande Grupamento Admitidos Desligados Saldo


Agropecuária 67 50 17
Comércio 238 212 26
Construção 123 94 29
Indústria 256 224 32
Serviços 138 116 22
Total 822 696 126
Fonte: CAGED, 2021.

O IPARDES apresenta, da mesma maneira, dados referentes a admissões e desligados


(empregos formais) e divididos por gênero e setor. O gráfico 61 abaixo apresenta a variação
dos admitidos e desligados desde 1996 até 2019 na cidade de Três Barras do Paraná –
demonstrando que em poucos anos o número de desligados foi superior aos admitidos –
como em 2014.

Gráfico 61 - Saldo de admitidos e desligados de 1996 a 2019.


600

500

400

300

200

100

Admitidos Desligados

Fonte: BDEweb, IPARDES, 2022.

Em relação ao gênero, do ano de 1996 a 2019, a maior parte dos admitidos são do
sexo masculino, representando 66,4% dos admitidos; e também são os mais desligados –
66,9%. Os dados podem ser analisados de maneira mais completa na tabela 152.

Tabela 152 - Valores admitidos e desligados entre 1996 e 2019 por gênero – município de
Três Barras do Paraná/PR.
FEMININO MASCULINO
ANO
ADMITIDOS DESLIGADOS ADMITIDOS DESLIGADOS
1996 13 5 34 27

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FEMININO MASCULINO
ANO
ADMITIDOS DESLIGADOS ADMITIDOS DESLIGADOS
1997 17 7 37 31
1998 9 14 36 42
1999 28 15 69 41
2000 43 22 84 65
2001 44 32 105 112
2002 23 14 75 54
2003 55 43 102 83
2004 65 43 97 78
2005 35 50 69 90
2006 83 43 136 98
2007 59 61 288 226
2008 145 70 314 221
2009 143 114 344 269
2010 147 114 399 350
2011 150 150 317 299
2012 137 154 246 249
2013 195 148 258 253
2014 168 180 312 318
2015 160 157 320 264
2016 168 145 289 271
2017 196 173 286 260
2018 159 131 252 203
2019 179 175 332 276
Fonte: BDEweb, IPARDES, 2022.

Conforme os dados apresentados pelo IPARDES e pelo CAGED, ao se analisar a


diferença entre os admitidos e desligados, o saldo em grande maioria é positivo, indicando
que o índice de desemprego no município não é tão elevado. Fator que pode ser reforçado
com os dados do DATASUS, que indica que, para o ano 2000 o índice era de 7,51 – já em 2010
o mesmo era de 2,93.

8.3.6 Produto e renda

A presente análise, como as demais realizadas no tópico em discussão, usa como


recorte de estudo o município que compõe a AII da CGH Guarani – Três Barras do Paraná. Os
dados a serem examinados são do banco de dados do IBGE e do IPARDES e são compostos de
informações acerca do Produto Interno Bruto (PIB) do município – absolutos e relativos –

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entre os anos de 2002 a 2019; além do levantamento de números de trabalhadores por setor
e relevância dos setores para a economia local.

Três Barras do Paraná é um município que se integrou na expansão da agricultura


moderna da década de 70 – assim como grande parte dos municípios da região oeste do
Estado – foi marcado pela introdução de tecnologias de cultivo, substituição de culturas
alimentares por produção de commodities e alteração nas relações de trabalho (PLANO
DIRETOR DO MUNICÍPIO, 2008). O processo de urbanização da região foi acompanhado
dessas alterações agrícolas e, na década de 80, pela influência da construção da Usina
Hidrelétrica de Itaipu – caracterizando-se como uma região de intensa atração migratória e
mobilidade espacial da população.

O Produto Interno Bruto (PIB) de um município é o principal indicador de atividade


econômica. Três Barras do Paraná, na distribuição do PIB por ramo de atividade demonstra
um perfil econômico semelhante com o da região, concentrando sua maior funcionalidade no
setor da agropecuária – sendo está ainda responsável por fomentar os demais setores, como
a indústria, serviços e transporte.

Para o ano de 2019, o PIB per capita do município alcançou o valor de R$ 27.064,98 –
sendo que em valores absolutos esse valor alcança R$ 325.862. O setor de indústria foi
responsável por 35% do PIB de Três Barras do Paraná, seguido pelo setor de serviços com
27,1%, os serviços públicos com 19%, indústrias com 12,9% e 6% dos impostos sobre
produtos. O gráfico 62 apresenta uma evolução do PIB do município do ano 2002 até o ano
de 2019.

O gráfico 63 apresenta a evolução da composição do PIB do ano 2002, 2006,


2011,2016 e 2019 em porcentagem de participação – ele nos mostra que a agropecuária tem
sido a maior participação desde 2002 e, embora tenha diminuído, permanece como maior
valor. Por outro lado, valores como a arrecadação de impostos aumentaram de 2002 para o
ano de 2019. Já o setor de serviços, serviços públicos e indústria tem oscilado através dos
anos, mostrando que ganharam expressividade dentro da economia do município mais que
concorrem diretamente com outros setores.

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Gráfico 63 - Evolução do PIB per capita para o município de Três Barras do Paraná - PR
30.000,00

25.000,00

20.000,00

15.000,00

10.000,00

5.000,00

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

FONTE: IBGE, 2022.

Gráfico 62 - Composição e porcentagem de participação do PIB per capita de Três Barras do Paraná – PR.

100%
5% 6% 5% 5% 7%
90%
22% 20% 17% 19% 19%
80%

70%
25% 26%
60% 25% 28% 27%

50%
7% 15% 9%
40% 8% 12%

30%

20% 41% 38% 38% 41%


35%
10%

0%
2002 2006 2011 2016 2019

Agropecuária Indústria Serviços Serviços Públicos Impostos

A fim de realizar uma comparação e compreender as características econômicas


preponderantes no município de Três Barras do Paraná, o gráfico 21 destaca a composição
do PIB per capita para o ano de 2019 de três municípios próximos: Catanduvas, Cascavel e
Santa Tereza do Oeste – cabe ressaltar que tanto Catanduvas quanto Santa Tereza do Oeste
possuem características demográficas semelhantes à de Três Barras, tendo como população
prevista para 2021 pelo IBGE 10.144 pessoas e 10.055 pessoas, respectivamente. Já o

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município de Cascavel, que faz divisa territorial com Três Barras do Paraná possuí uma
população de 336.073.

O PIB per capita de Catanduvas em 2019 foi de R$ 23.842,55; o de Santa Tereza do


Oeste de R$ 37.355,25 e o de Cascavel R$ 38.368,71 - sendo representado sua composição
no gráfico abaixo.

Gráfico 64 - Comparação do PIB de Três Barras do Paraná com munícipios da região - PIB per capita de 2019

100%
12% 6% 12% 7%
90%
12% 20% 19%
80% 14%
70%
60% 31% 27%
34%
50% 57%
40% 5% 12%
30% 21%
20% 38% 35%
10% 14% 19%
0% 5%
Cascavel Catanduvas Santa Tereza do Três Barras do
Oeste Paraná

Agropecuária Indústria Serviços Serviços Públicos Impostos

FONTE: IBGE, 2022.

Através do gráfico, podemos reconhecer que o município de Cascavel e Santa Tereza


do Oeste não apresentam a agricultura como elemento principal para o PIB. Cascavel é a
maior cidade e polo regional, destacando seu caráter de ofertas de serviços e demandas para
suprir a necessidade regional – como serviços de educação, saúde e transporte. Em relação a
Santa Tereza do Oeste, sua representatividade encontra-se também no setor de serviços, mas
mais relevante, é a cidade com maior representatividade industrial das analisadas – com
quase 21% do seu PIB vindo da atividade. Nos setores de serviços públicos e impostos, os
municípios possuem características semelhantes.

A representatividade da Agropecuária no PIB per capita de Três Barras do Paraná é


desempenhada pelos 1.167 (2017) estabelecimentos que desempenham funcionalidades na
Agricultura, Silvicultura, Criação de Animais, Extração Vegetal e Pesca – que em conjunto
possuem uma área de 39.675 hectares. O valor encontrado no ano de 2017 é inferior aos

www.forteamb.com 490
valores de 2006 onde, haviam 1.491 estabelecimentos agropecuários que, juntos, agregavam
40.172 hectares de produção.

Os estabelecimentos agropecuários se dividem em área de atuação, sendo eles:


lavoura temporária, horticultura e floricultura; lavoura permanente; produção de sementes e
mudas; pecuária e criação de outros animais; produção florestal de florestas plantadas;
produção florestal de florestas nativas e aquicultura. A tabela 153 apresenta os valores de
estabelecimentos por tipo de atuação no município.

Tabela 153 - Estabelecimentos Agropecuários por tipo em Três Barras do Paraná - PR.

Estabelecimentos Agropecuários 2006 2017


Lavoura Temporária 703 455
Horticultura e Floricultura 16 9
Lavoura Permanente - 3
Sementes e Mudas 1 -
Pecuária e Criação de Outros Animais 763 677
Produção Florestal – Florestas Plantadas 5 16
Produção Florestal – Florestas Nativas 2 -
Aquicultura 1 7
Total 1491 1167
FONTE: BDEweb,IPARDES, 2022.

Três Barras do Paraná faz parte da Região Geográfica Imediata de Cascavel – que é
composta por 23 municípios -, dentro deste contexto, ao analisar os valores dos
estabelecimentos agropecuários na região, conseguimos concluir que, em 2017, Três Barras
abrigava quase 5% dos estabelecimentos da lavoura temporária; 8% da pecuária e criação de
outros animais e quase 4% dos demais.

Dos estabelecimentos do município, em 84% o produtor é também o proprietário,


10% são comodato, 3% são arrendatários, 2% são assentados sem titulação e 1% são parceiros
(IPARDES, 2017). A tabela 154 indica os produtos e a quantidade produzida em toneladas e o
rendimento médio que fazem parte da produção agrícola de Três Barras do Paraná.

Tabela 154 - Produção agrícola no município de Três Barras do Paraná - PR.

Área Colhida Quantidade Rendimento médio


Produto
(ha) Produzida (t) (kg/ha)
Alho 1 4 4.000
Amendoim 5 10 2.000
Banana 10 190 19.000

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Área Colhida Quantidade Rendimento médio
Produto
(ha) Produzida (t) (kg/ha)
Batata-doce 8 172 21.500
Cana-de-açúcar 10 515 51.500
Erva-Mate (folha 1 4 4.000
verde)
Feijão (grão) 1.400 2.820 2.014
Fumo (folha) 300 690 2.300
Laranja 20 310 15.500
Mandioca 10 220 22.000
Melancia 20 320 16.000
Melão 4 36 9.000
Milho (em grão) 5.300 32.960 6.219
Soja (grão) 15.600 69.654 4.465
Tangerina 10 195 19.500
Trigo 5.700 17.385 3.050
Uva 10 75 7.500
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2020.

Os dados apresentados são relativos à produção do ano 2020, como exemplificado


pela tabela a maior parte da produção no município é a de soja em grão – representando 55%
das toneladas de produtos cultivados no município; seguida pelo milho (26,2%) e o trigo
(14%). No ano de 2013, a soja foi responsável por 49% da produção do município (56.300
toneladas), seguida pelo milho com 37% (42.850 toneladas) – mostrando que, mesmo com a
diminuição dos estabelecimentos agrícolas, a produção de soja aumentou sua proporção
dentro do empreendimento e, entre os anos 2013 a 2020 o milho teve redução. Alguns
produtos como arroz, aveia, maça, manga, maracujá, pêssego, tomate aparecem
esporadicamente nos dados de produção do município – sendo cultivados em alguns anos
alternados, mas em quantidade pequena.

Na produção da aquicultura, são encontrados cultivos de espécie de: carpa, pacu e


patinga e tilápia – existe uma outra fração de peixes não especificados, mas não chega a ser
uma produção muito expressiva. Em relação a quantidade produzida, a tilápia é o peixe com
maior quantidade – cerca de 985.000 kg em 2020, um aumento de 17% em relação a
produção de 2015. 8.300 quilogramas de Carpa e 4.800 quilos de Pacu e Patinga foram
produzidas em 2020 – um aumento de 33% e 2%, respectivamente, em relação a 2015.

Para produtos de origem animal, o município desenvolve produção de Casulos do


Bicho de Seda (kg); Lã (kg); Leite (mil l); Mel de Abelha (kg); Ovos de codorna (mil dz) e Ovos

www.forteamb.com 492
de Galinha (mil dz). Em comparação do ano de 2020 para o ano de 2015, a produção de
origem animal no município teve redução em todos os produtos, tendo apenas o mel de
abelha aumentado – os valores podem ser comparados na tabela 155.

Tabela 155 - Produção de Origem Animal no município de Três Barras do Pinhais – PR.

Produção de Origem Animal 2015 2020


Casulos do Bicho-da-Seda (kg) - 7.874
Lã (kg) 900 355
Leite (mil l) 42.900 25.400
Mel de Abelha (kg) 7.000 13.500
Ovos de Codorna (mil dz) 10 1
Ovos de Galinha (mil dz) 600 155
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2015 e 2020.

Na silvicultura, a produção no município se concentra em lenha (9.200 m³), madeira


em tora (32.200 m³), papel e celulose (2.200 m³) e madeira para outras finalidades (30.000
m³) no ano de 2020.

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Previdência


aponta o rendimento médio anual por atividade econômica do município de Três Barras do
Paraná – PR – de acordo a tabela 156, onde se é possível comparar os valores da média salarial
de 2014 para 2020 por setor da economia no município de Três Barras do Paraná.

Tabela 156 - Rendimento médio por setor em Três Barras do Paraná-PR em 2014 e 2020 (Empregos Formais).

Rendimento Médio (RAIS) 2014 (R$) 2020 (R$) Taxa %


Indústrias (R$ 1,00) 1.385,55 1.866,53 34,7
Extrativa Mineral (R$1,00) 1.705,00 2.447,64 43,5
Indústria de Transformação (R$ 1,00) 1.383,68 1.862,70 34,6
Construção Civil (R$ 1,00) 1.105,82 2.229,24 101,5
Comércio (R$1,00) 1.146,78 1.664,46 45,1
Serviços (R$ 1,00) 1.704,82 2.277,18 33,5
Agropecuária, Extrativa Vegetal, Caça e Pesca (R$ 1,00) 1.958,57 2.971,86 51,7
Administração Pública (R$ 1,00) 1.343,28 1.761,98 31,1
Total (R$ 1,00) 1.466,68 2.143,94 46,1
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2020.

Em quatro anos, o rendimento médio dos trabalhares ligados a construção civil e a


agropecuária apresentaram crescimento na ordem de 101,5% e 51,7%, respectivamente,
sendo os setores da economia que mais aumentaram seu rendimento. O rendimento médio

www.forteamb.com 493
pode ser entendido como a massa salarial dividida pelo número de empregos. No geral, o
rendimento médio em Três Barras do Paraná passou de R$ 1.466,68 em 2014 para R$
2.143,94 em 2020 – um aumento de 46,1%.

A tabela 157 apresenta os percentuais de crescimento dos postos de trabalho em


relação as faixas de remuneração – ou seja, número total de empregos formais do município
e a faixa salarial de cada um. Em todas as faixas de remuneração observa-se um crescimento
percentual, é apenas percebido que a faixa salarial superior a 20,0 salários mínimos
apresentou decréscimo.

Tabela 157 - Número total de empregos (postos de trabalho) por faixa de remuneração em Três Barras do
Paraná – PR de 2012 a 2020.

Faixa de Remuneração Média (RAIS) 2012 2020 Taxa %


Até 0,5 Salário Mínimo 5 9 80
De 0,51 a 1,00 Salário Mínimo 106 119 12,2
De 1,01 a 1,50 Salários Mínimos 488 559 14,5
De 1,51 a 2,00 Salários Mínimos 311 409 31,5
De 2,01 a 3,00 Salários Mínimos 252 370 46,8
De 3,01 a 4,00 Salários Mínimos 82 94 14,6
De 4,01 a 5,00 Salários Mínimos 33 45 36,3
De 5,01 a 7,00 Salários Mínimos 29 39 34,4
De 7,01 a 10,00 Salários Mínimos 12 15 25
De 10,01 a 15,00 Salários Mínimos 6 6 0
De 15,01 a 20,00 Salários Mínimos - 5 400
Superior a 20,00 Salários Mínimos 4 - -100
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2020.

Os postos de trabalhos ocupados por escolaridade revelam em alguma medida o nível


de capacitação dos trabalhadores do município de Três Barras do Paraná. Observa-se que
houve uma redução na contratação de trabalhadores na maior parte das escolaridades, sendo
apenas a partir do Ensino Médio Completo o aumento de contratação observado – isto
demonstra uma maior qualificação da mão de obra no município e, por outro lado, a talvez
precarização e informalidades dos serviços prestados por trabalhadores com menor
escolaridade.

www.forteamb.com 494
Tabela 158 - Postos de trabalho ocupados em Três Barras do Paraná (PR) por escolaridade de 2015 e 2020.

Empregos (RAIS) 2015 2020 %


Analfabetos 3 2 -33,3
Ensino Fundamental Incompleto 201 159 -20,8
Ensino Fundamental Completo 166 153 -7,8
Ensino Médio Incompleto 140 128 -8,5
Ensino Médio Completo 729 929 27,4
Ensino Superior Incompleto 37 44 18,9
Ensino Superior Completo 269 295 9,6
Mestrado e/ou Doutorado 1 2 100
FONTE: BDEweb, IPARDES, 2020.

