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Fontes de Energia
Renováveis
(Energia Eólica)
Aymoré de Castro Alvim Filho 10/02/2009
Eng. Eletricista, Dr. Cartagena de Indias, Colombia
Especialista em Regulação, SRG/ANEEL
Potencial Disponível
Complexo de Osório
(PROINFA)
(UEEs Osório,
Sangradouro e Índios)
Total = 150 MW
Osório, RS
Principais Variáveis
Potência Incidente
P: Potência incidente (W)
1 ρ: densidade do ar (kg/m3)
P = ρ • A• v3 A: Área do rotor ou “Área de
“área de 2 Varredura” (m2)
varredura”
v: velocidade do vento (m/s)
P 1 DP: densidade de
DP = = ρ • v 3 potência (W/m2)
A 2
Principais Variáveis
1
DP = ρ • v 3 (W/m 2 )
2
Observações:
- O potencial energético disponível a cada
instante depende da densidade do ar e da
velocidade do vento incidente.
⎛ ⎛ v⎞ k ⎞
k-1 k=4
k ⎛ v⎞
f(v) = ⎜ ⎟ exp⎜ - ⎜ ⎟ ⎟
c ⎝ c⎠ ⎝ ⎝ c⎠ ⎠ k=3
k=1
k=2
⎛ ⎛ v⎞ k ⎞
F ( v ) = 1 − exp ⎜ - ⎜ ⎟ ⎟
⎝ ⎝ c⎠ ⎠
Limite de Betz:
⎛ 16 ⎞
cp lim = ⎜ ⎟ ≅ 59 % Plim = cp lim ⋅ P ≅ 59 % P
⎝ 27 ⎠
Eficiência da Turbina
Coeficiente de Potência Elétrico
NM 72C
0,20 S88/2100
“perder” rendimento em
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
v (m/s) velocidades mais elevadas
como medida de proteção.
Eficiência da Turbina
Eficiência Média da Turbina
i =1
[ ]
n
DE = ⋅ ρ ⋅ ∑ v i ⋅ (f WEIBULL (k, c, v i )) ⋅ H
1 3
2 i =1
Eficiência da Turbina
Eficiência Média da Turbina
D E (k W h / m 2 )
D E (k W h / m 2 )
500
0,30 ε = 0,43 0,30 500
ε = 0,25
Cp
0,25 400
Cp
0,25 400
0,20 300 0,20 300
0,15 0,15
200 200
0,10 0,10
0,05 100 100
0,05
0,00 0 0,00 0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
v(m/s)
Curva DE e cp “defasadas”
⎛ h ⎞
ln ⎜⎜ ⎟⎟ zo: rugosidade (m)
= ⎝ ⎠
v z0
h: altura (m)
vr ⎛ hr ⎞ r: índice para “referência”
ln ⎜⎜ ⎟
⎝ z 0 ⎟⎠
Características Locais
Rugosidade do terreno
100
90 classe 0
classe 1
80 classe 2
classe 3
70
60
h (m)
50
40
30
20
10
- altura do obstáculo;
25 89 53 36 31
31 34 37 40 44 50 55 60 64 68 71 74 76 78 80 82 84
23 74 31 20 19
22 26 30 35 40 46 52 58 62 66 70 73 76 78 80 82 83
- largura do obstáculo 20 47 11
18 14 1
8
1
10
14
4
8
19
14
25
20
30
27
36
33
43
41
50
48
56
55
61
60
65
65
69
69
72
73
75
76
78
78
80
80
82
82
83
84
- distância do obstáculo, 15 1
5 11 18 25 32 40 48 55 61 66 70 73 76 79 81 83 85
13 3 10 17 25 33 42 50 57 63 68 72 75 78 80 83 84 86
principalmente a 10 3 10 19 28 36 45 54 60 66 71 75 78 80 83 85 86 88
barlavento (montante) 8
5
5
3 13
15
26
25
37
34
47
43
55
52
62
60
69
66
74
71
78
75
82
79
84
82
87
84
88
86
90
87
91
89
92
90
93
- rugosidade do terreno 3 5 21 37 50 60 67 73 78 82 86 88 90 91 93 94 94 95 96 96
21 43 64 86 107 129 150 171 193 214 236 257 279 300 321 343 364 386 407 429 450
= altura d o onstác ulo = 20 m = altura d o h ub = 50 m
C lass e d e ru g osid ad e = 1,5; P orosid ad e = 0; larg ura d o ob stác ulo = 6 0 m
Características Locais
Efeito topográfico (ou orográfico): influência de colinas e túneis
d: diâmetro
do rotor
5d a 9d
3d a 5d
Observações:
-O grau de turbulência entre as turbinas é indicado pelo “coeficiente de
perdas por efeito esteira” (ou efeito parque). Valor típico de 5%.
