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DIREITO

PROCESSUAL
CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II

Sumário
Gustavo Deitos

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Juizados Especiais Cíveis – Parte II.. ............................................................................................ 5
1. Regras Específicas: Seções IX a XVII........................................................................................ 5
Exercícios......................................................................................................................................... 27
Gabarito............................................................................................................................................ 37

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II
Gustavo Deitos

Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! Neste cur-
so, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual civil, com o objetivo de
lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o conteúdo necessário para ter o melhor de-
sempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo e
capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente,
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. Des-
sa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com um
ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de contar
com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De qualquer
forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos de forma
aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. Tudo depende, unicamente, da preferên-
cia de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Processual Civil:
Juizados Especiais Cíveis (Parte II).
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos os
pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. O nú-
mero de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade do conteúdo
e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de exercícios dispo-
nibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente
testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção
e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade
do material.
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso você
tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum problema,
por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar sua avaliação.
Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir quaisquer pro-
blemas nas aulas.

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Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do
Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande
prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que
você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!

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JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS – PARTE II


1. Regras Específicas: Seções IX a XVII

Seção IX
Da Instrução e Julgamento

Art. 27. Não instituído o juízo arbitral, proceder-se-á imediatamente à audiência de instrução e julga-
mento, desde que não resulte prejuízo para a defesa.
Parágrafo único. Não sendo possível a sua realização imediata, será a audiência designada para
um dos quinze dias subsequentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente
presentes.

Nós estudamos que, quando não obtida a conciliação, faculta-se às partes eleger um
dos juízes leigos como árbitro. No entanto, as partes não são obrigadas a tomar tal medida.
Logo, se não for instituído o juízo arbitral, inicia-se de imediato a audiência de instrução e
julgamento.
A única condição prevista em lei para a não realização imediata dessa audiência é a inexis-
tência de prejuízo à defesa.
É possível que o réu somente tome conhecimento de certos documentos e fatos na data da
audiência. Dessa forma, para que a instrução e o julgamento não ocorram de imediato, deverá
o réu demonstrar a possibilidade de prejuízo em decorrência dessa continuidade.
Quando não for possível a realização imediata da instrução e do julgamento, a audiência
para essa finalidade deverá ser designada para ocorrer em 15 dias.
Se, no próprio ato da audiência de conciliação, for marcada a audiência de instrução e
julgamento, todos os presentes serão considerados cientes dessa designação, e não haverá
necessidade de intimação formal nos autos.

Art. 28. Na audiência de instrução e julgamento serão ouvidas as partes, colhida a prova e, em se-
guida, proferida a sentença.

A audiência de instrução e julgamento, nos Juizados Especiais, é informada pelo princípio


da concentração: todos os elementos probatórios são produzidos e reunidos nesse ato. É jus-
tamente por isso que a lei prevê a prolação de sentença na própria audiência.
Estudaremos as regras sobre a sentença mais adiante. No entanto, para evitar que o assun-
to fique muito abstrato, adianto-lhe que, na audiência, a sentença será prolatada pelo juiz leigo,
mas, para ser definitiva, dependerá de homologação do juiz togado, em momento posterior
(art. 40).

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Art. 29. Serão decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prossegui-
mento da audiência. As demais questões serão decididas na sentença.
Parágrafo único. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-á imediata-
mente a parte contrária, sem interrupção da audiência.

Se algum incidente/exceção/objeção for suscitado na audiência e, em caso de acolhimen-


to, tiver o poder de impedir o prosseguimento do processo ou da audiência, esse incidente/
exceção/objeção deve ser decidido de imediato, para evitar que toda a audiência ocorra em
vão, recaindo em nulidade.
Exemplos:
• incompetência absoluta ou relativa;
• pessoa presente não é a parte envolvida no processo (ilegitimidade);
• preposto inapto a atuar nessa posição (não tem poderes para transigir);
• falta de pressuposto processual;
• inépcia da petição inicial.

Outras questões, por não impedirem, por si só, o prosseguimento do processo ou da audi-
ência, podem ser resolvidas somente na sentença.
Exemplos:
• irregularidade de representação (basta juntar procuração ou substabelecimento regular
após a audiência, no prazo designado);
• falsidade de documento;
• ausência de documento que, embora relevante, não interfira nas questões a serem de-
batidas na audiência.

Na prática, mesmo que determinada questão processual possa, em tese, interferir no pros-
seguimento do processo ou da audiência, ela acaba sendo resolvida somente em sentença se
demandar análise mais complexa. Exemplo disso é a alegação de falta de interesse proces-
sual (interesse de agir), cuja comprovação pode demandar análise de todo o mérito da ação.
Conforme o art. 488 do CPC, o juiz deve, sempre que possível, resolver o mérito quando
a decisão for favorável à parte que aproveitaria eventual pronunciamento de extinção sem
resolução do mérito. Essa regra é conhecida como decorrência do Princípio da Primazia da
Solução do Mérito.

Aprendendo na prática
Se, após tomar conhecimento de todo o mérito na audiência, o juiz verificar que o autor não
tinha interesse processual para ajuizar a demanda e também decidir que, no mérito, o autor
não teria razão mesmo que tivesse tal interesse, deverá o juiz julgar o mérito do processo em
favor da parte contrária, que aproveitaria eventual extinção sem mérito decorrente da falta de
interesse processual do autor.
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Inclusive, se uma das partes tiver juntado documentos aos autos ou os tiver apresentado
em audiência, a parte contrária deverá se manifestar de imediato na audiência sobre esses
documentos, sob pena de preclusão (perda da faculdade de se manifestar sobre eles).

 Obs.: Na prática, se é absolutamente impossível a análise ponderada da integralidade do


documento, o juiz concede prazo para a parte contrária apresentar manifestação.
Imagine que uma das partes apresente, no dia da audiência, um documento de mil
páginas. É evidente que a outra parte precisará de prazo para manifestar-se sobre ele,
se quiser. Todavia, para fins de prova, considere que a Lei n. 9.099/1995 não prevê
nenhuma exceção expressa à regra da manifestação imediata sobre os documentos
em audiência.

Seção X
Da Resposta do Réu

Art. 30. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto arguição de
suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor.

A arguição de suspeição ou impedimento do juiz processa-se na forma prevista nos arts.


144 e seguintes do CPC.
No mais, o art. 30 consagra um princípio já consagrado até no CPC: o princípio da even-
tualidade. De acordo com este princípio, no momento (evento) previsto em lei, a parte deverá
alegar toda matéria de defesa de sua pretensão. Isso quer dizer que, na exata ocasião em que
oferecer sua contestação, o réu deverá apresentar todos os fatos e fundamentos jurídicos que
tem em mente para impugnar os pedidos do autor.
Após o referido momento processual, a parte não poderá apresentar sua defesa nas mes-
mas condições em que poderia fazê-lo no momento oportuno.

Art. 31. Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu
favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto
da controvérsia.
Parágrafo único. O autor poderá responder ao pedido do réu na própria audiência ou requerer a de-
signação da nova data, que será desde logo fixada, cientes todos os presentes.

É proibida a reconvenção no rito da Lei n. 9.099/1995. Essa informação é muito explorada


em provas.

O que se admite, nos Juizados Especiais, como demanda do réu em face do autor, é o PE-
DIDO CONTRAPOSTO.

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A reconvenção e o pedido contraposto constituem um mesmo gênero: demandas do réu con-


tra o autor. Entretanto, esses institutos não se confundem. Explico a diferença entre os institutos:
• RECONVENÇÃO: é prevista no CPC, e tem caráter de ação autônoma que tramita, em
regra, dentro do processo iniciado pelo autor. Nela, podem ser veiculadas pretensões
do réu contra o autor, bastando que elas sejam conexas com as questões veiculadas na
petição inicial ou com os fundamentos da defesa.
• PEDIDO CONTRAPOSTO: não é previsto no CPC. Consiste num pedido do réu, em face
do autor, com base, exatamente, nos mesmos fatos revolvidos pelo autor. Não basta
que haja conexão entre a demanda do réu e o pedido do autor: o pedido contraposto a
ser feito pelo réu, necessariamente, deve se basear nos mesmos fatos levantados pelo
autor, e não meramente conexos com eles.

