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Devemos analisar a curva característica do Motor elétrico com a curva da carga para
verificar se o Motor Elétrico vai conseguir acionar a carga. Para tanto é necessário que
os valores Cp>Cr e Cmáx seja o maior possível para que o Motor Elétrico vença
eventuais picos de carga como pode ocorrer em certas aplicações como por exemplo :
Britadores, Calandras, Misturadores e outras além de não “travar”, isto é, perder
bruscamente a velocidade quando ocorrerem quedas de tensão exces sivas
momentaneamente.
Para motores elétricos de indução de gaiola, trifásicos, para tensão nominal > 600 V,
qualquer potência, conjugado de partida normal e partida direta valem os seguintes
valores mínimos de conjugados :
Cp/Cn = 0,6
Cmín/Cn = 0,5
Cmáx/Cn = 1,60
Onde :
Jr = 91,2 m (V²/N²)
Onde :
Para verificar se o motor elétrico vai acionar a carga deveremos calcular o tempo de
aceleração e comparar com o tempo de rotor bloqueado (trb) nos catálogos técnicos dos
fabricantes dos motores elétricos de baixa tensão ( WEG - Jaraguá do Sul/SC e
EBERLE – Caxias do Sul/RS).
O tempo de aceleração (ta) pode ser determinado de maneira aproximada pela fórmula
abaixo :
Onde :
5) Regime de Serviço
Onde :
tf = funcionamento em carga constante (s)
tr = tempo de repouso
Outros dois fatores que influenciam a escolha do motor estão a temperatura ambiente e
a altitude aonde o motor elétrico vai trabalhar. O motor elétrico normal foi projetado
para trabalhar numa temperatura ambiente de 40º C e altitude de 1000 m , se o motor
elétrico for operar numa temperatura maior ou menor do que
40º C e altitude maior que 1000 m deveremos usar o fator de multiplicação de tabela
específica além de fabricar o motor elétrico especialmente.
Se o Motor elétrico for trabalhar em temperatura ambiente < - 20º C de verá possuir
como acessórios : resistência de aquecimento e graxa para baixas temperaturas nos
mancais.
Se o Motor elétrico for trabalhar em temp. > 40 º C deveremos sobredimensioná-lo e
usar classe de isolação H, graxa especial, rolamento com folga C3.
7) Classe de Isolamento
8) Proteção Elétrica
O principal fator para determinação da confiabilidade do serviço, bem como para a vida
útil do motor elétrico recai na escolha do tipo de proteção a ser utilizada.
Existe basicamente dois tipos de proteção, uma dependente da corrente (fusíveis, relés
bimetálicos de sobrecarga e relés eletromagnéticos) e outra que depende diretamente da
temperatura do enrolamento do motor elétrico (termistores e termostatos).
Os fusíveis somente protegem os motores elétricos contra curto- circuitos mas não os
protegem contra sobrecarga. Os relés bimetálicos de sobrecarga oferecem somente
proteção para o motor em serviços contínuos e com poucas ligações por hora,
aceleração de curta duração e corrente de rotor bloqueado (Ip) de baixo valor, esta
proteção para serviços intermitentes não é confiável.
Os termistores e termostatos operam diretamente no local onde a temperatura do
enrolamento está elevada , por isso são mais eficientes. Os termostatos são formados de
pequenos contatos bimetálicos e portanto interrompe o circuito sem o auxílio de reles, o
único inconveniente é que se forem submetidos a uma corrente excessiva podem “colar”
os seus contatos não sendo mais eficientes. Os termistores são semicondutores que
possuem sua resistência ôhmica variáveis com a temperatura, não são dispositivos que
interrompem o circuito logo, necessitam operar em conjunto com um relé adequado
mesmo assim são os preferidos para usar na proteção dos motores elétricos, poderemos
usar dependendo da classe de isolação do motor elétrico e sua aplicação para alarme e
desligamento.
Deveremos citar também um tipo de proteção térmica que é a resistência calibrada tipo
RDT que varia linearmente com a temperatura (PT 100) que pode ser solicitada ao
fabricante de motores elétricos quando for necessária sua aplicação.
A norma NBR 6146 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio de
letras características IP seguidos por dois algarismos :
1º) algarismo : indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos
e contato acidental :
0 – sem proteção;
1 – proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 50 mm;
2 – proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 12 mm;
4 – proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 1 mm;
5 – proteção contra o acúmulo de poeiras prejudicial ao equipamento;
6 – proteção total contra a poeira.
Para a maioria das aplicações são suficientes motores elétricos com grau de proteção
IP54 (ambientes muitos empoeirados) ou IP55 (casos em que os equipamentos são
lavados periodicamente com mangueiras, como nas industrias de laticínios e fábrica de
papel). A letra W colocada entre as letras IP e os algarismos indicam o grau de proteção,
indica que o motor elétrico é protegido contra intempéries.
10) Diversos itens
10.5) Forma Construtiva : Deverá ser de acordo com a NBR 5031. Geralmente o
fabricante fornece na forma construtiva B3, para funcionamento em posição horizontal
com pés. Sob consulta o fabricante poderá fornecer o Motor elétrico com flange e eixo
com características especiais.
B3E = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à esquerda, Fixação Base ou trilhos.
B3D = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à direita, Fixação Base ou trilhos.
B35E = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à esquerda, Fixação Base ou flange FF.
B35D = Carcaça Com pés ,Ponta de Eixo à direita ,Fixação Base ou flange FF.
V1= Carcaça Sem pés, Ponta de Eixo para baixo, Fixação Flange FF.
De acordo com a NBR 7094 os ensaios são agrupados em ensaios de Rotina , Tipo e
especiais.