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Sitec Power – Soluções em Energia

MOTORES ELÉTRICOS
Princípios e fundamentos

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Classificação

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Estator
O estator do motor e também constituido por um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas do
qual são colocados os enrolamentos alimentados pela rede de CA.

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Classificação dos motores de indução de acordo com seu rotor


• Rotor Gaiola de Esquilo

• Rotor Bobinado

Rotor gaiola de esquilo

O rotor em gaiola de esquilo e constituido por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas


entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostas paralelamente
entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em alumínio, que
provocam curto-circuito nos condutores.

As barras condutoras da gaiola são colocadas geralmente com uma certa inclinação para evitar
as trepidações e ruídos pela ação eletromagnética entre os dentes das cavas do estator e do
rotor.

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Características Intrínsecas

• Mais robusto;
• Em sua forma mais simples apresenta conjugado de partida relativamente fraco e corrente
de partida ate 10x da IN;
• Para melhorar seu desempenho são equipados com rotores gaiola de barras altas, barras
de cunha ou barras duplas.

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Motor com rotor bobinado

Difere do motor de rotor em gaiola apenas quanto ao rotor, constituido por um núcleo
ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento 3º.
A utilização de reostatos podem melhorar o conjugado de partida e diminuir o pico de corrente de
partida.

O motor de indução com rotor bobinado em geral é utilizado para partir cargas de alta inércia ou
que exijam conjugados de partida elevados, ou ainda, quando o sistema de acionamento requer
partidas suaves.

O rotor é constituído por um núcleo de chapas de aço silício, isoladas entre si, sobre o qual são
alojadas as espiras que constituem o enrolamento. Os terminais livres de cada uma das bobinas
do enrolamento são ligados a anéis coletores e estes são ligados a um reostato constituído por
resistências variáveis cuja função é a de reduzir as correntes de arranque elevadas, no caso de
motores de elevada potência, conseguindo uma partida mais suave.

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Rotor em gaiola x Rotor Bobinado

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Constituição do motor de indução

Motores de indução monofásicos

Inconvenientes

• Custo mais elevado que um motor 3O de mesma potencia;

• Alcança apenas 60 a 70% da potencia do motor 3º do mesmo tamanho;

• Apresenta rendimento e FP menores;

• Não e possível inverter diretamente o sentido de rotação de motores monofásicos.

Motor monofásico com dois terminais

• Destinado apenas a um valor de tensão;

• Não e possível à inversão do seu sentido de rotação;

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• Exemplo: motores de pequenas bombas d´agua, motores de ventilares grandes para o


meio rural, etc.

Motor monofásico com quatro terminais

• Dois valores de tensão (110/220V);


• Não e possível inverter o sentido de rotação desse motor.

Esquemas:

220V – LIGAÇÃO SÉRIE 110V – LIGAÇÃO PARALELO

Motor monofásico com seis terminais

• Permite dois tipos de alimentação diferentes;

• Pode-se inverter o sentido de giro desse motor.

Esquemas:

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Motores de Indução Monofásicos

• Motor de polos sombreados (Shaded pole);

• Motor de fase dividida (Split phase);

• Motor de capacitor de partida (capitor start);

• Motor de capacitor permanente (permanente split capacitor);

• Motor com dois capacitores (two value capacitor).

Motor Universal

• Pode operar tanto em CA como CC;

• Velocidade variável (baixas velocidades para grandes conjugados e altas velocidades para
pequenas cargas);

• O conjugado de partida também e elevado;

• São usados comumente em pequenos eletrodomésticos como furadeiras e lixadeiras que


requerem conjugado elevado e liquidificadores, aspiradores de pó e bombas centrifugas
que requerem alta velocidade;

• Normalmente são fabricados para potencias fracionarias de ate. cv uma vez que para
potencias acima de alguns cv funcionam precariamente em CA gerando grande
faiscamento nas escovas e η e FP decrescem.

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Identificação das Bobinas de um Motor Monofásico

Inicio da bobina

Final da bobina

Enrolamento principal

Enrolamento auxiliar

Para determinar os enrolamentos principais e auxiliar:

Com ohmímetro mede-se a resistência de cada bobina. A que apresentar maior valor e a auxiliar.

Polarização das bobinas principais:

Apos inverter uma das bobinas e medir a corrente novamente, deve-se aplicar os números 1, 2, 3
e 4, respectivamente, a ligação das bobinas que apresentar a menor corrente.

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Motores Síncronos

A velocidade do seu rotor e sincronizada com o campo girante que e estabelecido no estator.

Sendo:

Ns = velocidade síncrona em rpm;


f = frequência em Hz;
p = numero de polos.

Como f e p são constantes, então Ns e constante.

