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BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UNIDADE VALE DO SERENO - NOVA LIMA - MG

UNIDADE DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS

VOLUME ÚNICO

Projeto:
ÁGUAS ENGENHARIA LTDA.
CNPJ: 00.161.798.0001/53
Endereço: Rua Herculano de Freitas, 58 – sala 704 – Gutierrez
30.441-039 - Belo Horizonte - Minas Gerais
Contato: Engenheiro Manoel Alves dos Santos Filho
Telefone: 3566-3067
e-mail: aguasengenharia@uol.com.br

12 de abril de 2021
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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 4
1.1. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE PROJETO ............................................................................... 5
1.2. EMPRESA CONTRATANTE ................................................................................................................................ 5
1.3. CÓPIA DA ART ..................................................................................................................................................... 5
2. O EMPREENDIMENTO E SUA LOCALIZAÇÃO .................................................................................................... 6
2.1. DADOS OPERACIONAIS .................................................................................................................................... 6
2.2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO ......................................................................................... 6
2.3. SITUAÇÃO DOS ESGOTOS SANITÁRIO NO VALE DO SERENO .................................................................. 8
2.4. SOLUÇÃO PROPOSTA ....................................................................................................................................... 9
3. PROJETO DA ETE .................................................................................................................................................. 10
3.1. POPULAÇÃO DE PROJETO ............................................................................................................................. 10
3.2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE PROJETO .......................................................................................... 10
3.3. VAZÕES .............................................................................................................................................................. 11
3.4. CARGAS ORGÂNICAS E CONCENTRAÇÃO .................................................................................................. 12
3.5. UNIDADES COMPONENTES ........................................................................................................................... 13
3.5.1. TRATAMENTO PRELIMINAR ....................................................................................................................... 13
3.5.2. TRATAMENTO ............................................................................................................................................... 14
3.6. TRATAMENTO PRELIMINAR ............................................................................................................................ 14
3.6.1. GRADEAMENTO ........................................................................................................................................... 14
3.6.2. DESARENADOR ............................................................................................................................................ 16
3.6.3. CALHA PARSHALL ........................................................................................................................................ 16
3.7. TRATAMENTO .................................................................................................................................................... 19
3.7.1. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTOS - EEE ........................................................................................... 19
3.7.2. REATOR ANAERÓBICO DE FLUXO ASCENDENTE ................................................................................. 22
3.7.3. FILTRO AERADO SUBMERSO ..................................................................................................................... 23
3.7.4. DECANTADOR SECUNDÁRIO ..................................................................................................................... 24
3.7.5. CAIXA DE CLORAÇÃO ................................................................................................................................. 24
3.7.6. TANQUE DE REUSO ..................................................................................................................................... 25
4. DESCARTE FINAL .................................................................................................................................................. 25
5. TERMO DE REFERÊNCIA PARA AQUISIÇÃO DA ETE ...................................................................................... 26
5.1. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE PROJETO .......................................................................................... 26
5.2. NORMAS/LEGISLAÇÃO A SEREM OBEDECIDAS: ........................................................................................ 26
5.3. UNIDADES NECESSÁRIAS ............................................................................................................................... 27
5.4. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: ......................................................................................................................... 27
5.5. DISPOSIÇÃO NO TERRENO ............................................................................................................................ 28
5.6. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ......................................................................................................................... 28

ÁGUAS ENGENHARIA LTDA. Rua Herculano de Freitas, 58 sala, 907- Gutierrez Telefone – 3566-3067
30.441-039 - Belo Horizonte - Minas Gerais - aguasengenharia@uol.com.br
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1. APRESENTAÇÃO
ÁGUAS ENGENHARIA LTDA. apresenta o projeto de unidade de tratamento dos esgotos sa-
nitários -ETE - para o empreendimento “COLÉGIO BERNOULLI - UNIDADE VALE DO SERENO” a
ser construído em Nova Lima, MG.
A ETE a ser instalada no empreendimento será um modelo pré-fabricado cujas característi-
cas variam de acordo com cada fornecedor.
Assim sendo, este projeto tem como objetivo precípuo:
 Definir os parâmetros a serem atendidos pela ETE: vazão, unidades componentes, grau
de tratamento.
 Definir a localização da ETE e seu layout básico sendo que o arranjo poderá sofrer peque-
nos ajustes em função do fornecedor.
 Definir as condições de descarte dos efluentes: tanto a fase sólida (lodo) quanto a fase lí-
quida.
 Detalhar, sobretudo o local e a forma de lançamento dos efluentes líquidos e projetando a
tubulação emissária.
 Indicar pelo menos três fornecedores para aquisição da ETE e fornecer o Termo de Refe-
rência para instruir o processo de compra.