A distribuição dos trabalhadores por setor da economia já foi discutida no tópico


8.3.2.1 deste mesmo capítulo, podendo ser concluído que mais de 50% dos empregos formais
do município estão concentrados no setor da agricultura.

8.3.7 Turismo (ADA e AID)

O estado do Paraná possuí uma divisão em 15 regiões turísticas – a cidade de Três


Barras do Paraná faz parte da região riquezas do oeste. Embora a cidade pertença a essa
região, ela não se inclui como polo das atividades turísticas.

Três Barras encontra-se próximo de áreas de grande atrativo turístico - como a cidade
de Foz do Iguaçu. Entretanto, a cidade em si tem um perfil de agroindústria, limitando o
desenvolvimento desta atividade. Porém o município oferece opções de atividades de turismo
ecológico e rural – como caminhadas, trilhas, pesca esportiva entre outros. Os pontos
estratégicos para o turismo do município levantados pelo Plano Diretor foram: o Parque
Estadual do Rio Guarani (figura 163), Praia Artificial de Barra Bonita, Praia Artificial do Dionísio
e Lago da Usina Salto Caxias (PLANO DIRETOR DE TRÊS BARRAS DO PARANÁ, 2008). A figura
164 apresenta os equipamentos de apoio as atividades turísticas da cidade.

www.forteamb.com 495
Figura 163 - Parque Estadual do Rio Guarani.

FONTE: Google Earth, 2020.

Figura 164 - Equipamentos de apoio turístico em Três Barras do Iguaçu - PR.

www.forteamb.com 496
As figuras 165 e 166 apresentam o mapa com a localização das Unidades de
Conservação na AID da CGH Guarani – principalmente o Parque Estadual do Rio Guarani, que
faz parte do Plano Diretor de Três Barras do Iguaçu como ponto estratégico turístico e sua
área de amortecimento abrange o empreendimento – e o mapa com a Reserva Particular do
Patrimônio Natural Iguaçu I, cuja abrangência não compõe a AID.

Figura 165 - Unidades de Conservação na AID da CGH Guarani.

www.forteamb.com 497
Figura 166 - RPPN próxima a AID da CGH Guarani.

8.3.8 Finanças Públicas

8.3.8.1 Participação dos municípios na economia regional


Para compreender a participação do município na economia regional, se analisa o
Índice de Participação dos Município (IPM) no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) – ou seja, o percentual de participação do município no ICMS do estado.

O Índice de IPM é definido através dos dados referentes ao índice do valor adicionado
fiscal, índice da produção agropecuária, índice de população rural, índice de propriedades
rurais, índice de fator área, índice de fator ambiental e índice de fator igualitário.

O IPM do ICMS é obtido junto à Secretaria da Fazenda do estado. A seguir estão


relacionados os IPM’s de 2000, 2010 e 2020 da AII do empreendimento – município de Três
Barras do Paraná.

www.forteamb.com 498
Tabela 159 - IPM do ICMS da AII do empreendimento em 2000, 2010 e 2020.

Município IPM 2000 IPM 2010 IPM 2020


Três Barras do Paraná 0,00134628445150 0,00201312628848 0,00206503669989
FONTE: Secretaria da Fazenda, 2022.

Os dados do IPM nos apresentam que, na cidade de Três Barras do Paraná, do ano
2000 para 2010 houve um aumento na participação do município no ICMS do estado – de
2010 para 2020 ocorreu um pequeno aumento nesta relação.

8.3.8.2 Receitas
As receitas municipais são as receitas orçamentárias recolhidas aos cofres públicos por
força de arrecadação, recolhimento e recebimento. Englobam as receitas correntes e as
receitas de capital, menos as deduções (FUNDEB, Transferências Constitucionais e Outras
Deduções da Receita). De forma resumida, são impostos e taxas arrecadados pela prefeitura.
Além dessas, têm-se as receitas provenientes de transferências por outras esferas. A tabela
160 apresenta os valores de arrecadação por meio tributário (correntes) e por capital -
provenientes da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas para o
município de Três Barras dos Paraná (PR) no ano de 2015 e no ano de 2020.

Tabela 160 - Receitas municipais segundo as categorias – Município Três Barras do Paraná (PR).

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Receitas correntes 33.806.561,92 R$ 46.901.672,40
Receitas de capital 2.312.952,87 R$ 4.638.444,94
TOTAL 36.119.514,79 R$ 51.540.117,34
FONTE: IPARDES, 2022.

Os valores apresentados nos demonstram que, em 2015 a arrecadação municipal de


Três Barras do Paraná era quase 42% inferior ao valor de 2020. A tabela 161 irá apresentar os
dados referentes as receitas correntes municipais por categorias para o município de Três
Barras do Paraná – para o ano de 2015 e 2020. E a tabela 162 pelas receitas de capital do
mesmo município e anos.

Através destas informações, é possível identificar quais foram as categorias que


obtiveram maior aumento nas receitas – pode-se notar por exemplo que, de 2015 para 2020,

www.forteamb.com 499
nas receitas correntes, a receita patrimonial e as outras receitas correntes foram as únicas
que tiveram diminuição em arrecadação. Já nas receitas de capital a de Alienação de bens foi
a única que observou redução.

Tabela 161 - Receitas correntes municipais segundo as categorias de Três Barras do Paraná (PR) – 2020.

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Receita de contribuições R$ 323.273,34 R$ 618.733,85
Receita de serviços R$ 622.233,51 R$ 966.037,48
Receita industrial R$ 2.800,20 R$ 46.185,63
Receita patrimonial R$ 209.232,33 R$43.707,98
Receita tributária R$1.527.284,53 R$ 2.759.238,85
Receita de transferências correntes R$ 30.884.401,67 R$ 42.431.061,09
Outras receitas correntes R$ 237.336,34 R$ 36.707,52
TOTAL R$ 33.806.561,92 R$ 46.901.672,40
FONTE: Caderno Estatístico de Três Barras do Paraná, IPARDES, 2022.

Tabela 162 - Receitas de capital municipais segundo as categorias de Três Barras do Paraná (PR) – 2020.

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Alienação de bens R$ 35.400,00 R$ 26.400,00
Operações de crédito – Total R$ 429.600,04 R$ 2.529.313,16
Transferências de capital R$ 1.847.952,83 R$ 2.082.731,78
TOTAL R$ 2.312.952,87 R$ 4.638.444,94
FONTE: Caderno Estatístico de Três Barras do Paraná, IPARDES, 2022.

As tabelas 163 e 164 explanam os dados das transferências correntes e de capital


segundo suas origens para o município de Três Barras do Paraná (PR).

Tabela 163 - Transferências Correntes Municipais segundo a origem das transferências.

Origem das Transferências Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Da união R$ 11.044.993,81 R$ 18.245.490,07
Do estado R$ 15.096.597,55 R$ 18.315.045,71
Dos municípios - R$ 268.730,48
Outras (1) R$ 4.742.810,31 R$ 5.601.794,83
TOTAL R$ 30.884.401,67 R$ 42.431.061,09
FONTE:IPARDES, 2022.

Tabela 164 – Transferências de Capital Municipais segundo a origem das transferências.

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Da união - R$ 1.599.131,78
Do estado R$ 303.650,38 R$ 483.600,00
Outras R$ 1.544.302,45 -

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Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020
TOTAL R$ 1.847.302,45 R$ 2.082.731,78
FONTE:IPARDES, 2022.

Tabela 165 - Receitas Tributárias Municipais segundo as categorias de Três Barras do Paraná (PR).

Categorias Valor (R$1,00) Valor (R$1,00)


Impostos – Total R$ 1.399.598,85 R$ 2.640.619,62
Imposto predial e territorial urbano (IPTU) R$ 166.464,05 R$ 348.914,00
Imposto sobre a renda e proventos de qualquer R$ 630.381.68 R$ 1.209.586,61
natureza (IR)
Imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) R$ 213.577,40 R$ 457,507.67
Impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) R$ 389.175,72 R$ 624.611,34
Taxas – Total R$ 127.685,68 R$ 118.619,23
Pelo exercício do poder de polícia R$ 113.257,34 R$ 113.051,48
Pela prestação de serviços R$ 14.428,34 R$ 5.567,75
TOTAL R$ 1.527.284,53 R$ 2.759.238,85
FONTE:IPARDES, 2022.

O gráfico 65 facilita a visualização do aumento por categoria da arrecadação do


município, demonstrando que todas obtiveram aumento de 2015 à 2020, principalmente o
de Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), cujo valor de arrecadação
quase dobrou.

Gráfico 65- Receitas tributárias municipais de Três Barras do Paraná (PR) - por categoria.

1.400.000,00

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00
IPTU IR ITBI ISSQN

2015 2020

www.forteamb.com 501
8.3.8.3 ICMS ecológico
Três Barras do Paraná possuí arrecadação de R$ 937.011,55 em relação a ICMS
Ecológico – Fator Ambiental – Unidades de Conservação.

8.3.8.4 Despesas
As despesas municipais são despesas com honorários, encargos sociais, investimentos,
amortização de dívidas e outras despesas correntes. Segundo a tabela 166, o município de
Três Barras do Paraná teve um aumento de 49,9% dos gastos em relação ao ano de 2020.

Tabela 166 - Despesas municipais segundo as categorias – Três Barras do Iguaçu (PR).

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Despesas correntes R$ 30.898.973,34 R$ 43.097.969,19
Despesas de capital R$ 3.648.885,77 R$ 8.705.230,34
TOTAL R$ 34.547.859,11 R$ 51.803.199,53
FONTE: IPARDES, 2022.

Na tabela 167, estas despesas podem ser analisadas de maneira mais detalhada, sendo
possível compreender cada ponto e valores a serem diminuídos ou aumentados. As despesas
com pessoal e encargos social teve um aumento de 47,7% em relação ao ano de 2015, assim
como outras despesas, que aumentaram 33,5% - apenas as despesas com juros e encargos
diminuiu: 60,6% de redução. As despesas de capital municipal no setor de investimentos
aumentaram mais de 200%, porém houve redução de 15,9% na amortização da dívida.

Tabela 167 - Despesas Correntes Municipais segundo categorias – Três Barras do Paraná (PR).

Categorias Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Despesas Correntes Municipais - TOTAL R$ 30.898.973,34 R$ 43.097.969,19
Pessoal e encargos sociais R$ 16.776.512,49 24.781.528,46
Juros e encargos da dívida R$ 578.576,26 227.653,00
Outras despesas correntes R$ 13.543.884,59 18.088.787,73
Despesas de Capital Municipais – TOTAL R$ 3.648.885,77 R$ 8.705.230,34
Investimentos R$ 2.522.934,29 R$ 7.758.841,02
Amortização da Dívida R$ 1.125.951,48 R$ 946.389,32
FONTE: IPARDES, 2022.

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As despesas são mais discriminadas na tabela 168, onde apresentam as despesas
municipais por função.

Tabela 168 - Despesas Municipais por função – Três Barras do Paraná (PR).

Função 4 Valor (R$1,00) - 2015 Valor (R$1,00) - 2020


Legislativa - 1.543.105,71
Administração R$ 4.063.325,23 R$ 5.341.309,95
Assistência Social R$ 1.628.487,57 R$ 2.986.599,00
Urbanismo R$ 3.314.940,62 R$ 6.677.809,51
Gestão Ambiental R$ 111.205,94 R$ 195.447,85
Agricultura R$ 1.041.102,37 R$ 1.523.405,24
Indústria R$ 3.077,96 R$ 952,74
Comércio e serviços R$ 62.197,15 R$ 71.772,94
Saúde R$ 9.125.836,55 R$ 13.498.118,91
Educação R$ 9.389.293,19 R$ 9.819.202,84
Cultura R$ 81.622,73 R$ 14.010,65
Transporte R$ 3.165.804,73 R$ 7.640.981,88
Desporto e Lazer R$ 453.500,34 R$ 700.144,37
Encargos especiais R$ 2.101.464,73 R$ 1.790.337,94
Total Geral R$ 34.547.85911 R$ 51.803.199,53
FONTE: STN/SICONFI, 2020

8.3.9 Investimento e fontes de recursos do empreendimento

Usando como referência as planilhas do Orçamento Padrão ELETROBRÁS – OPE e


analisando as estimativas de custos de materiais e quantidade, o valor encontrado de
investimento aproximado é de R$25.196.531. Os investimentos serão realizados parte através
de banco fomentador e porcentagem de investimento particular.

8.3.10 Organização e ações da sociedade civil

No que diz respeito acerca de conflitos potenciais e existentes em decorrência da


implantação da CGH Guarani, pelo fato de toda a área contida na ADA pertence ao dono do

4
As despesas por função, correspondem ao nível máximo de agregação das ações desenvolvidas na
esfera municipal, para a consecução dos objetivos de governo.

www.forteamb.com 503
empreendimento bem como ser uma área de vazio demográfico, não existem conflitos na
ADA do empreendimento – cabe ainda destacar que, conforme base de dados do IAT, não há
proximidade com comunidades quilombolas, assentamentos ou demarcações de terras
indígenas, evitando assim qualquer tipo de conflito com estes.

8.3.11 Fatores culturais históricos e contemporâneos (ADA)

Os fatores a serem abordados no presente item não se aplicam a ADA da CGH Guarani.

8.3.12 Patrimônio arqueológico

As investigações realizadas em campo no mês de abril – bem como os levantamentos


realizados de maneira remota com base de dados do órgão competente e a validação dos
mesmos através de imagens de satélite – cujo resultado poder ser analisado no mapa 167 –
não apontaram na ADA do empreendimento a existência de patrimônio arqueológico. A
comprovação dos mesmos e deu através e Parecer Técnico n°118/2022 do IPHAN-PR – os
documentos referentes a comprovação encontram-se em anexo 11.

O município de Três Barras do Paraná não apresenta em seu território qualquer área
que possa ser classificada como tal.

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Figura 167 - Sítios Arqueológicos na AID da CGH Guarani.

Sendo assim, através dos dados evidenciados na tabela e no mapa, conclui-se que não
há patrimônios arqueológicos que serão influenciados pela instalação da CGH Guarani.

8.3.13 Comunidades tradicionais

Os levantamentos realizados em campo não evidenciaram a presença, nas áreas


diretamente afetada e influência direta, de comunidades tradicionais, tais como quilombolas,
indígenas ou faxinalenses.

8.3.14 Análises – Socioeconomia

8.3.14.1 Principais características das famílias residentes na AID|ADA


Conforme já apresentado nos mapas de caracterização da Área Diretamente Afetada
(ADA), não há famílias residentes ou que serão afetadas pela construção do empreendimento,

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sendo uma área de propriedades rurais com pastagens e agricultura. Na AID do
empreendimento não existem ainda comunidades tradicionais ou indígenas e, não há ainda,
patrimônios arqueológicos, áreas de lazer ou qualquer relação que possa gerar conflitos com
a instalação do mesmo.

A maior parte da população ocupada do município, em 2020, tinha ensino médio


completo e, apenas 9,6 possuíam ensino superior completo. A maior parte da população
recebe de 2,01 a 3,00 salários mínimos – e a maioria dos empregos está concentrado no setor
da agropecuária, extrativismo vegetal, caça e pesca.

A renda mensal domiciliar da maioria das residências de Três Barras do Paraná é de 1


a 2 salários mínimos, 70,4% dos domicílios do município são próprios (2020) e 6.579 pessoas
estão ocupada – ou seja, possuem empregos, sendo eles 2.790 da área urbana e 3.789 da
área rural.

Na AID, devida as propriedades do empreendimento (inexistência de barramento,


distância do centro urbano e características do zoneamento), não irá ocorrer alterações
expressivas na percepção da população sobre o mesmo. As alterações frente a economia e
comercio estão associadas a demanda de serviços específicos, material para instalação do
empreendimento e funcionários sazonais para manutenção e operação da CGH.

8.3.14.2 Interferências na relação entre demanda e oferta nos serviços


Sobre a oferta e demanda de serviços, equipamentos públicos e infraestrutura local,
o potencial de interferência do empreendimento é mínimo – tendo em vista que as áreas
diretamente afetadas são em área rural e não comprometem a produção agrícola.

Na fase de implantação, a economia local deverá ser movimentada em relação ao


aumento do fluxo de pessoas nos municípios (trabalhadores, prestadores de serviço etc), que
irão buscar serviços, mercadorias e produtos – caracterizando-se assim, como aspecto
positivo aos municípios e munícipes de maneira geral.

8.3.15 Prognóstico – Meio Socioeconômico

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8.3.15.1 Interferência nas propriedades afetadas
Empreendimentos do tipo CGH necessitam de uma porção de terra para serem
instalados e, devido a sua extensão e necessidade de construção, instalação de canteiro de
obras, construção da casa de força, condutos forçados e canal adutor – as vezes podem
ocorrer conflitos em relação ao interesse do uso da terra em relação a concepção do
empreendimento. Cabe destacar porém, que toda a propriedade em que a CGH Guarani está
localizada já pertence a um único proprietário e possuí anuência para construção do
empreendimento.

Tabela 169 - Prognóstico da Interferência nas Propriedades Afetadas.

Item Atributos
Área de Influência AID e ADA
Fase de Ocorrência Instalação | Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediato
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.3.15.2 Risco de acidentes com os operários e a população


A realização de obras e intervenções é, em sua natureza, um atenuante em relação a
ocorrência de acidentes – assim, devem ser aplicados medidas mitigadoras para diminuir e
impossibilitar o acontecimento dos mesmos.

Por parte dos operários, serão realizados treinamentos por parte da construtora
referentes a segurança do trabalho, bem como a obrigatoriedade de utilização dos
equipamentos de proteção individual.

