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MÁQUINAS ELÉTRICAS

Denilson Machado / Wesley Rodrigues


MOTOR DE

CORRENTE ALTERNADA
SPLIT - PHASE
GAIOLA DE
ESQUILO CAP. PARTIDA
ASSÍNCRONO CAP. PERMANENTE

ROTOR CAP. 2 VALORES


MONOFÁSICO BOBINADO
PÓLOS SOMBREADOS
SÍNCRONO
MOTOR C.A. REPULSÃO
UNIVERSAL

ASSÍNCRONO RELUTÂNCIA

HISTERESE
TRIFÁSICO

SÍNCRONO DE GAIOLA

DE ANÉIS

IMÃ PERMANENTE

PÓLOS SALIENTES

PÓLOS LISOS
CONCEITOS BÁSICOS
CAMPO GIRANTE TRIFÁSICO
MOTOR CA
Neste tipo de motor, o fluxo magnético do estator é gerado nas bobinas
de campo pela corrente alternada da fonte de alimentação monofásica
ou trifásica, portanto trata-se de um campo magnético cuja intensidade
varia continuamente e cuja polaridade é invertida periodicamente.
Quanto ao rotor, há dois casos a considerar:

Motores Síncronos

No motor síncrono, o rotor é constituído por um ímã permanente ou


bobinas alimentadas em corrente contínua mediante anéis coletores.
Neste caso, o rotor gira com uma velocidade diretamente proporcional
a freqüência da corrente no estator e inversamente proporcional ao
número de pólos magnéticos do motor.
MOTOR CA
São motores de velocidade constante e constitui-se a sua principal
aplicação. São utilizados somente para grandes potências devido ao seu
alto custo de fabricação.

A seguinte equação define a velocidade síncrona nS deste tipo de motor:

nS = 120.f / P
Onde:
nS: velocidade síncrona (rpm)
f: freqüência da corrente do rotor (Hz)
p: número de pólos magnéticos do motor.
SÍNCRONO
Vantagens:
• Nos motores com rotor bobinado, a excitação do campo
permite auxiliar no controle do Fator de Potência da rede.
• São mais econômicos para elevadas potências e baixas
velocidades
• Apresentam bom rendimento mesmo com baixas cargas.
• Para baixas velocidades (maior número de pólos), tem
menor peso que o equivalente de Indução.
• Nos motores com rotor de imã permanente, a eletrônica
para variação e controle de velocidade é mais simples e
barata.
SÍNCRONO
Desvantagens:
• Elevado custo de aquisição.
• Devido a alta inércia do rotor, a entrada em
sincronismo é dificultada, e se fazem necessários
sistemas auxiliares de partida.
• Cuidados especiais com o enrolamento de campo, na
partida e na sincronização com a rede.
• O enrolamento de campo necessita de corrente
contínua.
• Exigem mais manutenção que os motores de indução.
Tipos de Motores
ASSÍNCRONOS
No motor assíncrono ou de indução, o rotor possui vários condutores
conectados em curto-circuito no formato de uma “gaiola de
esquilo”, conforme mostra a figura a seguir. O rotor pode também
ser bobinado (veja figura abaixo).
ASSÍNCRONOS
O campo magnético variável no estator, induz correntes senoidais nos

condutores da gaiola do rotor. Essas correntes induzidas, por sua vez,

criam um campo magnético no rotor que se opõe ao campo indutor do

estator (Lei de Lenz). Como os pólos de mesmo nome se repelem,

então há uma força no sentido de giro no rotor. O rotor gira com uma

velocidade n um pouco inferior à velocidade síncrona, isto é, a

velocidade da corrente do campo. Como é um pouco inferior, diz-se

que esse motor é assíncrono, isto é, sem sincronia.


ASSÍNCRONOS
Após a partida, não há mais a necessidade do enrolamento auxiliar, pois

a própria inércia do rotor compõem forças tais que mantém o giro.


ASSÍNCRONOS
A diferença em valores percentuais entre a velocidade síncrona e a
velocidade do motor de indução chamamos de escorregamento,
simbolizada pela letra S. O escorregamento dos motores de indução é
variável em função da carga a ser acionada pelo motor, ou seja, é
mínimo a vazio (sem carga) e máximo com a carga nominal. O
escorregamento S dos motores de indução é expresso através da
seguinte equação:

S = [(ns – n)/ns] x 100


Onde:
n: velocidade do eixo do motor (rpm)
ns: velocidade síncrona (rpm)
ASSÍNCRONOS
Nota-se através das equações que a velocidade dos motores

síncronos e assíncronos pode ser controlada através do ajuste do

valor da freqüência da corrente nas bobinas do estator. Este tipo de

acionamento é realizado através de um conversor estático de

freqüência. Ao contrário dos motores síncronos e de corrente

contínua; o motor assíncrono ou de indução é largamente utilizado

nas indústrias pela sua simplicidade construtiva, pouca manutenção

e baixo custo. Os motores de indução podem ser monofásicos ou

trifásicos:
Motor de Indução Trifásico
de Rotor Gaiola de Esquilo
Histórico:
• Concepção independente por Nikola Tesla
(USA) e Galileu Ferrari (Itália) em 1894.
Evolução:
• Materiais magnéticos
• Isolantes
• Sistema de refrigeração
• Processos de cálculo
Tipos de Motores
Motor de Indução
Trifásico de Gaiola
Vantagens:
• Robusto, exige pouca manutenção
(única parte móvel sujeita a desgaste
são os mancais de rolamentos).
• Baixo custo de aquisição.
• Aceita bem as variações de carga
Tipos de Motores
Motor de Indução
Trifásico de Gaiola
Desvantagens:
• Altas correntes na partida.
• Baixo Fator de Potência e Rendimento
com pouca carga.
• Para utilização em velocidade variável,
necessita de variação no número de pólos,
ou variação da freqüência de alimentação.
Tipos de Motores
Motor de Indução Trifásico de Gaiola
Características Construtivas
Estator
• Pacote do Núcleo ferromagnético
• Isolação das ranhuras
• Bobinagem
• Carcaça
• Tampas
• Calota de proteção do ventilador
• Acessórios

