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Quando falamos em motor elétrico CA, basicamente estamos falando de um motor que
possui a sua alimentação em corrente alternada (abreviação CA). Motores elétricos são
usados para converter energia elétrica em energia mecânica a fim de produzir trabalho
em um sistema. Especificamente, a energia rotacional é produzida a partir da força de
campos magnéticos induzidos pela corrente alternada que flui através de bobinas
elétricas.
O motor de corrente alternada é usado para fornecer energia para uma grande variedade
de sistemas, variando desde pequenos servomecanismos até grandes máquinas
industriais. A maioria dos motores de corrente alternada consistem em dois
componentes principais: um estator e um rotor. O estator é basicamente um anel de
metal com fendas que prendem as bobinas de fio isolado em um núcleo de aço. A
corrente alternada passa então por esses fios para produzir um campo magnético
rotativo.
1 – Motor Elétrico CA x CC
A principal diferença entre o motor elétrico de corrente alternada (CA) e o motor de
corrente contínua CC (além da fonte de alimentação) é o método de controle da
velocidade. Em motores CC, a velocidade varia com base na tensão aplicada e essa
relação é relativamente linear, tornando o controle de velocidade e cálculos bem mais
simples. Assim, em um motor de corrente contínua com alimentação de 100V girando a
1000 rpm pode ter sua velocidade reduzida apenas mudando a tensão de 100V para 50V
por exemplo.
Figura 3 – motor elétrico CC x CA
2 – Tipos de Motores CA
Existem dois diferentes tipos de motores elétricos CA: o motor elétrico síncrono e o de
indução (assíncrono).
Veja abaixo um vídeo em que podemos ver como funciona um motor de indução:
O motor elétrico síncrono usa um rotor bobinado, no qual bobinas são colocadas nas
ranhuras deste rotor. O rotor por sua vez é excitado por uma fonte de alimentação
contínua CC externa, utilizando anéis deslizantes e escovas para fornecer corrente ao
rotor. Estes motores são projetados para operar a uma velocidade constante específica
em conformidade com o campo magnético rotativo. Um motor síncrono não é um motor
de partida automática porque o torque só é desenvolvido quando ele funciona a uma
velocidade síncrona; Assim, a sua partida pode ser feita através de um motor cc comum
acoplado em seu eixo. Um motor síncrono é freqüentemente usado onde necessita-se
de uma velocidade exata.
Veja abaixo um vídeo em que podemos ver como funciona um motor síncrono:
3 – Especificações de Potência
O primeiro passo na seleção do motor elétrico CA é saber exatamente a quantidade de
fases, tensão, freqüência e corrente da energia CA disponível para a aplicação. Os
motores de corrente alternada são projetados e classificados para um determinado tipo
de alimentação CA sendo que a freqüência, expressa em hertz (Hz) ou ciclos por
segundo indica a freqüência das oscilações de corrente alternada. Na América do Norte
e no Brasil utilizamos 60 Hz mas a frequência mais utilizada no mundo todo é a de 50
Hz. A título de curiosidade, em aplicações específicas como motores de potência para
aplicações aeroespaciais, utiliza-se frequência de 400 Hz
Já a tensão, tal como expressa em Volts de corrente alterna (Vca), pode ser fornecida
em muitos níveis diferentes. Enquanto que 110 VAC e 220 VAC são típicas em
residencias e comércios, tensões entre 460 e 600 Vca são comuns para grandes
aplicações industriais. Uma pequena variação na tensão pode ter um efeito dramático
sobre o desempenho do motor. A tensão insuficiente reduz o torque e pode impedir que
o motor elétrico mantenha a sua velocidade nominal, enquanto que a tensão excessiva
aumenta o torque, o que pode causar danos durante a partida.
50 Hz 60 Hz
4 – Especificações de Performance
Outro fator importante na seleção de motores CA é determinação as especificações de
desempenho necessárias para uma aplicação:
Velocidade (RPM) – A velocidade do motor refere-se à velocidade de rotação do eixo
quando o motor é alimentado com sua tensão e potência nominal e é expressa em
rotações por minuto (RPM). Nos motores de indução e síncronos, este valor é fixado
requerendo um inversor de frequência ou um redutor para ajustar a velocidade. Caso o
motor elétrico for operado a uma carga menor que a carga máxima/nominal, a
velocidade de saída será ligeiramente maior do que a velocidade do motor.
