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Blocos de transição
1. Introdução
- a altura do bloco pode ser igual a 1,1 vez o diâmetro da estaca e no mínimo
igual ao comprimento de ancoragem das armaduras dos pilares;
A análise estrutural de blocos sobre uma estaca (ou tubulão), com maiores
diâmetros e conseqüentemente forças atuantes com maior intensidade, é feita com
maior cuidado e os blocos são considerados como blocos parcialmente carregados.
Nos blocos sobre uma estaca as tensões de compressão atuantes no pilar são
transmitidas até o topo da estaca por meio da altura do bloco, em trajetórias curvas,
como mostrado na figura 1. Na direção transversal ocorrem tensões de tração que
podem causar fendilhamento (fissuração) do bloco, por causa das tensões de tração
perpendiculares ao eixo, portanto, mesmo em blocos com dimensões e forças atuantes
pequenas essas tensões precisam ser verificadas.
Fd
σ
σc0
tt
0,1a
Rtc
Fd
2 0,3a z
(a0-a)/4
a Rtt
0,6a
Fd
2 σ /3 tt
σc
Fd
a
⎛ a ⎞
R st = 0,28 ⋅ ⎜1 − 0 ⎟ ⋅ FSd [03]
⎝ a ⎠
F. S. Munhoz e J. S. Giongo – USP – EESC – SET Setembro de 2010 3
SET 408 – Estruturas de Fundações – Blocos de Transição
A força Rtt determinada com a equação 03 precisa ser absorvida pela área de
armadura horizontal, que será determinada dividindo-se o valor de cálculo de Rtt pela
resistência de escoamento de cálculo do aço (fyd).
Essa equação 03 utilizada para blocos parcialmente carregados pode ser
adaptada para blocos sobre uma estaca, conforme equações 04 e 05.
R std,x = 0,28 ⋅
(φ est − ap )
⋅ FSd [04]
φ est
R std,y = 0,28 ⋅
(φ est − bp )
⋅ FSd [05]
φ est
As notações utilizadas nas equações 04 e 05 estão definidas na figura 3.
b bp
ap
d h
d'
φest
R std,y
A sty = [07]
f yd
Essas áreas de barras das armaduras horizontais podem ser dispostas em cinco
camadas igualmente espaçadas ao longo da altura do bloco.
3. Verificação da pressão de contato
Outra verificação que precisa ser feita, em blocos parcialmente carregados, é a
pressão de contato em área reduzida. A ABNT NBR 6118:2003 indica que, quando
uma força atuar em área menor do que a da superfície do elemento estrutural, pode-se
considerar aumentada a resistência do concreto não ultrapassando o valor resistente
de cálculo correspondente à ruptura, calculado pela equação 08.
SET 408 – Estruturas de Fundações – Blocos de Transição 4
A c1
FRD = A c 0 ⋅ fcd ⋅ ≤ 3,3 ⋅ fcd ⋅ A c 0 [08]
Ac0
sendo que:
Ac0 é a área reduzida carregada uniformemente, ou seja, é a área da seção transversal
do pilar;
Ac1 é a área máxima de mesmo centro de gravidade de Ac0, inscrita na área Ac2;
Ac2 é a área total, situada no mesmo plano Ac0, isto é, é a área da superfície do bloco.
2 ,0 a
C O M C O N F IN A M E N T O
1 ,0 S E M C O N F IN A M E N T O
0
1 2 3 5 6 7 8 9 b t
4
= b /a
a
z=0,5b
0,6b
b b
a0
a0/4
Fd Fd
2 2
0,1a
0,5a
R st Rst
0,4a
Fd Fd
2 2
a/4
a
5. Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:2003 – Projeto de estruturas
de concreto. Rio de Janeiro, 2004.
FUSCO, P.B. (1994). Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo, Editora Pini Ltda.
LANGENDONCK, T. (1957). Cálculo de concreto armado. São Paulo, v.1-2.