Análise de demonstrações financeiras em processo judicial

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Autos 0004580-97.2008.8.16.0058 – TEOFILO BOIKO X HSBC BANCO MULTIPLO

Primeira Vara Cível da Comarca de Campo Mourão - PR Pag. 1 / 59
EXMO. JUIZ DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DE CAMPO MOURÃO – PR
Prof. Ms. Mário Filizzola Costa Prof. Esp. Leandro Moreira Bancke
Economista – CORECON 6548 Economista – CORECON 7601
Autos 2009.70.10.001068-9 – Marcia Bortotti Faria e Outros X Caixa Econômica Federal – CEF.
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ANÁLISE E MANIFESTAÇÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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Requerente: MARCIA BORTOTTI FARIA E OUTROS

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JULIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA, economista, infra-assinado, perito nomeado por V. Exa.

nos autos do PROCESSO N° 0004580-97.2008.8.16.0058 que TEÓFILO BOIKO move ao
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HSBC BANCO MULTIPLO S/A. pelo Juízo e Cartório do 1o. ofício, após haver procedido aos
estudos que se fizeram necessários, vem apresentar a V. Exa. o seguinte
LAUDO COMPLEMENTAR
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SUMÁRIO
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1. Condições Preliminares
2. Objetivo
3. Exames Realizados
4. Métodos e Critérios
5. Desenvolvimento
6. Complementação do Laudo Pericial
8. Outras Informações
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9. Conclusão
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1. CONDIÇÕES PRELIMINARES.
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Com a nomeação do Perito Judicial Agamenon Telêmaco Soares (mov. 1.61) para produção
de prova pericial, houve as diligências necessárias e a entrega do Laudo Pericial (mov. 1.77-96)
respondendo aos quesitos do Requerente (mov. 1.63) e do Requerido (mov. 1.64). As partes se
manifestaram em parcial discordância quanto às conclusões apresentadas pelo Perito Judicial em
seu Laudo (Requerente – mov. 1.98 e Requerido – mov. 1.100-105). Frente a estas discordâncias
parciais o Perito apresentou Laudo Complementar no mov. 1.107.
No mov. 1.114 o Requerente apresentou suas alegações finais.
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No mov. 1.118 adveio a Sentença que dispôs: “JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE o pedido inicial para, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Novo Código de
Processo Civil, excluir do contrato e da dívida:”
a) a capitalização de juros;
b) as tarifas bancárias sem contratação [...]
CONDENO o banco requerido à restituição/compensação, em favor do cliente, dos valores

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pagos a maior caso haja saldo devedor, deProf.
formaEsp. Leandro
simples, tudoMoreira
acrescidoBancke
de juros de mora,
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no importe de 1% (um por cento) ao mês, contados a partir da citação (art. 240 do Novo
Código de Processo Civil), além de correção monetária, pelo INPC, contada a partir da data
de cada pagamento indevido. Oportunamente, os valores deverão ser obtidos pela parte
interessada, mediante simples cálculo aritmético, com base no artigo 509, §2° do Novo
Código de Processo Civil.
Em razão da sucumbência recíproca, o autor arcará com 30%, e o requerido com 70% do
valor das custas e das despesas processuais, bem como os honorários do perito (fls. 507) e
verba honorária, que fixo, com fulcro no artigo 85, §2°, NCPC, em 10% do proveito
econômico a ser obtido, corrigido monetariamente até a data do efetivo pagamento,
levando-se em consideração que a lide não demandou intervenções mais complexas nos
autos.
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Em face dos recursos apresentados pelas partes (movs. 1.118 e 1.122) adveio, no mov.
1.124, Acórdão que dispôs:
i. Da capitalização de juros
Alega o apelante a possiblidade de capitalização de juros, pois prevista no contrato.
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Contudo, sem razão, devendo prevalecer o entendimento lançado na decisão singular, eis
que o recorrente não trouxe aos autos os documentos comprobatórios da expressa pactuação
de juros de forma capitalizada.
[...]
Dessa forma, tem-se que a taxa de juros na forma composta não foi expressamente
contratada, devendo ser afastada a sua cobrança.
ii. Das taxas e tarifas.

