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CODEMIG / CERTI

Objeto:
MEMORIAL DESCRITIVO DE PAVIMENTAÇÃO

Arquivo:
LFITR-PA-EX-MD-00-001-R07-MemorialDescritivo

Obra:
LABORATÓRIO-FÁBRICA DE IMÃS DE TERRAS RARAS

Localização - UF
LAGOA SANTA - MG

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


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DADOS DO PROJETO

Título do Projeto:
MEMORIAL DESCITIVO DE PAVIMENTAÇÃO

Obra:
LabFabITR Laboratório-Fábrica de Ímãs de Terras-Raras

Proprietário:
CODEMIG – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS
CNPJ: 19.791.581/0001-55

Localização - UF
AVENIDA BELMIRO JOÃO SALOMÃO – BAIRRO LATICAM GOMIDES
LAGOA SANTA – MG

Coordenadas UTM SIRGAS-2000


N=7830.057,425
E=616.905,949

Zoneamento:
ADE-4

Modelo de Ocupação:
MA-09

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


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DADOS DO PROJETISTA

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

SERGIO LUBITZ
REGISTRO NACIONAL 250608442-8, CREA SANTA CATARINA NO 13.434-3, CREA SÃO PAULO NO
5060038266, CREA RIO GRANDE DO SUL NO 113.013, CREA MATO GROSSO NO 10.729, CREA
PARANÁ NO 081.773

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ÍNDICE
PARTE 1 – PAVIMENTO RÍGIDO .................................................................................................................. 7
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 7
2. MEMORIAL JUSTIFICATIVO.................................................................................................................... 7

2.1. MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO .................................................................................................. 7


2.1.1. Estrutura Final do Pavimento .......................................................................................................7
2.2. GENERALIDADES .............................................................................................................................. 7
2.2.1. Interferências com Outras Disciplinas ........................................................................................7
2.2.2. Manutenção de Acessos .............................................................................................................7
2.2.3. Proteção de Marcos, Monumentos, Estruturas, etc. ...............................................................8
2.2.4. Padrão de Qualidade...................................................................................................................8
2.2.5. Controle Tecnológico ...................................................................................................................8
2.2.6. Controle Geométrico ....................................................................................................................8
2.2.7. Proteção da Obra .........................................................................................................................8
2.2.8. Licenças ...........................................................................................................................................8
2.2.9. Exigências de Segurança .............................................................................................................8
2.2.10. Limpeza Total ................................................................................................................................9
3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO................................................................................................................. 9

3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS DO SUBLEITO ....................................................................... 9


3.2. REFORÇO DO SUBLEITO ................................................................................................................... 9
3.3. SUB-BASE .......................................................................................................................................... 9
3.4. CONCRETO ESTRUTURAL ................................................................................................................ 10
3.4.1. Agregados .....................................................................................................................................10
3.4.2. Graúdo ...........................................................................................................................................10
3.4.3. Água ...............................................................................................................................................11
3.4.4. Cimento .........................................................................................................................................11
3.4.5. Formas ............................................................................................................................................11
3.4.6. Dosagem .......................................................................................................................................11
4. MEMORIAL DESCRITIVO ...................................................................................................................... 13

4.1. REMOÇÃO DE SOLOS INSERVÍVEIS............................................................................................... 13


4.2. REFORÇO DO SUBLEITO ................................................................................................................. 13
4.3. SUB-BASE DE BRITA GRADUADA ................................................................................................... 13
4.4. CONCRETO ESTRUTURAL ................................................................................................................ 13
4.4.1. Formas ............................................................................................................................................13
4.4.2. Preparo x Transporte ....................................................................................................................14
4.4.3. Lançamento .................................................................................................................................14
4.4.4. Juntas de Concretagem ............................................................................................................14
4.4.5. Cura, Proteção e Reparo do Concreto ..................................................................................15
4.4.6. Controle .........................................................................................................................................15
4.4.7. Tolerâncias .....................................................................................................................................15
4.4.8. Juntas de Concreto .....................................................................................................................15
4.4.9. Execução .......................................................................................................................................16
4.4.10. Reaterro .......................................................................................................................................16
PARTE 2 – PAVIMENTO ARTICULADO ...................................................................................................... 17
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 17
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2. MEMORIAL JUSTIFICATIVO.................................................................................................................. 17

2.1. DIMENSIONAMENTO DOS PAVIMENTOS ...................................................................................... 17


2.2. ESTRUTURA FINAL DO PAVIMENTO ............................................................................................... 17
2.3. GENERALIDADES ............................................................................................................................ 17
2.3.1. Interferências com Outras Disciplinas ......................................................................................17
2.4. CONTROLES .................................................................................................................................... 18
2.4.1. Controle Tecnológico .................................................................................................................18
2.4.2. Controle Geométrico ..................................................................................................................18
2.4.3. Medições .......................................................................................................................................18
3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO............................................................................................................... 19

3.1. SUBLEITO ......................................................................................................................................... 19


3.2. REFORÇO DO SUBLEITO ................................................................................................................. 19
3.3. SUB-BASE ........................................................................................................................................ 19
3.4. BASE ................................................................................................................................................ 19
3.5. ASSENTAMENTO ............................................................................................................................. 20
3.6. PEÇAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADAS ...................................................................................... 20
3.6.1. Agregados .....................................................................................................................................20
3.6.2. Água ...............................................................................................................................................21
3.6.3. Cimento .........................................................................................................................................21
3.6.4. Formas ............................................................................................................................................22
3.6.5. Resistência .....................................................................................................................................22
3.6.6. Fabricação ....................................................................................................................................22
4. MEMORIAL DESCRITIVO .......................................................................................... 23

4.1. REMOÇÃO DE SOLOS INSERVÍVEIS............................................................................................... 23


4.2. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO .................................................................................................... 23
4.3. REFORÇO DO SUBLEITO ................................................................................................................. 23
4.4. SUB-BASE ........................................................................................................................................ 23
4.5. BASE ................................................................................................................................................ 23
4.6. AREIA DE ASSENTAMENTO ............................................................................................................ 24
4.7. BLOCOS DE CONCRETO ................................................................................................................ 24
4.7.1. Fabricação ....................................................................................................................................24
4.7.2. Variação das Dimensões ...........................................................................................................24
4.7.3. Inspeção ........................................................................................................................................25
4.7.4. Colocação dos Blocos ...............................................................................................................26
4.8. CONCRETO ESTRUTURAL ................................................................................................................ 27
4.8.1. Formas ............................................................................................................................................27
4.8.2. Juntas .............................................................................................................................................27
4.9. REATERRO ....................................................................................................................................... 27
5. RELAÇÃO BÁSICA DE NORMAS TÉCNICAS EMPREGADAS .................................. 28
6. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES........................................................................ 29

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PARTE 1 – PAVIMENTO RÍGIDO

1. INTRODUÇÃO

Este projeto apresenta as condições a serem respeitadas nos serviços de PAVIMENTAÇÃO


RÍGIDA da implantação do empreendimento LabFabITR, localizada em Lagoa Santa, estado de
Minas Gerais - MG.

