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(o) PRÁTICA ABNT PR

RECOMENDADA 1011
Primeira edição
NOVEMBRO.2021

NR
Projeto de pavimentos urbanos em concreto

ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA
th) DE NORMAS
TECNICAS

-FL1-
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ABNT PR 1011:2021

Sumário

AOradecimentos .s..cesaassscasspsssososisansaiconsiscnacasalsiio
aos LcieaanaLcLiaNANOLC CR EnNEsCANICN Cacaso osinGaNicacLDanESa siso nmaumancê V
INIFOCUÇÃO Su cssasasinossconanacsassioossasemada
na scaccaninsCRaNa Lari an aa Enas aU s aaa MEUa aU OLSENNCAs aacU canos caanc nica nina ccnnidaçia vi
1 Campo de Apiicação .asosososssasissassosisacaaaisissassosiscinavdissonss
and Sead dans Dadda na duas d as Ed aá nn dona 1
2 Roferências Normativas sas ssssossscamosmansoasrasisamaandiniaaasadas
caco din iccadasis Dera EAL TA Gi aii aaa can 1
3 TOrmos 6 doTINIÇÕES “.scososoanasasuasasmasascnnioaansanavoso
sommaosinisdas sda eia dali o anais caca dan Ends aid aaja 2
«4 Simbolos o abraviaturaad.s.... sas ss sonsasassso=oaasosacaasaisissass
sie cananioa casais canas dan ass sans irado 6
441 Para pavimentos dé coricreto Elinples DA... seesssessscescasssasacocnsicosonenisecsceasicosacacisessecava 6
DE SAO PAULO - SEF

4.2 Para pavimentos dé colitreto refólçado...... 2. Bs....ssssssesessssisesesssccoscsassesesecssccocenasso 8


5 Materiais... rf... 00 oo DR, cc O 000 suo sconiei sie sassoniseoninasssonsso nd cossrdanvo 9
5.1 Concreto. E. 0... ME. ss DR A 2a, -ocnaonoscsessaniscimasaassonensdiscnensssiio 9
5.2 o Coto PRA JE JR AR BOA MR A O E BRO PRN RR 10
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5.2.1 Telas saladas... DDD. soa RA aa coscanueiconanoiosiemconanvocsnaasicmanadei 10


5-2-2 Vergalhdes e E RE.
one eras oeeneserioesncasacemessesicacasiscscanavei 10
5.3 Fibras DB ECO DR..........0 DD o coco oo sc é roca DR nao As ió saimocn an ioesmosisccananicocanaioscanascos 10
5.4 Macrofibras sintéticas polimbricasta. Do... sos ssenssossisessuonacesscnniscanacosiscaseso 10
Dm Selanteginara juntas ...Z. BR... nona asso noso scnaaoaniiocsnaisocoanssensdasasisaremcanas 10
6 Dimensionamento do pavimento de concreto simples (PCS) .................................. 11
6.1 Geral... Ms coco esas o vio DR cs DR sa cs caca E sé cccios E nióao RR sua cocnaouiienousaniscimavasironsna di scemossaa 11
6.2 Eixos e cargas de veicubs Tm... Dr. DA ceausriecoscasisrenocansesoscasasesessos 11
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6.3 Cálculo da tensão causada para ESRD de 80 kN...................


eee eeeeneea 11
6.4 Cálculo da tensdútalsada por ETD ...M.......... cds sossssssssescensicasanasasonsceniasanacanisrasoas 12
6.5 Cálculo da tensão catsdtia, DOPEEIs====.. as”. s.esucsssscascusscusasconsicasanasisensceniasonacosisrascas 12
6.6 Parâmetros para o cálculo de cargas ambientais........................... nessa 12
6.7 Espessuras e resistências de referência para o projeto do PCS................................ 13
6.8 Modelagem da ruptura por fadiga do concreto........................
e eeeeeeeeennea 13
6.9 Modelagem da reação da fundação de apoio ao PCS .................
eee 14
6.10 Tipos de bases para pavimentos de concreto .....................
e eeeeeeeneeenesererennea 16
6.11 Modelagem do comportamento à fadiga das bases para PCS............................... 17
6.12 Condição de aderência do pavimento à base cimentada................................eeo. 17
7 Procedimento de dimensionamento do PCS......................
eee eceeeeecreenee 18
71 GOA scans scsasasrinscoasass cnosinasciloas ava crodendanobiao nv as rodada dna Cndd ao das ads Enddas entar a ndo ndó ds sonia seia 18
7.2 Cálculo do raio de rigidez relativa de camadas cimentadas........................... 18
T3 Cálculo da tensão de tração na flexão crítica no PCS.................... eee 18
T3A GOA scans scsasasrinscoasass cnosinasciloas ava crodendanobiao nv as rodada dna Cndd ao das ads Enddas entar a ndo ndó ds sonia seia 18
7.3.2 PCS sobre base cimentada (não aderida)-......s sos sans ss ssssosonsssospacosca
nas iansaconcangausssss 18
7.3.3 PCS sobre base granular:....zaas.:0.>>0200cacocssssosssosssicaassisscnsossosccaspavicacaand
Decacoanmass cano Rnadosir 20
7.4 Cálculo da tensão de tração na flexão na base cimentada não aderida..................... 21
To Dimensionamento à fadiga do PCS e bases cimentadas................................ 21

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7.6 Fluxograma de dimensionamento ds PCS ..===..==..==<====:225>==>==20=5>=550> cosa 22


A Tabelas para pré-dimensionamento dos PCS convencionais ................................ 22
7.8 Pré-dimensionamento de PCS para pedestres e ciclovias ........................ eee. 24
7.9 Dimensionamento estrutural por modelos numéricos abertos e dedicados............. 25
8 Pavimentos FoTorçadosS...........5...200.020022=05>>>ccossoreencanisssonono
ri cenracanPnecavasinensasoniacaanpsimasccannico 25
8.1 Aplicação em pavimentos Urbanos ...-===-==>===.===>==>42>=5===>=5>:0=5 000550 ssa 25
8.2 Estrutura do pavimento .:==::=======5.=:===0===2>>===5550000=0555>=055>+50000mD5sSS
CONDE RanSasS EPE canos 25
8.3 Filosófia do dimensionamento ....=......==:5::>=<.0>=;.cucazsssa
acess siceusaaossaccassciicommaspiaccanes sacas mannico 26
8.4 Tipos de pavimentos com reforço estrutural ...................... eee eeeeeeeerenenennna 27
8.4.1 Pavimentos armados com tela soldada ou barras de aço .......................ees 27
8.4.2 Pavimentos reforçados com fibras estruturais......................... eee eeeeeeeeeeeeeeecennea 27
9 Esforços atuantes .. go ooccasgsscocasaricaecaninsiacsonsiecnsanininccasaciccasmaanico 27
DE SAO PAULO - SEF

9.1 Geral .........s=co.o.. og caco nc oo DA coma R RO oo Ala cs cancn co bacnaa as nconsua is inonaneocacacacondõo 27
9.2 Esforços devido às variações dimensionais das placas — Cargas ambientais ......... 28
9.3 Esforços de;Carbaside velBuIBE....... TD... eesssiieessasaiiccececcaaicemenico 29
9.3.1 Posição relativa dálcargal=..7 =... DD DD ceesssiemescasaiiccasaciacecemendca 29
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9.3.2 Determinação doiihihomentê atuante T...... e... eee nsaa ssa cnsscaccescanastecoseccecosenaneco 30
10 Dimensionamento dos pavimentos reforçados ....................... ee seeeeeeessneneenea 31
10.1 Geral ..... ad co csssca ssa acao o 0600 DER cai eco Me cau ao coco piacascasacensonintdondnea cacacacenoõo 31
10.2 ArmaduráaisimpIgs, com fuiicão estrultiral=.........Z7.............acassssesos season oscosececesecaanao 32
10.2.1 Modelo dãiletiacidade.....Z.......... es seee sonora conioacavocineneneansaccosasiucsceassico 32
10.2.2 Dimensionamento de acordo com a ABNT NBR 6118............................ ns. 34
10.3 Pavimentos com armadura dupla (estruturalmente armados) .................................... 34
10.3.1 Geral .........==00 go Dao soscas vo aos oro RR 00 DR cas cos acena cit cando ooicascasacensonintdondnca cacacacenoõo 34
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10.3.2 Considerações sobre a fadiga em pavimentos armados .......................ssess 38


10.4 Pavimentos reforçados com fibra descontínua, fibra de aço ou fibra polimérica ....39
11 Barras de transferência em pavimentos reforçados .......................eessere 41
11.1 CO E RE O TESS ER E E 41
11.2 TENSÃO NO CONCIOLO -===..:==.====55===000=2500220055;50csoconacasasas
pocndossimencanaSEndcam A si cansasanincaavosinenEneaii=e 42
113 ESTOrÇO atuante ====.====0=050.>==05.0===5555550>=055555555050
505555055 5000EnGOSUGaEAaD SED OGSRSPGSanSaSSE E oncaps cin anenasnie 42
BIDIOORANA==================""===>= 5055555555 0055555005 0555055) OSASOSCEDSRD=SS PODRES Gon D an FDS SECOND Gaa nas AS pn acaND Sagas sn nd 44

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ABNT PR 1011:2021

Agradecimentos
A normalização é uma atividade de interesse geral, com o objetivo de fornecer documentos de
referência, elaborados de modo consensual por todas as partes interessadas, consolidando boas
práticas, recomendações, conjunto de requisitos de serviços, produtos, métodos e processos, com
vistas a garantir evolução e inovação tecnológicas, assim como níveis de segurança e desempenho
crescentes para a sociedade.

A Prática Recomendada (ABNT/PR) é um documento normativo que difere de uma Norma Brasileira
e não substitui as normas ou legislações vigentes, oferecendo orientações aos usuários.

Para a elaboração desta Prática Recomendada, a ABNT contou com a valorosa contribuição das
seguintes entidades:
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— Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC)

— — Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS)


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— — Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON)

— Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

— Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE)


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ABNT PR 1011:2021

Introdução
O conceito de norma técnica engloba a diversidade do grupo que perfaz seus estudos, a abrangência
dos participantes em vista da cadeia construtiva, bem como a consulta aberta à comunidade técnica
(no caso de engenharia), para discussões, esclarecimentos e amadurecimento, em um processo de
experiência acumulada e mesmo de tentativa e erro.

Atualmente, não existe normalização no território nacional, com a abordagem normativa anteriormente
descrita, para projeto de pavimentos de concreto simples, nem em nível federal, nem nas unidades
federativas. Embora a ABNT NBR 6118 trate das estruturas de concreto armado, as peculiaridades de
projeto dos pavimentos de concreto armado merecem especial atenção, até mesmo pelas similaridades
com os pavimentos de concreto simples.
DE SÃO PAULO - SEF

Em decorrência deste fato e com a comunidade brasileira de engenharia civil dedicada às construções
em concreto de cimento Portland, surgiu uma demanda para a elaboração desta Prática Recomendada,
para estabelecer boas práticas de projeto para os pavimentos de concreto aos engenheiros civis.
Para tanto, tomou-se como base a experiência contemporânea de agências rodoviárias de elevada
relevância, que se debruçam, há décadas, no ajuste paulatino e na melhoria dos preceitos e das
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concepções de projetos de pavimentação em concreto, com destaque para a American Association


of State Highway and Transportation Officials (AASHTO), que nos anos recentes publicou o
Guia Empírico-Mecanicista de Projeto de Pavimentos!4], considerado a melhor e mais abrangente
referência da área.

Não se pode dizer que não existem referências para projetos de pavimentos de concreto urbanos no
Brasil, visto que, em 1967, a Prefeitura do Município de São Paulo publicou um decreto que estabeleceu
critérios técnicos para pavimentos de concreto, denominado “Método de Dimensionamento — MD 2”,
pautando-se pelo método da PCA (1966) para a definição de seções-tipo de pavimento a serem
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empregadas em obras viárias urbanas.

Naquele momento, o limite de tráfego pesado para muito pesado era de 2 000 caminhões ou ônibus
diários, adotando-se a carga de 100 kN como máxima legalmente então permitida, sem considerar
outros eixos rodoviários. Os materiais para base de pavimento de concreto simples (PCS) limitavam-se
aos então denominados concretos magros e aos macadames hidráulicos (raramente empregados na
atualidade), muito limitados diante das inúmeras alternativas hoje disponíveis para materiais de base
de pavimentos. As espessuras de placas para tráfego muito pesado eram no máximo de 240 mme a
resistência do concreto era limitada a 4,5 MPa (com base na tradição europeia) em tração na flexão.

Barras de transferência de carga eram exclusividade para tráfego pesado ou muito pesado, quando
então se especificava o aço CA-32. A definição da espessura de placa de concreto empregava então
um procedimento não oficial de agência rodoviária relevante, com modelo de fundo completamente
analítico, desenvolvido simplificadamente para placas semi-infinitas (com um canto apenas), carga
do veículo na borda e ausência de barras de transferência de cargas em juntas. Assim, o método
oficial de pavimentação urbana apresentava algumas contradições e omissões, como o efeito de
temperaturas no estado tensional de placas de concreto.

Passados 50 anos, as condições de tráfego são diferenciadas das utilizadas em 1960. O método
da AASHTO, na década de 1960, considerava tráfego acumulado pesado um milhão e meio de
repetições do eixo-padrão de 80 kN, coisa que ocorre hoje em um prazo de um ano em corredores de
transporte público em metrópoles. Isso se aplica também aos projetos viários, pois faixas exclusivas
de transporte público raramente possuem, na atualidade, larguras com dimensões de 3,5 m - 3,6 m,
sendo geralmente estreitas por razões econômicas. Os métodos de análise de estruturas se alteraram

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ABNT PR 1011:2021

drasticamente em 50 anos, não sendo possível, atualmente, um processo de análise de deformações


e tensões no concreto sem o recurso da modelagem numérica. O método atual da AASHTO apresenta
essa dependência: modelagem de pavimentos de concreto por elementos finitos e uso de rede neurais
para determinação de tensões de tração na flexão em placas de concreto sujeitas a diferenciais
térmicos combinados com cargas de eixos de veículos.