Tipos de Motores
ESTATOR

Pacote de lâminas Pacote isolado Estator bobinado


(condutor magnético)

Tipos de Motores
Motor de Indução Trifásico de Gaiola
Características Construtivas
Rotor
• Pacote do Núcleo ferromagnético
• Gaiola (Alumínio, Cobre, Latão)
• Eixo
• Chaveta
• Rolamentos
• Ventilador

Campo Girante Tipos de Motores


ROTOR DE
GAIOLA DE ESQUILO

Pacote de lâminas Gaiola Rotor


(condutor magnético) (condutor elétrico) (pacote + gaiola)

Tipos de Motores
TRIFÁSICO DE INDUÇÃO

Tipos de Motores
ASSÍNCRONOS
Motores de Indução Trifásicos
É um motor elétrico de pequena, média ou grande potência que não
necessita de circuito auxiliar de partida, ou seja, é mais simples, menor,
e mais leve que o motor de indução monofásico de mesma potência,
por isso apresenta um custo menor. As figuras abaixo e da página
seguinte mostra o princípio de funcionamento do campo girante.
ASSÍNCRONOS

O motor de indução trifásico comumente usado no Brasil apresenta


seis terminais acessíveis, dois para cada enrolamento de trabalho Et
e, a tensão de alimentação destas bobinas é projetada para 220V. Para
o sistema de alimentação 220/127V-60Hz este motor deve ser ligado
em delta e para o sistema 380/220V-60Hz o motor deve ser ligado
em estrela conforme mostra a figura a seguir.
ASSÍNCRONOS

Para a inversão no sentido de rotação nos motores de indução trifásicos


basta inverter duas das conexões do motor com as fontes de
alimentação.
A potência elétrica PE absorvida da rede para o funcionamento do
motor é maior que a potência mecânica PM fornecida no eixo
especificado pelo fabricante, pois existe um determinado rendimento η
do motor a ser considerado, isto é: η = PM / PE = PM / √3 VL . IL . FP
ASSÍNCRONOS
A potência mecânica no eixo PM do motor (em W) está relacionada

com o momento de torção M ou conjugado (em N×m) e com a

velocidade do rotor n (em rpm) através da seguinte operação.

PM = (2π/60).n.M

A figura a seguir nos mostra as curvas do torque do motor, torque da

carga e da corrente absorvida pelo mesmo ambas em função da

velocidade do rotor.
ASSÍNCRONOS
ASSÍNCRONOS
Sem acionar nenhuma carga no eixo, a vazio, o motor fornece uma

pequena potência mecânica somente para vencer o atrito por ventilação

e nos mancais. O torque do motor neste caso é próximo de zero, a

corrente io também é mínima e a velocidade do rotor é máxima no mas

inferior a velocidade síncrona nS.

O motor ao acionar uma carga nominal em seu eixo a corrente aumenta

para o valor nominal iN e a velocidade diminui até o valor nominal nN

onde temos a igualdade de torque, isto é, torque do motor é igual ao

torque de carga.
ASSÍNCRONOS
Podemos aumentar a carga no eixo do motor (torque de carga) além da

carga nominal, procedimento que compromete a vida útil da máquina,

até o ponto onde o torque do motor é máximo MM e, a velocidade do

motor irá diminuir para nK e a corrente irá aumentar para iK.

Observe que na partida, velocidade igual a zero, o motor de indução

absorve uma corrente muito elevada iP da ordem de até dez vezes a

corrente iN e seu torque de partida é baixo MP dificultando com isso o

acionamento de cargas que necessitam de um alto torque para partirem,

como por exemplo: esteiras transportadoras carregadas.


ASSÍNCRONOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MOTORES:

Os dados de placa servem para identificar o motor e dar suas

características principais, e compõem-se, geralmente, de:

a) Potência Nominal: é a potência que o motor pode fornecer dentro

de suas características nominais (Watts , CV ou HP);

b) Tensão nominal: é a tensão da rede para o qual o motor foi

projetado, suportando uma variação de 10% ( em Volts);

c) Freqüência nominal: é a freqüência do sistema elétrico para o qual

o motor foi projetado, permitindo uma variação de 5% (em Hz);


ASSÍNCRONOS
d) Corrente nominal: é a corrente absorvida quando o motor funciona

em potência nominal (em A);

e) Fator de Serviço: é o fator aplicado à potência nominal que indica a

máxima sobrecarga permissível continuamente. É comum um fator de

serviço de 1,25 – isto é – admite uma sobrecarga de 25% acima da

potência nominal ( em motores pequenos);

f) Grau de Proteção: indica o grau de proteção que esse motor tem

contra poeira, água, limalha de ferro, gases, com ventilação

prejudicada e outros resíduos industriais;


ASSÍNCRONOS
g) Letra-Código: muitos fabricantes fornecem uma letra-código

indicando a relação entre corrente nominal com rotor bloqueado sob

tensão nominal. Com isso fornece uma relação aproximada entre os

KVAr consumidos por CV de potência com o rotor bloqueado.

h) Velocidade nominal: indica a velocidade em rpm em condições

nominais;

i) Identificação do fabricante: nome, marca e endereço do fabricante;

j) Formas de ligação: indica por meio de esquemas e números a forma

de se ligar o motor.
ASSÍNCRONOS
ASSÍNCRONOS
ASSÍNCRONOS
A tabela a seguir mostra as características nominais de motores trifásicos de indução,
1800 rpm, 60 Hz, da WEG, que serve como exemplo de dados que o fabricante
normalmente disponibiliza para o projeto de motores.

