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Prof.

Crístofer Hood Marques (FURG)


Definição
 Máquinas rotativas geradoras destinadas a
aumentar a energia utilizável dos fluídos
compressíveis pelo aumento de sua pressão
dinâmica ou cinética.

 O fluído é impulsionado por meio de um rotor


provido de pás, do qual sai com pressão e
velocidades elevadas para ser coletado por uma
série de canais difusores ou caixa em forma de
caracol (voluta) onde a energia cinética é
transformada, quase totalmente, em pressão.
Classificação
 Ventiladores Centrífugos

 Compressores Centrífugos

 Turboventiladores

 Turbocompressores
Classificação
 Ventiladores Centrífugos
o Possuem um único estágio de compressão (1 rotor);
o Produzem diferenças de pressão inferiores a 700
kgf/m²;
• Baixa pressão: diferenças de pressão inferiores a
150 kgf/m²;
• Média pressão: diferenças de pressão entre 150 e
250 kgf/m²;
• Alta pressão: diferenças de pressão superiores a 250
kgf/m²;
Classificação
 Ventiladores Centrífugos
o Baixa pressão
Classificação
 Ventiladores Centrífugos
o Média pressão

o Alta pressão
Classificação
 Compressores Centrífugos
o Possuem um único estágio de compressão (1 rotor);
o Produzem diferenças de pressão superiores a 700
kgf/m²;
o Utilizados em transporte pneumático e na aspiração
de gases quentes em indústrias químicas;
o Pressão máxima limitada pela resistência dos
materiais é de 5500 kgf/m²
o Pressão máxima limitada por considerações de
ordem econômica é de 3500 kgf/m².
Classificação
 Compressores Centrífugos
Classificação
 Turboventiladores
o Vários estágios de compressão;
o Diferenças de pressão não muito elevadas (0,25 a 1
kg/cm²)
Classificação
 Turbocompressores
o Vários estágios de compressão;
o Pressão final superior a 3 kgf/cm², o que justifica o
uso de refrigeração intermediária simples ou múltipla,
se o número de estágios for elevado;
o Construção dificil, exigindo acabamento mecanico
perfeito;
o Numero máximo de estágios adotado é de 12, com
os quais são atingidas, para rotações de 6000 rpm e
diâmetros da ordem de 600 mm, pressões superiores
a 10 kgf/cm²
Classificação
 Turbocompressores
Classificação
 Turbocompressores
Órgãos
 Os compressores centrífugos são constituídos
essencialmente de uma entrada, ou distribuidor, de
um ou mais impulsores, ou rotores, providos de pás
e montados sobre um eixo comum, e de uma caixa
coletora, amortecedora, ou difusor.
Órgãos
 Distribuidor (D)
o Guia o fluido de maneira uniforme para os canais móveis do rotor;
o Forma troncônica, com o raio da base menor igual ao raio interno
do rotor;
o Usado para reduzir o atrito na entrada, as vezes é dotado de
palhetas diretrizes que podem ser fixas ou móveis.
Órgãos
 Rotor (R)
o É constituído de uma série de canais fixos entre si que giram em
torno de um eixo;
o Ao entrar no rotor a velocidade absoluta do fluido é a resultante
das velocidades tangencial e relativa;

u = velocidade tangencial do rotor


w = velocidade do fluido em relação ao rotor
c = velocidade absoluta do fluido
Órgãos
 Rotor (R)
o O espaço compreendido entre os raios interno e externo é
denominado de coroa;
o Pode ser construído em metal fundido (turbocompressores) ou
simplesmente em chapa cravada ou soldada (ventiladores);
Órgãos
 Rotor (R)
Órgãos
 Rotor (R)
o Em alguns casos é interessante dobrar o número de pás na
saída do rotor;

o De um modo geral, é sempre aconselhável o maior número


possível de pás:
Tipo z
Pás curvadas para trás 14 a 40
Pás curvadas para frente 32 a 66
Pás radiais 10 a 20
Órgãos
 Difusor (C)

o Transforma a energia cinética atribuída ao fluido pelo


rotor em energia de entalpia;

o Pode ser dos seguintes tipos:


• Coroa de palhetas diretrizes;
• Anel diretor liso;
• Caixa coletora amortecedora.
Órgãos
 Difusor (C)
o Coroa de palhetas diretrizes
• Constitui-se de uma série de palhetas formando canais
divergentes
Órgãos
 Difusor (C)
o Anel diretor liso
• É formado por duas paredes divergentes colocadas no
prolongamento da periferia do rotor;
Órgãos
 Difusor (C)
o Caixa coletora amortecedora
• Caixa coletora com largura variável;
Limites Operacionais
 Restrições impostas ao funcionamento