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Insurge o apelante relativamente às tarifas bancárias, argumentando que são legais e que
obedeceram todas as normas do Banco Central. Alega ainda que, caso tenha ocorrido
alguma cobrança de tarifa não pactuada, referida falha de serviço está sujeita ao prazo
decadencial do art. 26, II, do Código de Defesa do Consumidor.
Razão, mais uma vez, não lhe assiste.
[...]
De todo o exposto, define-se o voto pelo não provimento do recurso de apelação, com a
manutenção da r. sentença nos termos em que foi proferida.
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Após o Acórdão supracitado foi apresentada o cálculo de liquidação de sentença pelo

Requerente (mov. 11.1-15) e a impugnação deste cálculo pelo Requerido e apresentação de Parecer
Técnico pelo Requerido (mov. 20.1-3).
Com tais manifestações, e após o encaminhando para o Contador Judicial (mov. 22.1 e 30.1)
adveio o despacho do M.M Juízo nomeando este Perito Judicial nos seguintes termos:
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Em prosseguimento ao feito, ante a informação apresentada em seq. 30.1, nos termos do art.
465 do NCPC, nomeio a Sra. Juliana de Oliveira Teixeira, para a realização da perícia.
Intime-a para informar se aceita o encargo e apresentar proposta de honorários.
Não havendo a apresentação de quesitos por parte do Requerente e do Requerido.

Deste modo, sob o comprometimento de apurar os valores à título de liquidação de sentença
(mov. 22.1), houve a entrega do Laudo de Liquidação de Sentença e seus Anexos (mov. 94). Com
as impugnações das partes nos movs. 103 e 108 dos autos. Motivo que ensejou o despacho para o
Prof. Ms. Mário
esclarecimento noFilizzola Costa “Certifico e dou fé que, Prof.
mov. 109.1: Esp. Leandro
procedo Moreira DA
INTIMAÇÃO Bancke
Sra. Perita,
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quanto aos pedidos de ESCLARECIMENTOS formulados pelas partes, eventos 103 e 108, bem
como para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias.”
2. OBJETIVO
Esclarecer os pontos controvertidos apresentados pelas partes nos mov. 103 e 108.
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3. EXAMES REALIZADOS.
Analisaram-se os documentos contidos nos autos, dentre eles, a inicial e:
 Inicial – conta corrente 0016.28558-30, há mais de 20 anos – mov. 1.1-3

 Resoluções BACEN – mov. 1.5
 Parecer Técnico – Sequinel - mov. 1.6-28
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 Extratos – mov. 1.29-38
 Citação novembro/2008 – mov. 1.41
 Contestação – mov. 1.43-47
 Extratos set/1999-març/2000 – mov. 1.49
 Impugnação à contestação – mov. 1.50-53
 Interesse do Requerido na produção de prova – mov. 1.56
 Nomeação do Perito – Agamenon – mov. 1.61
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 Quesitos do Requerente – mov. 1.63
 Quesitos do Requerido – mov. 1.64
 Laudo Pericial – mov. 1.77-96
 Manifestação do Requerente sobre o Laudo – mov. 1.98
 Parecer Técnico do Requerido – mov. 1.100-105
 Laudo Complementar – mov. 1.107
 Manifestação do Requerente – mov. 1.109
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 Alegações Finais do Requerente – mov. 1.114
 Sentença – mov. 1.116
 Apelação pelo Requerido – mov. 1.118-19
 Contrarrazões – mov. 1.122
 Acórdão – mov. 1.124
 Petição de Liquidação de Sentença do Requerente – mov. 11.1-15
 Manifestação do Requerido e Parecer Técnico – mov. 20.1-3
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 Autos remetidos ao Contador Judicial – mov. 22.1
 Necessidade de um expert – mov. 30.1
 Nomeação Juliana – mov. 33.1
 Proposta de honorários – mov. 43.1
 Concordância com a proposta pelo Requerente – mov. 48.1
 Discordância com a proposta pelo Requerido – mov. 50.1
 Contraproposta de honorários – mov. 61.1
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 Fixação dos honorários $2.500,00 – mov. 71.1
 Agendamento da Perícia 21/06/2018 – mov. 80.1
 Comprovante de pgto dos honorários – mov. 89.1
 Laudo Pericial – mov. 94
 Impugnação do Laudo pelo Requerente – mov. 103
 Impugnação do Laudo pelo Requerido – mov. 108.1
 Despacho para manifestação – mov. 109.1
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4. MÉTODOS E CRITÉRIOS:
Apresentados nos Laudo Pericial (mov. 94).
5. DESENVOLVIMENTO:
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Início dos trabalhos: Setembro/2018, ao despacho para esclarecimentos de mov. 109.1
De início há a análise dos autos divididos em 112 eventos. Após esta primeira fase ocorre a
releitura dos Laudos apresentados e das manifestações das partes (conforme “condições
prelimitares”). Ao final, há a produção do LAUDO COMPLEMENTAR para a apresentação das
condições sinalizadas pelo despacho de mov. 109.1.
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6. COMPLEMENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL:
6.1 DOS PONTOS CONTROVERTIDOS APRESENTADOS NO MOV. 103 - REQUERENTE
[...]
IIa. Os débitos não autorizados a restituir não considerados pela perita
[...]
Os débitos não autorizados e que não se classificam como em proveito do Autor devem ser
excluídos e restituídos, corrigidos e acrescidos de juros de mora.
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Resposta da Perita:
O Laudo Pericial (mov. 94) sinalizou, em seu Anexo 4 “DÉBITOS, TAXAS E TARIFAS
(correção até 09/1999), o valor referente às Taxas e Tarifas conforme as r. decisões proferidas. In
verbis:
No caso dos autos, analisando os documentos juntados pelo requerido, verifica-se que não
há contrato prevendo a incidência de taxas e tarifas bancárias, ainda que de forma
genérica. Desta forma, tenho que tais valores devem ser restituídos ao autor, posto que
indevidamente cobradas [grifo nosso]. Prof. Esp. Leandro Moreira Bancke
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Importante ressalvar, todavia, que tal devolução se refere apenas às taxas e tarifa cobradas
como contraprestação de serviços bancários, excluindo-se os valores que correspondem a
lançamentos realizados em benefício do próprio correntista, tais como débitos de terceiros
(luz, água, telefone, convênios), impostos (CPMF, IOF, COFINS), compensação de cheque,
prestação de empréstimo, previdência privada, seguros e demais financiamentos, bem como
os juros remuneratórios do cheque especial.
[...]
“JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para, com fundamento no