Rotação síncrona em função do numero de polos, para a frequência de 60 Hz

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Nestes motores, o estator e alimentado com CA, enquanto o rotor o e com CC proveniente de
uma excitatriz (dínamo).

Utilização do motor síncrono para correção do FP

• Devido a possibilidade de variação da excitação do campo, o motor síncrono possui a


característica de variação do FP;

• O FP e diretamente dependente da corrente de


excitação.

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Variação do FP em função da variação da corrente de excitação

Desvantagens dos motores síncronos em relação aos de indução

• Precisam de uma fonte de excitação em CC;

• Manutenção constante;

• Não parte apenas com CA no estator, pois e necessário que o motor seja levado e uma.
velocidade suficiente, próxima da velocidade síncrona para que ele possa entrar em.
sincronismo com o campo girante.

Vantagens dos motores síncronos em relação aos motores de indução

• Podem corrigir o FP;

• Possuem η maiores do que os motores de indução equivalentes, quando trabalham com


FP = 1.

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Motores Assíncronos

• Giram numa rotação menor do que a rotação síncrona;

• Nestes motores, ocorre um deslizamento ou defasagem em relação à rotação síncrona,


pois eles funcionam a uma velocidade menor que a síncrona.

Motores Assíncronos

Características

• A velocidade a plena carga pode ser de 5 a 10% menor que o valor da velocidade com o
motor sem carga;

• Os motores em gaiola absorvem, na partida, uma corrente que pode chegar de 5 a 7x a


corrente a plena carga, mas desenvolvem um conjugado motor cerca de 1,5x o de plena
carga, o que e muito conveniente para a demarragem das maquinas por eles acionadas.

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Velocidade Motor Elétrico

Os motores elétricos trifásicos de corrente alternada são os mais utilizados porque na maioria dos
casos a distribuição de energia elétrica é feita em corrente alternada e também em função de
simplicidade, robustez e baixo custo, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas
encontradas, este tipo de motor é largamente encontrado na indústria. Possui velocidade
constante podendo variar em função de alguns fatores como cargas aplicadas a seu eixo.

Seu princípio de funcionamento é baseado no campo magnético girante, que surge quando um
sistema de correntes alternada trifásico é aplicado em polos defasados fisicamente de 120º.
Dessa forma, surge através desta defasagem um campo magnético em cada conjunto de bobinas
do motor, estes campos magnéticos gerados formam o que chamamos de Campo Magnético
Girante.

Velocidade motor elétrico trifásico

Velocidade Síncrona

O Motor de indução funciona normalmente com velocidade constante proporcionada pelo campo
magnético girante, logo a velocidade do campo é chamada de velocidade síncrona, e é em
função de, basicamente, dois fatores, são eles:

1. Polos Magnéticos gerados em função de sua construção física


2. Frequência da rede elétrica a qual está instalado

Portanto, dizemos que: A velocidade do motor elétrico de indução é diretamente proporcional a


frequência e inversamente proporcional a quantidade de pólos magnéticos.

Sendo assim podemos definir a seguinte equação

Veja um exemplo:

Um motor elétrico trifásico possui as seguintes especificações:

• Tensão: 220VCA – 3Ø – 60Hz

• Polos Magnéticos: 4 Polos

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Aplicando os valores à formula:

Escorregamento

Alguns fatores faz com que a velocidade real no eixo do motor deixe de ser exatamente a
velocidade do campo magnético girante, por exemplo, esta velocidade varia ligeiramente com a
carga mecânica aplicada a seu eixo, etc.… Por natureza, o motor elétrico trifásico possui uma
diferença entre a velocidade do campo magnético girante (Ns) e a velocidade real em seu rotor
(N) este fato se dá em função de um fenômeno chamado escorregamento e é fornecido pelo
fabricante do motor podendo variar de motor para motor. Na maioria das vezes este fenômeno é
descrito pelo fabricante em porcentagem (%). Temos a seguinte fórmula para representar o
escorregamento do motor elétrico trifásico:

Vejamos a seguir um exemplo de cálculo de escorregamento:

1. Motor elétrico trifásico 220VCA

2. Velocidade síncrona: 1800 RPM (4 polos – 60Hz)

3. Velocidade medida no rotor: 1760 RPM

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Calcular o escorregamento em porcentagem e RPM

Sendo assim a velocidade real no eixo do motor elétrico será a diferença entre a velocidade
síncrona e o escorregamento. Esta recebe o nome de Velocidade Nominal

A fórmula fica assim:

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Fonte:

Manual de Motores Elétricos WEG (www.weg.net/br);


Sala da Elétrica (www.saladaeletrica.com.br);
Nishi Eletromecânica (www.nishi.com.br);
Instalações Elétricas – Creder, Hélio – 8º edição;
ABNT – NBR 7094, Motores de Indução;

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