- Principais fatores: diâmetro do rotor e área disponível
Características Locais
Wapsipinicon Wind Farm
Mower County, MN, Minnesota
Distribuição da Direção do Vento
Public Utilities Commission , 2008
Percentual de energia
Percentual de horas
St. Petersburg–Clearwater
International Airpor, Florida-USAt,
NCDC - 2002
Posição das turbinas (azul) e das torres de medição (vermelho) na UEE Oberzeiring,
Áustria. (CHAM, http://www.cham.co.uk).
UEE Morro do
Camelinho
1ª UEE em operação-1994
Total = 1 MW
Gouveia, MG
Aspectos Aerodinâmicos
Forças de Arrasto e Sustentação
A força que impulsiona um corpo
qualquer atingido por um fluxo pode
ser decomposta em duas outras
forças:
-Força de arrasto (D) : componente
paralela ao fluxo (“arrasta” o corpo).
- Força de sustentação (L) :
componente perpendicular à direção
do fluxo (“levanta” o corpo)
Observação:
Estol (animação)
- Esta força de sustentação pode aumentar com o
aumento da inclinação do aerofólio em relação à
direção do fluxo. Contudo, se a inclinação
ultrapassar um certo limite, a sustentação
começará a diminuir, até que ocorra o estol
Observação:
referência
(animação)
Observação:
- A velocidade do vento incidente em um corpo depende da
velocidade desse corpo.
- Em um rotor eólico, como em qualquer objeto sujeito a um
movimento circular, quanto maior a distância em relação ao
centro, maior será a velocidade “linear” (distância/tempo)
Controle de Potência
Tipos básicos de controle de potência
Controle por estol (ou “stall”), ou “estol passivo”:
- O controle por estol é um sistema de controle passivo (as pás não giram em
torno de seu eixo longitudinal) decorrente da ação do desenho do aerofólio nos
ventos de velocidade superiores à correspondente à potência nominal
(velocidade nominal). O ângulo de passo é escolhido de forma que, a partir da
velocidade nominal, o ângulo de ataque cresça até o ponto de queda da
sustentação, diminuindo a absorção de potência pelo rotor.
Curvas de potência (P x v) típicas para turbinas com controle por estol e por passo
Solidez
Alvim Filho,1996,
baseado em Lysen,
1982
Observações:
- razão de velocidade de ponta: razão entre a velocidade linear na ponta da pá
e a velocidade do vento incidente. A razão de velocidade de ponta, portanto,
indica quão rápido pode girar o rotor.
- Verifica-se, então, que um rotor de baixa solidez permite uma velocidade de
ponta muito superior aos de alta solidez, que, por sua vez, apresentam uma
capacidade de torque mais elevada.
Componentes de uma
Turbina Eólica
UEE Mucuripe
Total = 2,4 MW
Fortaleza - CE
Componentes Básicos
(Turbinas de eixo horizontal)
2
1 12
9 10
3
5
4 7
6 11
8
1 – Nacele
2 – Pás
3 – Cubo
4 – Eixo de baixa velocidade
5 – Caixa de transmissão (multiplicador de velocidade)
6 – Eixo de alta velocidade com freio mecânico
7 – Gerador elétrico
8 – Sistema de controle da orientação
9 – Sistema hidráulico
10 – Controle eletrônico
11 – Resfriamento
12 – Unidade de medição de velocidade e direção do vento
Componentes Básicos
(Turbinas de eixo horizontal)
Nacele:
- É carcaça, acima da torre, onde se instala o gerador, os sistemas de controle
e o sistema de transmissão de potência (eixos, sistemas hidráulicos, etc) que
pode, ou não, conter uma caixa multiplicadora.
Enercon (Alemã)
Vestas (Dinamarca)
Pás:
Pás de rotores
Componentes Básicos
(Turbinas de eixo horizontal)
Caixa multiplicadora:
Caixa multiplicadora:
Caixa multiplicadora
(www.windpower.com)
Componentes Básicos
(Turbinas de eixo horizontal)
Gerador elétrico:
Gerador elétrico
Gerador convenconal acoplado à
caixa de transmissão
Controle de orientação:
Para turbinas de grande porte tipo “downwind”, rotor atrás da torre (ou “à
jusante”, ou, mais apropriadamente, a sotavento da torre), o controle de
orientação é usualmente passivo. Porém, o tipo “downwind” não é menos utilizado,
pois o conjunto torre-nacele provoca, nesse tipo de turbina, uma significativa
perturbação no vento incidente, provocando queda de rendimento e maiores
esforços nas pás.
- Para turbinas de pequeno porte, é mais comum o contole passivo, utilizando uma
grimpa (também conhecida como ventoinha ou pá de cauda).