2. MEMORIAL JUSTIFICATIVO

A pavimentação em concreto de cimento Portland possui como principais vantagens a


diminuição da transferência de esforços para as camadas de fundação, a durabilidade e a
baixa deformação, sendo indicado o seu uso para áreas de manobras curtas e frenagem.
Adotou-se o CONCRETO SIMPLES, sem adição de fibra metálica ou armadura, consideradas
as características do projeto, de pequeno porte, as dificuldades de lançamento das telas em
espaços reduzidos e o preço final, menor conforme demonstrativo desenvolvido na fase de
apresentação do projeto executivo (baseado nas tabelas SICRO e SINAPI).
O dimensionamento prevê o fctm,k superior a 5,5 MPa, característica de concreto com
resistência à compressão (fck) superiores a 40 MPa.

2.1. MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO

Os pavimentos rígidos foram projetados em CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND. Foram


dimensionados pelo método da AASHTO – American Association of State Highway and
Transportation Officials.
O volume de tráfego adotado é de 150 passagens de carretas por dia, num horizonte de
projeto de 20 anos.

2.1.1. Estrutura Final do Pavimento

A estrutura final do pavimento é apresentada em planta geral de secções tipo de


pavimento.

2.2. GENERALIDADES

2.2.1. Interferências com Outras Disciplinas

Pavimentos rígidos, apesar de terem vantagens estruturais sobre outros tipos de pavimentos,
dificultam manutenções por vezes necessárias em redes enterradas. Poços de visita e caixas de
passagem posicionados estrategicamente podem minimizar esta situação.
Para verificação dos caminhamentos e locação de poços de visita, devem ser consultados
os projetos específicos das redes de drenagem, água potável, hidros sanitárias, preventivo de
incêndio e utilidades.

2.2.2. Manutenção de Acessos

A CONTRATADA é responsável pela manutenção das condições de tráfego na obra e nas


ruas de acesso e de contorno. As condições de acesso ao terreno deverão ser mantidas e
inalteradas, com trabalho de reposição de material apropriado (revestimento primário),
espalhamento e compactação do mesmo. Nos dias muito secos, em todas as áreas de tráfego
intenso, deverá se prever irrigação com carro-pipa.

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2.2.3. Proteção de Marcos, Monumentos, Estruturas, etc.

A CONTRATADA é responsável pela proteção dos marcos de divisa, cercas de divisa,


marcos de referência de nível e de locação que porventura existirem no terreno ou no entorno.

2.2.4. Padrão de Qualidade

O Padrão de Qualidade aplicável na obra segue, por ordem:


- Este Memorial Especificativo
- As Normas da ABNT
- As Normas do DNER-DNIT
- As Normas do DER-MG
- As Normas ASTM AASHTO
A CONTRATADA será responsável por elaborar o acervo técnico da obra, onde as Normas
indicadas neste documento ou em qualquer planta deverão fazer parte.
As condições de qualidade serão fiscalizadas a partir de:

2.2.5. Controle Tecnológico

A CONTRATADA deverá manter na obra equipe independente (Empresa de Consultoria e


Laboratório) de CONTROLE TECNOLÓGICO, cujos serviços serão efetuados sistematicamente.
A viga Benkelmann deverá ser utilizada em todo o trecho.

2.2.6. Controle Geométrico

A CONTRATADA fornecerá a CONTRATANTE relatórios e notas de serviço de locação e


nivelamento. A CONTRATANTE poderá a qualquer momento, dispor dos equipamentos da
CONTRATADA para verificações de nível ou locação.
A CONTRATANTE poderá refugar parcial ou totalmente, a seu exclusivo critério, os serviços
executados com imperfeição, defeitos ou qualidade duvidosa.

2.2.7. Proteção da Obra

A CONTRATADA é responsável por proteger a obra e o trabalho realizado. Deve-se prevenir


os danos causados pelas águas de chuva na erosão do terreno e dos terrenos vizinhos. A
CONTRATADA será responsável pela execução e manutenção de obras provisórias de proteção
e de drenagem, permitindo o escoamento correto das águas pluviais e minimizando os
problemas advindos da erosão.

2.2.8. Licenças

A CONTRATADA é responsável pela obtenção das licenças Municipal, Estadual e Federal,


incluindo as de ordem Ambiental.

2.2.9. Exigências de Segurança

A CONTRATADA deverá estar de acordo com todas as Normas de Segurança do Trabalho


pertinentes, atendendo as Normativas internas da CONTRATANTE e as regulamentações do
Ministério do Trabalho. Supervisores e empregados da CONTRATADA e os subempreiteiros por
ela contratados deverão manter em dia e respeitar com rigor todas as normas ditadas.
As obras deverão estar extremamente bem sinalizadas, incluindo sinalização noturna
específica, sendo praticadas diariamente medidas de segurança, sempre documentadas em
Ata.

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2.2.10. Limpeza Total

A CONTRATADA deverá manter a área de trabalho livre de escombros, lixo e outros materiais
de construção e manutenção, disponibilizando lixeiras para a coleta seletiva de resíduos. Em
qualquer fase da obra, A CONTRATANTE poderá solicitar condições satisfatórias de limpeza.

3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO

3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS DO SUBLEITO

Não foi necessário a caracterização pelos ensaios de Densidade Máxima no Próctor Normal
e Intermediário, ensaios de Granulometria e Limites de Atterberg, devido ao baixo tráfego.

3.2. REFORÇO DO SUBLEITO

O reforço de subleito será de solo estabilizado granulometricamente de jazida, com CBR >
40% e expansão menor que 0,5%.

3.3. SUB-BASE

A camada de sub-base de brita graduada será executada com materiais que atendam os
seguintes requisitos:
a) os agregados utilizados, obtidos a partir de britagem e classificação de rocha sã, deverão
ser constituídos por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de partículas lamelares
ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, e de outras substâncias ou contaminações
prejudiciais.
b) quando submetidos à avaliação da durabilidade com solução de sulfato de sódio, em
cinco ciclos, pelo método do DNER-ME 89-64, os agregados utilizados deverão apresentar
perdas inferiores aos seguintes limites:
- Agregados graúdos: 15%
- Agregados miúdos: 18%

c) para o agregado retido na peneira no 10, a percentagem de desgaste no ensaio de


abrasão de Los Angeles não deverá ser superior a 50%.
d) a composição granulométrica da brita graduada deverá estar enquadrada em uma das
seguintes faixas:
PENEIRAS % passando, em peso
ASTM mm I II
2" 50,8 100
1 ½" 38,1 90-100 100
¾" 19,0 50 - 85 60 - 95
3/8" 9,5 35 - 65 40 - 75
nº 4 4,8 25 - 45 25 - 60
nº 10 2,0 18 - 35 15 - 45
nº 40 0,42 8 - 22 8 - 25
nº 200 0,074 3- 9 2 - 10

e) O percentual de material que passa na peneira n o 200 não deverá ultrapassar a 2/3 da
porcentagem que passa na peneira no 40.
f) Para a camada de base a percentagem passante na peneira n o 40 não deverá ser inferior
a 12%.

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g) A diferença entre as percentagens passantes nas peneiras n o 4 e no 40 deverá estar
compreendida entre 20 e 30%.
h) A fração passante na peneira no 4 deverá apresentar o equivalente de areia,
determinado pelo método DNER-ME 54-63, superior a 40%.
i) A percentagem de grãos de forma defeituosa, obtida no ensaio de lamelaridade, não
deverá ser superior a 20%.
j) O índice de Suporte Califórnia, obtido através do ensaio DNER-ME 49-74, com a energia
modificada, não deverá ser inferior a 100%, numa variação de umidade máxima de 2% em
relação ótima de Laboratório.

3.4. CONCRETO ESTRUTURAL

3.4.1. Agregados

Os agregados são classificados de acordo com a granulometria pela NBR 7217.