Os países desenvolvidos tecnologicamente, em especial na área rodoviária, não ficaram estáticos


nesses aspectos. França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Espanha, Áustria, Japão, entre outros,
evoluíram muito, inclusive na busca de entendimento do comportamento à fadiga de materiais locais,
criando suas próprias tecnologias de análise, sem a necessidade de recorrência a modelos exóticos
que muito imperfeitamente representariam as especificidades de seus materiais nacionais.

Esta Prática Recomendada busca experiências conceituais novas e adequadas ao mundo


contemporâneo e às realidades das comunidades urbanas brasileiras. Com o objetivo de proporcionar
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maior segurança e agilidade no uso das equações e rotinas de cálculo indicadas nesta Prática
Recomendada, é disponibilizado aos engenheiros e demais projetistas um software dedicado na
forma de aplicativo, que é acessível online no site: http://www.pavimentourbanodeconcreto.com.br.

Esta Prática Recomendada é destinada aos engenheiros e precisa ser aplicada por profissionais que
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possuam plena compreensão sobre as respostas mecânicas de placas de concreto sob ação de cargas
ambientais e de veículos rodoviários. Os usuários desta Prática Recomendada precisam também ter
amplos conhecimentos sobre os materiais empregados nas estruturas de pavimentos de concreto,
sem os quais não é possível o seu emprego. As equações fenomenológicas apresentadas, teóricas
e experimentais, precisam ser empregadas em seus formatos precisos, para que sejam alcançados
resultados pertinentes. Este conhecimento também é necessário para a utilização do aplicativo online
desta Prática Recomendada, que a simula em sua integralidade.
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PRÁTICA RECOMENDADA ABNT PR 1011:2021

Projeto de pavimentos urbanos em


concreto

1 Campo de aplicação
Esta Prática Recomendada estabelece a terminologia, os requisitos e os procedimentos de
dimensionamento para projeto de pavimentos de concreto simples e reforçados, com armadura ou
fibras, moldados in loco.

Esta Prática Recomendada fornece uma abordagem de análise estrutural à fadiga de concretos e
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de bases de pavimentos, permitindo ao projetista o cálculo dos esforços solicitantes em placas de


concreto para pavimentos urbanos, de padrão típico de eixos rodoviários (caminhões e ônibus),
visando à determinação conjunta dos principais elementos de projeto: a espessura da placa de
concreto e a resistência desse concreto à tração na flexão (resistência de projeto), bem como as taxas
de armadura ou fibras estruturais.
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Os modelos de cálculo de tensões estabelecidos nesta Prática Recomendada aplicam-se às placas


de concreto simples retangulares, com comprimento mínimo de 3,5 m e máximo de 5,0 m, e largura
entre 30m a 3,6 m, e às placas de concreto armado com comprimentos entre 7? m e 10 m. Padrões de
pavimentação para calçamentos e ciclovias também são estabelecidos nesta Prática Recomendada.

NOTA 1 É importante que o projetista, ao selecionar o comprimento da placa, preserve a relação mínima
de 1/15 e máxima de 1/25 entre a espessura da placa e o seu comprimento, de acordo com o descrito
anteriormente.
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NOTA 2 Esta Prática Recomendada pressupõe que sempre haverá drenagem superficial e subsuperficial
adequada, não estando o lençol freático a menos de 1,5 m em relação ao greide da fundação (subleito) do
pavimento.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 6118:2014, Projeto de estruturas de concreto — Procedimento.

ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado — Especificação

ABNT NBR 7481, Tela de aço soldada — Armadura para concreto

ABNT NBR 11768-1:2019, Aditivos químicos para concreto de cimento Portland — Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 15530, Fibras de aço para concreto — Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 16834, Concreto — Determinação da variação dimensional (retração ou expansão linear)

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ABNT PR 1011:2021

ABNT NBR 16940, Concreto reforçado com fibras — Determinação das resistências à tração na flexão
(limite de proporcionalidade e resistências residuais) — Método de ensaio

ABNT NBR 16942, Fibras poliméricas para concreto — Requisitos e métodos de ensaio

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1 | pavimento de concreto simples


PCS
pavimento de concreto em formato de placas e moldado in loco, sem armaduras resistentes
a momentos de flexão
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NOTA Sua espessura de projeto é sempre especificada e indicada nos elementos gráficos em dezenas
inteiras de milímetros (ou em centímetros inteiros).

3.2 | pavimento de concreto reforçado


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pavimento de concreto em formato de placas e moldado in loco, com reforços resistentes a momentos
de flexão

3.2.1 | pavimentos de concreto armado


PCA
pavimento de concreto em formato de placas e moldado in loco, com reforços resistentes com fibras
estruturais a momentos de flexão

3.2.2 | pavimento de concreto reforçado com fibras


PCF
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pavimento de concreto em formato de placas e moldado in loco, com reforços resistentes com tela
soldada (barras de aço) a momentos de flexão

3.3 | junta transversal de retração


JT
junta serrada na direção transversal (perpendicular ao tráfego), indutora de fissura de retração de
secagem na posição de corte (ver Figura 1)
Barra de transferência de carga
Aço CA-25 (Liso) Até 2,50 mm —
Engraxada de ambos os lados DE

yo a H/4
LHS
çê: x ; E = e as : E : ç + ê : e 2! :

sas
air Da] MO aro at, à
AAA A TAZ 7 ZE, RAS, o,
4
S / $ Sá
GRU
3» » Só SS R$
USUI
RARA
CLORO SCI CASO
LN
DS à
ES 7)

Figura 1 — Junta transversal de retração

3.4 | junta longitudinal de retração


JL
junta serrada na direção longitudinal (paralela ao tráfego), indutora de fissura de retração de secagem
na posição de corte (ver Figura 2), que é empregada apenas no PCS

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Barra de ligação
Aço CA-50 ou CA-60 (Corrugado)
Aderida ao concreto em ambos os lados

: " DO

*
,
.s

777 z
ASNY A Ng
CS: CJ NZ 4 TÁ

SA SS ASIA
NS ORG RURURIRSE

Figura 2 — Junta longitudinal de retração

3.5 | junta de construção


JC
junta resultante das formas que limitam as dimensões da placa, seja por limitação dos equipamentos
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de construção ou ainda pela taxa do reforço empregada (ver Figura 3)

EP Espaçadores | /7 Selante tela soldada <13h


|
x * “ 10. a «Tm A ' va

REA! A O O RR RR RT
18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

- “ = “e ta - ..
q a ; í ,

Lona
plástica 3
p Barra de tranferência

URIA UURIUZUNA
SYYY Y < ASS NX Y AGR NYEE Simetade engraxada)( NG SN

Figura 3 — Junta de construção

3.6 | junta de encontro


JE
junta empregada para isolar o pavimento —- que apresenta movimentações horizontais devido
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à variação térmica — dos elementos que se movimentem diferencialmente ao pavimento, como caixas
de passagem, obras de arte, entre outros (ver Figura 4)
Selante
, Espaçador
— Tela soldada Ss
q e = , . va. E a A NEC E
AE Ts » + NGTa
o “ * , e “ “

“e " “e .s
q 4 ã

Lona plástica Material compressível T

BAGS GGI NESSA «


RUSSIA GA USINA RG AU

Figura 4 — Junta de encontro

3.7 | barra de transferência de cargas


BT
barra de aço CA-25 (lisa) ou de aço mecânico, completamente pintada e engraxada, disposta a meia
altura das placas nas juntas transversais serradas ou de construção, com extremidades igualmente
espaçadas das juntas

NOTA 1 Padrões para aplicações em vias urbanas de concreto simples são indicados na Tabela 1.

NOTA2 Em pavimentos reforçados, adotar o diâmetro da barra equivalente para o PCS com a mesma
capacidade estrutural, sendo conveniente verificar o dimensionamento da BT de acordo com a Seção 10.

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Tabela 1 — Padrões para barras de transferência de cargas em pavimentos


de concreto simples

Espessura da Diâmetro
placa Observações gerais
a mm

150 a 200 20

210 a 230 25
240 e 250 32 Espaçamento lateral entre centros: 305 mm
Comprimento: 460 mm
260 a 280 35
2 Desvio máximo da extremidade da barra, vertical ou lateral: 6 mm
290 a 330 38 Deslocamento horizontal da extremidade da barra: 25 mm
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340 a 360 41

> 360 45

3.8 | barra de ligação


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BL
barra de aço CA-50 ou CA-60 (nervurada), aderente ao concreto e disposta a meia altura das placas,
nas juntas longitudinais de retração do pavimento, com extremidades igualmente espaçadas das
juntas

NOTA 1 Aárea de aço (As) por unidade de comprimento da seção transversal da borda longitudinal de uma
placa de concreto, por unidade de comprimento, é calculada pela equação a seguir:
A. -Yoxhxta Sao:
E (1)
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onde

Yc é peso específico do concreto;

h éa espessura da placa;

fa éo coeficiente de atrito (1,5 a 2) entre a placa e o topo do sistema de apoio.

L' éalargura da placa;

fs é a tensão admissível do aço à tração;

NOTA2 O espaçamento entre as barras (e) é dado pela relação entre a área de uma barra Ap (seção
transversal da barra adotada) e a área de aço por comprimento unitário da seção As, ou seja:

e= (2)
Às

NOTA 3 O comprimento de ancoragem dentro de cada placa faceando a junta longitudinal de retração é
fixado em 40 diâmetros da barra corrugada empregada, isto é, a barra de ligação tem comprimento mínimo
de 80 vezes o seu diâmetro.

NOTA 4 Parao PCA, a armadura inferior apresenta continuidade neste tipo de junta e a barra de ligação
tem diâmetro mínimo de 16 mm.

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3.9 | cargas de eixos e rodas


esforços de gravidade às cargas impostas verticalmente sobre a superfície das placas de concreto
por diversos tipos de veículos

NOTA 1 JO tráfego sobre as vias depende de muitas peculiaridades regionais e locais. O usuário desta
Prática Recomendada precisa considerar os veículos e as cargas em projeto de forma racional, sendo
esse um trabalho intelectivo a priori do emprego desta Prática Recomendada, o que se considera uma
responsabilidade atribuída ao responsável por cada projeto. Os pavimentos são enormemente afetados
pela repetição de cargas, sendo que a fixação de frequências e valores de carregamentos por eixos não é
uma tarefa de adivinhação nem de lançamento de dados, e sim uma tarefa de engenharia primordial para
o dimensionamento de estruturas de pavimentos.

NOTA 2 Na Tabela 2 são apresentados valores de referência.

Tabela 2 — Veículos e suas características gerais


DE SAO PAULO - SEF

rpo | Eos | gfodas | (Bodas | pneumático | por od MPa kN


18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Bicicleta - 1 1 0,21 0,6


Motocicleta - 1 1 0,21 1,3
Automóvel 2 2 2 0,21 4-5

Utilitário 2 2 2 0,28 6-8


Ônibus 2 2 4+ 0,70 20
Caminhões | 2+ 2 4+ 0,70 20
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NOTA 3 Para os efeitos de dimensionamento em vias urbanas convencionais, somente são consideradas
as cargas de veículos comerciais pesados, como ônibus e caminhões.

NOTA 4 Caso haja previsão por parte do poder público de emprego de equipamentos especiais em vias ou
praças públicas, de natureza não rodoviária e eventualmente dispostos estaticamente sobre as superfícies
dos pavimentos de concreto, as cargas destes equipamentos são consideradas em projeto, para evitar riscos
de ruptura prematura do pavimento.

3.10 [empenamento térmico


efeito (restringido) de curvatura positiva (tração nas fibras inferiores da placa) ou negativa (tração
nas fibras superiores) da placa de concreto, resultante de acomodações estruturais das deformações
internas devidas às diferenças entre a temperatura no topo e no fundo das placas

NOTA O empenamento térmico é comumente designado por carregamento ambiental. Tal carga é anali-
sada em conjunto com as cargas dos veículos para o cômputo de tensões.

