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PROCESSUAL
CIVIL
Ações Possessórias e Embargos de
Terceiros
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Sumário
Gustavo Deitos
1. Ações Possessórias..................................................................................................................... 4
1.1. Teoria e disposições gerais. . .................................................................................................... 4
1.2. Procedimento da manutenção e da reintegração de posse...........................................13
1.3. Interdito proibitório. . .............................................................................................................. 18
2. Embargos de terceiro (ET)........................................................................................................19
Questões de Concurso.................................................................................................................. 27
Gabarito............................................................................................................................................44
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 45
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir quaisquer pro-
blemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do
Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande
prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que
você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
1. Ações Possessórias
1.1. Teoria e disposições gerais
Logo de início, você precisa saber que existem duas formas de tutela da posse: a autotu-
tela e a heterotutela.
• AUTOTUTELA: É prevista no art. 1.210, § 1º do Código Civil: “O possuidor turbado, ou
esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça
logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manuten-
ção, ou restituição da posse.”. Trata-se da possibilidade de o possuidor, mediante seus
próprios meios, “tomar de volta” ou defender a posse do bem, sem o ajuizamento de
nenhuma ação.
− Quando pretender manter a posse turbada, o possuidor poderá praticar atos de de-
fesa.
− Quando pretender tomar de volta a posse esbulhada, o possuidor poderá praticar o
desforço possessório.
• HETEROTUTELA: É o manejo de ação judicial destinada à manutenção ou à reintegração
da posse de um bem, isto é, mediante o ajuizamento das ações possessórias.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
DICA!
Na ação de reintegração de posse, a posse já foi perdida, ten-
do ocorrido o chamado esbulho.
Na ação de manutenção de posse, a posse ainda não foi per-
dida, mas está sendo perturbada (turbada) por um terceiro, ile-
gitimamente.
Na ação de interdito proibitório, a posse não foi perdida nem
perturbada, mas existe real ameaça de que se inicie a pertur-
bação ou o esbulho.
As ações possessórias servem para a tutela de bens móveis e imóveis, mas são mais co-
muns com relação a imóveis.
Para ajuizar a ação possessória, o autor deve comprovar sua legitimidade ativa demons-
trando que é possuidor do bem tratado na ação.
O possuidor pode ser tanto o possuidor indireto (proprietário de bem alugado, por exem-
plo) quanto o possuidor direto (locatário, por exemplo).
Inclusive, é possível que o possuidor direto defensa sua posse contra o possuidor indireto.
É o que autoriza o art. 1.197 do Código Civil: “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu
poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem
aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.”.
Veja, agora, o que dispõe o art. 73, § 2º do CPC:
Art. 73, § 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indis-
pensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
1.1.1. Competência
A competência material para processar e julgar ações possessórias é, como regra geral,
da Justiça Estadual.
A competência será da Justiça Federal quando envolver direitos indígenas (art. 109, inciso
XI) e interesses da União, de suas autarquias e de suas empresas públicas (art. 109, inciso I).
É possível, ainda, que a competência seja da Justiça do Trabalho: quando a ação possessó-
ria tiver por causa de pedir algum fato decorrente do exercício do direito de greve ou da relação
de trabalho (Ex.: empregado demitido que não se retira de habitação concedida pelo emprega-
dor). É o que preceitua a Súmula Vinculante n. 23 do STF:
Súmula Vinculante n. 23
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
As ações decorrentes do exercício do direito de greve não favorecem somente os tra-
balhadores.
Portanto, se a empresa tiver a posse de seus bens esbulhada, turbada ou ameaçada, po-
derá ajuizar alguma das três espécies de ações possessórias na Justiça do Trabalho. Nesse
caso, o juiz competente será o do local da situação do imóvel (art. 47, § 2º, CPC). Se o bem
não for imóvel, a regra de competência aplicável poderá ser a geral: prestação de serviços dos
empregados envolvidos (art. 651 da CLT).
A Súmula Vinculante n. 23 fala que ação possessória poderá ser julgada pela Justiça do Tra-
balho se decorrer do exercício do direito de greve. Outros casos que envolvam empregado e
empregador, como locação e comodato, são abrangidos pela competência da Justiça Comum,
e não se enquadram na referida súmula.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Art. 47, § 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo
tem competência absoluta.
Importantíssimo: o § 2º institui uma relevantíssima exceção à regra geral, que você deve co-
nhecer em razão de ser muito explorada em prova.
Você está cansado de saber, a esta altura, que a competência territorial é eminentemente
relativa, e pode ser prorrogada se o réu nada alegar em preliminar de contestação.
A regra de competência do § 2º, que determina o foro de situação da coisa como compe-
tente para a ação possessória imobiliária, é de competência territorial, certo?
DICA!
Quando o bem objeto da ação possessória for móvel: compe-
tência do foro do domicílio do réu (competência relativa).
Quando o bem for imóvel: competência do foro da situação da
coisa (competência absoluta).
CAPÍTULO III
DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Seção I
Disposições Gerais
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça
do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
O caput do art. 554 é muitíssimo cobrado em provas, e merece toda a sua atenção.
Muitas vezes, no mundo da prática, é difícil para as partes e para o juiz interpretarem se
determinada situação configura esbulho (perda da posse) ou turbação (perturbação da posse
ainda não esbulhada). Nestas situações, a diferença entre uma e outra é muito tênue, e pode
gerar diferentes interpretações para lados opostos: uns entendem que é esbulho, outros, que
é turbação.
Para prevenir a sociedade do risco de “errar” a ação nas situações em que a diferença entre
esbulho e turbação é tênue, o legislador tipificou, no caput do art. 554, o Princípio da Fungibili-
dade aplicado às ações possessórias: o juiz pode receber uma ação incorreta como se fosse
a correta, dependendo do objeto do pedido.
Exemplo: Um fazendeiro ajuíza ação de reintegração de posse em razão de sua fazenda ter
tido os portões trancados por manifestantes, mas o juiz, analisando o caso concreto, entende
que o que ocorreu foi apenas uma turbação da posse, e não esbulho. Logo, poderá o juiz rece-
ber a ação protocolada como de “reintegração de posse” como se fosse ação de manutenção
de posse. Trata-se de trocar uma por outra.
As ações possessórias são fungíveis, isto é, podem ser substituídas umas pelas outras, a
depender do entendimento do juiz quanto ao caso concreto.
