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Motores de corrente alternada – Motores assíncronos

MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA – TIPOS:


Motor de indução - Motor assíncrono

Rotor em curto-circuito (gaiola de esquilo)


Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
• Mais que 90% dos motores na indústria
• Aproximadamente 25% da carga elétrica brasileira
• Países industrializados: 40% a 70% da carga
• Rotor gaiola de esquilo – sem contato elétrico com parte girante
• É uma máquina robusta
• É de baixa manutenção
• É compacta
• É de baixo custo em relação aos demais tipos
• Maior vida útil
• Velocidade estável, variando ligeiramente com a carga aplicada no eixo (escorregamento)
• Hoje é possível controlar a velocidade desse tipo de motor com inversores de frequência
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
ESTATOR
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo

Eixo Rotor Estator


Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Três correntes alternadas senoidais, com mesma amplitude e defasadas de 120 graus, circulando
por três bobinas fixas, cujos eixos magnéticos distam 120 graus entre si, produzem um campo
magnético girante de intensidade constante
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo

Campo girante
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo

Estator Rotor Motor


Anéis condutores
(curto-circuito)

Barras condutoras
Enrolamento trifásico Núcleo de chapas
(Campo magnético girante) ferromagnéticas Campo girante faz o
rotor com as barras
em curto-circuito girar
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Principais Componentes:
Estator
1 – Carcaça : Estrutura suporte do conjunto
2 – Núcleo de chapas: Chapas são de aço
magnético, tratadas termicamente para reduzir
as perdas.
8 – Enrolamento trifásico: Três conjuntos de
bobinas (um para cada fase)

Rotor
7 – Eixo: Transmite a potência mecânica
desenvolvida pelo motor
3 – Núcleo de chapas
12 – Barras e anéis de curto-circuito:
Construídas de alumínio injetado sob pressão
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo
Dados de Placa
Velocidade do campo girante:

Vg = velocidade do campo girante


f = frequência
n = numero de pares de polos

Considerando um motor ligado em uma rede de 60Hz e construído com 3 pares


de polos, qual a rotação do campo girante?

Vg = 60 x 60 / 3 => Vg = 1.200rpm
Motor de indução – Rotor tipo gaiola de esquilo

Rotação em função do número de polos


Corrente solicitada por um motor
AULA PRÁTICA

Identificação das Bobinas de um Motor 3Φ


Identificação das Bobinas de um Motor 3Φ
Identificação das Bobinas de um Motor 3Φ
Identificação das Bobinas de um Motor 3Φ
Motor trifásico com freio
motofreio trifásico)
Motor trifásico com freio (motofreio trifásico)
● É formado por um motor trifásico de indução acoplado a um freio com disco;
● O freio é ativado por um eletroimã cuja alimentação é fornecida por uma fonte de corrente
contínua por uma ponte retificadora, alimentada diretamente pela rede elétrica;
● A aplicação é restrita à atividades que necessitam de paradas rápidas para segurança ou
posicionamento;
● Ex.: Guindastes, elevadores, pontes rolantes, correias transportadoras, bobinadeiras etc.
Motor trifásico com freio (motofreio trifásico)
Curva conjugado x rotação para o motor assíncrono
Curva conjugado x rotação para o motor assíncrono
Curva conjugado x rotação para o motor assíncrono
Categoria N - São caracterizados por possuírem um conjugado de partida normal, corrente de
partida normal e pequeno valor de escorregamento em regime permanente. Constituem a
maioria dos motores encontrados no mercado e prestam-se ao acionamento de cargas
normais, com baixo conjugado de partida como: bombas e máquinas operatrizes.

Categoria H - Os motores dessa categoria são caracterizados por possuírem um conjugado de


partida elevado, corrente de partida normal e baixo valor para o escorregamento em regime
permanente. Esta categoria de motores é utilizada para acionamento de cargas que exigem
maior conjugado de partida, como transportadores carregadores, cargas com alta inércia, etc.

Categoria D - São caracterizados por conjugado de partida elevado, corrente de partida


normal e alto escorregamento. Utilizados para acionamento de cargas como: prensas
excêntricas e máquinas semelhantes, em que a carga apresenta picos periódicos e cargas que
necessitam de conjugado de partida elevado e corrente de partida limitada.
Características diversas da carga mecânica

Cada equipamento a ser acionado possui uma característica de partida e regime de trabalho
Controle de velocidade

Um motor de indução possui velocidade aproximadamente constante quando


conectado a uma fonte de tensão constante com uma frequência fixa.

A velocidade em regime permanente é muito próxima da velocidade síncrona.

Quando o torque solicitado aumenta, a velocidade diminui - Escorregamento.