Observe que:
Ao aumentar a potência, diminue-se o fator de serviço e o escorregamento, mas aumenta-se o rendimento e o fator de
potência melhora.
ASSÍNCRONOS
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
Ao contrário do que se possa imaginar, um motor é projetado para trabalhar em condições
de ambiente conhecidas (Temperatura, altitude, tipo de ambiente) e específicas. Assim, não
é qualquer temperatura, qualquer altitude, qualquer ambiente que todos os motores podem
trabalhar. Devemos levar em conta essas variáveis na hora de escolher o motor.
a) Altitude:
Acima de 1000 metros os motores apresentam problemas de aquecimento causados pela
rarefação do ar, e conseqüentemente problemas de arrefecimento. Com isso aumentam as
perdas, e diminui a potência máxima fornecida. Como regra geral, a capacidade de um
motor reduz 1% a cada 100m acima de 1000m.

b) Temperatura ambiente:
Temperaturas altas, acima de 40º C, dificultam o esfriamento do motor, aumentam as
perdas e diminui a potência fornecida, podendo danificar o isolamento das bobinas.
Temperaturas baixas (-20º C) apresentam problemas de excessiva condensação interna e
formação de gelo nos mancais provocando o endurecimento de graxas ou lubrificantes.
ASSÍNCRONOS
c) Ambientes Agressivos:
Os motores que irão trabalhar em ambientes agressivos precisam ser fabricados levando em
conta o tipo de agressão que irão sofrer (poeira, cavacos, água). A ABNT fixou os graus de
proteção dos motores através da norma NBR 6164, em dois tipos:
a) Contra o contato de corpos sólidos às partes vivas e móveis;
b) Contra a penetração de água no interior do invólucro (danoso ao funcionamento);
Para isso, confeccionou-se um código composto de 2 algarismos A e B e da palavra código P.

I P-AB O valor de B pode ser:


O valor de A pode ser:
0 Sem proteção
1 Pingos de água na vertical
0 Sem proteção
2 Pingos de água até a inclinação de 15 o na vertical
1 Proteção contra objetos sólidos maiores que 50 mm
3 Água de chuva até a inclinação de 60 o na vertical
2 Proteção contra objetos sólidos maiores que 12 mm
4 Projeções de água de todas as direções
3 Proteção contra objetos sólidos maiores que 2,5 mm
5 Jatos de água de todas as direções
4 Proteção contra objetos sólidos maiores que 1,0 mm
6 Água de vagalhões
5 Protegido contra poeira
7 Imersão temporária
8 Imersão permanente
ASSÍNCRONOS
d) Motores à prova de Intempéries:
Motores que são para uso naval e que trabalham expostos à chuva, à maresia, etc. apresentam
a letra W após as letras I P. Ex.: IPW55.

e) Motores totalmente fechadas e sem ventilação:


Destinados à trabalhar em ambientes confinados e de pouca ventilação (em estufas, em
máquinas têxteis).

f) Motores à prova de explosão:

São destinados à trabalharem em ambientes perigosos, de tal forma que, caso o motor
exploda, não cause centelhas ou chamas para fora do mesmo. Sua temperatura externa deve
ser muito baixa de tal maneira que inflame a mistura que há no ambiente.
ASSÍNCRONOS
SELEÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS
a) Introdução:
A seleção de motores elétricos leva em conta diversos elementos, dando-se destaque às
exigências da carga. Deve-se levar em conta:
· tipo de motor
· conjugado
· tensão de alimentação
· fator de serviço
· custo inicial
· capacidade da rede
· necessidade ou não de correção de fator de potência
· conjugado requerido
· necessidade ou não de regulação de velocidade
· tipo de ambiente (umidade, poluição, ambiente corrosivo, etc.)

O motor assíncrono de indução é o mais empregado em qualquer aplicação industrial,


devido a sua construção robusta e simples, além de ser a solução mais econômica. Usamos
o motor de indução com rotor bobinado em aplicações onde é necessário partidas com
carga pesada (alto conjugado de partida), acionamento com velocidade ajustável ou onde é
necessário uma baixa corrente de partida.
ASSÍNCRONOS
b) Relação entre Conjugado e Potência

Quando a energia é aplicada sob a forma de movimento rotativo, a

potência depende do conjugado C e da rotação em rpm. Conhecendo-

se o conjugado e a rotação, podemos determinar a potência em CV ou

Watts do motor, isto em regime permanente. Com isso garantimos que

o motor possui potência suficiente para manter o motor em movimento

com a carga mecânica aplicada no eixo. Muitas vezes o conjugado

nominal da máquina é apenas estimado, e para isso se faz um ajuste

prático na escolha do motor.


ASSÍNCRONOS
c) Aspectos Mecânicos e Elétricos que devem ser levados em conta

Conjugado de Partida:

É o conjugado necessário para vencer a inércia do motor (às vezes com


carga mecânica conectada) e produzir movimento. É necessário que o
conjugado de partida do motor seja sempre superior ao conjugado
resistente (da carga mais o peso próprio do eixo).

Conjugado de Aceleração:

É o conjugado necessário para acelerar a carga até a velocidade


nominal. O conjugado motor deve sempre ser maior que o conjugado
resistente entre todos os pontos desde zero até a rotação nominal. No
encontro das curvas, temos a rotação nominal do motor (ou bem
próximo).
ASSÍNCRONOS

Conjugado Nominal:
É o conjugado necessário para mover a carga em condições nominais
de rotação. O conjugado motor deve ser capaz de suprir a
necessidade da carga acoplada ao seu eixo.
ASSÍNCRONOS
Tensão / Freqüência:

Deve-se sempre observar a tensão de alimentação, o tipo de conexão

(Y/D), a freqüência da rede, e se o motor possui algum método de

partida.

