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José Tadeu dos Santos Travassos Economista

E-mail: travassos.perito@gmail.com Corecon / RJ - registro 25.300


Telefone: (21) 99709-8530 Rio de Janeiro – RJ 1133

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 24ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO

Processo nº: 0293850-73.2010.8.19.0001


Autor: Ademir Ferreira da Silva
Réu: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI

TJRJ CAP CV24 202007174164 07/10/20 22:26:04135987 PROGER-VIRTUAL


José Tadeu dos Santos Travassos, economista perito, qualificado
nestes autos, vem respeitosamente, solicitar a juntada do laudo pericial aos autos para os
devidos fins legais, a bem do processo, da verdade e da justiça.

Termos em que pede deferimento.

Rio de Janeiro, RJ, 07 de outubro de 2020.

José Tadeu dos Santos Travassos


Economista – Corecon / RJ 25.300
José Tadeu dos Santos Travassos Economista
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LAUDO PERICIAL ECONÔMICO-FINANCEIRO

Processo nº: 0293850-73.2010.8.19.0001


Autor: Ademir Ferreira da Silva
Réu: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI

I - OBJETO

1. Trata-se de ação revisional de contrato de financiamento imobiliário, proposta


pelo autor, Ademir Ferreira da Silva em face de Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco
do Brasil – PREVI, em que alega abusividade de cláusulas contratuais.

2. A perícia requerida nos autos (fl. 1092), tem como objeto a regularidade do
contrato de mútuo e a validade das cláusulas da Escritura Pública de Compra e Venda com
acordo de Hipoteca, que dispõem sobre a capitalização mensal dos juros, CET – Coeficiente de
Equalização de Taxas e utilização da Tabela Price.

3. O presente laudo tem a finalidade de concentrar a análise ao propósito da


decisão do MM Juízo (fl. 705), descrito acima. Cuja formalização contratual entre as partes
envolvidas, ocorreu em 20/03/1991.

II – FATOS

4. Demanda do autor ao Poder Judiciário, em 14/09/2010, requereu inicialmente


(fls. 2/54), a revisão do contrato de financiamento imobiliário (fls. 748/757), alegando
desequilíbrio contratual.

5. O campo do conhecimento desse trabalho está na microeconomia financeira,


com o objetivo de fundamentar as questões determinadas pelo MM Juízo.

III – CRITÉRIOS DO TRABALHO

6. Analisou-se o sistema de argumentação e contra argumentação usados nesta


lide, a sua lógica e coerência com a prática, bem como, usos e costumes aplicados às
investigações periciais de peculiaridade econômico-financeiro.

7. Foram avaliados os despachos e documentos constantes nos autos deste


processo, que foram considerados para elaborar esta prova pericial, de modo a formar convicção
técnica que permitiu responder às questões formuladas.

8. Para esclarecer as questões, bem como responder aos quesitos juntados, o


laudo foi desenvolvido da seguinte forma:

a) Estudo da materialidade dos autos do processo;


b) Análise detalhada das vinte e quatro cláusulas do contrato de financiamento imobiliário,
que deu origem a este litígio (fls. 748/757);

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c) Oferta de respostas aos quesitos, tomando-se por base as situações supracitadas;


d) Apresentação final para auxiliar V. Ex.ª, objetivando a decisão do que for de direito;

9. A tabela abaixo otimiza a materialidade das cláusulas terceira e quinta (fl. 750),
a fim de resumir o negócio financeiro do contrato de mútuo:

Participação do Total Valor Síntese da composição do negócio financeiro em 20/03/1991


100,00% Cr$ 8.991.514,29 Escritura pública, valor do contrato de financiamento
94,53% Cr$ 8.500.000,00 Bem patrimonial imóvel, preço de venda
2,00% Cr$ 179.830,29 Fundo de Liquidez para responder pelo do saldo devedor
3,47% Cr$ 311.684,00 "Taxas e demais emolumentos decorrentes do negócio"
5,47% Cr$ 491.514,29 Somatório das taxas onerosas, adicionado ao valor do bem

10. A capitalização mensal dos juros, observado na cláusula sétima (fl. 751) do
referido contrato. Dentro do conceito da matemática financeira, é perfeitamente válido e sua
aplicabilidade é recorrente em nosso país, nas diversas modalidades de operações financeiras,
inclusive em contrato de financiamento imobiliário.

11. Acrescento que a aplicação da Tabela Price como Sistema de Amortização do


Financiamento é igualmente aceita pela ciência, tendo em vista que a liquidação total da
responsabilidade contratada, é tecnicamente alcançada com a adimplência das prestações,
convergindo ao saldo “zero” da dívida no vencimento da última parcela mensal.