Seção XI
Das Provas

Art. 32. Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, são
hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.

Existem provas típicas e provas atípicas.


As provas típicas são expressamente mencionadas e regulamentadas, no que couber, pelo
CPC e pela legislação processual extravagante. Exemplos são a prova testemunhal, a prova
pericial, a ata notarial, o depoimento pessoal, dentre outras.
Já as provas atípicas são aquelas que, embora não mencionadas nem regulamentadas na
legislação processual, são admitidas no processo como lícitas.
A enumeração dos meios de prova, na legislação, é consubstanciada em rol aberto. O pro-
cesso civil admite a utilização de outros meios de prova não especificados e/ou regulamenta-
dos na lei (meios de prova atípicos), desde que estes meios:
• não contrariem alguma norma jurídica (princípio ou regra);
• sejam moralmente legítimos.

A “legitimidade moral” de um meio de prova é um conceito jurídico teoricamente difícil de


se preencher. Afinal de contas, uma prova poderia ser considerada “imoral” quando violasse
algum preceito jurídico, mesmo que abstrato (como um direito fundamental de dimensão mais
abstrata, a exemplo da dignidade humana).
A melhor maneira de compreender o que o legislador quis dizer com “legitimidade moral”,
ao que me parece, é a maneira adotada por Marinoni, Arenhart e Mitidiero1, que apresentam o
seguinte exemplo:

1
MARINONI, ARENHART, MITIDIERO. Novo curso de processo civil: tutela dos direitos mediante procedimento
comum, volume 2. 3. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. p. 320.

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Assim, por exemplo, se o art. 447, § 1º afirma que o interdito por enfermidade não pode depor como
testemunha, não é possível pedir o seu depoimento sob o rótulo de prova atípica. Ou seja, uma prova
que não pode ser utilizada como típica, porque na sua formação violou uma norma (ou porque na
sua produção vai violá-la), certamente não pode ser admitida como prova atípica, sob pena de estar
servindo para encobrir a desconsideração de uma regra.

Veja: os doutrinadores entendem que uma prova moralmente legítima só pode ser aquela
que, quando produzida e apresentada, não seja utilizada como forma de burlar alguma proibi-
ção normativa. Quando uma pessoa é legalmente proibida de depor como testemunha, não é
possível utilizar o depoimento dessa pessoa como uma espécie nova de prova não prevista em
lei, pois, neste caso, a “prova atípica” nada mais seria que um “jeitinho” de se utilizar de uma
prova ilícita.
Portanto, um meio de prova moralmente legítimo é aquele produzido com boa-fé e com o
único propósito de provar a verdade dos fatos, sem violação de direitos de ninguém e sem o
propósito de se esquivar de alguma proibição legal.
Para finalizar, cabe ressaltar que, no art. 32, é insculpido o princípio da probidade da prova:
meios moralmente legítimos são os que se prestam para provar a verdade dos fatos em que
se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Art. 33. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não
requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinen-
tes ou protelatórias.

Não existe necessidade de as partes especificarem previamente as provas que gostariam


de produzir em audiência ou nos autos. O tradicional texto da petição inicial “protesta por
todos os meios de prova em direito admitidos” é, tecnicamente, desnecessário no Juizado.
Basta que as partes levem à audiência eventuais testemunhas e documentos. É claro que nada
impede a juntada anterior desses documentos aos autos.
Para limitar ou impedir a produção de certa prova, o juiz deverá fundamentar o indeferimen-
to em excesso ou impertinência dessa prova, ou que ela teria por efeito apenas a protelação do
processo. Fora disso, eventual indeferimento de prova tem grande possibilidade de ser qualifi-
cado como cerceamento de defesa.

Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência de ins-
trução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimação, ou
mediante esta, se assim for requerido.
§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo
cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 2º Não comparecendo a testemunha intimada, o Juiz poderá determinar sua imediata condução,
valendo-se, se necessário, do concurso da força pública.

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Primeiramente, grave o número máximo de testemunhas que cada parte poderá levar à
audiência: 3 (três).
Essas testemunhas não dependem de intimação para que possam testemunhar na audi-
ência. No entanto, a lei prevê a possibilidade de que a parte interessada nesse depoimento
requeira a intimação das testemunhas.
Se quiser fazer esse requerimento, a parte deverá apresentá-lo com uma antecedência mí-
nima de 5 (cinco) dias da audiência instrutória.
A intimação da testemunha, embora não obrigatória, tem uma vantagem: se ela foi intima-
da e faltou à audiência, será possível que o juiz determina a condução coercitiva dessa teste-
munha faltante. Inclusive, poderá requerer força policial para tanto.

Art. 35. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às
partes a apresentação de parecer técnico.
Parágrafo único. No curso da audiência, poderá o Juiz, de ofício ou a requerimento das partes, re-
alizar inspeção em pessoas ou coisas, ou determinar que o faça pessoa de sua confiança, que lhe
relatará informalmente o verificado.

O art. 35 prevê dois tipos de provas admissíveis no Juizado: a prova técnica simplificada
(inquirição de especialista) e a inspeção judicial.
Eis a principal noção referente à prova técnica simplificada: ela substitui a perícia, quando
o ponto controvertido a ser sanado pela prova técnica for de menor complexidade.

A utilização de prova técnica simplificada é uma faculdade, e não uma obrigação. Se o ponto
controvertido for de menor complexidade, será possível o uso da prova técnica simplificada,
mas isso dependerá do critério do juiz, se este entender que a prova do fato exige a inquirição
do especialista.

A prova técnica simplificada consiste na inquirição (entrevista) de um especialista que


tenha conhecimento técnico-científico na área pertinente ao fato controvertido. O sujeito inqui-
rido, na prática, é aquele que teria condições de atuar como perito.
A grande diferença entre a perícia e a prova técnica simplificada é:
• na perícia, faz-se exame, vistoria e/ou avaliação;
• na prova técnica simplificada, faz-se unicamente a inquirição de um especialista na área,
sem nenhuma diligência.

Nos Juizados, é cabível a prova técnica simplificada, mas não a prova pericial propriamen-
te dita. Confirmações disso consta do seguinte enunciado:

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Enunciado n. 94 do FONAJE
É cabível, em Juizados Especiais Cíveis, a propositura de ação de revisão de contrato,
inclusive quando o autor pretenda o parcelamento de dívida, observado o valor de alçada,
exceto quando exigir perícia contábil (nova redação – XXX FONAJE – São Paulo/SP).

Ademais, cabe ressaltar que a única possibilidade de se realizar atividade de cunho pericial
é a seguinte:

Enunciado n. 12 do FONAJE
A perícia informal é admissível na hipótese do art. 35 da Lei 9.099/1995.

Explico: o parágrafo único prevê a possibilidade de inspeção judicial, pelo próprio juiz ou
por pessoa de sua confiança. Na prática, quando o juiz designa um especialista para realizar
inspeção sobre determinada pessoa ou coisa, o que ocorre na prática é uma verdadeira visto-
ria, que é uma das formas de perícia (art. 464 do CPC).
No entanto, em provas, somente considere possível a realização de perícia se a prova trou-
xer, especificamente, os termos “perícia informal”, pois, se utilizar estes termos, a banca estará
por se basear no Enunciado n. 12 do FONAJE.
No mais, quanto ao parágrafo único, cabe ressaltar que a inspeção judicial, nos Juizados,
pode ser determinada de ofício pelo juiz, ou a requerimento dos interessados.

Diferentemente do que ocorre no procedimento comum do CPC, a inspeção judicial, no Juiza-


do, pode ser feita por pessoa de confiança do juiz, e não necessariamente pelo juiz.