Controle de velocidade

Em muitas aplicações industriais, velocidades variáveis ou continuamente


ajustáveis são necessárias.

Tradicionalmente, motores de corrente contínua sempre foram utilizados em


aplicações onde era necessário variar a velocidade da máquina.

Entretanto, motores de corrente contínua são caros, requerem manutenção das


escovas e dos comutadores não são recomendados para ambientes agressivos.

Em contrapartida, motores de indução são baratos, não requerem manutenção,


estão aptos a funcionar em ambientes agressivos e estão disponíveis para
velocidades elevadas.
Controle de velocidade através da variação da frequência.

Motor
Inversor de
De
freqüência
Indução
Partida com autotransformador abaixador

É importante ressaltar que embora tensões menores reduzam a corrente durante a partida
dos motores, o torque de partida decresce porque o torque é proporcional ao quadrado da
tensão aplicada.
Influência da rede elétrica na operação do MIT

A operação eficiente dos motores de indução trifásicos depende, entre outras


coisas, da qualidade da rede elétrica de alimentação.

O ideal é que esta rede seja equilibrada e com suas tensões apresentando
amplitudes e frequência constantes.
Influência da rede elétrica na operação do MIT

A eficiência e o fator de potência dos motores de indução trifásicos variam


segundo o valor da tensão de alimentação.

Estes motores normalmente são projetados para suportarem variações de ±10%


da tensão nominal.

Os motores devem suportar variações de frequência de -5% a até +3%.

Uma variação simultânea da amplitude e da frequência pode ser prejudicial para


o motor.
Influência da rede elétrica na operação do MIT

Uma tensão de alimentação abaixo do valor nominal do motor


provoca aumento da corrente e da temperatura e ainda redução dos
torques de partida e de regime.

Um valor de tensão acima do nominal acarreta redução do fator de


potência e aumento da corrente de partida.
Influência da carga mecânica na operação do MIT

Principais consequências do superdimensionamento do motor:

• Maior volume, peso e custo

• Redução do fator de potência

• Redução da eficiência

• Maior corrente de partida, acarretando maior custo da instalação e


proteção.
Fator de serviço

A norma ABNT NBR 7094/1996, define


fator de serviço como um
multiplicador que, quando aplicado à
potência nominal do motor, indica a
carga que pode ser acionada
continuamente sob tensão e
frequência nominais.

Entretanto, a utilização do fator de


serviço implica em vida útil inferior
àquela do motor com carga nominal.
Classes de Isolação

Classe A – 105 graus


Classe E – 120 graus
Classe B – 130 graus
Classe F – 155 graus
Classe H – 180 graus
Motor de alto rendimento

Motores de alto rendimento => custo


de aquisição inicial maior

Entretanto, sua utilização pode trazer


grande economia em um curto prazo.
Influência do ambiente na operação do MIT

As condições ambientais onde está


instalado um motor têm influência na
sua operação.

Poeiras que se depositam na sua


carcaça, ao absorverem umidade ou
partículas de óleo, formam uma crosta
que dificulta a liberação do calor.

Por causa disso, a temperatura interna


do motor se eleva.
Grau de proteção - IP

Motores que trabalham em ambientes desfavoráveis ou mesmo agressivos


devem ser providos de um grau de proteção. A norma brasileira NBR 6146 define
os vários graus de proteção que os motores elétricos podem apresentar, por meio
das letras características IP, seguida por dois algarismos.
ÍNDICE DE PROTEÇÃO
O índice de proteção de um equipamento,
popularmente conhecido como IP indica a
proteção do invólucro de um equipamento
elétrico contra líquidos ou partículas sólidas

Como interpretar:
IP (International Protection): Sigla para Grau de proteção, é
um padrão internacional definido pela Comissão
Eletrotécnica Internacional (a IEC 60529 até IP68) e DIN
40050-9(IP69K), para classificar e avaliar o grau de proteção.
Primeiro número: Refere-se ao grau de proteção contra a
entrada de poeira e outras partículas sólidas ou proteção de
pessoas contra o acesso às partes perigosas.

