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ASSUNTO: ENSAIO DE CARREGAMENTO

DINÂMICO

Prof. MSc.
MSc. Tiago Garcia Rodriguez

2º semestre 2015
 Ensaio de Carregamento Dinâmico (PDA)

◦ Consiste em um procedimento de leitura de


sensores, especialmente preparado para tal
finalidade, onde por meio de um golpe de
martelo (de massa elevada) é possível se
obter diversos parâmetros da estaca, tais
quais a resistência mobilizada do sistema
estaca-solo, integridade da estaca, eficiência
de cravação do martelo.
 Avaliar a capacidade de carga (carga
mobilizada);
 Medir tensões de compressão e tração durante
a cravação dinâmica das estacas;
 Obter a eficiência do sistema de cravação;
 Obter informações sobre danos estruturais e
sua localização;
 Analisar a interação estaca-solo;
 O procedimento baseia-se em algumas
premissas:

◦ Conservação da energia;
◦ Resistência dos materiais;
 Lei de Hookie
◦ Teoria da propagação de ondas de tensões em
meio contínuo;
 Segundo a NBR 6.122/10 pode substituir provas de carga
estáticas de desempenho, na proporção 1:5 (uma estática
para cinco dinâmicas).
 Regulamentado pela norma brasileira NBR 13.208/07
ESTACAS DE
DESLOCAMENTO

TRANSDUTORES DE FORÇA /
BATE ESTACAS – MARTELO DE DEFORMAÇÃO E VELOCIDADE /
QUEDA LIVRE ACELERAÇÃO
ESTACAS
MOLDADAS IN
LOCO
 Resistências mobilizadas podem experimentar limitações
devido à energia/eficiência do sistema de cravação;

 A capacidade de carga é interpretada, ou seja, obtida


indiretamente;

 Sua execução requer atualização constante dos profissionais e


amplo conhecimento do assunto;

 Utilização de tecnologia “importada” e instrumentação que


requer calibração específica;

 Os serviços de campo e de escritório requerem a trabalho


especializado para a obtenção de sinais de qualidade e a
correta análise dos mesmos.
 Ensaio rápido e econômico. Um grande número de estacas
pode ser ensaiado com o mesmo custo de uma prova de carga
estática;

 Correlação satisfatória com resultados de provas de carga


estáticas;

 Ferramenta adequada para o controle da qualidade do


estaqueamento durante a cravação;

 Permite avaliar o desempenho do sistema de cravação de


modo a otimizar a eficiência do mesmo (por exemplo,
limitando o nível de tensões induzidas, melhorando a energia
transferida, etc.)
• O impacto do martelo gera uma onda de
compressão que se propaga pela estaca.
• A resistência do solo e variações de seção provocam
reflexões.
• As tensões que se desenvolvem na estaca podem
ser descritas pela teoria da propagação de ondas
unidimensional.
• Essas “ondas de tensão” podem ser analisadas
medindo-se a força e a velocidade no topo da
estaca.
 Conceitos de Energia
 Mecânica da Onda
◦ Ondas de tensão e velocidade
◦ Impedância da estaca
◦ Proporcionalidade entre força e velocidade
◦ Estacas com extremidade livre ou fixa
 Energia Potencial
 Energia Cinética
 Transferência de energia
 Perdas de energia
◦ Sistema de amortecimento
◦ Outras perdas
WR

EP = WR h (energia potencial)
vi W h
R
EK = ½ mR vi2 (energia cinética)

mR = WR / g

EP = EK
WP

vi = (2g h) ½
WR Mais Realista
EP = η WR h
η . Eficiência
F
F . Força de Atrito vi
h
WR

EK = ½ mR vi2 (cinética)
EP = EK

vi = (2g η h) ½ (reduzida)
WR

Max ET = ∫ F(t) v(t) dt


(EMX) h
WR
eT = EMX/ EP
(eficiência da
transferência) Força, F(t)
Velocidade,
v(t)
 Energia perdida no sistema de
amortecimento
 Alinhamento da estaca x martelo
 Deformação e distorção do topo da estaca
 Vibração
 Ruído, calor
 Flexão da estaca
dL

Zona comprimida avança ao


F longo da estaca com
velocidade da onda c

c = √E/ρ
ρ é a velocidade de propagação de onda
do material da estaca

Em um tempo "dt" a onda percorre uma distância dL = c dt


dt = tempo após a passagem da onda pela partícula
dL = c dt

Velocidade da partícula, v = δ /dt

A velocidade da partícula v é muitas vezes inferior à


velocidade da onda c
F = v (EA/c) = v Z
Força e velocidade são proporcionais através da impedância Z = EA/c

dL = c dt

Deformação, ε = δ /dL δ = v dt

O deslocamento do material da estaca


Deformação, ε = v / c
devido à compressão gera uma
Tensão, σ = (v / c) E
velocidade v das partículas
Força, F = (v / c) E A
Força:
• Compressão positiva (+)
• Tração negativa (-)

Velocidade:
• Descendente positiva(+)
• Ascendente negativa (-)
Ondas com direção descendete
Topo Ponta

C+ V+

Velocidade das
Força + Partículas +
V-
T-
Velocidade das
Força - Partículas -
Ondas com direção ascendente
Topo Ponta

V C
Velocidade
Partículas- Força +
V V+
T
Velocidade
Partículas+ Força -
• Lei da Proporcionalidade
• F = +Zv em uma onda descendente
• F = -Zv em uma onda ascendente
• Impedância da Estaca Z = EA/c = ρ cA
•E - Módulo elasticidade
•A - Área da seção transversal
•ρ - Densidade da massa
•c - Velocidade da onda c = (E / ρ)1/2
E = ρ c2
Ondas Descendentes Ondas Ascendentes

F=F½(F+Zv)
=Zv FF
=
=-Zv
½(F-Zv)


F = F+ F

v = v+ v
Exemplo - Estaca “flutuante” (cravação fácil)
Exemplo - Estaca “Fixa” (cravação difícil)
Exemplo – Estaca com atrito lateral
Ri – Onda ascendente

R
 Ondas trafegando ao longo de uma estaca provocam
modificações na força e velocidade, as quais variam
com o tempo
 Força e velocidade se relacionam através da impedância
 Força e velocidade medidas podem ser decompostas em
ondas ascendentes e descendentes
 Baixa resistência de ponta → a onda de compressão
gerada pelo martelo se reflete como tração
 Alta resistência de ponta → a onda de compressão
gerada pelo martelo pode dobrar o esforço na porção
inferior da estaca
 Os resultados obtidos em campo são fruto do método
simplificado CASE e não deve ser considerado como definitivo;
 Os ensaios de PDA devem sempre ser realizados com a
modelagem da estaca e do solo;
 O único software consagrado para a modelagem chama-se
CAPWAP, é produzido pela empresa americana PDI que
comercializa o equipamento PDA;
 A qualidade do ensaio depende da qualidade dos sinais
coletados, assim, equipamentos que não permitem uma boa
distribuição de tensões no impacto devem ser substituídos;
tiago.rodrigues@facens.com.br
tiago@geoprova.com.br

OBRIGADO!!!!!!

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