Características Ambientais:

Em ambientes não contaminados, secos, com boa refrigeração

natural e em altitudes médias, sem respingos de líquidos ou sólidos,

não há a preocupação quanto à escolha da proteção externa do motor.


ASSÍNCRONOS
Caso algumas dessas variáveis seja diferente do normal, devemos

levar em conta a especificação do fabricante. Portanto, o motor

deve ser capaz de:

· Acelerar a carga em tempo suficientemente curto (não ser muito

lento para acelerar, nem muito rápido);

· Funcionar em regime permanente sem elevar a sua temperatura e

nem sua corrente nominal;


ASSÍNCRONOS
· Trabalhar sob a potência nominal, onde o rendimento é máximo,

praticamente todo o tempo de operação. Um motor trabalhando com

folga (sobre dimensionado) é perda de energia na certa, uma vez que

seu rendimento diminui. Às vezes, por falta de conhecimento, se

sobre dimensiona o motor, porém é indesejável que isto aconteça.

· Não ficar ligando e desligando em períodos muito curtos (5

minutos, por exemplo), pois isto representa uma diminuição da vida

útil do motor e um consumo muito grande de energia (na partida a

corrente é muito alta).


ASSÍNCRONOS
Conjugado Requerido Características
Tipo de Carga Tipo de Motor
Partida Aceleração da Carga
Bombas Bombas Condições de partida fácil, tais
Centrífugas Centrífugas Valores máximos como: engrenagem
Motor de Indução com
Ventiladores Ventiladores entre 200% intermediária, baixa
conjugado e
Furadeiras Furadeiras e 250% do inércia ou uso de
corrente de
Compressores Compressores valor acoplamentos especiais
partida normais
Retificadoras Retificadoras nominal que simplifiquem a
Trituradoras Trituradoras partida
Conjugado de partida Alto para Conjugado de partida
Compressores Compressores vencer elevada inércia. Alto para vencer
Valores
Carregadores Carregadores Cargas que não exigem elevada inércia.
máximos
Alimentadores Alimentadores sobrecargas durante a Cargas que não exigem
não maiores
Laminadores de Laminadores de operação normal sobrecargas
que 2 vezes
barras barras durante a
operação normal
Ventiladores Conjugado que aumenta com a
Queimadores de velocidade e cargas que
Entre 1 e Entre 1 e
óleo podem solicitar picos Motor de
1,5 vezes o 1,5 vezes o
Máquinas intermitentes de Indução com
conjugado conjugado
ferramenta conjugado acima do fase dividida
nominal nominal
Bombas nominal
centrifugas
Ventiladores 0,1 do Partida extremamente leve e Motor monofásico com
sem picos de
montados no conjugado funcionamento contínuo capacitor
carga
eixo nominal permanente
Cargas intermitentes, com Motor de Indução com
paradas freqüentes e conjugado alto e
Motor Requer 2 a 3
3 vezes o reversão da rotação. corrente de
monofásico com vezes o
conjugado partida normal e
capacitor conjugado
nominal alto
permanente nominal
Escorregamento (+de
5%)
ASSÍNCRONOS
Conjugado Requerido Características
Tipo de Carga Tipo de Motor
Partida Aceleração da Carga

Máquinas Motor de Indução com


varia de 1 ou 2 vezes
ferramentas Exigem velocidades conjugado alto e
0,5 a 3 o conjugado
Misturadores variáveis corrente de partida
vezes nominal
Transportadores normal

Compressores
Bombas Condições
Picos que Conjugado alto e pequena
Máquinas de partida Motor de Indução com
não excedem corrente de partida,
Ferramentas difíceis (2 capacitor de
a 2 vezes o velocidade constante,
Transportadores a 3 vezes o partida
nominal e freqüentes paradas
Compressores de nominal)
Ar

Conjugado alto e pequena


Bombas d’água Picos que corrente de partida,
Fração do velocidade constante Motor de Indução com
Máquinas não excedem
conjugado capacitor de dois
Ferramentas a 2 vezes o
nominal valores
Transportadores nominal
ASSÍNCRONOS
Avarias mais freqüentes no motor assíncrono
Avaria Causas prováveis
Marcha trepidante - carcaça mal fixada
- acoplamento mal equilibrado
- condutor de alimentação interrompido
- corpo estranho no entreferro
O motor não arranca - interrupção da alimentação
- as escovas não assentam sobre os anéis
- tensão excessivamente baixa
- interrupção no arrancador
Arranque brusco - resistência demasiado baixa, no arranque (rotor bobinado)
- arrancador parcialmente interrompido ou com contactos queimados
- arrancador mal ligado
- curto-circuito entre espiras do enrolamento do rotor
O motor arranca com dificuldade - tensão na rede muito baixa
- queda de tensão excessiva nos condutores de alimentação
- carga excessiva
- um terminal do motor polifásico está ligado por erro ao neutro
O motor produz um zumbido no - resistências diferentes no reóstato de arranque
arranque - curto-circuito entre espiras do rotor
- interrupção num enrolamento do rotor
Aquecimento excessivo do motor, em - carga excessiva
funcionamento - tensão demasiado elevada (perdas elevadas no ferro)
- tensão demasiado baixa (consumo excessivo de corrente)
- condutor de fase partido (consumo excessivo de corrente)
- interrupção num dos enrolamentos do estator (consumo excessivo de
corrente)
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES

Alguns tipos de motores são construídos para que possam funcionar

com duas, três ou quatro tensões diferentes, podendo assim ser

utilizado um mesmo motor em localidades onde a voltagem da rede

de alimentação tem valores diferentes.