Segundo número: Define a proteção contra penetração de


água, a qual poderia danificar os equipamentos internos.
Grau de proteção

Motor com pouca proteção Motor protegido


Grau de proteção

Motor submerso
Fonte: https://www.directindustry.com
Placas
Causas Típicas de Falhas em Enrolamentos de Estatores Trifásicos
Falta de Fase (Ligação em estrela)

A falha em uma única fase de um enrolamento é o resultado da interrupção de uma fase de


alimentação do motor. A falta de fase é geralmente ocasionada pela interrupção de um fusível, contator
com contatos interrompidos, falta de fase na linha de alimentação ou mal contato provocado por
conexões danificadas e inadequadas.
Falta de Fase (Ligação em triângulo)

Neste caso a queima das fases do enrolamento também foi o resultado da interrupção de uma fase de
alimentação do motor. A falta de fase é geralmente ocasionada pela interrupção de um fusível, contator
com contatos interrompidos, falta de fase na linha de alimentação ou mal contato provocado por conexões
danificadas e inadequadas.
Curto-Circuito Entre Fases

Este tipo de falha no isolamento é tipicamente causado por contaminação do enrolamento, abrasão,
vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução do isolamento
entre fases, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados,
incompatíveis com a classe térmica e de tensão do equipamento.
Curto-Circuito Entre Espiras

Causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão, podendo ser
agravada por falhas ou ineficiência do processo de impregnação, incluindo-se aí a utilização de
condutores e verniz ou resina de má qualidade, mal preservados, ou incompatíveis com a classe térmica e
tensão do equipamento, além do processo inadequado de cura.
Bobina Curto-Circuitada

Como no exemplo anterior, este tipo de falha no isolamento é tipicamente causado por contaminação do
enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão, podendo ser agravada por falhas ou ineficiência do
processo de impregnação, incluindo-se aí a utilização de condutores e verniz ou resina de má qualidade,
mal preservados, ou incompatíveis com a classe térmica e tensão do equipamento, além do processo
inadequado de cura. Geralmente precedido de um sobre aquecimento da bobina, antes da ocorrência do
rompimento das espiras.
Bobina em Curto para Massa na Saída da Ranhura

Causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão. Pode também ser
consequência da ineficiência na execução do isolamento das ranhuras, quando do enrolamento do
estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, incompatíveis com a classe térmica e de
tensão do equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de enrolamento, o que
pode provocar danos ao sistema isolante, fragilizando-o e permitindo a falha precoce.
Bobina em Curto Para Massa no Interior da Ranhura

Causado por contaminação do enrolamento, abrasão, vibração ou surtos de tensão. Pode também ser
consequência da ineficiência na execução do isolamento das ranhuras, quando do enrolamento do
estator, ou mesmo do emprego de materiais inadequados, incompatíveis com a classe térmica e de
tensão do equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de enrolamento, o que
pode provocar danos ao sistema isolante, fragilizando-o e permitindo a falha precoce.
Curto-Circuito nas Interligações

Este tipo de falha no isolamento é tipicamente causado por contaminação do enrolamento, abrasão,
vibração ou surtos de tensão. Pode também ser consequência da ineficiência na execução das
interligações e seu isolamento, quando do enrolamento do estator, ou mesmo do emprego de materiais
inadequados, isolantes, de brazagem ou solda, incompatíveis com a classe térmica e de tensão do
equipamento, ou ainda inabilidade do bobinador durante o processo de brazagem ou solda.
Fase Danificada Devido ao Desequilíbrio de Tensão
● A deterioração térmica da isolação em uma fase do enrolamento do estator pode ser
resultado no desequilíbrio de tensão entre fases. O desequilíbrio de tensão pode ser
provocado por cargas desbalanceadas conectadas à fonte de alimentação do motor,
conexões inadequadas junto aos terminais de saída do motor ou altas resistências
provocadas por mal contato.
Nota: Um desequilíbrio de tensão equivalente a um por cento pode resultar em um desequilíbrio de corrente da
ordem de seis a dez por cento.
Enrolamento Danificado Por Sobrecarga
● A deterioração térmica da isolação em todas as fases do enrolamento do estator é
tipicamente causada por exigência de carga superior à capacidade nominal do motor.
Nota: Sub e sobretensão (que excedam os limites estabelecidos pelas normas NEMA) Resultarão no mesmo tipo de
deterioração do isolamento.
Defeito Causado pelo Travamento do Rotor

Deterioração térmica severa em todas as fases do enrolamento normalmente é causada por correntes
muito elevadas no enrolamento do estator devido à condição de travamento ou bloqueio do rotor. Esta
falha também pode ocorrer devido ao número excessivo de partidas ou reversões, incompatíveis com o
regime para o qual o motor foi projetado.
Enrolamento Danificado por Surto de Tensão

● Falhas de isolação como esta, normalmente são causados por surto de tensão. As ondas de surto de
tensão são frequentemente o resultado de chaveamentos ou comutações, descargas atmosféricas,
descargas de capacitores e dispositivos semi-condutores de potencia.
Motor durante reenrolamento
Motor após reenrolamento
Equipamento após impregnação com verniz isolante
Balanceamento do rotor
Rolamento após substituição

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