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CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE

GERAÇÃO EÓLICA

MÓDULO III – COMPONENTES DE UMA


TURBINA EÓLICA E SUA CLASSIFICAÇÃO
SUMÁRIO

1. Componentes principais de um sistema eólico.

2. Detalhes de um aerogerador de eixo horizontal.

3. Classificação das turbinas eólicas.

4. Espaçamento entre turbinas.

Anexo I - Características de Aerogeradores Enercon E-48 e E-70.


Responsável por transformar a energia
Rotor cinética dos ventos em energia
mecânica por meio da rotação do eixo.
Responsável por transmitir a energia
mecânica entregue pelo eixo do rotor
até o gerador. Alguns aerogeradores
Transmissão - caixa multiplicadora
não possuem caixa multiplicadora.
Neste caso, o eixo do rotor está no
mesmo eixo do rotor.

Responsável pela conversão da energia


Gerador elétrico
mecânica em energia elétrica.

Responsável pela orientação do rotor,


Mecanismo de orientação e controle controle de velocidade, controle de
carga, etc...
Responsável pela sustentação e
Torre posicionamento do rotor na altura
conveniente.
Pás do rotor: capturam a energia do vento e a convertem em energia
rotacional no eixo;
Eixo: transfere a energia rotacional para o gerador;
Nacele: é a carcaça que abriga:
caixa de engrenagens: aumenta a velocidade do eixo entre o cubo do
rotor e o gerador;
gerador: usa a energia rotacional do eixo para gerar eletricidade via
eletromagnetismo;
unidade de controle eletrônico (não mostrada): monitora o sistema,
desliga a turbina em caso de mau funcionamento e controla o
mecanismo de ajuste para alinhamento da turbina com o vento;
controlador (não mostrado): move o rotor para alinhá-lo com a direção
do vento;
freios: detêm a rotação do eixo em caso de sobrecarga de energia ou
falha no sistema.
Torre: sustenta o rotor e a nacele, além de erguer todo o conjunto a
uma altura onde as pás possam girar com segurança e distantes do
solo;
Equipamentos elétricos: transmitem a eletricidade do gerador através
da torre e controlam os diversos elementos de segurança da turbina.
1 – pás do rotor; 2 – cubo do rotor; 3 – nacele; 4 – mancal do rotor; 5 – eixo do rotor;
6 – caixa de velocidades; 7 – freio de disco; 8 – eixo do gerador; 9 – gerador; 10 – radiador de arrefecimento;
11 – anemômetro e sensor de direção; 12 – sistema de controle; 13 – sistema hidráulico; 14 – mecanismo de orientação direcional;
15 – mancal do mecanismo de orientação direcional; 16 – cobertura da nacele; 17 – torre.

O eixo principal tem dois rolamentos para facilitar uma


possível substituição da caixa de velocidades.
http://www.portal-energia.com/parques-eolicos/ Aerogerador: ECOTECNIA/ALSTOM
SUPORTE ESTRUTURAL - TORRE

Material: concreto, aço

Tubular
Estaiada
Treliçada
MONTAGEM
ROTOR: PÁS e CUBO

Tipos:
• rígido
• balanço
• com dobradiças

CUBO
Função: conectar as pás ao eixo principal.
EIXO PRINCIPAL
MULTIPLICADOR DE VELOCIDADE - ENGRENAGENS

Função: transferir torque de um eixo ao outro, e aumentar a velocidade no eixo do


gerador elétrico.

Gear box

Material: aço
Devido a aspectos financeiros e operacionais (peso e custo) o gerador elétrico deve
funcionar com alta velocidade de rotação.

Em virtude de questões mecânicas (vibração e empuxo) a velocidade de rotação do


rotor da turbina eólica deve ser limitada entre 15 a 200 rpm.
Para turbinas de grande porte a relação de transformação é da ordem de 40.
RELAÇÃO DE MULTIPLICAÇÃO

Potência: Q11  Q22


A razão entre as velocidades das duas engrenagens 1/ 2 é inversamente
proporcional ao número de dentes de cada engrenagem, N1/N2. Este último
proporcional ao diâmetro da engrenagem.

