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Coimbra, 2018
1. Definição do Tema
2. Delimitação do Tema
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Quando houver citação de um disposi vo de lei sem menção de diploma, se entende que pertence ao
Código de Processo Civil Português vigente.
Dentro de cada componente, entretanto, cabe um estudo acerca do seu
conteúdo e forma, importando, para este trabalho, os atributos que a fundamentação
deve conter acerca da valoração probatória como projeção de verdade acerca dos fatos
articulados pelas partes, tanto para sua confirmação como negativa.
Parece cristalino que a opção do legislador por este regime de estrutura
sentencial visa não somente assegurar às partes a correta interpretação que o juízo deu
ao caso, como também fornecer à sociedade um instrumento de gerência das decisões
judiciais. Pois, se de um lado temos, consubstanciado no n.º 5 do 607, a inserção do
princípio da livre apreciação das provas, há o contraponto essencial que é o mister de
analisá-las criticamente (n.º 4), atenuando-se, assim, o risco da discricionariedade nas
decisões judiciais; não permitindo que a decisão seja emanada por um sentimento
pessoal, exteriorizado ou não, mas de difícil controle em relação à legalidade.
3. Problematização
4. Fundamentação
5. Objetivos
É importante para o processo, bem como, por uma visão mais ampla, a um
Estado Democrático de Direito, a existência de instrumentos legais que permitam
averiguar os motivos de determinada decisão judicial, com a clara exposição dos
elementos probatórios que a fundam. A correta exteriorização do convencimento do
juiz, com a análise crítica das provas e a declaração dos fatos provados e não provados,
à luz da norma adjetiva, legitima a rediscussão em segunda instância e o controle por
parte do órgão jurisdicional hierarquicamente superior, fornecendo, de um lado, os
requisitos à parte interessada para manejo do seu recurso e correta impugnação e, de
outro, evitando-se o risco de uma supressão de instância, com a devolução ao órgão ad
quem de matéria (a ser reapreciada) não suficientemente fundamentada.
Valendo-nos dos ensinamento do nobre jurista António Geraldes3: “O
importante é que o juiz exponha com clareza os motivos essenciais que o determinaram
a decidir de certa forma a matéria de facto controvertida contida nos temas de prova,
garantindo que a parte prejudicada pela decisão (com a aludida sustentação) possa
sindicar, perante a Relação, o juízo probatório formulado relativamente a tal
factualidade, designadamente na medida em que foi sustentada em factos instrumentais
e nas regras de experiência que foram expostas”.
Neste quesito, o objetivo do estudo é levantar as hipóteses em que há
deficiência na análise crítica do conjunto probatório e uma errônea valoração das
3
GERALDES, António Santos Abrantes, Recursos no Novo Código de Processo Civil, 3ª ed., Almedina,
2016, p. 249.
mesmas em face dos fatos articulados pelos litigantes, gerando, de um lado a injustiça
na decisão e possível reforma pelo órgão ad quem competente, e, ainda, a uma provável
invalidade, à luz do que preconiza o art. 195º.
As modificações introduzidas no código de processo civil ao longo das últimas
décadas, denota a preocupação do legislador em aproximar o órgão colegiado revisor à
realidade fática, melhor experimentada pelo julgador de primeiro grau, tendo em vista
sua proximidade com as partes e participação direta na instrução, possibilitando, assim,
ao final, um julgamento mais justo.
6. Metodologia
8. Bibliografia
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