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ABNT PR 1011:2021

4 Símbolos e abreviaturas
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas.

4.1 Para pavimentos de concreto simples

a constante experimental de regressão de modelo de fadiga

b constante experimental de regressão de modelo de fadiga

Ci, Ci1, Giz, Ci3 coeficientes de regressão para o modelo de cálculo de tensão de tração na flexão
na placa de concreto sobre base cimentada ou granular

CBR California Bearing Ratio ou índice de suporte californiano


DE SAO PAULO - SEF

CRF, consumo de resistência à fadiga total, causado pelo conjunto do tráfego e de


cargas ambientais em todo o horizonte de projeto

CRF; consumo de resistência à fadiga, causado por um eixo individual combinado com
18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

cargas ambientais em todo o horizonte de projeto

módulo de elasticidade do concreto

módulo de elasticidade da camada de base cimentada em condições de pista

módulo de elasticidade da base cimentada

módulo de elasticidade do concreto


Documento visualizado em 25/01/2023

módulo de elasticidade do material de base ou de sub-base em condições de pista

eixo simples de rodas duplas (traseiro)

eixo simples de rodas simples (dianteiro ou traseiro)

eixo tandem duplo

Ei eixo tandem triplo

fetf resistência à tração na flexão do concreto

FLC fator de calibração campo-laboratório

espessura da placa de concreto

espessura da base cimentada

espessura de projeto da camada de base cimentada

espessura da placa de concreto

espessura (total) da(s) camada(s) granular(es)

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ABNT PR 1011:2021

espessura da base cimentada

módulo de reação do subleito ou módulo de Westergaard

módulo de reação do sistema de apoio (subleito + sub-base + base) para a placa


de concreto

raio de rigidez relativa da camada de base cimentada

número de repetições à fadiga admissíveis para o eixo em análise

Nklm número de repetições admissíveis para o eixo tipo k, com peso le para as condições
de diferencial térmico m

pista
resistência à fadiga (em repetições possíveis de carregamentos) do eixo tipo k,
DE SÃO PAULO - SEF

Nem
com peso / e para a condição de diferencial térmico m nas condições de campo
(calibradas)

laboratório
Néim
resistência à fadiga (em repetições possíveis de carregamentos) do eixo tipo K,
com peso /e para a condição de diferencial térmico m nas condições de laboratório
18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

(referentes ao modelo de fadiga empregado)

Ni,projeto número de repetições esperadas para um dado eixo em todo o horizonte de projeto

Ni admissível número de repetições admissíveis à fadiga para um dado eixo (combinado com
esforços ambientais)

Q); carga do eixo simples de rodas duplas com cargaj ou carga qualquer de um eixo
rodoviário tal qual o de referência, porém com carga qualquer
Documento visualizado em 25/01/2023

QgokN carga do eixo simples de rodas duplas de 80 kN

Q435kN carga do eixo tandem duplo de 135 kN

Q215kN carga do eixo tandem triplo de 215 kN

AT diferença entre a temperatura de topo e a de fundo de placas

S1 tensão na placa de concreto

S2 tensão na base cimentada

Ok,;m tensão de tração na flexão máxima no concreto, causada pelo eixo tipo k, com
peso / e para a condição de diferencial térmico m

Ot OU Off i tensão de tração na flexão máxima em análise para cada eixo

0tf,80 kN tensão de tração na flexão máxima, causada pelo eixo simples de rodas duplas
com carga de 80 kN

Otf,j tensão de tração na flexão máxima, causada pelo ERSD com carga j

Otfj-ETD tensão de tração na flexão máxima, causada pelo ETD com carga j

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ABNT PR 1011:2021

Otfj-ETT tensão de tração na flexão máxima, causada pelo ETT com carga j

Lcamada coeficiente de Poisson do material da camada de base cimentada

fek resistência característica à compressão do concreto

RT relação entre a tensão de tração na flexão aplicada e a resistência à tração na


flexão

4.2 Para pavimentos de concreto reforçado

Cr raio de área de contato da roda no pavimento

E cobrimento da armadura
DE SAO PAULO - SEF

d altura útil

D diâmetro da barra de transferência

raio de rigidez relativa da placa de concreto


18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

es

OAt tensão de origem térmica de acordo com Lósberg

w coeficiente de ajuste

Afsfad Variação entre a tensão máxima e a mínima do aço submetido à fadiga

p coeficiente de minoração da rigidez da placa devido à fissuração do concreto

n relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto


Documento visualizado em 25/01/2023

Ma momento de cálculo

Gtfj tensão à flexão do concreto a j dias

Nt força de tração máxima

oA£ tensão de origem térmica

Put carga do semieixo

Peq carga equivalente

Mk momento atuante

Mp momento positivo

Mn momento negativo

MR momento resistente da placa

Mp,r momento positivo residual

Re 3 razão entre a tensão residual e a tensão de fissuração do concreto

8 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT PR 1011:2021

momento negativo resistente

Ma,pos momento positivo de cálculo

fe150 tensão residual do concreto reforçado com fibras

carga na borda da placa

coeficiente em função da resistência do concreto

coeficiente em função da resistência do aço

raio de rigidez da placa fissurada

tensão no concreto causada pela barra de transferência


DE SAO PAULO - SEF

carga na barra de transferência

distância entre rodas de rodagem dupla


18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

taxa da armadura

coeficiente de majoração da carga

raio de rigidez relativa da barra de transferência imersa no concreto

módulo de suporte da barra de transferência

momento de inércia da barra de transferência


Documento visualizado em 25/01/2023

máxima deformação do concreto sob a barra de transferência

5 Materiais
9.1 Concreto

O co ncreto para os pavimentos simples e reforçados deve atender aos requisitos da ABNT NBR 6118,
com as seguintes ressalvas:

Resistência à compressão: 35 MPa < fek <50 MPa

Resistência à tração na flexão: fct2 3,8 MPa (vias com tráfego de veículos comerciais); admitem-se,
todavia, valores inferiores de resistência à tração na flexão para concretos empregados em PCS
para aplicações em ciclovias, passeios e parques, conforme indicado nesta Prática Recomendada.
Admitem-se valores inferiores de resistência à tração na flexão para concretos empregados
em PCS para aplicações em ciclovias, passeios e parques, conforme indicado nesta Prática
Recomendada.

Resistência ao desgaste: o pavimento de concreto é submetido a solicitações abrasivas elevadas.


Como não há ensaios de resistência ao desgaste apropriados para a avaliação dessa propriedade,
devem-se empregar meios indiretos para a mitigação do desgaste abrasivo, como: (a) resistência
à compressão superior a 35 Mpa, sendo a resistência ao desgaste diretamente proporcional

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ABNT PR 1011:2021

a resistência do concreto, para valores de até 45 MPa; (b) consumo de cimento superior a
300 kg/m?; (c) exsudação inferior a 2 %, com o objetivo de reduzir a relação água/cimento (a/c) na
superfície do pavimento; (d) emprego de agregados de maior dureza, como concretos produzidos
com granito ou basalto, que são mais resistentes ao desgaste do que aqueles que empregam
arenito ou mesmo alguns tipos calcário.

— Retração máxima: e=500"" (medida de acordo com a ABNT NBR 16834); em pavimentos
reforçados, nos quais as dimensões das placas são superiores às dos pavimentos que empregam
concreto simples, a retração do concreto deve ser baixa para reduzir a abertura excessiva
das juntas e combater o empenamento da placa. Em casos específicos, é permitido o
emprego de aditivos compensadores de retração (CR) que atendam aos requisitos da
ABNT NBR 11768-1:2019, Tabela 6.
DE SAO PAULO - SEF

— Coeficiente de dilatação térmica: embora a ABNT NBR 6118 indique a = 10-%/ºC, o valor de
a pode variar de 0,9 a 1,4 x 10-9/ºC, dependendo do agregado. Devido à sua influência do
coeficiente de dilatação térmica nos esforços de origem térmica, deve-se levar em consideração
a composição do concreto para a sua adoção.
18:00:48, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

5.2 Aço

As armaduras passivas devem atender aos requisitos da ABNT NBR 6118:2014, 8.3, exceto com
relação ao descrito na ABNT NBR 6118:2014, 8.3.8, tratado especificamente em 10.3.2.

5.2.1 Telas soldadas

As telas soldadas podem ser de aço CA-60 ou CA-50, e devem atender à ABNT NBR 7481.

5.2.2 Vergalhões e fios


Documento visualizado em 25/01/2023

Podem ser de aço CA-50 ou CA-60, e devem atender à ABNT NBR 7480. O aço CA-25 (liso) pode ser
utilizado exclusivamente na produção de barras de transferência de carga.

5.3 Fibras de aço

As fibras de aço a serem empregadas nos pavimentos de concreto reforçado devem ser as fibras
do Grupo | (arames e fios trefilados), tipo A (ancoragem nas extremidades), de acordo com a
ABNT NBR 15530.

5.4 Macrofibras sintéticas poliméricas

As macrofibras sintéticas poliméricas devem seguir classificação e requiistos estabelecidos na


ABNT NBR 16942.

5.5 Selantes para juntas

O selante da porção superior das juntas de retração, de construção ou de encontro deve ser
constituído por materiais à base de silicone, poliuretano, mástique asfáltico ou híbridos de asfalto e
polímeros, aplicados em estado fluido, ou ainda por selantes flexíveis sólidos (também denominados
pré-moldados), encaixados linearmente no espaço a ser selado. O padrão de reservatório para selante
é apresentado na Figura 5.

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ABNT PR 1011:2021

Selante ss

Barra de transferência ou de ligação

[
h/2
Fissura Induzida

Figura 5 — Padrão de reservatório para selante

6 Dimensionamento do pavimento de concreto


DE SAO PAULO - SEF

simples (PCS)
6.1 Geral
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

O dimensionamento dos PCS ocorre para a quantidade de eixos de veículos comerciais (ônibus
e caminhões), para a faixa de tráfego mais carregada na pista. O projetista deve determinar a fração
do tráfego comercial pesado que circula sobre a faixa crítica de projeto, no sentido considerado.
O volume de eixos para cada tipo de eixo pesado rodoviário conhecido (dianteiro e traseiros) deve ser
estimado pelo projetista, com base em conceitos tradicionais de projeção do tráfego acumulado para
um dado horizonte de projeto (vida de serviço), que deve estar situado no intervalo entre 20 e 40 anos.

6.2 Eixos e cargas de veículos

Os efeitos dos carregamentos de veículos comerciais sobre os pavimentos urbanos são computados
Documento visualizado em 25/01/2023

para eixos simples de rodas simples e duplas (ESRS e ESRD), eixos tandem duplos (ETD) e eixos
tandem triplos (ETT), sendo observados os seguintes requisitos:

a. a posição crítica de eixos traseiros simples de rodas duplas (ESRD) sobre as placas deve ser,
longitudinalmente, centralizada na placa, ou seja, na metade de seu comprimento;

b. a posição crítica do mesmo eixo, transversalmente, deve ser tal que o par de rodas externas
tangencie a junta longitudinal de retração da placa; esta condição é bastante pertinente ao caso de
corredores e faixas exclusivas de transporte público (ônibus) com faixas reduzidas, sendo levemente
conservadora para faixas de rolamento mais largas, de até 3,6 m;

c. os eixos simples de rodas simples (ESRS), caso entrem nos cálculos, devem ser avaliados como
ERSD.

6.3 Cálculo da tensão causada para ESRD de 80 kN

O modelo fundamental de cálculo de tensões requer a avaliação da tensão para o ESRD de 80 kN.
Para qualquer outra carga (Q;) de ESRD, deve ser utilizada a equação a seguir:

Otf, = Otf,80kN X
QBokN
eso
, 80
(3)
Os eixos simples de rodas simples, dianteiros ou traseiros, devem ser tratados da mesma maneira
anteriormente descrita, ou seja, com o mesmo equacionamento para ESRD. Essa metodologia
simplifica o cálculo das tensões, com algum conservadorismo, uma vez que a análise de eixos com

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ABNT PR 1011:2021

cargas diferentes das do eixo padrão pode ser facilmente realizada. Tal critério é aplicável aos eixos
de rodas simples, se desejado pelo projetista.

6.4 Cálculo da tensão causada por ETD

Para o cômputo de tensões causadas por eixos tandem duplos (ETD), deve ser utilizada a Equação (4),
considerando-se as tensões equivalentes ao eixo-padrão para carga de 135 kN, ou seja:

Gtfj-ETD = Otf, 80kN X


Q; = Otf,80kN X =
Q; (4)
35KN 135

A carga de 135 kN do eixo tandem duplo causa o mesmo efeito no pavimento que o ESRD de 80 kN.

6.5 Cálculo da tensão causada por ETT


DE SÃO PAULO - SEF

Para o cômputo de tensões causadas por eixos tandem triplos (ETT), deve ser utilizada a Equação (5),
considerando-se as tensões equivalentes ao eixo-padrão para carga de 215 kN:

Otfj-ETT
= == Otf,80kN
Otf,80 X É = OtfOtf,80k RL (5)
Q215kN 215
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

A carga de 215 kN do eixo tandem triplo causa o mesmo efeito no pavimento que o ESRD de 80 kN.

6.6 Parâmetros para o cálculo de cargas ambientais

As cargas ambientais, traduzidas pelos diferenciais térmicos (AT) entre topo e fundo de placas
(diferencial térmico positivo) devem ser consideradas, conforme padrões de referência observados
na Tabela 3, a menos que haja discordância do projetista para ocorrências na região de projeto, para
a qual sejam cabíveis, justificadamente, condições diferenciadas.
Documento visualizado em 25/01/2023

Os valores devem ser tratados, por simplicidade, de hora em hora, por meio de interpolação linear,
entre o primeiro horário matinal e 14 h, e, vespertinamente, entre 14 h e o último horário mencionado,
conforme exemplo apresentado na Tabela 3. Valores devem ser interpolados para cada horário (cada
meia-hora). Devem ser estimados, linearmente, os valores de diferenciais térmicos positivos entre
o início do efeito pela manhã e o horário de pico, e também entre o pico e o horário de cessação
do efeito.

No PCS, como as fibras mais solicitadas à tração ocorrem na base da placa, a consideração do diferencial
térmico negativo, em ambiente tropical, é pouco relevante, devendo ser tomados valores nulos de
diferenciais para os horários em que a temperatura de fundo da placa supere aquela de seu topo.

Os valores de referência apresentados na Tabela 3 referem-se às condições ambientais nas


coordenadas de referência indicadas na Tabela 3. Tais valores foram determinados para ampla
combinação de parâmetros ambientais variando nas seguintes faixas: temperatura atmosférica entre
6 ºC e 36 “C; umidade relativa do ar entre 10 % e 100 %; número de horas de radiação solar entre
o amanhecer e o pico de temperatura entre Oh e 9 h.

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ABNT PR 1011:2021

Tabela 3 — Diferenciais térmicos de referência (São Paulo, SAD-69, 23º33'44”"S; 46º43'39"W)


Estação Horários com Horário de Valor do AT (ºC)
climática AT (ºC) nulos | pico do AT (ºC) no pico
Primavera 18has8h 14h 12,5
Verão 19has8h 14 h T15O
Outono 18has9h 14h 8,0
Inverno 17 has9h 14 h 10,0

6.7 Espessuras e resistências de referência para o projeto do PCS

Na Tabela 4 são indicadas possibilidades de emprego de resistências características de projeto para


DE SAO PAULO - SEF

alguns equipamentos urbanos que empreguem os PCS.