Art. 36. A prova oral não será reduzida a escrito, devendo a sentença referir, no essencial, os infor-
mes trazidos nos depoimentos.

Enquanto no procedimento comum os depoimentos das partes e das testemunhas são


gravados e/ou transcritos, nos Juizados, esses registros individualizados não são feitos. Ape-
nas a sentença é que referirá, naquilo que forem importantes, os depoimentos colhidos em
audiência.

Art. 37. A instrução poderá ser dirigida por Juiz leigo, sob a supervisão de Juiz togado.

A audiência de instrução e julgamento pode ser dirigida tanto pelo juiz togado quanto pelo
juiz leigo. Neste último caso, deverá haver, ao menos, supervisão do juiz togado. A forma como
deve ocorrer essa supervisão, todavia, não é especificada na Lei n. 9.099/1995.

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Seção XII
Da Sentença

Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos fatos
relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
Parágrafo único. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o
pedido.

Você estuda em Direito Processual Civil que a sentença do juiz possui três elementos
básicos: relatório, fundamentação e dispositivo. No rito dos Juizados Especiais Cíveis, essa
teoria muda!
No rito da Lei n. 9.099/1995, o relatório é dispensado. No entanto, isso não significa
que o relatório seja “proibido”. Ele apenas é dispensado. O juiz tem a faculdade de fazer, ou
não, o relatório. No entanto, é essencial, para a prova, apenas conhecer esta palavra mágica:
“dispensado”.
Elementos da sentença proferida no rito do Juizado Especial Cível:

Ademais, conforme o parágrafo único, toda sentença condenatória deve ser líquida. Não
importa se o pedido é específico ou genérico: sempre deverá a sentença ter liquidez, isto é,
condenar ao pagamento de valor certo.
Veja o que diz, sobre o tema, Joel Dias Figueira Júnior:2

A regra é a articulação de pedido específico (certo e determinado), mas quando as circunstâncias


concretas não tornam possível essa realização, a lei permite também que se formule pedido gené-
rico. Todavia, essa situação inicial deve aclarar-se até o momento da prolação da sentença, fazen-
do-se mister a apuração do pedido no transcorrer da instrução. Desta feita, a sentença deve ser
líquida, a fim de que possa ser executada imediatamente após a sua prolação, sem a necessidade
de instauração de qualquer fase procedimental intermediária (liquidação), sob pena de nulidade.

2
Juizados Especiais Estaduais Cíveis e Criminais. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 338. Disponível em: https://
sistemas.tjes.jus.br/ediario/index.php/component/ediario/820396?view=content.

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O PULO DO GATO
Nos Juizados, a regra é que sempre há fase de conhecimento e pode haver fase de execução.
Não pode haver, entretanto, fase de liquidação. Afinal, a fase de liquidação pode envolver ne-
cessidade de arbitramento (com auxílio de perito) ou de análise de fatos novos.

Art. 39. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei.

Já estudamos que, nos Juizados, a sentença somente pode condenar uma das partes a pa-
gar até 40 (quarenta) salários mínimos. Acima disso, a condenação será ineficaz, e a sentença
valerá como título executivo judicial unicamente quanto aos 40 (quarenta) salários mínimos.

Art. 40. O Juiz leigo que tiver dirigido a instrução proferirá sua decisão e imediatamente a submete-
rá ao Juiz togado, que poderá homologá-la, proferir outra em substituição ou, antes de se manifestar,
determinar a realização de atos probatórios indispensáveis.

Na própria audiência de instrução e julgamento, será proferida decisão pelo juiz leigo, se
este tiver presidido o ato.
Neste caso, a decisão do juiz leigo somente terá eficácia se for homologada pelo juiz togado.
O juiz togado não é obrigado a homologar a decisão do juiz leigo. Ele poderá, também,
proferir decisão diferente, ou, ainda, converter o julgamento em diligência, para determinar a
coleta de outras provas que entender pertinentes à correta solução da lide.

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso
para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no pri-
meiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.

Como já vimos, as sentenças que homologam conciliação ou laudo arbitral transitam em


julgado no exato momento da homologação, e não podem sequer ser objeto de ação rescisória
(art. 59).
Nas demais hipóteses (prolação de sentença com subsequente homologação do juiz toga-
do), será cabível recurso a uma Turma Recursal.
A Turma Recursal é um órgão integrante da estrutura do próprio Juizado Especial, com-
posto por três juízes togados. Em cada Estado, há várias Turmas Recursais, entre as quais os
processos são distribuídos.

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Há outra regra importantíssima a conhecer sobre a representação por advogado: para re-
correr em processo de Juizado Especial, é obrigatória a assistência por advogado, indepen-
dentemente do valor da causa.

Art. 42. O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, por petição
escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.
§ 1º O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas seguintes à
interposição, sob pena de deserção.
§ 2º Após o preparo, a Secretaria intimará o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de dez
dias.

O recurso de que trata este artigo – e os artigos subsequentes – é tradicionalmente conhe-


cido como recurso inominado, pois não tem um nome. É chamado somente de “recurso”. Não
é apelação, nem recurso ordinário, nem agravo: é recurso “inominado”.
Esse recurso tem um prazo próprio: 10 dias. Lembre-se que, conforme o art. 12-A, esses
“10 dias” devem ser considerados como 10 dias úteis.
O recurso inominado tem alguns elementos mínimos de forma a serem observados: deve
ser interposto por petição escrita, que contenha as razões recursais e o pedido (reforma da
sentença para determinar determinada providência).
Se houver custas processuais a recolher, o recorrente deverá comprovar seu recolhimento
(preparo) em até 48 horas após a interposição do recurso, sob pena de deserção. Deserção
significa a inadmissibilidade do recurso por ausência de preparo.

 Obs.: Não há nenhum problema na realização do preparo no mesmo ato de interposição


do recurso. Afinal, conforme o art. 218, § 4º do CPC, “Será considerado tempestivo
o ato praticado antes do termo inicial do prazo”. No entanto, para responder ques-
tões de prova, considere como correta a regra de que o preparo deve ser feito dentro
de 48 horas após a interposição do recurso, e não necessariamente no ato de sua
interposição.

Após a efetiva realização do preparo (nas 48 horas seguintes à interposição), a parte con-
trária será intimada para apresentar contrarrazões recursais no mesmo prazo assegurado ao
recurso: 10 dias (úteis).

Art. 43. O recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para
evitar dano irreparável para a parte.

• EFEITO DEVOLUTIVO: Toda a matéria envolvida pelo recorrente em seu recurso é devol-
vida ao juízo ad quem (destinatário do recurso), para reanálise das questões. O efeito
devolutivo alcança somente as partes da decisão impugnadas pelo recorrente.

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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II
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Frequentemente, chama-se o efeito devolutivo de efeito devolutivo em profundidade. A pro-


fundidade do efeito devolutivo é interpretada do seguinte modo: o juízo ad quem recebe em
devolução toda a matéria envolvida pelo recorrente no recurso, inclusive com todos os funda-
mentos trazidos na petição inicial e na contestação, mesmo que a sentença não tenha adotado
tais fundamentos e ainda que as contrarrazões do recurso não mencionem tais fundamentos.
• EFEITO SUSPENSIVO: O efeito suspensivo é uma exceção nos recursos, só podendo ser
concedido em restritas hipóteses legais. O efeito suspensivo consiste na suspensão
dos efeitos da decisão recorrida até que o juízo ad quem julgue o recurso interposto
para decidir se reforma, ou não, a decisão recorrida.

No rito da Lei n. 9.099/1995, somente cabe efeito suspensivo se a parte interessada demons-
trar possibilidade de que lhe ocorra dano irreparável se a sentença recorrida não for suspensa.

