Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Aspectos gerais da prova pericial
Art. 369 – enquadramento legal da produção das provas.
Perícia judicial, objetivo precípuo demonstrar tecnicamente a constatação de determinado
fato, qual seja o fio condutor da perícia.
Prova é o meio pelo qual as partes levam o juiz a formar suas convicções sobre os temas
debatidos no processo, devendo, nesse aspecto, ser observados os ditames contidos no
art. 369 do Código de Processo Civil brasileiro.
Vistoria consiste na inspeção técnica no local, que permite a total identificação do objeto
da perícia e a complementação de elementos informativos. É a visita ao local com objetivo
de identificar in locus todos os elementos físicos que servirão para formar uma ideia sobre
o valor de um bem, as causas de laudo e o estado de conservação de um bem.
Avaliação é a estimativa do valor pecuniário de coisas ou obrigações. Representa uma
identificação, quando feita em inventários, partidas, desapropriações, indenizações etc.,
ou seja, a determinação do justo valor.
TEMA 5 – PERÍCIA JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
A perícia extrajudicial pode ser utilizada como ferramenta de prevenção, com objetivo de
antecipar riscos possíveis.
A perícia judicial ou extrajudicial, como visto, tem como principal fundamento constituir
elementos de forma técnica e acessível às partes interessadas, com a finalidade de serem
afastadas dúvidas e obscuridades acerca do negócio contratado, de situação pretéritas ou,
ainda, de riscos existentes ou futuros.
INTRODUÇÃO
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. § 1º O juiz indeferirá a
perícia quando:
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III – a verificação for impraticável. (Brasil, 2015)
A prova pericial simplificada consiste apenas na oitiva em juízo de especialista na área de
conhecimento em foco, sobre pontos controvertidos da causa, sempre conforme
conhecimentos técnicos e científicos do profissional ouvido e exigidos para resolução do litígio.
Perícia informal, que consiste na consulta do perito técnico, em audiência, acompanhadas as
partes dos seus respectivos assistentes técnicos, para prestar os esclarecimentos necessários à
resolução do litígio, conforme previsão contida nos parágrafos 2º e 3º do art. 464 do Código de
Processo Civil.
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. [...] § 2º De ofício ou a
requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de
prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz,
sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
§ 4º Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área
objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de
sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa. (Brasil, 2015)
De início, verifica-se que a realização da perícia judicial tem duas formas de ser impulsionada:
de ofício ou por requerimento das partes.
PERÍCIA JUDICIAL – ASPECTOS LEGAIS E QUALIFICAÇÃO
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o
prazo para a entrega do laudo. § 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias
contados da intimação do despacho de nomeação do perito: I – arguir o impedimento ou
a suspeição do perito, se for o caso; […] (Brasil, 2015)
PERÍCIA JUDICIAL – ASPECTOS LEGAIS E QUALIFICAÇÃO
O art. 468 do Código de Processo Civil é expresso ao determinar que o perito poderá ser
substituído quando: faltar-lhe conhecimento técnico ou científico, ou ainda, quando sem
motivo legítimo deixar de cumprir com o que lhe fora atribuído.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um
assistente técnico. (Brasil, 2015)
Veja a impossibilidade de entrega do laudo pericial no prazo, desde que devidamente
justificada, não constitui motivo suficiente para substituição do perito técnico.
Assim, caso apresentado justo motivo para entrega do laudo pericial no prazo de 30 dias a
contar da realização da perícia, por exemplo, poderá o juiz conferir prorrogação.
AULA 3
TEMA 1 – A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA TÉCNICA
O art. 474 do Código de Processo Civil determina que as partes do processo deverão ter
ciência da data da realização da perícia com pelo menos cinco dias de antecedência , para
que se tenha início à produção da prova técnica.
Nem sempre a indicação do local para realização da perícia será possível, sendo certo que
nessas situações haverá de se avaliar as hipóteses cabíveis para a produção da prova
técnica.
Por citação inválida, por exemplo, temos o caso da notificação enviada diretamente ao
endereço de uma das partes, mas que porventura esteja desatualizado, impossibilitando
que tenha conhecimento acerca da designação da perícia.
Sendo uma prerrogativa das partes acompanhar a realização da perícia, eventual trabalho
técnico realizado sem que as partes tenham acompanhado poderá ser suscetível de
arguição de nulidade.
Partes do processo: Inicial, contestação, impugnação, produção de provas, saneamento,
audiência e sentença.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito. (Brasil, 2015)
Importante destacar que para a concessão da tutela de urgência, a parte deverá
demonstrar minimamente a existência dos requisitos acima descritos, a fim de justificar a
urgência do pedido, posto que a demora poderá acarretar desaparecimento dos vestígios
do dano a ser avaliado
AULA 4
Os quesitos periciais são a forma que as partes podem, de certa forma, tentar direcionar o
resultado da perícia, sem, contudo, influenciar na constatação do perito técnico.
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o
prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de
nomeação do perito:
III - apresentar quesitos.
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que
poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e
julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos
autos.
Assim, além de responder os quesitos apresentados pelas partes, o perito deve
complementar seu laudo de forma robusta e técnica, afastando-se de achismos e
convicções pessoais, e extrapolando os limites traçados pelas partes na lide.
AULA 6
TEMA 1 – VALORAÇÃO ECONÔMICA DO DANO AMBIENTAL
Definição sobre a degradação da qualidade ambiental como sendo a “alteração adversa
das características do meio ambiente” (Art. 3º, II, Lei nº 6.938/81).
Poluição como sendo a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem
desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.
O dano ambiental corresponde ao somatório de duas partes, sendo uma delas a lesão que
abrange os elementos naturais, artificiais e culturais, tratados como bem de uso comum
do povo, juridicamente protegido e a outra, a violação do direito de todos ao equilíbrio
ecológico, sendo este uma prerrogativa fundamental, de ordem difusa.
Assim, o Valor Econômico dos Recursos Ambientais (Vera) é objeto de uma formulação
que contempla o Valor de Uso (VU), correspondente ao uso efetivo ou potencial do
recurso analisado e o Valor de Não Uso (VNU) diz respeito ao valor que incorre da própria
existência do recurso natural, não possuindo, assim, ligação direta com a relação existente
entre o recurso e os seres humanos.
Assim, o método VERA se subdivide da seguinte forma:
1. Valor de Uso Direto (VUD): atribuído ao recurso ambiental decorrente do seu uso:
Exemplos: extração, turismo e recreação.
2. Valor de Uso Indireto (VUI): decorrente do uso atual do recurso ambiental, conforme
atribuído pelos indivíduos que o utilizam. Exemplos: contenção de erosão, proteção de
solo e cursos d’água.
3. Valor de Opção (VO): este corresponde ao valor atribuído em um determinado
momento, porém, a respeito da projeção valorativa do recurso ambiental para o futuro,
que poderão gerar algum tipo de benefício à sociedade. Exemplo: processos de terapias
genéticas e estudos em fármacos ainda desconhecidos.
4. Valor de Existência (VE): decorrente do valor do recurso natural atribuído pelos
indivíduos, independentemente do seu desejo de extração e utilização, direta ou
indiretamente. Decorre ainda da própria constituição moral e ética do indivíduo,
proporcionada através daquilo que acredita em relação ao uso dos recursos naturais.
Captar a Disposição a Pagar (DAP) da população , no que diz respeito aos bens e serviços
ambientais decorrentes da análise.
A DAP pode, portanto, ser identificada de duas formas, sendo elas Direta e Indireta.