A resistência característica fica a critério do projetista, em função de materiais e métodos construtivos,


sendo ela, conjuntamente com a espessura, uma resposta de dimensionamento estrutural.
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Tabela 4 — Resistências de referência de concretos para emprego em PCS

Espessuras fet,f
Tipo de PCS
mm MPa

Convencional 150 a 350 3,8a 6,0


Whitetopping 150 a 350 3,8 a 6,0
Ciclovias 80 a 100 202 3,0
Documento visualizado em 25/01/2023

Passeios 50 a 80 1,5a 3,0

6.8 Modelagem da ruptura por fadiga do concreto

Para o cálculo da fadiga do concreto, pode, a critério do projetista, ser adotado o modelo da AASHTO,
cuja documentação é a mais completa para justificar seu uso como modelo de comportamento em
pista, para tráfego 100 % canalizado, pela equação a seguir:
f 1,22
ogNhim =2x[ Ch! | +0,4371 (6)
Ok,l;m

onde

Nkim é O número de repetições admissíveis para o eixo tipo k, com peso / e para a condição
de diferencial térmico m;

fetft éa resistência à tração na flexão do concreto.

Observar que, neste modelo, a tensão de tração na flexão (5) é dependente do tipo e da carga do eixo
e do diferencial térmico. O modelo considera um nível de fissuração atingido em 50 % das placas.

Este modelo foi desenvolvido com base no desempenho do pavimento (formação de fissuras
transversais em placas), de modo semiempírico, a partir de dezenas de seções de pavimentos

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ABNT PR 1011:2021

de concreto simples, monitoradas durante décadas nos EUA. Assim, este é um modelo genérico,
baseado em desempenho em pista, sendo que sua formulação engloba variados tipos e resistências
de concretos, apresentando um nível de confiança na determinação de 50 %.

Alternativamente para as análises, pode-se empregar o único modelo de fadiga para o concreto
produzido com materiais disponíveis no Brasil e oficialmente recomendado para as vias urbanas, que
é indicado na Referência [32], aqui denominado modelo EPUSP, conforme a equação a seguir:

logr0Nk Im = 25,858 — 25,142» [Sedm (7)


ct;f

Este modelo foi desenvolvido para concreto, em laboratório, empregando formulação específica, com
agregados graúdos e miúdos (granitos e calcários) provenientes de jazidas na Região Metropolitana
de São Paulo, com o emprego de CP-III. É necessário, nesse caso, conversão desse modelo para
DE SÃO PAULO - SEF

desempenho em pista por meio de fator de calibração laboratório-pista (FLC), calculado pela equação
a seguir:
4,2 pista
FIC- e | Nam (8)
fetf Apa ato
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Esse FLC converte o número admissível de repetições à fadiga para um dado eixo, carga e diferencial
térmico, obtidos em laboratório, para as reais condições em pista (onde o número admissível
é evidentemente inferior aquele de laboratório), sendo determinado a partir da comparação entre
a resistência à fadiga de concreto de pavimentação ensaiada em laboratório e o comportamento de
um mesmo concreto aplicado em uma pista que ficou sujeita à monitoração até ruptura.

O projetista deve buscar formulações específicas à fadiga para os concretos das diversas regiões
brasileiras, a serem empregados conscientemente nos cálculos, devendo ser aplicado FLC caso
o modelo selecionado, e devidamente justificado, seja resultante de experimentos em laboratório.
Documento visualizado em 25/01/2023

Modelos de fadiga distintos levam a diferentes resultados de projeto em termos de espessuras


e resistências de concreto, sendo do projetista a responsabilidade e a decisão no que tange a essa
escolha. O projetista deve evitar o emprego de modelos de previsão de fadiga não documentados
e não calibrados para pista com os devidos efeitos térmicos combinados às cargas.

6.9 Modelagem da reação da fundação de apoio ao PCS

Valores a serem tomados para o módulo de reação do subleito (k) são aqueles apresentados na
Tabela 5 ou nas Figuras 6 e 7. Tais valores devem ser verificados pelo projetista ao analisar um PCS
sobre base asfáltica ou cimentada.

NOTA Nesta Prática Recomendada, indistintamente, são chamadas de bases cimentadas aqueles
materiais compostos por ligantes hidráulicos ou ligantes asfálticos.

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ABNT PR 1011:2021

Tabela 5 — Valores estimativos de k para os solos classificados de acordo com


a classificação MCT do DNITI20]
Tipo de solo k
MET Pai

LA, LA 40 - 70
LG' 30 - 60
NA 30 - 60
NA, NS' 35 - 50
DE SAO PAULO - SEF

do subleito (Mpa/m)
Módulo de reação
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50 60 70 80 90 100

Grau de saturação (%)


.. - e) e ..- -

A-4 A-5 A-6 A-7-5 A-7-6

Figura 6 — Correlação entre k e o tipo de solo (HRB-AASHTO) e seu grau de saturação


Documento visualizado em 25/01/2023

(possível determinação por correlação linear)

140
120
do subleito (Mpa/m)
Módulo de reação

100
80
60
40
20

CBR do subleito (%)

Limite máximo Média Limite mínimo PCA (1966)

Figura 7 — Correlação entre k e o valor de CBR do subleito

Em caso de placas de concreto apoiadas diretamente sobre os solos de subleito, para exemplificar, uma
equação empírica empregável para a determinação do módulo de reação do subleito é representada
pela equação a seguir (de acordo com a Figura 7):

kapoio = 20,67 x In (CBR) + 1,26 (9)

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ABNT PR 1011:2021

Na presença de sub-base e/ou base granular, o valor do k do subleito pode ser incrementado em
função do índice de suporte californiano (CBR) e da espessura total da camada granular (HB), de
acordo com a Equação (10). Nesse caso, quando o subleito e a base granular constituem as camadas
de apoio de uma base cimentada superior ou da própria placa, o parâmetro recebe o nome de módulo
de reação do sistema de apoio (subleito + camada granular).

Kapoio = (21,/1xH2 —5,779x Hp +1,422)-[20,67xIn(CBR)+ 1,26] + (10)


+(-4806xHB +2451xH2 -310xHp +13,53)

6.10 Tipos de bases para pavimentos de concreto

Na Tabela 6 são apresentados os parâmetros de referência a serem, em princípio, empregados


pelo projetista no dimensionamento de PCS sobre diversos tipos de bases granulares, cimentadas
DE SAO PAULO - SEF

e asfálticas.

Tabela 6 — Alternativas de materiais para bases e sub-bases de pavimentos de concreto


Regiões
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Empregos com Espessuras Coeficiente


é e fett Epista E e do e à
Material Natureza mais aplicações indicadas de Poisson
Vo MPa MPa ;
típicos mais mm (cimentadas)
frequentes

Brita graduada, NE-S


tratada com Bases 0,7- 1,0 | 6000-111 000 SE 100 0,15- 0,25
cimento

C oncretot :
Cimentados 10 000 — NE-S-
compactado ou concreto Bases 1,9-2,5 20000 SE 100 a 150 0,15- 0,25
Documento visualizado em 25/01/2023

com rolo seco

Solo-cimento Bases <0,4 2 500 —- 4 000 CO-SE 100 0,25 - 0,35

Sol lhorad
PRN ENEEO Subbases | <02 500-1.000 | CO-SE | 1003200 nd
com cimento

Brit duad B
FERE GRE - 100 — 200 Todas 100 a 200 nd
simples sub-bases

Reciclados de Agregados
construção e de Sub-bases - <100 Todas 100 a 200 nd
demolição

Concreto
. Bases 0,5- 1,0 6 000 — 8 000 Todas 40 a 80 0,30 — 0,40
asfáltico
Asfálticos
Pré-misturados
mista Bases | 04-07 | 3000-4500 | Todas 60 a 90 0,30 — 0,40
a quente

Solos finos CO-N-


; é Sub-bases - 150 — 300 100 a 200 nd
lateríticos NE - SE
Solos
Solos lateríticos
a Sub-bases = 150 — 300 CO-N 100 a 200 nd
concrecionados

16 & ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

-FL26-
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ABNT PR 1011:2021

6.11 Modelagem do comportamento à fadiga das bases para PCS

De acordo com conhecimento específico do projetista de modelos de fadiga locais e construídos


sobre os rigores da pesquisa aplicada em engenharia, os modelos para determinação da resistência
à fadiga dos materiais tratados com ligantes hidráulicos ou asfálticos, sugeridos para projetos, são
aqueles indicados na Tabela 7, obedecendo às seguintes equações, para bases cimentadas e misturas
asfálticas, respectivamente:

logN
= a - bx| SÉ (11)
fetf

N=ax(og)? (12)

Tabela 7 — Funções de fadiga sugeridas para bases de pavimentos de concreto


DE SAO PAULO - SEF

Material a b FLC

Goncreio Ver requisito


compactado com 19,911 15,074 N o ir
rolo (CCR) 9
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Brita graduada Verredúiéito


tratada com cimento Tr Es? 19,608 a oo ur
(BGTC) 9
Solo-cimento? 37,904 40 Ver requisito
a seguirá
Misturas asfálticas 5 630 -265 10 000
densas
Documento visualizado em 25/01/2023

Se RT < 0,6, usar FLC = 1.


Se RT>0,6e< 0,7, usar FLC = 0,25.
Se RT >0,7, usar FLC = 0,01.

a Muito variável e com FLC de difícil estimativa (neste caso, utilizar


constantes para solos LA na classificação MCT).

6.12 Condição de aderência do pavimento à base cimentada

O modelo de dimensionamento de PCS estabelecido nesta Prática Recomendada não prevê a


aderência da placa de concreto a bases com concreto compactado com rolo (CCR) ou com brita
graduada tratada com cimento (BGTC), devendo ser utilizado elemento de quebra de aderência
usualmente empregado, como mantas de polietileno ou emulsão asfáltica de ruptura rápida (RR-2C),
aplicada cerca de 60 min antes do lançamento do concreto plástico em pista.

O projeto de placa aderida à base cimentada não é vedado ao projetista, que deve utilizar outros
modelos de determinação de tensões adequados para resolver o problema, como fazer modelagem
por elementos finitos ou empregar modelos complementares existentes.

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-FL27-
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7 Procedimento de dimensionamento do PCS


7.1 Geral

Nesta Subseção são apresentados o roteiro e o algoritmo textual para dimensionamento dos PCS
convencionais.

7.2 Cálculo do raio de rigidez relativa de camadas cimentadas

O raio de rigidez relativa (/camada)


da camada cimentada de base, assumida como uma placa,
é inicialmente determinado pela equação a seguir:

amado 4 = E camade -h Ta ê 3 (13)


X Kapoio x( Hcamada )
DE SAO PAULO - SEF

onde

Ecamada é o módulo de elasticidade da camada, expresso em megapascals (MPa);


18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

hAcamada é a espessura da camada, expressa em metros (m);

Kapoio é o módulo de reação, expresso em megapascals por metro (MPa/m), no topo do sistema
de apoio flexível (solo de fundação e eventuais camadas granulares sobre si);

Ucamada é O coeficiente de Poisson da camada (base cimentada).

7.3 Cálculo da tensão de tração na flexão crítica no PCS

7.3.1 Geral
Documento visualizado em 25/01/2023

As tensões de tração na flexão crítica nos PCS são calculadas pelas Equações (14), (15) e (16). Todas
as tensões determinadas em placas de concreto devem ser multiplicadas pela constante de correção
0,85, que estabelece a calibração entre tensões numericamente determinadas e tensões aferidas em
pistas experimentais, em estudos nacionais e estrangeiros, para ajuste dos modelos apresentados.
A alteração desse critério depende de futuras pesquisas, devidamente circunstanciadas para sua
justificativa, comparando resultados de deformações medidas em pista e aquelas calculadas por meio
de modelagem numérica.

7.3.2 PCS sobre base cimentada (não aderida)

O modelo de cálculo de tensões de tração na flexão máxima para uma dada condição (neste modelo
a carga é posicionada tangenciando a borda longitudinal livre e a meia distância das juntas transversais)
no fundo da placa de concreto (PCS), quando esta está apoiada sobre uma base cimentada,
é calculado pela equação a seguir:

otfi=[(C1/4 +C212+C3)xH2 +(C4t4 +C612+Co)xH+(C7t4 +Cg!2 +09)|x (14)


[(C1044 +C44!2 +Ci2)xH2 x AT +(Cq3/4 +C44/? +C15)xHxAT +(C16/4 +C47/? +Ci8)xAT +1]

onde

t éo0oraio de rigidez relativa da base cimentada, expresso em metros (m), calculado conforme
indicado em 6.2;

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-FL28-
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H é a espessura da placa de concreto, expressa em metros (m);

AT é o diferencial térmico entre o topo e o fundo da placa de concreto, expresso em graus celsius (ºC).

Os coeficientes C; (funções numéricas) a serem empregados são apresentados na Tabela 8, na


forma de funções implicitamente dependentes do módulo de reação do apoio sob a base cimentada,
calculados pela equação a seguir:

C; =Ci;1 k2 +C;2-k+Ci;a (15)

Sendo k o módulo de reação do subleito ou do apoio granular sobre o subleito (módulo de reação do
sistema de apoio do subleito + base granular).

Tabela 8 — Coeficientes de regressão para o modelo de placa sobre base cimentada


DE SAO PAULO - SEF

C; Ci; Ci,2 Ci,3 C; Ci; Ci,2 Ci,3


C4 | -0,00252 2 2 13,585 C4o 0,000044 0,0335 —0,162

Co 0,00542 —1,921 —121,44 C11 | -0,0000683 0,0285 0,609


18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Ca | 0,001114 —0,356 89,90 C12 | 0,0000377 —0,00608 —1,287

Ca | 0,001513 —1,321 —7,929 C13 | —0,0000307 —0,0281 0,1873

Cs | -0,003388 1,2023 19,21 C44 0,0000326 —0,01567 —(0,4056

Ce | —-0,000789 0,247 —61,86 C15 | -0,0000345 | 0,008453 0,6752

Cz | —0,00022 0,1916 23 C46 0,0000068 0,00675 —0,0465

Cs | 0,000528 —(,1886 —11,73 C17 | —0,0000026 | 0,002216 0,06294


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Co | 0,000162 | —0,04921 12,01 C148 0,0000028 | —-0,000788 | -—0,0451

Na Tabela 9 são apresentados os limites de validade dos parâmetros para o emprego seguro dos
modelos apresentados anteriormente, embora extrapolações abaixo do limite inferior sejam possíveis
apenas para os valores de módulo de elasticidade de bases cimentadas.