Um motor ligado em triângulo-série pode operar com uma tensão

1,73 vezes superior ao ser conectado em estrela-série, ou vice-versa.


MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES

Ligação série-paralelo
Em determinados casos, é interessante dispor-se o enrolamento do
motor de tal forma que cada fase possa ser ligada a vontade, em série
ou então formando dois circuitos paralelos.
Essa forma de dispor as ligações do enrolamento é conhecida com o
nome de ligação série-paralelo e, é o principal objetivo de tornar
possível que um mesmo motor possa ser utilizado em localidades
com linhas de alimentação de tensões diferentes, sempre que uma das
tensões seja o dobro da outra.
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES

A potência do motor não altera, porque enquanto a tensão de linha

fica reduzida à metade, a intensidade da corrente aumenta o dobro

ou, vice-versa.

A ligação série-paralelo é possível tanto nos enrolamentos em que

suas fases estão agrupadas em estrela, como naqueles motores que

têm as fases agrupadas em triângulo.


MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Ligação de um motor em estrela para duas tensões

Normalmente, nos motores de dupla tensão, a caixa de ligação tem

nove terminais para assegurar a mudança de voltagem o mais rápida

e simples possível.

Internamente, são ligados em estrela os finais das três fases. Cada

fase é dividida em duas metades, ficando aberta a ligação entre essas

duas metades, porque os terminais são levados até a caixa de

ligações. Dos nove terminais, três correspondem às entradas das

fases e os outros seis aos pontos de corte dos centros das fases.
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Para facilitar o trabalho de instalação e alteração da tensão, o

diagrama de ligação é gravado na placa de características, e os cabos

do motor, são fabricados com identificação permanente por meio de

numeração gravada em metal ou por cores codificadas, dando maior

facilidade de seqüência aos diagramas, não permitindo enganos e

possibilitando a troca de ligações com grande rapidez.


Para ligar o motor à tensão maior, liga-se o bobinamento em estrela-
série. Para ligar esse mesmo motor a uma tensão menor liga-se o
enrolamento em estrela-paralelo.
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Motor com ligação triângulo para duas tensões

Neste tipo de ligação as três fases do enrolamento são ligadas

internamente em triângulo e, como no caso anterior, cada fase é

dividida em duas metades, levando até a caixa de ligações nove

terminais, três correspondentes aos vértices do triângulo e os outros

seis aos centros das fases.

Para se ligar o motor à tensão menor, usa-se a ligação triângulo-

paralelo. No caso de usar-se a tensão maior, liga-se o motor na

configuração triângulo-paralelo.
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Enrolamento de motores para quatro tensões

Neste tipo de motores cada fase é dividida em duas metades, ficando

independentes e levando até a caixa de ligações doze terminais, seis

correspondentes aos extremos das três fases e os outros seis a seus

centros.

As duas metades de cada fase podem ser ligadas em paralelo ou em

série e, pode-se agrupar as três fases em estrela ou triângulo, obtém-

se assim quatro combinações diferentes para se poder ligar o motor a

quatro tensões diferentes.


MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Por exemplo, nos motores de 220/380/440/760 volts, o enrolamento é

preparado de forma que possa trabalhar nas diferentes tensões, com

as seguintes ligações:

a) Para 220 volts a ligação entre os meios “enrolamentos”de cada

fase é feita em paralelo e a conexão entre as fases faz-se em

triângulo, resultando assim uma ligação triângulo-paralelo.

b) Em 380 volts a conexão entre os “meios enrolamentos” de cada

fase é feita em paralelo e, a ligação das fases em estrela. Esta

conexão é chamada de estrela-paralelo.


MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
c) Nos 480 volts os “meios enrolamentos”são ligados em série e as

fases em triângulo. A conexão resultante é chamada triângulo-

série.

d) Na tensão de 760 volts ligam-se os “meios enrolamentos” em

série e as fases são agrupadas em estrela, obtendo-se dessa forma

a conexão estrela-série.

Esta disposição das ligações permite que o motor possa quando

ligado em 220 volts, iniciar a partida em estrela-paralelo e ficar

funcionando em triângulo-paralelo.
MOTORES PARA VÁRIAS TENSÕES
Quando ligado em 440 volts, o motor deve partir com o estator

ligado em estrela-série e, após passar a operar ligado em triângulo-

série.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Como as características dos motores assíncronos, com rotor em curto-
circuito, podem ser mudadas variando-se a resistência e a reatância do
rotor e outras grandezas elétricas dos seus circuitos, a ABNT
estabeleceu designações específicas em função da construção do rotor,
ou seja, de acordo com a relação que apresenta entre suas correntes de
arranque e as de sua marcha normal.
Os motores assíncronos com rotor em curto-circuito são assim,
classificados por letras A, B, C, D, E e F.
Classe A
Rotor de alta resistência, conjugado de partida normal e corrente de
partida também normal, baixo deslizamento.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Classe B

Tem rotor de baixa resistência, corrente de partida normal, menor

escorregamento que todos os rotores em curto-circuito, momento de

partida normal. O conjugado máximo de regime e o fator de potência

são ligeiramente menores que os da classe A.

Classe C

Rotor de dupla gaiola de esquilo, corrente de partida reduzida,

poderoso momento de arranque ou elevado conjugado de partida,

baixo deslizamento.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Classe D

Apresenta rotor de elevada resistência, conjugado de partida elevado,

baixa corrente de partida, maior deslizamento do que nos motores

classe B e C e portanto tem maiores perdas durante a operação

normal.

Classe E

Momento de arranque reduzido, corrente de partida normal, baixo

deslizamento.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Classe F

Conjugado de partida baixo, corrente de partida reduzida, baixo

escorregamento.