Em relação a população e a eventualidade de acidentes, não há circulação de pessoas


na área de instalação, sendo improvável o envolvimento da comunidade em episódios
semelhantes.

Tabela 170 - Prognóstico de Risco de Acidentes com Operários e População.

Item Atributos

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Área de Influência AID e ADA
Fase de Ocorrência Instalação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Incerta
Início Momentânea
Duração -
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação -

8.3.15.3 Interferência na malha viária local e na infraestrutura pública


A obra de implantação e a instalação da CGH Guarani não irão gerar interferências na
malha viária local e na infraestrutura pública. Os matérias e insumos necessários para a
primeira fase serão transportados pela malha viária local, porém não se prevê alterações e
impactos na mesma. Deverão ser realizadas obras de melhoria e instalação de acessos as
estruturas da CGH, porém estas interferências serão sentidas apenas em relação a
propriedade de estabelecimento.

Tabela 171 - Prognóstico da Malha Viária Local e Infraestrutura Pública.

Item Atributos
Área de Influência AID|ADA|AII
Fase de Ocorrência Instalação | Operação
Natureza Negativa
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediata
Duração Momentânea
Possibilidade de reversão Sim
Possibilidade de mitigação Sim
Possibilidade de compensação Sim

8.3.15.4 Emprego e renda


Os impactos diretos na economia devidos à construção de CGHs são, em geral,
menores. Na fase de construção, haverá oportunidade de empregos diretos – na obra – e
empregos indiretos – decorrente do aumento das atividades comerciais e de prestação de
serviços.

www.forteamb.com 508
As prefeituras municipais se beneficiarão com o aumento da arrecadação de tributos,
derivada da atividade econômica. Na fase de funcionamento da CGH, tanto empregos fixos
quanto a prestação de serviços de médio e longo prazo – assessorias técnicas, administrativas
e ambientais – permitirão formar um núcleo de desenvolvimento diferenciado e dinâmico na
região.

Espera-se aumento significativo da dinâmica, da sinergia entre as atividades e setores


econômicos dos municípios da AII, visto que na sua maioria, são economias de baixa
diversidade.

Tabela 172 - Prognóstico de Emprego e Renda.

Item Atributos
Área de Influência AII
Fase de Ocorrência Instalação | Operação
Natureza Positiva
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediata
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.3.15.5 Alteração da arrecadação de impostos


Com energia média de 1,67 MWmed, possibilita uma geração média anual esperada
de 14.629,20 MWh/ano. Adotando uma receita unitária de energia elétrica de
aproximadamente R$206,03/MWh (ANNEL, 2021), a CGH Guarani terá uma receita de
produção de energia de aproximadamente R$3.014.054,07.

Tal receita é passível de tributação direta de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de


Qualquer Natureza). O ISSQN é um imposto municipal, e a arrecadação do mesmo é
responsável por melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

Estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica indicam ainda que os IDHs dos
municípios que passaram a produzir energia por PCHs ou CGHs aumentaram em cerca de
19,9% o seu IDH. Além deste, os dados apresentados apontam que o coeficiente de
desigualdades destes municípios é 10% menor, a rena per capita 38,6% maior e os moradores

www.forteamb.com 509
dessas regiões possuem 13,6% mais emprego e renda - com um possível aumento do PIB,
tem-se um ICMS ampliado e o Índice de Participação dos Municípios (IPM) aumenta também.
Isso resulta num repasse de ICMS maior ao município da AII do empreendimento.

Já a compensação financeira prevista em lei (Lei 7.990 de 28 de dezembro de 1989)


dispõe sobre o pagamento pela exploração dos recursos hídricos na geração de energia –
entretanto, usinas hidrelétricas com potência instalada inferior a 30 MW estão isentas desta
taxa.

Tabela 173 - Prognóstico de Alteração da Arrecadação de Impostos.

Item Atributos
Área de Influência AII
Fase de Ocorrência Operação
Natureza Positiva
Probabilidade de Ocorrência Certa
Início Imediata
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.3.15.6 Alteração das atividades comerciais e de serviços


A implantação e operação da CGH não causará alterações nas atividades comerciais
da AII, porém espera-se um acréscimo na demanda por bens e serviços devido ao acréscimo
populacional.

O perfil do PIB do município também não vai ser alterado frente ao empreendimento
dada a expressiva predominância da agropecuária na economia da AII do empreendimento.

Tabela 174 - Prognóstico de Alteração de Atividades Comerciais e Serviços.

Item Atributos
Área de Influência AII
Fase de Ocorrência Instalação | Operação
Natureza Positiva
Probabilidade de Ocorrência Incerta
Início Imediata
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -

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Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.3.15.7 Interferência do empreendimento na ADA e AID de comunidades tradicionais


Na ADA e AID do empreendimento não existem comunidades tradicionais que possam
sofrer transtornos pela instalação da CGH Guarani.

8.3.15.8 Alteração do potencial turístico e lazer


A implantação do empreendimento não altera o potencial turístico e de lazer das áreas
de influência.

8.3.15.9 Interferência em sítios com valor arqueológico e paisagístico


A CGH Guarani não irá gerar qualquer tipo de interferência em sítios com valor
arqueológico e/ou paisagístico.

8.3.15.10 Produção de conhecimento científico ou cultural


A aprovação do empreendimento frente ao órgão ambiental e também a outros como
IPHAN demanda uma série de levantamentos e estudos de campo aprofundados sobre fauna,
flora, qualidade das águas, sítios arqueológicos e outros.

O atendimento a tais demandas acaba por gerar um vasto e denso conhecimento


científico e que pode vir a ser utilizado inclusive em trabalhos acadêmicos, artigos científicos
e outros.

Tabela 175 - Prognóstico de Produção de Conhecimento Científico ou Cultural.

Item Atributos
Área de Influência AII | Outros municípios
Estudos Ambientais e
Fase de Ocorrência
Acadêmicos
Natureza Positiva
Probabilidade de Ocorrência Certa

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Item Atributos
Início Imediata
Duração Permanente
Possibilidade de reversão -
Possibilidade de mitigação -
Possibilidade de compensação -

8.3.16 Medidas Mitigadoras

8.3.16.1 Programa de reassentamento/indenização da população diretamente afetada


A propriedade de instalação da CGH Guarani e as áreas afetadas pelas atividades não
possuem população diretamente afetada – não sendo necessário programas de
reassentamento e indenização.

8.3.16.2 Programa de comunicação social

8.3.16.2.1 Considerações Iniciais

Com o início dos trabalhos de estudo do empreendimento, bem como a


movimentação de pessoas na área direta de influência, surgem uma série de indagações por
parte da população da região próxima ao mesmo – assim como geração de expectativas das
residentes em relação a disponibilidade de empregos ou ainda opiniões positivas ou negativas
acerca da obra.

A fim de evitar percepções equivocadas sobre o empreendimento, faz-se necessária


uma maior aproximação com a sociedade, através de ações que visem integrar população –
empreendimento – minimizando assim a probabilidade de conflitos ou desavenças entre as
partes.

Atualmente, as empresas modernas – além as considerações econômicas, contábeis e


políticas – possuem preocupações de caráter socioambiental (DONAIRE, 1994), incluindo em
seu escopo as ações de comunicação social. Estas ações não se apresentam com intuito
assistencialista - com atitudes pontuais – mas sim como estratégia de crescimento de uma
empresa (ROSSI, 2014).

www.forteamb.com 512
Estas práticas buscam desempenhar uma comunicação entre sociedade e empresa,
alinhando as concepções e práticas –considerando que esta fornece ao empreendimento o
capital social e a infraestrutura, contribuindo decisivamente para a viabilização do negócio
(ETHOS,2007).

Existem ainda outras vantagens para a empresa ao realizar uma boa campanha de
comunicação social, entre as quais podemos destacar: aperfeiçoamento de gestão; ampliação
de network; fortalecimento de imagem e o acesso a recursos (COMINI & FISCHER, 2011), bem
como, aumenta a motivação dos funcionários e auxilia no crescimento sustentável da
empresa (NAKAGAWA, 2015).

8.3.16.2.2 Justificativa

A comunicação social deve primar por criar ferramentas de interação simples, com a
finalidade de levar à população em geral as informações sobre o estágio da obra, os
programas e planos que estão sendo implantados e abrir canais de comunicação entre a
empresa e a população e, assim, propiciar canais de discussões. A implantação desse tipo de
empreendimento desperta o interesse da população local, com isso, a criação de canais de
comunicação é importante para a interação entre o empreendimento e os moradores locais,
principalmente aqueles lindeiros às obras.

Desta forma, é fundamental o desenvolvimento de um processo de comunicação


entre as partes envolvidas. Com isto, o programa de comunicação social se insere como um
instrumento nivelador no processo do conhecimento evolutivo da sociedade, dirimindo
dúvidas, expectativas e sugestões.

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Figura 168 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação ambiental para
empreendimento de CGH.

Figura 169 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação ambiental para
empreendimento de CGH.

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Figura 170 - Reunião de comunicação social com a comunidade local do empreendimento.

Figura 171 - Profissional realizando palestra de comunicação social e educação ambiental em obra para
empreendimento de CGH.

8.3.16.2.3 Objetivos gerais e específicos

Os objetivos deste programa são:

www.forteamb.com 515
• Estabelecer um sistema de informação à sociedade, nos aspectos da obra, visando
esclarecer de forma clara e simples;
• Identificar uma resposta da sociedade, em relação ao empreendimento, visando
otimizar alguma medida mitigadora mais próxima da sua realidade;
• Gerar um meio de comunicação apropriado para receber informações da sociedade
em relação ao empreendimento;
• Repassar informações à população residente no município, especialmente à
comunidade do bairro lindeiro, levando notícias sobre suas etapas de licenciamento,
execução e as principais mudanças socioeconômicas e ambientais decorrentes, bem como
sobre os programas ambientais e sobre as mudanças temporárias e permanentes;
• Redução no nível de desentendimento e maior integração dos trabalhadores e
sociedade.

8.3.16.2.4 Descrição das atividades

As atividades apresentadas a seguir possuem o intuito de fornecer acesso à


informação sobre a usina aos moradores e promover ações de educação ambiental que o
empreendimento pode ministrar aos moradores com agente promotor de conscientização
ambiental.

• Doar cópias do PCA para a biblioteca;


• Confeccionar material informativo que apresente as etapas da construção de uma
usina, seus impactos, formas de controle e como a obra poderá afetar os moradores;
• Divulgação em rádios e jornal impresso locais informes publicitários sobre reuniões
com a comunidade local e o avanço das obras;
• Criar ferramentas para que os funcionários, visitantes e população tenham acesso às
informações, podendo ser via sala de integração na própria obra, com maquetes e vídeos das
fases da obra;
• Programar palestras informativas à população, apresentando temas pertinentes ao
meio ambiente e que é de posicionamento da usina, como: proibição de caça e pesca,
importância de APP’s, utilização consciente do futuro reservatório, dentre outros temas;

www.forteamb.com 516
• Interagir com professores municipais para que possam ser agentes disseminadores
das informações e de responsabilidade socioambiental;
• Realizar reuniões com a sociedade informando os passos do empreendimento, bem
como seus possíveis efeitos na estabilidade atual, utilizando a rádio local para maiores
informações das obras;
• Possibilitar a participação dos trabalhadores no calendário de atividades desportivas,
sociais, culturais e de voluntariado no município.

As palestras serão ministradas por Engenheiros Ambientais com conhecimento em


licenciamento ambiental de empreendimentos como CGH’s, que através de ações educativas
junto dos atores envolvidos no processo estimulam o desenvolvimento do conhecimento e
tendem a reduzir os impactos negativos do empreendimento da CGH Guarani, assim como
maximizar os positivos.

• Atendimento à população e funcionários

Os esclarecimentos serão feitos pela empresa, diretor da empreiteira e técnicos


ambientais (ou representantes), cada um dentro de sua especialidade. Os esclarecimentos
poderão ser por telefone ou por meio de reuniões pré-agendadas.

• Identificação dos anseios da população e funcionários

A identificação será por meio de conversas e reuniões, após a identificação das não-
conformidades dever-se-á avaliar os pedidos e encaminhar para os setores responsáveis e, na
sequência, apresentar uma solução ou resposta para questionamentos ou necessidades,
todas as respostas devem ser de forma expressa, sendo que se deverá manter cópias para
eventuais dúvidas e/ou esclarecimentos.

• Atividades junto às escolas

Para definição das escolas e séries a serem trabalhados será realizado um diagnóstico
inicial do sistema educacional do município. O levantamento de dados será elaborado junto
às Secretarias de Educação destes municípios.

Identificadas as escolas, prevê-se as seguintes atividades:

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• Colaboração na execução de projetos de Educação Ambiental existentes nas escolas
e/ou que possam vir a ser desenvolvidos;
• Realização de oficinas de arte-educação realizadas com o corpo discente e docente,
procurando trabalhar as questões ambientais de maneira prazerosa e produtiva.

8.3.16.2.5 Responsável pela implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

8.3.16.3 Programa de educação ambiental

8.3.16.3.1 Considerações iniciais

A implantação de uma CGH gera impactos ambientais de curto e longo prazo em


diferentes ambientes. A população do entorno do empreendimento é a que mais percebe
consequências acerca desta instalação – a fim de diminuir estes impactos, ações mitigadoras
devem ser adotadas, estabelecendo-se alternativas que busque compensar esses impactos,
sensibilizar a população e disseminar as informações sobre a obra e a importância da
implantação de uma CGH.

Quanto ao licenciamento ambiental especifico para Centrais de Geração Hidrelétrica,


Loureiro et al (2009, p.21) descreve que, a Educação Ambiental (EA) deve gerar a apropriação
pública de informações que sejam pertinentes ao caso, da mesma forma produzir
conhecimento que seja capaz de permitir um posicionamento responsável e de qualidade aos
agentes sociais que estão envolvidos – assim como garantir a participação dos grupos
afetados pelo empreendimento nas etapas do licenciamento de decisões públicas.

A EA no licenciamento é uma ferramenta de mitigação e/ou compensação de impactos


ambientais e, deve ser direcionado aos grupos sociais da área de influência do
empreendimento a ser licenciado. Seguindo as políticas de Educação Ambiental, o programa
estudado visa preparar uma parcela da população estudantil e oferecer aprendizagens de

www.forteamb.com 518
conservação ambiental, através de atividades de EA para escolas municipais do Ensino
Fundamental.

A finalidade do programa é proporcionar aos grupos de pessoas atingidas por


empreendimentos hidrelétricos espaços de reflexão e ações - buscando a sustentabilidade e
melhor qualidade de vida. Além disso, o programa deve ser utilizado como um instrumento
para ensinar atitudes que visam à conservação e recuperação do ambiente na área de
interferência indireta e, também, para que assim a população atingida de forma indireta pelo
empreendimento possa desenvolver um entendimento acerca da CGH, dos impactos devidos
à sua instalação e operação em todos os meios afetados e, além disso, sanar possíveis dúvidas
que possam existir garantindo a transparência nos processos de licenciamento.

Figura 172 - Profissional executando palestra acerca de empreendimentos de CGH.

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Figura 173 - Profissional executando palestra acerca de empreendimentos de CGH em escola municipal da
região de implantação – demonstração com drone.

8.3.16.3.2 Justificativa

A relação entre meio ambiente e educação assume a cada dia um papel mais
importante na sociedade, sendo a escola um espaço de trabalho fundamental para fortalecer
as bases da formação da cidadania ambiental (SEGURA, 2001).

Entre as várias vantagens da educação ambiental, podemos destacar a


conscientização, desenvolvimento de competências e capacidade de avaliação e participação
dos educandos (REIGOTA, 1998), bem como, estimula a maior integração e harmonia dos
indivíduos com o meio ambiente (PÁDUA; TABANEZ, 1998), e transforma os educandos em
atores responsáveis na busca pela qualidade de vida (JACOBI, 2003).

Com base no exposto, se justifica a execução de um programa de educação ambiental


com o objetivo de explicar para os alunos da região sobre as obras e o funcionamento de uma
CGH, bem como, para auxiliar a escola na formação de cidadãos conscientes.

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8.3.16.3.3 Objetivos gerais e específicos

Conscientizar alunos, população e funcionários acerca da criação, implantação e


operação de um empreendimento de geração de energia através de Centrais Hidrelétricas e
seus impactos no meio ambiente, a fim de formar cidadãos conscientes e integrar a população
local ao empreendimento.

8.3.16.3.4 Descrição das atividades

Este programa será elaborado com base na execução de palestras nas escolas da
região. Essa, deverá ser realizada com base nas diretrizes da Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei Federal 9.795/1999) - sobretudo no que diz respeito aos seus princípios
básicos: o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; a concepção do meio
ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o
socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade e a abordagem articulada das
questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais. Os objetivos fundamentais da EA
devem ser considerados, englobando assim o desenvolvimento de uma compreensão
integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos
ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; e
o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do
equilíbrio do meio ambiente, entende-se à defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania.

As palestras serão ministradas por Engenheiros Ambientais com conhecimento em


licenciamento ambiental de empreendimentos como CGH’s que, através de ações educativas
junto dos atores envolvidos no processo, estimulam o desenvolvimento do conhecimento e
tendem a reduzir os impactos negativos do empreendimento da CGH Guarani, assim como
maximizar os positivos.

www.forteamb.com 521
Figura 174 - Profissional realizando palestra em escola municipal.