O juiz, ao receber uma ação como se fosse outra, dará, de imediato, o tratamento que
entender devido, sem necessidade de o autor emendar a petição inicial ou praticar qualquer
outro ato.
Em razão de a própria lei permitir que o juiz dê tratamento diverso à ação, sua sentença que
eventualmente conceder reintegração quando o pedido for de manutenção não será conside-
rada extra petita nem ultra petita.
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão
feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos
demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situa-
ção de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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invasões organizadas a terras, como aquelas perpetradas pelos chamados Movimentos dos
Sem Terra.
O § 1º institui uma forma especial de citação dos réus. Acompanhe.
• 1) Primeiramente, o oficial de justiça irá ao local para realizar a citação pessoal das pes-
soas que estiverem na invasão.
• 2) As pessoas que não estiverem no local quando da visita do oficial de justiça serão
citadas por edital.
• 3) Diante do grande número de pessoas no litígio, o Ministério Público será intimado,
uma vez que o litígio coletivo sobre terras atrai o interesse do MP para atuar como fiscal
da lei (custos legis), conforme o art. 178, inciso III do CPC.
• 4) Somente se houver pessoas economicamente hipossuficientes (sem condições de
contratar advogado), será intimada a Defensoria Pública para representar judicialmente
os necessitados que estiverem envolvidos no litígio.
O PULO DO GATO
O Ministério Público sempre será intimado, porque existe disposição legal atraindo sua atua-
ção como fiscal da lei diante de litígios coletivos sobre a posse de terras rurais ou urbanas (art.
178, III).
Já a Defensoria Pública apenas será intimada se houver pessoas em situação de hipossufici-
ência econômica.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local
por uma vez, citando-se por edital os que não forem encontrados.
Como você estudou na aula sobre a comunicação dos atos processuais, a citação por edi-
tal é uma forma ficta de cientificar o réu da existência da ação. Na prática, a citação por edital
quase nunca é efetiva, porque dela os réus quase nunca tomam conhecimento.
No tocante às ações possessórias multitudinárias, o legislador teve uma preocupação
maior com a efetividade da citação. Ele ordena, no § 3º, que o juiz dê uma ampla publicidade
ao ajuizamento da ação possessória, mediante publicações e anúncios na mídia local ou regio-
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nal, dando ciência publicamente dos prazos processuais existentes (como prazos para deixar
o imóvel, em caso de deferimento de liminar de reintegração).
Ainda, é possível que os autores postulem a condenação do réu a indenizar os frutos per-
didos em decorrência do esbulho ou da turbação.
Exemplo: aluguéis não pagos, produtos alimentícios que perecerem (frutas, ovos) etc.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para:
I – evitar nova turbação ou esbulho;
II – cumprir-se a tutela provisória ou final.
Dentro de uma ação de reintegração ou manutenção de posse, é possível que o autor pos-
tule medida inerente ao interdito proibitório. É como se, dentro de uma ação de reintegração/
manutenção, também existisse uma ação de interdito proibitório: pode o autor requerer me-
didas para evitar nova turbação ou esbulho pelo réu (multa diária, bloqueio automático de
bens etc.).
Quando uma tutela provisória for concedida, ou quando a sentença definitiva for prolatada,
poderá o autor requerer a imposição de medidas para o cumprimento das determinações judi-
ciais (bloqueio de bens do réu, cancelamento de passaporte ou CNH etc.).
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a pro-
teção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido
pelo autor.
O réu pode, perfeitamente, deduzir suas pretensões na própria contestação da ação pos-
sessória, sem necessidade de oferecer reconvenção.
É possível que o réu, ao contestar, alegue que ele é quem teve a posse turbada/esbulhada,
e que o culpado da história seria o autor, na verdade. Nessas situações, poderá o réu, na própria
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Obs.: Situações como esta são mais comuns em ações possessórias que envolvam em um
polo o possuidor direto, e no outro o possuidor indireto.
Isso não significa que a reconvenção não seja possível. Ela é, sim, possível, mas não
obrigatória.
Cabe salientar que o prazo da contestação do réu é de 15 dias, assim como no procedi-
mento comum.
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de
reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa.
Não podem as partes da ação possessória, durante o processamento desta, ajuizar ação
petitória (reivindicatória ou de reconhecimento do domínio) para discutir a propriedade do bem.
As ações petitórias (diferentes das ações possessórias) somente podem ser ajuizadas
depois do trânsito em julgado da ação possessória.
Antes do trânsito em julgado da ação possessória, somente poderá ser ajuizada ação de
reconhecimento do domínio em face de terceira pessoa.
Portanto, a proibição se aplica às mesmas partes da ação possessória, mas não alcança
terceiros.
A partir do Código Civil de 2002, o ordenamento jurídico não mais permita a chamada
“exceção de domínio”, na qual o réu alegava ser proprietário da coisa, e passava a discutir na
ação possessória a sua propriedade. Hoje em dia, não mais interessa, na ação possessória,
quem seja o proprietário do bem. Interesse apenas quem são os possuidores do bem. Por isso
é possível que um possuidor ajuíze ação possessória contra o proprietário, se este tomar para
si o imóvel de forma indevida/clandestina.
Apesar de tal constatação, ainda há bancas que exploram a literalidade da Súmula 637 do STJ,
que versa sobre a exceção de domínio por parte dos entes públicos, em ações possessórias
que tenham como parte apenas particulares.
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O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação pos-
sessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for
o caso, o domínio.
Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado
na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e
danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob
pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente
hipossuficiente.
Como vimos anteriormente, é possível que, na contestação, o réu peça indenização por
perdas e danos contra o autor, alegando que este carece de razão na situação concreta.
Nesta hipótese, caso o autor de fato não tenha razão, ele será condenado a pagar indeniza-
ção por perdas e danos ao réu, se ele houver requerido. Logo, demonstrando o réu que o autor
não tem idoneidade financeira para pagar essas indenizações em caso de sucumbência, o juiz
dará ao autor 5 dias para que requeira ao juízo a concessão de uma modalidade de caução
(garantia) a ser prestada nos autos, seja em bens (garantia real) ou apresentando-se um fiador
(fidejussória).
Se o autor não requerer uma forma de prestar caução, a coisa litigiosa será deposita-
da em juízo.