Os limites de material pulverulento estão determinados na NBR 7218.
Os limites de materiais carbonosos estão determinados na NBR 7220.
Os torrões de argila e os limites são determinados conforme a NBR 7218.
A matéria orgânica é determinada conforme a NBR 7220 e para teores maiores que 300
ppm deverão ser feitos ensaios específicos de efeito da substância.
O Índice de Abrasão Los Angeles é determinado segundo a NBR 6465 e segundo a NBR 7211,
o limite máximo é de 50%.
O Índice de Forma é determinado pela NBR 7809 e o valor máximo é 3.

Miúdo

A areia natural de quartzo é a mais indicada, obedecendo-se as recomendações de


isenção de matéria orgânica e argila da NBR 7211.
A dimensão máxima característica do agregado miúdo é de 4,8 mm, não se admitindo
grãos menores do que 0,075 mm, recomendando-se as granulometrias das Zonas 2 e 3,
denominadas fina e média, reproduzidas no Quadro:
PORCENTAGEM RETIDA ACUMULADA
PENEIRA ZONA 2 (FINA) ZONA 3 (MÉIA)
9,5 0 0
6,3 0 - 7 0 - 7
4,8 0 - 10 0 - 11
2,4 0 - 15a 0 - 25a
1,2 0 - 25a 10a - 45a
0,6 21 - 40 41 - 65
0,3 60a - 88a 70a - 92a
0,15 90b - 100 90b - 100

a) toleram-se até 5 pontos percentuais para mais ou menos em um só dos limites marcados
ou distribuídos em vários deles.
b) No caso de agregado artificial, o limite pode ser de 80%.

3.4.2. Graúdo

É o pedregulho ou a pedra britada proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambos,


com gradação granulométrica entre 50 mm e 4,8 mm, para concretos de pavimentação.
A dimensão máxima característica do agregado graúdo‚ função da espessura da peça de
concreto, recomendando-se que não exceda a 1/4 desta, nem 50 mm, obedecido o valor
menor.

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Devem ter, preferencialmente, dimensões e forma regulares, ser de arestas bem definidas e
de superfície rugosa, que facilite a aderência pasta-agregado e de grande papel no
estabelecimento da resistência do concreto à tração na flexão.

3.4.3. Água

Deverá ser isenta de teores prejudiciais de substancias estranhas, presumindo-se satisfatórias


as águas potáveis e as que tenham pH entre 5,0 e 8,0.
Os limites máximos para as substâncias deletérias potenciais, matéria orgânica em geral,
resíduos sólidos, sulfatos, cloretos e açúcar deverão obedecer às Especificações da ABNT para
os concretos em geral.
3.4.4. Cimento

A indústria brasileira está capacitada para produzir cinco tipos de Cimento Portland,
divididos em até três classes de resistência à compressão aos 28 dias e qualquer deles é usável
em concretos de pavimentos, sem exceção. Deve-se levar em conta, entretanto, que o
comportamento particular de um concreto variará com as características individuais de cada
tipo de cimento usado.
Serão realizados ensaios de recepção do cimento, obedecendo aos métodos MB-1 e MB-
11 da ABNT.
O cimento deverá ser guardado no canteiro da obra em depósito coberto, ambiente seco
e arejado, adequadamente construído para permitir uma maior preservação do cimento
estocado.
O cimento deverá ser estocado de maneira à que seu emprego seja na ordem cronológica
de fabricação e/ou recebimento.
O tempo de estocagem não deverá ultrapassar a 1 (um) mês, podendo ser de dois meses
quando usado em locais de clima seco; a altura das pilhas não deve ultrapassar 10 sacos.
O cimento com sua embalagem original danificada é aquele que apresentar sinais de
hidratação, só poderá ser utilizado no preparo de concreto magro ou de concreto sem
responsabilidade estrutural.
O armazenamento do cimento deverá em tudo obedecer às normas NBR 6118.

3.4.5. Formas

Os projetos de formas, escoramentos e contraventamentos deverão ser de acordo com as


prescrições estabelecidas pela norma NBR 6118 da ABNT e submetidos a aprovação da
FISCALIZAÇÃO.
As formas serão todas isentas de deformações e defeitos, irregularidades ou pontos frágeis,
que possam vir a influir na forma, dimensão ou acabamento das peças e juntas de concreto a
que sirvam de molde.

3.4.6. Dosagem

Deverão apresentar resistência característica a compressão de fck = 40 MPa e atender as


demais exigências das Normas 9.781da ABNT.
Os materiais componentes devem ser medidos em peso.
A umidade dos agregados deverá ser determinada frequentemente por métodos precisos
e tomada de consideração na determinação do traço do concreto (fator água/cimento).
A determinação dos traços será feita com antecedência, com traços experimentais,
devendo ser preparados e rompidos corpos de prova a fim de que, face os valores obtidos, a
FISCALIZAÇÃO possa aprová-los. Qualquer alteração dos traços aprovados só poderá ser feita
com prévia autorização do PROJETISTA e da FISCALIZAÇÃO. Em caso de utilização do concreto
bombeado deverá ser pesquisado o traço apropriado para o lançamento, devendo ser
controlada a plasticidade do concreto através de "slump-test".
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4. MEMORIAL DESCRITIVO

4.1. REMOÇÃO DE SOLOS INSERVÍVEIS

Deverá ser executada a remoção de solos saturados e inservíveis que porventura venham
existir na sub-base, na época da execução da obra, já que os serviços de terraplenagem e
aplicação da sub-base se acham concluídos, conforme projeto e memorial específico, e as
condições de chuva normalmente podem prejudicar as camadas superficiais.
A remoção acontecerá somente nos trechos realmente comprometidos e será feita com
autorização expressa da Fiscalização.

4.2. REFORÇO DO SUBLEITO

A sub-base será lançada em camadas de no máximo 15 cm de espessura e o material


compactado a 100% da Densidade Intermediária de Laboratório (Próctor Intermediário) numa
variação de umidade máxima de 2% em relação a umidade ótima de Laboratório.

4.3. SUB-BASE DE BRITA GRADUADA

A sub-base será lançada em camadas de no máximo 15 cm de espessura e o material


deverá ser compactado a 100% da Densidade Intermediária de Laboratório (Próctor
Intermediário) numa variação de umidade máxima de 2% em relação a umidade ótima de
Laboratório.
A distribuição da mistura deverá ser procedida de forma a evitar conformação adicional
da camada. Caso, no entanto, isto seja necessário, admite-se conformação pela atuação de
motoniveladora, exclusivamente por ação de corte, antes do início da compactação.
A compactação da brita graduada será executada mediante o emprego de rolos
vibratórios lisos e de rolos pneumáticos de pressão regulável.
Nos trechos em tangente a compactação deverá evoluir partindo dos bordos para o eixo,
e nas curvas partindo do bordo interno para o bordo externo. Em cada passada, o equipamento
deverá recobrir, ao menos, a metade da faixa anteriormente comprimida.
Os drenos de brita deverão ser ligados a esta camada.

