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GERAÇÃO DE ENERGIA
PROJETO E EXECUÇÃO l
Nelio Fleury
Eng. Eletricista MsC
fleurynelio@gmail.com
DIREITOS RESERVADOS: ©Nelio Fleury . É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer
forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos
Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
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O sábio é cauteloso e evita o mal,
mas o tolo é impetuoso e irresponsável.
Provérbios 14:16
• Geração Termelétrica
Grandezas Elétrica:
Como Dimensionar a Geração?
CV / KVA....?
Aproveitamento Energético: Quantos KVA?
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Quanto Gerar? Qual o Potencial Energético?
• Grandezas:
O Conjugado ( também chamado torque ou momento ) é a
medida do esforço necessário para girar um eixo.
O Trabalho é medido pelo conjugado, que é o produto da força
pelo deslocamento / distância
T = F x d.
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Energia e Potência Mecânica
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Energia e Potencia Mecânica
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Energia e Potencia Mecânica
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv
equivalente a 0,736 kW, portanto neste caso teremos que utilizar um motor
de:
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Rendimento de um Motor
Os níveis mínimos de rendimento obedecem os limites
estabelecidos pelas NBR’s da ABNT;
Em 2001 o governo estabeleceu através da Lei 10.295 os níveis
mínimos de eficiência energética para máquinas e equipamentos
consumidores de energia.
No caso dos motores elétricos existiam duas referencias para
rendimentos: padrão e alto rendimento.
Em 2005, o governo aprovou a portaria 553 que estabelece a
partir de 2010 uma nova referência de rendimento mínimo, bem
parecido com o alto rendimento para motores a partir de 1CV.
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PORTARIA INTERMINISTERIAL MME/MCT/MDIC
Nº 553 DE 08/12/2005
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Rendimento “μ”
• Pelo rendimento, por exemplo, se chegamos a necessidade de
um motor de 10CV, por exemplo, e se optarmos por motor
trifásico de 04 polos,
Potência Util (W) = 10(CV) x 736(W/CV)/ 0,895
Potência Util (W) = 8.823,46W
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Fator de Potência para Motores
Potência aparente S(VA) e o resultado da multiplicação da
tensão pela corrente S (VA) = V.A para sistemas monofásicos e
S (VA) = 𝟑 . V . A, para sistemas trifásicos.
A Potencia Útil P(W) corresponde à potência que existiria
se não houvesse defasagem da corrente, ou seja, se a carga fosse
formada por resistências.
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Dimensione um sistema motobomba.
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Dimensione um sistema motobomba.
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Dimensione um sistema motobomba.
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Circuitos Elétricos
Teremos um motor eletrico de S(VA) = 4.074,74VA trifásico 380V
com quatro polos com 1.800 r.p.m. em 60Hz.
A corrente drenada A = 7A corrigido em 20% (50ᵒC) A = 9A
Disjuntor a ser escolhido Curva “D” 10A
Disjuntor Siemens 5SX4 3 -10 – 8
Condutores 5#4mm2 Epr/Xlpe 90ᵒC φ 32mm PVC
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O caminho de ida e o mesmo de volta
A Energia e transformada: Energia Potencial transformada em energia
mecânica, e a energia mecânica transformada em energia elétrica.
Energia potencial é a energia relacionada à altura de um corpo em relação ao
solo.
A energia potencial gravitacional é definida por meio da seguinte equação:
𝑬𝒑 = 𝒎. 𝒈. 𝒉
m – massa do corpo (kg – quilogramas); h – altura do corpo em relação ao
solo (m – metros);
Para sistemas hidroelétricos a massa e igual a vazão por segundo e a altura
e o desnível entre a captação e a descarga da agua;
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Dimensione o Aproveitamento Hidráulico
Dimensione uma Pequena Central Hidroelétrica em um
aproveitamento hidráulico com vazão mínima registrada de 700
litros por segundo e com desnível entre a captação e descarga de
agua de 67 metros, conforme curvas isométricas levantadas.