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Obs.: A regra acima não se aplica quando o autor é pessoa economicamente hipossuficien-
te, isto é, que não tem condições de prestar garantia nos autos. Afinal, a falta de ido-
neidade financeira não se confunde com hipossuficiência econômica. Uma pessoa
pode não ser hipossuficiente e, ao mesmo tempo, ser inidônea para indenizar perdas e
danos, se o valor dessa indenização for muito elevado.
Seção II
Da Manutenção e da Reintegração de Posse
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em
caso de esbulho.
Este artigo é responsável pela diferenciação clássica entre ação de reintegração de posse
e ação de manutenção de posse:
Ação de reintegração de posse (posse já perdida – esbulho)
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DICA!
Lembre-se que, mesmo que o autor indique que um fato con-
figura esbulho, mas que, na verdade, configure turbação, o juiz
poderá conferir a tutela apropriada à ação de manutenção de
posse, se estiverem presentes os pressupostos desta ação
(art. 554 – princípio da fungibilidade).
O autor também deixará claro que perdeu a posse, se a ação for de reintegração de posse,
ou que a sua posse se encontra turbada/perturbada, na ação de manutenção de posse.
Também é de suma importância a indicação da data em que teria ocorrido o esbulho ou a
turbação. Como veremos a seguir, a data de ocorrência do esbulho/turbação é essencial para
determinar o procedimento aplicável à ação.
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor
justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou
a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
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Na prática, o que caracteriza a ação de posse nova é a especialidade da fase inicial, que
trata da liminar de reintegração ou de manutenção.
A medida liminar fundada no art. 562, que se aplica somente aos procedimentos de pos-
se nova, não se sujeita aos requisitos da tutela provisória comum (fumus boni juris e pericu-
lum in mora).
Isso mesmo! A liminar do art. 562 não depende da demonstração conjunta de perigo de
dano e da probabilidade do direito.
A liminar do art. 562 depende somente de uma coisa: que o autor tenha demonstrado todos
os elementos fáticos constantes do art. 561: a sua posse, a turbação ou o esbulho praticado
pelo réu, a data da turbação ou do esbulho e a continuação da posse, embora turbada, na ação
de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.
O PULO DO GATO
Em termos práticos, é possível afirmar que a liminar em ação possessória de posse nova de-
pende apenas da probabilidade do direito (fumus boni juris), uma vez que a prova de todos os
elementos do art. 561, se convencerem o juiz, tornam o direito provável, na prática.
Professor, quer dizer que as ações possessórias de posse velha não comportam a medida
liminar?
Não é isso, caro(a) aluno(a). As ações de posse velha até comportam a medida liminar,
mas esta será regida pelas disposições gerais das tutelas provisórias, e dependerá da demons-
tração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo
(fumus boni juris e periculum in mora).
Para ilustrar:
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Quando o caput do art. 561 diz: “estando a petição inicial devidamente instruída” ele quer
dizer: “preenchidos os requisitos do art. 561”. Portanto, preenchidos tais requisitos, pode ser
expedida a medida liminar no rito especial da posse nova.
A liminar pode ser concedida de duas maneiras:
• 1) DE PLANO: quando o juiz, sumariamente, ao analisar a petição inicial, ficar convenci-
do do esbulho ou da turbação. Neste caso, o juiz deferirá a liminar sem ouvir o réu.
• 2) APÓS AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PREVIA: quando o juiz não ficar completamen-
te convencido ao ler a inicial, e precisar ouvir o réu antes de decidir se concede ou não a
liminar (o juiz precisa de maiores esclarecimentos). Neste caso, será marcada audiência
e será citado o réu para nela comparecer.
− Na audiência de justificação, o juiz procurará observar se o autor é, de fato possuidor
do bem, se ocorreu esbulho/turbação e a data da sua ocorrência.
− De acordo com o parágrafo único do art. 562, se o réu for pessoa jurídica de direito
público, a liminar somente poderá ser deferida mediante audiência de justificação
prévia. Somente nesta situação é que a audiência será obrigatória.
Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou
de reintegração.
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réu para desocupar o bem ou retirar o embaraço que tenha criado, sob pena de multa, condu-
ção coercitiva, crime de desobediência e/ou outras sanções.
Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promo-
verá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo
de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da
intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar.
O caput se aplica às situações em que a liminar for concedida de plano, sem audiência de
justificação. Não confunda os prazos:
DICA!
5 dias: Autor promover a citação
15 dias: Contestar (mesmo prazo do procedimento comum)
Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na pe-
tição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão
da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que
observará o disposto nos §§ 2º e 4º.
§ 1º Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de
distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2º a 4º deste artigo.
Este artigo se aplica às ações de posse velha em que há pedido de liminar e muitas pes-
soas nos polos ativo e/ou passivo. A liminar, neste caso, será obrigatoriamente precedida de
audiência de mediação, que será realizada no prazo de 30 dias.
Não executada a liminar do litígio coletivo de posse velha no prazo de um ano a contar da
distribuição, o juiz também deverá designar audiência de mediação.
§ 2º O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será
intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
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O PULO DO GATO
O Ministério Público sempre será intimado, porque existe disposição legal atraindo sua atua-
ção como fiscal da lei diante de litígios coletivos sobre a posse de terras rurais ou urbanas (art.
178, III).
Já a Defensoria Pública apenas será intimada somente se houver pessoas em situação de
hipossuficiência econômica, que por consequência seja beneficiária da gratuidade de justiça.
§ 3º O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à
efetivação da tutela jurisdicional.
Não há limitação física para a diligência probatória. Pode o juiz, se entender necessário, ir
até o local do litígio coletivo para tomar conhecimento da situação do bem turbado/esbulhado
e da natureza real do conflito.
§ 4º Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do
Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a
audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possi-
bilidade de solução para o conflito possessório.
§ 5º Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel.
A intimação dos órgãos públicos de política agrária e urbana podem ser intimados para a
audiência de mediação, isto é, a intimação desses órgãos é facultativa ao juízo. Não deixe a
banca te confundir trocando um verbo por outro: o verbo correto é “poderão”.
