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GERAÇÃO EÓLICA
1. Rendimento de um Aerogerador.
onde:
= rendimento de um aerogerador;
B = eficiência teórica (Betz);
A = rendimento aerodinâmico (pás);
M = rendimento do multiplicador de velocidade (câmbio);
G = rendimento do gerador.
Com base no rendimento pode ser conhecida a potência do rotor [PMEC], dado
em Watts [W] ou kW, que é a parcela da potencia disponível no vento e captada
pelo rotor, que é dado pela expressão:
Com todos esses fatores podemos calcular o coeficiente de potência [Cp], que
exprime a porcentagem da potência disponível realmente aproveitada no eixo do
rotor, que é dado por:
Cp B .A
onde:
B = eficiência teórica (Betz);
A = rendimento aerodinâmico (pás).
A mesma potência pode ser transferida com grande torque e pequena velocidade ou
pequeno torque e grande velocidade. As características torque-rpm do rotor devem
combinar-se com as características de torque-rpm da carga.
A figura ao lado mostra
uma curva típica de torque
versus velocidade angular
do rotor para duas
velocidades de vento V1 e
V2, com V2 maior que V1.
Verifica-se que o torque é
baixo para velocidade
angular igual a zero,
aumentando até um valor
máximo, e caindo
novamente quando o
rotor apenas flutua com
o vento. Torque de uma turbina eólica versus velocidade do rotor para
velocidade de vento V1 e V2
A figura ao lado mostra a curva de
potência correspondente. Como a
potência mecânica é o produto do torque
pela velocidade angular, a potência é nula
quando a velocidade do rotor é igual a
zero e quando a velocidade angular é
elevada e o torque é nulo.
A potência máxima é obtida a uma
velocidade do rotor situada entre os
pontos P1máx e P2máx para as velocidades
V1 e V2, respectivamente. Potência de uma turbina eólica versus velocidade do rotor para
velocidade de vento V1 e V2
Start up
b) Velocidade normal
(Tq)
Seleção do Ponto de Trabalho
P = Tqω
P Tq
P = Tqω
(Tq)
n n (rpm)
30
n 2 n (rps)
Acoplamento da carga
Este não é o caso para as bombas alternativas. Por exemplo, um que a potência
requerida é linearmente proporcional à sua velocidade.
Seleção da faixa de velocidade de operação
Nestas condições, a componente N da força que contribui para o binário diminui: diz-
se, neste caso, que a pá entrou em perda (de sustentação).
Note-se que o ângulo de ataque aumenta quando a velocidade do vento aumenta,
porque o rotor roda a uma velocidade constante (Ut é constante).
1 1
P AV 3C p e o torque: Tq AV 2 R.CTq
2 2
.R
2 .n.R .V
Onde: ou n
V V 2 .R
n: velocidade de rotação da turbina;
ou RV: velocidade específica ou Razão de Velocidade;
R: velocidade tangencial na ponta da pá;
R: raio da circunferência (comprimento da pá).
Sempre que a potência nominal do gerador é ultrapassada, devido à um aumento da
velocidade do vento, as pás do rotor giram em torno do seu eixo longitudinal; em outras
palavras, as pás mudam o seu ângulo de passo para reduzir o ângulo de ataque.
Sob todas as condições de vento, o escoamento em torno dos perfis das pás do rotor é
bastante aderente à superfície (Figura), produzindo, portanto, sustentação aerodinâmica
e pequenas forças de arrasto.
Vantagens do controle de passo (pitch):
maior produção de energia;
partida simples do rotor pela mudança de passo;
não necessita de fortes freios para paradas de emergência;
carga das pás do rotor decrescem com ventos acima da Pn;
posição de embandeiramento das pás do rotor para cargas pequenas em
ventos extremos.
a) Controle de passo (pitch): sistema ativo que precisa de informação
vinda do sistema de controle.
b) Controle de Stall: sistema passivo que reage à velocidade do vento. As pás
do rotor são fixas em seu ângulo de passo e não podem girar em torno de seu
eixo longitudinal.
As pás são fixas no ângulo de passo que é escolhido de forma que, quando V
> Vn, o fluxo em torno do perfil da pá descola, reduzindo o Lift (L) e
aumentando o Drag (D).
Apenas nos dois últimos anos uma mistura de controle por stall e de passo
apareceu, o conhecido “Stall Ativo”. Neste caso, o passo da pá do rotor é
girado na direção do estol e não na direção da posição de
embandeiramento (menor sustentação) como é feito em sistema de passo
normais.
Vantagens:
A favor do controle por stall joga, principalmente, a sua grande simplicidade devido à
ausência de mais partes em movimento; por isso é também mais barata. No entanto, a
sua implementação faz apelo a complicados métodos de cálculo aerodinâmico para
definir o ângulo de ataque para o qual a pá entra em perda. Este aspecto é crucial para
o desempenho deste método.
A favor da solução por meio
do controle de pitch jogam,
por exemplo, o bom controle
de potência, para todas as
gamas de variação da
velocidade do vento.
Na Figura comparam-se as
curvas de potência de
turbinas eólicas “stall” e
“pitch”: é visível que o
sistema de variação do
passo permite o controle de
potência muito mais fino.
Curvas de potência: pitch (Bonus) e stall (NEG Micon e Nordex) [DanishAssoc].
Por outro lado, a variação do ângulo de passo permite também a redução dos
esforços de fadiga com vento muito forte, porque, nessa situação, a pá
apresenta uma menor superfície frontal em relação ao vento.