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PROCESSUAL CIVIL
Juizados Especiais da Fazenda Pública
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Sumário
Apresentação.. ................................................................................................................3
Juizados Especiais da Fazenda Pública. . ...........................................................................5
1. Aspectos Introdutórios................................................................................................5
2. Disposições da Lei Federal n. 12.153/2009.. ................................................................ 7
Questões de Concurso...................................................................................................43
Gabarito........................................................................................................................53
Gabarito Comentado. .....................................................................................................54
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! Neste cur-
so, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual civil, com o objetivo de
lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter o
melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo e
capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente,
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. Dessa
forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com um ou
outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de contar
com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De qualquer
forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos de forma
aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. Tudo depende, unicamente, da preferên-
cia de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente o seguinte tópico de Direito Processual Civil: Jui-
zados Especiais da Fazenda Pública.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos os
pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. O nú-
mero de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade do conteúdo
e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de exercícios dispo-
nibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente
testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade do
material.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu
grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Se
houver algum problema com a visualização de mapas mentais (fonte, cor etc.), o problema
possivelmente terá surgido em alguma fase da edição, pelo que o professor não responde.
Neste caso, você pode entrar em contato com a central de atendimento responsável.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do
Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande
prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que
você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Obs.: Esta lista aborda os Juizados existentes de forma genérica, sem contemplar eventu-
ais subdivisões administrativas internas.
Professor, quais seriam esses “princípios e regras jurídicas” aptos a receber maior efeti-
vidade?
Para assimilar a resposta desta pergunta, você deve se questionar: quais são os principais
motivos que levam os processos judiciais comuns a perderem sua utilidade ou a não alcança-
rem resultado algum? Costuma-se dizer que tais motivos são, principalmente, a morosidade
(lentidão) e o excesso de formalismo.
À vista destes motivos, o legislador pretendeu criar procedimentos diferenciados dentro
do direito processual civil, para que as causas mais suscetíveis de serem prejudicadas pela
morosidade e pelo formalismo exacerbado tramitem, judicialmente, de forma mais célere e
mais simples.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são definidos e regulamentados pela Lei Fede-
ral n. 12.153/2009. Neste microssistema, o gênero “causas cíveis de menor complexidade” é
restringido de modo a abranger somente as causas cíveis de menor complexidade que envol-
vam o interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e/ou dos Municípios.
Nesta aula, estudaremos este microssistema processual de forma sistematizada, me-
diante comentários individualizados e contextualizados a cada dispositivo da referida norma,
com pertinentes associações à doutrina e à jurisprudência.
O primeiro artigo da lei estabelece a competência para criação dos Juizados Especiais da
Fazenda Pública, bem como quais entes federados podem ter um Juizado desta natureza em
sua estrutura orgânica.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
ATENÇÃO
Este artigo trata dos entes que podem criar os Juizados Especiais da Fazenda Pública e sobre
onde eles podem se situar, e não sobre os entes federados que possam ser partes em proces-
sos nesses Juizados. Sobre estes entes, estudaremos no comentário ao art. 2º.
Obs.: De agora em diante, farei referência aos Juizados Especiais da Fazenda Pública
Os Juizados da Fazenda situam-se na estrutura orgânica dos Tribunais de Justiça dos Es-
Professor, e quanto à União? Ela não pode ser contemplada por um Juizado Especial in-
tegrante de sua estrutura?
Não, caro(a) aluno(a). A atuação da União, no tocante aos Juizados da Fazenda, limita-se
à competência para criar o Juizado da Fazenda no âmbito do Distrito Federal. A União não
O motivo pelo qual a União é excluída da possibilidade de ter este microssistema é o fato
1) Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, nos Estados, são criados pelos próprios
Estados.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Professor, por qual razão o Distrito Federal não é competente para criar o próprio Juizado
da Fazenda?
A razão, caro(a) aluno(a), é dogmática: o art. 22 da Constituição Federal, um dos que de-
finem a repartição de competências constitucionais, atribuiu tal competência à União em seu
inciso XVII, que no ano da publicação da Lei n. 12.153/2009 tinha os seguintes termos:
Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar
causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o
valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
No art. 5º da lei ora em comento, estudaremos com profundidade sobre os entes públicos
capazes de serem partes nos processos dos Juizados da Fazenda.
Neste momento, é importantíssimo darmos enfoque ao critério de valor que determina as
ações submetidas ao microssistema dos Juizados da Fazenda: ações cujos valores não ultra-
passem 60 (sessenta) salários mínimos à época do seu ajuizamento.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Obs.: Trata-se do mesmo limite aplicável aos Juizados Especiais Federais, caso você pre-
fira fazer esta associação.
É possível, caro(a) aluno(a), que a ação contemple vários autores (litisconsórcio ativo fa-
cultativo). Neste caso, de acordo com o STJ, deverá ser utilizado como parâmetro para defini-
ção da competência do Juizado da Fazenda o valor correspondente aos pedidos individuais de
cada autor.
Caso a soma de todos os pedidos, em litisconsórcio ativo, ultrapasse os 60 salários míni-
mos, ainda assim a ação poderá tramitar no Juizado da Fazenda, se os pedidos pertinentes a
cada autor, individualmente, não ultrapassarem tal valor.
O STJ já aplicou tal entendimento nos seguintes julgados: AgRg no REsp n. 1.376.544/SP,
AREsp n. 261.558/SP, AgRg no REsp n. 1.358.730, REsp n. 1.257.935.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Mesmo que a ação tenha valor não maior que 60 (sessenta) salários mínimos, ela não
poderá tramitar no Juizado da Fazenda quando tiver como objeto qualquer dos elementos
descritos nos incisos do § 1º, por menor que seja o valor da causa.
Abordaremos, abaixo, tais elementos.
Obs.: Todas as ações abaixo mencionadas têm algo em comum: possuem ritos complexos,
e essa complexidade é essencial para a correta e justa solução dos conflitos subme-
tidos a tais ritos. Logo, tais ações não podem ser inseridas no conceito de “causas de
menor complexidade”.
Enunciado n. 88 do FONAJEF
Não se admite Mandado de Segurança para Turma Recursal, exceto na hipótese de ato
jurisdicional teratológico contra o qual não caiba mais recurso.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
ATENÇÃO
Quanto às ações de direitos ou interesses difusos e coletivos, o STJ entende que somente
são excluídas do âmbito dos Juizados da Fazenda as ações puramente coletivas. Isso signifi-
ca que as ações destinadas à tutela de direitos usufruídos por um só indivíduo, embora envol-
vam bens jurídicos coletivos (como a saúde), podem, sim, tramitar nos Juizados da Fazenda.
Este entendimento já foi fixado nos julgados REsp n. 1.409.706-MG e REsp n. 1.433.279.
Explicarei com um exemplo.
Exemplo:
Pode o Ministério Público ajuizar ação visando ao fornecimento de medicamentos ou trata-
mentos médicos, na qualidade de substituto processual de um cidadão. Neste caso, embora a
saúde seja um direito coletivo em sentido amplo, a tutela pretendida é individual. A ação, por
sua vez, tem feição de ação individual.
Logo, se o valor dessa ação não ultrapassar 60 salários mínimos, poderá ela tramitar no Jui-
zado Especial da Fazenda Pública.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias
e fundações públicas a eles vinculadas;
Todas as ações imobiliárias de interesse dos Estados, do DF, de Território ou dos Municí-
pios, independentemente de seus valores e de seus ritos (ação possessória, ação de nuncia-
ção de obra nova, ação reivindicatória), são excluídas dos Juizados da Fazenda e devem ser
processadas nas Varas.