4.4. CONCRETO ESTRUTURAL


4.4.1. Formas

Os projetos de formas, escoramentos e contraventamentos deverão ser de acordo com as


prescrições estabelecidas pela norma NBR 6181 da ABNT e submetidos a aprovação da
FISCALIZAÇÃO.
Elas deverão ter a resistência necessária, para suportar os esforços resultantes da pressão
do concreto fresco, das operações de lançamento e adensamento do concreto, por
vibradores.
Os escoramentos deverão ser capazes de resistir aos esforços atuantes e deverão manter
as formas rigorosamente em suas posições.
O nivelamento e o prumo deverão ser verificados antes e logo depois do lançamento e da
vibração do concreto.
As formas deverão ser tratadas com produtos desmoldantes que facilitem a desmoldagem
e o seu aproveitamento posterior, sem prejudicar a resistência superficial do concreto.
Antes da Concretagem as formas deverão ser limpas internamente com jato de ar, para
remoção de resíduos de qualquer natureza, além de molhadas até a saturação.
As juntas entre tábuas ou chapas devem ser bem fechadas, e protegidas internamente,
para impedir o vazamento da nata do cimento, que pode acarretar em vazios na estrutura.

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As formas devem ser mantidas no local, até que o concreto adquira resistência e rigidez
suficientes para suportar as cargas previstas.
A desmoldagem das formas deverá ser executada com as precauções necessárias de
modo a evitar danos no concreto. Para a desmoldagem deverão ser obedecidos os prazos
previstos na NBR 6118.
No caso de aplicação de produtos antiaderentes, que facilitam a desmoldagem. Os
produtos empregados não deverão deixar, na superfície do concreto, resíduos que sejam
prejudiciais ou possam dificultar a retomada da concretagem ou aplicação do revestimento.
A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitando-se
desformas ou retiradas de escoras bruscas ou choques fortes.

4.4.2. Preparo x Transporte

Os agregados e o cimento serão medidos em peso. Os aditivos serão adicionados a mistura


de acordo com as recomendações do fabricante.
Caso seja empregado cimento em sacos, os traços serão obrigatoriamente determinados
de tal maneira que não se use fração de saco de cimento. A quantidade de água adicionada
ao concreto deverá ser estabelecida tendo sempre em vista a umidade dos agregados.
O amassamento do concreto só será permitido por processos mecânicos e o tempo de
mistura deverá ser o suficiente para garantir uma consistência uniforme do concreto. A mistura
deve ser homogênea, a falta de homogeneidade da mistura determina decréscimo sensível da
resistência mecânica e da durabilidade do concreto.

4.4.3. Lançamento

Nenhum concreto deverá ser lançado sem que as formas e os acessórios tenham atendido
as respectivas posições definitivas especificadas nos desenhos de projeto e as demais impostas
pela NBR 6118.
Não será permitida queda vertical, exceto quando equipamentos próprios sejam utilizados,
a fim de se evitar a segregação. Para peças estreitas e altas a queda vertical não poderá ser
superior a 2 m.
O concreto deverá ser lançado continuamente, ou em camadas não mais espessas do que
40 cm, num ritmo de concretagem que permita a colocação da segunda camada antes do
início da pega da camada inferior.
Todo concreto deverá ser bem adensado, usando vibradores de tipos e tamanhos
aprovados pela FISCALIZAÇÃO. A Vibração será executada cuidadosamente, para evitar o
aparecimento de vazios ou que seja provocada a segregação. Na massa do concreto, não
serão permitidos a vibração excessiva e o uso de vibradores, horizontalmente, para empurrar o
concreto dentro das formas. É preferível vibrar por períodos curtos em locais próximos, a vibrar
muito tempo em locais mais afastados. O adensamento consiste essencialmente em vibrar o
concreto conseguindo-se uma redução do ângulo de atrito interno, que possibilita a
acomodação da massa, expulsando o ar.
A fim de evitar que a concretagem seja interrompida devido a avaria de equipamento,
interrupção no fornecimento de energia, etc., a CONTRATADA, deverá dispor de pelo menos
um jogo de equipamento extra que em qualquer circunstância, assegure a execução da
mistura, transporte, lançamento e adensamento do concreto.
Em tudo deverá ser obedecido a NBR 6118.

4.4.4. Juntas de Concretagem

As juntas de concretagem devem localizar-se onde for verificado o menor esforço de


cisalhamento com um ângulo de 45º.
A localização e execução das juntas de concretagem devem ser estabelecidas de comum
acordo com o PROJETISTA e a FISCALIZAÇÃO. As juntas, antes de receber o novo concreto,
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devem ser limpas, sendo a nata do cimento removida por meios mecânicos ou manuais e
retirados os materiais soltos ou pulverulentos.
Recomenda-se a aplicação de uma pequena camada de argamassa, igual à do
concreto, sobre a superfície já preparada.
A idade dos concretos não deverá ser superior à 15 dias. No caso de a idade do concreto
velho ultrapassar este limite, deverá ser procedido um exame das condições estruturais da junta
de concretagem, para julgar da necessidade de uma colagem com adesivo estrutural à base
de epóxi.

4.4.5. Cura, Proteção e Reparo do Concreto

Imediatamente após o lançamento do concreto, as superfícies serão protegidas por meio


de sacos, lonas, areia, etc., molhados periodicamente, de modo que a superfície do concreto
se conserve úmida, durante pelo menos 7 dias. A água utilizada na cura deverá ser limpa e
isenta de substâncias prejudiciais estranhas. A CONTRATADA deverá tomar as precauções para
que o concreto recém lançado não seja danificado. Os defeitos porventura existentes no
concreto, como quebras, fissuras, furos, etc., deverão ser imediatamente comunicados à
FISCALIZAÇÃO, a qual a seu critério poderá autorizar a sua reparação, dentro de 24 horas após
a remoção das formas. Depois de constatada a falha ela não deve ser fechada, para esconder
uma eventual falha de concretagem. Essa falha deve ser tratada com providências de um
conserto técnico que não prejudique a estabilidade ou uniformidade da estrutura.
Os serviços de reparo devem ser previamente esquematizados e executados com o
acompanhamento da FISCALIZAÇÃO.
Onde o defeito se apresentar, o concreto deverá ser cortado e as superfícies lavadas com
água limpa. Em seguida, deverá ser aplicada uma camada fina de adesivo epóxi de pega lenta
e a cavidade preenchida com concreto ou argamassa quase seca. A superfície assim reparada
deverá ser mantida úmida durante, pelo menos 7 (sete) dias.
Se as falhas ultrapassarem a 2 cm de profundidade, deverá ser aplicado um chapisco e
encher com argamassa preparada com água dosada e adesivo aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

4.4.6. Controle

Para cada 50 m3 de concreto serão retirados no mínimo 6 (seis) corpos de prova para serem
ensaiados: dois deles após 3 dias, dois após 7 dias e outros dois após 28 dias. A moldagem e o
ensaio dos corpos de prova serão realizados de acordo com as normas da ABNT. A critério da
FISCALIZAÇÃO poderão ser moldados mais 3 (três) corpos de prova de ruptura a 90 dias.
Orientações especiais para execução de pisos

4.4.7. Tolerâncias

a) Alinhamento juntas: 5mm em 30m


b) Acabamento do piso conforme Projeto Arquitetônico.
c) Geral: Índice de Planicidade (Flatness) = 30
- Índice de Nivelamento (Levelness) = 20
- F-Number 50/30

4.4.8. Juntas de Concreto

a) As juntas serradas deverão ser cortadas no máximo 10 horas após o início da


concretagem e, de acordo com plano de concretagem das faixas.
b) Zelar pela limpeza sobre o piso em execução.
c) Antes de aplicar o Primer-1 e o Selante, as juntas devem estar limpas e secas.
d) Aplicar o Primer e o Selante somente após a cura completa da faixa do piso.
e) Utilizar Selante para pavimentos rodoviários tipo SONOMERIC da MBT.
Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI
15
f) Concreto estrutural Fck: 40,0 MPa, com:
- Slump 10 +/- 1
- Consumo de cimento ≥ 400 Kg/m3
- FCTMK ≥ 5,0 MPa