12. No entanto, após análise das vinte e quatro cláusulas do contrato (fls. 748/757),
como também o CARIM - Regulamento da Carteira Imobiliária (fls. 361/388), destaca-se que não
há referência explícita a quaisquer Sistemas de Amortização do Financiamento.

13. Em relação ao CET – Coeficiente de Equalização de Taxas, sobre o qual versa


a cláusula décima segunda (fl. 753). Destinado a prevenir eventuais diferenças decorrentes da
adoção de índices não uniformes para correção do saldo devedor e das respectivas prestações.
Em seu parágrafo primeiro (fl. 753), estabelece o acréscimo de 5% (cinco por centro) na
prestação inicial, que resultou no montante de Cr$ 73.196,68 (setenta e três mil, cento e noventa
e seis cruzeiros e sessenta e oito centavos), evidenciado na cláusula sexta (fl. 751), a contar de
21/04/1991 como obrigação em 240 meses (vinte anos).

14. A cláusula sétima (fl.751), institui os juros a taxa de 6% (seis por cento) ao ano
calculados sobre o saldo devedor e capitalizados mensalmente. Em seguida, cláusula oitava (fl.
751), afirma que além dos encargos descritos na cláusula anterior, os devedores pagarão ainda
uma taxa de 1% (hum por cento) ao ano calculados mensalmente sobre o saldo devedor
respectivo, para constituição de um fundo destinado a responder pela solução de todas as
obrigações vincendas em caso de morte, tradicionalmente conhecido como FQM – Fundo de
Quitação por Morte.

15. As condições estabelecidas na cláusula décima (fl. 752), menciona que o saldo
devedor será corrigido mensalmente sempre no primeiro dia de cada mês. Assim como a primeira
correção do saldo devedor, cujo montante é incorporado ao valor da dívida, sob a forma
proporcional de 11 dias, diferença entre as datas de contratação (20/03/1991) e o fim do mês de
março/1991. Em seu parágrafo único (fl. 752), sustenta a Correção Monetária como condição
essencial do contrato de maneira a assegurar o equilíbrio financeiro do mútuo. Indica o IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, ou outro indicador publicado por instituição idônea e que
reflita a real inflação ocorrida no período considerado.

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16. A cláusula décima primeira (fl. 752) afirma que o valor das prestações será
reajustado sempre que o Banco do Brasil S/A conceder elevação geral do vencimento padrão do
seu pessoal em atividade.

17. Cabe destacar que a Planilha de Evolução do Saldo Devedor, fornecida pelo Réu
(fl.731), apresenta em sua coluna destinada a Correção Monetária, cujo índice utilizado foi a TR
– Taxa Referencial, que para o período considerado em 1991 (fevereiro a dezembro), acumulou
alta de 335,51%, na amostragem de 11 meses. O índice IGP-M acumulou alta de 374,40%. A
inflação oficial no país, IPC – Índice de Preços ao Consumidor, à época, acumulou alta de
394,78%. Não obstante, a Correção Monetária ter efeito multiplicador em mais de três vezes o
saldo devedor inicial. A utilização da TR como índice adotado pelo Réu, levemente menor ante
o IGP-M, torna a alteração amena. Em outra análise no mesmo período, a variação salarial do
devedor acumulou alta de 79,60%. Por consequência, o reajuste da prestação eleva-se no
mesmo patamar da conquista do mutuário.

18. Ampliando a materialidade fornecida pelo Réu, em relação ao CARIM -


Regulamento da Carteira Imobiliária, em particular o anexo III – Tabela de Multiplicador para
Cálculo da Prestação Inicial do Financiamento Imobiliário (fl.382). Pode-se fazer a identificação
das variáveis:

i. Prazo: 240 meses;


ii. Taxa de juros: 6% a.a. (0,50% a.m.);
iii. Fundo de Quitação por Morte (FQM): 1% a.a. (0,08% a.m.);
iv. Coeficiente de Equalização de Taxa (CET): 5% de acréscimo;
v. Pagamento: Prestações Mensais;
vi. Idade do Financiado: 39 anos;

19. Pode-se encontrar, na primeira linha da Tabela, cujo nome atribuído pelo Réu é
“Multiplicador”. Sinônimo para o Contador é “Fator”, e para o Economista: “Coeficiente da
Prestação”, que nesse caso da fl.382, corresponde a 0,00814064.

20. O valor da dívida multiplicado pelo coeficiente da prestação, resulta na prestação


inicial, ou seja, Cr$ 8.991.514,29 X 0,00814064 = Cr$ 73.196,68, registrado na cláusula sexta (fl.
751), já incluídos CET e FQM. De tal modo a aumentar o Custo Efetivo Total da taxa de juros
para 0,64% a.m., equivalente a 7,91% a.a.