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores
públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.
Obs.: Ações de servidores públicos civis que impugnem eventuais penas de suspensão,
advertência ou repreensão, onde houver, inserem-se na competência dos Juizados
da Fazenda, assim como as ações de servidores públicos com o objetivo de pleitear
verbas trabalhistas devidas pelo ente público, como horas extras, indenização por
acúmulo de função etc.
Por outro lado, todas as penalidades disciplinares aplicáveis a servidores militares, inde-
pendentemente de quais sejam, são excluídas da apreciação dos Juizados da Fazenda, de-
vendo ser apreciadas pelo órgão jurisdicional de competência material militar (Justiça Militar,
onde houver, ou órgão especializado da Justiça Estadual).
Para ilustrar a diferença sutil que abordamos:
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§ 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado
Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá ex-
ceder o valor referido no caput deste artigo.
Quando o crédito cobrado do ente público for dividido em parcelas, o limite de 60 salários
mínimos, para ser verificado, deverá ter como base a soma das próximas 12 (doze) parcelas e
das parcelas que já estiverem vencidas.
Se de tal soma resultar valor excedente, a ação não poderá tramitar no Juizado da Fazenda.
§ 3º (VETADO)
§ 4º No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é ab-
soluta.
ATENÇÃO
A regra deste § 4º é importantíssima e chove e provas de concursos que abordam o tema!
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Obs.: Trata-se de uma excepcional hipótese em que a competência em razão do valor é uma
competência absoluta. Afinal de contas, aprende-se que a competência em razão do
valor é, em regra, relativa: as ações sujeitas aos Juizados Especiais Cíveis podem, se
a parte quiser, tramitar na Vara, e não no Juizado.
Obs.: Não é esta a regra aplicável ao microssistema dos Juizados da Fazenda. Sendo a
ação de valor não maior que 60 salários mínimos e de objeto não incluído no rol do
§ 1º, ela deverá, obrigatoriamente, tramitar no Juizado da Fazenda, sob pena de nuli-
dade absoluta.
Art. 3º O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautela-
res e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação.
ATENÇÃO
No microssistema dos Juizados da Fazenda, as tutelas provisórias podem ser concedidas de
ofício, ao contrário do procedimento comum do CPC, que exige requerimento das partes para
tal concessão.
De qualquer forma, a parte, em seu requerimento, ou o juiz, em sua decisão de ofício, deve-
rão demonstrar o preenchimento dos dois requisitos essenciais da tutela provisória: FUMUS
BONI IURIS e PERICULUM IN MORA – probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo, respectivamente (art. 300, caput, do CPC).
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
• Probabilidade do direito: a parte demonstra que suas razões fáticas e jurídicas levam a
crer que o direito por ela postulado é muito provável ou, até mesmo, evidente. Trata-se
de um contexto em que a inexistência do direito é algo difícil de ser provado, embora
possível.
• Perigo de dano: o direito postulado pode sofrer lesão em decorrência da demora da
decisão definitiva.
• Risco ao resultado útil do processo: se a tutela de urgência não for concedida, é pos-
sível que eventual dano faça com que o processo perca seu objeto, e tenha tramitado
inutilmente.
Art. 4º Exceto nos casos do art. 3º, somente será admitido recurso contra a sentença.
ATENÇÃO
Eis aqui uma regra importantíssima e muito explorada pelas provas que abarcam os Juizados
Especiais da Fazenda Pública.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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Obs.: O art. 4º não fala que o recurso cabível seja o agravo de instrumento. Todavia, tal
entendimento é aceito pela jurisprudência majoritária das Turmas Recursais, a exem-
plo da Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina:
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
O PULO DO GATO
Os embargos de declaração aplicáveis aos Juizados, inclusive aos Juizados Especiais da Fa-
zenda Pública interrompem o prazo para qualquer recurso.
O efeito interruptivo desses embargos, nos Juizados Especiais, foi incluído pelo Novo CPC.
Antes da alteração, os embargos de declaração do microssistema dos Juizados tinham efeito
suspensivo, o que o diferenciava do procedimento do CPC. Agora, não se preocupe: o efeito
dos embargos de declaração é o mesmo do CPC: interrupção do prazo para recurso.
O microssistema dos Juizados da Fazenda impõe um conceito bem mais restrito de “ca-
pacidade de ser parte”, também chamada de “capacidade de estar em juízo”. Neste procedi-
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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mento, somente determinados sujeitos podem ser autores, e determinados sujeitos podem
ser réus. E eles são expressamente apontados nos incisos abaixo. Vejamos.
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim de-
finidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;
O PULO DO GATO
Nos Juizados da Fazenda Pública, a Fazenda Pública pode apenas ser ré, e nunca autora. Veja
que o Juizado da Fazenda serve para que as pessoas cobrem seus créditos contra a Fazenda,
e não para beneficiá-la, pelo menos em tese.
O ajuizamento de ação nos Juizados Especiais da Fazenda Pública é uma prerrogativa dos
sujeitos mais frágeis da sociedade, que precisem de maior celeridade e simplicidade para que
o direito pleiteado seja efetivo.
Portanto, pessoas jurídicas de maior porte não podem ser autoras nos Juizados da Fazen-
da, independentemente do valor e do objeto da ação.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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O PULO DO GATO
II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias,
fundações e empresas públicas a eles vinculadas.
O inciso II, por sua vez, define quais são os entes da “Fazenda Pública” capazes de serem
partes, como réus, nos processos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. Tais entes são:
• Estados;
• Distrito Federal;
• Municípios.
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Caro(a) aluno(a), em razão de o rol do art. 5º ser taxativo, as sociedades de economia mis-
ta não podem ser partes nos Juizados da Fazenda. Também não podem ser partes nos Juiza-
dos da Fazenda as concessionárias e permissionárias de serviço público, pois não constam do
rol de legitimados do art. 5º.
Para ilustrar:
Enunciado n. 21 do FONAJEF
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No polo passivo da ação que tramita no Juizado da Fazenda, basta que um dos sujeitos
seja enquadrado no inciso II do art. 5º. É possível, portanto, que pessoa física ou jurídica pri-
vada figure como ré nestas ações, desde que, necessariamente, figure ao seu lado uma das
pessoas jurídicas de direito público legitimadas pelo art. 5º, inciso II.
Todas as formas de comunicação dos atos processuais aplicáveis aos Juizados da Fazen-
da são aquelas delineadas no CPC de 2015. A lei citada no art. 6º é o CPC de 1973. Todavia,
de acordo com o art. 1.046, § 4º, do Novo CPC, “As remissões a disposições do Código de
Processo Civil revogado, existentes em outras leis, passam a referir-se às que lhes são corres-
pondentes neste Código.”.
Art. 7º Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurí-
dicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiência de
conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Em direito processual civil, você aprende que as pessoas jurídicas de direito público têm
prazos dobrados para todas suas manifestações nos autos, salvo quando a lei der um prazo
específico a estes entes.
Agora, perceba o seguinte: a lei que estamos estudando institui um microssistema próprio
para ações em face da Fazenda Pública. Logo, toda e qualquer disposição da lei, inclusive as
disposições sobre prazos, também são definidas de forma apropriada à Fazenda Pública, con-
corda?
Portanto, o raciocínio a ser empregado é o mesmo: como todos os prazos desta lei são
definidos de forma própria à Fazenda Pública, ela não terá prazos contados em dobro, ou qual-
quer outro privilégio na contagem dos prazos processuais.