4.4.9. Execução

A empresa Contratada deverá responsabilizar-se pela adequada execução e


funcionamento do piso conforme modulação indicada no projeto e, a execução do piso
deverá ser feita por empresa especializada.
Consultar projeto de embutidos dos equipamentos.
É importante manter o alinhamento das barras de transferência para evitar fissuras e trincas
irregulares nas placas do piso.
As barras de transferência devem ser cortadas com disco ou dar preferência à utilização
de barras padronizadas.
Na distribuição das telas, observar o traspasse de no mínimo 20 cm.
Colocação de espaçadores treliçados, montados perpendicularmente ao comprimento
das telas e espaçadas a cada 100 cm a 115 cm.
Colocação de formas com gabarito para as barras de transferência e em toda a face
(altura) do piso de concreto, para que tenha uma face homogênea e vertical, sem rebarbas
irregulares. Não utilizar soluções improvisadas, nem formas danificadas e curvas.
Apoio das barras de transferência sobre gabaritos treliçados mantendo o alinhamento e
nivelamento das mesmas, não retirar as barras após concretado.
Isolar as barras com desmoldantes ou similar.
Colocação de pranchões devidamente apoiados, para serem utilizados como passarelas
de serviço, para não transitar sobre as telas soldadas.
O concreto a ser utilizado, deve ter no mínimo 400 Kg de cimento por metro cúbico de
concreto com fck > 40 MPa e Slump Test de 90 mm a 110 mm.
A concretagem deve ser uniforme, contínuo e vibrado, com acabamento conforme
solicitado no projeto Arquitetônico.
Observar as Tolerâncias Superficiais, planicidade e nivelamento.
Tomar todas as medidas necessárias para ter uma boa cura do concreto, mantendo as
condições de hidratação do cimento (umidade e temperatura).
A cura complementar deve prolongar-se até que o concreto tenha alcançado pelo menos
75% da sua resistência final, independentemente de terem ou não sido aplicado filmes plásticos.
Prever juntas serradas (JS) nos locais determinados, deverão ser executadas dentro de 10
horas após início da concretagem, dentro do plano de concretagem por faixas.
Colocar cantoneiras (I) de madeira ao longo das bordas (cantos vivos) para sua proteção.
As juntas serradas deverão ser protegidas antes de aplicar o selante para evitar a entrada
e depósito de material incompressível (ver detalhe JS).
O mesmo se aplica em todas as juntas de concretagem (ver detalhe JC).
Idem, item nas juntas de encontro (JE), entre baldrames ou bases.
Após o corte com disco o canal deve estar limpo e em condições adequadas para
aplicação do selante. O mesmo se aplica para as outras juntas.

4.4.10. Reaterro

As testas de guia e sarjeta deverão ser reaterradas até a cota superior da guia, em pelo
menos 2 m (dois metros) de largura, com material de jazida de empréstimo.

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


16
O aterro básico já está executado na obra, mas, mesmo assim, deverá se ter o cuidado de
reaterrar o passeio até este encostar perfeitamente na guia, fazendo apoio para qualquer
esforço lateral.
O equipamento de compactação deverá, necessariamente, ser mecânico.
O reaterro será controlado a 100% do Proctor Normal com variação máxima de umidade
de 2% em relação à Umidade Ótima de Laboratório.
O reaterro ser controlado a 100% do Próctor Normal com variação máxima de umidade de
2% em relação à Umidade Ótima de Laboratório.

PARTE 2 – PAVIMENTO ARTICULADO

1. INTRODUÇÃO

Este projeto apresenta as condições a serem respeitadas nos serviços de PAVIMENTAÇÃO


ARTICULADA da implantação do empreendimento LabFabITR, localizada em Lagoa Santa,
estado de Minas Gerais - MG.

2. MEMORIAL JUSTIFICATIVO

Pavimentos em blocos de concreto de cimento Portland possuem características estéticas,


estruturais e ambientais que os distinguem da pavimentação flexível tradicional, em asfalto. É
possível destacar, como vantagens, a facilidade de manutenção, a possibilidade de utilização
de peças de cores diversas e a permeabilidade, que promoverá uma redução de vazões de
pico e consequente economia nos sistemas de drenagem.
Além destas vantagens, adotou-se neste projeto a utilização de pavimento articulado em
blocos de concreto Inter travado em virtude do pouco espaço do terreno, o que dificultaria a
execução de um pavimento em asfalto.
A espessura de peças adotada, de 8 cm, é a usual para o tráfego de veículos pesados,
tendo sido utilizada também para as áreas de estacionamento de veículos leves por conta da
maior durabilidade e controle de qualidade de execução.

2.1. DIMENSIONAMENTO DOS PAVIMENTOS

Os pavimentos articulados em BLOCOS DE CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND são


usualmente dimensionados pelo método da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
– Dimensionamento de Pavimentos de Blocos de Concreto.
O volume de tráfego adotado é de 150 passagens de carretas por dia, num horizonte de
projeto de 20 anos.

2.2. ESTRUTURA FINAL DO PAVIMENTO

A estrutura final do pavimento é apresentada em planta geral de secções tipo de


pavimento.

2.3. GENERALIDADES

2.3.1. Interferências com Outras Disciplinas

Apesar das condições favoráveis para manutenção de redes enterradas sob este tipo de
pavimento, poços de visita e caixas de passagem posicionados estrategicamente podem
contribuir para que haja manutenções com intervenções menores.

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


17
Para verificação dos caminhamentos e locação de poços de visita, devem ser consultados
os projetos específicos das redes de drenagem, água potável, hidros sanitárias, preventivo de
incêndio e utilidades.
Para uma melhor compreensão de como se dará o escoamento das águas superficiais
através das sarjetas, a executar na etapa de pavimentação, é apresentada em planta a
locação das caixas de drenagem de águas pluviais.

2.4. CONTROLES

O Padrão de Qualidade aplicável na obra segue, por ordem:


- Este Memorial Especificativo
- As Normas da ABNT
- As Normas do DNIT
- As Normas do DER-MG
- As Normas ASTM AASHTO
A CONTRATADA será responsável por elaborar o acervo técnico da obra, onde as Normas
indicadas neste documento ou em qualquer planta deverão fazer parte.
As condições de qualidade serão fiscalizadas a partir de:

2.4.1. Controle Tecnológico

A CONTRATADA manterá na obra equipe independente (Empresa de Consultoria e


Laboratório) de CONTROLE TECNOLÓGICO, cujos serviços serão efetuados sistematicamente,
através de ensaios de campo.

2.4.2. Controle Geométrico

A CONTRATADA manterá na obra equipe independente (Empresa de Consultoria de


CONTROLE GEOMÉTRICO), cujos serviços serão efetuados sistematicamente, através de
levantamentos de campo.
O controle de execução será efetuado com tolerâncias de:
- Locações (distâncias horizontais) de ± 2 cm
- Nivelamento (cotas verticais) de ± 1,5 cm

A CONTRATANTE poderá refugar parcial ou totalmente, a seu exclusivo critério, os serviços


executados com imperfeição, defeitos ou qualidade duvidosa.

