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'
Vqas = Vqa − ras i qas − X 'a i das (3.189)
A seguir, são apresentadas as equações diferenciais que descrevem a dinâmica
dos enrolamentos do rotor da máquina assíncrona em p.u, em função de uma tensão
atrás de uma reatância transitória:
[ ]
'
dVda 1 '
= ' ⋅ − Vda + (X a − X 'a )i qas + sω s Vqa
' (3.190)
dt To
[ ]
'
dVqa 1
= '
⋅ − Vqa − (X a − X 'a )idas − sωs Vda
' (3.191)
dt To'
QA = Im{V i } *
t a
(3.199)
2
Va = Vdas 2
+ Vqas (3.200)
2
i a = i das 2
+ i qas (3.201)
ψ qas L (3.204)
ψ qar = −L m − + m i qar + L rr i qar
L ss L ss
Por estas equações, qualquer alteração na corrente do rotor do gerador
duplamente excitado, representada pelas componentes d-q, idar e iqar, pode ser
considerada como uma variação no valor das tensões atrás da reatância transitória, e
conseqüentemente nas tensões do rotor do gerador.
O modelo dinâmico do DFIG considera duas ou quatro equações de estado para
o rotor, dependendo se a dinâmica das correntes for considerada, mais a equação de
balanço. Os transitórios do estator são desprezados neste modelo. Desta forma, obtêm-
se as equações diferenciais em p.u. a seguir, na base nominal do gerador, para as tensões
atrás da reatância transitória da máquina duplamente excitada.
[ ]
'
dVda 1 ' X
= ' ⋅ − Vda + (X a − X 'a )i qas + sωs Vqa
'
− ωs m Vqar (3.205)
dt To X rr
[ ]
'
dVqa 1 Xm
= '
⋅ − Vqa − (X a − X 'a )i das − sωs Vda
'
+ ωs V (3.206)
dt To' X rr dar
) ((V ( ) )
1
i das = 2 ′ − Vdas ) ras + Vqa
′ − Vqas X ′a
(
ras + X ′as2
da
(3.207)
i = 1
((Vqa′ − Vqas ) ras + (Vda′ − Vdas ) X ′a )
(
qas r 2 + X ′ 2
as as )
A obtenção das tensões e correntes no rotor da máquina, necessárias ao controle
do gerador, por outro lado, requer um maior esforço. Inicialmente, considerando-se as
L2 L L2
ψ qar = L rr − m iqar + m ψqas = L rr − m i qar
Lss Lss (3.211)
Lss
Substituindo o fluxo magnético do rotor em função das correntes nos eixos d-q,
na equação (3.208) das tensões do rotor e desconsiderando o transitório do estator,
obtém-se:
L 2 L 2 di
Vdar = rar i dar - s ω s L rr − m i qar + L rr − m dar
L ss L ss dt
(3.212)
L m 2 L m Vqa Lm2 di qar
V = r i + s ω L − i + s ω + L −
qar ar qar s rr s rr L
L ss dt
dar
L ss ω s ss
di dar 2
=
1 V - r i + s ω L rr − L m i qar (3.213)
dt 2 dar ar dar s L ss
L rr − L m
L ss
ψ qas + L ss i qas L ss
i qar = =
L i qas
(3.216)
Lm m
di dar 2
=
1 Vdar - rar i dar + s ω s L rr i qar − s ω s L m i qar (3.217)
dt 2 L ss
L rr − L m
L ss
Substituindo (3.216) em (3.217) pode-se escrever a equação da corrente no rotor
ao longo do eixo direto finalmente como:
di dar 2
=
1 Vdar - rar i dar + s ω s L rr L ss i qas − s ω s L m L ss i qas (3.218)
dt (σL rr )
Lm L ss L m
L m 2
onde σ = 1 − .
L rr Lss
De forma similar, expandindo a equação (3.216) e substituindo a corrente no
eixo d do rotor proveniente de (3.217) obtém-se a seguinte expressão final para a
corrente ao longo do eixo q do rotor:
di qar
dt
=
1
(
V - r i − s ω s (L rr i dar − L m i das )
(σL rr ) qar ar qar
) (3.219)
Desta forma, são obtidas duas novas equações diferenciais para o rotor, em
função das correntes, para representação da máquina duplamente excitada nos estudos
de estabilidade transitória em sistemas elétricos de potência.