No mais, é importantíssimo que você assimile o intervalo mínimo entre a citação para a
audiência de conciliação e a data de comparecimento à audiência: 30 DIAS.
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Gustavo Deitos
Para ilustrar:
Art. 8º Os representantes judiciais dos réus presentes à audiência poderão conciliar, transigir ou de-
sistir nos processos da competência dos Juizados Especiais, nos termos e nas hipóteses previstas
na lei do respectivo ente da Federação.
Os procuradores das entidades fazendárias (Estados, DF e Municípios), não terão uma pro-
curação para atuar nos autos. Eles, por serem ocupantes do cargo público de Procurador do
ente público, terão seus poderes definidos e limitados em lei do ente federado.
No mesmo leque de disposições, serão definidos os limites dos procuradores para conci-
liar, transigir ou desistir de pedidos e argumentos nos Juizados da Fazenda.
Exemplos: Valor máximo para conciliações, direitos que podem ou não ser objeto de transa-
ções em audiência, limite máximo para a possibilidade de desistência, hipóteses em que o
procurador poderá desistir de sua pretensão etc.
Art. 9º A entidade ré deverá fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclareci-
mento da causa, apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação.
Existe um limite processual para que o ente público réu apresente as provas que tiver em
sua defesa: até a data da audiência de conciliação, que é a única audiência do processo, uma
vez que após a tentativa de conciliação haverá a imediata instrução, seguida do julgamento.
Caso o ente deixe de juntar documentos favoráveis à sua defesa até a data da audiência
conciliatória, haverá preclusão do direito de produzir a prova “esquecida”.
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O intervalo mínimo, estudado anteriormente, que deve ser respeitado entre a data da efe-
tiva citação do ente público e a data da audiência serve também para que o ente fazendário
prepare sua defesa e suas provas.
Art. 10. Para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o juiz
nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até 5 (cinco) dias antes da audiência.
A ideia da lei é de que exista uma única audiência, na qual haverá a tentativa de conciliação,
a instrução probatória e o julgamento. Portanto, se a prova pericial for imprescindível para que
a conciliação tenha bases justas, ou para que o julgamento seja mais bem fundamentado e
mais próximo da verdade real, será autorizada a realização de exame pericial.
Neste caso, o laudo do perito deverá ser juntado aos autos até 5 dias antes da audiência.
Caso seja impossível a juntada dentro deste limite, a audiência deverá ser adiada.
Obs.: Há vários acórdãos de Turmas Recursais, inclusive do STJ, afirmando que o fato de
haver maior complexidade de instrução probatória (em razão da necessidade de prova
pericial) não impede o processamento do feito nos Juizados Especiais da Fazenda
Pública. Por outro lado, há outros afirmando que, se a prova exigida for muito com-
plexa, os Juizados da Fazenda não poderiam contemplar o processamento da ação,
porque nem sempre é possível, na época da propositura da ação, saber se a instrução
probatória será simples ou mais complexa.
Obs.: Há uma questão de concurso (banca VUNESP) adotando o segundo entendimento:
de que a excessiva complexidade impede a tramitação do feito no microssistema dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública. Ela será apresentada na lista de exercícios.
Se você enfrentar a referida banca, já saberá de qual é o entendimento por ela adota-
do.
Art. 11. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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• União, autarquias federais e fundações públicas federais: a partir de 1000 salários míni-
mos;
• Estados, Municípios que sejam Capitais de Estados e suas autarquias e fundações pú-
blicas: a partir de 500 salários mínimos;
• Municípios em geral e suas autarquias e fundações públicas: a partir de 100 salários
mínimos.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I – súmula de tribunal superior;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do pró-
prio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Exemplo:
Mesmo que a União seja condenada em um bilhão de reais (muito mais que 1000 salários míni-
mos), se o entendimento utilizado para a condenação estiver respaldado em orientação vincu-
lante firmada no âmbito administrativo de um órgão da própria União (manifestação, parecer
ou súmula administrativa, desde que de caráter administrativamente vinculante), não haverá
necessidade de reexame necessário (redundância proposital) pela instância superior.
Afinal de contas, por que razão o reexame necessário não pode ser aplicado neste micros-
sistema?
É porque, para que a ação se enquadre no microssistema dos Juizados da Fazenda, não
poderá haver envolvimento de mais de 60 salários mínimos. Os valores de condenação que
legalmente exigem reexame necessário são muito maiores do que tal limite.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Art. 12. O cumprimento do acordo ou da sentença, com trânsito em julgado, que imponham obriga-
ção de fazer, não fazer ou entrega de coisa certa, será efetuado mediante ofício do juiz à autoridade
citada para a causa, com cópia da sentença ou do acordo.
O sujeito notificado para cumprir obrigação reconhecida em acordo ou sentença será uma
autoridade pública autorizada a representar os interesses do ente público réu (normalmente,
um dos Procuradores do ente).
Uma coisa é cobrar o cumprimento de valor em dinheiro, caso em que deverão ser obser-
vados os passos do Precatório e da Requisição de Pequeno Valor, estudados no comentário
ao art. 13.
A situação é diferente quando a obrigação a ser cumprida pelo ente público for de fazer,
não fazer ou entregar coisa certa. Nestes casos, o juiz ordenará a expedição de ofício, a ser por
ele assinado, direcionado à Procuradoria do ente público, para que cumpra a obrigação.
Art. 13. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão,
o pagamento será efetuado:
I – no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contado da entrega da requisição do juiz à autoridade
citada para a causa, independentemente de precatório, na hipótese do § 3º do art. 100 da Constitui-
ção Federal; ou
II – mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor definido como obrigação
de pequeno valor.
§ 1º Desatendida a requisição judicial, o juiz, imediatamente, determinará o sequestro do numerário
suficiente ao cumprimento da decisão, dispensada a audiência da Fazenda Pública.
§ 2º As obrigações definidas como de pequeno valor a serem pagas independentemente de preca-
tório terão como limite o que for estabelecido na lei do respectivo ente da Federação.
§ 3º Até que se dê a publicação das leis de que trata o § 2º, os valores serão:
I – 40 (quarenta) salários mínimos, quanto aos Estados e ao Distrito Federal;
II – 30 (trinta) salários mínimos, quanto aos Municípios.
§ 4º São vedados o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da execução, de modo que
o pagamento se faça, em parte, na forma estabelecida no inciso I do caput e, em parte, mediante
expedição de precatório, bem como a expedição de precatório complementar ou suplementar do
valor pago.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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A execução contra a fazenda pública não envolve penhora e expropriação de bens, tam-
pouco bloqueio de contas bancárias, porque os bens públicos são impenhoráveis e, de regra,
inalienáveis. Esta garantia consta do art. 100 do Código Civil, que dispõe:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
O PULO DO GATO
Quanto aos bens das empresas estatais prestadoras de serviços públicos, há uma peculiari-
dade. Dessas estatais, nem todos os bens são protegidos pela garantia da impenhorabilidade.
Quanto aos bens das empresas estatais, somente serão garantidos pela impenhorabilidade
os bens vinculados à prestação do serviço público. Eventuais bens das estatais que não te-
nham relação com o serviço público, como terrenos vazios, podem ser penhorados e aliena-
dos, quando a empresa estatal não se submeter ao regime dos Precatórios e RPVs ou quando,
em hipótese legal, forem sequestrados seus bens para garantia do pagamento do valor requi-
sitado por meio de Precatório ou RPV.