O contrato deste trabalho técnico foi formalizado com a empresa PATRIMONIAL F2R ADMI-
NISTRAÇÃO IMOBILIARIA adiante discriminada.
Período de elaboração deste projeto: abril de 2021
O projeto foi elaborado sob-responsabilidade técnica de Manoel Alves dos Santos Filho, en-
genheiro civil, CREA 9.320/D.
Para a formulação conceitual foi adotada a metodologia preconizada pela COPASA conforme
a “NORMA TÉCNICA - Projeto de Esgotamento Sanitário para Empreendimentos Imobiliários. Resi-
denciais, Comerciais e Industriais. No: T.194/4”
Neste documento estão apresentados os parâmetros e coeficientes empregados, indicação
das soluções adotadas e as disposições construtivas que deverão ser obedecidas durante a execu-
ção das obras.
Em linhas gerais, apresentam-se a descrição da área em estudo, bem como as diretrizes e
os elementos básicos que nortearam a elaboração dos trabalhos, os memoriais descritivos as res-
pectivas planilhas de cálculo e os desenhos do estudo.

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1.1. RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE PROJETO


 ÁGUAS ENGENHARIA LTDA.
 CNPJ: 00.161.798.0001/53
 Rua Herculano de Freitas, 58 – sala 704 – Gutierrez
 30.441-039 - Belo Horizonte - Minas Gerais
 Responsável: Engenheiro Manoel Alves dos Santos Filho
 E-mail: aguasengenharia@uol.com.br

1.2. EMPRESA CONTRATANTE


A seguir os dados da Empresa Contratante

 Razão Social: PATRIMONIAL F2R ADMINISTRACAO IMOBILIARIA


 Nome Fantasia: PATRIMONIAL F2R ADMINISTRACAO IMOBILIARIA
 Coligada: 9 Filial: 1
 Endereço: Av.Raja Gabaglia, 2720
 Bairro: ESTORIL
 Cidade: Belo Horizonte Estado: MG
 CEP: 30494170
 CNPJ: 32.698.195/0001-81 - IM: 11304150016
 IE: ISENTO - E-mail: nfe@bernoulli.com.br

1.3. CÓPIA DA ART


A cópia da ART está apresentada em anexo.

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2. O EMPREENDIMENTO E SUA LOCALIZAÇÃO
O empreendimento objeto deste projeto é uma Unidade de Ensino do Sistema Bernoulli de
Educação, a ser edificada no Bairro Vale do Sereno em Nova Lima. Situa-se entre as ruas: Rua Di-
mas Henrique de Freitas, Rua Jacarandá, Rua das Palmeiras e Rua Angico.

2.1. DADOS OPERACIONAIS


 Área do empreendimento = área do terreno A=9.403,00 m².
 Área construída; aproximadamente 40.000,00 m².
 População Prevista para Escola :
 Equipe escola 120 professores  Ocupação integral.
 189 colaboradores  Ocupação integral.
 Alunos  Ocupação:
 Manhã e tarde 1.924 alunos sendo no primeiro ano 40% no segundo ano 60 %, no tercei-
ro 80% e quarto ano 100 %.
 Turno de funcionamento; 07:00 as 18:30 como horário de maior circulação de pessoas.
No entanto o empreendimento deve funcionar entre 6:00 e 22:00 (aproximadamente) em
função de higienização/ limpeza.
 - Número de funcionários Torre; limite 974.
 1 º ano 500 pessoas e 10 % de aumento a cada ano
 Existência ou não de restaurante: sim possuem dois restaurantes

2.2. MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO


A seguir mapa com a localização do terreno onde será implantado o empreendimento:

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2.3. SITUAÇÃO DOS ESGOTOS SANITÁRIO NO VALE DO SERENO
Como se sabe o Bairro Vale do Sereno possui rede de esgotos que afluem à ETE Vales dos
Cristais ou ETE Vale do Sereno.