Tabela 9 — Faixa de variação de parâmetros para os pavimentos de concreto simples com


bases não aderidas

Ee : Valores extremos de
Variável de projeto
modelagem
Espessura da placa (H) 0,15ma 0,35m
Módulo de elasticidade do concreto (Eccp) 28 a 32 (30) GPa
Espessura da base cimentada (HBc) 0,10m a 0,30m
Módulo de elasticidade da base cimentada (Epc) 10 GPa a 30 GPa

Módulo de reação do subleito (k) 30 MPa/m a 130 MPa/m

Diferencial térmico linear entre o topo e o fundo da placa (AT) 0ºGCa25ºC

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7.3.3 PCS sobre base granular

O modelo de cálculo de tensões de tração na flexão máxima, para uma dada condição de carregamento
citada em 7.3.2, no fundo da placa de concreto (PCS), quando esta está apoiada sobre uma base
granular, é calculado pela equação a seguir:

CaxH2xk2xAT +CoxH2xkxAT+CoxH2xAT+C7xHxk2xAT+ (16)


ot; = 1001 x HO2 x k8s x
+CaexHxkxAT+CyoxHxAT +C0xk2xAT+C4xkxAT+C49xXAT+1
onde

H é a espessura da placa de concreto, expressa em metros (m);

k é o módulo de reação do subleito ou do sistema de apoio, expresso em megapascals por metro (MPa/m);
DE SAO PAULO - SEF

AT é o diferencial térmico, expresso em graus celsius (ºC), entre o topo e o fundo da placa.

Os coeficientes C; a serem empregados são apresentados na Tabela 10.

As Equações (14) a (16) são aplicadas para o ESRD de 80 kN, sendo que, para outros carregamentos
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

ou tipos de eixos, a tensão or; deve ser corrigida pelas Equações (3), (4) e (5).

Tabela 10 — Coeficientes de regressão para o modelo de placa sobre base granular


Coeficiente Valor Coeficiente Valor
C4 —0,384 C7 —3,62E-05
C> — 1,482 c8 8,94E-03
Cs —0,174 C9 4,72E-01
Documento visualizado em 25/01/2023

Ca 3,90E-05 C10 3,58E-06


Cs —7,00E-03 C11 —-8,75E-04
Cg -9,60E-01 C12 —1,66E-02

Na Tabela 11 são apresentados os limites de validade dos parâmetros para o emprego seguro dos
modelos apresentados anteriormente, embora extrapolações para abaixo do limite inferior sejam
possíveis apenas para valores de módulo de elasticidade de bases cimentadas.

Tabela 11 — Faixa de variação de parâmetros para os PCS com bases granulares

Valores extremos
Variável de projeto de modelagem

Espessura da placa (H) 0,15ma 0,35 m

Módulo de elasticidade do concreto (Eccp) 30 GPa

Módulo de reação do sistema de apoio (k) 20 MPa/m a 140 MPa/m

Diferencial térmico linear entre o topo e o fundo da placa (AT) 0a 256

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7.4 Cálculo da tensão de tração na flexão na base cimentada não aderida

Para bases cimentadas ou asfálticas, é utilizada a equação a seguir:

(o21=[6 (2 ton (17)


onde

02 é a tensão na base;

01 é a tensão na paca determinada conforme 7.3;

E> é o módulo de elasticidade da base;

E4 é o módulo de elasticidade do PCS;


DE SAO PAULO - SEF

h> é a espessura da base; e

h4 é a espessura do PCS
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Notar que as espessuras são um parâmetro em avaliação no processo interativo de dimensionamento,


sendo valores básicos a serem empregados conforme apresentado na Tabela 6. Não há necessidade
de aplicação do fator de calibração (redutor) de tensão para pista, caso no valor de 4 já tenha sido
imputado tal redutor.

7.5 Dimensionamento à fadiga do PCS e bases cimentadas

O consumo de resistência à fadiga (CRF;) é calculado individualmente para cada nível de tensão
imposta por determinado eixo, com determinada carga considerando simultaneamente o diferencial
térmico no momento de sua passagem sobre a placa cuja espessura e resistência à tração na flexão
Documento visualizado em 25/01/2023

sejam conhecidas (bem como demais condições de bases e de reação do subleito), com base
no modelo de fadiga adotado para a análise.

O consumo de resistência à fadiga total (CRF+) causado pelo conjunto do tráfego e de cargas ambientais
em todo o período de serviço (horizonte de projeto) é então determinado com base na hipótese
de dano linear contínuo, representada pela equação a seguir:
n n
Ni projeto
CRA => CRFj=) ———"— <100% (18)
» | » Niadmisível

onde

Ni,projeto é o número de repetição de cargas esperado para uma dada condição de carregamento;

Ni admissível é O número de repetições de carga que levam o material à fadiga para a mesma
dada condição de carregamento, com base em função de fadiga selecionada para
a análise.

Nesse modelo, tal consumo não pode, no conjunto de todas as condições de carregamento esperadas,
superar o valor unitário, devendo sempre buscar em projeto a maior proximidade desse valor unitário
tendendo pela esquerda.

Esse procedimento de verificação à fadiga é a base do dimensionamento da estrutura do PCS,


requerido tanto para o concreto da placa quanto para as bases cimentadas.

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7.6 Fluxograma de dimensionamento de PCS

No fluxograma apresentado na Figura 8 tem-se a forma de avaliação estrutural a ser seguida pelo
projetista de acordo com esta Prática Recomendada de projeto de PCS.

Definir / Redefinir
CCP
Fx let +Mecp
CCR BGTC | SC Calcular
fetf - hiase CH c
E Verificação à Ésdiga de
tf. base
para cada eixo, cargo. Neco € Nbase
Definir / Redefinir
estação climática e
Madelos de fadiga regionais horário do dia
| para CCP o base cimentada

OPCIOMAL
DE SAO PAULO - SEF

Detalhamento de Tráfego

eixos
cargas
distribuição horária
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Alterar NÃO

Clima Alterar Ecit ou hiase

Fixação de tett ou hecp


emações
AT horário

Figura 8 — Fluxograma para dimensionamento estrutural à fadiga do PCS[8]

7.7 Tabelas para pré-dimensionamento dos PCS convencionais


Documento visualizado em 25/01/2023

Nesta Subseção são apresentadas as tabelas de pré-dimensionamento (definindo resistência estática


à tração na flexão do concreto e espessuras de concreto em placas de PCS) para os pavimentos
de concreto simples que, de acordo com os critérios de dimensionamento estrutural expostos nesta
Prática Recomendada, empregaram a distribuição de eixos conforme a Tabela 12.

Tabela 12 — Eixos e frequências empregadas nas tabelas de pré-dimensionamento de PCS


ESRD ESRS
Carga | Frequência | Carga | Frequência
kN % kN Y%
70 10,0 40 10,0
80 10,0 50 10,0
90 10,0 60 10,0
100 70,0 70 70,0

Na Tabela 13 são indicadas espessuras e resistências associadas para PCS, considerando-se a


distribuição de tráfego descrita anteriormente (para quantidades diárias idênticas de ESRS e ESRD)
e os valores de diferenciais térmicos indicados nesta Prática Recomendada. Os cálculos foram
realizados para um corredor urbano de ônibus (faixa exclusiva) para um horizonte de serviço dos

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ABNT PR 1011:2021

pavimentos de 40 anos, com taxa de crescimento linear de 2 % ao ano, para uma quantidade diária de
ônibus variável (por sentido). A quantidade diária de ônibus é indicada na primeira coluna da Tabela 13.
Tais valores são de pré-dimensionamento, devendo o projetista utilizar os modelos oferecidos para
definições técnicas e econômicas precisas, individualmente. Para os exemplos apresentados, foi
empregado o modelo de fadiga da EPUSP (o segundo modelo apresentado em 6.8). Deve-se proceder
à verificação à fadiga da base cimentada no projeto definitivo.

Estes pré-dimensionamentos foram calculados para condições comuns de emprego de subleitos


e de bases granulares. As resistências do concreto indicadas na Tabela 13 são ilustrativas,
devendo o projetista, e sempre que possível em conjunto com o tecnologista de concreto da obra,
estabelecer parâmetros razoáveis para essa resistência, tanto tecnicamente quanto economicamente.
Os parâmetros empregados para a montagem dessa tabela de pré-dimensionamento foram: módulo
de elasticidade do concreto de 30 GPa; módulos de elasticidade de base com valores de 5,645
GPa (mistura asfáltica), 5,0 GPa (solo-cimento), 11 GPa (BGTC), 18 GPa (CCR) e 100 MPa (BGS);
DE SAO PAULO - SEF

resistência do concreto variável; resistências de materiais de base com valores de 1,0 MPa (mistura
asfáltica), 0,4 MPa (solo-cimento), 1,0 MPa (BGTC), 1,8 MPa (CCR); coeficiente de Poisson do
concreto de 0,15; coeficientes de Poisson de materiais de base de 0,35 (mistura asfáltica), 0,30
(solo-cimento), 0,20 (BGTC), 0,20 (CCR) e 0,45 (BGS).
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Tabela 13 — Espessuras básicas (em milímetros) para pré-dimensionamento de PCS sobre


bases cimentadas (continua)
Condições gerais: Sub-base granular com 100 mm sob bases cimentadas; CBR sub = 7 %;
fetf do CCP =4,3 MPa

Raso Base Base Base

ed À Ro ros asfáltica oa BGTC o ii o


(60 mm) (100 mm) (100 mm) prin)
Documento visualizado em 25/01/2023

500 2,04 E+7 260 250 250 250 240


1.000 4,09 E+7 260 250 250 250 240
2.500 1,02 E+8 260 260 260 250 250
5.000 2,04 E+8 260 260 260 260 250
10.000 4,09 E+8 270 260 260 260 250
Condições gerais: Sub-base granular com 100 mm sob bases cimentadas; CBR sub = 7 %;
f ctt=4,8 MPa

Base nao Base ruas


an a He o asfáltica nã ea BGTC 00 rim) 100
(60 mm) (100 mm) (100 mm) mm)

500 2,04 E+7 240 230 230 220 220


1.000 4,09 E+7 240 240 230 230 220
2.500 1,02 E+8 240 240 230 230 220
5.000 2,04 E+8 250 240 240 230 230
10.000 4,09 E+8 250 240 240 240 230

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Tabela 13 (conclusão)
Condições gerais: Sub-base granular com 100 mm sob bases cimentadas; CBR sub = 7 %;
f ctf do CCP = 5,2 MPa

paéé Base Base Base


Rd faia Ge Re asfáltica | CoSoo | BGTC Em E o
(60 mm) (100 mm) (100 mm) mim)

500 2,04 E+7 220 220 210 210 200


1.000 4,09 E+7 230 220 210 210 200
2 500 1,02 E+8 230 220 220 210 210
5 000 2,04 E+8 230 230 220 220 210
DE SAO PAULO - SEF

10 000 4,09 E+8 240 230 230 220 210

As bases cimentadas, mesmo quando a resistência do concreto do revestimento (placa) é elevada,


tendem a reduzir sua influência no dimensionamento à fadiga das placas de concreto dos revestimentos.
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Contudo, elas continuam tendo relevância na durabilidade da estrutura por permitir maiores reduções de
tensões sobre os subleitos, controlando os efeitos de bombeamento de finos em épocas de saturação,
bem como colaborando com a transferência de carga entre as sucessivas placas de concreto, tanto
nas juntas transversais quanto nas longitudinais, permitindo melhor desempenho dos pavimentos em
longo prazo.

NOTA A decisão pelo emprego de bases cimentadas (com ligantes hidráulicos ou asfálticos) depende
de fatos como a disponibilidade de agregados de boa qualidade para concretos, distâncias de transporte de
agregados e ligantes até o local a obra, preços unitários locais para os materiais, bem como da existência
de mão de obra qualificada para o emprego de determinados materiais. Assim, as dificuldades com
Documento visualizado em 25/01/2023

disponibilidade de agregados pétreos, com eventual elevação de custos, condicionam, em vastas áreas do
País, o emprego de misturas solo-cimento como opção economicamente justificável, sendo cada caso um
conjunto de circunstâncias a ser analisado de forma específica, com o correto balanço técnico-econômico.

7.8 Pré-dimensionamento de PCS para pedestres e ciclovias

Os PCS para ciclovias podem ter como espessuras de referência aquelas indicadas na Tabela 14, para
concretos com resistência entre 2,0 MPa e 3,0 MPa. Contudo, uma verificação estrutural como modelo
numérico adequado é recomendada ao projetista. Tal pré-dimensionamento indicado não considera
eventual passagem de veículos leves ou pesados sobre passeios, calçadas, parques ou ciclovias,
o que deve ser adequadamente abordado pelo projetista.

Tabela 14 — Espessuras básicas para pré-dimensionamento de PCS para passeios


de pedestres e ciclovias

Espessuras de CCP Espessura de base


Uso do pavimento sugeridas granular
mm mm
Passeios exclusivos para pedestres 50 a 80 40 a 60

Ciclistas sobre bicicletas 80 a 100 40 a 100

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ABNT PR 1011:2021

7.9 Dimensionamento estrutural por modelos numéricos abertos e dedicados

O cálculo de tensões de tração na flexão para os projetos de pavimentos com características diversas
daquelas apresentadas nesta Prática Recomendada para vias urbanas pode ser realizado por meio
de programas de computador abertos ou dedicados, que permitam a modelagem estrutural de placas,
considerando suas dimensões físicas reais, presença de barras de transferência de cargas e de barras
de ligação, e também as cargas de veículos leves (como automóveis e de utilitários, normalmente
desconsiderados nas práticas de dimensionamento de pavimentos), de bicicletas etc.