Portanto, em vez de o juiz intimar o ente público para pagamento sob pena de penhora de
bens, ele ordenará a expedição de Precatório ou de Requisição de Pequeno Valor (RPV), a de-
pender do valor devido na execução contra o ente fazendário.
Lei de cada Estado, lei do DF e lei de cada Município definirá qual é o valor-limite para paga-
mento de execuções mediante Requisição de Pequeno Valor por parte do DF ou do respectivo
Estado ou Município e suas autarquias, fundações e empresas prestadores de serviço público.
Professor, e se o ente federado não tiver uma lei especificando o limite?
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Neste caso, valerá o valor definido como subsidiariamente aplicável no § 3º do artigo ora
em comento, que copia os valores dispostos no art. 87 do Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal:
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a
publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto
no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório
judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:
I – quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal;
II – trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios.
ESTADOS e DF MUNICÍPIOS
Exemplo prático:
O Estado de Santa Catarina, por meio de lei estadual, fixou como limite para as Obrigações de
Pequeno Valor (pagas por meio de RPV) o montante de 10 salários mínimos. Se tal lei não exis-
tisse, ou se ela viesse a ser revogada, seria aplicável o limite de 40 salários mínimos, definido
no ADCT e no § 3º, inciso I, do artigo ora em comento.
A mesma lógica vale para todos os Municípios.
ATENÇÃO
O valor-limite definido pelas leis estaduais/municipais NÃO PODE ser inferior ao valor do limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (teto do RGPS).
Se o teto dos benefícios do RGPS atingir a marca de R$ 6.500,00, não pode o ente federado
fixar como valor-limite, por exemplo, “dois salários mínimos”.
É a regra do art. 100, § 4º, da CF: “Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis
próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades
econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência
social”.
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A RPV será enviada diretamente pelo juiz do trabalho ao ente público devedor, que deverá
pagar o valor no prazo de 60 DIAS. Se o ente não cumprir a obrigação neste prazo, o juiz do
trabalho determinará o sequestro do valor devido.
Nesta situação, o sequestro de valores do ente público pode ser determinado de ofício ou
a requerimento do autor/exequente.
Professor, e se o valor devido ao exequente for maior que o limite da RPV, será possível
fracionar os valores para que o exequente receba parte por RPV e a outra parte por meio de
Precatório?
Não, caro(a) aluno(a). O fracionamento para fins de recebimento de parte como RPV e
parte como Precatório é proibido pela Constituição Federal (art. 100, § 8º) e pelo § 4º do artigo
ora em comento.
Neste caso, o que pode ser feito é o exequente RENUNCIAR a parte excedente do limite
para receber tudo por meio de RPV, o que é muito mais rápido, e você verá o porquê.
Professor, e se houver mais de um exequente na reclamação?
Se houver mais de um autor/exequente, o valor a ser considerado para enquadramento
da obrigação como de “pequeno valor”, a ser requisitada mediante RPV, será o valor devido A
CADA AUTOR, INDIVIDUALMENTE.
Já o pagamento dos valores devidos pela Fazenda Pública mediante precatório é demora-
do. O Precatório consiste numa fila de pessoas que devem receber valores, na estrita ordem
cronológica de entrada dos formulários de precatórios.
Os valores destinados ao pagamento dos precatórios serão incluídos na dotação orça-
mentária do ente público SEM MENCIONAR números de processos ou pessoas específicas
que devam receber parte dos valores. Vide art. 100, caput, da CF:
Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em vir-
tude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
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dos valores devidos, receberão o valor dos precatórios numa fila preferencial. Veja a norma
Para você visualizar, de forma organizada, as regras dos dispositivos acima, apresento a
seguinte ilustração:
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Exemplo prático:
Jorge, que foi servidor público municipal, ajuíza ação no Juizado Especial da Fazenda Pública
postulando diferenças de vencimentos que o Município deixou de pagar ao exonerá-lo, além
do valor de uma gratificação que Jorge deveria ter recebido durante todo o período trabalha-
do, mas não recebeu. O Município foi condenado a pagar R$ 30.000,00 a Jorge.
Jorge, um mês após o trânsito em julgado da sentença, faleceu. Seu único herdeiro, Fábio,
é Pessoa com Deficiência, pois tem impedimento de longo prazo de natureza mental.,
Imagine que o valor-limite das RPVs do referido Município equivale, exatamente, a R$
70.000,00.
Fábio, em razão de sua condição, deverá receber na primeira fila preferencial o montante de
R$ 21.000,00, que equivale ao triplo do valor-limite do RPV daquele Município.
Os outros R$ 9.000,00 deverão ser pagos a Fábio na segunda fila preferencial, pois o valor
devido pelo Município tem natureza alimentícia (vencimentos e gratificações).
Quanto ao momento de pagamento dos precatórios, devemos observar a regra do art. 100,
§ 5º, da CF:
Exemplo prático:
PRECATÓRIO APRESENTADO EM 01/07/2021: pagamento ocorrerá até o dia 31/12/2022 (data
que equivale à expressão “até o final do exercício seguinte”).
PRECATÓRIO APRESENTADO EM 02/07/2021: pagamento ocorrerá até o dia 31/12/2023.
O pagamento dos precatórios, diferentemente dos RPVs, deve ser cobrado do ente público
pelo Presidente do Tribunal. É a regra do art. 100, § 6º, da CF:
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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No caso dos Precatórios, o sequestro da quantia devida só poderá ocorrer em duas hipó-
teses:
1) Fila dos precatórios é “furada” (preterição de uma pessoa na lista ordinal)
2) Ente público não inclui o valor devido em sua dotação orçamentária (nem na Lei Orça-
mentária Anual, nem em crédito adicional).
Voltemos, agora, à análise dos dois últimos parágrafos do art. 13:
§ 6º O saque do valor depositado poderá ser feito pela parte autora, pessoalmente, em qualquer
agência do banco depositário, independentemente de alvará.
§ 7º O saque por meio de procurador somente poderá ser feito na agência destinatária do depósito,
mediante procuração específica, com firma reconhecida, da qual constem o valor originalmente
depositado e sua procedência.
O valor a ser pago pela Fazenda Pública mediante RPV ou precatório ficará depositado
numa conta judicial. O credor (autor) poderá sacar tal valor somente comprovando sua iden-
tidade, sem necessidade de alvará judicial, como nos casos corriqueiros.
É possível que o advogado do autor saque o valor da conta judicial, desde que porte pro-
curação específica com firma reconhecida, na qual deverá ser mencionado, inclusive, o valor
exato do depósito a ser sacado, e qual foi o ente depositante.
Art. 14. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados pelos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Distrito Federal.
Parágrafo único. Poderão ser instalados Juizados Especiais Adjuntos, cabendo ao Tribunal desig-
nar a Vara onde funcionará.
Você já sabe de que são os Estados e o Distrito Federal, em seus respectivos TJ, que man-
tém os Juizados da Fazenda.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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Os Juizados Especiais Adjuntos são Juizados Especiais como os outros, mas pelos quais
respondem os próprios juízes das comarcas onde se situarem. É mais conveniente a instau-
ração de Juizados Adjuntos em comarcas pequenas, para que processos enquadráveis no
microssistema do Juizado Especial tramitem separadamente dos demais, mas sob a respon-
sabilidade do mesmo juiz.
Art. 15. Serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, conciliadores
e juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, observadas as atribuições previstas nos
arts. 22, 37 e 40 da Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.
§ 1º Os conciliadores e juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferente-
mente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de 2 (dois) anos
de experiência.