2.4.3. Medições

Todas as medições de serviços realizados serão realizadas topograficamente, e as unidades


de medição serão assim tratadas:

Linhas

Extensão medida com Estação Total, tolerância de +-1%, expressa em metros (m).

Áreas

Áreas serão medidas com Estação Total, tolerância de +-2%, expressas em metros
quadrados e apresentadas em forma de relatório específico, com a devida caderneta de
campo eletrônica comprobatória e desenho calculo em CAD.

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18
Volumes

Os volumes serão medidos topograficamente, considerando-se o local da extração (na


cava) ou final (aterro), expresso em metros cúbicos e para o cálculo dos volumes, será aplicado
o método da “média das áreas”, respeitando-se a tolerância de +-3%, e apresentadas em forma
de relatório específico, com a devida caderneta de campo eletrônica comprobatória e
desenho de cálculo em CAD.

3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO

3.1. SUBLEITO

O subleito do solo do terreno deverá ser caracterizado pelos ensaios de Densidade Máxima
no Próctor Normal e ISC - Índice de Suporte Califórnia.

3.2. REFORÇO DO SUBLEITO

O reforço de subleito será de solo estabilizado granulometricamente de jazida, com


CBR>20% e expansão menor que 1,0%.

3.3. SUB-BASE

A sub-base será de solo estabilizado granulometricamente de agregado de rocha obtida


por britagem (rachão) desde que apresente CBR > 40% e expansão menor que 1,0%.

3.4. BASE

A camada de base deverá ser de brita graduada e será executada com materiais que
atendam os seguintes requisitos:
a) os agregados utilizados, obtidos a partir de britagem e classificação de rocha sã, deverão
ser constituídos por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de partículas lamelares
ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, e de outras substâncias ou contaminações
prejudiciais.
b) quando submetidos à avaliação da durabilidade com solução de sulfato de sódio, em
cinco ciclos, pelo método do DNER-ME 89-64, os agregados utilizados deverão apresentar
perdas inferiores aos seguintes limites:
- Agregados graúdos - 15%
- Agregados miúdos - 18%
c) para o agregado retido na peneira no 10, a percentagem de desgaste no ensaio de
abrasão de Los Angeles não deverá ser superior a 50%.
d) a composição granulométrica da brita graduada deverá estar enquadrada em uma das
seguintes faixas:

PENEIRAS % passando, em peso


ASTM Mm I II
2" 50,8 100
1 1/2" 38,1 90-100 100
3/4" 19,0 50 - 85 60 - 95
3/8" 9,5 35 - 65 40 - 75
no 4 4,8 25 - 45 25 - 60
no 10 2,0 18 - 35 15 - 45
no 40 0,42 8 - 22 8 - 25

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


19
no 200 0,074 3- 9 2 - 10

e) O percentual de material que passa na peneira n o 200 não deverá ultrapassar a 2/3 da
porcentagem que passa na peneira no 40.
f) Para a camada de base a percentagem passante na peneira n o 40 não deverá ser
inferior a 12%.
g) A diferença entre as percentagens passantes nas peneiras n o 4 e no 40 deverá estar
compreendida entre 20 e 30%.
h) A fração passante na peneira no 4 deverá apresentar o equivalente de areia,
determinado pelo método DNER-ME 54-63, superior a 40%.
i) A percentagem de grãos de forma defeituosa, obtida no ensaio de lamelaridade, não
deverá ser superior a 20%.
j) O índice de Suporte Califórnia, obtido através do ensaio DNER-ME 49-74, com a energia
modificada, não deverá ser inferior a 100%, numa variação de umidade máxima de 2% em
relação ótima de Laboratório.

3.5. ASSENTAMENTO

A camada de assentamento será sempre composta de areia, contendo no máximo 5% de


silta ou argila (em massa) e no máximo 10% de material retido na peneira 4,8 mm. Recomenda-
se o enquadramento da areia na faixa granulométrica abaixo:

PENEIRA % QUE PASSA


(mm) EM PESO
9,50 100
4,80 95 a 100
1,20 50 a 85
0,60 25 a 60
0,30 10 a 30
0,15 5 a 15
0,075 0 a 10

3.6. PEÇAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADAS

Os materiais para produção do concreto de blocos, guias e sarjetas são os mesmos


normalmente utilizados nas obras comuns da construção civil, por isso as especificações dos
materiais seguem idênticas para todas as peças de concreto:

3.6.1. Agregados

Miúdo

A areia natural de quartzo é a mais indicada, obedecendo-se às recomendações de


isenção de matéria orgânica e argila da NBR 7211.
A dimensão máxima característica do agregado miúdo é de 4,8 mm, não se admitindo
grãos menores do que 0,075 mm, recomendando-se as granulometrias das Zonas 2 e 3,
denominadas fina e média, reproduzidas no Quadro:

PENEIRA ZONA 2 ZONA 3


(mm) (FINA) (MÉDIA)

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


20
9,50 0 0
6,30 0 - 7 0 - 7
4,80 0 - 10 0 - 11
2,40 0 - 15a 0 - 25a
1,20 0 - 25a 10a - 45a
0,60 21 - 40 41 - 65
0,30 60a - 88a 70a - 92a
0,15 90b - 100 90b - 100

a) Toleram-se até 5 pontos percentuais para mais ou menos em um só dos limites marcados
ou distribuídos em vários deles.
b) No caso de agregado artificial, o limite pode ser de 80%.

Graúdo

É o pedregulho ou a pedra britada proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambos,


com gradação granulométrica entre 50 mm e 4,8 mm, para concretos de pavimentação.
As britas classificadas comercialmente são:
BRITA PENEIRA
0 4,8 a 9,5 mm
1 9,5 a 19 mm
2 19 a 38 mm
3 38 a 76 mm
Pedra-de-mão > 76 mm

A brita usada deverá ser constituída por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de
excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, e de outras
substâncias ou contaminações prejudiciais.
Quando submetidos à avaliação da durabilidade com sulfato de sódio, em cinco ciclos
(métodos DNER-ME 89-64), os agregados utilizados deverão apresentar perdas inferiores aos
seguintes:
- Agregados graúdos - 15%
- Agregados miúdos - 18%
A dimensão máxima característica do agregado graúdo‚ função da espessura da peça de
concreto, recomendando-se que não exceda a 1/4 desta, nem 50 mm, obedecido o valor
menor.
Deve ter, preferencialmente, dimensões e forma regulares, ser de arestas bem definidas e
de superfície rugosa, que facilite a aderência pasta-agregado e de grande papel no
estabelecimento da resistência do concreto à tração na flexão.

3.6.2. Água

Deverá ser isenta de teores prejudiciais de substancias estranhas, presumindo-se satisfatórias


as águas potáveis e as que tenham pH entre 5,0 e 8,0.
Os limites máximos para as substâncias deletérias potenciais, matéria orgânica em geral,
resíduos sólidos, sulfatos, cloretos e açúcar, deverão obedecer às Especificações da ABNT para
os concretos em geral.

3.6.3. Cimento

A indústria brasileira está capacitada para produzir cinco tipos de Cimento Portland,
divididos em até três classes de resistência à compressão aos 28 dias e qualquer deles é utilizável

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


21
em concretos de pavimentos, sem exceção. Deve-se levar em conta, entretanto, que o
comportamento particular de um concreto variará com as características individuais de cada
tipo de cimento usado.

3.6.4. Formas

As formas serão metálicas, isentas de deformações e defeitos, irregularidade ou pontos


frágeis, que possam vir a influir na forma, dimensão ou acabamento das peças e juntas de
concreto a que sirvam de molde.