Perceba que a “especialidade” do rito especial termina na fase inicial. Passada a fase ini-
cial (de liminares nas ações em geral e audiências de mediação, nos litígios coletivos), o pro-
cedimento a ser observado será o comum: serão aplicáveis as regras da revelia e da confissão
quanto à matéria de fato, as regras do saneamento e organização do processo, de instrução e
julgamento, de recursos, de cumprimento de sentença etc.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Na ação de interdito proibitório, a posse não foi perdida nem perturbada, mas existe real
ameaça de que se inicie a perturbação ou o esbulho.
Conforme o art. 568, o interdito proibitório é regido praticamente pelas mesmas regras
da Seção II.
Aplica-se ao interdito proibitório a Seção II integralmente, pois, como o esbulho ou a turba-
ção ainda não ocorreram (há apenas ameaça), a ação será certamente de posse nova.
CAPÍTULO VII
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre
bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer
seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
Podem ser opostos embargos de terceiro, como o próprio nome diz, pelo terceiro (que não
faz parte do processo) que tiver algum de seus bens constritos pelo juiz (bloqueados e/ou
restringidos), a fim de defender sua posse e/ou sua propriedade.
Tanto o possuidor direto quanto o proprietário (possuidor indireto) podem opor embargos
de terceiro, que têm natureza de ação nova, cabível tanto durante a fase de conhecimento
quanto durante a fase de execução, por força do art. 675 do CPC.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Por terem natureza de ação, os embargos de terceiro são processados em autos aparta-
dos, como se fossem, propriamente, um novo processo (como de fato são).
Perceba que o terceiro pode requerer o desfazimento ou a inibição do ato constritivo sobre
o bem. Isso significa que os embargos de terceiro podem ser:
• 1) PREVENTIVOS: opostos antes do ato constritivo, para evitar que o juiz bloqueie ou
restrinja os direitos inerentes à propriedade sobre o bem (uso, fruição e disposição).
Registro que os direitos inerentes à propriedade podem ser exercidos pelo possuidor
direto, com exceção da disposição.
• 2) REPRESSIVOS: opostos quando o ato constritivo já foi praticado pelo juiz, de modo
a requerer seu desfazimento, para que o bem volte a poder se usado, fruído e disposto
pelo possuidor ou proprietário.
Obs.: O possuidor direto é aquele que, sendo proprietário ou não, usa e goza do bem, como o
locador ou o usufrutuário. O possuidor indireto é aquele que tem direitos sobre o bem,
mas não os exerce diretamente, como o proprietário de um imóvel alugado.
Inclusive o proprietário fiduciário pode opor embargos de terceiro. É o caso da instituição fi-
nanceira credora em contrato de alienação fiduciária (financiamento). O imóvel comprado com
o dinheiro do financiamento é de propriedade da instituição financeira até que as parcelas se-
jam todas pagas. A instituição financeira, enquanto proprietária do bem financiado, pode opor
embargos de terceiro, assim como o possuidor direito (que está pagando o financiamento).
Acentuo que somente aqueles que não são partes do processo é que podem opor embar-
gos de terceiro. As partes do processo, se não concordarem com a constrição de seus bens,
deverão utilizar-se das medidas processuais ordinárias contra esse ato (exceção de pré-execu-
tividade, embargos à execução etc., conforme a situação).
Cabe citar, ainda, a Súmula 621 do STF:
A Súmula 621 do STF diz que o promitente comprador do imóvel somente poderá opor em-
bargos de terceiro se a promessa tiver sido averbada no Cartório de Registro de Imóveis. Afinal,
a disposição de bens imóveis sem registro (publicidade) seria ineficaz.
Em face do CPC de 2015, essa súmula perdeu aplicabilidade diante da Súmula n. 84 do
STJ, que permite a oposição dos embargos de terceiro pelo promitente comprador, mesmo
que a promessa não tenha sido registrada. Afinal, o CPC permite a qualquer possuidor o direito
de opor os ET.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Súmula n. 84 do STJ
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda
de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
O PULO DO GATO
Se a banca lhe pedir que responda de acordo com a jurisprudência do STF, aconselho-lhe le-
var em conta a Súmula n. 621 do STF. Se a banca não disser nada específico, ou disser para
responder de acordo com as disposições do CPC ou de acordo com a jurisprudência do STJ,
aconselho-lhe levar em conta a Súmula n. 84 do STJ.
Obs.: É o caso da fraude à execução: o executado transfere bem para a propriedade do irmão,
e o juiz declara essa alienação ineficaz por ser fraude à execução. Neste caso, o irmão
“laranja” poderia opor ET.
III – quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade
jurídica, de cujo incidente não fez parte;
Obs.: Este caso ocorre geralmente quando, no processo principal, instaura-se incidente de
desconsideração da PJ para atacar os bens dos sócios da pessoa jurídica, mas um
determinado sócio não é citado para manifestar-se sobre o incidente. Neste caso, tal
sócio não pode ser executado, pois não teve a oportunidade de se manifestar (exercer
o contraditório).
IV – o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia,
caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento en-
quanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de
execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arre-
matação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o
juiz mandará intimá-lo pessoalmente.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Exemplo: O juiz pretende penhorar bens móveis do executado, e encontra um veículo financia-
do em favor do Banco XXX. Poderá o juiz, antes de penhorar tal veículo, intimar o Banco XXX
para que se manifeste, informando dados requisitados pelo juiz. É comum que o juiz solicite o
número restante de parcelas do financiamento, para poder penhorar o veículo logo depois que
o financiamento for integralmente pago, e o veículo passar à propriedade plena do executado.
Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e
autuados em apartado.
Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos
no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a
carta.
Conforme o art. 676 do CPC, os ET serão distribuídos por dependência ao juízo que orde-
nou a constrição e autuados em apartado. Portanto, o juízo competente para conhecer dos ET
é aquele que ordenou a constrição (penhora/bloqueio).
Ademais, o fato de os ET serem autuados em apartado evidencia a natureza de ação autô-
noma ostentada pelos ET, como já salientado.
É possível que a constrição seja realizada em cumprimento de Carta Precatória ou Carta
de Ordem. Nesses casos, o juízo competente para julgar os ET, em regra, será o juízo depreca-
do, isto é, aquele que recebeu a Carta.