NOTA Existem diversos programas de elementos finitos no mercado que são empregados por vários
profissionais independentes e por empresas de engenharia consultiva, que servem perfeitamente para as
análises de pavimentos de concreto. A competência no emprego de ferramentas dessa natureza certamente
está relacionada ao correto entendimento de condições de soluções para o problema e conhecimento racional
dos materiais a serem empregados e como parametrizá-los para análises em projetos.
DE SAO PAULO - SEF

8 Pavimentos reforçados
8.1 Aplicação em pavimentos urbanos
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Os pavimentos urbanos apresentam similaridade com os pavimentos rodoviários, mas certas


particularidades fazem com que a solução reforçada possa apresentar vantagens nas áreas urbanas,
como a maior facilidade de recuperação no caso de intervenções de infraestrutura, como redes
de água, gás, telefonia etc., e liberação do trânsito em idades inferiores (pavimento armado), além
de permitirem placas com maiores dimensões. Nos pavimentos armados (PCA) não há restrições
na relação comprimento/largura da placa, além de ser permitida a adoção de reforços diferenciados
na placa, como nas bordas, já que esse tipo de carregamento é predominante em algumas aplicações,
como nos corredores de ônibus.
Documento visualizado em 25/01/2023

Esta Prática Recomendada apresenta os critérios de dimensionamento dos pavimentos reforçados,


estabelecendo critérios de desempenho e aceitação de suas estruturas, tendo como base
recomendações e obras realizadas tanto no Brasil como no exterior.

8.2 Estrutura do pavimento

A estrutura do pavimento é formada pela placa de concreto reforçado (armadura ou fibras estruturais),
base e sub-base, conforme a Figura 9.

Carga Filme plástico

Placa

Craseo e o cubo À Base


SIGGALEEERK | sub-base
III III
E TETE =
To dr il “mem TI | Subleito
dE

Figura 9 - Componentes do sistema pavimentol8!

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ABNT PR 1011:2021

As espessuras mínimas da placa devem ser de 12 cm para o pavimento com armadura dupla e de 15
cm para os pavimentos com armadura simples estrutural ou com fibras.

A base deve ser estabilizada com cimento ou base asfáltica. As propriedades mecânicas são descritas
em 6.10. Entretanto, para efeito de dimensionamento, a menos que seja feita verificação rigorosa da
fadiga da base, deve-se considerar, para o módulo de reação do sistema de apoio base — sub-base —
subleito, a base com as mesmas características da sub-base.

A sub-base deve ser formada por material estabilizado granulometricamente e CBR superior a 80 %.
Nos pavimentos de tráfego leve, a base pode ser dispensada, mas a sub-base deve ter espessura
mínima de 15 cm. O subleito deve ter CBR 2 8 % e expansão < 2 %.

8.3 Filosofia do dimensionamento


DE SAO PAULO - SEF

O dimensionamento dos pavimentos reforçados tem como base as pesquisas desenvolvidas de


maneira independente por A. Lôsberg!26] e G. Meyerhof [28].
Os pavimentos reforçados diferem dos pavimentos simples se considerar que o momento resistente
é formado pela soma do momento positivo e do momento negativo resistentes, conforme a equação
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

a seguir:

MR = Mpos + Mneg (19)

O momento positivo resistente — também denominado momento positivo residual — depende do reforço
estrutural empregado, da taxa de armadura ou do teor de fibras estruturais, enquanto o momento
negativo é função da resistência característica do concreto à tração na flexão. A Figura 10 apresenta
o referido conceito.
Mmáx alo, último
Pa
Ed
Documento visualizado em 25/01/2023

4
1
'

Mimáx Ri teh
4
é

€ = Raio de rigidez
Da
3
31
E)
MN

De acordo com:
E-

4
a

Ek +2 |
mm
|
i
Í
ua

k
ou
Foge

to= E
C

k = coeficiente
de recalque

C= E,= módulo
(1-3) do solo
D= E =Rigidezda
[i-u, ) placa
à flexão

e ums mu me ca

Figura 10 — Distribuição aproximada dos momentos devido à carga concentrada em um


pavimento estruturalmente armado em base elástical32]

As curvas A e B representam a distribuição dos momentos de acordo com a teoria da elasticidade


para duas intensidades de cargas. Observar que os momentos negativos produzidos pelos dois
carregamentos não diferem significativamente entre si.

26 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

-FL36-
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ABNT PR 1011:2021

A curva C apresenta a distribuição dos momentos no estado plástico devido à plastificação na face
inferior da placa, devido ao incremento da carga P. Observar que o momento positivo permanece
constante com o aumento de P enquanto o momento negativo apresenta aumento significativo no
estágio plástico.

8.4 Tipos de pavimentos com reforço estrutural

8.4.1 Pavimentos armados com tela soldada ou barras de aço

Estes pavimentos podem ser de dois tipos:

a. armadura simples com função estrutural: pavimentos recomendados para tráfego leve,
posicionados a 1/3 da espessura da placa a partir da superfície, aumentando a capacidade estrutural
do pavimento e simultaneamente controlando as tensões de retração e movimentação térmica,
DE SAO PAULO - SEF

permitindo o emprego de placas maiores do que no concreto simples; ou

b. armadura dupla: a armadura inferior deve responder ao menos por 70 % do momento resistente da
seção, e a armadura superior, posicionada a 3 cm do topo da placa de concreto, deve ser responsável
pelo controle da fissuração da placa, cuja taxa depende da distância entre as juntas. Os pavimentos
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

com armadura dupla são comumente dimensionados com duas armaduras inferiores distintas: a de
borda, considerando-se como tal uma faixa de 1 a 1,5 vez o raio de rigidez da placa, e a no interior da
placa. A relação entre a armadura do interior e a da borda da placa varia entre 0,5 e 0,6.

8.4.2 Pavimentos reforçados com fibras estruturais

Estes pavimentos são recomendados para pavimentos de tráfego leve. As fibras mais comuns para
efeitos de dimensionamento são as de aço e as plásticas, conforme a seguir:

a. fibras de aço: são reforços discretos, formando compósito de matriz frágil e reforço dúctil,
Documento visualizado em 25/01/2023

empregando fibras com ancoragem nas extremidades, com taxa mínima de 20 kg/m?. O momento
positivo residual deve ser superior a 50 % do momento resistente da seção;

b. macrofibras poliméricas: são reforços discretos, formando compósito de matriz frágil e reforço
dúctil, empregando macrofibras poliméricas em taxa mínima de 5 kg/m?. O momento positivo residual
deve ser superior a 50 % do momento resistente da seção.

Para os dois tipos, as fibras devem atender às resistências residuais mínimas a seguir:

fR14 2 2,2

fr4 2 2,0

R3/ > 1,0


R1
A > 0,4

9 Esforços atuantes
9.1 Geral

De modo similar aos pavimentos simples, os pavimentos reforçados podem estar sujeitos a dois tipos
de esforços: os esforços devido às variações dimensionais das placas (retração e variações térmicas)

O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Pp

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ABNT PR 1011:2021

e os esforços devido às cargas móveis, notadamente os produzidos por veículos comerciais pesados,
e esforços ambientais, provenientes do empenamento térmico positivo ou negativo.

9.2 Esforços devido às variações dimensionais das placas — Cargas ambientais

O cômputo dos esforços devido aos movimentos horizontais da placa de concreto é feito pela equação
de arraste (Drag Equation), sendo o procedimento mais simples para verificar as tensões atuantes na
placa de concreto, devido aos movimentos de contração promovidos tanto pela retração como pela
variação térmica do concreto, conforme a equação a seguir:
L
Mete (20)
onde
DE SAO PAULO - SEF

N, é a força de tração máxima que ocorre no ponto médio do comprimento, gerada pelo arraste
da placa de concreto sobre a base, para largura de 1 m;

f é o coeficiente de atrito, variando entre 0,75 e 2,5;


18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Yc é peso específico do concreto;

h é a espessura da placa; e

L éa distância entre as juntas.

A maioria dos programas computacionais já levam em consideração os esforços produzidos pelo


gradiente térmico, bastando adotar o coeficiente de variação térmica do concreto (função da dosagem
e dos agregados empregados) e o gradiente térmico para a região onde o pavimento será construído.

Para os pavimentos reforçados, o gradiente térmico positivo tem pouca influência no dimensionamento,
Documento visualizado em 25/01/2023

devido à fissuração na região inferior da placa. Para os gradientes negativos, a sua influência deve
ser considerada no cálculo do momento negativo, mas experimentos conduzidos no Brasil] estimam
que, em mais de 90 % do ano, o gradiente negativo não chega a ocorrer nos pavimentos de concreto
simples.

Portanto, a sua influência no dimensionamento do momento positivo acaba sendo pequena.


Lôsbergl23] propõe adotar um módulo de elasticidade menor para o concreto (função da taxa de
armadura empregada), a fim de levar em consideração essa redução: Ecf = qEc (ver Equação (42)),
que pode ser adotada, a critério do projetista, nos programas de elementos finitos para o cálculo
dessas tensões térmicas.

Para o momento negativo, considerando que o topo da placa não esteja fissurado, o efeito do gradiente
térmico passa a ser mais pronunciado. Para este caso, as tensões térmicas, podem ser determinadas
pela seguinte equação!2”]:
o-N E-a-At
OA ==
+
m 2(1-u)
onde

Cat é a tensão de origem térmica;

wo éo coeficiente de ajuste que varia entre 1,5 e 1,8;

28 & ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT PR 1011:2021

h4 é a espessura da placa;

N; é calculado de acordo com a Equação (20);

E é o módulo de elasticidade;

u éo coeficiente de Poisson do concreto;

o éo coeficiente de dilatação térmica do concreto;

At éo gradiente térmico negativo (considerar em módulo).

9.3 Esforços de cargas de veículos

9.3.1 Posição relativa da carga


DE SÃO PAULO - SEF

A Figura 11 apresenta as três principais localizações da carga com relação às bordas do pavimento.
Para cada localização, o esforço gerado deve ser diferente. Por exemplo, tomando como referência
a carga no interior da placa (posição 1) o momento fletor deve ser cerca de duas vezes maior, quando
a carga for aplicada na borda livre (posição 2), e o momento fletor deve ser 1,7 vez maior (neste
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

caso o momento deve ser negativo), quando a carga for de canto (posição 3). A borda livre pode ser
considerada formada por uma faixa com largura £, mas no mínimo 0,6 m.

o
Documento visualizado em 25/01/2023

Legenda

1 interior

2 borda livre

3 canto

Figura 11 — Principais localizações da carga (adaptado da Referência [9])

As juntas devem ser providas de mecanismos de transferência e cargas, como as barras de


transferência, e devem ser posicionadas de forma a impedir a ocorrência de borda livre.

No PCS, como o dimensionamento é feito com a carga de borda, a posição real do carregamento é
pouco relevante, mas no caso dos PCR, notadamente o PCA, é possível dotar a borda do pavimento
com taxa de armadura específica, enquanto no interior da placa, e o emprego da taxa de armadura
pode ser menor, trazendo mais economia. Em geral, 0,6 m de reforço na borda é suficiente. Mesmo

O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 29

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ABNT PR 1011:2021

nos PCF, é possível prover o reforço de borda com armadura. A ABNT NBR 16935 apresenta os
critérios de dimensionamento para essa condição.

9.3.2 Determinação do momento atuante

Os momentos atuantes ou as tensões geradas pelos carregamentos móveis podem ser determinados,
similarmente aos pavimentos de concreto simples, por programas de elementos finitos, citados em 7.3
e 7.9.

A Tabela 15 apresenta momentos fletores gerados para o eixo simples de rodagem dupla (80 kN),
na borda livre longitudinal da placa com espessura h = 16 cm, considerando a base granular e não
levando em conta o efeito térmico. Para a carga posicionada no interior da placa, pode-se considerar
entre 50 % e 60 % dos valores da borda.
DE SÃO PAULO - SEF

Tabela 15 - Momentos fletores em quilonewton-metro por metro (kN.m/m) — Eixo simples


de rodagem dupla de 80 kN posicionado na borda livre do pavimento

f (em) k (MPa/m)
30 40 50 60
18:04:49, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

15 14,26 13,56 13,04 12,64


16 14,74 14,02 13,49 13,07
17 15,21 14,47 13,92 13,48
18 15,67 14,90 14,34 13,89

É possível também empregar os modelos de Lósberg!2?] ou de Meyerhofl28], De acordo com Meyerhof,


são aplicáveis as seguintes equações!º!:

— Carga no interior da placa


Documento visualizado em 25/01/2023

2c
Put 6/12 Im, + Mn) (22)
onde

Puit é a carga do semieixo, adotando coeficiente de majoração de cargas (entre 1,1 e 1,2); no caso
de rodagem dupla, deve-se empregar carga de roda equivalente, conforme a seguir:

Put = Peg

onde

1,8/—-x
Peq eq =0,5Pyt|1+>—
| || e

x éa distância entre rodas da rodagem dupla.

NOTA 1 O fator 1,8 £ assume que cargas afastadas a mais de 1,8 vez o raio de rigidez da placa não
apresentam influência entre elas. A critério do projetista, podem ser empregados outros valores, entre 1,5
e 2, para esse cálculo.

NOTA 2 O mesmo conceito pode ser empregado para o cálculo de cargas equivalentes entre semiei-
xos duplo e triplo.

Mp e Mn são o momento positivo e negativo, respectivamente.

30 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

-FL4O-
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ABNT PR 1011:2021

Mk = Mp + Mn (23)

pu
q
c éoraio da área de contato: Cr = , sendo q a pressão de enchimento do pneu
Tr

E -hê
t éo0oraio de rigidez relativa da placa: / =
12(1-u2)-k es
onde

E é o módulo de elasticidade;

u éo coeficiente de Poisson do concreto;

h é a espessura da placa;
DE SAO PAULO - SEF

k é o módulo de reação do sistema de apoio subleito — sub-base.