Art. 44. As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º
do art. 13 desta Lei, correndo por conta do requerente as despesas respectivas.
Art. 45. As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento.
Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do
processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
Art. 47. (VETADO)

Marcada a sessão, na Turma Recursal, para o julgamento do recurso inominado, as partes


serão devidamente intimadas.
A Súmula do Julgamento é um documento lavrado pelo Secretário do órgão julgador (Tur-
ma Recursal). Nesta súmula, o Secretário certifica que o órgão proferiu determinada decisão,
fazendo citação direta à decisão (negou provimento, deu provimento, converteu o feito em
diligência etc.).
• Se a sentença de primeiro grau for reformada em algum ponto, os termos da Súmula de
Julgamento devem ser acompanhados da indicação suficiente dos pontos do processo
discutidos, da formulação parte dispositiva que ordena a alteração daquele ponto da
decisão e das razões de decidir, em medida suficiente (sucinta), que prevaleceram para
a modificação da decisão de primeiro grau.
• Se a sentença de primeiro grau for mantida por seus próprios fundamentos (nenhuma
alteração), o acórdão consistirá nos termos da própria Súmula de Julgamento.

 Obs.: Por não haver prejuízo manifesto, não existirá nenhuma nulidade se o acórdão tiver
todos seus elementos completos, como se a causa tramitasse sob o procedimento
comum. A previsão do art. 46 é uma ferramenta de economia processual e celerida-
de, apenas.

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Seção XIII
Dos Embargos de Declaração

Art. 48. Caberão embargos de declaração contra sentença ou acórdão nos casos previstos no Códi-
go de Processo Civil. (Redação dada pela Lei n. 13.105, de 2015)
Parágrafo único. Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco
dias, contados da ciência da decisão.
Art. 50. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. (Redação
dada pela Lei n. 13.105, de 2015)

Os Embargos de Declaração (ED) não têm uma instância específica. Seu cabimento não
leva em conta o grau de jurisdição ou o procedimento da ação.
Desde já, saliento que o prazo para a oposição dos ED é diferente de todos os outros prazos
recursais: é de 5 DIAS, a contar da ciência da decisão judicial.
Os ED podem ser opostos contra Sentença do juiz de primeiro grau ou Acórdão de Turma
Recursal. Ademais, os ED são também oponíveis contra decisões interlocutórias, mas, para
fins de prova, considere correta eventual afirmação que restringir o cabimento dos ED apenas
em face de sentença e acórdão, pois é isso que se depreende da redação do art. 48.
Não cabem ED em face de despachos, uma vez que os despachos não são propriamente
“decisões”, por não terem caráter decisório, e em razão de o art. 1.001 dispor: “Dos despachos
não cabe recurso”.
Diferentemente do recurso inominado, os ED não dependem de forma escrita. Podem ser
opostos tanto por petição escrita como de forma oral, em audiência. Um detalhe, contudo, não
muda: o prazo é de 5 dias a contar da ciência efetiva da decisão embargada.
Os ED do processo civil têm cabimento em quatro hipóteses, em síntese:
• OBSCURIDADE: a decisão não é clara em razão de ser ambígua e/ou incompreensível
argumentativamente. Não há como compreender seguramente o que é que foi decidido,
nem mesmo coesão entre a decisão e seus fundamentos.
• CONTRADIÇÃO: a decisão apresenta ideias incompatíveis e inconciliáveis. A decisão
não é coerente do ponto de vista argumentativo. Duas ou mais partes do dispositivo da
sentença são patentemente contrárias.
• OMISSÃO: o juiz, na decisão, deixa de se manifestar sobre um ponto que deveria ter sido
abordado de ofício ou em razão de requerimento da parte. Há uma evidente lacuna na
decisão, que deixou de apreciar determinada questão de direito material ou processual
relevante.
− Conforme o parágrafo único do art. 1.022 do CPC, é considerada omissa, também,
a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos

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repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julga-


mento ou que não se considere fundamentada, nos termos dos incisos do art. 489, §
1º, do CPC (motivos genéricos, deixar de se manifestar sobre súmula invocada pela
parte, emprego de conceitos jurídicos indeterminados etc.).
• ERRO MATERIAL: são os erros de menção e construção textual, que não alteram a con-
clusão e a decisão judicial. Consistem em erros de cálculo, erros de expressão textual
ou erros de associação fática.

Exemplos: relator inadmite um recurso, por intempestivo, mas não observou que a parte com-
provou que houve feriados locais no interstício do prazo; juiz extingue o processo por abando-
no de causa, mas sem ver que o autor havia peticionado nos autos requerendo o andamento
processual.

No rito do Juizado Especial Cível, os erros materiais podem ser corrigidos de ofício, indepen-
dentemente de embargos de declaração (art. 48, parágrafo único). Portanto, não é obrigatória
a oposição dos ED para a correção de erro material: é possível o manejo de simples petição,
apontando o erro material, para que possa o juiz corrigi-lo. Contudo, a opção pela oposição
dos ED tem uma grande vantagem: interrupção do prazo recursal, como veremos mais adiante.

Sempre que o juiz ou o tribunal, ao julgar os ED, corrigir algum vício na decisão embargada
(omissão, contradição, erro material ou obscuridade), alterando a parte dispositiva da senten-
ça ou acórdão, ocorrerá o chamado EFEITO MODIFICATIVO da decisão judicial.

 Obs.: Chamam-se os efeitos modificativos, ainda, de efeitos infringentes. Nesta aula,


continuaremos chamando-os somente de efeitos modificativos, por ser expressão
mais moderna.

Com o efeito modificativo, será modificado algum comando impositivo da decisão (dis-
positivo da sentença), que diga respeito aos pedidos deferidos ou indeferidos, aos ônus su-
cumbenciais e às consequências acessórias que envolvam terceiros (como a necessidade de
intimação do INSS, de instituição financeira, de órgão público etc.).

Ponto doutrinário
Há significativa tendência da doutrina a dizer que o efeito modificativo não poderia ocorrer na
seguinte hipótese: quando os embargos de declaração forem embasados em obscuridade, e o
julgamento procedente dos embargos de declaração tiver por única consequência o acréscimo
de um ou mais fundamentos na sentença ou acórdão embargado.

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Dessa forma, a essência do efeito modificativo reside na alteração da parte dispositiva da de-
cisão. Se a alteração ocorrer somente na fundamentação, sem que haja nenhuma modificação
na parte dispositiva (pedidos deferidos e indeferidos, procedência ou improcedência), os em-
bargos de declaração não teriam efeito modificativo.
Acerca do tema, discorrem Nelson Nery Júnior, Rosa Maria de Andrade Nery e Mônica Tonetto
Fernandez3.

Nos casos em que os embargos de declaração forem procedentes e não ocorrer efeito
modificativo, por mera alteração na fundamentação da decisão (caso do esclarecimento de
obscuridade, narrado acima), haverá somente o chamado juízo integrativo retificador do jul-
gado, e não sua modificação.
Efeito Modificativo é DIFERENTE de “efeito substitutivo”. O primeiro ocorre quando o mesmo
órgão jurisdicional prolator da decisão corrige vício percebido. O segundo, por sua vez, ocorre
quando órgão jurisdicional diverso (hierarquicamente superior) altera a decisão recorrida.
O Efeito Modificativo somente poderá ocorrer quando a parte contrária se manifestar sobre
os ED opostos pela parte embargante. Eventual ausência de intimação da outra parte para se
manifestar sobre os ED é causa de nulidade da decisão judicial que der o efeito modificativo.
Os ED seguem a regra geral dos recursos quando a seus efeitos imediatos: efeito mera-
mente devolutivo.
Se os ED forem tempestivos (opostos dentro de 5 dias, causarão um importantíssimo efei-
to no processo: INTERRUPÇÃO de todo e qualquer prazo para interposição de recursos naque-
le processo.