Mesmo quando se tratar de constrição em cumprimento de Carta, será competente o juízo
deprecante (que expediu a Carta para o outro juízo) em duas situações (exceções à regra geral):
• 1) Carta já foi devolvida pelo juízo deprecado ao juízo deprecante, encontrando-se a exe-
cução, agora, sob os cuidados do deprecante
• 2) Juízo deprecante apontou para o bem que deveria ser constrito (bloqueado, penhora-
do), indicando-o para constrição, sem que o juízo deprecado precisasse fazer qualquer
busca de bens.
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da
qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Logo na petição inicial, deve ficar claro que o embargante é possuidor ou proprietário
do bem. Quando for proprietário, bastará a juntada de documentos (registro do imóvel). Já
quando for apenas possuidor, a prova poderá resumir-se em documentos, ou estender-se a
testemunhas.
Caso seja necessária a oitiva de testemunhas, o juiz designará audiência preliminar, com
o fim de provar a legitimidade do embargante.
É possível que o embargante peça, liminarmente, a manutenção ou a reintegração na posse
do bem constrito, provisoriamente. Essa liminar poderá ser apreciada de plano ou na audiência
preliminar, a critério do juiz.
É normal que o embargado, que é parte do processo principal, já tenha advogado na fase de
execução. Neste caso, a citação para responder aos ET ocorrerá por intermédio do advogado.
Se, todavia, o embargado ainda não tiver advogado, ele será citado pessoalmente, pelos
meios ordinários (oficial de justiça, normalmente).
§ 4º Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu
adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial.
Nem sempre o autor/exequente do processo principal será o único embargado, embora ele
seja o maior beneficiário da constrição.
Se o réu/executado tiver indicado o bem à penhora, poderá ele figurar no polo passivo
dos ET, como embargado, junto com o autor/exequente. Afinal, a penhora de um bem de ter-
ceiro é algo que seria proveitoso ao executado, que deixaria de ter um de seus próprios bens
penhorados.
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a
suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a
manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido.
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória
de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economica-
mente hipossuficiente.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
Gustavo Deitos
Isso, entretanto, não significa que o bem não poderá voltar a ser penhorado. Afinal de con-
tas, a procedência ou improcedência dos ET será determinada apenas ao final, na sentença, e
não na apreciação da liminar.
A critério exclusivo do juiz, poderá ser exigido do embargante, para reintegração/manuten-
ção na posse do bem, o pagamento de uma caução (garantia), que será devolvido ao final. Se
o embargante for economicamente hipossuficiente (for pobre na acepção jurídica do termo),
ele não poderá ser constrangido a pagar essa garantia.
Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá
o procedimento comum.
De acordo com o art. 679 do CPC, os ET poderão ser contestados pelo exequente no prazo
de 15 DIAS. Após a contestação, seguir-se-ão os procedimentos normais do procedimento
comum (réplica, saneamento e audiência de instrução e julgamento, se necessária).
Analisados os fundamentos do ET e a contestação do exequente do processo principal, o
juiz julgará o mérito dos ET. Se os ET forem procedentes, o juiz cancelará o ato de constrição
indevida sobre os bens do terceiro embargante, determinando que a posse do embargante
seja mantida (em caso de ameaça de constrição) ou que o embargante seja reintegrado à pos-
se do mesmo bem (em caso de já ter ocorrido efetiva constrição).
Entretanto, se os ET forem improcedentes, o juiz simplesmente ordenará o prosseguimento
dos atos executórios, especialmente mencionando que a constrição deva ser mantida, indican-
do-se a próxima fase da execução (expropriação do bem mediante alienação ou adjudicação,
por exemplo).
Essas regras são depreendidas do art. 681 do CPC:
Art. 681. Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o reco-
nhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou do direito
ao embargante.
Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que:
I – o devedor comum é insolvente;
II – o título é nulo ou não obriga a terceiro;
III – outra é a coisa dada em garantia.
Se o embargante for um credor com garantia real (credor hipotecário, credor pignoratício
etc.), a matéria de defesa do embargado, na contestação, será restrita: somente poderão ser
alegadas as questões de direito enumeradas nos incisos I a III, taxativamente. Para fins de pro-
va, recomendo-lhe a leitura reiterada desses incisos, para você conhecer as restritas matérias
de defesa contra o credor com garantia real.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2019/FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – PROCESSUAL) Depois de
seis meses de turbação da posse praticada por um grupo de pessoas em uma fazenda, foi pro-
posta ação de manutenção de posse, com pedido de liminar, para compelir o grupo a cessar o
ilícito. Porém, antes de o juiz apreciar o pedido liminar, tal grupo efetivamente invadiu o local,
ocupando as terras.
Nessa hipótese, é correto afirmar que:
a) como a situação fática mudou entre a propositura da ação e o exame da liminar, deverá o
juiz intimar o autor para emendar a petição inicial, na forma do art. 321 do Código de Processo
Civil, corrigindo o vício e adequando o procedimento;
b) por se tratar de litígio coletivo pela posse de imóvel, antes de apreciar o pedido de conces-
são da medida liminar, deverá o juiz designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30
(trinta) dias;
c) o juiz deverá receber a ação de manutenção como reintegração de posse e analisar o pedido
de liminar. Em caso de deferimento, será expedido o mandado liminar de manutenção ou de
reintegração; caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citan-
do-se o réu para comparecer à audiência que for designada;
d) por se tratar de litígio coletivo pela posse de imóvel, o juiz deverá examinar o pedido de li-
minar e, em seguida, determinar a citação dos réus, que, por se tratar de ato solene, deverá ser
pessoal a todos os ocupantes, devendo o oficial de justiça promover tantas diligências quantas
forem necessárias até a citação das referidas pessoas;
e) estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; caso contrário, determinará a citação
do réu para apresentar sua resposta.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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e) A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do
pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam prova-
dos. No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas,
serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por
edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver
pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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e) na hipótese não é possível o aproveitamento dos atos processuais, o que só acontece quan-
do a ação originária é de interdito proibitório e na evolução dos fatos passa a ser de manuten-
ção possessória, com base na natureza dúplice das demandas dessa natureza.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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últimos seis meses, o demandado estaria lhe prejudicando a entrada em seu próprio terreno,
visto que Paulo havia descarregado um caminhão de areia no portão de entrada da proprie-
dade de Dionísio. Ao redigir a exordial, o advogado do autor narrou nos fatos a ocorrência de
esbulho, o que justificaria o ajuizamento da referida ação como de reintegração de posse.