Isso significa que a médio prazo será possível interligar o empreendimento à rede coletora da
COPASA. A propósito o levantamento topográfico executado cadastrou PV de esgotos na esquina
das ruas Palmeira com Jacarandá no ponto mais baixo do terreno.

Entretanto, segundo a COPASA, a verticalização do bairro não foi prevista no projeto da ETE
Cristais que se encontra subdimensionada e sem condições de receber novos lançamentos. Assim
sendo, embora exista rede coletora na frente do terreno e ETE em funcionamento, por algum prazo
não será possível sua utilização.

A COPASA expediu em 17 de junho de 2019 a DTB 4524-2/2019, na qual definiu a solução


para os esgotos da seguinte forma:
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As obras de ampliação da ETE Vale do Sereno ( = ETE Vale dos Cristais) não foram ainda
executadas motivo pelo qual haverá necessidade de uma solução “provisória”para tratamento dos
efluentes.

2.4. SOLUÇÃO PROPOSTA


A solução orientada pelo empreendedores será a instalação de uma ETE pré-fabricada no in-
teriro do terreno, em condições de realizar o tratamento adequado do contingente populacional que
irá ocupar as instalações do prédio.

A ETE deverá realizar o tratamento biológico com elevado índice de remoção de DBO, DQO
além de outros poluentes. Como se sabe a ETE produzirá dois tipo de efluentes: o lodo e o efluente
líquido. O lodo deverá ser retirado por caminhões limpa-fossa e direcionado para local licenciado
para tal fim.

O efluente líquido somente poderá ser direcionado para a rede pluvial que passa em frente
ao terreno. Por esse motivo, o tratamento, além de ser secundário, isto é biológico deverá ser terciá-
rio para eliminar agentes patogênicos antes de ser lançado na rede pluvial pública.

Como existe a probabilidade de a COPASA poder receber os efluentes em pouco anos a


ETE deve ser modulada,

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3. PROJETO DA ETE
O tratamento de esgotos é desenvolvido, essencialmente, por processos biológicos, associ-
ados a operações físicas de concentração e separação de sólidos. Processos físico químicos, como
aqueles realizado a partir de coagulação e floculação, normalmente não são empregados por resul-
tarem em maiores custos operacionais e menor eficiência na remoção de matéria orgânica biode-
gradável. Porém, em algumas situações, notadamente quando se tem condições bastante restritivas
para as descargas de fósforo, o tratamento físico-químico pode ser aplicado isoladamente ou, prin-
cipalmente, associado aos processos biológicos.

3.1. POPULAÇÃO DE PROJETO


A população de projeto será constituída pelos alunos da Unidade de Ensino, professores e
funcionários.

De acordo com as informações obtidas o contingente será:

1 População de Projeto

Alunos 1.924
Professores 120
Colaboradores 189
Administrativos 974
Total 3.207

3.2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE PROJETO

A ocupação será:

Crescimento
Ano Percentual
1 40%
2 60%
3 80%
4 100%

Assim sendo vamos modular algumas unidades admitindo que a médio prazo a COPASA
possa receber os esgotos. Caso isso não ocorra as unidades moduladas poderão ser substituídas.

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2 Evolução
Ano Alunos Profess. Colab Admin Total
1 770 48 76 500 1.393
2 1.154 72 113 550 1.890
3 1.539 96 151 605 2.391
4 1.924 120 189 666 2.899
5 1.924 120 189 732 2.965
6 1.924 120 189 805 3.038
7 1.924 120 189 886 3.119
8 1.924 120 189 974 3.207

3.3. VAZÕES

Seguindo as prescrições da ABNT temos:

Tabela 1 - Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de ocu-
pante, valores em litros.

A contribuição de lodos frescos é de 0,20 litros por pessoa por dia.

A seguir o resumo dos cálculos de população e vazões.