artigo 487, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, excluir do contrato e da dívida:”
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a) a capitalização de juros;
b) as tarifas bancárias sem contratação, nos termos da fundamentação supra [...]
[grifo nosso]
O Assistente Técnico sinalizou a possibilidade de haver “débitos autorizados e que não se

classificam como em proveito do autor”. Entretanto, não sinalizou e justificou os possíveis débitos.
Desta forma, data maxima venia, torna-se necessário a sinalização destes débitos para a apreciação
do M.M. Juízo e sua análise de Mérito.
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IIb. A Diferença de juros a restituir

[...]
Em não havendo sido excluídos os débitos diversos não autorizados os valores apurados de
juros a restituir devem ser modificados com a exclusão de novos valores, pelo que se exige
seja refeito o laudo.
Resposta da Perita:
Ver resposta ao Ponto Controvertido anterior.

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IIc. Os juros de mora

[...]
Conforme parecer técnico em anexo os juros de mora também não foram calculados na
forma determinada.
Resposta da Perita:
A mora foi calculada de acordo com o determinado na r. sentença. In verbis:
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CONDENO o banco requerido à restituição/compensação, em favor do cliente, dos valores
pagos a maior caso haja saldo devedor, de forma simples, tudo acrescido de juros de mora,
no importe de 1% (um por cento) ao mês, contados a partir da citação (art. 240 do Novo
Código de Processo Civil) [grifo nosso]
QUESITOS DE ESCLARECIMENTO (mov. 103.2)
1. Os juros de mora de 1,00% ao mês, incidentes desde a data da citação do

REQUERIDO, em 19/11/2008 foram aplicados sobre os valores atualizados
monetariamente até Junho/2018 ou até Novembro/2008?
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Resposta da Perita:
Conforme exposto no Laudo Pericial, a citação se deu em novembro/2008. Portanto, os

valores a serem considerados pra a “Mora” foram corrigidos até esta data, e a partir desta foi
considerado juros de 1% a.m. de forma simples. Ou seja, mora entre nov/2008 e jun/2018 (data da
perícia).
2. No recálculo da conta corrente, para a apuração dos juros remuneratórios devidos pelo
REQUERENTE, forma expurgados os débitos classificados pelas decisões tomadas no
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feito como não autorizados, portanto, para que sobre estes débitos não incidam juros
remuneratórios?
Resposta da Perita:
Como sinalizado supra, o Assistente Técnico sinalizou a possibilidade de haver “débitos

autorizados e que não se classificam como em proveito do autor”. Entretanto, não sinalizou e
justificou os possíveis débitos. Desta forma, data maxima venia, torna-se necessário a sinalização
destes débitos para a apreciação do M.M. Juízo e sua análise de Mérito.
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3. Aplicar juros remuneratórios sobre cobranças ilegais, no caso, os débitos não