— Carga na borda longitudinal do pavimento


2Cr
Fut = 3.5" + E (M, +Mn) (25)
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Os símbolos têm o mesmo significado estabelecido anteriormente. Devido à pequena diferença


de valores, pode-se adotar a borda como sendo o dobro do momento no interior da placa. Em
corredores de ônibus, o carregamento predominante é o de borda livre.

— Carga de canto (casos especiais)

Pult -2[1+ 40,2 (My) (26)


Trata-se de um caso especial, aplicável, por exemplo, no caso de paradas de ônibus, quando não
Documento visualizado em 25/01/2023

é empregada placa de aproximação nas juntas de construção transversais (entrada e saída). No


caso de o momento negativo ultrapassar o momento resistente do concreto simples, pode ser
empregada armadura superior, mas em taxa tal que seja limitada a abertura das fissuras.

Lósberg propõe ábacos de dimensionamento para diversos tipos de carregamento e rodagens,


considerando posições de carga no interior e na borda, tanto protegida como sem barras de
transferêncial2”] e [36],

Para o caso da rodagem simples, posicionada no interior da placa (para rodagem dupla, considerar
Peq), é aplicável a equação a seguir:
0,954

Para a carga na borda livre longitudinal, usar pelo menos o dobro do valor obtido para a carga
interna.

10 Dimensionamento dos pavimentos reforçados


10.1 Geral

Os esforços a serem considerados devem ser formados pela soma dos momentos oriundos do
carregamento e dos de origem térmica.

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ABNT PR 1011:2021

10.2 Armadura simples com função estrutural

A armadura deve ser posicionada a 1/3 da espessura da placa a partir da superfície.

O momento resistente da placa é formado pelo momento resistente positivo (momento resistente
residual após a fissuração da matriz) e pelo momento negativo resistente (função da resistência
característica do concreto na flexão), conforme equação a seguir:

MR = Mp + Mh,R

O momento positivo residual (Mp,r) fornecido pela armadura deve ser superior a 50 % do momento
resistente da placa, conforme a seguir:
M
PE + 100>50%
MR
DE SAO PAULO - SEF

O momento Mp,r fornecido pela armadura pode ser calculado por dois procedimentos: de acordo com
o modelo da tenacidade, proposto pelo IBTS[38], ou de acordo com a ABNT NBR 6118 (ver 10.2.2).

10.2.1 Modelo da tenacidade


18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Neste caso, define-se tenacidade como a capacidade de um material deformar-se antes da ruptura
total, até a completa coalescência da fissura. O concreto é um material que pouco se deforma na
ruptura, sendo classificado como material frágil. Quando incorporado com outros reforços dúcteis,
como as fibras de aço ou macrofibras poliméricas, é formado um material compósito composto por
matriz frágil (concreto) e reforço dúctil (fibras), passando a apresentar comportamento mais dúctil,
suportando cargas mesmo após a ruptura da matriz. O mesmo comportamento é observado no
concreto reforçado com telas soldadas, que passam a atuar como reforço contínuo no compósito.

A tenacidade dos compósitos de concreto pode ser avaliada por meio de ensaios específicos, como
Documento visualizado em 25/01/2023

das ASTM C1609 e Referência [25]. A Figura 12 apresenta uma curva típica obtida nos ensaios, sendo
a tenacidade obtida pela integração da área do gráfico.

'
!
l
I
k
a
“PF
E
0 38 5,58 15,58 Zero
Deformação no meio do vão Força .
Capacidade

Figura 12 — Curva ideal típica de concreto reforçado com fibras de aço e concreto simples

A tensão residual para o deslocamento vertical Lç/150 (sendo Lç a distância entre apoios no ensaio,
geralmente de 450 mm) é empregada para calcular o momento positivo residual nos dimensionamentos
de pavimentos reforçados com fibras!30], que será denominado Mpr.

32 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT PR 1011:2021

A relação Re3 é obtida pela razão entre a tensão residual e a tensão de fissuração do concreto, que
já foi bastante utilizada no Brasil, conforme equação a seguir:

Ro3 = "88
x 100 (29)
Ofis

onde

OGres é a tensão residual, também denominada fator de tenacidade (Referência [24] para
o deslocamento vertical Lç/150); e

Ofis éa tensão em que ocorre a primeira fissura do corpo de prova.

O momento negativo resistente MnR é dado por:


DE SAO PAULO - SEF

“odxh2xb
Mn,R : (30)
onde

Oq é a resistência à tração na flexão de cálculo do concreto, obtida pela tensão à tração na flexão
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

característica, reduzida por fator de segurança variando de 1,75 a 2,0;

b éalargura da faixa do pavimento, geralmente tomada como unitária;

h é a espessura do pavimento.

O momento resistente do pavimento pode ser obtido pelas seguintes equações:


des | geram
MR = Mp, + MAR [14 (31)
100 6
Documento visualizado em 25/01/2023

Ou

(Od +Ores)xbx h2
MR = Mp,r fa Mhn,R — (32)
6

Gres é a tensão residual no ensaio de tenacidade, para o deslocamento vertical Lç/150.

A Figura 13 apresenta relação experimental entre a taxa de armadura a ser empregada e o Re,
em ensaios realizados em concreto com agregados basálticos. Os valores apresentados devem ser
empregados para análises preliminares e devem ser confirmados por meio de ensaios de tenacidade,
caso se deseje empregar esse critério de projeto.

Diferentemente do que se calcula em concreto armado, a taxa de armadura é calculada pela relação
entre a área de aço e a área da seção da placa. Para a tela soldada, aplica-se a seguinte equação:
p(%)= área de aço da tela soldada
espessura h do pavimento
(33)

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T5
TO
65
60
55
Re%)

50
45
40
35
30
0,07 0,09 0,11 0,13 0,15 0,17 0,19
Taxa de Armadura p (5%)
DE SAO PAULO - SEF

Figura 13 — Re,3 em função da taxa de armadura (ensaios realizados de acordo com a JSCE-SF 4)

É recomendável o emprego do coeficiente de segurança de 1,2 para o valor de Re,3 obtido pela
Figura 13. A Figura 13 é fruto de ensaios laboratoriais conduzidos com tela soldadal40] e, em função
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

das condições distintas de ancoragem comparativamente aos vergalhões, ela só é válida para os
pavimentos armados com tela soldada. A taxa da armadura deve ser igual ou superior a 0,12 %.

Conhecido o momento atuante Mk, resultante dos esforços atuantes no pavimento, oriundos das
cargas móveis e dos esforços térmicos, devem-se adotar a espessura do pavimento e a taxa de
armadura, verificando se o momento resistente da placa é superior a My, conforme equação a seguir:

MR 2 Mg = Y x Mk (34)

10.2.2 Dimensionamento de acordo com a ABNT NBR 6118


Documento visualizado em 25/01/2023

Alternativamente ao dimensionamento tendo como base os ensaios de tenacidade, também podem


ser aplicados os conceitos de dimensionamento de acordo com a ABNT NBR 6118.

Ataxa mínima da armadura deve ser de acordo com 10.2.1. As diferenças que podem ser empregadas
com relação à ABNT NBR 6118 devem-se fundamentalmente a:

a. os coeficientes de segurança, notadamente os relativos à majoração dos carregamentos, podem


ser inferiores aos tradicionalmente empregados, mas sempre iguais ou superiores a 1,2;

b. em função das características do pavimento e da agressividade a que as armaduras estarão


submetidas, bem como protegidas pela base do pavimento, riscos de colapso e outras considerações
as estruturas de concreto, é dispensado o emprego de armaduras de pele.

As armaduras são determinadas de acordo com 10.3.

10.3 Pavimentos com armadura dupla (estruturalmente armados)

10.3.1 Geral

Estes pavimentos possuem armadura dupla, sendo a armadura inferior responsável pela absorção
integral do momento positivo, considerado no mínimo 70 % do momento total. A armadura superior
apresenta duas funções: absorver os esforços de tração gerados pelas movimentações térmicas,
devido às dimensões da placa serem maiores do que no concreto simples, e restringir parcialmente

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ABNT PR 1011:2021

a retração por secagem, compensando a restrição imposta pela armadura inferior. A relação entre
a taxa da armadura superior e a inferior deve ser maior que 40 %.

O dimensionamento deve ser conduzido de forma que se enquadre preferencialmente nos subdomínios 2,
sendo admitido também no domínio 3 (ver Figura 14).

E cu (3,5%)
B
DE SAO PAULO - SEF

10%o zona útil | A acão


“| superarmada

Figura 14 — Diagrama de deformações dos domínios 2, 3 e 4, para concretos com fck < 50 MPa
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

(Fonte: ABNT NBR 6118)

A armadura positiva — inferior — pode ser calculada pelas equações de equilíbrio, e (ver Figura 12),
de acordo com as equações a seguir:

Mg,p =D :x- feg (d — 0,4x) (35)


Ma,

onde (ver Figura 15)


Documento visualizado em 25/01/2023

Mg,pos é o momento positivo de cálculo;

b é a largura do pavimento, geralmente tomada unitária;

fed é a resistência à compressão de cálculo do concreto armado;

x é a altura da linha neutra;

d é a altura útil do pavimento (), sendo c o cobrimento da armadura;

Asp é área de aço da armadura positiva (inferior);

hyd é a tensão admissível no aço (domínios 2 e 3).

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Figura 15 — Distribuição das tensões de deformações do pavimento armado!?3!


DE SAO PAULO - SEF

O cálculo da armadura positiva também pode ser feito pelas equações com coeficientes KIT3] — K,
e Ks, conforme as equações a seguir:
bxd?
Kc = Mo (37)
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

M,
Asp =Ks —d (38)
onde

As,p é a armadura positiva.

Os coeficientes Kc (cm2/kN) e Ks (cm2/kN) são fornecidos na Tabela 16, em função da resistência do


concreto e do tipo do aço (CA 50 ou CA 60).
Documento visualizado em 25/01/2023

36 & ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Tabela 16 — Coeficientes Kç e Kg [131 Valores de Kç e Ks, para os aços CA-50 e CA-60 (para
concretos do Grupo | de resistência fck < 50 MPa, Yc = 1,4, Ys = 1,15)[13)
FLEXÃO SIMPLES EM SEÇÃO RETANGULAR - ARMADURA SIMPLES
nSE K, (cm/KN) K (emikN) | im
x d| c35 | c40 | c45 | c50 |CA-50|CA-60
0,01 | 59,1 | 51,7 | 45,9 | 41,3 | 0,023 | 0,019
0,02 | 29,6 | 25,9 | 231 | 20,8 | 0,023 | 0,019
0,03 | 19,8 | 17,4 | 15,4 | 13,9 | 0,023 | 0,019
0,04 | 14,9 | 13,1 | 11,6 | 10,5 | 0,023 | 0,019
0,05 | 12,0 | 10,5 | 93 | 84 [0,023 | 0,020
0,06 | 10,0 | 88 | 7,8 | 7,0 [0,024 | 0,020
0,07 | 86 | 7,6 | 67 | 61 [0,024 | 0,020
0,08 | 7,6 | 66 | 59 | 53 [0,024 | 0,020
0,09 | 68 | 59 | 53 | 47 [0,024 | 0,020
0,10] 61 | 54 | 48 | 43 [0,024 | 0,020
0,12 | 51 | 45 | 40 | 36 |0,024 | 0,020
DE SAO PAULO - SEF

0,13] 48 | 42 | 37 | 33 |0,024|0,020
0,14 | 45 | 39 | 35 | 314 [0024/0020 | 2
0,15 | 42 |37 | 32 | 29 |0,024|0,020
0,16 | 39 | 34 | 314 | 27 |0,025|0,020
0,17 | 37 |32 | 29 | 26 |0,025|0,021
0,18 | 35 | 31 | 27 | 25 [0,025 /0,021
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

0,19 | 34 | 29 | 26 | 23 |0,025|0,021
0,20 | 32 | 28 | 25 | 22 |0,025| 0,021
0,21] 31 |27 | 24 | 214 |0,025|0,021
0,22 | 29 | 26 | 23 | 214 |[0,025|0,021
0,23 | 2,8 zs 2,2 2,0 | 0,025 | 0,021
0,24 | 27 |24 |/214 | 14,9 |0,025|0,021
0,25 | 26 | 23 | 20 | 1,8 |0,026 | 0,021
0,26 | 25 | 22 | 20 | 1,8 |0,026 | 0,021
0,27 | 24 | 21 | 1,9 | 14,7 [0,026 | 0,021
0,28 | 24 | 214 | 148 | 4,7 [0,026 | 0,021
0,29 | 23 | 20 | 14,8 | 1,6 [0,026 | 0,022
0,30 | 22 | 149 | 4,7 | 14,6 [0,026 | 0,022
Documento visualizado em 25/01/2023

0,31 | 22 114,9) 147 | 4,5 [0,026 | 0,022


0,32] 21 | 1,8 | 1,6 | 4,5 [0,026 | 0,022
0,33] 21 | 18 | 1,6 | 1,4 [0,026 | 0,022
0,34 | 20 | 18 | 14,6 | 1,4 [0,027 | 0,022
0,35 | 20 | 147 | 145 | 14,4 [0,027 | 0,022
0,36 | 14,9 | 1,7 | 145 | 4,3 [0,027 | 0,022
0,37 ] 14,9 | 1,6 | 14,5 | 1,3 [0,027 | 0,022
0,38 | 1,8 | 16 | 14 | 1,3 |0,027/0,022| 3
0,40 | 1,8 | 1,5 | 14 | 4,2 [0,027 | 0,023
0,42 1 1,7 | 15 | 14 | 14,2 [0,028 |0,023
0,44 | 14,6 | 14 | 13 | 4,1 [0,028 | 0,023
0,45 | 1,6 | 14 | 143 | 14,1 [0,028 | 0,023
0,46 | 1,6 | 14 | 142 | 4,1 [0,028 | 0,023
0,48 | 1,5 | 13 | 142 | 11 [0,028 | 0,023
0,50 | 1,5 | 143 | 142 | 4,0 [0,029 | 0,024
0,52] 14 | 12/11 | 40 [0,029 | 0,024
0,54 1 14 | 142/11 | 4,0 [0,029 | 0,024
0,56 | 1,4 | 142 111 | 0,9 [0,030 | 0,024
0,58 | 1,3 | 12 | 11 | 0,9 [0,030 | 0,025
0,591 1,3 | 11] 40 | 0,9 [0,030 | 0,025
0,60 ] 1,3 | 1,1 | 1,0 | 0,9 [0,030 [0,025
0,62] 1,3 | 11 | 140 | 0,9 [0,031 [0,025
0,63 ] 1,2 1141] 140 | 0,9 [0,031 10,025
0,64 [ 1,2 [1,1 [14,0 | 0,9 [0,031 [0,026 | 4
0,66 | 14,2 | 11 | 09 | 0,8 [0,031 | 0,026
0,70 | 1,2 | 140 | 0,9 | 0,8 [0,032 | 0,026
0,74 | 11 | 140 | 09 | 0,8 [0,033 | 0,027
0,77 [114 | 140 | 0,9 | 0,8 [0,033 |0,027

O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 37

-FL4T-
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ABNT PR 1011:2021

O momento negativo admissível é calculado de acordo com 10.2.1. O momento resistente da seção
é dado por:

MR = Mp + Mn (39)

Caso o projetista opte por absorver a totalidade dos momentos atuantes, devido aos carregamentos
móveis (carga de veículos) somente com as armaduras, que é o modelo mais empregado para esse
tipo de pavimento, o momento negativo resistente pode ser empregado para absorver a tensão de
origem térmica devida ao gradiente térmico negativo, sem exigir cálculos mais aprofundados.