Exemplo prático
Roberto ajuizou ação contra a empresa Queijos ME, postulando indenização por danos mate-
riais e por danos morais em razão de vício oculto em um de seus produtos. Na sentença, o juiz
julgou totalmente improcedentes os pedidos de Roberto.
Todavia, Roberto percebeu que o juiz se esqueceu de analisar a procedência, ou não, do pedido
de indenização por danos morais, tendo analisado somente o pedido de danos materiais. Em
razão disso, Roberto, NO QUARTO DIA APÓS A CIÊNCIA DA SENTENÇA, opôs Embargos de
Declaração para corrigir a omissão identificada.
Regularmente intimada para se manifestar em 5 dias, a empresa ré deixou de se apresentar
qualquer manifestação.
O juiz percebe sua omissão e dá efeito modificativo à sentença, acrescentando a fundamenta-
ção e o dispositivo referente ao pedido de danos morais, dando procedência ao pedido.

3
NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil comentado e legislação proces-
sual civil extravagante em vigor. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 924/926. FERNANDEZ, Mônica
Tonetto. (2001). Dos embargos de declaração. Revista da Procuradoria do Estado de São Paulo, n. 5.

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Os ED haviam sido interpostos no quarto dia do prazo (tempestivos). Durante o mesmo perí-
odo, corria o prazo para a interposição de recurso inominado (10 dias). Após a ciência das
partes da decisão judicial que corrigiu a omissão na sentença, o prazo de 10 dias para o recur-
so inominado à Turma Recursal voltará a correr desde o início (desde seu primeiro dia, como
se nunca tivesse sido contado antes), isto é, voltará ao zero.

Seção XIV
Da Extinção do Processo Sem Julgamento do Mérito

Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:


I – quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo;
II – quando inadmissível o procedimento instituído por esta Lei ou seu prosseguimento, após a
conciliação;
III – quando for reconhecida a incompetência territorial;
IV – quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º desta Lei;
V – quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta
dias;
VI – quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias
da ciência do fato.
§ 1º A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das
partes.
§ 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que a ausência decorre de força maior, a
parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.

As hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 485 do CPC) e com
resolução do mérito (art. 487 do CPC) aplicam-se ao rito dos Juizados Especiais. Além delas,
existem as hipóteses tratadas no rol do art. 51. Portanto, denota-se que o rol do art. 51 é aberto.

 Obs.: Os prazos para habilitação dos sucessores do autor e para a promoção da citação dos
sucessores do réu, em caso de falecimento de um ou de outro, são ambos de 30 dias
(incisos V e VI).

O § 1º traz uma importante e específica regra dos Juizados: para extinguir o processo, o
juiz não precisa intimar previamente as partes. No caso de extinção, eventual impugnação
deve ser feita por recurso inominado ou embargos de declaração.
Já o § 2º traz um detalhe sobre a extinção do processo por ausência do autor à audiência:
se sua ausência decorrer de força maior (apenas), será dispensado de pagar eventuais custas
processuais. Nas demais hipóteses de extinção, bem como na hipótese de ausência do autor
à audiência por outras razões, serão devidas as custas.

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Seção XV
Da Execução

Art. 52. A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o
disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações:
I – as sentenças serão necessariamente líquidas, contendo a conversão em Bônus do Tesouro Na-
cional – BTN ou índice equivalente;
II – os cálculos de conversão de índices, de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetua-
dos por servidor judicial;
III – a intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for profe-
rida. Nessa intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra seu trânsito em
julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento (inciso V);
IV – não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação
do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo à execução, dispensada nova
citação;
V – nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz, na sentença ou na fase de
execução, cominará multa diária, arbitrada de acordo com as condições econômicas do devedor,
para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor poderá requerer a elevação
da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará,
seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando
evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado;
VI – na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, fixado o valor que o
devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária;
VII – na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou terceira pessoa
idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada
para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação, as partes serão ouvidas. Se o pa-
gamento não for à vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação de bem móvel, ou
hipotecado o imóvel;
VIII – é dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de
pequeno valor;
IX – o devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre:
a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia;
b) manifesto excesso de execução;
c) erro de cálculo;
d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença.

O art. 52 impressiona em sua didática e clareza. Em seus incisos e alíneas, o dispositivo


detalha e explica o início do procedimento executório nos Juizados Especiais Cíveis. Não obs-
tante, creio que seja importante ressaltar alguns detalhes constantes desse dispositivo.

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• Não existe “citação para pagamento” na fase de execução do Juizado. A execução pode
ser impulsionada com a simples solicitação do exequente, de forma escrita ou verbal.
Veja, portanto, que a execução não é feita de ofício.
• A cominação de multa diária, no caso de obrigação de entregar coisa, fazer ou não fazer,
pode ser feita de ofício pelo juiz. No entanto, a elevação da multa ou a transformação da
condenação em perdas e danos depende de requerimento do exequente.
• A obrigação de fazer imposta em sentença é, em regra, fungível: pode ser cumprida por
terceira pessoa, às custas do condenado.
• Até a data do leilão judicial, presencial ou não, poderão as partes ou um terceiro (leilo-
eiro) promover a venda direta de determinado bem, se o juiz autorizar essa prática. As
partes deverão ser ouvidas antes da efetiva alienação se o valor desta for inferior ao da
avaliação do bem.
• Naquilo que a Lei n. 9.099/1995 for omissa, aplicam-se as disposições do CPC no que
diz respeito ao processo de execução.
• Os embargos à execução somente podem ser opostos nas restritas hipóteses do inciso
IX. Logo, não há que se falar em omissão a autorizar a oposição dos embargos nas ou-
tras circunstâncias previstas apenas no CPC.

Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor de até quarenta salários mínimos,
obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei.

Haverá processo de execução (autônomo, desvinculado de qualquer outro processo) quan-


do existir um título executivo extrajudicial.
− TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: são os produzidos sem nenhuma interfe-
rência do Poder Judiciário.

Exemplos: títulos de crédito em geral, como cheques, notas promissórias, duplicatas e letras
de câmbio.

A lista completa dos títulos executivos extrajudiciais consta do rol do art. 784 do CPC:

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:


I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III – o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV – o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela
Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado
por tribunal;
V – o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele
garantido por caução;
VI – o contrato de seguro de vida em caso de morte;

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VII – o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII – o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de en-
cargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX – a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X – o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, pre-
vistas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente
comprovadas;
XI – a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e
demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII – todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

O processo de execução é também conhecido como ação autônoma de execução, ação


executiva, execução autônoma e processo autônomo de execução.
Diz-se que o processo de execução é “autônomo” porque pode existir sem que exista um
processo anterior de conhecimento. Ele não depende de outro processo para poder tramitar
regularmente.

Acerca do processo autônomo de execução, existe uma regra muitíssimo importante: a do art.
785 do CPC.

Confira o que dispõe o art. 785 do CPC:

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de
conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

Imagine que uma pessoa tenha cópia de um contrato assinado pelo devedor e por duas
testemunhas (título executivo extrajudicial). Todavia, esta pessoa, já sabendo das várias for-
mas de defesa processual que a parte contrária usará para frustrar a execução, toma uma
decisão: a de ajuizar ação de conhecimento (comum) para obter título executivo judicial, ao
invés de ficar apenas com um título executivo extrajudicial.
Na prática, em muitos casos o título executivo judicial passa mais confiança ao juízo, em
razão de ter havido atividade decisória sobre a relação jurídica que originou o crédito.
Portanto, é perfeitamente possível que uma pessoa, com título executivo extrajudicial, aju-
íze ação de conhecimento para conseguir um título executivo judicial (decisão de mérito), a ser
efetivado mediante cumprimento de sentença, e não por execução autônoma.
No mais, cabe salientar que a execução autônoma de título extrajudicial, no Juizado, só é
possível com relação a débito de até 40 (quarenta) salários mínimos.
Ademais, o CPC é aplicável de forma supletiva e subsidiária ao processo de execução
dos Juizados.

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§ 1º Efetuada a penhora, o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando
poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente.
§ 2º Na audiência, será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível
com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o
pagamento do débito a prazo ou a prestação, a dação em pagamento ou a imediata adjudicação do
bem penhorado.