autorizados e/ou indevidos, caracteriza enriquecimento sem causa? Justificar.
Resposta da Perita:
Prejudicada, por se tratar de matéria de Direito.
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4. As decisões tomadas no feito determinaram a restituição de taxas e tarifas bancárias,
por serviços prestados, excetuados os valores lançados que favoreceram, ou realizados
em proveito/benefício do REQUERENTE?
Resposta da Perita:
Ver resposta ao ponto IIa, supra.
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5. Os valores lançados na conta corrente, com as rubricas DÉBITO AUTORIZADO e
OUTROS DÉBITOS, favoreceram ou forma feitos em proveito/benefício do
REQUERENTE? Justificar.
Resposta da Perita:
Não há documentos nos autos que refutem/confirmem se os débitos sinalizados foram feitos
em proveito ou “não proveito” do Requerente.
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6.2 DOS PONTOS CONTROVERTIDOS APRESENTADOS NO MOV. 108 - REQUERIDO
QUESITOS DE ESCLARECIMENTO (mov. 108.2)
1. Esclareça a Sra. Perita se é correto afirmar que, no Anexo 02 do Laudo Pericial contido
no movimento 94.3 dos autos, os juros remuneratórios originalmente cobrados pela
instituição financeira – exceto no primeiro mês (outubro de 1988) – foram
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integralmente expurgados da movimentação da conta corrente? (Sim ou não). Caso
negativo, justificar matematicamente.
Resposta da Perita:
Sim. O Anexo 02 refere-se apenas à separação dos juros, ou seja, colocar em conta separada
para chegar a um saldo negativo mensal sem os reflexos do anatocismo. Portanto, é uma planilha
que serve de um meio para a construção de outra planilha, neste caso, o Anexo 03 “Correção dos
Juros Capitalizados – Taxas Cobradas” que considera a diferença dos juros cobrados com o
Prof. Ms. e
anatocismo Mário Filizzola
os juros Costa sem anatocismo.
cobrados Prof. Esp. Leandro Moreira Bancke
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2. Ainda em relação ao Anexo 02 do Laudo Pericial, esclareça a Sra. Perita se é correto

afirmar que não houve a apuração dos juros recalculados à luz dos termos
sentenciados, ou seja, expurgo de capitalização composta de juros? (Sim ou não). Caso
negativo, demonstrar os juros recalculados.
Resposta da Perita:
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Houve a apuração dos juros à luz dos termos sentenciados. Como supracitado, o Anexo 02 é
uma planilha “meio” para a construção do Anexo 03.
3. Queira a Sra Perita informar se é correto afirmar que na conta corrente em debate
houve a utilização por parte do correntista do limite de crédito disponibilizado pelo
banco por diversos momentos ao longo da movimentação? (Sim ou Não). Caso
negativo demonstrar Prof. Esp. Leandro Moreira Bancke
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Resposta da Perita:
Sim.
4. Exceto o primeiro mês (outubro de 1988), queira a Sra. Perita informar se é correto
afirmar que na coluna J do Anexo 02 do Laudo Pericial evidencia que os juros
cobrados ao longo do recálculo foram R$ 0,00? Sim ou Não. Caso negativo
demonstrar.
Resposta da Perita:
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Sim. Pelos motivos expostos supra.
5. Ainda em relação a coluna J do Anexo 02 do Laudo Pericial, queira a Sra. Perita

informar a que refere o montante de $ 10.000,00, demonstrado no dia 31 de julho de
1993?
Resposta da Perita:
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Refere-se a um erro de planilha que não afetou o Saldo Negativo Acumulado: ponto
necessário para a confecção do Anexo 3 ($10.342.190,39) – justificativa da construção e da
metodologia do Anexo 2. Podendo ser desconsiderado tal valor sem prejuízos para nenhuma das
partes.
6. Não obstante a utilização do limite de crédito por parte do correntista, esclareça a Sra.
Economista – CORECON 6548 Perita se é correto afirmar que ao AnexoEconomista
II do Laudo Pericial houve
– CORECON a isenção da
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cobrança dos juros remuneratórios na conta corrente em tela? (Sim ou Não). Caso
negativo, favor demonstrar o momento que os referidos juros restaram exigidos na
movimentação.
Resposta da Perita:
Sim. Por motivos apresentados supra.
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7. Queira esclarecer a Sra. Perita se é correto afirmar que, ao não exigir os juros do
correntista mediante débito na conta corrente, a parte requerida restou isenta do
pagamento dos referidos juros? (Sim ou Não). Caso Negativo, demonstrar
pormenorizadamente.
Resposta da Perita:
Não. O Anexo 3 considera os juros cobrados menos os juros calculados sem a referida
capitalização. A diferença destes dois procedimentos são os juros capitalizados que devem ser
devolvidos. Entretanto,
Prof. Ms. Mário háCosta
Filizzola sim o pagamento dos juros de forma descapitalizada.
Prof. Esp. Leandro Moreira Bancke
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8. Queira esclarecer a Sra. Perita se é correto afirmar que, não exigindo os juros
remuneratórios na conta corrente, os saldos diários devedores foram artificialmente
reduzidos no períodos posteriores? (Sim ou não). Caso negativo, demonstrar
matematicamente.
Resposta da Perita:
Prof.Sim. Devido
Ms. Mário ao efeito
Filizzola dos juros sobre juros (anatocismo),
Costa o qual
Prof. Esp. deveria
Leandro ser excluído.
Moreira Bancke
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9. Queira esclarecer a Sra. Perita se é correto afirmar que os comandos sentenciados