21. Para verificação da principal regularidade do contrato, a composição do


coeficiente da prestação, devemos segregar os elementos que formaram a prestação inicial, a
saber:

i. Quando o coeficiente da prestação foi acrescido do CET de 5% e resultou no coeficiente


de 0,00814064, pela seguinte equação:
a. Coeficiente da prestação X (1+0,05) = 0,00814064;
b. Ratifica-se a taxa de juros de 0,64% a.m. equivalente a 7,91% a.a.;
ii. O inverso dos elementos algébricos resulta no coeficiente da prestação, pela seguinte
equação:
a. 0,00814064 / (1+0,05) = 0,00775299;
b. Deste modo, fica segregado o acréscimo do CET;
c. Por consequência, a taxa de juros reduz para 0,58% a.m. equivalente a 7,23%
a.a.;
iii. Por último, sabendo-se que o FQM está incluído na prestação em proporção de 0,08%
a.m.. Este percentual deduzido da taxa de juros do item anterior, 0,58% a.m., aflui em
harmonia para a taxa de juros do contrato de 0,50% a.m. (6% a.a.).
a. Com base na taxa de juros do contrato de 0,50% a.m., verifica-se o valor da
prestação totalmente separada dos acréscimos descritos acima;

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b. Utilizando-se das variáveis conhecidas: Prazo, taxa de juros, valor da dívida. O


valor da prestação é de Cr$ 64,418,00;
c. O coeficiente da prestação é 0,00716431;
d. O valor da dívida multiplicado pelo coeficiente da prestação, resulta na prestação
sem os acréscimos do CET e FQM, ou seja, Cr$ 8.991.514,29 X 0,00716431 =
Cr$ 64.418,00. Produz a taxa de juros de 0,5% a.m. (6% a.a.), exatamente
aquela indicada pelo Réu na fl. 382, ratificada na cláusula sétima do contrato (fl.
751).

22. Constata-se então, que além do CET, o FQM também foi embutido naquele
coeficiente da prestação inicial, 0,00814064, apresentado pelo Réu (fl. 382).

23. Da mesma forma, o FQM está exposto separadamente na Planilha de Evolução


do Saldo Devedor, em cobrança específica na proporção de 0,08% a.m. (1% a.a.), apresentado
pelo Réu na fl. 731. Caracterizando dupla cobrança.

24. Em outra análise, há que se distinguir, pelo ponto de vista técnico econômico-
financeiro, a capitalização mensal dos juros e o anatocismo.

i. A capitalização mensal dos juros é um procedimento adotado em nosso país,


supervisionado pelo Banco Central do Brasil. E os dois exemplos mais comuns são: a
tradicional Caderneta de Poupança e o Contrato de Empréstimo. Em particular neste
último, utiliza-se com maior frequência o Sistema de Amortização da Tabela Price, que
possui a metodologia de pagamento dos juros decrescentes e amortizações crescentes,
objetivando a liquidação total do valor da dívida.
ii. O anatocismo ocorre de forma esporádica, seu apontamento deve ser observado
minuciosamente para que se possa caracterizar. Seu registro indica que os juros não
pagos, eventualmente, são adicionados ao saldo devedor para nova cobrança de juros
no próximo vencimento. E o exemplo que merece maior destaque é aquele denominado
de “amortização negativa”. Pois há que se verificar, se esse valor monetário foi
adicionado ao saldo devedor para nova cobrança de juros.

25. Com esse discernimento, verifica-se na fl. 731, na Planilha de Evolução do Saldo
Devedor, apresentada pelo Réu, não apenas a qualificada “amortização negativa”, mas também
a sua adição ao saldo devedor para nova cobrança de juros no próximo vencimento da prestação.
Portanto, fica caracterizado o anatocismo.

IV - QUESITOS FORMULADOS PELO AUTOR (fls. 1109/1111)

26. 1 – Queira o Sr. Perito listar os parâmetros do financiamento contratado pelos


autores.

Resposta: Os parâmetros estão materializados na fl. 382, como também descritos no parágrafo
18 deste trabalho.

28. 2 – O financiamento contratado pelos autores é regido pelas regras do SFH ou


do CMN?

Resposta: As entidades de previdência privada, são equiparadas as instituições financeiras e as


instituições de distribuição do mercado de valores mobiliários, em relação as suas operações no
mercado financeiro e de valores mobiliários. Inclusive ao cumprimento das diretrizes do Conselho
Monetário Nacional quanto a suas aplicações, ainda são fiscalizadas pelo Banco Central do
Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.

29. 3 – Queira o Sr. Perito informar o que dispõe o Regulamento da Carteira


Imobiliária e o Contrato, quanto ao método de reajuste das parcelas do financiamento.

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Resposta: No contrato, a cláusula décima primeira (fl. 752) afirma que o valor das prestações
será reajustado sempre que o Banco do Brasil S/A conceder elevação geral do vencimento
padrão do seu pessoal em atividade.