A velocidade tem a ver com o número de pólos de um motor. Assim, temos o seguinte:
Torque – É a força de rotação gerada pelo eixo do motor. O torque requerido para o
motor elétrico é determinado pelas características de velocidade-torque das várias
cargas experimentadas em uma aplicação.
Quando for especificar um motor elétrico, você deve analisar as curvas de desempenho
de torque e velocidade, como a mostrada abaixo, que são fornecidas pelos fabricantes.
Assim, é possível detalhar o torque produzido pelo motor em toda a sua gama de
velocidades no eixo, desde o início até a carga total.
Figura 5 . Torque x Carga em um motor elétrico.
4 – Flanges e Construção
4.1 – Flanges
Existem duas configurações de montagem populares usadas nos motor elétrico e
padronizadas pela norma IEC. O mais popular é a configuração “B5” que está mais
próxima dos motores de flange NEMA “D” ou FF. Um fato importante a observar é que
na flange B5, os pinos de encaixe estão na flange e os furos roscados estão na parte
correspondente, como uma bomba, redutor ou máquina. Outra flange popular no padrão
IEC é a flange B14. Neste caso, os furos roscados são na flange do motor. Esta flange é
identificada como NEMA “C” ou FT.
Figura 6 – Flange FF
Figura 7 – Flange FT
Alem das letras indicando se o motor possui ou não pés e flanges (tipo), utiliza-se letras
no final da nomenclatura indicando onde é montada a caixa de ligação. Assim, quando
falamos em um motor B3D, queremos dizer que o motor possui pés, sem flange com
caixa montada à direita.
Código da Letra Posição da Caixa de Ligação
R ou D Direita 3h
B Em baixo 6h
L ou E Esquerda 9h
T Em cima 12h
Tamanho A B C H K D E F G ED AA AB BB L HA AC
D180M 279 241 121 180 15 48 110 14 42.5 80 51 329 329 671 8 36
D180L 279 279 121 180 15 48 110 14 42.5 80 51 329 329 671 8 36
71 A 0.5 0.37 0.33 0.25 0.25 0.18 14 30 110 130 160 3.5 9
71 B 0.75 0.55 0.5 0.37 0.33 0.25
90 LL — — 2.5 1.8 — —
100 LB — — 4 3 — —
7.5- 5.5-
132 S 7.5 5.5 4 3 38 80 230 265 300 4 14
10 7.5
5.5-
132 M 12.5 9 10 7.5 4-5.5
7.5
132 L — — 12.5 9 — —
15-
160 M nov/15 15 11 10 7.5 42 110 250 300 350 5 18
20
160 L 25 18.5 20 15 15 11
180 L 35 26 30 22 20 15
40- 18.5-
200 L 30-37 40 30 25-30 55 110 300 350 400 5 18
50 22
*
225 S — — 50 37 — — 140 350 400 450 5 18
60
225 M 60 45 60 45 40 30
*
250 M 75 55 75 55 50 37 140 450 500 550 5 18
65
*
100 75 100 75 60 45 140 450 500 550 5 18
280 S 75
125 90 125 90 75 55
4.4.4 – Padrão B5
Figura 11 – Dimensionais típicos de um Motor B5
90 LL — — 2.5 1.8 — —
100 LB — — 4 3 — —
5 – Parâmetros do Ambiente
Há uma série de fatores a considerar relacionados ao ambiente em que o motor elétrico
é operado:
5 Proteção contra pó
6 Vedação contra pó
Proteção de Gotejamento – Os motores à prova de gotejamento contêm aberturas de
ventilação que são projetadas de forma que gotas de partículas líquidas ou sólidas
caindo de qualquer ângulo dentro de 15 graus na vertical não possam entrar no motor.
Motores com uma classificação IP de IPx1 a IPx9 são considerados à prova de
gotejamento.