Julgue o item subsecutivo, no que se refere a procedimentos especiais, contestação, reconven-
ção e petição inicial.
Se Dionísio não fosse o proprietário do bem imóvel objeto de ação possessória, mas tão so-
mente o inquilino, ele teria legitimidade para promover a referida demanda.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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c) O Código aboliu os efeitos procedimentais da distinção entre posse nova e posse velha no
tratamento das ações possessórias.
d) O Código contém disposição específica sobre citação na ação possessória em que figure no
polo passivo grande número de pessoas.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economi-
camente hipossuficiente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I, II e V.
c) II, III e IV.
d) I, II, IV e V.
e) III, IV e V.
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b) Essa modalidade de ação viabiliza proteção possessória ou dominial em relação à sua função.
c) Essa modalidade de ação é cabível diante de gravame judicial e atos administrativos.
d) Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que:
o devedor comum é insolvente; o título é nulo ou não obriga a terceiro; outra é a coisa dada
em garantia.
e) A sentença de procedência determinará o desfazimento da constrição, determinará or-
dem de manutenção/reintegração de posse, levantamento da caução, se houver, e declarará
o domínio.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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d) Eles serão distribuídos livremente e caberá ao juízo que ordenou a constrição, tanto que
comunicado do ajuizamento da medida, eventualmente suspender o processo até julgamento
dos embargos.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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a) fraude à execução.
b) ofensa à coisa julgada.
c) fraude contra credores.
d) que o devedor comum é solvente.
e) que o título é nulo.
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e) Não é lícita ao autor a cumulação de pedido possessório com condenação em perdas e da-
nos e indenização aos frutos, devido à natureza especial do procedimento.
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e) em caso de litígios coletivos pela posse ou propriedade de imóvel, quando o esbulho ou tur-
bação tiver ocorrido há menos de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da
liminar, deverá marcar audiência de mediação.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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GABARITO
1. c 37. c
2. e 38. a
3. b 39. d
4. b 40. e
5. a 41. E
6. b 42. e
7. d 43. e
8. a 44. d
9. b 45. b
10. C 46. d
11. E 47. d
12. C 48. d
13. E 49. C
14. E 50. c
15. C
16. C
17. E
18. C
19. C
20. C
21. c
22. C
23. c
24. d
25. a
26. E
27. b
28. E
29. d
30. C
31. C
32. E
33. a
34. c
35. c
36. b
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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GABARITO COMENTADO
001. (2019/FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – PROCESSUAL) Depois de
seis meses de turbação da posse praticada por um grupo de pessoas em uma fazenda, foi pro-
posta ação de manutenção de posse, com pedido de liminar, para compelir o grupo a cessar o
ilícito. Porém, antes de o juiz apreciar o pedido liminar, tal grupo efetivamente invadiu o local,
ocupando as terras.
Nessa hipótese, é correto afirmar que:
a) como a situação fática mudou entre a propositura da ação e o exame da liminar, deverá o
juiz intimar o autor para emendar a petição inicial, na forma do art. 321 do Código de Processo
Civil, corrigindo o vício e adequando o procedimento;
b) por se tratar de litígio coletivo pela posse de imóvel, antes de apreciar o pedido de conces-
são da medida liminar, deverá o juiz designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30
(trinta) dias;
c) o juiz deverá receber a ação de manutenção como reintegração de posse e analisar o pedido
de liminar. Em caso de deferimento, será expedido o mandado liminar de manutenção ou de
reintegração; caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citan-
do-se o réu para comparecer à audiência que for designada;
d) por se tratar de litígio coletivo pela posse de imóvel, o juiz deverá examinar o pedido de li-
minar e, em seguida, determinar a citação dos réus, que, por se tratar de ato solene, deverá ser
pessoal a todos os ocupantes, devendo o oficial de justiça promover tantas diligências quantas
forem necessárias até a citação das referidas pessoas;
e) estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição
do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; caso contrário, determinará a citação
do réu para apresentar sua resposta.
a) Errada. O princípio da fungibilidade aplicado às ações possessórias (art. 554, caput) per-
mite ao juiz dar à ação o tratamento que entender adequado, independentemente de ter sido
ajuizada como ação de manutenção ou reintegração de posse. Portanto, a superveniência de
esbulho não exige a emenda da inicial, podendo o juiz tratar da pretensão como se a ação fos-
se de reintegração de posse.
b) Errada. Tal disposição normativa somente se aplica às ações de posse velha (esbulho/tur-
bação há mais de ano e dia). Confira o art. 565, caput: “No litígio coletivo pela posse de imóvel,
quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e
dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiên-
cia de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2º e 4º.”.
c) Certa. Trata-se de conjugação das regras do art. 554, caput e 562, caput.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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d) Errada. No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pes-
soas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação
por edital dos demais (art. 554, § 1º, primeira parte).
e) Errada. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a
expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará
que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência
que for designada (art. 562, caput).
Letra c.
a) Errada. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a
reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais (art. 562,
parágrafo único).
b) Errada. Tal disposição normativa somente se aplica às ações de posse velha (esbulho/tur-
bação há mais de ano e dia). Confira o art. 565, caput: “No litígio coletivo pela posse de imóvel,
quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e
dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiên-
cia de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2º e 4º.”.
c) Errada. O art. 555 dispõe: “É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condena-
ção em perdas e danos; II - indenização dos frutos.”.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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d) Errada. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor
ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa (art. 557).
e) Certa. Trata-se das regras literais do caput do art. 554 e de seu § 1º.
Letra e.
O desforço possessório (forma autônoma de retomar a posse) não é condição da ação pos-
sessória. Ademais, o fato de a venda do imóvel ter sido perfeita e acabada já transfere a posse
do bem ao adquirente, que terá legitimidade para ajuizar ações possessórias em defesa desse
bem. O dano moral, como qualquer outro pedido, deve ter seus pressupostos comprovados
(neste caso, nexo de causalidade, dano e culpa/dolo), o que não ocorreu.
Letra b.
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a) Errada. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor
ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa (art. 557).
b) Certa. É a regra literal do art. 554, § 1º.
c) Errada. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou
de outro direito sobre a coisa (art. 557, parágrafo único).
d) Errada. O pedido de reintegração ou manutenção de posse pode, sim, ser cumulado com o
de perdas e danos (art. 555).
e) Errada. Nas ações possessórias, é possível que, na própria contestação, o réu alegue que
foi o ofendido em sua posse, demandando a proteção possessória e a indenização pelos pre-
juízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. É a regra literal do art. 556,
caput do CPC. Não há necessidade de reconvenção.