O público alvo do programa se divide em dois grupos - que podem ser ampliados:
professores e alunos; e classe trabalhadora da CGH. Para todos os grupos, deverá ser
estimulada a formação de sensibilidade crítica sobre temas socioambientais - sendo os
benefícios levados a sociedade além do período de obras.

No caso dos funcionários, a finalidade seria a conscientização em relação a


preservação dos recursos naturais no local da obra, bem como evitar a caça e extinção de
animais em fuga, e ajudar a construir uma interação entre as propostas ambientais e a
geração de energia – considerando o conhecimento e exercício da compreensão dos
ecossistemas e a sua necessidade da manutenção em relação às ações antrópicas e sua
pressão, possibilitando assim um melhor controle e minimização da degradação ambiental.

Nas escolas, o programa de educação ambiental tem como objetivo a instrução dos
alunos em relação aos propósitos e condições de um empreendimento de energia elétrica, e
como este interfere nos elementos naturais – formando assim uma opinião e corrente na
defesa da manutenção da qualidade de vida na área entorno do empreendimento.

A atuação junto as crianças e adolescentes nas escolas é fundamental, pois este


público personifica o futuro dos municípios, assim como as ações e demandas futuras nas
localidades.

A seguir são apresentados os temas que deverão ser abordados – podendo ser,
durante o desenvolvimento das atividades, acrescidos de demais conteúdos.

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• Instalação e operação de CGH;
• Programas ambientais a serem executados durante a instalação e operação;
• Outras temáticas ambientais;
• Reuniões no local da obra, nas comunidades e nas escolas, procurando apresentar a
obra e as possíveis interferências desta no meio ambiente durante todas as fases;
• Distribuição de cartazes e folders sobre animais e temais ambientais, filmes e
documentários sobre a obra e suas relações com o ambiente;
• Organizar visitas da população na obra em seus estágios de construção;
• Divulgar mensagens ou temas educativos nos veículos de comunicação do município.

A definição de novos temas deverá ser executada de acordo com as demandas


realizadas pelos alunos e professores, com base em questões locais. Além disso, dependo da
disponibilidade de tempo a serem dispensadas pelas escolas outras atividades
complementares poderão ser realizadas, como por exemplo, jogos, visita ao
empreendimento, participação no projeto de recuperação de áreas degradadas, entre outros.

8.3.16.3.5 Responsável pela implantação

A responsabilidade de implantação do programa ambiental é do empreendedor e da


empresa responsável pela elaboração do plano.

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9 ANÁLISE INTEGRADA

Ao longo deste estudo foram detalhados diagnósticos, análises, prognósticos e


medidas mitigadoras para os meios físico, biótico (fauna e flora) e socioeconômico em relação
a instalação da CGH Guarani no município de Três Barras do Paraná. A interação destes meios
entretanto, faz necessária uma análise de maneira conjunta entre eles – tendo em vista as
simultaneidades de suas ações.

Os aspectos referentes aos recursos hídricos tendem a não sofrer alterações


significativas com a instalação do empreendimento – a qualidade da água atual é considerada
boa e sem indício de eutrofização e, conforme condições apontadas pelos estudos
hidrológicos em relação as características da CGH, não se prevê alterações nestes parâmetros.
A CGH Guarani não se traduz como fonte de contaminação, os efluentes e resíduos gerados
serão devidamente gerenciados, não há existência de barragens e reservatórios e a água
utilizada será restituída integralmente ao rio – mantendo as características atuais do rio.

O mesmo ocorre com a geologia. O circuito adutor é formado por um túnel, dessa
forma, não se espera que sejam provocadas mudanças nas características geológicas,
pedológicas e geomorfológicas da região – caracterizando assim um mínimo desequilíbrio no
meio físico da região.

Em relação a localização da CGH Guarani estar associada a Zona de Amortecimento do


Parque Estadual do Rio Guarani – os documentos que definem esta delimitação do parque
não dialogam entre si, possuindo diferentes áreas de abrangência para a mesma. Caso seja
confirmado a condição de extensão e interposição da ZA e da CGH, evidencia-se que, o fato
da mesma encontrar-se em zona de amortecimento não apresentará ameaças ou riscos as
características de meio físico e biótico do Parque Estadual do Rio Guarani – garantindo a
manutenção do ecossistema, continuidade das faixas de vegetação e preservação de espécies
faunísticas.

Em relação ao meio biótico, a área de supressão vegetal será mínima e não haverá
ocorrência de isolamento de fragmentos ambientais e perda de conexão entre esses, assim
como as condições de cobertura vegetal permanecerão pouco alteradas – sendo realizada

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compensação dos indivíduos suprimidos na mesma área (conforme programa de
compensação ambiental).

Em relação ao meio socioeconômico, a instalação de uma CGH tende a ser vista como
um aspecto positivo, por todos os benefícios que são trazidos à população do entorno e até
do restante do município, como: geração de emprego e renda, aumento na arrecadação de
impostos, incremento na economia local, entre outros.

O que costuma ocorrer de aspecto social negativo nesse tipo de empreendimento não
é o caso da CGH Guarani, que seria o conflito de interesses devido à desapropriação de
terrenos, uma vez que as propriedades afetadas por esta já pertencem a empresa responsável
pelo empreendimento.

Tendo isso em vista, é possível afirmar que a CGH Guarani possui todos os elementos
para minimizar e mitigar todos os impactos que irá ou poderá vir a causar, abrangendo os três
meios envolvidos nos estudos. A fim de facilitar o entendimento em relação aos impactos e a
pressão que pode ser gerada no ecossistema, utilizou-se uma metodologia quantitativa, onde
foram atribuídos pesos para cada parâmetro selecionado e, esses são colocados em uma
matriz de impactos. O produto destes pesos resulta em um índice de significância. Na tabela
a seguir são exibidos os pesos atribuídos a cada parâmetro.

Tabela 176 - Pesos por parâmetros.

Parâmetro Peso
+ = Positivo +1
Natureza
- = Negativo -1
ADA 1
Localização AID 2
AII 3
T = Temporário 1
Duração C = Cíclico 2
P = Permanente 3
R = Reversível 1
Reversibilidade
I = Irreversível 3
IP = Improvável 1
Ocorrência PR = Provável 2
CE = Certa 3
B = Baixa 1
Importância
M = Média 2

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Parâmetro Peso
A = Alta 3
B = Baixa 1
Cumulatividade M = Média 2
A = Alta 3
B = Baixa 1
Sinergia M = Média 2
A = Alta 3
B = Baixa 1
Magnitude M = Média 2
A = Alta 3

Após o cálculo dos pesos, o impacto é classificado como “Pouco Significativo”,


“Significativo” ou “Muito Significativo” quando o mesmo apresenta o resultado conforme a
tabela abaixo:

Tabela 177 - Classificação do índice de significância.

Índice de significância Classificação


IS < 650 Pouco significativo
650 ≤ IS < 2500 Significativo
IS ≥ 2500 Muito significativo

A matriz de impacto é apresentada na tabela 178.

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Tabela 178 - Matriz de Impacto da CGH Guarani.

Índice de significância
Fase de ocorrência

Cumulatividade
Reversibilidade
Temporalidade

Significância
Importância
Localização

Ocorrência

Magnitude
Natureza

Duração

Sinergia
Meio físico – Geologia
Descaracterização das condições geológicas - ADA/AID I P LP I IP M B B B -54 Pouco significativo
Mudança da paisagem - ADA I P LP I CE M A A A -1458 Significativo
Alteração das características e dinâmicas do relevo - ADA I P IM I IP M M M M -144 Pouco significativo
Instabilizarão de taludes - ADA I P IM R CE A A M B -162 Pouco significativo
Instabilizarão da margem do rio ou reservatório - ADA I T IM R IP A A M B -18 Pouco significativo
Desenvolvimento de processos erosivos - ADA I/O T IM R PR A A M B -36 Pouco significativo
Comprometimento de jazidas minerais - ADA/AID I/O P IM R IP B B B B -9 Pouco significativo
Comprometimento de cavidades naturais - ADA/AID I/O T IM I IP B B B B -9 Pouco significativo
Propagação de vibrações - ADA I/O P LP R CE B B B B -9 Pouco significativo
Meio físico – Solo
Alteração da fertilidade do solo - ADA O P LP I IP A M B M -108 Pouco significativo
Contaminação do solo (substâncias poluentes orgânicas) - ADA O P LP R IP A M A A -162 Pouco significativo
Contaminação do solo (substâncias poluentes inorgânicas) - ADA O P LP R IP A M A A -162 Pouco significativo
Contaminação por resíduos e efluentes - ADA O P LP R IP A M A A -162 Pouco significativo
Impermeabilização - ADA I P LP R CE A M B M -108 Pouco significativo
Aumento da temperatura do solo - ADA I P LP R IP A M M M -72 Pouco significativo
Acidificação do solo pH - ADA O P LP R IP A M M M -72 Pouco significativo
Decomposição acelerada dos componentes orgânicos da
microflora do solo pela radiação solar - ADA O P LP I IP A M M M -216 Pouco significativo
Meio físico - Ar

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Índice de significância
Fase de ocorrência

Cumulatividade
Reversibilidade
Temporalidade

Significância
Importância
Localização

Ocorrência

Magnitude
Natureza

Duração

Sinergia
Poluição atmosférica por fontes móveis - ADA I T CP R PR B B B B -2 Pouco significativo
Poluição sonora - ADA I T CP R PR B B B B -2 Pouco significativo
Meio físico – Água
Alteração da Qualidade de Água Superficial - ADA/AID O T IM R IP A A A B -81 Pouco significativo
Alteração da Quantidade de Água Superficial - ADA/AID O T CP R PR A B B B -18 Pouco significativo
Alteração da Quantidade de Água Subterrânea - ADA O T IM R IP M B B B -2 Pouco significativo
Alterações nos Usos da Água + ADA/AID I/O P IM R CE A A A A 2187 Significativo
Aumento do Assoreamento de Corpos Hídricos - ADA I/O P IM R IP A A A M -162 Pouco significativo
Poluição por efluentes líquidos ou resíduos sólidos - ADA I/O P CP R IP M A A M -108 Pouco significativo
Aumento de Eutrofização e Florações - ADA O P IM R IP M M M B -24 Pouco significativo
Represamento de Resíduos Sobrenadantes - ADA O P IM R IP B B B B -3 Pouco significativo
Meio biótico - Fauna
Perda de hábitats naturais - ADA/AID I T IM R PR A M A A -324 Pouco significativo
Fragmentação de habitats naturais - ADA/AID I T IM R PR A M A A -486 Pouco significativo
Ruptura de corredores ecológicos - ADA/AID I P IM R PR A A M A -972 Significativo
Constituição de barreiras para o deslocamento dos
animais - ADA/AID I P IM R PR A B M M -216 Pouco significativo
Alteração das condições ambientais de corpos hídricos
com a transformação de ambientes lóticos para lênticos - ADA/AID/AII I T CP I CE A B A M -486 Pouco significativo
Alteração dos parâmetros físicos e químicos do corpo
hídrico - ADA IP IP IP IP CE B B B B -18 Pouco significativo

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Índice de significância
Fase de ocorrência

Cumulatividade
Reversibilidade
Temporalidade

Significância
Importância
Localização

Ocorrência

Magnitude
Natureza

Duração

Sinergia
Emissão de ruídos e vibrações - ADA I T CP R CE B B B B -3 Pouco significativo
Pronunciamento do efeito de borda devido a alteração no
microclima beneficiado espécies mais generalista - ADA IP IP IP I IP A B B B -9 Pouco significativo

Alteração da diversidade e abundância das espécies - ADA/AID I/O P CT I PR A A M A -2916 Muito significativo
Alteração da estrutura ecológica da comunidade (guildas e
nichos tróficos) - ADA/AID I/O P LP I PR A M M M -1296 Significativo
Aumento da diversidade, riqueza e abundância de vetores - ADA/AID/AII I/O IP IP IP IP A M B B -18 Pouco significativo
Beneficiamento de espécies endêmicas, raras ou
ameaçadas - ADA/AID I/O P LP I PR A A B A -1458 Significativo
Desaparecimento de espécies endêmicas, raras ou
ameaçadas - ADA/AID I/O P LP I IP A A B A -729 Significativo
Desequilíbrio de processo ecológicos intensificando as
competições intra e interespecíficas - ADA/AID I/O P LP I IP A A B A -486 Pouco significativo
Isolamento de populações e empobrecimento genético - ADA/AID I/O P LP I IP A A B M -486 Pouco significativo
Limitação ou expansão das áreas de ocorrência das
espécies - ADA/AID I/O P LP I IP A A B M -486 Pouco significativo
Comprometimento do desempenho reprodutivo de
espécies que dependem da comunicação vocal - ADA/AID I/O P IM R IP A B B M -54 Pouco significativo
Perda de locais para abrigo e nidificação - ADA/AID I/O P IM R CE M M B M -648 Pouco significativo
Redução do estoque de itens alimentares - ADA/AID I/O P IM I CE M M B M -648 Pouco significativo

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Índice de significância
Fase de ocorrência

Cumulatividade
Reversibilidade
Temporalidade

Significância
Importância
Localização

Ocorrência

Magnitude
Natureza

Duração

Sinergia
Interferência nos processos migratórios e reprodutivos da
ictiofauna - ADA/AID/AII I/O P IM I CE A M A M -2916 Muito significativo
Afugentamento da fauna + ADA/AID I/O T CT R CE A B B B 27 Pouco significativo
Lesionamento de animais silvestres com implicações à sua
destinação - ADA/AID I/O T IM R CE M B B B -18 Pouco significativo
Mortandade de animais por atropelamento - ADA/AID I/O T CT R CE M B B B -18 Pouco significativo
Aumento nos casos de episódios epidemiológicos e
consequente comprometimento da fauna local - ADA/AID I/O T LP R IP M B B B -6 Pouco significativo
Acidentes com animais peçonhentos - ADA/AID I/O T CT R CE M B B B -18 Pouco significativo
Predação - ADA/AID I/O T IM R CE M B B B -18 Pouco significativo
Meio biótico - Flora
Mudança de paisagem ADA/AID I/O P IM I CE A M M B -972 Significativo
Fragmentação de habitats – isolamento ADA I T IM R CE A M A M -324 Pouco Significativo
Perda de conexão entre fragmentos ADA I T IM R CE A M A M -108 Pouco Significativo
Perda de áreas por diminuição da cobertura vegetal nativa ADA/AID I/O P IM I CE A A A M -4374 Muito Significativo
Alterações em áreas de ocorrência de espécies
endêmicas, raras ou ameaçadas ADA I/O P IM I CE A A A M -1458 Significativo
Contaminação biológica ADA/AID/AII I/O P IM I PR M A M M -1296 Significativo
Extinção de espécies ADA I/O P IM R IP B M M M -24 Pouco Significativo
Alteração da população de macrófitas ADA O P CP R IP B M M M -24 Pouco Significativo
Meio socioeconômico
Interferência nas propriedades afetadas + ADA I T IM I PR M B B B 36 Pouco significativo

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Índice de significância
Fase de ocorrência

Cumulatividade
Reversibilidade
Temporalidade

Significância
Importância
Localização

Ocorrência

Magnitude
Natureza

Duração

Sinergia
Risco de acidentes com os operários e a população - ADA I T IM I PR A B B A -54 Pouco significativo
Interferência na malha viária local e na infraestrutura
pública - ADA I/O P LP I CE M B M B -324 Pouco significativo
Emprego e renda + ADA I/O P IM I CE A M M A 2916 Muito significativo
Alteração da arrecadação de impostos + AID O P IM I CE A M M A 2916 Muito significativo
Alteração das atividades comerciais e de serviços + AID I/O P IM I PR M B B B 108 Pouco significativo
Interferência do empreendimento na ADA e AID de
comunidades tradicionais - ADA I/O P LP I IP M B B B -54 Pouco significativo
Alteração do potencial turístico e lazer + AID O P IM I IP M B B M 108 Pouco significativo
Interferência em sítios com valor arqueológico e
paisagístico - ADA I/O P LP I IP M B B B -18 Pouco significativo
Produção de conhecimento científico ou cultural + AID PI/I/O P IM I CE A M M M 1944 Significativo

Legenda:
Natureza: + = Positivo, - = Negativo
Fase de ocorrência: pi = pré-implantação, i = implantação, o = operação, d = descomissionamento
Duração: T = Temporário, C = Cíclico, P = Permanente
Temporalidade: IM = Imediato, CP = Curto Prazo, LP = Longo Prazo
Reversibilidade: R = Reversível, I = Irreversível
Ocorrência: CE = Certa, PR = Provável, IP = Improvável
Importância: A = Alta, M = Média, B = Baixa
Cumulatividade: A = Alta, M = Média, B = Baixa
Sinergia: A = Alta, M = Média, B = Baixa
Magnitude: A = Alta, M = Média, B = Baixa

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Na matriz de impactos é possível observar que, apesar de existir uma predominância
no número de impactos negativos, poucos podem ser classificados como muito significativos.
Compreendendo assim as características dos mesmos, podemos atestar que os programas
propostos na seção de medidas mitigadoras são capazes de diminuir e mitigar essas
interferências – propiciando ainda a potencialização dos impactos positivos.

No meio físico, aproximadamente 96% dos impactos gerados são negativos. Cabe
destacar porém, que a definição metodológica considerou para análise situações que não
serão observadas na ADA da CGH Guarani – como por exemplo o comprometimento de
jazidas minerais ou de cavidades naturais – sendo então suas significâncias, mínimas.