Neste caso a outorga de agua permite o uso de ate 20% da vazão
mínima registrada, ou seja iremos utilizar 140 l/s
𝑬𝒑=𝒎.𝒈.𝒉
E (W) = 140 x 67 x 9.8 = 92KW
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Dimensione o Aproveitamento Hidráulico
Com rendimento de 80% P(W) = 115KV
Com fator de Potência de 85% S(VA) = 136KVA
Com perdas de 20% teremos um Gerador Hidroelétrico de
162KVA trifásico 380V
Caso as UC’s fiquem distantes até 400m da Geração devemos
considerar a queda de tensão máxima de 4%;
Para distancias superiores devemos elevar a tensão em níveis
que permitam a distribuição sem perdas.
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Grandezas Elétrica:
Como Dimensionar o Provável Consumo de
Energia Elétrica?
Qual a Potência do Sistema de Geração?
P = KW....?
S = KVA....?
E = KW.h/mês....????
NTC 04 ENEL / NBR ABNT 5410
UC’s
Carga Mínima: tomadas de uso geral e iluminação por
M2 da edificação;
Carga a ser prevista: Carga mínima mais
equipamentos de circuitos exclusivos - aqueles com
potência superior a 600W ou 1.000VA;
Demanda: Possibilidade de Uso Simultaneo;
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NTC 04 ENEL / NBR ABNT 5410
UC’s
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NTC 04 ENEL / NBR ABNT 5410
Condominio Residencial Vertical Nᵒ de UC’s
• Qual a Área edificada de cada UC?
• Quantas UC’s possuem o Condominio?
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NTC 04 ENEL / NBR ABNT 5410
Condominio Residencial Vertical Nᵒ de UC’s
Para o Condominio Residencial composto de 140 UC’s de 150m2
teremos uma Demanda para as UC’s de:
D(KVA) = 3,10 x 72,59 = 225,029KVA x 1,2 = 270,03KVA
A ser acrescentado e calculado a demanda da Área Comum.
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Cálculo da Potência Mínima a Ser Disponibilizada UC’s Grupo B
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Geração Hidrelétrica
Geração Hidrelétrica
Geração Hidrelétrica
• O aproveitamento da energia hidráulica para geração
de energia elétrica é feito por meio de uma turbina
hidráulica, devidamente acoplada a um gerador,
formando o conjunto turbina-gerador
• A energia hidráulica é transformada em energia
mecânica quando a água passa pela turbina, fazendo
com que esta gire
• No gerador, que está acoplado à turbina, a energia
mecânica é transformada em energia elétrica
Geração Hidrelétrica
• Vazão de uso consuntivo da água: Vazão de água destinada ao conjunto de atividades em que o seu
uso provoca uma diminuição dos recursos hídricos disponíveis, como irrigação, criação animal e
abastecimentos urbano, rural e industrial
• Vazão turbinada: vazão que passa através das turbinas de uma usina hidroelétrica
Geração Hidrelétrica
Conceitos Hidrologia
• Vazão vertida: Vazão liberada por um reservatório através de vertedouros de superfície e/ou de
descarregadores de fundo
Fonte: (CICOGNA, 1999) - Representação dos conceitos de Montante e Jusante em uma Usina Hidrelétrica
Geração Hidrelétrica
Conceitos Hidrologia
• Essa disposição permite que a mesma parcela de água utilizada para gerar energia
elétrica em uma usina seja reaproveitada em outra usina localizada à jusante
• Centrais Hidrelétricas de Desvio: constrói-se uma barragem que permite a água ser conduzida por um
canal aberto ou uma tubulação, que se liga a uma chaminé de equilíbrio. Desse ponto, ou de uma
tomada d’água, a água é conduzida às turbinas pelos condutos forçados
• Centrais Hidrelétricas de Derivação: A única diferença entre as centrais de desvio e derivação é que,
nas usinas de desvio, o rio jusante, onde a água é devolvida após passar pelas turbinas, é o mesmo da
captação
• Centrais Hidrelétricas de Representação: implantadas em um trecho do rio e tem ligação direta entre a
barragem e a casa de máquinas. Este é o arranjo típico de grandes centrais hidroelétricas
Aproveitamentos Hidrelétricos
Turbinas de Ação
Classificação das turbinas hidráulicas
Turbina de Reação
Classificação das turbinas hidráulicas
Quanto à direção do fluxo de trabalho do fluido em relação à sua entrada no rotor, as turbinas