Letra b.
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Nas ações possessórias, é possível que, na própria contestação, o réu alegue que foi o ofendido
em sua posse, demandando a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultan-
tes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. É a regra literal do art. 556, caput do CPC.
Errado.
O inquilino, por ser possuidor direto, também tem legitimidade ativa para ajuizar ação pos-
sessória, assim como o proprietário do imóvel alugado (possuidor indireto). A legitimidade do
possuidor consta do art. 560 do CPC: “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso
de turbação e reintegrado em caso de esbulho.”.
Certo.
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No caso retratado, o procedimento deve ser de posse nova, pois a turbação tem ocorrido nos
últimos seis meses. Logo, a medida liminar dependerá apenas da probabilidade do direito, e
não do perigo de dano. Somente se o procedimento fosse de posse velha é que seria neces-
sário demonstrar o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
Errado.
O ato praticado pelo réu foi de turbação (perturbação da posse). Logo, a ação possessória
adequada é a de manutenção de posse. Ainda que o autor protocolasse a ação incorreta, o
juiz, com base no princípio da fungibilidade (art. 554, caput), poderia recebê-la como se fosse
a correta, sem emenda da inicial.
Errado.
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local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Públi-
co e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública.
Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de
reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa
(art. 557).
Errado.
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É a regra literal do art. 554, caput, que institui o princípio da fungibilidade aplicado às ações
possessórias.
Certo.
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juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos
estejam provados”. Logo, não é necessário ajuizar novamente a ação, nem emendar a inicial.
Letra c.
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que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência
que for designada (art. 562, caput).
c) Certa. Vide comentário à letra b.
d) Errada. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado
na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de
concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30
(trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2º e 4º (art. 565, caput).
e) Errada. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de condenação em perdas e danos
e de indenização dos frutos (art. 555).
Letra c.
a) Errada. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor
ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa (art. 557).
b) Errada. A distinção entre os litígios individuais e coletivos sobre posse é vista em dispositi-
vos como o art. 562 e o art. 565 do CPC.
c) Errada. As ações de posse nova seguem o rito especial, enquanto as de posse velha seguem
o rito comum (art. 568, caput e parágrafo único).
d) Certa. A disposição específica consta do art. 554, § 1º: “No caso de ação possessória em
que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocu-
pantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se,
ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiên-
cia econômica, da Defensoria Pública.”.
Letra d.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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a) Certa. É a regra do art. 47, § 2º: “A ação possessória imobiliária será proposta no foro de
situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.”.
b) Errada. Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é
indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado (art. 73, § 2º).
c) Errada. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado
em caso de esbulho (art. 560).
d) Errada. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a
expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração. Somente se o juiz não ficar
convencido da posse e do esbulho/turbação é que determinará que o autor justifique previa-
mente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada (regra do
art. 562).
Letra a.
Conforme o art. 557, parágrafo único, “não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a
alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa”.
Errado.
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I – É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a
proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho
cometidos pelo autor.
II – A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conhe-
ça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos este-
jam provados.
III – Na pendência de ação possessória é possível ao réu, como meio de defesa, propor ação
de reconhecimento de domínio, sendo defeso porém ao autor o ajuizamento da ação dominial.
IV – Quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho, seu proce-
dimento admite liminar; após esse prazo o procedimento será ordinário, perdendo a ação seu
caráter possessório.
V – Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado
na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas
e danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de cinco dias para requerer caução, real ou fidejussória,
sob pena de ser depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economi-
camente hipossuficiente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, III e IV.
b) I, II e V.
c) II, III e IV.
d) I, II, IV e V.
e) III, IV e V.
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a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em perfeita consonân-
cia com o art. 555, que dispõe que “é lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de con-
denação em perdas e danos e de indenização dos frutos”.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em perfeita consonân-
cia com o art. 557: “Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de
terceira pessoa.”.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em perfeita consonân-
cia com o art. 555, parágrafo único, em termos literais.
d) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é errada, pois o juiz analisa a posse e,
também, o ato de esbulho/turbação. Ademais, entendo que é um exagero dizer que a cognição
sumária seja uma característica das ações possessórias, pois a cognição sumária, nas ações
possessórias, figura no momento do deferimento ou não da medida liminar de reintegração/
manutenção de posse. Passado este momento processual, realiza-se a cognição exauriente
(diligências probatórias, audiências, instrução, até a sentença definitiva).
Letra d.
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O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá reque-
rer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em
que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.
O item abordou a exceção à regra. A regra geral é de que, na execução por carta precatória,
os embargos de terceiro devem ser oferecidos no juízo deprecado. A exceção existe quando
é indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta, caso em que os
embargos de terceiro devem ser oferecidos no juízo deprecante. É a regra fixada no CPC: “Nos
casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo depre-
cado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta.” (art.
676, parágrafo único, do CPC de 2015).
Certo.
Conforme o art. 676, parágrafo único, “Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os
embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem
constrito ou se já devolvida a carta”.
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c) opostos até ser proferida a sentença nos autos em que ocorreu a constrição.
d) ajuizados somente pelo terceiro proprietário, ainda que fiduciário.
e) utilizados sempre para manutenção ou reintegração de posse, necessariamente em exame
inicial e com prestação de caução pelo embargante.
a) Certa. A alternativa envolve a hipótese de cabimento do art. 674, § 2º, inciso II, sem excluir
outras hipóteses também enumeradas nos demais incisos do mesmo dispositivo.
b) Errada. O prazo é de 15 dias (art. 679).
c) Errada. Na fase de conhecimento, os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no
processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença (art. 675). Portan-
to, não é apenas até a sentença que os ET podem ser opostos.
d) Errada. Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor
(art. 674, § 1º).
e) Errada. A liminar de manutenção ou reintegração da posse pode ser requerida ou não, a cri-
tério do embargante. Se requerida e deferida, a caução nem sempre será necessária, pois não
poderá ser exigida da parte economicamente hipossuficiente (art. 678, parágrafo único).
Letra a.
a) Errada. O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio (art. 677, § 2º).