§ 2º Os juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante todos os Juizados Especiais
da Fazenda Pública instalados em território nacional, enquanto no desempenho de suas funções.
Os Juizados da Fazenda contam com dois principais servidores: o conciliador e o juiz lei-
go. Neste comentário, trabalharemos os requisitos e condições para atuação nessas funções
específicas.
• 1) CONCILIADOR: Deve ser selecionado entre qualquer bacharel em Direito da locali-
dade, seja ele advogado ou não, independentemente de ter exercido atividade jurídica.
É possível que, um dia após a colação de grau de um acadêmico de Direito, ele seja
nomeado conciliador do Juizado Especial da Fazenda Pública.
• 2) JUIZ LEIGO: Deve ser escolhido de forma mais restrita, entre advogados com mais de
2 (dois) anos de experiência (efetivo exercício da advocacia)
− O advogado selecionado para ser juiz leigo poderá continuar advogando perante
qualquer órgão do Poder Judiciário, menos nos Juizados da Fazenda de qualquer
lugar do Brasil.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
Gustavo Deitos
Art. 16. Cabe ao conciliador, sob a supervisão do juiz, conduzir a audiência de conciliação.
§ 1º Poderá o conciliador, para fins de encaminhamento da composição amigável, ouvir as partes e
testemunhas sobre os contornos fáticos da controvérsia.
§ 2º Não obtida a conciliação, caberá ao juiz presidir a instrução do processo, podendo dispensar
novos depoimentos, se entender suficientes para o julgamento da causa os esclarecimentos já
constantes dos autos, e não houver impugnação das partes.
Obs.: A audiência neste microssistema é planejada para ser única, embora na prática alguns
Juizados prefiram fracioná-la em duas. Trabalharemos com a sistemática da lei (uma
só audiência).
A abertura da audiência deve ser feita pelo conciliador, que apresentará as bases da conci-
liação e suas vantagens, com fundamento nos riscos e provas do processo.
De forma geral, o momento da conciliação é informal. As partes podem manifestar tudo o
que entenderem conveniente acerca dos fatos do conflito (§ 1º).
Todos esses esclarecimentos serão acompanhados e ouvidos, também, pelo juiz leigo. Se
ele entender que não há mais qualquer esclarecimento a ser prestado para o julgamento da
causa, ele dispensará novos depoimentos e proferirá julgamento. Caso contrário, ele ouvirá os
depoimentos necessários para a correta solução da controvérsia.
Se as partes impugnarem a conclusão do juiz leigo sobre a suficiência das provas, elas
poderão protestar pela oitiva das partes, ou pela produção de outras provas, se não tiverem
sido alcançadas pela preclusão. Em caso de novo indeferimento, elas poderão renovar seus
protestos em recurso.
Obs.: Na prática, também é comum que o conciliador e o juiz leigo do Juizado sejam a
mesma pessoa.
Art. 17. As Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são compostas por juízes em
exercício no primeiro grau de jurisdição, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal,
com mandato de 2 (dois) anos, e integradas, preferencialmente, por juízes do Sistema dos Juizados
Especiais.
§ 1º A designação dos juízes das Turmas Recursais obedecerá aos critérios de antiguidade e me-
recimento.
§ 2º Não será permitida a recondução, salvo quando não houver outro juiz na sede da Turma Recur-
sal.
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Gustavo Deitos
Exemplo: O TJDFT definiu o número de juízes mais seguido pelos tribunais do Brasil: três.
Imagine que sejam três juízes que componham a Turma Recursal. Estes juízes devem ser
selecionados dentre os juízes estaduais de primeira instância (juízes togados, concursados),
para atuarem como se fossem “desembargadores”, grosso modo. Estes juízes apreciarão, de
forma colegiada, os recursos interpostos contra as decisões dos juízes leigos.
O PULO DO GATO
Esses juízes da Turma Recursal serão escolhidos, de forma preferencial, dentre aqueles que
já atuem nas Turmas Recursais de outros Juizados Especiais, como o Cível. A escolha dos já
atuantes, no entanto, reitero, não é obrigatória, mas meramente preferencial.
Tais juízes não são fixos. Eles têm mandato de dois anos improrrogáveis. Ademais, eles
não podem ser reconduzidos (reeleitos), a não ser que seja impossível a seleção de outro juiz.
Art. 18. Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre
decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material.
§ 1º O pedido fundado em divergência entre Turmas do mesmo Estado será julgado em reunião
conjunta das Turmas em conflito, sob a presidência de desembargador indicado pelo Tribunal de
Justiça.
§ 2º No caso do § 1º, a reunião de juízes domiciliados em cidades diversas poderá ser feita por meio
eletrônico.
§ 3º Quando as Turmas de diferentes Estados derem a lei federal interpretações divergentes, ou
quando a decisão proferida estiver em contrariedade com súmula do Superior Tribunal de Justiça,
o pedido será por este julgado.
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ATENÇÃO
No âmbito dos Juizados Especiais, inclusive da Fazenda Pública, os incidentes de uniformi-
zação somente podem referir-se às divergências sobre direito material, e não sobre direito
processual.
Art. 19. Quando a orientação acolhida pelas Turmas de Uniformização de que trata o § 1º do art. 18
contrariar súmula do Superior Tribunal de Justiça, a parte interessada poderá provocar a manifesta-
ção deste, que dirimirá a divergência.
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Juizados Especiais da Fazenda Pública
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Obs.: Todo incidente de uniformização deve se ater ao direito material abstrato. Logo,
o incidente não pode ser utilizado para discussão de matéria de fato (Enunciado n. 99
do FONAJEF).
A oitiva do MP, como custos legis, existirá quando a questão controvertida envolver direito
material que caiba ao MP fiscalizar, por função institucional (direito de indígena, direito de in-
capaz etc.).
A requisição de informações a Presidentes de Turma Recursal ou de Turma de Uniformiza-
ção será feita somente se o relator do incidente de uniformização nacional entender necessá-
rio.
§ 4º (VETADO)
§ 5º Decorridos os prazos referidos nos §§ 3º e 4º, o relator incluirá o pedido em pauta na sessão,
com preferência sobre todos os demais feitos, ressalvados os processos com réus presos, os habe-
as corpus e os mandados de segurança.
Caso seja hipótese de concessão de vista de 5 dias ao MP, logo que transcorrido este
prazo, o processo do incidente será incluído em pauta para julgamento em sessão, de forma
preferencial.
A preferência do julgamento do incidente somente será menor do que os processos do STJ
que envolvam:
1) Réu preso;
2) Habeas corpus;
3) Mandado de segurança.
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Lembra dos pedidos de uniformização que deveriam ficar retiros nos autos dos proces-
sos das Turmas Recursais? Depois do julgamento do incidente pelo STJ, poderão verificar-se
duas consequências:
1) A Turma Recursal reconsidera sua decisão em favor da parte que suscitar a divergência,
quando a tese fixada pelo STJ estiver de acordo com o fundamento invocado pela parte;
2) A Turma Recursal declarará prejudicado o incidente da parte, quando a tese fixada pelo
STJ for contrária ao fundamento invocado pela parte.
Art. 20. Os Tribunais de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, no
âmbito de suas competências, expedirão normas regulamentando os procedimentos a serem ado-
tados para o processamento e o julgamento do pedido de uniformização e do recurso extraordi-
nário.
Mais detalhes do processamento dos incidentes são estruturados pelos próprios Tribu-
nais, em atos normativos que lhes caibam praticar.