Componentes Básicos
(Turbinas de eixo horizontal)
Controle de orientação:
Sistema passivo
(grimpa) Sistema ativo
(animação)
UEE Prainha
Total = 10 MW
Aquiraz - CE
Operação da Turbina
Tipos básicos de operação de uma turbina
(Dewi, 2005)
Operação da Turbina
Operação a velocidade variável
Ω⋅ R
λ =
V
Pmec
CP =
0,5⋅ ρ ⋅ A⋅ V3
Rotor Caixa
multiplicadora
gerador
Sinal Freqüência
Freqüência em da rede
CC Sinal (CA)
Variável irregular
(CA) Em
CA
Esquema básico
Conexão da Turbina
Conceitos tecnológicos básicos
TIPO A TIPO C
TIPO B TIPO D
TIPO B: velocidade variável limitada Utilizado pela Vestas nos anos 80 e 90, contempla o
uso de gerador de indução com rotor bobinado. Aplica-
se eletrônica de potência para controlar a resistência do
rotor, o que permite uma variação de rotação de até
10% (em relação à síncrona), o que maximiza a
qualidade da energia e reduz a carga mecânica nos
componentes das turbinas durante rajadas. O controle
SCIG: gerador de indução gaiola de esquilo de potência é o controle de passo ativo. Ex. fabricante:
WRIG: gerador de indução c/ rotor bobinado
PMSG: gerador síncrono c/ ímã permanente Vestas
WRSG: gerador síncrono com rotor bobinado (EWEA, 2006)
Conexão da Turbina
TIPO C: velocidade variável com É o tipo mais comum, com a vantagem adicional, em
desacoplamento parcial da rede relação aos anteriores, de utilização da eletrônica de
potência. Contempla gerador de indução duplamente
alimentado, com o rotor conectado à rede através de
um conversor bidirecional que controla a excitação do
sistema, a fim de desacoplar a freqüência elétrica da
velocidade mecânica do rotor. A variação de
velocidade é de até 40%, acima e abaixo da síncrona.
Ex. fabricantes: GE, Repower, Vestas, Gamesa, Suzlon
TIPO D: velocidade variável com
desacoplamento total da rede
Possibilita a ausência de caixa de transmissão com
gerador de baixa velocidade. Contempla a utilização de
gerador síncrono com rotor bobinado ou com ímã
permanente. O estator é conectado à rede através de um
conversor eletrônico pleno, e pode prover uma faixa de
variação de velocidade ainda maior que o tipo anterior.
SCIG: gerador de indução gaiola de esquilo É totalmente desacoplado da rede. Ex. fabricantes:
WRIG: gerador de indução c/ rotor bobinado
PMSG: gerador síncrono c/ ímã permanente Enercon, GE, Siemens.
WRSG: gerador síncrono com rotor bobinado
EWEA, 2006
Conexão da Turbina
Conceitos tecnológicos básicos
Participação no mercado
Capacidade Acumulada
Instalação Anual
Aspectos Ambientais
UEE Millennium
(PROINFA)
Total = 10,4 MW
Mataraca - PB
Vantagens
Características Positivas
-A energia eólica, como a hidráulica, utiliza uma fonte renovável, cuja conversão
em energia elétrica não emite poluentes. Algumas características positivas:
(Reis, 2001)
Possíveis Impactos
Impactos ambientais
Poluição sonora
Níveis de ruído emitido pela turbina e pelo próprio vento soprando (BWEA, 2000)
turbina
x vento
dB
-O grau de sombreamento
intermitente depende da distância
da torre, da latitude do local, do
período do dia e do ano.
- Segundo pesquisas, o
sombreamento intermitente pode
causar incômodo e prejudicar
pessoas que sofrem de epilepsia.
Possíveis Impactos
Impactos ambientais
Sombreamento Intermitente (Flicker)
1 – 10 horas/ano
11-20 horas/ano
21 – 30 horas/ano
31 – 1171 horas/ano
Mapa de sombreamento
Custos & Estatísticas
1 US$= R$ 2, 236
1 Euro= R$ 2,917
1 Euro = US$ 1,292
Custos
Distribuição dos Custos
por equipamento Evolução dos Custos
Montagem e
outros (Teske, 2005 apud EPE 2008)
10% Torre
Sist. Controle 20%
10%
Sist.
Transmissão Pás
15% 20%
Nacele Cubo
Sist. Elétrico 5%
10%
10%
(Lecuona, 2002)
1 US$= R$ 2, 236
1 Euro= R$ 2,917
1 Euro = US$ 1,292
Custo da Energia
Custo da energia x Pot. da turbina Custo da energia x (disponibilidade; taxa de retorno)
(EWEA, 2004)
(EWEA, 2004)
aymore@aneel.gov.br
55 61 2192-8853