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b) Errada. Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com
o reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem
ou do direito ao embargante (art. 681).
c) Certa. É a regra literal do art. 678, parágrafo único.
d) Errada. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição
e autuados em apartado (art. 676).
e) Errada. Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como
o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constri-
ção judicial (art. 677, § 4º). O juiz não é sujeito passivo dos embargos de terceiro.
Letra c.
a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
o art. 674, caput.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é correta, uma vez que o desfazi-
mento de um ato constritivo sobre o bem é medida que viabiliza a proteção da posse e/ou do
domínio, que não passará a outra pessoa.
c) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é errada por estender o cabimento
dos embargos de terceiro à constrição administrativa, uma vez que somente a constrição judi-
cial pode ser atacada mediante embargos de terceiro.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
a regra do art. 680.
e) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
a regra do art. 681. O referido dispositivo não prevê expressamente o levantamento da caução/
garantia, mas trata de uma consequência prática decorrente do art. 678, parágrafo único, que
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Perceba que o bem a ser penhorado foi indicado pelo juízo deprecante. Veja o que dispõe o
art. 676, parágrafo único: “Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos
serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito
ou se já devolvida a carta”. Portanto, é perante o juízo deprecante que devem ser oferecidos os
embargos de terceiro. Quanto ao prazo de 5 dias, ele está em conformidade com o art. 675, que
dispõe: “Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento en-
quanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo
de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou
da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta”.
Letra b.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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a) Na fase de conhecimento, eles podem ser opostos até o trânsito em julgado e, no cumpri-
mento ou execução, no mesmo prazo para impugnação ou para embargos à execução.
b) Para obtenção de medida liminar, o embargante tem o ônus de apresentar prova pré-consti-
tuída de sua posse ou domínio.
c) No caso de embargos opostos por credor com garantia real, a lei estabelece um limite de
cognição horizontal ou em extensão.
d) Eles serão distribuídos livremente e caberá ao juízo que ordenou a constrição, tanto que
comunicado do ajuizamento da medida, eventualmente suspender o processo até julgamento
dos embargos.
a) Errada. O art. 675 dispõe: “Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo
de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sen-
tença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por
iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.”.
b) Errada. A prova da posse/domínio não precisa ser pré-constituída. Pode ser provada até
mesmo mediante testemunhas em audiência preliminar (art. 677, § 1º).
c) Certa. Tal limite de cognição horizontal significa que somente determinadas matérias pre-
vistas em lei podem ser alegadas em defesa contra os ET do credor com garantia real. São as
hipóteses elencadas no art. 680.
d) Errada. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição
e autuados em apartado (art. 676, caput). Ademais, os ET não suspendem o processo princi-
pal, mas somente as medidas constritivas (art. 678, caput).
Letra c.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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e) Nos embargos de terceiros opostos pelo credor com garantia real, o embargante somente
poderá alegar que o devedor comum é insolvente, o título é nulo ou não obriga a terceiro ou que
outra é a coisa dada em garantia.
a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
o art. 674, § 2º, inciso II.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
o art. 674, § 2º, inciso I.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em conformidade com
a Súmula 84 do STJ.
d) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é errada por contrariar a Súmula n.
195 do STJ: “Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores”.
Letra d.
Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente pode alegar que o
devedor comum é insolvente, que o título é nulo ou não obriga a terceiro, ou que outra é a coisa
dada em garantia (art. 680, incisos I a III).
Letra e.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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b) não podem ser opostos pelo cônjuge do devedor, salvo para defesa dos bens que poderá
vir a herdar.
c) podem ser opostos apenas no processo de execução.
d) são distribuídos livremente, não suspendendo o processo principal.
e) podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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Trata-se das regras do art. 674, caput (cabimento dos embargos de terceiro), art. 674, § 2º, inci-
so I (legitimidade do cônjuge) e art. 676, caput (competência do juízo que ordenou a penhora).
Letra e.
Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens
que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer
seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro (art. 674, caput, CPC).
Letra d.
a) Errada. Tal hipótese enseja embargos de terceiro, conforme o art. 674, § 2º, inciso I, do CPC.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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b) Certa. Essa hipótese não é prevista em lei (rol do art. 674, § 2º, do CPC) como de cabimento
de embargos de terceiro.
c) Errada. Tal hipótese enseja embargos de terceiro, conforme o art. 674, § 2º, inciso II, do CPC.
d) Errada. Tal hipótese enseja embargos de terceiro, conforme o art. 674, § 2º, inciso III, do CPC.
e) Errada. Tal hipótese enseja embargos de terceiro, conforme o art. 674, § 2º, inciso IV, do CPC.
Letra b.
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a) Errada. Não existe tal restrição. A Defensoria Pública atua como terceiro, em cumprimento
de sua função institucional. Seu papel não se confunde com o do curador especial, que é in-
cumbido de representar os revéis citados por edital.
b) Errada. O art. 554, § 1º, do CPC deixa claro que cada pessoa será citada pessoalmente.
c) Errada. Antes da citação por edital, há uma única tentativa de citação pessoal mediante ofi-
cial de justiça (art. 554, § 2º, CPC).
d) Certa. Trata-se da correta regra do art. 565 do CPC.
e) Errada. O art. 178, inciso III, do CPC torna obrigatória a participação do MP nos casos de
litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Letra d.
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A situação de Marcos enquadra-se de modo perfeito no art. 674 do CPC: “Quem, não sendo
parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre
os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou
sua inibição por meio de embargos de terceiro”. Ele não foi parte do processo e está sofrendo
ameaça de constrição de bem de sua posse. Se os embargos de terceiro serão ou não proce-
dentes, é outra discussão.
Letra d.
A questão fundamenta-se na Súmula n. 637 do STJ: “O ente público detém legitimidade e inte-
resse para intervir, incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir
qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio”.
Certo.
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Ações Possessórias e Embargos de Terceiros
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b) o credor sem garantia para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia,
caso tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
c) o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da aliena-
ção realizada em fraude à execução.
d) O devedor que figura no processo de execução como executado.
A letra “c” é a única que reproduz hipótese do rol do art. 674, § 2º, do CPC (em seu caso, o
inciso II).
Letra c.
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Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do Tribunal Superior do
Trabalho (Gabinete de Ministro).
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região.
Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
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