Art. 21. O recurso extraordinário, para os efeitos desta Lei, será processado e julgado segundo o
estabelecido no art. 19, além da observância das normas do Regimento.
O Recurso Extraordinário, de acordo com o art. 102, inciso III, da Constituição Federal, terá
cabimento nas causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
• a) contrariar dispositivo da Constituição;
• b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
• c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.
• d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Perceba que o artigo fala em causas decididas em ÚNICA ou ÚLTIMA instância. As deci-
sões proferidas pelas Turmas Recursais, inclusive dos Juizados Especiais da Fazenda Públi-
ca, não são recorríveis por recurso próprio. Portanto, se houver enquadramento da pretensão
recursal em uma das hipóteses constitucionais, poderá ser interposto o recurso extraordiná-
rio ao STF contra a decisão da Turma.
É no mesmo sentido a Súmula n. 640 do STF:
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Art. 22. Os Juizados Especiais da Fazenda Pública serão instalados no prazo de até 2 (dois) anos da
vigência desta Lei, podendo haver o aproveitamento total ou parcial das estruturas das atuais Varas
da Fazenda Pública.
Art. 23. Os Tribunais de Justiça poderão limitar, por até 5 (cinco) anos, a partir da entrada em vigor
desta Lei, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, atendendo à necessidade da
organização dos serviços judiciários e administrativos.
Art. 24. Não serão remetidas aos Juizados Especiais da Fazenda Pública as demandas ajuizadas
até a data de sua instalação, assim como as ajuizadas fora do Juizado Especial por força do dis-
posto no art. 23.
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Art. 25. Competirá aos Tribunais de Justiça prestar o suporte administrativo necessário ao funcio-
namento dos Juizados Especiais.
Art. 26. O disposto no art. 16 aplica-se aos Juizados Especiais Federais instituídos pela Lei n. 10.259,
de 12 de julho de 2001.
Art. 27. Aplica-se subsidiariamente o disposto nas Leis nos 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Có-
digo de Processo Civil, 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001.
Ao longo da aula, destaquei vários pontos em que se faz necessário considerar o disposto
no Código de Processo Civil. A lei citada neste artigo é o CPC de 1973 (revogado). Todavia,
de acordo com o art. 1.046, § 4º, do Novo CPC, “As remissões a disposições do Código de
Processo Civil revogado, existentes em outras leis, passam a referir-se às que lhes são cor-
respondentes neste Código.”. Portanto, deve ser considerado o CPC de 2015, para todos os
efeitos.
Ademais, em vários outros momentos, destaquei a aplicabilidade de dispositivos da Lei n.
9.099/1995, que trata dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Também é subsidiariamente
aplicável a Lei n. 10.259/2001, que trata dos Juizados Especiais Federais. Por esta razão, mui-
tos enunciados do Fórum Nacional dos Juizados Especiais Federais (FONAJEF) são aplicáveis
nos Juizados da Fazenda.
Art. 28. Esta Lei entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO
MUNICÍPIO) Nos exatos termos da Lei do Juizado Especial da Fazenda Pública, assinale a
alternativa correta.
a) As causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servido-
res públicos civis podem, perante ele, ser ajuizadas.
b) No foro onde estiver instalado, a sua competência é relativa.
c) O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências caute-
lares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação.
d) Podem ser partes como réus os Municípios, bem como suas autarquias, fundações, empre-
sas públicas e sociedades de economia mista.
e) Deve a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de
15 (quinze) dias.
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causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,
até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Sobre o procedimento dos Juizados em pauta,
é correto afirmar que
a) quando a pretensão do autor versar sobre obrigações vincendas, para fins de sua competên-
cia, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas poderá exceder
o valor referido no enunciado desta questão.
b) podem figurar como réus os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem
como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas.
c) são de sua competência as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de de-
missão imposta a servidores públicos civis, desde que observado o valor de alçada.
d) no foro onde estiver instalado, a sua competência é relativa, podendo o autor optar por ajui-
zar a ação na Vara da Fazenda Pública.
e) se a Fazenda Pública sucumbir no mérito, haverá reexame necessário.
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GABARITO
1. c
2. c
3. d
4. b
5. d
6. e
7. b
8. c
9. d
10. b
11. a
12. e
13. c
14. C
15. b
16. d
17. d
18. e
19. d
20. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO
MUNICÍPIO) Nos exatos termos da Lei do Juizado Especial da Fazenda Pública, assinale a
alternativa correta.
a) As causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servido-
res públicos civis podem, perante ele, ser ajuizadas.
b) No foro onde estiver instalado, a sua competência é relativa.
c) O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências caute-
lares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação.
d) Podem ser partes como réus os Municípios, bem como suas autarquias, fundações, empre-
sas públicas e sociedades de economia mista.
e) Deve a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de
15 (quinze) dias.
Letra c.
a) Errada. Tais causas são excluídas da competência dos Juizados da Fazenda (art. 2º, § 1º,
inciso III).
b) Errada. Onde houver Juizado da Fazenda, este terá competência absoluta (art. 2º, § 4º).
c) Certa. Trata-se da regra literal do art. 3º, explorada em razão da excepcional possibilidade de
o juiz conceder tutela provisória de ofício.
d) Errada. As sociedades de economia mista são excluídas da competência dos Juizados da
Fazenda.
e) Errada. A antecedência mínima é de 30 (trinta) dias, conforme o período final do art. 7º.
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a) estão incluídos em sua competência as causas que tenham como objeto a impugnação da
pena de demissão imposta a servidores públicos civis.
b) podem ser autores qualquer pessoa física ou jurídica.
c) no foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é
absoluta.
d) os prazos para a prática de qualquer ato processual pela Fazenda Pública são contados em
dobro.
e) as obrigações definidas como de pequeno valor deverão ser pagas no prazo máximo de 15
dias, contado da entrega da requisição do juiz à autoridade citada para a causa.
Letra c.
a) Errada. Tais causas são excluídas da competência dos Juizados da Fazenda (art. 2º, § 1º,
inciso III).
b) Errada. Podem ser autores neste microssistema processual somente pessoas físicas e al-
gumas jurídicas: microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Com-
plementar no 123, de 14 de dezembro de 2006 (art. 5º, inciso I).
c) Certa. É a regra do art. 2º, § 4º.
d) Errada. A Fazenda Pública, neste microssistema, não tem prazos privilegiados. É a regra do
art. 7º, caput: “Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas
pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação
para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.”.
e) Errada. O prazo para pagamento das obrigações de pequeno valor é de 60 dias, conforme
o art. 13, inciso I.
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b) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem ser partes no Juizado Especial da Fa-
zenda Pública, na qualidade de autores ou réus.
c) para efetuar o exame técnico necessário à conciliação ou ao julgamento da causa, o juiz
nomeará pessoa habilitada, que apresentará o laudo até 15 dias antes da audiência.
d) as execuções fiscais não estão incluídas na competência do Juizado Especial da Fazenda
Pública.
e) nas causas sujeitas ao Juizado Especial da Fazenda Pública, nas quais a Fazenda Pública
seja parte vencida, haverá reexame necessário.
