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MOTORES ELÉTRICOS

MOTORES ELÉTRICOS
O motor elétrico é uma máquina destinada a transformar
energia elétrica em energia mecânica de rotação.
Tipos de motores elétricos:

Os motores elétricos são basicamente divididos em duas


grandes categorias: quanto a corrente e quanto a
velocidade.
Principais Tipos quanto a corrente
Motor de corrente contínua - Podem funcionar com
velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam
a controles de grande flexibilidade e precisão.
Principais Tipos quanto a corrente

Motor de corrente alternada - são os mais usados, pois


toda a linha de distribuição de energia elétrica é feita
em corrente alternada.
Principais Tipos quanto a corrente

Motor universal - podem tanto ser utilizados em


corrente contínua como em corrente alternada.
Principais Tipos quanto a velocidade

Motor síncrono: funciona com velocidade fixa e igual a


velocidade síncrona.

Obedece a expressão:

Ns = 120 x f [rpm]
p
Onde:
Ns é a velocidade síncrona do campo magnético
girante do motor [rpm]
f é a frequência da rede de alimentação ( 60 Hz )
p é o número de polos do motor
Ex.: Motor de 4 polos Ns = 1800 rpm
Principais Tipos quanto a velocidade

Motor de indução ou assíncrono:


Funciona normalmente com uma velocidade constante,
sempre abaixo da velocidade síncrona, que varia
ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao seu eixo.

Ex.: Motor de 4 polos


N = 1750 rpm
GAIOLA DE SPLIT - PHASE
ESQUILO

ASSÍNCRONO CAP. PARTIDA

ROTOR CAP. PERMANENTE


MONOFÁSICO BOBINADO CAP. 2 VALORES

SÍNCRONO
MOTOR C.A. UNIVERSAL REPULSÃO

ASSÍNCRONO RELUTÂNCIA

HISTERESE
TRIFÁSICO

SÍNCRONO MTI ROTOR GAIOLA


MTRB - ANÉIS

IMÃ PERMANENTE
EXCITAÇÃO SÉRIE
PÓLOS SALIENTES
MOTOR C.C. EXCITAÇÃO INDEPENDENTE
PÓLOS LISOS
EXCITAÇÃO COMPOUND
IMÃ PERMANENTE
Aspectos Construtivos

Divide-se em duas partes principais:


Estator é a parte estática (parada) do motor;
Rotor é parte girante do motor, por onde circula o
campo magnético induzido.
O rotor pode ser do tipo ou de de
sendo este último o mais empregado.
Estator
O estator é composto de chapas finas de aço magnético
tratadas térmicamente para reduzir ao mínimo as perdas.

Estas chapas têm o formato de um anel com ranhuras


internas de tal maneira que possam ser alojados os
enrolamentos, que por sua vez, quando em operação
deverão criar um campo magnético no estator.
Rotor gaiola de esquilo
O enrolamento do rotor consiste em barras condutoras
dispostas ao longo do rotor e em todo o seu perímetro, curto
circuitadas nas extremidades por anéis condutores.

Utiliza-se o termo Gaiola de Esquilo, pois o rotor


assemelha-se às gaiolas em que os esquilos brincam,
quando em cativeiro.
O rotor também é constituído por um núcleo de chapas de
aço silício, isolados entre sí, sobre o qual são colocados
condutores, dispostos paralelamente entre si e unidos nas
suas extremidades por dois anéis que curto-circuitam os
condutores.
Rotor bobinado
Rotor Bobinado

Estrutura com discos de ferro laminado

Coletor

Bobinas com fios de cobre


DADOS DE PLACA MOTOR DE INDUÇÃO
Frequência nominal (Hz)
Frequência da rede de alimentação para o qual o motor foi
projetado. No Brasil este valor é 50 Hz/60 Hz, com tolerância de
+ ou - 5%.

Tensão nominal (V)


É o valor de tensão para o qual o motor foi especificado para
funcionamento em regime nominal. A tolerância é de até + ou
10% da tensão nominal, desde que a frequência seja a nominal.

Corrente nominal (A):


É a corrente absorvida quando o motor funciona à potência
nominal, sob tensão e frequência nominais.
Potência Nominal (kW ou C.V.)
É a potência que o motor pode fornecer continuamente, dentro de
suas características nominais.

Rotação nominal (rpm)


É a velocidade do motor quando ele fornece a potência nominal,
sob tensão e frequência nominais.