Observação

Considera-se motor de baixo deslizamento aquele cujo

escorregamento a plena carga for inferior a 5%. Motor de elevado

escorregamento é aquele cujo deslizamento a plena carga for igual ou

superior a 5%, com exceção dos motores das categorias A e B com

10 ou mais pólos que podem ter escorregamento a plena carga > 5%.
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Rotor Bobinado

Este rotor tem resistências no circuito para proporcionar corrente de

partida reduzida e um momento de arranque elevado.

Por meio destas letras é possível determinar a capacidade de corrente

dos equipamentos de proteção dos motores, por isto, as normas

aconselham aos fabricantes colocar a letra pela qual é designado o

rotor, na placa das características do motor.


APLICAÇÃO DOS MOTORES
a) Os motores de classe A são para aplicações gerais. A corrente de

partida é 5 a 7 vezes maior que a de placa. O momento de

arranque é aproximadamente de 150% do nominal. Estes motores

são usados em compressores, bombas, ventoinhas etc.

b) Os do tipo B têm m momento de partida que varia entre 100 a

160% do valor de placa, dependendo da potência e velocidade do

motor a plena carga. A corrente de partida é aproximadamente 5

vezes maior que a nominal. Estes motores podem ser usados

partindo a plena tensão em certas aplicações onde os de classe A


APLICAÇÃO DOS MOTORES
b) obrigariam partida com tensão reduzida. Aplicações típicas:

pequenas serras circulares, sopradores centrífugos, ventiladores

etc.

c) Nos motores de categoria C a corrente de partida é cerca de 4

vezes a corrente nominal. O conjugado de partida tem valor de

aproximadamente 250% do conjugado a plena carga. São os mais

adequados para máquinas que requerem um grande conjugado de

partida como, por exemplo, esteiras rolantes, betoneiras,

britadeiras, grandes máquinas de refrigeração etc.


APLICAÇÃO DOS MOTORES
d) Os motores designados por D possuem um momento de arranque

em torno de 275% do nominal. A corrente de partida é 4,5 a 5

vezes maior que a nominal. São de uso freqüente onde se quer

um forte momento de arranque e uma pequena corrente de

partida, como nos motores para estamparia, elevadores,

ferramentas de grande porte etc.

e) Os motores de categoria E e F são de pouca aplicação, sendo

usados em certas cargas que exigem pequeno momento de

arranque e baixa corrente de partida.


APLICAÇÃO DOS MOTORES
Com o motor de rotor bobinado, associado a um controle adequado,

podem ser conseguidas todas as vantagens dos vários tipos de

motores de rotor em curto-circuito, porém seu custo é mais elevado.

Estes motores são usados onde se requerem um potente conjugado de

arranque ou controle de velocidade. Utilizam-se para laminadores.


EFEITO DA TEMPERATURA
A potência de um motor é limitada pelo calor resultante das perdas
nos enrolamentos e no ferro ativo. A temperatura tolerável está
limitada pela resistência ao calor dos materiais isolantes, assim como
pelo sistema de refrigeração do motor. Na prática, do valor de carga
que o motor pode suportar de um modo contínuo é limitado somente
pela elevação admissível de temperatura, na qual o motor pode
funcionar sem prejudicar seu isolamento.
Devido a diferença na dissipação do calor, as diversas partes de um
motor não trabalham a uma mesma temperatura. A temperatura no
centro da bobina é bem maior que na superfície.
EFEITO DA TEMPERATURA

O ponto central da bobina é denominado “ponto mais quente” e a


temperatura neste ponto é chamada “temperatura do ponto mais
quente”, comumente abreviada para “temperatura do ponto quente”.
É a temperatura do ponto quente que se utiliza para estabelecer a
faixa de serviço de um sistema isolante. Esta temperatura é a soma de
todos os fatores que produzem calor no enrolamento do motor,
porque acima da temperatura máxima permissível os materiais
isolantes perdem sua rigidez mecânica e elétrica.
CLASSES DE ISOLAMENTO
As indicações da classe ou do tipo de isolamento empregado são
expressas na placa de características do motor.
A tabela com as temperaturas que os isolamentos resistem acima da
temperatura ambiente (40 ºC) e as temperaturas máximas em que
podem funcionar as diversas classes de isolamento está mostrada na
tela seguinte.
Como leva um tempo considerável até que a temperatura seja
estabilizada, deduz-se que os motores elétricos suportam
momentaneamente cargas que excedam bastante as cargas contínuas
admissíveis.
CLASSES DE ISOLAMENTO
CLASSE ELEVAÇÃO PERMISSÍVEL MÁXIMA
ACIMA DE 40 ºC PERMISSÍVEL

O 50 ºC 90 ºC
A 65 ºC 105 ºC
E 80 ºC 120 ºC
B 90 ºC 130 ºC
F 115 ºC 155 ºC
H 140 ºC 180 ºC
C Sem limite estabelecido
Todo motor deverá funcionar satisfatoriamente com sua potência e
freqüência de placa, com variação de tensão de +/- 10%, porém não
necessariamente dentro do acréscimo de temperatura previsto. Em outras
palavras, eles puxarão sua carga total dentro de uma temperatura segura. A
vida do enrolamento e do isolamento dependem da temperatura do motor.
CONDIÇÕES DE SERVIÇO DOS MOTORES

As condições usuais de serviço aprovadas por norma são: meio refrigerante

de temperatura não superior a 40 ºC e isento de elementos prejudiciais ao

funcionamento do motor, localização à sombra e altitudes superiores a 1000

metros.

O emprego de motores em meio refrigerante cuja temperatura exceda 40 ºC,

ou exposto diretamente ao sol, ou altitudes superiores a 1000 metros, deverá

ser considerado como especial.