3.6.5. Resistência

O concreto de pavimentação (blocos, guias e sarjetas) deve apresentar resistência


característica a compressão mínima de fck = 35 MPa e atender as demais exigências das
Normas 9.781 da ABNT.

3.6.6. Fabricação

As peças devem ser produzidas em série, em estabelecimentos fabris que disponham de


todo o equipamento necessário para dosagem e mistura dos agregados, prensagem contínua
e cura adequada.
É indispensável que esses estabelecimentos possuam um laboratório de controle de
qualidade bem equipado e capaz de executar, de maneira precisa e contínua, o controle do
fluxo dos lotes de fabricação.
As peças devem apresentar grande resistência abrasão e ação do intemperismo e de
outros elementos agressivos; resistência suficiente e adequada conforme solicitada em projeto;
devem ser fabricados mecanicamente com emprego de formas, prensagem e vibração
adequada de modo que apresentem excelentes condições de resistência e durabilidade
depois da cura.
Os processos de fabricação devem assegurar a obtenção de um concreto homogêneo e
compacto, que atenda ás exigências desta Especificação.
Especial atenção deve ser dada aos processos de cura.
A manipulação das peças deve ser feita com todos os cuidados necessários para não
prejudicar as qualidades finais exigidas.
A superfície das peças deve ser tal que, embora rugosa, tenha uma microtextura capaz de
proporcionar uma superfície lisa e resistente ao desgaste.
A absorção de água individual não deverá ser superior a 7,5% em ensaio a frio.
As peças não podem apresentar defeitos de fabricação que venham prejudicar o
assentamento, nem afetar a durabilidade e a resistência tais como trincas, fraturas,
esborcinamento dos cantos, presença de materiais estranhos, bolhas ou cavidades,
protuberâncias, abaulamentos ou concavidades.

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


22
4. MEMORIAL DESCRITIVO

4.1. REMOÇÃO DE SOLOS INSERVÍVEIS

Deverá ser executada a remoção de solos saturados e inservíveis que porventura venham
existir no subleito na época da execução da obra, já que os serviços de terraplenagem se
acham concluídos anteriormente, conforme projeto e memorial específico, e as condições de
chuva normalmente podem prejudicar as camadas superficiais do subleito já executado.
A remoção acontecerá somente nos trechos realmente comprometidos e será feita com
autorização expressa da Fiscalização.

4.2. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

O subleito deverá ser regularizado e compactado a 100% da Densidade Intermediária de


Laboratório (Próctor Intermediário) numa variação de umidade máxima de 2% em relação a
umidade ótima de Laboratório.
Esta regularização e compactação será executada nos últimos 30 cm do subleito, já que as
camadas abaixo não devem ter sido afetadas pelo excesso de umidade no decorrer da obra
e já haviam sido compactadas em tal especificação.

4.3. REFORÇO DO SUBLEITO

Após a remoção de solos saturados e inservíveis executada no subleito e executada a


regularização e compactação do mesmo, se fará o lançamento do reforço de subleito.
O material será compactado a 100% da Densidade Intermediária de Laboratório (Próctor
Intermediário) numa variação de umidade máxima de 2% em relação a umidade ótima de
Laboratório.
Deverá se tomar o cuidado de não interromper os drenos de brita existentes, nem danificar
quaisquer caixas e tubulações já executadas.

4.4. SUB-BASE

A sub-base será lançada em camadas de no máximo 15 cm de espessura e o material


deverá ser compactado a 100% da Densidade Intermediária de Laboratório (Próctor
Intermediário) numa variação de umidade máxima de 2% em relação a umidade ótima de
Laboratório.
Deverá se tomar o cuidado de prever o perfeito ligamento desta camada com os drenos
de brita já executados.

4.5. BASE

A base será lançada em camadas de no máximo 15 cm de espessura e o material


deverá ser compactado a 100% da Densidade Intermediária de Laboratório (Próctor
Intermediário) numa variação de umidade máxima de 2% em relação à umidade ótima de
Laboratório.
A distribuição da mistura deverá ser procedida de forma a evitar conformação adicional
da camada. Caso, no entanto, isto seja necessário, admite-se conformação pela atuação de
motoniveladora, exclusivamente por ação de corte, antes do início da compactação.

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


23
A compactação da brita graduada será executada mediante o emprego de rolos
vibratórios lisos e de rolos pneumáticos de pressão regulável.
Nos trechos em tangente a compactação deverá evoluir partindo dos bordos para o eixo,
e nas curvas partindo do bordo interno para o bordo externo. Em cada passada, o equipamento
deverá recobrir, ao menos, a metade da faixa anteriormente comprimida.
4.6. AREIA DE ASSENTAMENTO

As operações de colocação de camada de areia só devem ser iniciadas quando a base


do pavimento já estiver completamente executada e acabada.
A espessura de areia fofa deverá ser tal que, após o adensamento, a altura do colchão
compactado esteja entre 3 e 5 cm; geralmente 1,5 cm superior à da camada compactada.
As espessuras devem ser verificadas constantemente durante a execução.
Depois de espalhada e nivelada a camada de areia, é necessário que os operários evitem
circular sobre ela, pois qualquer irregularidade que ocorra nesta fase, irá refletir-se na superfície
de rolamento.
Para minorar os riscos destas variações é aconselhável não executar grandes extensões da
camada à frente da linha de peças já colocadas.

4.7. BLOCOS DE CONCRETO

4.7.1. Fabricação

Os blocos devem ser produzidos em série, em estabelecimentos fabris que disponham de


todo o equipamento necessário para dosagem e mistura dos agregados, prensagem contínua
e cura adequada.
É que esses estabelecimentos possuam um laboratório de controle de qualidade bem
equipado e capaz de executar, de maneira precisa e contínua, o controle do fluxo dos lotes de
fabricação.
Os blocos devem apresentar grande resistência abrasão e ação do intemperismo e de
outros elementos agressivos; resistência suficiente e adequada aos esforços provenientes do
tráfego e manobras; devem ser fabricados mecanicamente com emprego de formas,
prensagem e vibração adequada de modo que apresentem excelentes condições de
resistência e durabilidade depois da cura.
Os processos de fabricação devem assegurar a obtenção de um concreto homogêneo e
compacto, que atenda ás exigências desta Especificação.
Especial atenção deve ser dada aos processos de cura.
A manipulação dos blocos deve ser feita com todos os cuidados necessários para não
prejudicar as qualidades finais exigidas.
A superfície dos blocos deve ser tal que, embora rugosa, tenha uma microtextura capaz de
proporcionar uma superfície lisa e resistente ao desgaste.
A absorção de água em bloco individual não deverá ser superior a 7,5% em ensaio a frio.
Os blocos não podem apresentar defeitos de fabricação que possam prejudicar o
assentamento, nem afetar a durabilidade e a resistência do pavimento, como trincas, fraturas,
esborcinamento dos cantos, presença de materiais estranhos, bolhas ou cavidades,
protuberâncias, abaulamentos ou concavidades.

4.7.2. Variação das Dimensões

A variação máxima permitida, das peças fabricadas, será de:


a) 1 mm, no comprimento e largura das peças
b) 2 mm, na altura das peças

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


24
4.7.3. Inspeção

Lotes

Todas as peças de um fornecimento devem ser separadas em lotes constituídos a critério


do comprador, e submetidos ao controle de aceitação, desde que satisfaçam as seguintes
condições:
a) O lote deve ser formado por um conjunto de peças com as mesmas características,
produzidos sob as mesmas condições e com os mesmos materiais cabendo ao fabricante a
indicação dos conjuntos que atendem a estes requisitos;
b) O lote deve ser formado por no máximo 1600 m2 de pavimento a ser executado.