proferidos na presente demanda não isentaram a parte requerida do pagamento de juros
remuneratórios, mas, tão somente expurgaram eventual capitalização dos juros? (Sim
ou Não). Caso negativo, justificar com a transcrição dos trechos sentenciados
pertinentes.
Resposta da Perita:
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Sim.
10. Queira a Sra. Perita informar se é correto afirmar que a capitalização composta
ocorreria caso os juros remuneratórios fossem debitados sobre saldos descobertos da
conta corrente, isto é, sobre o limite de crédito? (Sim ou Não).
Resposta da Perita:
Sim.
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11. Queira esclarecer a Sra. Perita se é correto afirmar que os comandos sentenciados
proferidos na presente demanda determinaram a devolução para o autor dos valores a
título de taxas e tarifas bancárias, cuja autorização contratual não foi demonstra
(Sim ou Não)? Caso negativo, justificar com a transcrição dos trechos sentenciados
pertinentes.
Resposta da Perita:
Sim.
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12. Queira a Sra. Perita esclarecer se no Anexo 04 do Laudo Pericial, constam diversos
lançamentos, como por exemplo, pagamentos de seguro, títulos de capitalização, entre
outros, os quais em nada se relacionam com tarifas bancárias? (Sim ou Não).
Resposta da Perita:
Não.
13. Em razão dos esclarecimentos ora solicitados queira a Sra. Perita ajustar os
demonstrativos de cálculos pertinentes
Prof. Ms. Mário Filizzola Costa à presente
Prof. liquidação
Esp. Leandro de sentença,
Moreira Banckeobservando
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4ª Região – PR Pag. 1 / 1
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os critérios nos comandos judiciais, os fatos registrados na documentação examinada e
demais procedimentos atinentes a boa prática técnica, seguindo as premissas abaixo
formuladas [...]
Resposta da Perita:
Os cálculos apresentados seguem os determinados nas r. decisões: i. O Anexo 3, considera a

mesma taxa originalmente aplicada pelo Banco; ii. Não há determinações nas decisões para a
consideração do artigo 354 do CCB, dessa forma, não cabe realizar “mediante cotejo dos juros
remuneratórios com
Prof. Ms. Mário o saldo
Filizzola Costacredor, ou, então com créditos
Prof.realizados pelo
Esp. Leandro correntista”;
Moreira Bancke e iii. o
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Anexo 4 apresenta apenas Taxas e Tarifas, “segundo entendimento clareado pela Decisão
Monocrática proferida na presente demanda (fls. 778/781 dos autos)”.
9. OUTRAS INFORMAÇÕES:
Não há anexos neste presente Laudo Complementar.

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10. CONCLUSÃO:
Do anteriormente exposto no presente parecer técnico, conclui-se:

 O presente Laudo Complementar considera as decisões no sentido de excluir da
dívida a capitalização dos juros à mesma taxa de juros originalmente aplicada pelo
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Banco (Anexo 3); esclarece que o Anexo 4 traz as Taxas e Tarifas bancárias sem
contratação; e, por fim, expõe para os entendimentos das partes que o Anexo 2,
refere-se apenas como um meio para chegar ao Saldo Negativo Acumulado
necessário para o recálculo dos juros descapitalizados (juros em conta separada).
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Campo Mourão, 02 de Outubro de 2018.
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Perita Judicial
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JULIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA, economista, infra-assinado, perito nomeado por V. Exa.

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CONDENO o banco requerido à restituição/compensação, em favor do cliente, dos valores

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Alega o apelante a possiblidade de capitalização de juros, pois prevista no contrato.

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ii. Das taxas e tarifas.

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