hidráulicas se classificam em tangenciais (Ex. Pelton), radiais (Ex. Francis) e axiais (Ex. Kaplan)
Turbinas Pelton
Tipos de turbinas hidráulicas
TURBINAS PELTON
Turbina Pelton
Tipos de turbinas hidráulicas
TURBINAS PELTON
Turbina Francis
Tipos de turbinas hidráulicas
TURBINAS FRANCIS
Tipos de turbinas hidráulicas
TURBINAS FRANCIS
Turbinas Kaplan
Tipos de turbinas hidráulicas
Turbina Kaplan
Aproveitamentos Hidrelétricos
Componentes
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
TOMADA D'ÁGUA: É a estrutura que forma o ponto de captação de água para envio as turbinas, ou seja,
é a extremidade da tubulação ligada ao reservatório no nível superior
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
CANAL ADUTOR (ADUTORA): O nível da água no final do canal de adução e no reservatório é
praticamente o mesmo, havendo apenas uma pequena diferença para fazer com que a água saia do
reservatório e se dirija para o final do canal de adução. No final do canal de adução está localizada a
estrutura que chamamos de câmara de carga, que é a interface entre o canal de adução e o conduto
forçado
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
CAMARA DE CARGA: Estrutura posicionada entre o canal adutor e a tomada de água.
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
CONDUTOS FORÇADOS (CONDUTOS SOB PRESSÃO): São as canalizações por onde a agua escoa sob
uma pressão diferente da pressão atmosférica interligando a tomada ou canal de adução de água às
turbinas. As seções desses condutos são sempre fechadas e o liquido escoa preenchendo-as totalmente
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
CHAMINÉ DE EQUILIBRIO: Tem a finalidade amortecer efeitos dos aumentos de pressão e velocidade da
água no interior da tubulação forçada causados pelo golpe de aríete durante um acionamento rápido do
dispositivo de fechamento da turbina.
Aproveitamentos Hidrelétricos
PRINCIPAIS COMPONENTES
CASA DE FORÇA: local de instalação de turbinas hidráulicas, geradores, reguladores, painéis e
outros equipamentos do sistema elétrico da geração.
Impactos ambientais
Apesar das usinas hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de custo zero que é
a água, "não poluem" o ambiente, porém:
• alteram a paisagem
• grandes desmatamentos
• prejuízos à fauna e à flora,
• inundam áreas verdes, além do que muitas famílias são deslocadas de suas residências
Aproveitamentos Hidrelétricos no Brasil
Aproveitamentos Hidrelétricos no Brasil
• Os empreendimentos que impactam de forma significativa a disponibilidade da água para os
demais usos do recurso são analisados de forma diferenciada pela Agência Nacional de Águas
(ANA)
CGH
Potência Quantidade
Outorgada (kW)
811.159,73 738
PCH
Potência Quantidade
Outorgada (kW)
7.134.791,54 547
UHE
Potência Quantidade
Outorgada (kW)
103.330.98 222
Execução da
Projeto Básico Projeto Executivo
Obra
Implantação de empreendimentos
hidrelétricos
Estimativa do potencial hidrelétrico: análise das características das bacias hidrográficas,
especialmente quanto aos aspectos topográficos, hidrológicos e geológicos, sem sentido
de verificação da sua vocação para geração de energia elétrica
Execução da Obra: etapa separada simultânea à anterior, onde as obras civis são
executadas, os equipamentos utilizados e testados, armazenados no seu final da Central
pronta para operar com a potência total ou aumentada gradualmente no decorrer da
etapa
Usina Hidrelétrica de Itaipu
• 1974: Assinatura do Tratado de Itaipu: formada a entidade Binacional Itaipu, para gerenciar a
construção da usina, estruturada como “empresa internacional”
• 1979: Assinatura do Acordo Tripartite, entre Brasil, Paraguai e Argentina: determinou regras para o
aproveitamento dos recursos hidráulicos no trecho do Rio Paraná, desde as Sete Quedas até a foz do
Rio da Prata. Esse acordo estabeleceu os níveis do rio e as variações permitidas para os diferentes
empreendimentos hidrelétricos na bacia comum aos três países
Usina Hidrelétrica de Itaipu
Capacidade instalada
• No lado paraguaio, a conexão é realizada na subestação Margem Direita, situada na área da usina de
Itaipu.