MOTORES TRIFÁSICOS COM CORRENTE
MONOFÁSICA

Os motores construídos normalmente para funcionar em corrente trifásica

podem operar também como motores monofásicos. Porém, a potência do

motor trifásico ao operar com corrente monofásica fica reduzida.

Ligando um capacitor ao motor trifásico pode este trabalhar com corrente

monofásica (fase e neutro). Conectando o capacitor a uma das fases do

motor consegue-se uma defasagem de 90 ºC, necessária para criar o campo

girante, e o motor arrancará com corrente monofásica.


MOTORES TRIFÁSICOS COM CORRENTE
MONOFÁSICA

A capacidade do capacitor tem grande importância para as boas condições de

funcionamento motor. Com um capacitor adequado obtém-se uma potência

de 80% e um binário de arranque de 40% do motor trifásico. A capacidade

do capacitor depende da tensão de serviço, da potência do motor, do

conjugado de partida e do fator de potência.


MOTORES DE CA MONOFÁSICOS

Os motores de CA monofásicos limitam-se a potências de dois a três

HP. Existem muitos tipos e são encontrados em quase todos os lares e

indústrias. Os motores monofásicos são usados em condicionadores

de ar, refrigeradores, máquinas de costura, ventiladores, exaustores e

muitos outros aparelhos domésticos.

Com tantas aplicações, é natural que haja uma grande variedade de

motores monofásicos. Alguns dos tipos mais comuns são os motores

de repulsão, motores universais e motores de indução monofásicos.


MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Esse motor não consegue partir, isto é, acelerar desde a velocidade

zero até a nominal porque não o campo do estator não gira como no

motor trifásico. As forças que atuam nas barras em curto-circuito se

opõem uma à outra, impedindo o giro. Então, na partida, utiliza-se

uma bobina de campo auxiliar, defasada de 90 graus das bobinas de

campo principais, que cria um campo magnético auxiliar na partida.

Assim, o fluxo resultante inicial está defasado em relação ao eixo das

abscissas, e produz um torque de giro (par binário).


MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

É necessário, portanto, de um meio de colocar em movimento o rotor

do motor. Para a produção do conjugado de partida o motor de

indução monofásico necessita de um segundo enrolamento de partida

auxiliar (Ea) defasado de 90º construtivamente do enrolamento de

trabalho (Et), conforme mostra a figura a seguir.


MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

O resultado da ação das correntes nos enrolamentos de trabalho e

auxiliar é um campo magnético girante no estator, que faz o motor

partir. Após a partida o enrolamento auxiliar é desligado através de

uma chave centrífuga que opera a cerca de 75% da velocidade

síncrona. O conjugado de partida, neste caso, é moderado. Para

aumentar o conjugado de partida é usado um capacitor, ligado em

série com o enrolamento auxiliar e a chave centrífuga.


MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Essa técnica é utilizada para cargas de partida difícil, tais como:

compressores, bombas, equipamentos de refrigeração etc. O motor de

indução monofásico comumente usado no Brasil apresenta seis

terminais acessíveis, sendo quatro para os dois enrolamentos de

trabalho Et (1,2,3 e 4), bobinas projetadas para tensão de 127 V, e dois

para o circuito auxiliar de partida (5 e 6), também projetado para a

tensão de 127 V. A figura a seguir mostra o esquema de ligação do

motor de indução monofásico para as tensões de alimentação de 127 e

220 V fase-neutro.
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Neste caso, a máquina apresenta dois ou quatro terminais para as bobinas de


trabalho. Para a inversão do sentido de rotação no motor de indução
monofásico basta inverter as conexões do circuito auxiliar, ou seja, trocar o
terminal 5 pelo 6. No motor com bobina de arraste não é possível inverter o
sentido de rotação. A diferença entre os diversos tipos de motores de indução
monofásicos está justamente no processo usado para o arranque.
MOTOR DE FASE DIVIDIDA

Os motores de fase dividida são geralmente projetados para potência

de ¾ HP ou menos. Dispõem de dois enrolamentos, sendo um de fio

grosso (principal) e outro de fio fino (partida). Os enrolamentos são

dispostos no motor nas mesmas posições que teriam se a máquina

fosse de um motor bifásico. Se os enrolamentos têm o mesmo número

de espiras tem a mesma indutância. Entretanto, o enrolamento de

partida tem uma resistência maior, pois é feito de fio mais fino.
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Quando a mesma tensão é aplicada aos dois enrolamentos, a corrente

no enrolamento principal fica atrasada em relação à corrente no

enrolamento de partida. Os dois enrolamentos produzem um campo

girante do mesmo modo que o motor bifásico. Uma chave centrífuga

providencia o desligamento do enrolamento de partida quando o

motor atinge 65% da velocidade nominal porque se assim não fosse o

enrolamento de partida queimaria face ser constituído de fio muito

fino.
Fase dividida
MOTOR COM CAPACITOR

Os motores com capacitor dispõem de dois enrolamentos no estator.

Um capacitor de valor elevado é ligado em série com um dos

enrolamentos. Devido à presença do capacitor, uma das correntes se

atrasa em relação à outra. Isto cria um momento de partida semelhante

ao de um motor bifásico.

Motor com Capacitor Permanente – Neste tipo de motor o capacitor

de partida nunca é retirado do sistema. Este tipo de máquina é

fabricado para potências de 1/8 a 10 HP e tem um FP relativamente

alto.
Capacitor permanente
Motor com Capacitor

Motor com Capacitor de Partida – Este motor parte com um

capacitor em série com um dos enrolamentos. A cerca de 75% da

velocidade nominal uma chave centrífuga desliga o enrolamento que

contém o capacitor e o motor passa a operar como um motor de

indução monofásico. Este tipo de motor é fabricado para potências de

1/8 a ¾ de HP.
Capacitor de partida
MOTOR COM CAPACITOR

Motor com Duplo Capacitor – Este tipo de motor é uma combinação

dos dois anteriores. Dispõe de dois capacitores em série com um dos

enrolamentos a cerca de 75% da velocidade nominal uma chave

centrífuga desliga um dos capacitores, conforme mostra a figura a

seguir. Este tipo de motor é fabricado para potências de 1/8 a 10 HP.