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3 Contribuição de Esgotos

Contribuição por pessoa 50 l/hab/dia


VAZÃO MÉDIA DE ESGOTOS
Número de contribuintes Vazão
Início de plano 1.393 70 m³/dia 0,81 l/s Ano-1
Fim de plano 3.207 160 m³/dia 1,86 l/s Ano-8

VAZÃO MÁXIMA DIÁRIA DE ESGOTOS


Início de plano 0,9675 84 m³/dia 0,97 l/s
Fim de plano 192 m³/dia 2,23 l/s

VAZÃO MÁXIMA HORÁRIA DE ESGOTOS


Início de plano 125 m³/dia 1,45 l/s
Fim de plano 289 m³/dia 3,34 l/s

VAZÃO MÍNIMA DE ESGOTOS


Início de plano 35 m³/dia 0,40 l/s
Fim de plano 80 m³/dia 0,93 l/s

3.4. CARGAS ORGÂNICAS E CONCENTRAÇÃO


Determinação da carga orgânica e concentração do esgoto
Determinação da carga orgânica
Contribuição per capita 12,5 g/hab/dia
Número de contribuintes
Início de plano 1.393 17 kg/dia
Fim de plano 3.207 40 kg/dia

Determinação da concentração do esgoto sanitário


Vazão
Início de plano 69.660 l/dia 250 mg/l
Fim de plano 160.368 l/dia 250 mg/l

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3.5. UNIDADES COMPONENTES
O modelo adotado é o da empresa CP Solutions cujo fluxograma é o seguinte,

A ETE será composta pelas seguintes unidades:

3.5.1. TRATAMENTO PRELIMINAR


 Gradeamento

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 Desarenador
 Calha Parshall

3.5.2. TRATAMENTO
 Estação Elevatória de Esgoto Bruto (EEE);
 Reatores Anaeróbios – UASB;
 Filtros Aerados Submersos - FAS;
 Decantador Secundário
 Tanque de reuso
 Clorador.

3.6. TRATAMENTO PRELIMINAR


Apresentamos, a seguir, o dimensionamento do tratamento preliminar, composto por grade-
amento, desarenador e medidor de vazão.

3.6.1. GRADEAMENTO
Para retirada dos sólidos grosseiros, será adotada uma grade manual do tipo média, com as
seguintes características. O gradeamento será calculado para a vazão total sem modulação,

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GRADEAMENTO
Espessura das barras 3/8" 0,95 cm
Espaçamento 1" 1,00 cm
Velocidade de escoamento entre as barras
v= 0,60 m/s
Área útil da grade Qmax/Vmax
Qmax = 289 m³/dia
Qmax = 0,003 m³/s
Vmax = 0,60 m/s
Au = 0,006 m²
Eficiência da grade E = a / (a + t)
a= 1,00 cm
t= 0,95 cm
E= 0,513
E= 51,3%
Seção da grade
S = Au / E
S= 0,0109 m²
Largura da grade
H= 0,25 m
L = S /H 0,043 m
Adotado 25 cm
Velocidade
V = Q/(LxH) = 0,053 m/s
Cálculo da área livre para escoamento (vazão máxima):
Largura adotada-L 0,25 m
Altura (H) 0,25 m
Nesp = L/(a+t) 0,13 m
Aliv = Nesp x a x H
Aliv = 0,032 m²
Cálculo da velocidade através da grade (vazão máxima):
Grade limpa:
Vl = Qmax / Aliv = 0,10 m/s
Grade suja (50% de obstrução)
Vs = 2 Vl = 0,21 m/s
Calculo da perda de carga (vazão máxima):
Hf = (VL²-Vs²)x 1,43/(2xg)
Hf = 0,00396 m
Ângulo de inclinação de 60o com a horizontal

A limpeza será manual com frequência diária. Os resíduos serão coletados por empresa li-
cenciada.

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3.6.2. DESARENADOR
A areia contida nos esgotos é, em sua maioria, constituída de material mineral, mas também
contém reduzida quantidade de matéria orgânica como: vegetais, gordura, pêlos, cabelos, etc. A
remoção de areia (ou desarenação) tem por finalidade eliminar ou abrandar os efeitos adversos ao
funcionamento das partes componentes das instalações a jusante. A unidade de remoção de areia é
comumente chamada de caixa de areia ou desarenador. Analogamente o desarenador será dimen-
sionado para vazão de fim de plano.

 Basicamente, a Caixa de Areia deve ser projetada para realizar as seguintes operações:
 Retenção da areia com características indesejáveis ao efluente;
 Armazenamento do material retido durante o período entre as limpezas; e
 Remoção e transferência do material retido e armazenado para dispositivos de transporte
para o destino final, dotando de condições adequadas o efluente líquido para as unidades
subsequentes.