• A usina foi inaugurada em 22 de novembro de 1984, numa época em que havia relativamente
pouca preocupação com questões ambientais, com 2.850 km² de reservatório (área alagada)
• Usina a fio d’água, Belo Monte se caracteriza por ter dois reservatórios interligados por um Canal
de Derivação com 20 km de extensão, totalizando 478 Km2 de área alagada
• Ambos os reservatórios estão situados entre os municípios de Altamira, Brasil Novo e Vitória do
Xingu
Usina Hidrelétrica Belo Monte
Usina Hidrelétrica Santo Antônio
• A UHE Santo Antônio, situada no rio Madeira, em meio à floresta amazônica e a 7 km do
centro da capital Porto Velho (RO)
Fonte: https://www.santoantonioenergia.com.br/
Usina Hidrelétrica Santo Antônio
Fonte: https://www.santoantonioenergia.com.br/
Fonte: http://www.epe.gov.br/
Usina Hidrelétrica Jirau
• A UHE Jirau, situada no Rio Madeira, implantada no local
denominado Ilha do Padre, a 120 Km ao longo do Rio Madeira da cidade de Porto Velho,
capital do estado de Rondônia
• A área do reservatório é variável, com 361,6 km² em seu nível d'água máximo
Usina Hidrelétrica Jirau
Fonte: http://www.epe.gov.br/
Sistema Elétrico de Potência
Sistema Elétrico de Potência
FUNÇÃO DE UM SISTEMA
ELÉTRICO DE POTÊNCIA
Fundação da Eletrobrás
O Setor Elétrico Brasileiro - Breve Histórico
• Ano 1996: Projeto Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro – RESEB - Contratação pela
Eletrobrás da consultoria da Coopers & Lybrand para o desenvolvimento do projeto
• identificar as soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas diversas
regiões do País
▪ Criação do Mercado Atacadista de Energia (MAE), com a livre negociação dos contratos
de suprimentos
• A principal causa do racionamento de energia elétrica, apontada pelo governo federal na época,
foi devido a estiagem prolongada, que reduziu drasticamente os níveis dos principais
reservatórios de água no país, nas regiões Sudeste e Nordeste
• Contratação no ambiente regulado da oferta licitada em leilões de energia por meio de contratos
multilaterais entre geradora e as distribuidoras
• As empresas de serviço público de distribuição de energia elétrica que atuem no SIN não poderão
desenvolver atividades de geração e de transmissão de energia elétrica
• As concessionárias e as autorizadas de geração de energia elétrica que atuem no SIN não poderão ser
coligadas ou controladoras de sociedades que desenvolvam atividades de distribuição de energia
elétrica no SIN
• O CMSE, presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, tem a função de acompanhar
e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em
todo o território nacional.
Estrutura Institucional do Setor Elétrico
Brasileiro
• A EPE tem por finalidade prestar serviços ao MME na área de estudos e pesquisas destinadas a
subsidiar o planejamento do setor energético, cobrindo energia elétrica, petróleo e gás natural e
seus derivados e biocombustíveis
• A ANEEL, autarquia em regime especial vinculada ao MME, regula o setor elétrico brasileiro.