Inspeção Visual

As peças constituintes do lote devem ser inspecionadas visualmente objetivando a


identificação de peças com defeitos que possam vir a prejudicar o assentamento, o
desempenho estrutural ou a estética do pavimento.

Obtenção da Amostra

a) De cada lote, devem ser retiradas aleatoriamente peças inteiras que constituem a
amostra representativa.
b) A amostra deve ter, no mínimo, seis peças para lote de até 300 m2, e uma peça adicional
para cada 50 m2 suplementar, até perfazer o lote máximo de 32 peças.

Identificação

Todas as peças da amostra devem ser perfeitamente identificadas indelevelmente, e


remetidas ao laboratório de ensaios.

Ensaio

a) O ensaio de resistência deve ser executado de acordo com a NBR 9780.


b) As medidas das peças devem ser feitas de acordo com a NBR 9780.

Resistência a Compressão

Admite-se que as resistências à compressão obedeçam à distribuição normal, sendo o valor


característico estimado pela expressão:

fpk = fp - (t.s)
Onde:
- fpk = resistência característica à compressão, em MPa;
- fp = resistência média das peças ensaiadas de acordo com a NBR 9780, em MPa;
- s = desvio padrão da amostra, em MPa;
- t = coeficiente de Student, fornecidos na Tabela, em função do tamanho da amostra.

Memorial Descritivo de Pavimentação – CODEMIG / CERTI


25
TABELA - Coeficiente de Student
(nível de confiança de 80%)

n t n t
6 0,920 18 0,863
7 0,906 20 0,861
8 0,896 22 0,859
9 0,889 24 0,858
10 0,883 26 0,856
12 0,876 28 0,855
14 0,870 30 0,854
16 0,866 >32 0,842

Aceitação ou Rejeição do Lote

O lote deve ser aceito sempre que forem cumpridas simultaneamente as condições acima.
Na inspeção visual, o lote será rejeitado se forem constatadas mais de 5% de peças
defeituosas.
A critério do comprador, as peças defeituosas podem ser substituídas pelo fornecedor e o
lote aceito, desde que cumpra as exigências de resistência característica, conforme 3.5.4.6 e as
variações dimensionais das peças forem inferior ao estipulado no item 3.5.3.

4.7.4. Colocação dos Blocos

O assentamento se dará sobre a areia previamente espalhada, normalmente ao eixo da


pista, obedecendo às inclinações transversais de projeto.
As juntas dos blocos (quando retangulares) devem ser alternadas com relação às fiadas
vizinhas, de tal maneira que cada junta fique de frente ao bloco adjacente.
Não se deve permitir o tráfego de veículos sobre a pista em construção.
Uma vez assentes e rejuntados, os blocos serão compactados através de rolo compressor
liso vibratório.
A manipulação das lajotas deverá ser feita com todos os cuidados necessários para não
prejudicar a qualidade final exigida.
A face aparente dos blocos deverá ser sem defeitos, trincas, vazios ou cantos quebrados
em transporte e descarga.
Para assegurar o intertravamento, os blocos deverão ser colocados com juntas pequenas,
não superiores a 5 mm.
A colocação dos blocos deverá respeitar as inclinações transversais apresentadas em
planta, embora na obra, o efeito de arco deverá ser melhorado a partir de uma colocação
mais “arredondada” no encontro das inclinações, isto é, no topo das águas.
As transições entre pista de duas águas e pista e pista de uma água deverá ser executada
numa extensão mínima de 5 m.
A colocação deverá ser feita cuidadosamente, obedecendo aos eixos principais da obra,
evitando-se deslocar os já assentados, bem como evitar irregularidades no perfil transversal e
longitudinal.
O nível da superfície acabada deverá estar dentro dos limites de 10 mm em relação ao
nível especificado em projeto. A deformação máxima da superfície pronta e compactada não
deverá exceder a 10 mm, medida por uma régua de 3 m colocada paralelamente ao eixo
longitudinal do pavimento.
Para acabamento junto às contenções ou interrupções no pavimento (bueiros, caixas,
sarjetas, etc.) devem ser usados blocos serrados ou cortados, cuidando-se que estejam
levemente mais elevados do que essas interrupções (aprox.3 mm).

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Os blocos serrados ou cortados, de acabamento, devem ser de fornecimento normal do
fabricante. Havendo necessidade de cortar os blocos na obra, não será permitida esta
operação por quebra com martelo ou marreta. Não será permitido a concretagem de peças
não inteiras "in loco".
Terminada a operação de assentamento dos blocos, a superfície será rejuntada com areia
fina, espalhada em uma camada de cerca de 2 cm de espessura sobre todo o pavimento e
forçando-se a penetração nas juntas com a utilização de vassourões.
Varre-se o excesso de areia e comprime-se o pavimento com rolo compressor de rodas lisas
de 12 t de peso mínimo, ou com rolo vibratório liso.

4.8. CONCRETO ESTRUTURAL

4.8.1. Formas

As formas deverão ser constituídas de modo que o concreto acabado tenha as formas e
as dimensões de projeto, esteja de acordo com alinhamento e cotas e apresente superfície
uniforme e lisa.
Deverão ser projetadas de modo que sua remoção não cause danos ao concreto e que
comportem o efeito de vibração de adensamento e da carga do concreto sem sofrer
deformação.
Antes da concretagem as formas deverão ser abundantemente molhadas.
O prazo de desforma está previsto pela NBR 6118 da ABNT.
Ao término da montagem das formas, a CONTRATADA deverá solicitar à Fiscalização a
vistoria para conferência das dimensões, verticalidade, alinhamento e vedação das formas,
para liberação da futura concretagem.

4.8.2. Juntas

As juntas secas e de dilatação serão executadas conforme determinado em Projeto.


As guias e sarjetas serão interrompidas a cada 12 m nas retas e a cada 5 m nas curvas por
juntas de concretagem, para evitar as fissuras de dilatação térmica.
As juntas de guia e sarjeta serão preenchidas com argamassa pobre em cimento.

4.9. REATERRO

As testas de guias deverão ser reaterradas até a cota superior da guia, em pelo menos 2 m
(dois metros) de largura, com material de jazida de empréstimo.
O aterro básico já está executado na obra, mas, mesmo assim, deverá se ter o cuidado de
reaterrar o passeio até este encostar perfeitamente na guia, fazendo apoio para qualquer
esforço lateral.
O equipamento de compactação deverá, necessariamente, ser mecânico.
O reaterro ser controlado a 100% do Proctor Normal com variação máxima de umidade de
2% em relação à Umidade ótima de Laboratório.

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5. RELAÇÃO BÁSICA DE NORMAS TÉCNICAS EMPREGADAS

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado


NBR 6465 - Determinação da abrasão “Los Angeles”
NBR 7211 - Agregado para concreto
NBR 7217 - Agregados - Determinação da composição granulométrica
NBR 7218 - Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis
NBR 7220 - Agregados - Determinação de impurezas orgânicas húmicas em agregado
miúdo
NBR 7480 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado
NBR 9780 - Peças de Concreto para Pavimentação - Ensaio Compressão

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6. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
 Desenhos de projetos;

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