DESARENADOR
Tx = Qmax / (L x C)
Tx = 600 m³/m²/dia
Vazão máxima horária
Q max = 289 m³/dia
L = largura da caixa de areia - adotada
L= 0,40 m
C = comprimento da caixa de areia
C= 1,20 m

3.6.3. CALHA PARSHALL


Na calha, o gradiente de velocidade recomendado deve estar entre 600s-1 e 2000s-1, a velo-
cidade da água deve ser maior que 2m/s e o tempo de dispersão do reagente deve ser aproxima-
damente 1s. A largura da calha, por sua vez, deve ser escolhida em função da vazão de água que
passa por ela. Primeiro, determina-se o intervalo, na tabela 2, que se encontra a vazão da água cap-
tada, então escolhe-se o valor da largura da garganta da calha (W) imediatamente abaixo desse
intervalo.

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Dimensões padronizadas de uma Calha Parshall (A, B, C, D, E, F, G, K e N, em função de W.

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Tabela-2-COEFICIENTES E VAZÃO DE ÁGUA EM FUNÇÃO DA LARGURA DA GARGANTA (w).

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CALHA PARSHALL
Vazão mínima 1,45 m³/h
Vazão máxima 12,03 m³/h
Adotaremos w = 3"
K= 633,6 Q= 12,0276
n= 1,55
Altura da água na seção de medição:
Vazão mínima
H= 0,02 m
Vazão máxima
H= 0,08 m
Rebaixo Z
Z= 0,13 m

3.7. TRATAMENTO

3.7.1. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTOS - EEE


Foi projetada uma estação elevatória de esgotos a partir do desarenador recalcando até o
reator. A seguir o dimensionamento da EEE:

VAZÕES DE ESGOTOS
Máxima Média m3/min m3/h
3,34 2,23 0,1336 12,03

PARÂMETROS UNIDADE EEE


Cota do Terreno EEE m 1028,95
Cota de chegada do coletor m 1027,45
Profundidade m 1,50
Fundo do poço m 1027,00
NA mínimo m 1027,10
NA maximo m 1027,35
Submergência m 0,10
Extensão do recalque m 15,00
DN do recalque mm 75,00
Vazão l/s 3,80
Perda de carga m/m 0,0114
Perda de carga total m 0,17
Cota chegada do recalque m 1033,95
Pressão adicional m 1,00
Cota piezométrica m 1034,95
Desnível geométrico m 7,85
C= 140
AMT mca 8,02

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POÇO DE SUCÇÃO
ELEVATÓRIA EEE-1
VOLUME 1500,00 litros
VOLUME 1,50 m³
CICLO 11,22 min
BOMBA
QUANTID 1 um
3,80 l/s
VAZÃO 0,23 m³/min
13,68 m³/h
DETENÇÃO 27,12 min

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VAZÕES TEMPOS (minutos)
Q (l/s)) Q (m³/min) Ts Td Total
0,223 0,013 112 7 119
0,445 0,027 56 7 64
0,668 0,040 37 8 45
0,891 0,053 28 9 37
1,114 0,067 22 9 32
1,336 0,080 19 10 29
1,559 0,094 16 11 27
1,782 0,107 14 12 26
2,005 0,120 12 14 26
2,227 0,134 11 16 27
2,450 0,147 10 19 29
2,673 0,160 9 22 32
2,896 0,174 9 28 36
3,118 0,187 8 37 45
3,341 0,200 7 54 62
3,564 0,214 7 106 113
3,786 0,227 7 1.847 1.854
4,009 0,241 6 -120 -113
4,232 0,254 6 -58 -52

Tempo de detenção para Q média 27,12 minutos


Ciclo da bomba para Q média 11,22 minutos

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VAZÃO AMT (mca)
ORDEM
m³/h l/s BOMBA SISTEMA
1 6,30 1,75 13,00 7,85
2 15,80 4,39 12,00 8,07
3 22,90 6,36 11,00 8,29
4 28,80 8,00 10,00 8,53
5 34,00 9,44 9,00 8,77
6 38,60 10,72 8,00 9,02
7 42,90 11,92 7,00 9,27
8 46,90 13,03 6,00 9,52
9 50,60 14,06 5,00 9,78
10 54,10 15,03 4,00 10,03