Um gerador assíncrono duplamente excitado, ao contrário dos geradores de
indução com rotor em gaiola, pode gerar potência reativa, sendo esta fornecida pelo
estator ou rotor conforme a equação a seguir. A equação da potência ativa do estator e
rotor (potência de escorregamento) é também estabelecida:
P = Ps + Pr = Vdas i das + Vqas i qas + Vdar i dar + Vqar i qar (3.220)
onde:
P= Potência ativa fornecida pelo DFIG
Q=Potência Reativa fornecida ou absorvida pelo DFIG .
Admitindo, que o conversor ligado à rede opere com fator de potência unitário,
comum nas redes fracas, a potência reativa será fornecida somente pelo estator da
máquina.
O torque eletromagnético desenvolvido pelo DFIG pode ser escrito em função
dos fluxos magnéticos do rotor como:
Te = ψqar i dar − ψdar i qar (p.u.)
(3.222)
eixo q
'
Va
ϑ Va
ψar
i qar i ar
eixo d
i dar
Q = − Vqas
(ψdas + L midar ) (3.224)
Lss
Q=−
(
− Vqas L m i dar, mag + i dar,ge )− 2
Vqas (3.225)
Ls + L m ωs (Ls + L m )
Quanto mais potência reativa for entregue à rede, maior será a tensão terminal. A
equação (3.226) mostra que, para aumentar o valor da potência reativa gerada, o valor
de idar,ge deve ser reduzido, portanto o regulador de tensão deve satisfazer as seguintes
exigências:
1- A potência reativa consumida pelo DFIG deve ser compensada pela corrente
necessária à magnetização da máquina;
2- A corrente, idar,ge, deve ser assim ajustada pelo controle, de forma apropriada,
se a tensão terminal for maior ou menor que um determinado valor de
referência.
A implementação dos dois esquemas de controle propostos, para o torque
eletromagnético e a potência reativa é mostrada a seguir.
k P4
Va,ref + + - k I3 + k I4 +
+
k P3
- + sτ I3 i dar , ref - sτ I4 Vdar
+
Va
−1 i dar sk D4
ωs L m
Neste caso, o erro de velocidade passa por um estágio de controle inicial PID e
um bloco de primeira ordem composto de uma constante de tempo, τ1, e um ganho k1.
Em seguida, o erro entre a corrente de referência ao longo do eixo q, iqr,ref, proveniente
do controlador, e a corrente efetivamente calculada ou medida no rotor, passa por uma
malha de controle PID, para gerar o sinal de tensão do rotor, ao longo do eixo q, o qual
é realimentado para a equação diferencial (3.205), representativa do comportamento
dinâmico do rotor do DFIG. De forma similar, o erro da tensão terminal da máquina
passa por um controlador que gera a corrente de referência ao longo do eixo d, idar,ref, a
qual é comparada com a corrente do rotor do gerador,idar , medida ou calculada, sendo o
erro entre as duas, realimentado para um controlador de corrente PID. Finalmente, a
saída deste controlador corresponde à tensão no rotor ao longo do eixo d, a qual é
realimentada na equação diferencial (3.206) do gerador assíncrono duplamente
excitado.
Os ganhos associados aos termos derivativos nas Figuras 3.36a e 3.36b podem
opcionalmente ser anulados e os controladores serem ajustados de acordo com os casos
de implementação específica, podendo-se chegar a estruturas do tipo PI ou mesmo P.
Nestas malhas são considerados também os limitadores de corrente e tensão, (NUNES
et al., 2003a e 2003b).
Conversor da
Rede
“Link DC”
ωa, ref + PID
i qar , ref i ar,ref
+--
ω ar i br,ref Conversor do
qd abc Rotor
+ PID
i dar,ref i cr,ref
+-
Q ref θ ar
Q iqas i ar,ref
Cálculo de TAE e i qar abc/ i br,ref
Potência Reativa idas qd i cr,ref
i dar
θ ar
i as
i bs
i cs