Você está na página 1de 27

ELE045 - Geração de Energia Elétrica

Usinas Hidrelétricas - 3

Prof. Wadaed Uturbey, DEE/UFMG


Sala 2128 – wadaed@cpdee.ufmg.br

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


POTÊNCIA DE SAÍDA DO GERADOR

EV
P= sen
Xs
Onde: EV V2
Q= cos  −
Xs Xs
E é a fem interna do gerador;
XS é a reatância síncrona;
V é a tensão nos terminais da máquina.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


REGULADOR DE VELOCIDADE DE USINAS HIDRELÉTRICAS
Funções do Regulador:

Possibilitar a geração de energia elétrica com características técnicas


aceitáveis, ou seja, frequência padrão ( 1%);
Garantir operação das turbinas nas faixas de velocidade de projeto,
permitindo sua operação nos rendimentos estabelecidos;
Controlar a potência gerada, permitindo a adequada partição de
potência entre unidades geradoras.

onde:
J é o momento de inércia do conjunto turbina- gerador;
g é a acelaração angular do rotor;
Ta é o conjugado de aceleração;
Tm é o conjugado mecânico da turbina;
Te é o conjugado eletromagnético do gerador.
Relação entre q e 
ws é a velocidade síncrona de giro;
q é a posição angular, medida em relação a um eixo fixo;
 é a posição angular, em relação a uma referência à velocidade síncrona;

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Dinâmica mecânica do conjunto gerador-turbina:

Jg = Ta = Tm − Te
 = q − wst
d dq
= − ws
dt dt
d 2
d 2 d 2q J = Tm − Te
= =g dt 2
2 2
dt dt
Multiplicando pela velocidade angular, temos a equação de
oscilação da máquina:

d 2
onde: Jw = (Tm − Te )w
2
dt
M é a quantidade de movimento angular;
d 2
Pe é a potência elétrica de saída; M = Pm − Pe
Pm é a potência mecânica de entrada; dt 2

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


2 H d 2
= pm − pe ; em p.u.
ws dt 2

H é uma constante relacionada com a inércia, em segundos;

energia _ cinética _ à _ velocidade _ síncrona


H=
potência _ aparente _ nom.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Malha de controle:

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Regulador Isócrono:
Mantêm velocidade constante para
qualquer carga.

Regulador isócrono com sensor


centrífugo e amplificador hidráulico:

Zulcy de Sousa.; Fuchs, R.D. & Santos,


A.H.M., Centrais Hidro e Termelétrica.,
Editora Edgard Blücher Ltda, 1983.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Forças sobre as esferas: Fm = k m (x + r )
Fc = kc (w )
Em equilíbrio:
Fm = Fc
k m (x + r ) = kc (w )

Relação entre a vazão de óleo e o deslocamento x:


Q = kQ x
d (V ) d (− y )
Q = =A
dt dt
d (y )
= −k y x
dt
Diagrama de blocos do regulador isócrono:

-x y
r

w

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Regulador com Estatismo: Permite variação de velocidade com a carga.

É fundamental para a partição de potência entre


unidades que operem em paralelo.

Considera-se a conexão entre a


haste do servopistão e o
controle da válvula carretel:

Zulcy de Sousa.; Fuchs, R.D. & Santos,


A.H.M., Centrais Hidro e Termelétrica.,
Editora Edgard Blücher Ltda, 1983.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


O efeito é o de introduzir uma realimentação entre y
e x. Desta forma, o diagrama de blocos é:

r y

w

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Característica carga-frequência em regime permanente: um
aumento de carga provoca uma queda de velocidade (em sistema
isolado, ex.: um gerador e uma carga).

Para que a frequência retorne ao seu valor inicial, deve-se atuar


sobre a referência do regulador.

DEF.
w
Regulagem (ou estatismo): fO

f o − f max fmax
R=
f base P
Pmax

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


MODELO DE TURBINA HIDRÁULICA E CONDUTO FORÇADO

Resposta a um degrau:

pm (s ) 1 − Tw s
= Luo
G (s ) 1 + Tw s Tw =
gH o
2
Observação:
Ao aumentar a abertura do distribuidor diminui a
resistência ao fluxo e deveria aumentar a
velocidade do fluxo.
A vazão Q não pode variar instantaneamente.
Como a vazão que entra ao distribuidor desde o
conduto forçado deve ser igual à vazão saindo do
distribuidor e entrando na turbina, ao aumentar a
área A (seção) diminui a velocidade da água no
conduto (u = Q/A) e portanto diminui a potência
de saída.
Após algum tempo, a velocidade da água
aumenta e, portanto aumenta a potência de
saída.
Wadaed Uturbey – EE/UFMG
Regulador com Estatismo Transitório:

Impede a atuação rápida dos reguladores,


evitando variações excessivas de pressões
nas tubulações e instabilidades.

Diagrama de blocos:

r y

f

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Operação de geradores em paralelo:
Para uma máquina conectada em paralelo a um grande sistema elétrico, este
sistema representa um barramento de potência infinita.

Um barramento de potência infinita pode ser analisado como uma grande


máquina com regulador isócrono.
Para colocar uma máquina em paralelo, ajustamos a referência até que a
máquina tenha rotação wO igual à do barramento. Temos a característica (1) em
pontilhado.