Dentre suas atribuições: regular a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia
elétrica; estabelecer tarifas; implementar as políticas e diretrizes do governo federal relativas à
exploração da energia elétrica
• O planejamento e a programação da operação do SIN são atividades realizadas pelo ONS, com
a definição do Custo Marginal de Operação (CMO), e os resultados têm consequências na
operação do sistema elétrico e também na formação do Preço de Liquidação das Diferenças
(PLD), calculado pela CCEE
Estrutura Institucional do Setor Elétrico
Brasileiro
• A CCEE é uma empresa de direito privado, sem fins lucrativos, sob a fiscalização e regulação
da ANEEL, com a finalidade de viabilizar a comercialização de energia
“Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho que desenvolva propostas de Modernização do Setor Elétrico,
tratando de forma integrada, inclusive, dos seguintes temas:
I. - ambiente de mercado e mecanismos de viabilização da expansão do
Sistema Elétrico;
II.- mecanismos de formação de preços;
III.- racionalização de encargos e subsídios;
IV.- Mecanismo de Realocação de Energia - MRE;
V.- alocação de custos e riscos;
VI.- inserção das novas tecnologias; e
VII.- sustentabilidade dos serviços de distribuição.”
Modernização do Setor Elétrico
• O GT teve duração de 180 dias, desde a publicação da Portaria 187/2019, para concluir suas
atividades
• Foram abertas consultas públicas e realizados workshops, dos quais participaram mais de 1.500
representantes de empresas, associações ou interessados em geral pelo setor elétrico brasileiro
• Contratos Legados: o novo mercado precisa dar tratamento às relações contratuais vigentes,
zelando pelo princípio da segurança e estabilidade jurídica e regulatória. A complexidade desse
desafio decorre do número de agentes envolvidos, dos tipos de contratos existentes assim como
dos prazos dessas relações; e
• Transição Elétrica: a matriz elétrica mudou muito desde que foi concebido o arcabouço de regras
setoriais vigentes e o fato de a matriz ter evoluído de maneira mais diversificada é tanto causa
quanto consequência das distorções na alocação de custos e riscos no setor, algo que se pretende
adequar com a proposta de Modernização
Modernização do Setor Elétrico
Relatório do Grupo de Trabalho da Modernização do Setor Elétrico
Diante desses desafios, definiram-se os pilares da Modernização:
• O sistema elétrico brasileiro permite o intercâmbio da energia produzida, exceto nos sistemas
isolados, localizados principalmente na região Norte
• O trânsito da energia é possível graças ao Sistema Interligado Nacional (SIN), uma grande rede de
transmissão com mais de 100 mil km de extensão
Sistema de Transmissão - Horizonte 2024
Fonte: ONS
Fonte: 2019 - Sumário PAR/PEL 2020 -2024
O Sistema Elétrico Brasileiro
Sistemas Isolados
• Atualmente, existem 235 localidades isoladas no Brasil. A maior parte está na região Norte, nos
estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. A ilha de Fernando de Noronha, em
Pernambuco, e algumas localidades de Mato Grosso completam a lista
• O consumo nessas localidades é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda
por energia dessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel
• Entre as capitais, Boa Vista (RR) é a única que ainda é atendida por um sistema isolado
O Sistema Elétrico Brasileiro
Sistemas Isolados
• O ONS elabora anualmente o Plano Anual de Operação dos Sistemas Isolados e o envia à CCEE, para
fins de consolidação do Plano Anual de Custos (PAC) da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC),
que, posteriormente, é enviado à Aneel
• Em relação aos sistemas isolados de Boa Vista (RR) e localidades conectadas, o ONS é o responsável
pela coordenação da operação em tempo real
O Sistema Elétrico Brasileiro
Sistema Interligado Nacional (SIN)
• As usinas térmicas, em geral localizadas nas proximidades dos principais centros de carga,
desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do SIN
• Nos últimos anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul,
apresentou um forte crescimento, aumentando a importância dessa geração para o atendimento
do mercado
Hidroelétricas do SIN - Rede de Operação - Horizonte 2024
• garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma não
discriminatória; e
• contribuir, de acordo com a natureza de suas atividades, para que a expansão do SIN se faça ao
menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras.