Dos 96% dos impactos negativos (16 impactos), 15 são pouco significativos e um é
significativo – mudança de paisagem. O único impacto positivo da sessão refere-se a alteração
nos usos da água, tendo em vista que a instalação da hidrelétrica irá aumentar a abrangência
dos usos múltiplos da água na região e aumentar a importância econômica do recursos na
região.

No meio socioeconômico, a maioria dos impactos é positivo. Isto ocorre pois a


instalação do empreendimento não necessita de desapropriações - que poderiam gerar
conflitos - não irá atingir comunidades tradicionais ou indígenas. Os 60% dos aspectos
positivos associados ao meio são ligados a geração de empregos e renda, aumento na
arrecadação do município e atração de investimentos para a região – sendo estes dois últimos
classificados como muito significativos. Os quatro parâmetros considerados negativos para o
meio socioeconômico entretanto, apontam significância mínima para o mesmo.

No meio biótico (flora), apesar dos impactos negativos – que são inerentes, sobretudo
na fase de implantação – não irá ocorrer a extinção de espécies nativas. Os parâmetros
considerados significativos e muito significativos (diminuição da cobertura vegetal nativa,
alteração em áreas de ocorrência de espécies endêmicas ou raras e contaminação biológica),
tem sua compensação já estabelecida, sendo as medidas mitigadoras e compensatórias
suficientes para minimizar estes impactos. Cabe ressaltar entretanto que, o tipo de uso e
ocupação do solo predominante na região favorece a ocorrência destes efeitos, sendo por
muito não relacionados a instalação da CGH.

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Para a instalação do empreendimento, será feita – como já apontado – a
recomposição da faixa de APP, o que significa que, após isso, a área de vegetação será maior
que a existente anteriormente sem a presença da CGH – visto que essa área hoje encontra-
se bastante fragmentada e pouco conservada.

A matriz de impactos da fauna também apresenta, em grande maioria, impactos de


natureza negativa – sendo que dos 25 apontados, 20 são pouco significativos (9 deles de
ocorrência improvável) e apenas dois impactos muito significativos – alteração da diversidade
e abundância das espécies e interferência nos processos migratórios. A tabela abaixo
apresenta uma síntese da matriz de impacto em relação aos impactos positivos e negativos e
a significância dos mesmos.

Figura 175 - Síntese da matriz de impactos da CGH Guarani.

Meio físico Meio Biótico Meio


Geologia Solo Ar Água Fauna Flora Socioeconômico
Negativo 9 8 2 7 25 8 6
Natureza
Positivo - - - 1 1 - 4
Pouco
8 8 2 7 20 4 7
significativo
Significância Significativo 1 - - 1 4 3 1
Muito
- - - - 2 1 2
significativo

Em relação aos usos da água na região, a CGH Guarani se apresenta como pioneira na
instalação de estruturas de aproveitamento hidrelétrico na bacia do Rio Guarani. A mesma
apresenta características de abastecimento voltado para uso agropecuário, além de
pequenos abastecimentos para comércios e serviços. As outorgas de lançamento de efluentes
são mínimas e incapazes de alterar a qualidade da bacia ou apresentar riscos a ADA do
empreendimento. Ao considerar a qualidade do trecho e as características estruturais e de
operação da CGH, considera-se que a mesma não irá gerar grandes impactos negativos na
região.

Tendo em vista o exposto acima, é possível afirmar que a PCH Guarani possui os
elementos necessários para minimizar e mitigar os impactos negativos que irá ou poderá vir

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a causar, abrangendo os três meios envolvidos nos estudos, como também de potencializar
os impactos positivos.

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10 CONCLUSÃO GERAL

O Plano de Controle Ambiental (PCA) aqui exposto apresentou o conteúdo exigido de


acordo com o Termo de Referência 2 para PCA de empreendimentos hidrelétricos, de acordo
com a Resolução SEDEST nº 09 de 23 de fevereiro de 2021.

Neste contam informações completas sobre o empreendimento, histórico, dados de


projeto, estudos de alternativas locacionais e tecnológicas, além do diagnóstico, análises,
prognóstico e programas ambientais para geologia, recursos hídricos, fauna, flora e
socioeconomia.

A partir de tudo o que foi exposto, pode-se inferir que o empreendimento possui total
viabilidade, tanto do ponto de vista técnico quando do ponto de vista ambiental. Todas as
premissas de projeto foram direcionadas no sentido de provocar o menor impacto ambiental
possível, desde a sua concepção até a sua operação.

As análises ambientais mostram que a área é adequada a implantação do


empreendimento, principalmente pelo fato de se tratar de uma CGH, e de suas características
como operação a fio d’água e sem área de alagamento, o que diminui significativamente o
impacto ambiental causado.

Conforme a Lei n° 9.433 de 1997 – Política Nacional de Recursos Hídricos – a gestão


deste deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas, a inserção da CGH Guarani
encontra-se me concordância com este fundamento, agregando a região - que já apresenta
utilização para abastecimento, recreação e proteção – o aproveitamento hidrelétrico.

Ainda assim, sabendo-se que é possível minimizar, porém não é possível eliminar por
completo os impactos ambientais gerados por esse tipo de empreendimento, esse estudo
prevê as medidas mitigadoras para esses impactos. A análise da situação atual permitiu
estabelecer prognósticos, que subsidiaram a elaboração dos programas ambientais aqui
descritos.

Com base no acima disposto, solicita-se ao órgão ambiental que seja aprovada a
emissão da licença ambiental requerida para este empreendimento.

www.forteamb.com 535
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Meio Físico
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Geologia de Engenharia: equipamentos de sondagens. São Paulo: 1980. 62p.
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sondagens. 3.ed. São Paulo: 1990a. 45p.
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Sondagens. 4.ed. São Paulo: 1999.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9653: Guia para avaliação dos efeitos
provocados pelo uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas – Procedimento. Rio de Janeiro,
2005.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6120:1980. Cargas para o cálculo de
estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484: Solo: Sondagens de simples
reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de Janeiro: 2001.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502: Rochas e solos - terminologia.
Rio de Janeiro: 1980.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7550: Identificação e descrição de
amostras de solo obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos. Rio de Janeiro: 1982.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8036: Programação de sondagem de
simples reconhecimento dos solos para fundação de edifícios. Rio de Janeiro: 1983.
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RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Curitiba, 30 de junho de 2022.

MATHEUS Assinado de forma


digital por MATHEUS
CAMPANHA CAMPANHA
FORTE:055447 FORTE:05544771901
Dados: 2022.07.14
71901 16:21:05 -03'00'
____________________________
Matheus Campanhã Forte
Responsável Técnico pelo PCA

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Responsável pelo Empreendimento:

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RENATA CAVALCA
GUARANI ENERGIA SPE

Responsável Técnico:

Assinado de forma digital


MATHEUS por MATHEUS CAMPANHA
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FORTE:05544771901 Dados: 2022.07.14 16:19:47
-03'00'
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MATHEUS CAMPANHÃ FORTE


ENG. AMBIENTAL – CREA-PR 144019/D

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ANEXO I. ART e CTF IBAMA

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Página 1/1
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PR 1720220593926
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná

1. Responsável Técnico
MATHEUS CAMPANHÃ FORTE
Título profissional: RNP: 1714013669
ENGENHEIRO AMBIENTAL Carteira: PR-144019/D
Empresa Contratada: FORTE SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA - ME Registro/Visto: 58396

2. Dados do Contrato
Contratante: GUARANI ENERGIA SPE LTDA CNPJ: 37.610.200/0001-76

R ERECHIM, 841
SALA 06 CENTRO - CASCAVEL/PR 85812-260
Contrato: (Sem número) Celebrado em: 04/02/2022
Tipo de contratante: Pessoa Jurídica (Direito Privado) brasileira

3. Dados da Obra/Serviço
RODOVIA FELIX FEIWISCH LERNER, SN
INTERIOR - TRES BARRAS DO PARANA/PR 85485-000
Data de Início: 04/02/2022 Previsão de término: 04/02/2024 Coordenadas Geográficas: -25,383933 x -53,091384

Proprietário: GUARANI ENERGIA SPE LTDA CNPJ: 37.610.200/0001-76


4. Atividade Técnica
Coordenação Quantidade Unidade
[Assessoria, Assistência, Consultoria, Coordenação] de estudos ambientais 1,00 UNID
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART
5. Observações
ASSESSORIA, ASSISTÊNCIA, CONSULTORIA DE ESTUDOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL
7. Assinaturas 8. Informações
Declaro serem verdadeiras as informações acima - A ART é válida somente quando quitada, conforme informações no
rodapé deste formulário ou conferência no site www.crea-pr.org.br.
, de de - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
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MATHEUS CAMPANHA MATHEUS CAMPANHA - A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional
FORTE:05544771901 FORTE:05544771901
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e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.

MATHEUS CAMPANHÃ FORTE - CPF: 055.447.719-01

RENATA Assinado de forma digital por RENATA


CAVALCA:80250556987
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.04 16:40:01 -03'00' Acesso nosso site www.crea-pr.org.br
GUARANI ENERGIA SPE LTDA - CNPJ: 37.610.200/0001-76 Central de atendimento: 0800 041 0067

Valor da ART: R$ 88,78 Registrada em : 04/02/2022 Valor Pago: R$ 88,78 Nosso número: 2410101720220593926

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Impresso em: 04/02/2022 15:54:25
www.crea-pr.org.br
MATHEUS CAMPANHA Assinado de forma digital por MATHEUS
CAMPANHA FORTE:05544771901
FORTE:05544771901 Dados: 2022.07.14 14:32:26 -03'00'
Página 1/1
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PR 1720223337947
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná

1. Responsável Técnico
JULIA CRISTINA ABRAMI RANGEL
Título profissional: RNP: 2619972795
GEOGRAFA Carteira: SP-5070828370/D

2. Dados do Contrato
Contratante: GUARANI ENERGIA SPE LTDA CNPJ: 37.610.200/0001-76

R ERECHIM, 841
SALA 06 CENTRO - CASCAVEL/PR 85812-260
Contrato: (Sem número) Celebrado em: 30/05/2022
Valor: R$ 1.000,00 Tipo de contratante: Pessoa Jurídica (Direito Privado) brasileira

3. Dados da Obra/Serviço
RODOVIA FELIX FEIWISCH LERNER, SN
INTERIOR - TRES BARRAS DO PARANA/PR 85485-000
Data de Início: 30/05/2022 Previsão de término: 30/09/2022 Coordenadas Geográficas: -25,383933 x -53,091384

4. Atividade Técnica
Elaboração Quantidade Unidade
[Estudo, Estudo de viabilidade ambiental] de estudos ambientais 1,00 UNID/H
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART
5. Observações
Elaboração e consolidação do Plano de Controle Ambiental para a CGH Guarani.

7. Assinaturas 8. Informações
- A ART é válida somente quando quitada, conforme informações no
Documento assinado eletronicamente por JULIA CRISTINA ABRAMI RANGEL , rodapé deste formulário ou conferência no site www.crea-pr.org.br.
registro Crea-PR SP-5070828370/D, na área restrita do profissional com uso de - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
login e senha, na data 27/06/2022 e hora 13h40. www.crea-pr.org.br ou www.confea.org.br
- A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional
e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.
MATHEUS Assinado de forma digital
CAMPANHA por MATHEUS CAMPANHA
FORTE:05544771901
FORTE:055447719 Dados: 2022.06.29
01 16:31:22 -03'00' Acesso nosso site www.crea-pr.org.br
Central de atendimento: 0800 041 0067
GUARANI ENERGIA SPE LTDA - CNPJ: 37.610.200/0001-76

Valor da ART: R$ 88,78 Registrada em : 27/06/2022 Valor Pago: R$ 88,78 Nosso número: 2410101720223337947

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Impresso em: 28/06/2022 08:51:54
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Página 1/1
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ART de Obra ou Serviço
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-PR 1720223408925
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná

1. Responsável Técnico
ASTERIO SORIA HEIDEMANN
Título profissional: RNP: 1719604134
ENGENHEIRO FLORESTAL Carteira: PR-189852/D

2. Dados do Contrato
Contratante: GUARANI ENERGIA SPE LTDA CNPJ: 37.610.200/0001-76

R ERECHIM, 841
CENTRO - CASCAVEL/PR 85812-260
Contrato: (Sem número) Celebrado em: 01/06/2022
Tipo de contratante: Pessoa Jurídica (Direito Privado) brasileira

3. Dados da Obra/Serviço
R ERECHIM, 841
CENTRO - CASCAVEL/PR 85812-260
Data de Início: 01/06/2022 Previsão de término: 31/07/2022

Proprietário: GUARANI ENERGIA SPE LTDA CNPJ: 37.610.200/0001-76


4. Atividade Técnica
Quantidade Unidade
[Assessoria] de estudos ambientais 1,00 UNID
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

7. Assinaturas 8. Informações
- A ART é válida somente quando quitada, conforme informações no
Documento assinado eletronicamente por ASTERIO SORIA HEIDEMANN, registro rodapé deste formulário ou conferência no site www.crea-pr.org.br.
Crea-PR PR-189852/D, na área restrita do profissional com uso de login e senha, - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
na data 04/07/2022 e hora 09h57. www.crea-pr.org.br ou www.confea.org.br
- A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do profissional
e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo contratual.

MATHEUS Assinado de forma digital por


MATHEUS CAMPANHA
CAMPANHA FORTE:05544771901
FORTE:05544771901 Dados: 2022.07.14 14:33:45 -03'00' Acesso nosso site www.crea-pr.org.br
Central de atendimento: 0800 041 0067
GUARANI ENERGIA SPE LTDA - CNPJ: 37.610.200/0001-76

Valor da ART: R$ 88,78 Registrada em : 04/07/2022 Valor Pago: R$ 88,78 Nosso número: 2410101720223408925

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Impresso em: 05/07/2022 08:45:37
www.crea-pr.org.br
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0225/22


CONTRATADO
Nome:CLEITON JUAREZ DECARLI Registro CRBio:101214/RS
CPF:05558447907 Tel:
E-Mail:cleiton_cjd@hotmail.com
Endereço:RUA JOAO FRANZNER, 115 - PAVIMENTO SUPERIOR
Cidade:JARAGUÁ DO SUL Bairro:SAO LUIS
CEP:89253-640 UF:SC
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:Levantamento de Fauna
Município: Três Barras do Paraná Município da sede: Três Barras do Paraná UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Biólogos (Esp. Diversas)
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:CAMPO: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; SUB-CAMPO: INVENTÁRIO, MANEJO E PRODUÇÃO DE ESPÉCIES
DA FAUNA SILVESTRE NATIVA E EXÓTICA. ART PELO LEVANTAMENTO DE FAUNA MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS PARA A CGH
GUARANI A SER IMPLANTADA NO RIO GUARANI, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRÊS BARRAS DO PARANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 1500,00 Total de horas: 150
Início: 25 / 01 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data: 28/01/2022 Data: / / CRBio07-24 horas
RENATA Assinado de forma digital por RENATA Online em nosso site e
CAVALCA:80250556987
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.04 15:49:01 -03'00' depois o serviço
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº37539
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0353/22


CONTRATADO
Nome:JUNIR ANTONIO LUTINSKI Registro CRBio:45820/RS
CPF:01482712946 Tel:4991234840
E-Mail:junir@unochapeco.edu.br
Endereço:RUA BEIJA-FLOR, 254 E
Cidade:CHAPECÓ Bairro:EFAPI
CEP:89809-760 UF:SC
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.11


Identificação:LEVANTAMENTO DE Entomofauna LOCALIZADA NO EMPREENDIMENTO CGH GUARANI
Município: Três Barras do Paraná Município da sede: TRÊS BARRAS DO PARANÁ UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: BIÓLOGO (ESP. DIVERSAS) E MÉDICO VETERINÁRIO
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:CAMPO: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; LEVANTAMENTO DE ENTOMOFAUNA PARA A INSTALAÇÃO DE
CGH GUARANI, A SER IMPLANTADA NO RIO GUARANI, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRÊS BARRAS DO PARANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 2500,00 Total de horas: 100
Início: 14 / 02 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data:09 / 02 / 2022 Data: / / CRBio07-24 horas
MATHEUS
Assinado de forma digital
por MATHEUS CAMPANHA
Online em nosso site e
CAMPANHA FORTE:05544771901
depois o serviço
FORTE:05544771901 Dados: 2022.02.09
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante
16:06:03 -03'00'
Conferência de ART
Protocolo Nº37692
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0248/22


CONTRATADO
Nome:CRISTIANO MOSCHEN BORDIGNON Registro CRBio:110346/RS
CPF:07578403966 Tel:4999995844
E-Mail:cristianombn@unochapeco.edu.br
Endereço:RUA RIO DE JANEIRO, 234
Cidade:SAO LOURENCO DO OESTE Bairro:PERPETUO SOCORRO
CEP:89990-000 UF:SC
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:LEVANTAMENTO DE FAUNA SILVESTRE LOCALIZADA NO EMPREENDIMENTO CGH GUARANI
Município: Três Barras do Paraná Município da sede: TRÊS BARRAS DO PARANÁ UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: : BIÓLOGO (ESP. DIVERSAS) E MÉDICO VETERINÁRIO
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade::CAMPO: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; SUB-CAMPO: INVENTÁRIO, MANEJO E PRODUÇÃO DE
ESPÉCIES DA FAUNA SILVESTRE NATIVA E EXÓTICA. RT PELO EVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA P/ A CGH GUARANI, A SER IMPLANTADA NO
RIO GUARANI, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRÊS BARRAS DO PARANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 3000,00 Total de horas: 120
Início: 26 / 01 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data: 27 / 01 / 2022 Data: / / CRBio07-24 horas
RENATA Assinado de forma digital por RENATA
CAVALCA:80250556987
Online em nosso site e
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.04 15:45:07 -03'00'
depois o serviço
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº37557
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
RENATA Assinado de forma digital por RENATA
CAVALCA:80250556987
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.04 15:49:33 -03'00'
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0229/22