30. 4 – Queira o Sr. Perito esclarecer se a decisão do AgRG nos EREsp nº


772260/SC e do REsp nº 495019/DF, pacificaram o entendimento de que é permitida a aplicação
do PES.

Resposta: Considerando a inexistência de materialidade, entendo que esta arguição se


posiciona na questão do mérito.

31. 5 – A PREVI reajustou as parcelas conforme o pactuado?

Resposta: Afirmativa é a resposta.

32. 6 – Queira o Sr. Perito informar o que dispõe o Regulamento da Carteira


Imobiliária e o Contrato de Financiamento, quanto ao método de atualização do saldo devedor
do financiamento.

Resposta: A materialidade está apresentada na cláusula sétima (fl. 751), como também
descritos no parágrafo 14 deste trabalho.

33. 7 – A PREVI atualizou o saldo devedor conforme o pactuado?

Resposta: Afirmativa é a resposta.

34. 8 – Queira o Sr. Perito informar no que consiste o sistema de amortização do


financiamento imobiliário contratado pelos Autores?

Resposta: As cláusulas do contrato (fls. 748/757), como também no CARIM - Regulamento da


Carteira Imobiliária (fls. 361/388), não fazem referência ao Sistema de Amortização do
Financiamento, como descrito no parágrafo 12 deste trabalho.

35. 9 – Neste sistema de amortização, ocorre obrigatoriamente a capitalização de


juros?

Resposta: No modelo utilizado pelo Réu, ocorre a capitalização mensal dos juros.

36. 10 – A PREVI apurou as prestações devidas considerando a taxa de juros e o


método de amortização pactuado em contrato?

Resposta: Negativa é a resposta. Descrito entre os parágrafos 18 a 22 deste trabalho.

37. 11 – Queira o Sr. Perito esclarecer, quanto a taxa de juros, se há previsão de


aumento desta quando da perda da condição de associado.

Resposta: Afirmativa é a resposta. Eleva-se para 8% a.a. de acordo com a cláusula sétima (fl.
751).

38. 12 – Queira o Sr. Perito esclarecer a finalidade do “Fundo de Liquidez”.

Resposta: A cláusula quinta (fl. 750) elenca que o “Fundo de Liquidez” é destinado a responder
pela solução do saldo devedor acaso verificado ao final da prorrogação do prazo inicialmente
pactuado.

39. 13 – Queira o Sr. Perito esclarecer a finalidade do “Fundo de Quitação por Morte
– FQM”.

Resposta: A cláusula oitava (fl. 751) afirma que é para constituição de um fundo destinado a
responder pela solução de todas as obrigações vincendas em caso de morte.

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40. 14 – Queira o Sr. Perito esclarecer a finalidade da aplicação do “Coeficiente de


Equalização de Taxas – CET”.

Resposta: A cláusula décima segunda (fl. 753) descreve ser para prevenir eventuais diferenças
decorrentes da adoção de índices não uniformes para correção do saldo devedor e das
respectivas prestações.

41. 15 – Queira o Sr. Perito informar se os Autores pagaram em dia todas as


prestações de sua responsabilidade.

Resposta: Negativa é a resposta.

42. 16 – Queira o Sr. Perito informar quais as penalidades aplicáveis em caso de


não pagamento das prestações.

Resposta: A cláusula vigésima (fl. 756) estabelece que o Réu para cobrança do que lhe for
devido, tiver que recorrer à justiça, os devedores pagarão ainda a pena convencional de 10%
sobre o montante do débito, inclusive acessórios, mais custas processuais e honorários de
advogado.

43. 17 – Queira o Sr. Perito prestar os demais esclarecimentos que achar


pertinentes.

Resposta: Não há o que acrescentar à quesitação do Autor.

V - QUESITOS FORMULADOS PELO RÉU

44. Não houve apresentação de quesitos da parte Ré para este trabalho.

VI – CONCLUSÃO

45. Analisada a materialidade disponibilizada nos autos, nos elementos que foram
anteriormente exarados, esse perito constata, expõe e submete ao MM Juízo, as imperfeições
da composição da prestação inicial, da dupla cobrança do FQM- Fundo de Quitação por Morte,
aliado a existência do anatocismo, como cerne deste estudo.

46. Ratifico a aceitação da Capitalização Mensal dos Juros, bem como a utilização
da Tabela Price como Sistema de Amortização de Financiamento.

47. Nada mais havendo a expor, dá-se por finalizado o presente laudo pericial,
composto por 6 (seis) páginas, todas numeradas, para que produza os efeitos legais.

Rio de Janeiro, RJ, 07 de outubro de 2020.

José Tadeu dos Santos Travassos


Economista – Corecon / RJ 25.300

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