Planejamento e Operação do SIN
Atendimento Instantâneo à Carga
a cada instante Geração = Carga
Patamares de Carga de Energia
Fonte: Procedimentos de Rede – Submódulo 5.5 Consolidação da previsão de carga para o planejamento
anual da operação energética
Planejamento e Operação do SIN
• Custo Marginal de Operação (CMO) - o custo para produzir o próximo MWh no sistema
Planejamento e Operação do SIN
• Programa Mensal da Operação Energética (PMO): Emitido pelo ONS, apresenta os
resultados dos estudos realizados em base mensal, e revistos semanalmente, e fornecem
metas e diretrizes eletroenergéticas a serem consideradas na programação diária da
operação e na operação em tempo real
• Aspectos legais e locais, que são influenciados pelas características e restrições de instalações e
equipamentos de propriedade e responsabilidade dos agentes envolvidos
A carga do SIN foi revisada para 65.886 MW médios em 2020 ante uma previsão inicial de 70.825
MW médios, de acordo a última versão do Planejamento Anual de Operação Energética (PEN
2020/2024)
Fonte: www.canalenergia.com.br
COVID-19: Impactos no SIN
O submercado Sudeste/Centro-Oeste está com o melhor armazenamento dos últimos 6 anos. A região – que
concentra 70% do armazenamento de eletricidade país – está com 55,05% de capacidade, de acordo dados
do ONS em 26 de maio.
A melhora nas afluências já havia provocado uma redução nos preços da energia no mercado livre em
fevereiro. Em abril, com a mudança na expectativa de carga, o preço despencou entre 40% e 60%
Entre 2020 e 2024, o país conviverá com uma sobra estrutural de energia acima de 15 GW.
Fonte: www.canalenergia.com.br
Empreendimentos de Geração no Brasil
Empreendimentos de Geração no Brasil
Matriz Elétrica Brasileira
• Concessão de serviço público: delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado;
II. - o aproveitamento de potenciais hidráulicos de potência superior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e
igual ou inferior a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) destinados a uso exclusivo do autoprodutor e a
produção independente de energia
• Leilão de Energia Existente: Contratar energia gerada por usinas já construídas e que estejam
em operação, cujos investimentos já foram amortizados e, portanto, possuem um custo mais
baixo
Leilões de Geração
• Leilão Estruturante: destinam-se à compra de energia proveniente de projetos de geração
indicados por resolução do CNPE e aprovados pelo presidente da República
• Para fins de classificação dos lances do LEN A-4/2020, considerada a Capacidade Remanescente do
SIN para Escoamento de Geração
Leilões de Geração
PORTARIA MME Nº 455, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2019
PORTARIA MME Nº 455, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2019
NT ONS 0025/2020 – LEN A-4/2020: QUANTITATIVOS DA CAPACIDADE REMANESCENTE DO SIN PARA ESCOAMENTO DE
GERAÇÃO PELA REDE BÁSICA, DIT E ICG
A base de dados de referência utilizada para as análises foi a do Plano de Ampliações e Reforços nas
Instalações de Transmissão do SIN – PAR 2020-2024, correspondente a do mês de dezembro de 2023
EPE realizou consultas às transmissoras sobre a viabilidade física de conexão nos barramentos candidatos,
indicados pelos empreendedores no ato do cadastramento do LEN A-4/2020, tendo como resultados as
disponibilidades apresentadas.