CONTRATADO
Nome:CARINE ALONCO MORAES Registro CRBio:118388/RS
CPF:01022216007 Telefone:
E-Mail:carineamoraes@gmail.com
Endereço:RUA 37, CASA 61
Cidade:ITÁ Bairro:NATUREZA
CEP:89760-000 UF:SC
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:LEVANTAMENTO DE FAUNA
Município: Três Barras do Paraná Município da sede: Três Barras do Paraná UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Biólogos (Esp. Diversas)
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:CAMPO: MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; SUB-CAMPO: INVENTÁRIO, MANEJO E PRODUÇÃO DE ESPÉCIES
DA FAUNA SILVESTRE NATIVA E EXÓTICA. RT PELO LEVANTAMENTO DE FAUNA AVIFAUNA PARA A CGH GUARANI A SER IMPLANTADA NO
RIO GUARANI, ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRÊS BARRAS DO PRANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 3000,00 Total de horas: 200
Início: 25 / 01 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data: 26 / 01 / 2022 Data: / / CRBio07-24 horas
RENATA Assinado de forma digital por RENATA
CAVALCA:80250556987
Online em nosso site e
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.04 15:46:13 -03'00' depois o serviço
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº37537
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0275/22


CONTRATADO
Nome:ALEX SANDRO SILVEIRA PAVLAK Registro CRBio:108349/07-D
CPF:07333239950 Tel:32262300
E-Mail:alexpavlak@hotmail.com
Endereço:RUA AUGUSTO FARIA ROCHA, 397
Cidade:PONTA GROSSA Bairro:JARDIM CARVALHO
CEP:84015-790 UF:PR
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:Levantamento de fauna silvestre
Município: Cascavel Município da sede: Três Barras do Paraná UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Biólogos (Especialidaddes diversas) e Médico Veterinário
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; SUB-CAMPO: INVENTÁRIO, MANEJO E PRODUÇÃO DE ESPÉCIES DA
FAUNA SILVESTRE NATIVA E EXÓTICA. RT PELO LEVANTAMENTO DE FAUNA P/ A CGH GUARANI A SER IMPLANTADA NO RIO GUARANI,
ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRES BARRAS DO PARANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 4000,00 Total de horas: 200
Início: 25 / 01 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


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ART acesse o
Data: / / Data: / / CRBio07-24 horas
Online em nosso site e
depois o serviço
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº37596
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-0275/22


CONTRATADO
Nome:ALEX SANDRO SILVEIRA PAVLAK Registro CRBio:108349/07-D
CPF:07333239950 Tel:32262300
E-Mail:alexpavlak@hotmail.com
Endereço:RUA AUGUSTO FARIA ROCHA, 397
Cidade:PONTA GROSSA Bairro:JARDIM CARVALHO
CEP:84015-790 UF:PR
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:Levantamento de fauna silvestre
Município: Cascavel Município da sede: Três Barras do Paraná UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Biólogos (Especialidaddes diversas) e Médico Veterinário
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE; SUB-CAMPO: INVENTÁRIO, MANEJO E PRODUÇÃO DE ESPÉCIES DA
FAUNA SILVESTRE NATIVA E EXÓTICA. RT PELO LEVANTAMENTO DE FAUNA P/ A CGH GUARANI A SER IMPLANTADA NO RIO GUARANI,
ENTRE OS MUNICÍPIOS DE TRES BARRAS DO PARANÁ E QUEDAS DO IGUAÇU.
Valor: R$ 4000,00 Total de horas: 200
Início: 25 / 01 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data: / / Data: / / CRBio07-24 horas
RENATA Assinado de forma digital por RENATA Online em nosso site e
CAVALCA:80250556987
CAVALCA:80250556987 Dados: 2022.02.09 10:15:21 -03'00' depois o serviço
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº37596
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
Serviço Público Federal
Conselho Federal de Biologia
Conselho Regional de Biologia da 7ª Região
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 170 - 13º andar
Centro - Curitiba / Paraná - Brasil
CEP: 80020-090 - Fone (41) 3079-0077
crbio07@crbio07.gov.br

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:07-2094/22


CONTRATADO
Nome:ANDRESSA CORDEIRO RICETO Registro CRBio:130120/07-D
CPF:07841473966 Tel:97826184
E-Mail:andressariceto@live.com
Endereço:TV RAFAEL FRANCISCO GRECA, 99 AP 104 BL B
Cidade:CURITIBA Bairro:ÁGUA VERDE
CEP:80620-150 UF:PR
CONTRATANTE
Nome:GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:37.610.200/0001-76
Endereço:R ERECHIM, nº 841, sala 06
Cidade:CASCAVEL Bairro:CENTRO
CEP:85812-260 UF:PR
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Natureza: Prestação de Serviços - 1.1,1.2


Identificação:Elaboração do meio biótico do Plano de Controle Ambiental.
Município: Três Barras do Paraná Município da sede: Três Barras do Paraná UF:PR
Forma de participação: Equipe Perfil da equipe: Multidisciplinar.
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:Responsável pela elaboração do capítulo de fauna do meio biótico para a composição do Plano de Controle Ambiental
(PCA) do empreendimento CGH Guarani a ser implantado no Rio Guarani no município de Três Barras do Paraná-PR.
Valor: R$ 1500,00 Total de horas: 20
Início: 30 / 05 / 2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


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Data: 29 / 06 / 2022 Data: / / CRBio07-24 horas
Assinado de forma digital
MATHEUS por MATHEUS CAMPANHA Online em nosso site e
CAMPANHA FORTE:05544771901
FORTE:05544771901 Dados: 2022.06.29 16:30:30 depois o serviço
-03'00'
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante Conferência de ART
Protocolo Nº39647
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão

Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente


ART, razão pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos
Data: / / Assinatura do Profissional arquivos desse CRBio.

Data: / / Assinatura do Profissional

Data: / / Assinatura e carimbo do contratante


Data: / / Assinatura e carimbo do contratante
ANEXO II. Arranjo Geral da Usina

www.forteamb.com 561
ANEXO III. Cronograma Físico de Implantação da CGH Guarani

www.forteamb.com 562
Projeto Pré-Executivo
CGH Guarani

E267-04-RT-300-00-001-R0A 129
ANEXO IV. Detalhe do Canteiro de Obras

www.forteamb.com 563
BANHEIRO

H2 H3
H1

CONSULTORES ASSOCIADOS

CGH GUARANI - PROJETO PRÉ-EXECUTIVO


GERAL
CANTEIRO DE OBRAS E BOTA FORA
DETALHE

1:300 E267-05-DE-300-00-004 0A
ANEXO V. Geral Canteiro de Obras e Bota-Fora

www.forteamb.com 564
H3 H2 H1

BANHEIRO

7192000
VOLUMES DE ESCAVAÇAO
Escavação Comum 18.315 m³
Limpeza e destocamento de vegetação 2.300 m³
Escavação em Rocha 42.485 m³ CONSULTORES ASSOCIADOS
DESTINAÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO
Aterro canal de adução 4.000 m³
Acessos internos provisórios - terra 7.000 m³
Acessos internos definitivos - rocha 14.500 m³
CGH GUARANI - PROJETO PRÉ-EXECUTIVO
Bota-fora material destocado 2.300 m³ GERAL
Bota-fora material terroso 7.315 m³ ARRANJO GERAL
CANTEIRO DE OBRAS E BOTA FORA
Bota-fora material rochoso 27.985 m³
INDICADA E267-05-DE-300-00-003 0A
ANEXO VI. Mapas

www.forteamb.com 565
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE LOCALIZAÇÃO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta
(Município Três Barras
do Paraná)

CGH Guarani

Rio Guarani
Limites Municipais do Estado
do Paraná

Fonte:

Municípios retirados do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dadosgeoespaciais-
de-referencia

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
288960.000 289520.000 290080.000

7192640.000 CGH Guarani

7192640.000

7192514.000
Três Barras
do Paraná

289391.000
OBSERVAÇÕES
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ZONA 22S

LEGENDA

Áreas projeto
7192080.000

7192080.000
Canal de Adução/ Túnel de Adução
Rio Guarani

Casa de Força

PROJETO:
MAPA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA

PRANCHA:
01/01

ESCALA:
1: 7.000
DATA:
7191520.000

7191520.000
DEZEMBRO DE 2021

FORMATO:
A3

ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais

288960.000 289520.000 290080.000


CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA E DE INFLUÊNCIA
DIRETA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Fonte:

Localização:
https://www.google.com/maps?
ll=-25.37260,-53.09199&z=15&t=h

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA ZONA DE AMORTECIMENTO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:120.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

CGH Guarani

Rio Guarani

Parque Estadual Rio Guarani

Unidade de Conservação - UC

ZA Entorno - Gestão Estadual

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
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250366 Rio
255366 260366 270366 275366 entinh280366 285366 Rio290366 295366 Rio Iso
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0 5.000 10.000
m
15.000 Escala 1:280.000
Y
X
278701 281701 284701 287701 290701 293701 Y X
X
Y
X Y 296701 299701 g Tomada de Água/Barramento
Bacia do Rio Raios Portaria Interministerial 060/15 e IN IAP
Guaraniaçu
Adelaide 07/20
Catanduvas 20 km
15 km
RPPN Federal (ICMbio/2021)

7195679
Assentamento (INCRA)
Terras Indígenas (FUNAI/2021)
Zona de Amortecimento UC (IAT/2021)
1 Bacia do
-47
PR Iguaçu Unidade de Conservação Estadual (IAT/2021)
7192679

g Outras Geradoras de Energia (Set/2021)


Três Barras
do Paraná Bacia do
TIPO
g Tomada de Água/Barramento
Rio Guarani Quedas do CGH
Rodovias (DER/2019) Iguaçu
X
Y
Y
X PCH
Hidrografia (generalizada/IAT/2020)
UHE
7189679

Y
X
Divisa Municipal (IAT/2020) PR-484
Sedes Municipais
@
Bacias Hidrograficas (2019) Divisa Municipal (IAT/2020)
Grandes Bacias Hidrograficas (IAT/2017) Bacia do Hidrografia (generalizada/IAT/2020)
Bacia do Iguaçu Rio Perdido Massa d'água (IAT/COPEL 2011)
7186679

Rodovias (DER/2019)
Escala 1:110.000

Ri
Imagem Ilustrativa Gua o
rani

g Tomada de
Água/Barramento
Arranjo
Enquadramento da
Hidrografia - Classe 2
Ri
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(CONAMA 357/2005)
G
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Rio Gua

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Escala
Source: Esri, Maxar, GeoEye, Earthstar Geographics, CNES/Airbus DS, USDA, USGS, AeroGRID, IGN, and the
1:30.000 GIS User Community
Rio Macaco
Localização da CGH - Guarani, protocolo 18.845.932-7, interessadoGuarani Energia SPE LTDA, em relação à base de dados espaciais disponível quanto aos
impeditivos ambientais para a área analisada.
Fonte da Localização da CGH: arquivo kml anexo a este protocolado.
Emanuele J Saboia - IAT/NGI/GCGE - Data: 10/01/2022
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Fonte:

Bacia Hidrográfica retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA GEOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Geologia
Grupo Serra Geral.

Fonte:

Geologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE DECLIVIDADE

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Classe de Declividade
0 a 10

10 a 20

20 a 45

Fonte:

Declividade retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA GEOMORFOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Geomorfologia
Planícies Fluviais

Planalto de Cascavel

Planalto do Baixo Iguaçu

Planalto do Alto/Médio Piquiri

Fonte:

Geomorfologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA GEOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Geologia
Grupo Serra Geral.

Fonte:

Geologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA GEOMORFOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Geomorfologia
Planalto do Baixo Iguaçu

Fonte:

Geomorfologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE DECLIVIDADE

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Classe de Declividade
0 a 10

10 a 20

20 a 45

Fonte:

Declividade retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE SUSCETIBILIDADE À MOVIMENTO DE MASSA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Suscetibilidade à
Movimento de Massa
Baixissímo

Baixo

Médio

Alto

Fonte:

Definido pelos mapas de declividade, geomorfologia,


pedologia e uso do solo retirados do site do IAT:
https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE SUSCETIBILIDADE À MOVIMENTO DE MASSA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Suscetibilidade à
Movimento de Massa
Baixissímo

Baixo

Médio

Alto

Altissímo

Fonte:

Definido pelos mapas de declividade, geomorfologia,


pedologia e uso do solo retirados do site do IAT:
https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Aptidão do Solo
Regular - erosão

Inapto - erosão

Fonte:

Aptidão do solo retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Aptidão do Solo
Areas Urbanas

Bom

Regular

Inapto - erosão

Fonte:

Aptidão do solo retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE MINERAÇÃO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Indireta
(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Fases
Autorização de Pesquisa
Licenciamento
Requerimento de Pesquisa

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE CAVERNAS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:400.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Caverna

A Caverna mais próxima está,


aproximadamente, 118 quilômetros
(Km) distante do empreendimento

Fonte:

Potencial espeleológico retirada do site do ICMBio:


https://www.icmbio.gov.br/cecav/canie.html

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA PEDOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Pedologia
Latossolo

Neossolo

Nitossolo

Fonte:

Pedologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA PEDOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Pedologia
Neossolo

Nitossolo

Fonte:

Pedologia retirada do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Dados-e-
Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:500.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Bacias Hidrográficas
Rio Cascudo
Rio Chagu
Rio das Cobras
Rio Diamante
Rio Feio
Rio Guarani
Rio Perdido
Rio Pinhalito
Rio São Francisco

Fonte:

Bacias Hidrográficas retiradas do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-Dados-
Espaciaishttps://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-
Dados-Espaciais
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA HIDROGRAFIA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:25.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani
Corpos d'água

Fonte:

Recursos hídricos retirados do site da ANA:


https://metadados.snirh.gov.br/geonetwork/
srv/por/catalog.search#/metadata/
36bfc7e3-0648-473f-a388-c443cd6e18ab
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA HIDROGRAFIA

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani
Corpos d'água

Fonte:

Recursos hídricos retirados do site da ANA:


https://metadados.snirh.gov.br/geonetwork/
srv/por/catalog.search#/metadata/
36bfc7e3-0648-473f-a388-c443cd6e18ab
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS NASCENTES

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:20.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Nascentes

Rio Guarani

Fonte:

Nascentes retiradas do site do SICAR:


https://www.car.gov.br/publico/municipios
/downloads?sigla=PR

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS NASCENTES

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani
Nascente

Fonte:

Nascentes retiradas do site do SICAR:


https://www.car.gov.br/publico/municipios
/downloads?sigla=PR

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA HIDROGRAFIA REGIME

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Hidrografia Regime
Permanente

Temporário

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DOS PONTOS DE COLETA DA ÁGUA

Três Barras
do Paraná
P1

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:5.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução
Pontos de Coleta da água:
P1 - Tomada d' Água
P2 - Casa de Força

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais

P2
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DOS POÇOS DE ABASTECIMENTO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:30.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Rio Guarani

Poços de abastecimento
Consumo humano, Limpeza

Dessedentação de animais

Irrigação

Lavagem de veículos

Fonte:

Tabela de dados da outorga de captação


de água retirada do site do IAT:
https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/
Outorga-de-Recursos-Hidricos
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DOS POÇOS DE ABASTECIMENTO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Poços de abastecimento
Abastecimento público

Aqüicultura

Consumo humano

Consumo humano, Limpeza

Dessedentação de animais

Irrigação

Lavagem de veículos

Processo industrial

Fonte:

Tabela de dados da outorga de captação


de água retirada do site do IAT:
https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/
Outorga-de-Recursos-Hidricos
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DOS PONTOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA E EFLUENTES

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani
Poços de Captação de Água

Pontos de Efluentes

Fonte:

Tabela de dados da outorga de captação


de água e de efluentes retirada do site do IAT:
https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/
Outorga-de-Recursos-Hidricos
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS UNIDADES AQUÍFERAS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica
do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Unidades Aquíferas
Serra Geral Norte
Serra Geral Sul

Fonte:

Unidades Aquíferas retiradas do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-Dados-
Espaciaishttps://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-
Dados-Espaciais
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS ÁREAS DE INTERESSE ECOLÓGICO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:500.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Indireta
(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Áreas de Interesse Ecológico

Fonte:

Áreas de Proteção Ambiental retiradas do site do ICMBio:


https://www.icmbio.gov.br › kmz › ssp_fauna_x_ucs

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE CORREDORES ECOLÓGICOS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:40.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta


Área de Influência Indireta
(Raio de 5 Km a partir
da Casa de Força)
Corredor Ecológico
Rio Guarani
Stepping Stones

Fonte:

Floresta do Uso do Solo retirado do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-Dados-
Espaciaishttps://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Mapas-e-
Dados-Espaciais
ftp://geo_iat:geo_iat@200.189.114.112

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE USO DO SOLO COM SUPRESSÃO VEGETAL

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Túnel de Adução

Rio Guarani

Solo Exposto/Mineração

Pastagem/Campo

Agricultura Anual

Plantios Florestais

Floresta Nativa

Várzea

Área de Supressão Vegetal

Fonte:

Uso do Solo retirado do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina
/Dados-e-Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE USO DO SOLO COM SUPRESSÃO VEGETAL