Como já estudamos, não existe citação para pagamento do débito exequendo no rito do
Juizado Especial Cível. O devedor é cientificado, na audiência, de que será executado se não
cumprir a decisão.
Portanto, requerida a execução do débito não pago, praticam-se de imediato os atos exe-
cutórios (penhora, em especial).
Tão logo realizada a penhora, o devedor-executado será intimado para comparecer a uma
nova audiência de conciliação, na qual poderão ser pactuadas condições para a quitação do
débito (parcelamento, prazo, dação de bens em pagamento etc.).
No entanto, poderá o devedor opor embargos à execução.
Os embargos à execução consistem na defesa do devedor contra os atos executórios, e,
nos Juizados – ao contrário do que é previsto no CPC – são processados nos mesmos autos
do processo de execução, por questão de operabilidade e simplicidade.
No âmbito dos Juizados Especiais Cíveis, os embargos à execução dependem, sim, de
garantia prévia do juízo, ao contrário do que é previsto no CPC. Confira o Enunciado n. 117
do FONAJE:

Enunciado n. 117 do FONAJE


É obrigatória a segurança do juízo pela penhora para apresentação de embargos à execu-
ção de título judicial ou extrajudicial perante o Juizado Especial.

§ 3º Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes


poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior.
§ 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente
extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.

Sem os embargos à execução, a execução tem normal prosseguimento. No entanto, se não


for encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo de execução é extinto
(regra da literalidade da lei). Nada impede, no entanto, que, no futuro, a dívida seja novamente
cobrada, se não prescrita.
Apesar da clareza do § 4º, o FONAJE editou enunciado que prevê a possibilidade de cita-
ção do devedor por edital, muito embora o art. 18, § 2º proíba as intimações/citações por edital
no rito dos Juizados Especiais Cíveis. Confira:

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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II
Gustavo Deitos

Enunciado n. 37 do FONAJE
Em exegese ao art. 53, § 4º, da Lei 9.099/1995, não se aplica ao processo de execução
o disposto no art. 18, § 2º, da referida lei, sendo autorizados o arresto e a citação editalí-
cia quando não encontrado o devedor, observados, no que couber, os arts. 653 e 654 do
Código de Processo Civil (nova redação – XXI Encontro – Vitória/ES).

Para fins de prova, considere esse enunciado, para responder uma questão, apenas se você
verificar que o enunciado dessa questão te direciona, de modo evidente, para o raciocínio do
enunciado (citação do executado por edital quando não for ele encontrado). No mais, você
deve considerar que a Lei n. 9.099/1995 proíbe a intimação/citação por edital, e prevê a extin-
ção do processo quando o devedor não é encontrado.

Seção XVI
Das Despesas

Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento
de custas, taxas ou despesas.
Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas
as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada
a hipótese de assistência judiciária gratuita.

Há isenção das chamadas “custas iniciais” para o ajuizamento de ação no Juizado Espe-
cial. Não existe, portanto, antecipação de custas em primeiro grau.
São devidas custas, entretanto, após a sentença, como pressuposto de admissibilidade de
eventual recurso (o chamado “preparo”). O preparo somente será dispensado se o recorrente
for beneficiário da gratuidade judiciária (justiça gratuita).

Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advoga-
do, ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as
custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor
de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.

Somente existem custas e honorários de sucumbência, em primeiro grau de jurisdição, nos


casos de litigância de má-fé. Somente em segundo grau de jurisdição (grau recursal) é que
as custas e os honorários serão impostos ao vencido (que perder em grau recursal) como
regra geral.

Destaque-se, desde já, os valores mínimo e máximo dos honorários advocatícios de su-
cumbência no Juizado:

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Gustavo Deitos

Esses percentuais serão convertidos em um valor definitivo de honorários advocatícios,


correto? Portanto, os percentuais devem ser aplicados sobre algum valor-base.
Esses valores-base são estabelecidos de maneira sucessiva.
• Primeiramente, o percentual recairá sobre o valor liquidado da condenação líquida im-
posta pela sentença.

Exemplo: sentença transitou em julgado, com valor de condenação líquido total de R$


10.000,00. Neste caso, o valor dos honorários advocatícios sucumbenciais poderá variar de R$
1.000,00 a R$ 2.000,00.

• Quando a sentença não for condenatória em pecúnia, os honorários de sucumbência


incidirão sobre o valor atualizado da causa. É mais comum em casos de improcedência
total dos pedidos do autor: não há um proveito econômico mensurável por parte da ré,
e não há condenação em pecúnia a ser liquidada. Logo, se o valor da causa for de R$
20.000,00, os honorários variarão de R$ 2.000,00 a R$ 4.000,00.

Parágrafo único. Na execução não serão contadas custas, salvo quando:


I – reconhecida a litigância de má-fé;
II – improcedentes os embargos do devedor;
III – tratar-se de execução de sentença que tenha sido objeto de recurso improvido do devedor.

Para a prova, é suficiente conhecer, em termos literais, as hipóteses excepcionais de con-


denação ao pagamento de custas processuais na execução (rol dos incisos I a III).
Como regra geral, não cabe a condenação a custas em execução, nos Juizados.

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Seção XVII
Disposições Finais

Art. 56. Instituído o Juizado Especial, serão implantadas as curadorias necessárias e o serviço de
assistência judiciária.

Os referidos serviços não foram totalmente implantados até hoje. Por isso, é comum que
sejam chamados advogados privados para representarem partes sem advogado nos proces-
sos dos Juizados Especiais.

Art. 57. O acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, poderá ser homologado, no juízo com-
petente, independentemente de termo, valendo a sentença como título executivo judicial.
Parágrafo único. Valerá como título extrajudicial o acordo celebrado pelas partes, por instrumento
escrito, referendado pelo órgão competente do Ministério Público.

Quando o acordo feito fora dos autos (extrajudicial) for homologado no Juizado sem a in-
tervenção do MP, valerá como título executivo judicial.
Por outro lado, se o acordo tiver sido entabulado com intervenção do MP (mediante re-
ferendo), e não tiver sido submetido à homologação judicial, valerá como título executivo
extrajudicial.

Art. 58. As normas de organização judiciária local poderão estender a conciliação prevista nos arts.
22 e 23 a causas não abrangidas por esta Lei.

Sim, é possível que juízes leigos e conciliadores, vinculados aos Juizados, atuem em tenta-
tivas de conciliação relativas a processos não submetidos ao rito do Juizado. Basta que, para
tanto, haja norma de organização judiciária autorizando a prática.

Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas causas sujeitas ao procedimento instituído por esta
Lei.

Segundo esse dispositivo, é impossível o ajuizamento de ação rescisória contra decisões


proferidas no âmbito do Juizado.
O dispositivo, todavia, nada fala sobre ações anulatórias. Logo, no silêncio da lei, as ações
anulatórias são possíveis, ao contrário das ações rescisórias, que são expressamente vedadas.

 Obs.: Pende de julgamento no STF a ADPF n. 615, que tem por objeto a impugnação desse
dispositivo, a fim de que possa ser ajuizada ação rescisória em face de decisões do
Juizado Especial, especialmente quando a lei em que se basear o juiz for declarada
inconstitucional pelo STF (voto do Min. Luís Roberto Barroso).