Letra d.
a) Errada. O erro está na primeira parte da alternativa: a Fazenda Pública, neste microssistema,
não tem prazos privilegiados. É a regra do art. 7º, caput: “Não haverá prazo diferenciado para
a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a in-
terposição de recursos, devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias.”.
b) Errada. Os Estados, DF e Municípios podem apenas ser réus, e não autores (art. 5º, inciso II).
c) Errada. O intervalo mínimo entre a apresentação do laudo e a audiência é de 5 dias (art. 10).
d) Certa. De fato, as execuções fiscais são excluídas desse microssistema (art. 2º, § 1º, inci-
so I).
e) Errada. Não há reexame necessário (remessa necessária) no microssistema do Juizado da
Fazenda, uma vez que tal instituto só se aplica quando o valor da condenação do ente público
for muito considerável (100 salários mínimos para entes municipais e 500 salários mínimos
para entes estaduais ou municipais que constituam capitais de Estados – art. 496, § 3º, inci-
sos II e III, do CPC).
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a) nos Juizados Especiais, tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito
em julgado da decisão, o pagamento será efetuado, no prazo máximo de 90 (noventa) dias,
contado da entrega da requisição do juiz à autoridade citada para a causa, independente-
mente de precatório, ou mediante precatório, caso o montante da condenação exceda o valor
definido como obrigação de pequeno valor, no máximo em 20 (vinte) parcelas.
b) não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurí-
dicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para a audiên-
cia de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
c) podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública, como autores, as pessoas físicas,
as microempresas, as empresas de pequeno porte, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o microempreendedor individual, assim definidos na Lei, e, como réus, os Estados,
o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como suas respectivas autarquias, ex-
cluindo-se as fundações e empresas públicas a eles vinculadas, salvo se constituídas poste-
riormente ao advento da lei.
d) as Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais são compostas por juízes em exer-
cício nos respectivos Tribunais, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, com
mandato de 3 (três) anos, e integradas, preferencialmente, por juízes do Sistema dos Juizados
Especiais.
e) serão designados, na forma da legislação dos Estados e do Distrito Federal, conciliadores e
juízes leigos dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, considerados auxiliares da Justiça,
recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os estagiários e bacharéis em direito, e os
segundos, entre advogados com mais de 3 (três) anos de experiência.
Letra b.
a) Errada. O prazo para pagamento das obrigações de pequeno valor é de 60 dias, conforme o
art. 13, inciso I. Ademais, quando o pagamento ocorrer mediante precatório, não existe na lei
um limite de parcelas para o pagamento, quer mínimo, quer máximo. Na prática, os pagamen-
tos de precatórios são feitos em única parcela.
b) Certa. É a regra do art. 7º, caput, em sua literalidade.
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c) Errada. A EIRELI e o microempreendedor individual não são mencionados no art. 5º, inciso
I, como pessoas jurídicas capazes de serem partes no Juizado da Fazenda. Ademais, as fun-
dações e as empresas públicas podem, sim, ser rés, independentemente da época em que
tenham sido constituídas (art. 5º, inciso II).
d) Errada. O mandato de tais juízes é de dois anos (art. 17, caput).
e) Errada. Os conciliadores são escolhidos somente entre bacharéis em Direito, e os juízes
leigos, entre advogados com mais de 2 (dois) anos de experiência (art. 15, § 1º).
Letra d.
a) Errada. A ação de consignação em pagamento e a ação anulatória de débito fiscal não cons-
tam do rol do art. 2º, § 1º, que estabelece as ações excluídas do microssistema dos Juizados
da Fazenda.
b) Errada. Empresas públicas podem somente figurar como rés (art. 5º, inciso II).
c) Errada. O pagamento mediante precatório ou RPV depende do valor do débito: se ele se en-
quadra, ou não, como obrigação de pequeno valor. O prazo para pagamento das obrigações de
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pequeno valor é de 60 dias, conforme o art. 13, inciso I. Ademais, quando o pagamento ocorrer
mediante precatório, o prazo para pagamento é definido no art. 100, § 5º, da CF/88:
É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pa-
gamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte,
quando terão seus valores atualizados monetariamente.
d) Certa. A ação de repetição de indébito não consta do rol do art. 2º, § 1º. Logo, se seu valor
não exceder a 60 salários mínimos, ela poderá tramitar no Juizado da Fazenda.
e) Errada. O art. 4º permite que, além das sentenças, seja recorríveis de imediato as decisões
que concedam tutela provisória, de ofício ou a requerimento, em favor de uma das partes
(art. 3º). Em interpretação sistemática, conclui-se que tal recurso seja o agravo de instrumen-
to.
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Letra e.
Os art. 4º permite interposição de recursos contra as sentenças e as decisões que concedam
tutela provisória. A lei, de fato, não especifica o nome do recurso, muito embora a jurispru-
dência das Turmas Recursais indique que, em caso de concessão de tutela provisória, seja
cabível agravo de instrumento.
Letra b.
a) Errada. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
tência será absoluta, conforme o art. 2º, § 4º.
b) Certa. Trata-se da regra do art. 2º, § 1º, inciso I.
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c) Errada. O cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública observa o regime dos pre-
catórios e das requisições de pequeno valor. Não haverá intimação para pagamento, mas,
sim, observância das regras do art. 13. O pagamento mediante precatório ou RPV depende do
valor do débito: se ele se enquadra, ou não, como obrigação de pequeno valor. O prazo para
pagamento das obrigações de pequeno valor é de 60 dias, conforme o art. 13, inciso I. Ade-
mais, quando o pagamento ocorrer mediante precatório, o prazo para pagamento é definido
no art. 100, § 5º, da CF/88.
d) Errada. No microssistema dos Juizados da Fazenda Pública, a tutela provisória, cautelar ou
antecipada, poderá ser deferida de ofício, não dependendo do requerimento, embora possa ser
realizado pelas partes (art. 3º).
e) Errada. O intervalo mínimo entre a apresentação do laudo e a audiência é de 5 dias (art. 10).
Letra c.
a) Errada. Excluem-se do microssistema do Juizado Especial da Fazenda Pública as socie-
dades de economia mista, que são entidades da Administração Indireta. Logo, é equivocado
generalizar o termo.
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b) Errada. Organizações sociais são entidades do setor privado, embora colaborem com o Po-
der Público em serviços públicos e demais atividades de interesse público. Ademais, elas não
se inserem no art. 5º, inciso II.
c) Certa. De fato, as sociedades de economia mista não se inserem no art. 5º, inciso II.
d) Errada. Concessionárias e permissionárias de serviço público são pessoas jurídicas do
setor privado, embora contratadas pelo Poder Público para a prestação serviços públicos.
Ademais, elas não se inserem no art. 5º, inciso II.
Letra d.
a) Errada. O valor máximo das causas processadas no Juizado da Fazenda é de 60 (sessenta)
salários mínimos (art. 2º, caput).
b) Errada. A sentença proferida pelo juiz leigo do Juizado Especial da Fazenda Pública é recorrí-
vel por recurso inominado (não especificado), no prazo de 10 dias (art. 4º da Lei n. 12.153/2009
c/c art. 42, caput, da Lei n. 9.099/1995).
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c) Errada. De acordo com o art. 7º, “não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer
ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos,
devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de
30 (trinta) dias.”.
d) Certa. É a regra literal do art. 11.
e) Errada. A tutela antecipada, assim como a cautelar (tutelas provisórias), é aceita no micros-
sistema dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (art. 3º).
Letra b.
a) Errada. Na verdade, a soma das doze prestações vincendas ao valor das vencidas não pode-
rá exceder a 60 salários mínimos, sob pena de perda da alçada do Juizado da Fazenda.
b) Certa. São estes, exatamente, os entes/entidades públicas que podem ser réus neste mi-
crossistema (art. 5º, inciso II).
