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CORUMBÁ – MS
2020
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Resumo
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................5
3. A Perícia Contábil.....................................................................................6
5. ANÁLISE...................................................................................................8
6. CASO.......................................................................................................14
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................22
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................23
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1. INTRODUÇÃO
Deve-se considerar que a perícia possui várias áreas de atuação que estão
divididas em dois grupos: o judicial e extrajudicial. Estes campos se subdividem em
inúmeros outro que tem que se basear no seu objeto de atuação, pois a perícia é um
recurso para se dar clareza e certeza à verdade dos fatos sobre os quais recai.
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2. OBJETIVOS
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3. A PERÍCIA CONTÁBIL
.
Para que seja feita essa averiguação, os procedimentos devem ser conduzidos
por um perito contábil, profissional que precisa estar habilitado junto ao Conselho
Regional de Contabilidade. São etapas do processo de verificação documental o
exame, a vistoria, a indagação, a investigação, o arbitramento, a avaliação e a
certificação.
A perícia contábil judicial é aquela solicitada por um juiz. Ela é indicada para
casos em que é necessário um laudo especializado, elaborado de forma isenta, para a
resolução de uma questão jurídica. Nessas circunstâncias, o perito contábil é
responsável por fazer uma análise e emitir um parecer. Essas informações são
anexadas ao processo e ajudam o juiz a tomar as suas decisões.
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pericial. Assim, são garantidas a lisura e a segurança das informações, permitindo que a
análise do magistrado seja feita sem nenhum viés.
Por fim, temos ainda as perícias voluntárias. Elas são contratadas por uma
empresa ou por um conjunto de empresas interessadas em comum acordo. Nesse caso,
não é necessário que haja uma disputa entre elas. Uma empresa que tenha interesse em
adquirir outra, por exemplo, poderá, em algum momento, solicitar que seja feita uma
perícia contábil sobre certos documentos de forma a comprovar uma determinada
informação.
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chegue a uma conclusão. Além disso, a perícia concentra-se sob um determinado ato, e
não sobre o todo.
5. ANÁLISE
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forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas
qualidades e experiências, da matéria periciada.
II - ...
A pessoa física para ser perito não pode ser uma organização ou entidade do
tipo sociedade simples. O profundo conhecedor deve ser da educação continuada e a
efetiva experiência profissionalizante sobre o objeto da análise contábil, por
qualificações de seu currículo e vivência prática do assunto.
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intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o
partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
§ ...
A prova pericial será determinada pelo juízo quando a elucidação dos fatos que
circunscrevem o processo demandarem o exame, a vistoria ou a avaliação de um
especialista técnico (art. 464).
Assim, a prova pericial será indeferida quando (art. 464, §1º): (i) este
conhecimento técnico for prescindível; (ii) houver outras provas que supram a
necessidade desta avaliação especializada ou (iii) a verificação for impraticável.
Ademais, ainda que pertinente, a perícia poderá ser substituída pela produção de prova
técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de baixa complexidade (art. 464,
§2º).
O artigo 433, alterado o texto para o artigo 361, I:
II ...
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Não há que se falar em nulidade da audiência quando a modificação da ordem de
realização dos atos processuais não causar qualquer prejuízo às partes (arts. 277 e 282,
§1º): “A designação de audiência de instrução e julgamento destina-se à produção de
provas necessárias ao deslinde da causa. A inversão da ordem prevista no artigo 472 do
Código de Processo Civil não acarreta nenhuma ilegalidade, especialmente quando a
parte não se desincumbir do ônus de comprovar a existência de prejuízo”.
O artigo 339, alterado texto para artigo 378:
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar
com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
§ 1º ...
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I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou
como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou
prestou depoimento como testemunha;
...
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§ 2º O perito substituído restituirá, no prazo de 15
(quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não realizado,
sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
§ 3º ...
II - ...
III - ...
IV - ...
§ 1º ...
§ 2º É ...
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informações, solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas,
desenhos, fotografias ou outros elementos necessários
ao esclarecimento do objeto da perícia.
O perito nomeado pelo juiz deve observar que todo o pedido de levantamento e
honorários deve ser feito nos autos, jamais receber diretamente dos litigantes.
Uma vez entregue o laudo, não se pode retirá-lo dos autos para forçar o
pagamento dos honorários.
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são de 20 dias úteis. Indevido o FGTS (parcela facultativa); d) horas extras – nada a
deferir; e) honorários advocatícios – indevidos; f) correção monetária – mês
subsequente; g) descontos previdenciários e fiscais – autorizado, mês a mês." Note-se
que na produção da prova pericial trabalhista perito do juízo e assistente técnico
elaboram laudos, que devem ser entregues no mesmo prazo.
INFORMES DA DEFESA – a defesa apresentou 2 (duas) planilhas com o
detalhamento das datas e das remunerações pagas:
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Notas:
A) Nesta obra trabalhou dois domingos, dias 5 e 12 de dezembro de 1999, e recebeu em dobro.
B) Fez acerto recebendo o saldo em dois cheques, no total de R$ 450,00 mais R$ 100,00 em
dinheiro.
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EXTRAÍDOS DOS AUTOS A ATA/TERMO DE AUDIÊNCIA, CERTIDÕES E
DESPACHOS INERENTES À LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA “ATA/TERMO DE
AUDIÊNCIA”
II – FUNDAMENTOS
II – A) PRELIMINARMENTE
PEDIDO DE BAIXA EM DILIGÊNCIA
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Em razões finais, o reclamado pugna que seja determinada a baixa em diligência, para
que o Juízo determine a juntada de cópia das CTPS do autor e da testemunha (uma de
suas testemunhas).