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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II
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EXERCÍCIOS
001. (AOCP/TJ-MG/JUIZ LEIGO/2019) Eliomar propôs uma ação nos Juizados Especiais Cí-
veis em face de Ana Paula. O objeto da ação é a reparação civil pelos prejuízos causados por
Ana Paula em tratamento dentário que fez em Eliomar. Na ação, ele alega que Ana Paula uti-
lizou-se de um procedimento equivocado que levou a um resultado diferente daquele que era
esperado com o tratamento. Em contestação, ela alegou, entre outros argumentos de defesa,
a incompetência dos Juizados Especiais Cíveis para julgar a ação movida por Eliomar, uma
vez que essa ação demanda prova técnica para ser adequadamente solucionada, requerendo
a extinção do feito, sem análise do mérito. A respeito do argumento trazido por Ana Paula em
contestação, quanto à prova técnica, com base no que dispõe a Lei n. 9.099/1995, assinale a
alternativa correta.
a) O argumento está correto e deve ser acatado pelo Juiz da causa, que deverá extinguir o feito,
uma vez que os Juizados Especiais Cíveis não admitem prova técnica.
b) O argumento não obriga a extinção de plano do feito sem análise do mérito por incompetên-
cia dos Juizados Especiais, uma vez que o Juiz poderá, caso entenda necessário e suficiente,
inquirir técnicos de sua confiança, permitindo às partes a apresentação de parecer técnico.
c) O argumento não está dentre as matérias que podem ser arguidas em contestação pelo réu
em sede de Juizados Especiais Cíveis.
d) Está evidente que o argumento trazido por Ana Paula é meramente procrastinatório, deven-
do ser afastado de plano pelo Juiz e a ré ser condenada às penas de litigância de má-fé.

Não há problema no levantamento dessa questão preliminar, embora ela seja, patentemente,
insuscetível de deferimento. No entanto, conforme o art. 35, “Quando a prova do fato exigir, o
Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, permitida às partes a apresentação de parecer
técnico”. Logo, não há impedimento à prova técnica no Juizado Especial. Registro que a prova
técnica simplificada não se confunde com a prova pericial, como tratado em aula.
Letra b.

002. (AOCP/TJ-MG/JUIZ LEIGO/2019) Maria Luísa propôs uma ação perante os Juizados
Especiais Cíveis em face de Julio Cesar, formulando pedido genérico, já que não era possível,
desde a propositura da ação, determinar a extensão da obrigação. Maria Luísa teve êxito na
ação, sendo proferida sentença condenatória em face de Julio Cesar. Nesse caso, quanto à
sentença proferida pelo Juiz, considerando o que dispõe a Lei n. 9.099/1995, assinale a alter-
nativa correta.
a) Obrigatoriamente deve ser líquida, ainda que o pedido seja genérico.
b) Pode ser ilíquida, uma vez que o pedido foi genérico.
c) Será eficaz na parte que exceder a alçada estabelecida na Lei n. 9.099/1995.
d) Deve conter relatório e os elementos de convicção do Juiz.

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a) Certa. Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pe-
dido (art. 38, parágrafo único).
b) Errada. Vide comentário à letra “a”.
c) Errada. É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta
Lei (art. 39).
d) Errada. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório (art. 38, caput).
Letra a.

003. (INSTITUTO AOCP/TJ-MG/JUIZ LEIGO/2019) No que se refere à sentença nos Juizados


Especiais Cíveis, de acordo com a Lei n. 9.099/1995, assinale a alternativa correta.
a) Da sentença, inclusive da homologatória de conciliação ou de laudo arbitral, caberá recurso
para o próprio Juizado.
b) O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no
segundo grau de jurisdição, reunidos no Tribunal de Justiça do Estado.
c) O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do
processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos pró-
prios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
d) O preparo será feito, independentemente de intimação, com a interposição do recurso, sob
pena de deserção.

a) Errada. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá


recurso para o próprio Juizado (art. 41, caput).
b) Errada. O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercí-
cio no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado (art. 41, § 1º).
c) Certa. É a regra literal do art. 46.
d) Errada. O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas
seguintes à interposição, sob pena de deserção (art. 42, § 1º).
Letra c.

004. (FCC/TJ-MS/JUIZ/2010) Nos Juizados Especiais Cíveis,


a) as testemunhas deverão comparecer sempre independentemente de intimação à audiência
de instrução e julgamento.
b) a contestação, oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, a não ser as arguições de
suspeição ou de impedimento do juiz, que se processarão na forma da legislação proces-
sual ordinária.

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c) desde que requeridas previamente, todas as provas serão produzidas na audiência de ins-
trução e julgamento, limitadas pelo juiz as provas impertinentes, excessivas ou protelatórias.
d) só se admitirá reconvenção se fundada nos mesmos fatos que constituem objeto da
controvérsia.
e) em razão da celeridade exigida em seu procedimento, não se admite a oitiva de técnicos da
confiança do Juízo, permitindo-se apenas a prova oral e documental.

a) Errada. As testemunhas, até o máximo de três para cada partes, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independente de intima-
ção, ou mediante esta, se assim for requerido (art. 34).
b) Certa. A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto argui-
ção de suspeição ou impedimento do Juiz, que se processará na forma da legislação em vigor
(art. 30).
c) Errada. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que
não requeridas previamente (art. 33).
d) Errada. Não se admitirá reconvenção (art. 31).
e) Errada. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poderá inquirir técnicos de sua confiança, per-
mitida às partes a apresentação de parecer técnico (art. 35, caput).
Letra b.

005. (IBADE/CÂMARA DE SÃO FELIPE D’OESTE-RO/ADVOGADO/2020) De acordo com a


Lei 9.099/1995, acerca da sentença, pode-se afirmar que:
a) nos Juizados Especiais o relatório é dispensado.
b) os relatórios são os motivos de fato e de direito adotados pelo órgão jurisdicional, ou seja,
parte em que o juiz analisará as questões de fato e de direito.
c) a decisão que se cinge a repetir dispositivo normativo, sem enquadrá-la no caso concreto,
está fundamentada.
d) o Superior Tribunal de Justiça, através de precedente, conhece embargos de declaração con-
tra decisões que não se pronuncie sobre argumentos capazes de mudar a conclusão adotada.
e) pode haver sentença sem dispositivo.

a) Certa. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório (art. 38, caput).
b) Errada. A análise das questões de fato e de direito é feita na fundamentação.
c) Errada. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, conforme o art. 38. Logo, a simples reprodução de

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dispositivo sem correlação com os fatos da causa não é suficiente para tornar a sentença
fundamentada.
d) Errada. Os embargos de declaração opostos contra as decisões dos Juizados Especiais não
chegam ao STJ.
e) Errada. Pode haver sentença sem relatório, mas nunca sem fundamentação e dispositivo.
Letra a.

006. (FCC/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020) Quanto aos Juizados Especiais Cíveis, examine


os enunciados seguintes:
I – Caberão embargos de declaração contra sentença ou acórdão nos casos previstos no
Código de Processo Civil, os quais interromperão o prazo para a interposição de recur-
so e serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da
ciência da decisão.
II – A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado; não cumprida voluntaria-
mente a sentença transitada em julgado, tendo havido solicitação do interessado, escrita
ou oral, ou agindo o juiz de ofício, proceder-se-á desde logo à citação do executado para
pagamento ou nomeação a penhora de bens suficientes à satisfação do crédito.
III – O acesso ao Juizado Especial independerá, em qualquer grau de jurisdição, do paga-
mento de custas, taxas ou despesas e do acompanhamento de advogado em primeiro
grau de jurisdição, tendo porém a parte que constituir patrono para a interposição even-
tual de recurso, dirigido ao próprio Juizado.
IV – A sentença mencionará os elementos da convicção do juiz, com breve resumo dos fa-
tos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório; não se admitirá sentença
condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) II e III.

I – Certo. O item reproduz as regras dos arts. 48 a 50, num único parágrafo.
II – Errado. O juiz não pode iniciar a execução de ofício, e não existe citação para pagamento:
os atos executórios simplesmente iniciam, pois o condenado já terá tomado ciência, na audi-
ência, dos efeitos do descumprimento da decisão (art. 52, incisos III e IV).

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III – Errado. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do


pagamento de custas, taxas ou despesas (art. 54, caput). As demais informações são corretas
(art. 41, § 2º).
IV – Certo. São as regras do art. 38 (caput e parágrafo único).
Letra d.