BOMBA SCHNEIDER BCS-355 2cv


14,00
12,00
10,00
A.M.T (mca)

8,00
6,00 BOMBA
4,00 SISTEMA
2,00
0,00
1,75 4,39 6,36 8,00 9,44 10,72 11,92 13,03 14,06
VAZÃO (l/s)

3.7.2. REATOR ANAERÓBICO DE FLUXO ASCENDENTE


O Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA ou UASB) é uma tecnologia de tratamento
biológico de esgotos baseada na decomposição anaeróbia da matéria orgânica. Consiste em uma
coluna de escoamento ascendente, composta de uma zona de digestão, uma zona de sedimenta-
ção, e o dispositivo separador de fases gás-sólido-líquido. O esgoto aflui ao reator e após ser distri-
buído pelo seu fundo, segue uma trajetória ascendente, desde a sua parte mais baixa, até encontrar
a manta de lodo, onde ocorre a mistura, a biodegradação e a digestão anaeróbia do conteúdo orgâ-
nico, tendo como subproduto a geração de gases metano, carbônico e sulfídrico. Ainda em escoa-
mento ascendente, e através de passagens definidas pela estrutura dos dispositivos de coleta de
gases e de sedimentação, o esgoto alcança a zona de sedimentação. A manutenção de um leito de
sólidos em suspensão constitui a manta de lodo, e em função do fluxo contínuo e ascendente de

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esgotos, nesta é que ocorre a decomposição do substrato orgânico pela ação de organismos anae-
róbios. Para o dimensionamento do reator UASB foram adotados

REATOR ANAERÓBIO
Vazão média de esgotos 192,44 m³/dia
192.442 l/dia
Unidades n= 3
Vazão por unidade 64.147 l/dia
V = Qmedia x 24 / t
Temperatura média 22
Tempo de detenção adotado 6h
V= 16.037 litros
V= 16 m³
Base Circular
Diâmetro 3,00 m
Área 7,07 m²
Altura 2,27 m
Adotada 2,30 m

O reator será modulado em 3 etapas sendo inicialmente construído um reator para 1/3 da va-
zão de fim de plano.

3.7.3. FILTRO AERADO SUBMERSO


Os filtros possuem biomassa aderida a um meio suporte, garantindo elevado tempo de re-
tenção, no qual o efluente percola, ocorrendo a degradação da matéria orgânica. Este reator bioló-
gico aerado possui um volume reduzido e alta concentração de microrganismos que realizam os
seguintes mecanismos de depuração:

 Captura física do material em suspensão;

 Absorção física seguida de bio-absorção por ação enzimática;

 Oxidação da matéria orgânica e síntese de novas células.

Neste processo de degradação da matéria orgânica ocorre o consumo de oxigênio, assim, o


reator terá um sistema de aeração, que fornecerá o oxigênio necessário ao reator. Neste Filtro o sis-
tema de aeração será por ar difuso.

O filtro será modulado em duas etapas.

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FILTRO AERADO SUBMERSO


Vazão média de esgotos 192,44 m³/dia
192.442 l/dia
Unidades n= 2
Vazão por unidade 96.221 l/dia
V= 4.827 litros
V= 4,83 m³
Adotado 7,50 m³

3.7.4. DECANTADOR SECUNDÁRIO


O decantador secundário é uma unidade que garante a separação do lodo biológico do eflu-
ente tratado e o retorno do lodo ao Filtro Aerado.

DECANTADOR SECUNADÁRIO
Vazão média de esgotos 192,44 m³/dia
192.442 l/dia

Diâmetro 3,00 m adotado


Área 7,07 m²
Volume adotado 15,00 m³
Altura 2,12 m³

O decantador será construído em etapa única

3.7.5. CAIXA DE CLORAÇÃO


Responsável por fazer a desinfecção do efluente após o tratamento, garantindo que o mes-
mo esteja livre de patógenos ou demais contaminantes biológicos.

Para o processo de desinfecção foi dimensionado um clorador de pastilhas com tanque de


contato de 5.000 L, visando o tempo de contato mínimo para desinfecção de 30 minutos para a va-
zão média.