Fator de serviço (FS)


É o valor que, aplicado à potência nominal, indica a sobrecarga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob
condições especificadas de tensão e frequências nominais.
EX.: um motor com FS = 1,15, suporta continuamente 15% acima de sua
potência.
Classe de isolamento (ISOL)
Define o limite máximo de temperatura que o enrolamento do
motor pode suportar continuamente, sem que haja redução
de sua vida útil.
Conforme ABNT:

Classe de Isolamento Temperatura Limite


y 90º C
A 105º C
E 120º C
B 130º C
F 155º C
H 180º C
C 400º C
Grau de proteção (IP)
É um código padronizado pelas letras IP (índice de proteção) que
definem, segundo a norma IEC 34-5 e ABNT NBR-6146, os graus de
proteção dos equipamentos elétricos contra penetração de corpos
sólidos estranhos e contato acidental, além de, penetração de
líquidos.
Grau de proteção (IP)
Através das letras IP, seguidas de dois algarismos, podemos definir o
invólucro do dispositivo em função da agressividade do ambiente
onde ele será instalado.
Grau de proteção (IP)
Ex.: IP 54 equipamento com proteção completa contra toque,
acúmulo de poeira nociva e respingos de água em todas as
direções.
Ligações
Indica o do motor para os níveis de tensão aos quais o
mesmo foi dimensionado
Motores elétricos monofásicos de fase auxiliar

Os motores monofásicos de fase auxiliar são um dos vários


tipos de motores monofásicos existentes.
- O estator desses motores é constituído resumidamente
por dois bobinados, chamados bobinado principal (ou de
trabalho) e bobinado auxiliar (ou de partida; arranque).

- Na partida do motor, os dois bobinados ficam


energizados; tão logo o rotor atinja sua velocidade, o
bobinado de arranque é desligado, permanecendo em
funcionamento somente as bobinas de trabalho.
- A bobina de arranque do motor possui ligado em série
consigo um capacitor e um interruptor automático (e é
normalmente feita com fio mais fino).
- O interruptor automático (na maioria dos motores
formado por um interruptor centrífugo associado a um
platinado, embora não seja o único modelo existente)
desliga a bobina de arranque após a partida do motor.
- Já o capacitor faz com que surja no interior do motor um
campo magnético girante, que impulsionará o motor a
partir.
- Para que possa funcionar em duas tensões diferentes (110
ou 220 V), a bobina de trabalho desses motores é dividida
em duas, tendo a possibilidade de as partes serem
conectadas em série ou em paralelo, de acordo com a
tensão da rede elétrica.

- Cada parte deve receber no máximo 110 V, que


corresponde à menor tensão de funcionamento do motor.

- A inversão da rotação é feita invertendo-se o sentido da


corrente na bobina auxiliar, ou seja, troca-se o terminal 5
pelo 6.
- Utilizados principalmente em máquinas como
motobombas, compressores, furadeiras, serras, cortadores
de grama etc., são, em geral, máquinas de pequeno porte, já
que são fabricados normalmente em potências de até 2 cv.

- É raro serem encontrados acima desta potência, pois a


utilização de motores trifásicos fica economicamente mais
viável.
- Motor Monofásico com dois terminais: Este motor é
alimentado por apenas um valor de tensão, assim a tensão
de alimentação indicada na placa do motor deverá ser a
mesma da alimentação de rede, e não tem possibilidade de
inversão de rotação.
- Motor Monofásico com quatro terminais: Neste motor
o enrolamento é dividido em duas partes iguais, podendo
ser ligado em dois valores diferentes de tensão, comumente
denominados de maior tensão e menor tensão, a tensão
maior é duas vezes o valor da tensão menor.
- Motor Monofásico com seis terminais: Este motor
também possibilita a ligação em dois valores de tensão e
permite ainda a inversão do sentido de rotação. A inversão
do sentido de rotação não pode ser realizada em
movimento (o enrolamento auxiliar com os terminais 5-6 é
o responsável pela inversão de rotação).
Motores de indução trifásica

O motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e


ligadas de modo a formar três circuitos distintos, chamados
de fases de enrolamento.
- Essas fases são interligadas formando ligações em estrela
ou em triângulo, para o acoplamento a uma rede trifásica.
Para isso deve-se levar em conta a tensão que irão operar.
- Os motores trifásicos podem dispor de 3, 6, 9 ou 12
terminais para a ligação do estator à rede elétrica.

- Assim, eles podem operar em uma, duas ou quatro


tensões, respectivamente.

- Todavia, é mais comum encontrar motores com 6 e 12


terminais.
- Para os motores trifásicos de 6 terminais as ligações são as
seguintes: triângulo para a menor tensão do motor e estrela
para a maior tensão de ligação do motor.
- Na ligação em triângulo, o início de uma bobina é fechada
com o final da outra, e essa associação é ligada à rede.
- Na ligação em estrela, o final das bobinas se fecham em
entre si, e o inícios se ligam à rede.
Ex.: motor trifásico 6 terminais, 380/660V. Este motor
pode ser ligado numa rede trifásica com tensão de
linha igual a 380V com ligação em triângulo ou com
tensão de linha de 380V, com ligação estrela do motor.
380V 660V
- Já para os motores trifásicos de 12 terminais as ligações são
as seguintes: triângulo paralelo (220V), estrela paralelo
(380V), triângulo série (440V) e estrela série (760V).
- Ligação triângulo paralelo (220V).
- Ligação estrela paralelo (380V).
- Ligação triângulo série (440V).
- Ligação estrela série (760V).
Invertendo a rotação:

- Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de


rotação é feita trocando-se na duas fases
quaisquer entre si.
IP/IN (CORRENTE DE PARTIDA/CORRENTE NOMINAL)

Fator multiplicador da corrente nominal que indica a corrente na


partida. Para se conhecer o valor desta corrente na partida,
basta multiplicar o IP/IN pela corrente nominal que teremos a
corrente de partida.

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