Conhecido o momento atuante My resultante dos esforços atuantes no pavimento, oriundos das cargas
móveis e dos esforços térmicos, devem-se adotar a espessura do pavimento e a taxa de armadura, de
modo a atender ao Domínio 2, verificando se o momento resistente da placa é superior a My, conforme
a equação a seguir:
DE SAO PAULO - SEF

MR 2 Mg = y x Mk (40)

10.3.2 Considerações sobre a fadiga em pavimentos armados


18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Embora o dimensionamento do pavimento de concreto armado seja feito considerando a seção


fissurada, somente com a armadura resistindo aos esforços de tração, essa condição não existe no
início da vida do pavimento, quando o concreto está íntegro e capaz de resistir sozinho às solicitações
do tráfego. Somente após a ruptura por fadiga do concreto é que a armadura passa a ser plenamente
solicitada e fica sujeita ao processo de fadiga. Portanto, há duas fases distintas que podem ser
consideradas, a critério do projetista:

a. Fase | — Nç — concreto submetido à fadiga: válido somente quando o momento de fissuração


(M,)1 for superior ao momento atuante. Neste caso, são válidas as mesmas expressões citadas em
6.3. Como a relação de tensões vai ser alta, em função da menor espessura da placa de concreto, os
Documento visualizado em 25/01/2023

valores admissíveis devem ser mais modestos que os apontados nos pavimentos de concreto simples.
Nota-se também que a armadura existente pode absorver parte dos esforços que seriam absorvidos
pelo concreto, mas, para as taxas comumente empregadas, essa contribuição pode ser desprezada.
A Fase |, a critério do projetista, pode ser desconsiderada, assumindo que a seção de concreto esteja
fissurada no início da vida útil do pavimento. Essa condição é bastante provável quando se empregam
placas longas, com mais de 7 m de comprimento. Como na Fase | o concreto não está fissurado, as
tensões de origem térmicas devem ser consideradas.

b. Fase Il — Ns — aço submetido à fadiga: uma vez ocorrida a ruptura da matriz, os esforços de tração
na face inferior do pavimento devem passar a ser resistidos inicialmente pela armadura e, dependendo
do alongamento que ela apresentar, uma parte deve ser transferida na forma de momento negativo
atuando no topo da placa e resistindo pelo concreto. Entretanto, não há estudos específicos de como
essa transferência de absorção de esforços entre os momentos positivo e negativo ocorrem, não
sendo possível precisar a que tensão o aço vai estar submetido antes que ocorra o seu alongamento.
Por esse motivo, considera-se que somente o momento positivo recebe todos os esforços.

1 De acordo com a ABNT NBR 6118, o momento de fissuração Mr de uma peça de concreto de seção
, - x eo a
retangular é dada pela equação M, = 1,5x tic Considerando a largura unitária da placa e a resistência
JE Faaxli
à tração na flexão do concreto (fer), tem-se Mr = E

38 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

-FL48-
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ABNT PR 1011:2021

O limite da fadiga no aço é função da variação das tensões mínima e máxima a que o aço é submetido
(Afs fad) e, como no caso do pavimento a tensão mínima é próxima de zero, o aço deve estar
submetido a um regime severo de fadiga. O estabelecimento da tensão de fadiga do aço deve ser feito
considerando os esforços atuantes não majorados e também levando em consideração a redução da
rigidez da placa em função da fissuração do concreto.

Para uma primeira aproximação, pode-se adotar o proposto por Lôsbergl2'] considerando que o raio
de rigidez da placa fissurada é dado por:

Ron| So
q-E-d?
41
's iz(i=n2) A da
onde
DE SAO PAULO - SEF

p éa função do produto n - p, onde n é relação entre os módulos de elasticidade do concreto


e do aço (da ordem de 7,5) e a taxa de armadura empregada (adaptado da Referência [23]):

p=0,0789-n:p+0,0174 (42)
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Com o valor de (fis, calculam-se os esforços oriundos exclusivamente das cargas móveis e determina-se
o número admissível de solicitações, para cada tipo e frequência dos eixos (lei de Miner). A tensão no
aço pode ser determinada pela Equação (36).

A ABNT NBR 6118:2014, 23.5.5, não contempla o aço CA-60, mas estudos realizados no Brasill9]
sinalizam que as curvas de fadiga para os aços soldados CA-60, com diâmetro de fio de 8 mm, são
relativamente próximos dos aços soldados CA-50 com fio de 10mm.

Uma vez que a fadiga é mais severa quanto maior for o diâmetro do aço e que para os pavimentos
armados as armaduras têm predominantemente diâmetros inferiores a 8 mm, o uso da Curva de
Documento visualizado em 25/01/2023

Wohler do aço soldado CA-50 pode ser empregado para avaliações de fadiga em pavimentos, usando
as seguintes equações:

Para N'< 10”, tem-se: log(Afsd tad) = —0,333 3logN + 4,033 (43)

Para N > 10”, tem-se: log(Afsd,fad) = —0,2logN + 3,1 (44)

O número de solicitações admissíveis deve ser dado pela soma dos valores obtidos nas Fases | e Il,
conforme equação a seguir:

N=Ne+ Ns (45)

10.4 Pavimentos reforçados com fibra descontínua, fibra de aço ou fibra polimérica

Quando se incorporam fibras descontínuas ao concreto, formando um compósito, altera-se o


comportamento da matriz de característica frágil para um compósito com manutenção de carga, após
a ruptura da matriz.

O compósito com fibras descontínuas incrementa algumas propriedades importantes no concreto, como
maior resistência ao impacto, o que protege as juntas, reduzindo a probabilidade do esborcinamento,
além de imputar às fibras maior resistência à fadiga do concreto.

A partir de estudos feitos por Carniol!3], pode-se considerar que há aumento de vida em fadiga
na matriz reforçada com fibras, mesmo nas dosagens mínimas propostas para as fibras metálicas

O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 39

-FL49-
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ABNT PR 1011:2021

e poliméricas, quando comparadas com o concreto simples. Entretanto, não há ainda elementos que
permitam estimar com clareza o ganho nessa propriedade.

As resistências residuais devem ser avaliadas por meio de ensaios específicos, de acordo com
a ABNT NBR 16940. A Figura 16 apresenta a curva típica obtida nos ensaios para a determinação
da resistência à tração (f|) e das resistências residuais (fR1, fR2, fR3 € ÍR4).

O momento resistente da seção é dado por (ver ABNT NBR 16935):

Ma = Mpos + Mpeg = (0,296r4 + 0,166)


x + 0a “E (46)
2 2

onde

6R1 = 0,45fR1
DE SAO PAULO - SEF

ora = 0,45fR4

yr é o coeficiente de ponderação do concreto com fibras, não inferior a 1,5;


18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

k
Yc

fet+ é a resistência à tração na flexão do concreto (ver ABNT NBR 12142);

Yc é o coeficiente de ponderação do concreto, não inferior a 1,5.

A consideração da fadiga em pavimentos reforçados com fibras pode ser conduzida de maneira similar
aos pavimentos armados (ver 10.3.2), separando a análise em duas fases, sendo que a primeira
considera a matriz não fissurada e a segunda considera a pós-fissuração da matriz.
Documento visualizado em 25/01/2023

Carga a
nt an
om

E--————————[——
2h

Rssaol
CMOD = 0.5 CMOD, = 1.5 CMOD,= 2.5 CMOD,= 3.5 CMOD [mm]
>

Figura 16 — Curva de força (CMOD) (Fonte: ABNT NBR 16935)

40 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT PR 1011:2021

Nayar!26] propõe, para o cálculo de pavimentos reforçados com fibras, a seguinte equação para
o momento resistente da seção, levando em consideração a fadiga:
h2
MR =[Xfett + Yfe 150] x ei (47)
onde

fetf é a resistência à tração na flexão do concreto;

fe150 é a tensão residual do concreto reforçado com fibras, de acordo com os ensaios da
ASTM C1609 ou Referência [25];

Xe Y são os coeficientes de minoração devido ao consumo à fadiga no concreto para a seção


não fissurada e de pós-fissuração, respectivamente;
DE SÃO PAULO - SEF

h é a espessura da placa de concreto.

O emprego da Equação (47) exige o conhecimento do comportamento à fadiga do compósito,


representado pelas variáveis X e Y, À primeira variável pode ser assemelhada à do concreto simples,
mas Y exige o conhecimento do comportamento da fibra pós-fissuração da matriz, dependente do tipo
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

dosagem da fibra a ser utilizada.

Exceto no caso de o projetista fundamentar com estudos consolidados o comportamento da matriz


pós-fissurada, recomenda-se utilizar concretos reforçados com fibras somente em áreas de tráfego
exclusivamente leves ou em que a Fase 1 (matriz não fissurada) responda majoritariamente pela
resistência à fadiga do pavimento.

No caso do ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR 16940, o valor de fe 150 deve ser substituído
por (0,290r4 + 0,160r1), conforme equação a seguir:
Documento visualizado em 25/01/2023

2
MR =[ Xfet mk + 6Y (0,290r4 + 0,16011))x (48)

11 Barras de transferência em pavimentos


reforçados
11.1 Geral

As barras de transferência podem ser adotadas como sendo as mesmas de um pavimento de concreto
simples (ver Tabela 1) que atenda às mesmas condições de tráfego. Entretanto, esse procedimento,
em situações limites de carregamento, pode levar a um subdimensionamento da barra, pois o efeito
de bloco, isto é, a ação simultânea do grupo de barras absorvendo a carga na junta, é menor no
pavimento armado, devido ao seu menor raio de rigidez.

O dimensionamento da barra de transferência é feito limitando-se a tensão no concreto, produzida


pela barra. O modelo empregado foi conceituado por Timoshenko!23], que determina a tensão de um
pino de aço imerso parcialmente no concreto e que, quando submetido a uma força Ppr, promove
o seguinte esforço no concreto (fcp):
3-4 FD
4Eslo (49)

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-FLS1-
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ABNT PR 1011:2021

go ento) 2+bBz
4B Esl
(50)
feb = Kyo (51)

onde

B éoraio de rigidez relativa da barra de transferência imersa no concreto;

K é o módulo de suporte da barra, variando de 200 GPa/m a 410 GPa/m;

D éo diâmetro da barra;

Es é o módulo de elasticidade do aço (210 GPa);


e nD4
DE SAO PAULO - SEF

lb é o momento de inércia da barra lp = “ga

Per é o esforço atuante na barra mais crítica (ver 11.3);

z éaabertura da junta;
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

feb é a tensão no concreto devido ao esforço produzido pela barra.

11.2 Tensão no concreto

A tensão no concreto fep é limitada port23];


100- D
febcb < 75 ] x f ck 52
(92)
Documento visualizado em 25/01/2023

onde

D é o diâmetro da barra, expresso em milímetros (mm).

11.3 Esforço atuante

O esforço atuante na barra mais crítica (Ppr) pode ser feito considerando o efeito de bloco das barras
de transferência, no qual as barras situadas a uma distância de até 1,8 vez o raio de rigidez da placa
absorvem parte da carga posicionada sobre a barra crítica. Por exemplo, considerando a Figura 17,
para uma carga afastada da borda de mais de 1,8 vez o raio de rigidez, conforme a equação a seguir:

A (53)
by=04,b2 =C2;...bh =Cn

Far DER
“A+ 2(b+bo+...+bn)

42 O ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT PR 1011:2021

(D)
Tela soldada | Barras de transferência
- º os e 7 E ema , E - =
=" o

E Y
— Eua
“ Es
ga
P

Dio Ra 0 8 fo. 0 RP,


a Es a ' o EE RA 4 + ,

Nas & a! o E ce z o » E E %

eo bo 1,8 a]
Eca 8

c3 b3
c2 b2
c1 b1
a
DE SAO PAULO - SEF

Figura 17 — Esquema do efeito de bloco das barras de transferência — Junta transversal de


retração (adaptado da Referência [23])
18:06:50, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE

Logo, tem-se:

— Carga afastada a mais de da borda (ver Equação (24)):


0,5FR
É rap bo) (28)
— Carga na borda da placa:

Par Cota (55)


“4+(b +b2 +... +bn)
Documento visualizado em 25/01/2023

NOTA O valor 0,5Pp indica que a junta apresenta eficiência de 100 %, isto é, metade da carga situada
em sua borda é transferida para a placa contígual2].

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ABNT PR 1011:2021

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