1 N 2
Sistema de engrenagens

 k1
 2 N1 J1
1 k2
n J2
J – inércia
K – rigidez
n – razão entre as velocidades dos eixos 1 e 2 – engrenagens
Q – torque
 - rotação
SISTEMA DE TRANSMISSÃO (gearboxes)

SISTEMA PLANETÁRIO

EIXOS PARALELOS
SISTEMA DE FREIOS

Função: parar a turbina ou


deixá-la estacionada quando
não estiver operando.

Localização: na caixa de engrenagens ( do lado de alta ou baixa velocidade).


No eixo de alta velocidade - em ambos os lados do gerador elétrico
CONTROLE DE GUINADA – YAW CONTROL

Função: colocar as pás sempre


alinhadas com a direção do vento
(direção perpendicular a área
formada pelo giro das pás do rotor)

Tipos de mecanismo: ativo e livre

Consiste: motor elétrico, engrenagens para redução de velocidade.

O mecanismo é controlado usando um sinal de erro como entrada. Este sinal


é monitorado por um sensor de direção (leme)
ESTRUTURA PRINCIPAL E NACELE

Nacele : compartimento que aloja os principais componentes ( exceto rotor) da


turbina. Inclui estrutura principal e cobertura.

Estrutura principal: estrutura na qual a caixa de engrenagens, o gerador e os


freios são fixados. Proporciona uma estrutura rígida para manter os
equipamentos alinhados. Também proporciona um ponto de fixação dos
rolamentos do mecanismo de guinada, que por sua vez é montada no topo da
torre.
Cobertura da nacele: proteção dos equipamentos contra o sol, a chuva, gelo e
neve.
Material: fibra de vidro.

A altura deve ser tal para permitir entrada de técnicos para dar manutenção.
NACELE

compartimento que aloja os


principais componentes ( exceto
rotor) da turbina. Inclui estrutura
principal e cobertura.
NÚMERO DE PÁS

Turbina de uma pá, cuja largura da mesma


seja igual a largura da turbina de duas pás,
terá um velocidade específica ótima duas
vezes maior do que a turbina de duas pás

Turbina de duas pás, cuja largura das


mesmas seja igual a largura da turbina de
três pás, terá uma velocidade específica
ótima 2/3 maior que a turbina de três pás.

Na teoria, quanto maior a quantidade de pás,


maior a eficiência da turbina. Todavia, o
número grande de pás pode interferir uma
na outra, tornando este modelo de turbina
menos eficiente que as demais.
EFEITO DO NÚMERO DE PÁS
O número de pás é visto em função da solidez das mesmas. A solidez (S) é definida como
a fração sólida da área varrida pelas pás do rotor.

Área sólida das Pás


Solidez  S 
Área formada pela rotação das Pás
Vr = velocidade Tangencial - ponta da pá – [m/s]

Vr =  x R ( Raio da pás em metros) A velocidade específica ótima (que maximiza o


Cp) depende da largura e do número de pás.
Velocidade angular
Velocidade Tangencial (ponta da pá)
Vr
RV 
V1 Velocidade do vento não modificado

Razão da velocidade de ponta de pá ou velocidade


específica []
Afinal, qual o número ideal de pás?

Turbina com número par de pás


apresenta problemas de estabilidade
em máquinas de estrutura rígida.

http://www.windpower.dk/tour
TURBINAS DE EIXO HORIZONTAL

Fonte: Godfrey B. , 1996


TURBINA DE EIXO VERTICAL - ROTOR DARRIEUS

Fonte: Godfrey B. , 1996


Tamanho Diâmetro do Rotor [m] Área do Rotor [m2]
Pequeno até 16 até 200
Médio de 16 a 45 de 200 a 1.600
Grande >45 >1.600

Tamanho Potência Instalada [kW]


Pequeno Até 80
Médio de 81 a 500
Grande >500
POTÊNCIA ÚTIL

Potência do vento extraída pelo aerogerador é transformada em


eletricidade.

PMEC  P.Cp
PMEC = Potência mecânica
P = Potência extraída do vento
PMEC  P.B .A
Cp = Coeficiente de Potência
Cp  B .A
Pel  P.C p . B = eficiência teórica;
A = rendimento aerodinâmico (pás);

Pel  P.C p . M .G

  M .G
Pel = Potência elétrica;
M = eficiência do multiplicador de velocidade;
G = eficiência do gerador elétrico.
CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE
GERAÇÃO EÓLICA

ANEXO I: CARACTERÍSTICAS DE
AEROGERADORES ENERCON E-48 E-70

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