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c) Errada. A penalidade de demissão a servidores públicos civis não pode ser apreciada no
Juizado da Fazenda (art. 2º, § 1º, III).
d) Errada. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
tência será absoluta, conforme o art. 2º, § 4º.
e) Errada. Não pode haver reexame necessário das sentenças proferidas no microssistema
dos Juizados da Fazenda (art. 11).
Letra a.
a) Certa. São exatamente os sujeitos capazes de serem partes neste microssistema, conforme
art. 5º, incisos I e II.
b) Errada. Seja recurso, contestação ou qualquer outro ato processual, a Fazenda Pública não
terá prazos diferenciados neste microssistema (art. 7º).
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c) Errada. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
tência será absoluta, conforme o art. 2º, § 4º.
d) Errada. Os procuradores dos entes públicos até podem transigir, conciliar e desistir, desde
que o façam nos limites e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação
(art. 8º).
e) Errada. São justamente estas as entidades da Administração Indireta que podem ser partes
(rés, especificamente) neste microssistema.
Letra e.
Questão polêmica e difícil. Trataremos cada assertiva separadamente.
a) Errada. Ações de desapropriação de qualquer natureza não podem tramitar neste microssis-
tema (art. 2º, § 1º, inciso I).
b) Errada. Tais entes e entidades, além da empresa pública, podem ser sujeitos passivos (réus)
neste microssistema, e não autores.
c) Errada. Ações rescisórias, embora não incluídas no rol do art. 2º, § 1º, são ações de compe-
tência originária de tribunais. Logo, mesmo não inseridas em tal rol, não podem ser processa-
das em Juizados Especiais, por questão sistemática.
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d) Errada. Ações de improbidade não podem tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inci-
so I).
e) Certa. Você sabe que ações de mandado de segurança não podem tramitar neste micros-
sistema (art. 2º, § 1º, inciso I). Para considerar a assertiva correta, a CESPE utilizou como fun-
damento o Enunciado n. 88 do FONAJEF: “Não se admite Mandado de Segurança para Turma
Recursal, exceto na hipótese de ato jurisdicional teratológico contra o qual não caiba mais re-
curso.”. Logo, a assertiva não abordou os mandados de segurança de maneira genérica, mas,
sim, direcionou sua cobrança ao conteúdo do enunciado. Tutelas provisórias indeferidas são
irrecorríveis, uma vez que a lei só permite recurso contra a concessão de tutelas provisórias
(art. 4º). Por não haver recurso próprio contra tal indeferimento, cabe mandado de segurança
à Turma Recursal.
Letra c.
a) Errada. Ações de natureza coletiva, sobre direitos difusos e coletivos em sentido estrito, não
podem tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inciso I).
b) Errada. A penalidade de demissão a servidores públicos civis não pode ser apreciada no
Juizado da Fazenda (art. 2º, § 1º, III).
c) Certa. Tal ação não é inserida no rol de proibições do art. 2º, § 1º.
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d) Errada. Mandados de segurança não podem tramitar nos Juizados Especiais da Fazenda
(art. 2º, § 1º, inciso I), salvo na excepcionalíssima hipótese tratada no Enunciado n. 88 do
FONAJEF, abordado em aula.
e) Errada. Qualquer ação que verse sobre bem imóvel das entidades fazendárias, qualquer que
seja sua espécie, não pode tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inciso II).
Certo.
O período inicial do item está em conformidade com o art. 2º, caput. Já o período final abor-
da a jurisprudência do STJ e dos Tribunais de Justiça, que admitem que, no polo passivo, no
microssistema dos Juizados da Fazenda, figure pessoa física ou jurídica privada ao lado do
ente público. Basta que figure no polo passivo ao menos um ente mencionado no art. 5º, inci-
so II. É neste sentido o Enunciado n. 21 do FONAJEF: “As pessoas físicas, jurídicas, de direito
privado ou de direito público estadual ou municipal podem figurar no polo passivo, no caso de
litisconsórcio necessário.”.
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Letra b.
a) Errada. As execuções fiscais são excluídas desse microssistema (art. 2º, § 1º, inciso I).
b) Certa. São exatamente os sujeitos capazes de serem partes neste microssistema, conforme
art. 5º, incisos I e II.
c) Errada. No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua compe-
tência será absoluta, conforme o art. 2º, § 4º.
d) Errada. Os procuradores dos entes públicos até podem transigir, conciliar e desistir, desde
que o façam nos limites e nas hipóteses previstas na lei do respectivo ente da Federação
(art. 8º).
e) Errada. A Fazenda Pública, neste microssistema, não tem prazos privilegiados. É a regra do
art. 7º, caput: “Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas
pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação
para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.”.
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Letra d.
a) Errada. O valor da causa é o principal critério definidor da competência deste microssiste-
ma: 60 salários mínimos (art. 2º).
b) Errada. É afastada da competência dos Juizados da Fazenda qualquer ação de natureza
coletiva, inclusive as ações de mandado de segurança e desapropriação (art. 2º, § 1º, inciso I).
c) Errada. Não existe, no art. 3º, a condição de inexistência de dano irreparável ou de difícil
reparação.
d) Certa. Trata-se da regra literal do art. 10.
e) Errada. Empresas de pequeno porte também podem ser autoras, além das mencionadas
(art. 5º, inciso I).
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Letra d.
a) Errada. Mandados de segurança não podem ser processados neste microssistema, como
regra geral (art. 2º, § 1º, inciso I).
b) Errada. As execuções fiscais são excluídas desse microssistema (art. 2º, § 1º, inciso I).
c) Errada. Qualquer ação que verse sobre bem imóvel das entidades fazendárias, qualquer que
seja sua espécie, não pode tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inciso II).
d) Certa. A ação de repetição de indébito não consta do rol do art. 2º, § 1º. Logo, se seu valor
não exceder a 60 salários mínimos, ela poderá tramitar no Juizado da Fazenda.
e) Errada. É afastada da competência dos Juizados da Fazenda qualquer ação de natureza
coletiva (art. 2º, § 1º, inciso I).
Letra e.
a) Errada. De acordo com o art. 7º, “não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer
ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos,
devendo a citação para a audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de
30 (trinta) dias.”.
b) Errada. É afastada da competência dos Juizados da Fazenda qualquer ação de natureza
coletiva (art. 2º, § 1º, inciso I).
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c) Errada. As ME e as EPP podem, sim, ser autoras neste microssistema (art. 5º, inciso I).
d) Errada. Mandados de segurança não podem ser processados neste microssistema, como
regra geral (art. 2º, § 1º, inciso I).
e) Certa. Vide comentário à
letra a.
Letra d.
a) Errada. A penalidade de demissão a servidores públicos civis e qualquer penalidade aplicá-
vel a militares não podem ser apreciadas no Juizado da Fazenda (art. 2º, § 1º, III).
b) Errada. Ações de improbidade não podem tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inci-
so I).
c) Errada. Qualquer ação que verse sobre bem imóvel das entidades fazendárias, qualquer que
seja sua espécie, não pode tramitar neste microssistema (art. 2º, § 1º, inciso II).
d) Certa. É a regra do art. 2º, caput.
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Letra e.
a) Errada.
b) Errada. Caso a prova pericial seja simplificada, ela pode ser dispensada por parecer técnico
ou documento elucidativo. É uma regra do CPC (art. 464, § 2º, CPC).
c) Errada. A prova técnica (exame pericial) será deferida somente se necessária à conciliação
ou ao julgamento da causa (art. 10).
d) Errada. O art. 10 permite a produção de prova pericial (técnica).
e) Certa. Trata-se da regra literal do art. 10.
Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e
48° lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.
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