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Canal de Adução

Emboque/Desemboque do Túnel

Túnel de Adução

Rio Guarani

Área de Supressão Vegetal

Uso do Solo
Pastagem/Campo

Agricultura Anual

Floresta Nativa

Corpos d’Água

Fonte:

Uso do Solo retirado do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina
/Dados-e-Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS PARCELAS (AMOSTRA)

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:20.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Canal de Adução

Emboque/Desemboque do Túnel

Túnel de Adução

Rio Guarani

Localização das Parcelas

Parcelas

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS UNIDADES FITOSSOCIOLÓGICAS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:200.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Indireta


(Bacia Hidrográfica do Rio Guarani)

CGH Guarani

Rio Guarani

Floresta Estacional Semidecidual

Floresta Ombrófila Mista

Fonte:

Formações fitogeográficas retiradas do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina
/Dados-e-Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DA SUPRESSÃO VEGETAL E DA FITOFISIONOMIA LOCAL

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Canal de Adução

Emboque/Desemboque do Túnel

Túnel de Adução

Rio Guarani

Floresta Ombrófila Mista

Área de Supressão Vegetal

Fonte:

Formações fitogeográficas retiradas do site do IAT:


https://www.iat.pr.gov.br/Pagina
/Dados-e-Informacoes-Geoespaciais-Tematicos

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE SITUAÇÃO - FUNDIÁRIO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Área Diretamente Afetada


Limites das propriedades -
(Áreas Afetadas com o número
do registro de matrícula)

Fonte:

Limites de cada área imóvel retirados


no site do INCRA - Sigef:
https://certificacao.incra.gov.br
/csv_shp/export_shp.py
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE USO DO SOLO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:9.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Área de Influência Direta

Área Diretamente Afetada

Calha do Rio

Canal de Adução

Casa de Força

Emboque/Desemboque do Túnel

Estruturas do Projeto

Túnel de Adução

Solo Exposto/Mineração

Pastagem/Campo

Agricultura Perene

Agricultura Anual

Plantios Florestais

Floresta Nativa

Várzea

Corpos d’Água

Fonte:

Uso do Solo nos Municípios retirados


do site do IAT no acesso à pasta:
ftp://geo_iat:geo_iat@200.189.114.112

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE USO DO SOLO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:120.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta
(Município Três Barras
do Paraná)

CGH Guarani

Rio Guarani

Uso do Solo
Área Construída

Área Urbanizada

Solo Exposto/Mineração

Pastagem/Campo

Agricultura Perene

Agricultura Anual

Plantios Florestais

Floresta Nativa

Várzea

Corpos d’Água

Fonte:

Uso do Solo nos Municípios retirados


do site do IAT no acesso à pasta:
ftp://geo_iat:geo_iat@200.189.114.112

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DE TURISMO E LAZER - TRÊS BARRAS DO PARANÁ

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
Indústria PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:10.000
DATA: MAIO DE 2022
LEGENDA:

Hotel
Turismo e Lazer Três
Barras do Parana

Secretaria
Salão de Municipal de
Mercado Educação Restaurante
Beleza
Bar
Posto de
Combustível
Delegacia

Restaurante
Posto de Hotel Banco
Igreja Loja
Combustível Mecânica

Prefeitura
Mecânica
Mecânica Municipal de Hospital
Três Barras
Loja do Paraná Advocacia
Mercado

Hotel

Mercado
Fonte:
Mercado

Farmácia
Bar
Município: https://www.google.com/maps/
@-25.4207817,-53.1823662,17z

Bar
Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:120.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta
(Município Três Barras
do Paraná)

CGH Guarani

Rio Guarani

Unidades de Conservação - UC

Fonte:

Unidades de conservação retiradas do site do ICMBio:


https://sistemas.icmbio.gov.br/simrppn/publico/

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DAS RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO
NATURAL - RPPN

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:250.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta
(Município Três Barras
do Paraná)

CGH Guarani

Rio Guarani

RPPN

Fonte:

Reservas Particulares do Patrimônio Natural


(RPPN) retiradas do site do ICMBio:
https://sistemas.icmbio.gov.br/simrppn/publico/

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
CGH Guarani
PROJETO:
MAPA DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS

Três Barras
do Paraná

OBSERVAÇÕES:
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR (UTM)
DATUM: SIRGAS 2000 - ESCALA 1:120.000
DATA: JUNHO DE 2022
LEGENDA:
Área de Influência Direta
(Município Três Barras
do Paraná)

CGH Guarani

Rio Guarani

Bem Arqueológico

Fonte:

Sítios Arqueológicos retirados do site do IPHAN:


http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1701/

Empreendedor:

GUARANI ENERGIA
SPE LTDA
ELABORAÇÃO: Forte Soluções Ambientais
ANEXO VII. Pontos de Sondagem

www.forteamb.com 566
ANEXO VIII. Registros fotográficos da Campanha de Sondagem

www.forteamb.com 567
FOTO EXECUÇÃO DO FURO DE SONDAGEM SM – 01

RW - Rua Henrique D’Ávila, 656 – 95.760-000 São Sebastião do Caí – RS – Fone (51) 3635-1445; www.rwgeologia.com.br
FOTO EXECUÇÃO DO FURO DE SONDAGEM SM – 02

RW - Rua Henrique D’Ávila, 656 – 95.760-000 São Sebastião do Caí – RS – Fone (51) 3635-1445; www.rwgeologia.com.br
FOTO EXECUÇÃO DO FURO DE SONDAGEM SR – 01

RW - Rua Henrique D’Ávila, 656 – 95.760-000 São Sebastião do Caí – RS – Fone (51) 3635-1445; www.rwgeologia.com.br
FOTO EXECUÇÃO DO FURO DE SONDAGEM SR – 02

RW - Rua Henrique D’Ávila, 656 – 95.760-000 São Sebastião do Caí – RS – Fone (51) 3635-1445; www.rwgeologia.com.br
PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 01 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 1,25m ESCALA: 1:5

Colúvio 0,00m a 1,00m. Pedras e pedregulhos com argila arenosa de


cor marrom, com presença de raízes.

Solo de alteração 1,00m a 1,25m. Silte arenoso de cor cinza.


PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 02 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 0,80m ESCALA: 1:5

Colúvio 0,00m a 0,80m. Pedras e pedregulhos com argila arenosa de


cor marrom, com presença de raízes.
PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 03 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 2,20m ESCALA: 1:5

Colúvio 0,00m a 1,80m. Pedras e pedregulhos com argila arenosa de


cor marrom, com presença de raízes.

Solo de alteração 1,80m a 2,20m. Silte arenoso, cor cinza-avermelhado.


PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 04 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 1,20m ESCALA: 1:5

Colúvio 0,00m a 1,20m. Pedras e pedregulhos com argila arenosa de


cor marrom, com presença de raízes.
PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 05 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 3,00m ESCALA: 1:5

Solo saprolítico 0,00m a 3,00m. Fragmentos de rocha com


alteração de rocha, cor marrom-amarelada.
PROJETO: CLIENTE:
GUARANI ENERGIA
CGH GUARANI SPE LTDA

SONDAGEM Nº: PE - 06 AZT./INCL.: VERTICAL


TRECHO: 0,00m A 0,00m ESCALA: 1:5

Rocha aflorando.
ANEXO IX. Detalhes da estrutura

www.forteamb.com 568
ANEXO X. Laudo das Análises de Qualidade da Água

www.forteamb.com 569
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 2 Emissão 11/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P2 - CASA DE FORÇA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 12:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978218 5873FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P2 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.218A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1)
ALCALINIDADE TOTAL, água
(a)
Alcalinidade Total 29,10 mg/L ----------- 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Bicarbonatos 29,10 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Carbonato <4,00 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Hidróxidos <4,00 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
(2) (a)
ALUMÍNIO DISSOLVIDO 0,049 mg/L ---------- 0,015 21-02-2022 04-03-2022
(3) (a)
AMÔNIA <0,35 mg/L de NH3 ---------- 0,35 21-02-2022 25-02-2022
(2) (a)
CÁDMIO TOTAL 0,012 mg/L ---------- 0,001 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
CÁLCIO <0,156 mg/L ----------- 0,156 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
CHUMBO TOTAL <0,01 mg/L ---------- 0,01 21-02-2022 04-03-2022
(4) (a)
CLORETO TOTAL 5,09 mg/L ---------- 3,00 21-02-2022 25-02-2022
(2) (a)
COBRE <0,011 mg/L ---------- 0,011 21-02-2022 04-03-2022
(5) (a)
CONDUTIVIDADE 129,16 µS/cm ---------- 0,90 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
CROMO TOTAL <0,008 mg/L ---------- 0,008 21-02-2022 04-03-2022
(6) (a)
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO <3,00 mg/L ---------- 3,00 21-02-2022 28-02-2022
5/20 ºC
(7) (a)
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO - DQO <10,00 mg/L ---------- 10,00 21-02-2022 24-02-2022
(8) (a)
FENOIS TOTAIS <0,20 mg/L ---------- 0,20 21-02-2022 24-02-2022
(2) (a)
MAGNÉSIO 3,490 mg/L ----------- 0,06 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
NÍQUEL TOTAL <0,009 mg/L ---------- 0,009 21-02-2022 04-03-2022
(3) (a)
NITROGÊNIO AMONIACAL TOTAL <0,30 mg/L de N-NH3 ---------- 0,30 21-02-2022 25-02-2022
(9) (a)
NITROGÊNIO KJELDAHL TOTAL <2,80 mg/L ----------- 2,80 21-02-2022 26-02-2022
(9) (a)
NITROGÊNIO ORGÂNICO <2,80 mg/L ----------- 2,80 21-02-2022 26-02-2022
(10) (a)
NITROGÊNIO TOTAL 0,60 mg/L ---------- 0,50 21-02-2022 25-02-2022
(11) (a)
ÓLEOS E GRAXAS TOTAL <10,00 mg/L ----------- 10,00 21-02-2022 25-02-2022
(12) (a)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 6,52 mg/L ---------- 0 a 60 21-02-2022 24-02-2022
(13) (a)
DETERMINAÇÃO DE pH 7,98 U pH ---------- 2 a 12 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
POTÁSSIO 2,410 mg/L ----------- 0,158 21-02-2022 04-03-2022
(14) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS 154,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS 126,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(16) (a)
SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS 10,00 mg/L ----------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS TOTAIS FIXOS 112,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS 108,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
(17) (a)
SÓLIDOS TOTAIS 220,00 mg/L --------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.218A-0 - Continuação
(18) (a)
SULFATO TOTAL (SO4) <0,30 mg/L ---------- 0,30 21-02-2022 04-03-2022
(19) (a)
TURBIDEZ 9,60 NTU ou uT ---------- 0,04 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
ZINCO TOTAL <0,011 mg/L ---------- 0,011 21-02-2022 04-03-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) NBR 13736/96 - Agua -Determinação de alcalinidade - Método titulométrico, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
(2) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017. Method 3030 H - 3120
(3) PE FQ 116
(4) ABNT NBR 13797:1997 ■ Determinação de cloretos - Métodos titulométricos do nitrato mercúrico e do nitrato de prata
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2510 B
(6) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5210 B
(7) PE FQ 015
(8) PE FQ 080
(9) PE FQ 019
(10) PE FQ 029
(11) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5520 D
(12) PE FQ 030
(13) PE FQ 049
(14) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 C
(15) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 E
(16) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 D
(17) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 B
(18) PE FQ 114
(19) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2130 B
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk3ODIxOH e a série w1ODczRlEyMnww
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 11/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P2 - CASA DE FORÇA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 12:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978218 5873FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P2 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.218-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1) (a)
FOSFORO TOTAL <0,02 mg/L ---------- 0,02 21-02-2022 04-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(2) (a)
MERCÚRIO TOTAL <0,0001 mg/L ---------- 0,0001 21-02-2022 10-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(3) (a)
NITRATO <0,50 mg/L N-NO3 ---------- 0,50 21-02-2022 25-02-2022
(4) (a)
NITRITO <0,04 mg/L de N-NO2 ---------- 0,04 21-02-2022 24-02-2022
(5) (a)
SALINIDADE 0,00 ppt ---------- NE 21-02-2022 23-02-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) SMEWW 23° ed., 2017. Método 3030 B, 3030 E, 3125 B
(2) PR-Tb-IN 010
(3) PE FQ 017
(4) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 NO2 B
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

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DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

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GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
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R ERECHIM 85812260
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CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 08/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P2 - CASA DE FORÇA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 12:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978220 18672MB22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P2 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.978.220A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Contagem de Escherichia coli 2.000 UFC/100 mL SVR 22-02-2022 24-02-2022
(2) (a)
NMP de Coliformes termotolerantes a 45°C 1,3 x 10¹ NMP/100mL SVR 22-02-2022 25-02-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMWW, Métodos 9222 B, D e E. 23ª Edição 2017.
(2) SMWW, Métodos 9221 B, E e F. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

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Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
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CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 08/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P2 - CASA DE FORÇA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 12:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978220 18672MB22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P2 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.978.220-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Densidade de Cianobactérias 68,0 Cel/mL VMP - 50000 ceL/mL 21-02-2022 08-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMEWW 23° Ed. 2017 - Método 10200 F
Informações adicionais:
(a) Resolução nº 357, 17 de março de 2005 - Águas doces
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk3ODIyMH e a série wxODY3Mk1CMjJ8MA==
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 2 Emissão 11/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P1 - TOMADA D'ÁGUA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 11:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978217 5872FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P1 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.217A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1)
ALCALINIDADE TOTAL, água
(a)
Alcalinidade Total 60,62 mg/L ----------- 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Bicarbonatos 60,62 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Carbonato <4,00 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
Alcalinidade de Hidróxidos <4,00 mg/L ------ 4,00 21-02-2022 23-02-2022
(2) (a)
ALUMÍNIO DISSOLVIDO 0,024 mg/L ---------- 0,015 21-02-2022 04-03-2022
(3) (a)
AMÔNIA <0,35 mg/L de NH3 ---------- 0,35 21-02-2022 25-02-2022
(2) (a)
CÁDMIO TOTAL <0,001 mg/L ---------- 0,001 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
CÁLCIO <0,156 mg/L ----------- 0,156 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
CHUMBO TOTAL <0,01 mg/L ---------- 0,01 21-02-2022 04-03-2022
(4) (a)
CLORETO TOTAL 6,37 mg/L ---------- 3,00 21-02-2022 25-02-2022
(2) (a)
COBRE <0,011 mg/L ---------- 0,011 21-02-2022 04-03-2022
(5) (a)
CONDUTIVIDADE 129,65 µS/cm ---------- 0,90 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
CROMO TOTAL <0,008 mg/L ---------- 0,008 21-02-2022 04-03-2022
(6) (a)
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO <3,00 mg/L ---------- 3,00 21-02-2022 28-02-2022
5/20 ºC
(7) (a)
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO - DQO <10,00 mg/L ---------- 10,00 21-02-2022 24-02-2022
(8) (a)
FENOIS TOTAIS <0,20 mg/L ---------- 0,20 21-02-2022 24-02-2022
(2) (a)
MAGNÉSIO 1,790 mg/L ----------- 0,06 21-02-2022 04-03-2022
(2) (a)
NÍQUEL TOTAL <0,009 mg/L ---------- 0,009 21-02-2022 04-03-2022
(3) (a)
NITROGÊNIO AMONIACAL TOTAL <0,30 mg/L de N-NH3 ---------- 0,30 21-02-2022 25-02-2022
(9) (a)
NITROGÊNIO KJELDAHL TOTAL <2,80 mg/L ----------- 2,80 21-02-2022 26-02-2022
(9) (a)
NITROGÊNIO ORGÂNICO <2,80 mg/L ----------- 2,80 21-02-2022 26-02-2022
(10) (a)
NITROGÊNIO TOTAL 0,51 mg/L ---------- 0,50 21-02-2022 25-02-2022
(11) (a)
ÓLEOS E GRAXAS TOTAL <10,00 mg/L ----------- 10,00 21-02-2022 25-02-2022
(12) (a)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 6,63 mg/L ---------- 0 a 60 21-02-2022 24-02-2022
(13) (a)
DETERMINAÇÃO DE pH 8,13 U pH ---------- 2 a 12 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
POTÁSSIO 1,660 mg/L ----------- 0,158 21-02-2022 04-03-2022
(14) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS 77,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS 57,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(16) (a)
SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS 12,00 mg/L ----------- 1,00 21-02-2022 25-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS TOTAIS FIXOS 90,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
(15) (a)
SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS 62,00 mg/L ---------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
(17) (a)
SÓLIDOS TOTAIS 152,00 mg/L --------- 1,00 21-02-2022 26-02-2022
Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.217A-0 - Continuação
(18) (a)
SULFATO TOTAL (SO4) <0,30 mg/L ---------- 0,30 21-02-2022 04-03-2022
(19) (a)
TURBIDEZ 6,09 NTU ou uT ---------- 0,04 21-02-2022 22-02-2022
(2) (a)
ZINCO TOTAL <0,011 mg/L ---------- 0,011 21-02-2022 04-03-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) NBR 13736/96 - Agua -Determinação de alcalinidade - Método titulométrico, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
(2) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017. Method 3030 H - 3120
(3) PE FQ 116
(4) ABNT NBR 13797:1997 ■ Determinação de cloretos - Métodos titulométricos do nitrato mercúrico e do nitrato de prata
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2510 B
(6) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5210 B
(7) PE FQ 015
(8) PE FQ 080
(9) PE FQ 019
(10) PE FQ 029
(11) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5520 D
(12) PE FQ 030
(13) PE FQ 049
(14) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 C
(15) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 E
(16) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 D
(17) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 B
(18) PE FQ 114
(19) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2130 B
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk3ODIxN3 e a série w1ODcyRlEyMnww
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 11/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P1 - TOMADA D'ÁGUA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 11:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978217 5872FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P1 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.978.217-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1) (a)
FOSFORO TOTAL <0,02 mg/L ---------- 0,02 21-02-2022 04-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(2) (a)
MERCÚRIO TOTAL <0,0001 mg/L ---------- 0,0001 21-02-2022 10-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(3) (a)
NITRATO <0,50 mg/L N-NO3 ---------- 0,50 21-02-2022 25-02-2022
(4) (a)
NITRITO <0,04 mg/L de N-NO2 ---------- 0,04 21-02-2022 24-02-2022
(5) (a)
SALINIDADE 0,00 ppt ---------- NE 21-02-2022 23-02-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) SMEWW 23° ed., 2017. Método 3030 B, 3030 E, 3125 B
(2) PR-Tb-IN 010
(3) PE FQ 017
(4) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 NO2 B
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk3ODIxN3 e a série w1ODcyRlEyMnww
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 08/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P1 - TOMADA D'ÁGUA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 11:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978219 18671MB22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
16/02/2022 08:48 P1 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.978.219A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Contagem de Escherichia coli 5.000 UFC/100 mL SVR 22-02-2022 24-02-2022
(2) (a)
NMP de Coliformes termotolerantes a 45°C 7,9 x 10¹ NMP/100mL SVR 22-02-2022 25-02-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMWW, Métodos 9222 B, D e E. 23ª Edição 2017.
(2) SMWW, Métodos 9221 B, E e F. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