Duplo capacitor
Motor Universal
Um dos motores mais versáteis é o motor universal, que funciona tanto

com corrente contínua (CC) como com corrente alternada (CA)

monofásica. Este tipo de motor apresenta elevado momento de partida e

um grande deslizamento. Sua potência é geralmente de uma fração de

HP e é usado em pequenos aparelhos domésticos, brocas elétricas etc.

Na verdade, o motor universal é simplesmente um motor de corrente

contínua série cujos enrolamentos e peças polares são projetados para

funcionarem com eficiência quando a corrente é alternada.


MOTORES ESPECIAIS
Os motores especiais são máquinas construídas para serem aplicadas

no controle preciso de posição e velocidades de processos. São

motores mais rápidos que os convencionais. Seus enrolamentos são

dimensionados para suportarem momentâneas correntes elevadas. Já o

rotor de uma máquina especial é projetado com uma baixa inércia,

isto é: pequeno diâmetro e grande comprimento.


MOTORES ESPECIAIS – Servo-motor

Servos-motores são dispositivos de malha fechada, ou seja:


Recebem um sinal de controle; verificam a posição atual; atuam
no sistema indo para a posição desejada. Em contraste com os
motores contínuos que giram indefinidamente o eixo dos servo
motores possui a liberdade de apenas cerca de 180º graus mas são
precisos quanto a posição.
Um servo-motor é um dispositivo que acompanha um sinal
externo, dispondo de mecanismos próprios para garantir que o
resultado final seja o desejado.
MOTORES ESPECIAIS – Servo-motor

Existem servos-motores elétricos, hidráulicos, pneumáticos, etc. O


tipo de fonte de energia utilizado não é o que caracteriza um
servo-motor, mas sim o fato dele acompanhar com seu movimento
um sinal de referencia. Um exemplo clássico de um servo-motor é
o acionamento da direção hidráulica de um veículo. O ângulo de
deslocamento do conjunto das rodas dianteiras do carro
acompanha o movimento do volante do carro, e o motorista não
precisa de utilizar a própria força para isto.
MOTORES ESPECIAIS – Servo-motor

O servo-motor é uma máquina síncrona composta por uma parte


fixa (o estator) e outra móvel (o rotor). O estator é bobinado como
no motor elétrico convencional, porém, apesar de utilizar
alimentação trifásica, não pode ser ligado diretamente à rede, pois
utiliza uma bobinagem especialmente confeccionada para
proporcionar alta dinâmica ao sistema. O rotor é composto por
ímãs permanentes dispostos linearmente e um gerador de sinais
(resolver) instalado para fornecer sinais de velocidade e posição.
MOTORES ESPECIAIS – Servo-motor

De um servo-motor são exigidos, dinâmica, controle de rotação,


torque constante e precisão de posicionamento. As características
mais desejadas nos servo-motores são o torque constante em larga
faixa de rotação (até 4.500 rpm), uma larga faixa de controle da
rotação e variação (até 1:3000) e alta capacidade de sobrecarga (3
x Mo). De forma geral, os servos-motores são classificados em:
Servo-motor CC: o estator é formado por ímãs permanentes e
pelas escovas e o rotor é constituído pelas bobinas da armadura e
pelo comutador.
MOTORES ESPECIAIS – Servo-motor

O controle da velocidade ou posição se dá através da regulação da

corrente das bobinas da armadura.

Servo-motor CA: O estator é formado pelas bobinas de campo

sendo alimentada por uma fonte trifásica e o rotor é constituído por

ímãs permanentes. O controle da velocidade ou posição se dá

através da regulação da freqüência das correntes nas bobinas de

campo.
MOTORES ESPECIAIS – Motor de Passo

Um motor de passo é um tipo de motor elétrico que é usado quando


algo tem que ser posicionado muito precisamente ou rotacionado
em um ângulo exato.
Em um motor de passo, um ímã permanente, muito forte, é
controlado por uma série e campos eletromagnéticos que são
ativados e desativados eletronicamente. Desse modo, é uma mistura
entre um motor de corrente contínua e um solenóide.
Motores de passo não usam escovas ou comutadores e possuem um
número fixo de pólos magnéticos que determinam o número de
passos por revolução.
MOTORES ESPECIAIS – Motor de Passo

Os motores de passo mais comuns possuem de 3 a 72


passos/revolução, significando que ele leva de 3 a 72 passos para
completar uma volta. Controladores avançados de motores de passo
podem utilizar modulação por largura de pulso para realizarem
micropassos, obtendo uma maior resolução de posição e operação
mais macia.
Os motores de passo são classificados pelo torque que produzem.
Uma característica única deste tipo de motor é a sua habilidade de
poder manter o eixo em uma posição segurando o torque sem estar
em movimento.
MOTORES ESPECIAIS – Motor de Passo

Para atingir todo o seu torque, suas bobinas devem receber toda a
corrente marcada durante cada passo. Os seus controladores devem
possuir circuitos reguladores de corrente para poderem fazer isto. A
marcação de tensão (se houver) é praticamente sem utilidade.
O controle computadorizado de motores de passo é uma das formas
mais versáteis de sistemas de posicionamento, particulamente
quando digitalmente controlado como parte de um servo sistema.
Os motores de passo são usados em drives de disquete, scanners
planos, impressoras, injeção eletrônica nos automóveis e muitos
outros dispositivos.

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