 São eles:
o Limites de rotação;
o Limite de “surge”;
o Limite de Stonewall.
Limites Operacionais
 Limites de rotação

o A rotação máxima é definida em função do nível de


esforços a que é submetido o conjunto rotativo;
o A rotação mínima deve se situar acima da 1°
velocidade critica de vibração;
o De acordo com o standard 617 do API, esses limites
devem corresponder respectivamente a 105% da maior
rotação e 85% da menor rotação requeridas pelas
condições especificadas para a máquina.
Limites Operacionais
 Limite de “surge”

o Caracterizado pela instabilidade do ponto de operação,


ocorre quando a vazão que o sistema se mostra capaz
de absorver é inferior a certo valor mínimo;

o Manifesta-se através de oscilações de vazão e


pressões do sistema em geral acompanhadas de forte
ruído e intensa vibração do compressor, podendo levar
rapidamente a uma falha mecânica.
Limites Operacionais
 Limite de “surge”
Limites Operacionais
 Limite de Stonewall

o Ocorre quando a vazão é elevada a ponto de a


velocidade do escoamento atingir o valor sônico em
algum ponto no interior do compressor (usualmente na
entrada das pás do impelidor);

o O resultado prático é a impossibilidade de aumentar a


vazão a partir desse ponto, alem de uma acentuada
queda na eficiência do processo de compressão.
Limites Operacionais
 Limite de Stonewall
Controle de Capacidade
 É utilizado para manter constante o valor de uma
variável de processo mediante atuação no compressor;
 A variável controlada é quase sempre escolhida entre a
pressão de sucção, a pressão de descarga e a vazão
mássica;
 Os métodos mais empregados são:
o 1°) Variação da rotação;
o 2°) Estrangulamento na sucção;
o 3°) Mudança no ângulo das pás guias.
Controle de Capacidade
 Variação de rotação

o É o método mais utilizado, exceto quando o acionador


é um motor elétrico de corrente alternada;
o Comparativamente, os compressores centrífugos
mostram grande sensibilidade da vazão às variações
de rotação e isso é favorável pois permite que os
acionadores operem em condições de elevada
eficiência e em uma faixa a salvo das velocidades
críticas de vibração;
Controle de Capacidade
 Estrangulamento na sucção

o É o método mais utilizado quando o acionador do


compressor apresenta qualquer dificuldade com
relação a variação de rotação;
o O controle se realiza através da atuação em uma
válvula instalada na tubulação de sucção do
compressor;
Controle de Capacidade
 Mudança do ângulo das pás guias

o Alguns compressores centrífugos possuem, na entrada


do 1° estágio (distribuidor), um dispositivo de pás fixas
com ângulo de orientação variável no sentido de
produzir uma pré rotação do escoamento e obter assim
variação da capacidade;

o Conforme a pré-rotação seja no mesmo sentido da


rotação ou em sentido contrário, haverá
respectivamente diminuição ou aumento da energia
transferida ao gás
Controle Anti-Surge
 Impedir que o compressor seja levado a uma condição
de operação instável devido a uma redução na vazão
requerida pelo sistema;
 É empregado tradicionalmente um esquema de
recirculação;
Performance
 Vazão de operação

Va  c1m .D1.l1.h Va  c2m .D2 .l2 .h


Performance
 Rendimento volumétrico ou por jogo hidráulico

o Depende essencialmente de seu acabamento e limites


de pressão;
o É a relação entre as vazões mássicas de fluido
comprimido que deixa o compressor e a que passa
pelo rotor;
m
h 
m  m '
• m’ = vazão mássica de gás que fica circulando no
interior do compressor em consequência das
diferenças de pressão.
Performance
 Rendimento volumétrico ou por jogo hidráulico
Performance
 Rendimento adiabático

wk
k 
wi

H 3 ' H1
k 
H 3  H1
Performance
 Rendimento mecânico

o Usado para compensar as perdas mecânicas por atrito


que se verificam entre os órgãos moveis:

• Mancais;
• Vedação;
• Retentores;
• Gaxetas
Performance
 A título de orientação podem-se adotar os seguintes
valores:

Ventiladores Compressores
Rendimentos
Pequenos Grandes Pequenos Grandes
Adiabático 0,70 0,90 0,70 0,85
Mecânico 0,85 0,95 0,85 0,95
Hidráulico 0,70 0,90 0,70 0,90
Performance
 Potência consumida

 m a .wk
We 
 h . k . m

 k 1

 pd 
.R.T1.    1

k
k
wk 
k 1  ps  
 
Performance
 Potência consumida
Performance
 Potência consumida
o Pela variação da quantidade de movimento angular:
         
Q  r2  m.c2  r1  m.c1  T .t  r2  m.c2  r1  m.c1
o Como o movimento é no plano e a quantidade de movimento que
causa torque é a tangencial:

W  T .  W  .r2 .m .c2u  .r1.m .c1u


W
W  u2 .m .c2u  u1.m .c1u   u2 .c2u  u1.c1u
m
wk / estágio  u2 .c2u  u1.c1u
Performance
 Potência consumida
o Pela variação da energia cinética entre a entrada e a saída do
impelidor:

c2  c1 u2  u1 w1  w2
2 2 2 2 2 2
wk / estágio   
2 2 2
Performance
 Grau de reação
o O grau de reação de um impelidor é definido como:

aumento de entalpia estática no rotor



aumento de entalpia estática no estágio
o σ = 0  não há aumento de entalpia estática no impelidor;
o σ = 0,5  50 % do aumento da entalpia estática do estágio acorre
no impelidor;

o Para se obter elevada eficiência, é aconselhável trabalhar com


impelidores de alto grau de reação.
Bibliografia
• COSTA, Enio Cruz da. Compressores. São Paulo:
Edgard Blucher, 1978.

• RODRIGUES, Paulo Sergio Barbosa. Compressores


Industriais. Rio de Janeiro: EDC, 1991.

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