Após fechado o paralelo, para que a máquina tome carga, atuamos na referência
do regulador no sentido de aumentar a rotação, devido a que a rotação está
imposta pelo barramento infinito. O efeito é o de trasladar a característica,
obtendo a reta (2).
w

(2) Barramento
w0 infinito

(1)

P
Ps

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


No caso de duas centrais operando em paralelo:

w0

P1 P2

Ps2 Ps1
P

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Quando se deseja analisar a distribuição de potência de um número grande
de máquinas, o processo deve ser analítico. Seja um acréscimo de carga P,
e a rotação do sistema varia em w, verifica-se, para cada máquina:

f o − f max
P
=
Pmax − 0 w0
R=
w wmax − w0 w
f base

Da definição de regulagem ou estatismo:

w 0 − w max = R.w b
pMAX Ps
Substituindo para as diferentes máquinas: P

w1 1
P1 = − Pmax 1
wb R1
w2 1 (A)
P2 = − Pmax 2
wb R2
w3 1
P3 = − Pmax 3
wb R3
Wadaed Uturbey – EE/UFMG
Devido a que as 3 máquinas pertencem a um mesmo sistema, a relação w/wb
é a mesma para todas. A variação total de potência é a soma das variações
individuais:

 Pmax 1 Pmax 2 Pmax 3  w


P = P1 + P2 + P3 = −  + + 
 1R R 2 R 3  wb

Isolando w/wb da expressão anterior e substituindo em (A), na


transparência anterior, para cada máquina, tem-se a variação de
potência de cada máquina Pi quando a carga total do sistema
varia em P:
Pmax i
Ri
Pi = P
 Pmax 1 Pmax 2 Pmax 3 
 R + R + R 
 1 2 3 

OBS: As equações acima não levam em conta o efeito da variação da


carga com a freqüência.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Vimos que (considerando que Pmax é a potência nominal da máquina):

w 1
P = − Pn
wb R

Expressões em p.u.

Quando a potência base coincide com a potência


nominal da máquina:
P 1 w 1
=− Ppu = − w pu
Pn R wb R

Para uma potência base diferente da potência nominal


da máquina: P   w
1 Pn
=−  
Pb R  Pb  wb
 1 P   1 
Ppu = − n w Ppu = − w pu
 R Pb  pu  R* 
 
* Pb
com: R =R
Pn
Wadaed Uturbey – EE/UFMG
Para duas máquinas:

1 Pn1 1 Pn 2  w
Ppu = P1 pu + P2 pu = −  + 
 R1 Pb R2 Pb  wb

Podemos definir uma Regulação Equivalente:

1 1 Pn1 1 Pn 2
= = +
Req R1 Pb R2 Pb

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


SISTEMAS DE EXCITAÇÃO
Funções Básicas:
Prover a alimentação em corrente contínua da bobina de campo do gerador
síncrono;
Controle de tensão e potência reativa;
Melhoria da estabilidade do sistema;
Garantir a operação da máquina dentro dos limites de sua curva de
capacidade;

Elementos do Sistema de Excitação:

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Curva de Capacidade ou Capabilidade

Zulcy de Sousa.; Fuchs,


R.D. & Santos, A.H.M.,
Centrais Hidro e
Termelétrica., Editora
Edgard Blücher Ltda,
1983.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Excitatriz:
Fornece c.c. para a bobina de campo do gerador. É a fonte de potência
propriamente dita
Regulador:
Processa e amplifica os sinais de controle para atuação na excitatriz,
incluindo funções de regulação e estabilização
Transdutor de tensão terminal e compensador de carga:
Adquire a tensão terminal e a condiciona (filtros) para a devida
comparação com a referência. Adicionalmente, proporciona a
compensação de quedas de tensão devido a carga
Estabilizador do Sistema de Potência:
Proporciona os sinais suplementares para amortecimento de oscilações
no sistema. Comumente são utilizados sinais de potência de
aceleração, desvio de velocidade do rotor e desvio de frequência
Limitadores e circuitos de proteção:
Inclui uma vasta gama de ações de proteção a fim de garantir a
operação do gerador e da excitatriz dentro de seus limites de
capacidade

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Tipos de Sistemas de Excitação:

Sistemas C.C.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Sistemas de excitação em C.A., utilizando retificadores:
Esquema típico para um gerador de 500 MW,

Com uma excitatriz em CA,


eliminamos o comutador e
as escovas associadas à
excitatriz de CC. Porém,
para transmitir a potência de
excitação para o campo do
gerador síncrono são
necessários anéis coletores
e escovas.
Wadaed Uturbey – EE/UFMG
Excitação A.C. sem escovas – 1960
Westinghouse, para geradores de grandes
potências:

Excitatriz de CA, retificador rotativo e gerador a ímã permanente, todos


montados no mesmo eixo do gerador.

Excitariz de CA: o enrolamento de campo está no estator e o de armadura no


rotor. O circuito de campo é alimentado por um sinal de erro que considera a
tensão de saída do gerador síncrono e a saída do gerador a ímã permanente.
A saída da armadura da excitatriz é a entrada ao retificador rotativo.

Wadaed Uturbey – EE/UFMG


Sistemas Estáticos utilizando Tiristores:

A excitariz é substituída por um conversor a tiristores;

Tempo de resposta muito rápido, o único retardo deve-se à


filtragem da tensão nominal. Valor típico: 3,3 ms a 50Hz;
Reduz-se o comprimento da unidade geradora, já que não está a
excitatriz;

Utiliza anéis deslizantes.


Wadaed Uturbey – EE/UFMG
Wadaed Uturbey – EE/UFMG

Você também pode gostar