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DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

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Página 1 de 1 Emissão 08/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA SUPERFICIAL NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
P1 - TOMADA D'ÁGUA - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 15/02/2022 11:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9978219 18671MB22 NA
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16/02/2022 08:48 P1 5,4°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.978.219-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Densidade de Cianobactérias 175,0 Cel/mL VMP - 50000 ceL/mL 21-02-2022 08-03-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMEWW 23° Ed. 2017 - Método 10200 F
Informações adicionais:
(a) Resolução nº 357, 17 de março de 2005 - Águas doces
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

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DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

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GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 19/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
NI - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
ni ni 08/03/2022 16:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9989471 8532FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/03/2022 11:10 460606 3,9°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.989.471A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1)
CLOROFILA A <0,1 µg/L Sem Valor de Referência 0,1 12-03-2022 19-03-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 Method 10200 H
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk4OTQ3MX e a série w4NTMyRlEyMnww
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 Emissão 19/03/2022
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
NI - SOLICITANTE
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
ni ni 08/03/2022 16:30 28,9°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
9989470 8531FQ22 NA
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/03/2022 11:10 461606 3,9°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 9.989.470A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1)
CLOROFILA A <0,1 µg/L Sem Valor de Referência 0,1 12-03-2022 19-03-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 Method 10200 H
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTk4OTQ3MH e a série w4NTMxRlEyMnww
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 2 24/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
CASA DE FORÇA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 14:58 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022675 15988FQ22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.675A-1


Errata:
Este relatorio de ensaio substitui e invalida o de N: 10022675-0

Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim


(1)
ALCALINIDADE TOTAL, água
(a)
Alcalinidade Total 32,00 mg/L Sem valor de referência 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Bicarbonatos 32,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Carbonato <4,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Hidróxidos <4,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
(2)
ALUMÍNIO DISSOLVIDO 0,102 mg/L Sem Valor de Referência 0,015 10-05-2022 19-05-2022
(3) (a)
AMÔNIA <0,02 mg/L de NH3 VMP - 1,2 mg/L 0,02 10-05-2022 13-05-2022
(2) (a)
CÁDMIO TOTAL <0,001 mg/L VMP - 0,003 mg/L 0,001 10-05-2022 19-05-2022
(2)
CÁLCIO 3,350 mg/L Sem valor de referência 0,156 10-05-2022 19-05-2022
(2) (a)
CHUMBO TOTAL <0,01 mg/L VMP - 0,01 mg/L 0,01 10-05-2022 19-05-2022
(4) (a)
CLORETO TOTAL <3,00 mg/L VMP - 250 mg/L 3,00 10-05-2022 17-05-2022
(5)
CLOROFILA A <0,1 µg/L Sem Valor de Referência 0,1 10-05-2022 13-05-2022
(2) (a)
COBRE <0,011 mg/L VMP - 2 mg/L 0,011 10-05-2022 19-05-2022
(6)
CONDUTIVIDADE 78,91 µS/cm Sem Valor de Referência 0,90 10-05-2022 12-05-2022
(2) (a)
CROMO TOTAL <0,008 mg/L VMP - 0,05 mg/L 0,008 10-05-2022 19-05-2022
(7)
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO <3,00 mg/L Sem Valor de Referência 3,00 10-05-2022 17-05-2022
5/20 ºC
(8)
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO - DQO <10,00 mg/L Sem Valor de Referência 10,0 10-05-2022 12-05-2022
(9)
FENOIS TOTAIS <0,20 mg/L Sem valor de referência 0,20 10-05-2022 18-05-2022
(2)
FOSFORO TOTAL <0,111 mg/L Sem Valor de Referência 0,111 10-05-2022 19-05-2022
(2)
MAGNÉSIO 3,180 mg/L Sem valor de referência 0,06 10-05-2022 19-05-2022
(2) (a)
NÍQUEL TOTAL <0,009 mg/L VMP - 0,07 mg/L 0,009 10-05-2022 19-05-2022
(3)
NITROGÊNIO AMONIACAL TOTAL <0,02 mg/L de N-NH3 Sem Valor de Referência 0,02 10-05-2022 13-05-2022
(10)
NITROGÊNIO KJELDAHL TOTAL <2,80 mg/L ------ 2,80 10-05-2022 18-05-2022
(10)
NITROGÊNIO ORGÂNICO <2,80 mg/L Sem valor de referência 2,80 10-05-2022 18-05-2022
(11)
NITROGÊNIO TOTAL 1,28 mg/L Sem valor de referência 0,50 10-05-2022 16-05-2022
(12)
ÓLEOS E GRAXAS TOTAL <10,00 mg/L Sem valor de referência 10,00 10-05-2022 20-05-2022
(13)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 7,40 mg/L Sem Valor de Referência 0 a 30 10-05-2022 11-05-2022
Observação:
Análise realizada in loco.
(14) (a)
DETERMINAÇÃO DE pH 6,27 U pH Entre - 6,0 a 9,5 2 a 12 10-05-2022 11-05-2022
Observação:
Análise realizada in loco.
Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.675A-1 - Continuação
(2)
POTÁSSIO 0,773 mg/L Sem valor de referência 0,158 10-05-2022 19-05-2022
(15) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS 69,00 mg/L VMP - 500 mg/L 1,00 10-05-2022 17-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS 62,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(17)
SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS <1,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 12-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS TOTAIS FIXOS 7,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS 65,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(18)
SÓLIDOS TOTAIS 72,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 17-05-2022
(19) (a)
TURBIDEZ 4,30 NTU ou uT VMP - 5 uT 0,04 10-05-2022 12-05-2022
(2) (a)
ZINCO TOTAL <0,011 mg/L VMP - 5 mg/L 0,011 10-05-2022 19-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) NBR 13736/96 - Agua -Determinação de alcalinidade - Método titulométrico, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
(2) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017. Method 3030 H - 3120
(3) PE FQ 001
(4) ABNT NBR 13797:1997 ■ Determinação de cloretos - Métodos titulométricos do nitrato mercúrico e do nitrato de prata
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 Method 10200 H
(6) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2510 B
(7) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5210 B
(8) PE FQ 015
(9) PE FQ 080
(10) PE FQ 019
(11) PE FQ 029
(12) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5520 D
(13) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 O G
(14) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 H+
(15) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 C
(16) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 E
(17) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 D
(18) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 B
(19) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2130 B
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
(b) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série V8MTU5ODhGUTIyfDE=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 24/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
CASA DE FORÇA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 14:58 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022675 15988FQ22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.675-1


Errata:
Este relatorio de ensaio substitui e invalida o de N: 10022675-0

Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim


(1) (a)
MERCÚRIO TOTAL <0,0001 mg/L VMP - 0,001 mg/L 0,0001 10-05-2022 24-05-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(2) (a)
NITRATO 0,76 mg/L N-NO3 VMP - 10 mg/L 0,50 10-05-2022 12-05-2022
(3) (a)
NITRITO <0,04 mg/L de N-NO2 VMP - 1 mg/L 0,04 10-05-2022 18-05-2022
(4)
SALINIDADE 0,00 ppt Sem valor de referência NE 10-05-2022 12-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) PR-Tb-IN 010
(2) PE FQ 017
(3) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 NO2 B
(4) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série V8MTU5ODhGUTIyfDE=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 18/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
TOMADA D'ÁGUA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 13:38 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022674 45918MB22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 10.022.674A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Contagem de Escherichia coli 8 UFC/100 mL Ausência em 100mL 11-05-2022 12-05-2022
(2) (b)
NMP de Coliformes termotolerantes a 45°C >230 NMP/100mL SVR 11-05-2022 14-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) ISO 9308-1:2014
(2) SMWW, Métodos 9221 B, E e F. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
(b) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série R8NDU5MThNQjIyfDA=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 2 24/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
TOMADA D'ÁGUA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 13:38 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022673 15987FQ22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.673A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1)
ALCALINIDADE TOTAL, água
(a)
Alcalinidade Total 31,00 mg/L Sem valor de referência 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Bicarbonatos 31,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Carbonato <4,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
Alcalinidade de Hidróxidos <4,00 mg/L ------ 4,00 10-05-2022 13-05-2022
(2)
ALUMÍNIO DISSOLVIDO 0,100 mg/L ------ 0,015 10-05-2022 19-05-2022
(3) (a)
AMÔNIA <0,02 mg/L de NH3 VMP - 1,2 mg/L 0,02 10-05-2022 13-05-2022
(2) (a)
CÁDMIO TOTAL <0,001 mg/L VMP - 0,003 mg/L 0,001 10-05-2022 19-05-2022
(2)
CÁLCIO 6,100 mg/L ------ 0,156 10-05-2022 19-05-2022
(2) (a)
CHUMBO TOTAL <0,01 mg/L VMP - 0,01 mg/L 0,01 10-05-2022 19-05-2022
(4) (a)
CLORETO TOTAL <3,00 mg/L VMP - 250 mg/L 3,00 10-05-2022 17-05-2022
(5)
CLOROFILA A <0,1 µg/L Sem Valor de Referência 0,1 10-05-2022 13-05-2022
(2) (a)
COBRE 0,012 mg/L VMP - 2 mg/L 0,011 10-05-2022 19-05-2022
(6)
CONDUTIVIDADE 79,69 µS/cm Sem Valor de Referência 0,90 10-05-2022 12-05-2022
(2) (a)
CROMO TOTAL <0,008 mg/L VMP - 0,05 mg/L 0,008 10-05-2022 19-05-2022
(7)
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO - DBO <3,00 mg/L Sem Valor de Referência 3,00 10-05-2022 17-05-2022
5/20 ºC
(8)
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO - DQO <10,00 mg/L Sem Valor de Referência 10,0 10-05-2022 12-05-2022
(9)
FENOIS TOTAIS <0,20 mg/L ------ 0,20 10-05-2022 18-05-2022
(2)
FOSFORO TOTAL <0,111 mg/L Sem Valor de Referência 0,111 10-05-2022 19-05-2022
(2)
MAGNÉSIO 3,220 mg/L ------ 0,06 10-05-2022 19-05-2022
(2) (a)
NÍQUEL TOTAL <0,009 mg/L VMP - 0,07 mg/L 0,009 10-05-2022 19-05-2022
(3)
NITROGÊNIO AMONIACAL TOTAL <0,02 mg/L de N-NH3 Sem Valor de Referência 0,02 10-05-2022 13-05-2022
(10)
NITROGÊNIO KJELDAHL TOTAL <2,80 mg/L ------ 2,80 10-05-2022 18-05-2022
(10)
NITROGÊNIO ORGÂNICO <2,80 mg/L ------ 2,80 10-05-2022 18-05-2022
(11)
NITROGÊNIO TOTAL 0,99 mg/L ------ 0,50 10-05-2022 16-05-2022
(12)
ÓLEOS E GRAXAS TOTAL <10,00 mg/L ------ 10,00 10-05-2022 20-05-2022
(13)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO 6,09 mg/L Sem Valor de Referência 0 a 30 10-05-2022 11-05-2022
Observação:
Análise realizada in loco.
(14) (a)
DETERMINAÇÃO DE pH 6,24 U pH Entre - 6,0 a 9,5 2 a 12 10-05-2022 11-05-2022
Observação:
Análise realizada in loco.
(2)
POTÁSSIO 0,754 mg/L ------ 0,158 10-05-2022 19-05-2022
Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.673A-0 - Continuação
(15) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS 26,50 mg/L VMP - 500 mg/L 1,00 10-05-2022 17-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS DISSOLVIDOS VOLÁTEIS 6,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(17)
SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS <1,00 mg/L ------ 1,00 10-05-2022 12-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS TOTAIS FIXOS 38,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(16) (a)
SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS 16,00 mg/L Sem valor de referência 1,00 10-05-2022 18-05-2022
(18)
SÓLIDOS TOTAIS 54,00 mg/L ------ 1,00 10-05-2022 17-05-2022
(19) (a)
TURBIDEZ 5,27 NTU ou uT VMP - 5 uT 0,04 10-05-2022 12-05-2022
(2) (a)
ZINCO TOTAL <0,011 mg/L VMP - 5 mg/L 0,011 10-05-2022 19-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) NBR 13736/96 - Agua -Determinação de alcalinidade - Método titulométrico, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
(2) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017. Method 3030 H - 3120
(3) PE FQ 001
(4) ABNT NBR 13797:1997 ■ Determinação de cloretos - Métodos titulométricos do nitrato mercúrico e do nitrato de prata
(5) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 Method 10200 H
(6) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2510 B
(7) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5210 B
(8) PE FQ 015
(9) PE FQ 080
(10) PE FQ 019
(11) PE FQ 029
(12) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 5520 D
(13) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 O G
(14) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 H+
(15) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 C
(16) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 E
(17) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 D
(18) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2540 B
(19) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 2130 B
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série N8MTU5ODdGUTIyfDA=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 24/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
TOMADA D'ÁGUA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 13:38 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022673 15987FQ22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Físico-Químico - 10.022.673-0


Ensaio Resultado Unidade Referência LQ Início Fim
(1) (a)
MERCÚRIO TOTAL <0,0001 mg/L VMP - 0,001 mg/L 0,0001 10-05-2022 24-05-2022
Observação:
Ensaio realizado por laboratório de apoio em intercâmbio
com Laboratório A3Q.
(2) (a)
NITRATO 0,70 mg/L N-NO3 VMP - 10 mg/L 0,50 10-05-2022 12-05-2022
(3) (a)
NITRITO <0,04 mg/L de N-NO2 VMP - 1 mg/L 0,04 10-05-2022 18-05-2022
(4)
SALINIDADE 0,00 ppt ------ NE 10-05-2022 12-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | LQ = Limite de Quantificação | NE = Não Especificado | ND = Não Detectável | VMP = Valor Máximo Permitido
Metodologia(s):
(1) PR-Tb-IN 010
(2) PE FQ 017
(3) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017 - Method 4500 NO2 B
(4) APHA, AWWA, WEF - Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed. 2017
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

Crbio PR: 83724/07-D CRF PR: 716


Lilian Patricia Ramos Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série N8MTU5ODdGUTIyfDA=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
GUARANI ENERGIA SPE LTDA 37610200000176
Endereço: CEP:
R ERECHIM 85812260
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
CASCAVEL MS RENATA CAVALCA 45 98403-0873
Página 1 de 1 18/05/2022 Emissão
Dados Fornecido pelo Solicitante
Local da amostragem / Órgão expedidor: Remessa:
GUARANI ENERGIA SPE LTDA NI
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
CASA DE FORÇA - NA
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
NI NI 09/05/2022 14:58 18°C GUARANI ENERGIA SPE LTDA
Observação:
TEMP. AR: 23°C

Dados Laboratório
Ordem Serviço: Código da amostra: Número da requisição: Resp. coleta:
10022676 45919MB22 NI ROBERTO - A3Q
Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
09/05/2022 17:52 NI 3,2°C NORMAL - FRASCO

Relatório de Ensaio Microbiológico - 10.022.676A-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1) (a)
Contagem de Escherichia coli 6 UFC/100 mL Ausência em 100mL 11-05-2022 12-05-2022
(2) (b)
NMP de Coliformes termotolerantes a 45°C >230 NMP/100mL SVR 11-05-2022 14-05-2022

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) ISO 9308-1:2014
(2) SMWW, Métodos 9221 B, E e F. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Portaria GM/MS Nº 888, de 04 de maio de 2021, que altera o Anexo XX da Portaria de Consolidação n°5, de 28 de setembro de 2017
(b) Legislação não solicitada
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.

Comentário(s):
Laboratório de ensaio acreditado pela Cgcre de acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob numero CRL 0298.
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRBIO - PR: 108044107-D CRF PR: 716


Bruna Camila Garcia Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código MTAwMjI2Nz e a série Z8NDU5MTlNQjIyfDA=
DQ 087 Revisão 0.0 - 03/01/2022 Relatório de Ensaios
ANEXO XI. Documentos IPHAN

www.forteamb.com 570
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