CLORADOR

Volume adotado 5,00 m³


Vazão 192.442 l/dia
8,02 m³/h
Tempo de contato 0,62 horas
37,41 minutos

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3.7.6. TANQUE DE REUSO


Foi projetado um tanque de reuso com 10m³ localizado a jusante no fluxograma.

A finalidade do tanque é permitir que o esgoto tratado possa ser utilizado para fins não potá-
veis tais como lavagem de pisos e irrigação.

4. DESCARTE FINAL
Após o tratamento o esgoto será conduzido por tubo de PVC DN 150mm até o PV de água
pluviais conforme indicado.

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5. TERMO DE REFERÊNCIA PARA AQUISIÇÃO DA ETE
O empreendimento a ser atendido é uma Unidade de Ensino do Sistema Bernoulli de Educa-
ção, a ser edificada no Bairro Vale do Sereno em Nova Lima. Situa-se entre as ruas: Rua Dimas Hen-
rique de Freitas, Rua Jacarandá, Rua das Palmeiras e Rua Angico.

A proposta deverá considerar o fornecimento, a montagem, o início de operação, as manu-


tenções preventiva e corretiva e o assessoramento técnico de uma ETE pré-fabricada comas seguin-
tes características para atender à população:

1 População de Projeto

Alunos 1.924
Professores 120
Colaboradores 189
Administrativos 974
Total 3.207

5.1. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE PROJETO

A ocupação será:

Crescimento
Ano Percentual
1 40%
2 60%
3 80%
4 100%

5.2. NORMAS/LEGISLAÇÃO A SEREM OBEDECIDAS:

 ABNT NBR 7.229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sép-


ticos

 ABNT NBR 12.209/1992 – Projeto de estações de tratamento de esgotos

 Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH 01/2008 – Classificação dos corpos


d’água (...) e lançamentos de efluentes (...)

 Res. CONAMA 403/2011 – Condições e padrões de lançamento de efluentes

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5.3. UNIDADES NECESSÁRIAS

A ETE será composta pelas seguintes macrounidades:

 Sistema de Pré-Tratamento;

 Estação elevatória de esgoto de entrada;

 Tratamento biológico ou secundário

 Duas etapas de tratamento sendo: um reator anaeróbio de fluxo ascendente (UASB);


um Filtro Aeróbio Submerso (FAS) com decantador concêntrico;

 Um tanque de contato para desinfecção;

 Um Filtro de biogás;

 Dispositivos para remoção do lodo através de caminhões.

O Pré-tratamento deverá conter:

 Gradeamento; canal c/ Gradeamento;

 Desarenador ou caixa de areia

 Medidor de vazão (calha Parshall)

 Estação elevatória de esgoto.


Para o tratamento secundário ou biológico sugere-se:

 Reator UASB (Etapa Anaeróbia)

 Filtro Aerado Submeso (FAS) “Etapa Aeróbia”

 Decantador Lamelar “Decantação Secundária”

 Tanque de contato com sistema de desinfecção (cloração);

5.4. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:


Fica a critério da proponente fornecedora especificar modelos alternativos de tratamento
desde que sejam atendidas as seguintes condições:

 Garantia de padrões de qualidade iguais ou superiores aos especificados

 A execução de estação elevatória de esgotos precedida por pré-tratamento (desare-


nação e gradeamento)

 O tratamento biológico (secundário) nos padrões indicados

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 A desinfecção

 Controle de gases

 Inexistência de odores

5.5. DISPOSIÇÃO NO TERRENO

Os efluentes da ETE serão direcionados para um PV de águas pluviais nas imediações.


Futuramente serão direcionados para a ETE Vale do Sereno.

5.6. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

A proponente fornecedora deverá acrescer na proposta serviços de operação e manutenção


sendo:

 Operação – A proponente deverá dar início à operação da ETE e produzir manuais


simples de fácil entendimento para leigos de forma que futuramente os ocupanes do
prédio possam operar as instalações.

 Manutenção - A proponente deverá colocar em sua proposta, custos para manuten-


ção estabelecendo, separadamente valores para a mão de obra (com BDI) e para re-
posição de materiais (sem BDI).

Belo Horizonte, 16 de abril de 2021.

MANOEL ALVES DOS SANTOS FILHO


ENGENHEIRO CIVIL – CREA MG 9.320/D
ÁGUAS ENGENHARIA LTDA.

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