▪ Tipo A: Com possibilidade para novas conexões de linha, ou seja, considerando possibilidade de
conexão no barramento existente ou em expansões de barramento
▪ Tipo B: Sem possibilidade para novas conexões de linha (impossibilidade física e/ou técnica)
Fonte: ONS/EPE - LEN A-4/2020: METODOLOGIA, PREMISSAS E CRITÉRIOS PARA A DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE
REMANESCENTE DO SIN PARA ESCOAMENTO DE GERAÇÃO PELA REDE BÁSICA, DIT E ICG
NT ONS 0025/2020 – LEN A-4/2020: QUANTITATIVOS DA CAPACIDADE REMANESCENTE DO SIN PARA ESCOAMENTO DE
GERAÇÃO PELA REDE BÁSICA, DIT E ICG
As análises para determinação dos Quantitativos da Capacidade Remanescente do SIN para Escoamento
de Geração nos Barramentos da Rede Básica, DIT e ICG foram realizadas considerando os estudos de fluxo
de potência, observando as capacidades operativas de dos equipamentos da rede elétrica, bem como os
critérios de tensão, visando o atendimento aos requisitos dos Procedimentos de Rede
Empreendimentos de Geração no Brasil
Obtenção e manutenção da situação operacional
Empreendimentos de Geração no Brasil
Resolução Normativa ANEEL N° 583, de 23 de outubro de 2013
Estabelece os procedimentos e condições para obtenção e manutenção da situação
operacional e definição de potência instalada e líquida de empreendimento de
geração de energia elétrica
• Potência elétrica ativa nominal: máxima potência elétrica ativa possível de ser obtida nos terminais
do gerador elétrico
• Potência instalada: capacidade bruta (kW) que determina o porte da central geradora para fins de
outorga, regulação e fiscalização, definida pelo somatório das potências elétricas ativas nominais das
unidades geradoras principais da central
• Potência líquida: potência elétrica ativa (kW) máxima disponibilizada pela central geradora, definida
em termos líquidos no seu ponto de conexão, ou seja, descontando da potência bruta gerada o
consumo em serviços auxiliares e as perdas no sistema de conexão da central geradora e
comprovada mediante dados de geração ou ensaio de desempenho
Empreendimentos de Geração no Brasil
Resolução Normativa ANEEL N° 583, de 23 de outubro de 2013
§ 1º A solicitação de que trata o caput deverá ser efetuada para cada unidade
geradora nova ou que venha a ter alteração do combustível principal, no caso de
centrais geradoras termelétricas
Resolução Normativa ANEEL N° 583, de 23 de outubro de 2013
Resolução Normativa ANEEL N° 583, de 23 de outubro de 2013
Modalidade de operação de usinas
Modalidade de operação de usinas
Procedimentos de Rede. Submódulo 26.2 – Critérios para classificação da modalidade de
operação de usinas
• É necessário avaliar os impactos do empreendimento de geração na operação do SIN, de modo a
identificar a modalidade de operação da usina e estabelecer o relacionamento com o ONS
• A modalidade de operação da usina é definida a partir da avaliação dos impactos verificados tanto
na operação hidráulica e energética do SIN, como também na segurança da rede de operação
• Parecer Técnico de Modalidade de Operação de Usina: emitido pelo ONS, apresenta a classificação
de modalidade de operação de determinada usina, com base nos impactos nos processos de
planejamento e operação eletroenergética do SIN.
Modalidade de operação de usinas
Procedimentos de Rede. Submódulo 26.2 – Critérios para classificação da modalidade de
operação de usinas
• É necessário avaliar os impactos do empreendimento de geração na operação do SIN, de modo a
identificar a modalidade de operação da usina e estabelecer o relacionamento com o ONS
• A modalidade de operação da usina é definida a partir da avaliação dos impactos verificados tanto
na operação hidráulica e energética do SIN, como também na segurança da rede de operação
• Parecer Técnico de Modalidade de Operação de Usina: emitido pelo ONS, apresenta a classificação
de modalidade de operação de determinada usina, com base nos impactos nos processos de
planejamento e operação eletroenergética do SIN.
Modalidade de operação de usinas
• O ONS realiza análises e estudos de classificação de modalidade de operação de uma usina do SIN
em função da solicitação do agente de geração, ou quando identificada, pelo ONS a necessidade de
avaliações desta usina em função da expansão do SIN ou dos impactos da referida usina à
operação do SIN
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