As partes declararam em audiência que não pretendiam a produção de outras
provas, motivo pelo qual restou encerrada a instrução processual. Não se tratando de
documentos novos, preclusa a oportunidade de produção da prova requerida.
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propriedade, com livre escolha no que concerne à realização de sua obrigação. ‘O
trabalhador concentra na sua esfera a gestão técnica e patrimonial do processo
produtivo, de modo que, na execução da prestação, ele é independente diante do
comitente’ (Litala). No contrato de trabalho (…) o trabalhador (empregado) é
subordinado e depende das ordens e dos critérios diretivos para quem presta serviços,
hierárquica e administrativamente. Não tem liberdade de ação” (In Introdução do
Direito do Trabalho, LTr, 2000, p. 306).
No caso dos autos, não demonstrou o reclamado que o autor detivesse liberdade
na gestão de sua própria atividade e que utilizasse métodos próprios. Pelo contrário, a
testemunha ouvida a convite do autor, Sr. _______, declinou que cumpriam horários
preestabelecidos pelo réu, bem como que o réu fiscalizava e dava ordens no sentido de
como o serviço deveria ser cumprido.
Veja-se que não consta dos autos contrato escrito de empreitada entre as partes.
Também não consta da defesa, de forma específica, que obra ou qual parte da mesma foi
empreitada pelo autor. Ainda, verifica-se que, nos termos da documentação juntada à
defesa, o autor era remunerado por unidade de tempo (e não por unidade de obra), outro
traço que evidencia a existência do contato de trabalho. Vale dizer, o autor
comprometeu-se a prestar trabalho durante determinada unidade de tempo, em troca de
remuneração, e não entregar determinado resultado (obra).
Independentemente do resultado, o autor receberia o valor ajustado, o que indica
que os riscos eram assumidos pelo tomador dos serviços.
A alegação defensiva de que não houve prestação de serviços no período de
2000 a meados de 2001 não se confirma pela prova oral. A testemunha ouvida a convite
do autor, Sr. _______, declinou que trabalhou na primeira obra (…) até final de 2000,
quando o autor permaneceu laborando. Acrescentou que o próprio reclamado
mencionou que o autor trabalharia na segunda obra (…) na sequência.
Das testemunhas ouvidas pelo reclamado, a primeira se trata de vizinho da
residência da Vila Hauer, que jamais trabalhou para o réu e sequer via os horários em
que o autor chegava ou saía. A segunda trabalhou apenas na chácara e, por isso, nada
informou quanto ao período anterior.
Conclui-se, pois, que houve liame de emprego no período declinado na petição
inicial. Incontroverso, no entanto, que as obras ocorreram em imóveis de propriedade do
reclamado, residência e chácara, nas quais não se desenvolve qualquer atividade
econômica. Tratando-se de trabalho prestado em âmbito residencial ao empregador
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pessoa física, os dispositivos legais aplicáveis não são aqueles contidos na CLT, mas na
Lei 5.859/72, relativa ao trabalho doméstico.
Nesse sentido, Sérgio Pinto Martins, na obra Manual do Trabalho Doméstico,
esclarece que, entendendo-se pela existência do vínculo empregatício neste tipo de
relação, “este só pode ser o relativo ao contrato de trabalho doméstico, pois não há
atividade lucrativa desenvolvida pelo empregador” (Atlas, 2000, p. 63).
Conclui-se, portanto, pela existência do vínculo empregatício entre o autor e o
reclamado, de 05/07/99 a 03/11/01, nos moldes da Lei 5.859/72. Determina-se que o
réu, no prazo de 10 dias, proceda às anotações da CTPS do autor, sob pena de incorrer
em descumprimento de ordem judicial.
Acolhe-se, nestes moldes.
REMUNERAÇÃO
A remuneração percebida deve ser considerada aquela que consta dos recibos de
pagamento juntados à defesa; na falta destes, pela média do período, haja vista a
ausência de impugnação a aludidos recibos.
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JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS
HONORÁRIOS
JUSTIÇA GRATUITA
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Tendo em vista o disposto no § 3º do art. 114 da CF/88, redação dada pela EC
20/98, determina-se a retenção e o recolhimento das contribuições previdenciárias
incidentes sobre as parcelas remuneratórias deferidas nesta ação, devidas
respectivamente pelo empregado e pelo empregador, apuradas mês a mês, considerado o
teto de contribuição.
Determinam-se, ainda, os descontos de natureza fiscal, o que se faz em
observância à Lei 8.541/92 e ao Provimento CG/TST
01/96. No entanto, em atenção ao princípio da capacidade contributiva, e tendo em vista
que não foi o autor quem deu causa ao não pagamento das parcelas ora deferidas no
momento próprio, a apuração deve ser feita mês a mês, considerando-se as alíquotas e
os limites de isenção.
III – DISPOSITIVO
O profissional designado pra ser perito deve estar atento as profundas mudnaças
em nossa legislação brasileira.
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Em comparação aos novos artigos, os artigos do antigo Código de Processo Civil
perceberam que houve várias alterações e inclusão de fatos novos, que são de grande
relevância para se conduzir a atividade de pericia contábil.
O Novo CPC traz inovações com relação à estrutura do laudo pericial, onde
além de responder aos quesitos apresentados, o mesmo deve fazer uma breve introdução
ao assunto, descrever a metodologia utilizada, deixando claras as técnicas e os
conhecimentos científicos utilizados para a obtenção da análise feita. Após a entrega do
laudo, pode-se solicitar maiores esclarecimentos a respeito das análises feitas e caso seja
necessário, a presença em juízo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Perícia contábil / Antonio de Deus Farias Magalhães – 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2017.
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