007. (TJ-PR/TJ-PR/COMARCA DE TIBAJI/JUIZ LEIGO/2019) Na Seção XII da Lei n.


9.099/1995, que se refere à ‘SENTENÇA’, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve relatório resumo dos
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
b) É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a alçada estabelecida nesta Lei;
c) No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.
d) O preparo será feito, independentemente de intimação, nas setenta e duas horas seguintes
à interposição, sob pena de deserção.

a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta reproduz a regra do caput do art. 38.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta reproduz a regra do art. 39.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta reproduz a regra do art. 41, § 2º.
d) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta contraria o disposto no art. 42, § 1º,
que dispõe: “O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas
seguintes à interposição, sob pena de deserção”.
Letra d.

008. (TJ-PR/TJ-PR/COMARCA DE TIBAJI/JUIZ LEIGO/2019) Acerca “Das Provas” dispõe a


Lei n. 9.099/1995:
I – Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei,
são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.
II – Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que
não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar exces-
sivas, impertinentes ou protelatórias;
III – As testemunhas, até o máximo de cinco para cada parte, comparecerão à audiência de
instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente
de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido;
IV – O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mí-
nimo dez dias antes da audiência de instrução e julgamento.

Está CORRETO o que se afirma nas alternativas:


a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.

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c) I, II e IV, apenas.
d) I, apenas.

I – Certo. É a regra literal do art. 32.


II – Certo. É a regra literal do art. 33.
III – Errado. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência
de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de
intimação, ou mediante esta, se assim for requerido (art. 34, caput).
IV – Errado. O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no
mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento (art. 34, § 1º).
Letra a.

009. (TJ-PR/TJ-PR/COMARCA DE TIBAJI/JUIZ LEIGO/2019) Assinale a alternativa que con-


tém a afirmação CORRETA em relação ao Assunto indicado: Juizado Especial Cível, previsto
na Lei n. 9.099/1995:
a) O não comparecimento do autor à audiência gera revelia.
b) O acesso independe, tanto em primeiro quanto em segundo grau de jurisdição, do pagamen-
to de custas, taxas ou despesas.
c) O Juizado Especial Cível não tem competência para as ações de despejo para uso próprio.
d) Nas ações para reparação de dano de qualquer natureza, é competente tanto o foro do do-
micílio do autor, quanto o do local do ato ou fato.

a) Errada. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:

I – quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo (art. 51, inciso I).

b) Errada. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do paga-


mento de custas, taxas ou despesas (art. 54, caput).
c) Errada. O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento
das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:

III – a ação de despejo para uso próprio (art. 3º, inciso III).

d) Certa. É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:

III – do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza (art. 4º, inciso III).
Letra d.

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010. (CESPE/TJ-BA/JUIZ LEIGO/2019) Ao reconhecer que não possui competência territo-


rial, o juiz do juizado especial cível deverá
a) declinar da competência de ofício e determinar a remessa dos autos para o juízo competente.
b) suscitar o conflito de competência.
c) processar o feito normalmente e aguardar que a parte interessada argua a incompetência
por meio de exceção.
d) extinguir o processo sem resolução de mérito.
e) proferir sentença definitiva e julgar improcedente o pedido.

Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei:

III – quando for reconhecida a incompetência territorial (art. 51, inciso III).
Letra d.

011. (CESPE/TJ-BA/JUIZ LEIGO/2019) No juizado especial cível, a sentença condenatória


deverá ser
a) ilíquida quando o autor formular pedido ilíquido.
b) ilíquida quando o autor formular pedido genérico.
c) ilíquida sempre que depender de conhecimento técnico especializado para a sua liquidação.
d) ilíquida sempre que houver necessidade de provar fato novo.
e) líquida.

Não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, ainda que genérico o pedido (art.
38, parágrafo único).
Letra e.

012. (CESPE/PREFEITURA DE MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Consi-


derando o disposto na Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e na Lei dos Juizados
Especiais da Fazenda Pública, julgue o item que se segue.
Nas causas cíveis de menor complexidade, os embargos de declaração opostos contra a sen-
tença interrompem o prazo para interposição de recurso.

É a regra, praticamente literal, do art. 50.


Certo.

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013. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2009) Com relação ao processo, ao procedi-


mento, aos juizados especiais, ao pedido e à resposta do réu no direito processual civil, julgue
o item seguinte.
Em ação que corra perante o juizado especial cível, a extinção do processo sem julgamento de
mérito, depende de prévia intimação pessoal das partes, em qualquer hipótese.

A extinção do processo independerá, em qualquer hipótese, de prévia intimação pessoal das


partes (art. 51, § 1º).
Errado.

014. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FE-


DERAL/2015) Com relação aos procedimentos dos juizados especiais cíveis, julgue o se-
guinte item.
Caso o réu deseje demandar em face do autor da ação, estará autorizado a apresentar recon-
venção fundamentada nos mesmos objetos relativos à controvérsia.

Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor,
nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto
da controvérsia – pedido contraposto (art. 31).
Errado.

015. (CESPE/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA/2015) Julgue o próximo item,


referentes aos juizados especiais cíveis, à ação civil pública e à reclamação.
Ao apresentar contestação em procedimento sumaríssimo dos juizados especiais cíveis, as
empresas de pequeno porte podem oferecer pedido contraposto fundado nos mesmos fatos
que constituem objeto da controvérsia, devendo observar, também nesse caso, os limites de
competência em razão da matéria e de valor estabelecidos pela Lei n. 9.099/1995.

Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor,
nos limites do art. 3º desta Lei (matéria e valor), desde que fundado nos mesmos fatos que
constituem objeto da controvérsia – pedido contraposto (art. 31).
Certo.

016. (QUESTÃO INÉDITA) Nos termos da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Cíveis, julgue o item subsequente.
Valerá como título extrajudicial o acordo celebrado pelas partes, por instrumento escrito, refe-
rendado pelo órgão competente do Ministério Público.

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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte II
Gustavo Deitos

É a regra literal do art. 57, parágrafo único.


Certo.

017. (QUESTÃO INÉDITA) Nos termos da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Cíveis, julgue o item subsequente.
A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado,
ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as
custas e honorários de advogado, que serão fixados entre cinco por cento e quinze por cento
do valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.

A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e honorários de advogado,


ressalvados os casos de litigância de má-fé. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagará as
custas e honorários de advogado, que serão fixados entre dez por cento e vinte por cento do
valor de condenação ou, não havendo condenação, do valor corrigido da causa.
Errado.

018. (QUESTÃO INÉDITA) Nos termos da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Cíveis, julgue o item subsequente.
Na execução não serão contadas custas, salvo quando reconhecida a litigância de má-fé, im-
procedentes os embargos do devedor ou tratar-se de execução de sentença que tenha sido
objeto de recurso improvido do devedor.

São as hipóteses do rol do art. 55, parágrafo único.


Certo.

019. (QUESTÃO INÉDITA) Nos termos da Lei n. 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados
Especiais Cíveis, julgue o item subsequente.
O preparo do recurso sempre compreenderá todas as despesas processuais, inclusive aquelas
dispensadas em primeiro grau de jurisdição

O preparo do recurso, na forma do § 1º do art. 42 desta Lei, compreenderá todas as despesas


processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição, ressalvada a hipó-
tese de assistência judiciária gratuita (art. 54, parágrafo único).
Errado.

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020. (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Com referência aos juizados especiais


cíveis e criminais, julgue o item subsequente.
Nos juizados especiais cíveis, não é admitida a reconvenção.

Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor,
nos limites do art. 3º desta Lei (matéria e valor), desde que fundado nos mesmos fatos que
constituem objeto da controvérsia – pedido contraposto (art. 31).
Certo.

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GABARITO
1. b 8. a 15. C
2. a 9. d 16. C
3. c 10. d 17. E
4. b 11. e 18. C
5. a 12. C 19. E
6. d 13. E 20. C
7. d 14. E

Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e 48°
lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.

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